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CARTA REGIONAL DE COMPETITIVIDADE DÃO LAFÕES

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Academic year: 2021

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CARTA REGIONAL

DE COMPETITIVIDADE

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1. TERRITÓRIO

A sub-região Dão Lafões localiza-se na parte Norte da região Centro, entre os territórios do litoral e os territórios do interior, e estendendo-se por um conjunto de 15 municípios. A nível paisagístico, a sub-região é caracterizada por uma paisagem muito diversa, marcada pelas serras do Caramulo, Arada, Montemuro, Freita, Lapa e Leomil e pelos rios Dão, Vouga, Paiva e Mondego.

Na perspectiva do ordenamento do território e planeamento urbano, o Dão Lafões integra a Grande Área Metropolitana de Viseu (GAMVis)1, desenvolvendo-se em torno do município de Viseu, num

“círculo” irregular que agrupa a totalidade das sub-regiões Dão-Lafões (com excepção de Mortágua) e Serra da Estrela, além de quatro municípios da sub-região Douro.

FIGURA 1 – SUB-REGIÃO DÃO LAFÕES

As mais expressivas dinâmicas territoriais e sócio económicas da sub-região concentram-se na cidade de Viseu, estruturante de todo o território sub-regional e uma das maiores cidades médias do País (com cerca de 45 mil habitantes, a maior cidade fora do litoral), que desempenha um papel relevante no equilíbrio da rede urbana nacional. Viseu constitui o principal pólo de relação da sub-região Dão-Lafões com os demais centros urbanos da sub-região Centro, designadamente com as cidades de Aveiro e Coimbra. Assim, a par das cidades de Aveiro, Coimbra, Leiria, Guarda, Covilhã e Castelo Branco, Viseu assume-se como um dos pilares do policentrismo regional.

Complementarmente à capacidade polarizadora de Viseu em relação ao território envolvente, têm vindo a afi rmar-se outros centros urbanos na sub-região – sobretudo Tondela e Mangualde e, em menor grau, Nelas e São Pedro do Sul -, que, para além de contribuírem para suster as dinâmicas regressivas dos territórios rurais do interior, podem contribuir, em articulação com a cidade de Viseu, para a formação de uma aglomeração urbana alargada.

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Além da razoável dimensão da cidade de Viseu no contexto nacional, da sua localização privilegiada (na intermediação entre o litoral e o interior) e do forte dinamismo comercial e industrial, o Plano Regional de Ordenamento do Território (PROT) da região Centro destaca os seguintes elementos de dinâmica territorial do Dão Lafões:

A posição estratégica no eixo do IP5 (actual A25 - Aveiro, Viseu, Guarda) e na ligação a •

Coimbra e Vila Real/Chaves (IP3, em parte A24);

O reforço da massa crítica da constelação urbana polarizada por Viseu (Mangualde, •

Nelas, Tondela, São Pedro do Sul), a que se associa uma “segunda coroa” (Oliveira do Hospital, Seia, Gouveia, sobre o IC7), aproveitando o reforço de acessibilidade permitido pelo IP3, IC12 (Santa Comba/Nelas), IC37 (Nelas/Seia) e pela linha da Beira Alta; posição de polaridade partilhada, no Corredor de Lafões (com Aveiro) e na zona da albufeira da Aguieira (com Coimbra);

O reforço da centralidade de Viseu (ensino especializado, saúde, administração pública/nível •

sub-regional, instituições culturais, serviços ao consumo fi nal; serviços às empresas); A diminuição/envelhecimento demográfi co e a importância da rede de pequenos aglomerados •

(vilas e cidades de pequena dimensão);

A atractividade industrial (fi leiras automóvel e madeiras) e a relevância dos produtos •

agrícolas de qualidade e diferenciação;

A importância do Mondego e do Alva; Barragens da Aguieira; Planos de Bacia e fecho dos •

sistemas em alta de água e saneamento.

No que respeita às acessibilidades rodoviárias, destaque para o facto de Dão Lafões ser servido pelas seguintes infra-estruturas:

IP3, que tem como destinos fi nais Vila Verde da Raia (Chaves) para Norte e Figueira da •

Foz para Sul, com um papel importante na ligação de Viseu à parte Norte do Distrito e a Régua, Vila Real e Espanha (Galiza). A ligação a Coimbra possui um baixo nível de serviço, com características que não respondem à procura existente - em Novembro de 2007, foi aprovado pelo Governo o lançamento de concursos públicos internacionais para a concepção e construção do IP3, em perfi l de auto-estrada, entre Coimbra e Viseu (concessão Auto-Estradas do Centro – vd. ponto 7.2.);

O IP5/A25, que liga Aveiro a Vilar Formoso, garantindo a ligação à A1 (IP1) e a Salamanca •

(através de Vilar Formoso).

O IC12, que estabelece ligações de interesse regional entre Santa Comba Dão, Carregal •

do Sal, Nelas e Mangualde, fazendo a ligação entre o IP3 e o IP5. No âmbito da concessão Auto-Estradas do Centro, está prevista a construção de troços entre Santa Comba Dão e Mangualde.

De referir que alguns municípios dispõem de boas acessibilidades ao IP5 e/ou ao IP3, principalmente os que se localizam próximo destas infra-estruturas, como é o caso de Oliveira de Frades, Tondela, Santa Comba Dão, Vouzela e Castro Daire. Noutros municípios, esta ligação é apenas estabelecida com a sede, existindo territórios que permanecem muito isolados.

No que respeita às ligações dos municípios à cidade de Viseu, em alguns casos são realizadas através dos itinerários principais (conjugados com as estradas nacionais), principalmente Tondela, Santa Comba Dão, Oliveira de Frades, Vouzela e Castro Daire, existindo Estradas Nacionais que asseguram uma ligação rápida, por exemplo, de Viseu a São Pedro do Sul (EN16) e a Nelas (EN231).

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No que respeita à rede ferroviária, a sub-região Dão-Lafões é atravessada pela linha da Beira Alta, defi nida, pelo documento de Orientações Estratégicas para o Sector Ferroviário, como o eixo de maior procura e com as principais acessibilidades às plataformas logísticas, portos, aeroportos e fronteiras. Localizam-se na sub-região algumas infra-estruturas complementares do sistema aeroportuário nacional: em Viseu, existe um aeródromo certifi cado de utilização pública, utilizado principalmente por privados e que está vocacionado para funções específi cas, como emergência médica, protecção civil, trabalho aéreo, aviação desportiva e educacional.

2. DEMOGRAFIA

Em 2009 residiam na sub-região Dão Lafões cerca de 291 mil indivíduos, concentrados sobretudo nos municípios Viseu (34% da população total), Tondela (11%) e Mangualde (7%). Aguiar da Beira e Vila Nova de Paiva eram os municípios menos populosos (não indo além dos 2% do total da população residente na sub-região).

FIGURA 2 - POPULAÇÃO RESIDENTE – 2009

Fonte: INE.

Viseu evidencia o dinamismo demográfi co próprio de uma capital de Distrito, com um crescimento populacional, entre 1991 e 2009, superior a 2.8%. Este município destaca-se também com os valores mais elevados de densidade populacional (196.2 hab./km2, em 2009), seguindo-se os

municípios Nelas (117.2 hab./km2) e Santa Comba Dão (109.2 hab./km2).

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FIGURA 3 - TAXA DE CRESCIMENTO EFECTIVO DA POPULAÇÃO RESIDENTE - 2009

Fonte: INE

O índice de envelhecimento da população da sub-região apresenta um valor próximo do da região Centro (148.2 contra 147.2, respectivamente, em 2009) mas revela-se superior ao valor do País (de 115.5). Mais uma vez o município de Viseu se destaca, com o valor mais baixo deste indicador (105.2). O envelhecimento demográfi co é mais acentuado nos municípios de Mortágua (227.2) e Tondela (206.2).

3. ACTIVIDADES ECONÓMICAS, POLOS INDUSTRIAIS

E

CLUSTERS

Em 2009, o Produto Interno Bruto (PIB) a preços correntes da sub-região Dão Lafões rondava os 3.4 mil milhões de euros (o equivalente a apenas 2.1% do total nacional e a 11% do total da região Centro). Em termos de Valor Acrescentado Bruto (VAB), a relevância nacional e regional da sub-região rondava os mesmos valores.

Naquele ano, o PIB per capita a preços correntes da sub-região era de 11.8 milhares de euros, valor inferior aos registados a nível nacional (de 15.8 milhares de euros) e na região Centro (13.2 milhares de euros). O índice de disparidade do PIB per capita da sub-região em relação à média nacional permite aferir que o Dão Lafões apresenta um PIB per capita cerca de 25% abaixo do valor médio nacional.

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demarcação do município de Viseu face aos restantes, com o valor mais próximo (embora inferior) da média nacional (94.3). Salienta-se ainda um conjunto de municípios que apresentam um valor correspondente a metade, ou menos, da média do País: Penalva do Castelo (50.2), Aguiar da Beira (49.9) e Vila Nova de Paiva (49.8).

A sub-região representava, em 2010, apenas cerca de 3% dos fl uxos do comércio internacional em Portugal. Em 2009, a taxa de cobertura das entradas pelas saídas na sub-região foi de 128% (muito acima da média regional de 121% e da média nacional de 62%).

Em 2009, cerca de 63 mil indivíduos desenvolviam a sua actividade económica no Dão Lafões, o equivalente a 2% do emprego total do país. As actividades económicas mais representativas na sub-região em termos de emprego são, por ordem decrescente: a agricultura, produção animal, caça e silvicultura (22% do emprego total da sub-região), o comércio por grosso e a retalho (13%) e a construção civil (9%). As actividades industriais representam, no seu conjunto, cerca de 18% do emprego total do Dão Lafões.

Cerca de 24 mil empresas tinham, em 2009 sede nos municípios do Dão Lafões, concentrando-se sobretudo nos municípios de Viseu (42% do total de empresas sedeadas na sub-região) e Tondela (10%).

Os sectores de actividade económica não industriais mais representativos em termos empresariais são, por ordem decrescente de importância, o comércio por grosso e a retalho (29% do total de empresas sedeadas na sub-região), a construção civil (16%) e as actividades imobiliárias, alugueres e serviços prestados às empresas (15%). As empresas industriais representam cerca de 8% do total de empresas com sede na sub-região, destacando-se as empresas das indústrias metalúrgicas de base e de produtos metálicos (25% do total de empresas industriais sedeadas no Dão Lafões), das indústrias alimentares, das bebidas e do tabaco (17%), das indústrias da madeira e da cortiça e suas obras (14%) e da indústria têxtil (10%).

A taxa de natalidade de empresas no Dão Lafões posicionou-se, em 2008, abaixo da média nacional (12.6% contra 14.2%). Por seu turno, em 2007, a taxa de mortalidade de empresas foi de 14.2% (valor inferior ao registado a nível nacional, de 16.1%).

No que respeita à estrutura dimensional das empresas com sede nos municípios da sub-região, o Dão Lafões é marcado pela coexistência de empresas de pequena dimensão e de grandes empresas: cerca de 27% dos Trabalhadores por Conta de Outrem (TCO) desenvolviam a sua actividade, em 2008, em empresas com menos de 10 trabalhadores; cerca de 24% dos TOC pertencem a empresas com mais de 250 trabalhadores.

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FIGURA 4 - TAXA DE TCO EM EMPRESAS COM MENOS DE 10 TRABALHADORES- 2008

Fonte: INE.

FIGURA 5 - TAXA DE TCO EM EMPRESAS COM MAIS DE 250 TRABALHADORES - 2008

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Especialização da base produtiva

A sub-região Dão Lafões apresenta características próprias que fazem deste território a charneira entre o interior e o litoral:

Nas últimas décadas, assistiu-se à transformação de uma economia fortemente ligada •

à agricultura para uma economia marcada pela importância de determinados sectores industriais e pelo incremento das actividades de comércio e serviços;

A sub-região funcionou como alavanca da atracção de investimentos para o centro interior •

norte do País;

Viseu, o principal centro urbano, que concentrava funções essencialmente no âmbito das •

actividades comerciais (além das de natureza administrativa), transformou-se numa cidade de prestação de serviços às pessoas e às empresas da sub-região;

O desenvolvimento, para além de atingir o principal centro urbano da sub-região orientou-se •

ao longo das vias de comunicação - do IP5, em direcção a Oliveira de Frades e Vouzela e do IP3 para Sul em direcção a Tondela, principalmente. Outros municípios, como Mangualde e Nelas, desenvolveram-se através da interacção com Viseu.

Do ponto de vista da especialização da base produtiva, de referir que determinadas actividades primárias mantêm expressividade em alguns municípios, contribuindo de forma signifi cativa para o emprego e a criação de riqueza na sub-região: é o caso da avicultura, particularmente nos municípios de Tondela e Oliveira de Frades; das actividades ligadas à fl oresta, principalmente nos municípios de Santa Comba Dão, Sátão, Castro Daire, Vouzela e Oliveira de Frades; da vinicultura, sector de forte reconhecimento da sub-região. De facto, o vinho Dão, com Denominação de Origem Controlada (DOC), é considerado uma das principais land marks da sub-região, sendo o produto externamente mais (re)conhecido, para além da relevância económica2. O Vinho de Lafões, com

Indicação de Proveniência Regulamentada (IPR), produzido nos municípios de Oliveira de Frades, São Pedro do Sul e Vouzela, regista áreas e volumes de produção muito menores, apresentando menor expressão em termos económicos.

No que respeita à indústria, os processos produtivos que se desenvolveram na sub-região foram sobretudo de mão-de-obra intensiva e de organização industrial baseada em unidades industriais de pequena dimensão, apesar de terem surgido unidades de grande dimensão centradas no investimento estrangeiro. Os sectores que se apresentaram como mais dinâmicos foram os tradicionais da indústria transformadora nacional (vestuário, madeiras e metalomecânica ligeira). Nos últimos anos, o sector secundário, sobretudo a indústria transformadora, tem vindo a diminuir o seu peso no Dão Lafões, consequência do encerramento ou deslocalização de empresas multinacionais (como o caso da Johnson em Nelas) e da perda de competitividade dos sectores industriais marcantes na sub-região.

Face a um desenvolvimento industrial relativamente recente e aos problemas enfrentados pelas empresas industriais, o comércio e os serviços destacam-se na dinâmica económica do Dão Lafões, concentrando-se sobretudo na cidade de Viseu e nas suas proximidades.

Assim, a sub-região apresenta uma estrutura de emprego distribuída entre sectores básicos como o comércio, a construção, o turismo e restauração, as actividades associativas/serviços às famílias, a agricultura e silvicultura, com uma expressão signifi cativa, e alguns sectores industriais.

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Em termos de clusters há a destacar a importância dos:

Cluster

Automóvel, em que se destaca a localização de uma Original Equipment

Manufacture (OEM) – a CITROEN LUSITANA –, em Mangualde, com actividade de montagem de veículos comerciais ligeiros; e de fabricantes de componentes como a HUF Portuguesa, em Tondela, e a BOMORO Portuguesa, também em Tondela, do grupo BOSCH, ambas especializadas no fabrico de fechos, fechaduras e puxadores; mais recentemente instalaram-se novas empresas como a SASAL – Assentos para Automóveis, que produz capas para assento automóvel, em Vouzela, ou a EDA, que produz assentos em Nelas, ambas as empresas do grupo francês FAURECIA. Referência também para a AVON AUTOMOTIVE Portugal, em Nelas, pertencente a uma multinacional americana fabricante de borrachas para o sector automóvel.

Cluster

Têxtil, em que se destacam a BORGSTENA TEXTILE Portugal, em Nelas,

especializada em têxteis para o sector automóvel e a BRITONS – Indústria de Alcatifas, em Vouzela, empresa do Grupo Brintons Limited, que se dedica à produção de carpetes/ alcatifas para cadeias internacionais de hotéis, navios, casinos, aeroportos, centros comerciais, cinemas, entre outros.

Cluster

Madeira, em que estão presentes grandes empresas exportadoras de produtos

de madeira como a SIAF/SONAE (vd, Caixa), a LUSOFINSA - Indústria e Comércio de Madeiras e a MADIBERIA - Transformação e Comércio de Madeiras, ambas em Nelas: mais recentemente instalaram-se novas empresas como a DIERRE Portugal – Portas de Segurança, em Santa Comba Dão.

Cluster

Metalomecânica, destacando-se empresas como a MARTIFER, com sede em

Oliveira de Frades, a MARCOVIL – Metalomecânica de Viseu, que desenvolve e produz soluções para equipamentos industriais como calandras hidráulicas, pontes e pórticos rolantes, túneis de decapagem, centrais de betão e destroçadores; a GRUVIS - Estruturas Multiuso para Construção, também em Viseu, empresa especializada na produção de estruturas metálicas para construções, edifícios comerciais e grandes superfícies, edifícios industriais, estruturas de apoio à indústria e obras ferroviárias.

Cluster

Cerâmica, com a presença de empresas como a AQUATIS – Companhia Europeia

de Louça sanitária, em Santa Comba Dão, e a CERUTIL – Cerâmicas Utilitárias, empresa do Grupo Visabeira.

Em termos de clusters, a dinâmica do Dão Lafões sugere um alastramento à sub-região de clusters típicos do Entre Douro e Vouga e do Baixo Vouga. A construção do IP 5, com consequente melhoria da acessibilidade ao litoral, a elevada disponibilidade de mão-de-obra local (ainda que sem grande tradição de trabalho na indústria) e a oferta de espaços de acolhimento industrial a baixo preço criaram condições para que o Dão Lafões pudesse ser abrangido pela extensão “em mancha de óleo” de algumas das actividades localizadas em sub-regiões muito mais industrializadas, e por vezes saturadas, como o Entre Douro e Vouga e o Baixo Vouga. Viseu, Mangualde e Nelas surgem como os municípios que mais benefi ciaram deste processo de extensão.

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Impulsionadas pelo termalismo, a oferta turística da sub-região tem vindo a ser reforçada, nomeadamente em segmentos específi cos como os hotéis de qualidade superior e o Turismo em Espaço Rural (TER).

As caixas seguintes apresentam exemplos de empresas do Dão Lafões, que constituem importantes grupos económicos e que pertencem a sectores de especialização da sub-região:

CAIXA 1 – GRUPO VISABEIRA

O Grupo Visabeira iniciou a sua actividade em 1980 no sector das Telecomunicações, prestando serviços de instalação, manutenção e gestão de infra-estruturas de rede.

Actualmente o Grupo Visabeira agrega um universo composto por mais de cinco dezenas de empresas, com uma actuação estruturadas em 5 sub-holdings:

- Visabeira Global: integra as empresas especializadas nos sectores das telecomunicações, energias, tecnologias e construção. Refi ram-se as empresas Viatel (engenharia e redes de telecomunicações); PDT – Projectos de Telecomunicações (redes fi xas, móveis, por cabo e infra-estruturas de telecomunicações); Constructel (construção e manutenção de infra-estruturas e redes de telecomunicações); Gatel (engenharia de redes de telecomunicações e energia); Visabeira-Infra-Estruturas (construção, instalação, manutenção, supervisão e assistência técnica de infra-estruturas do sector energético); Beiragás (principal distribuidora de gás natural no Centro do País); Ambitermo (desenvolvimento e concepção de caldeiras e sistemas de recuperação de energia industriais); Pinewells (produção de biocombustíveis sólidos - wood pellets -, valorização de resíduos e desperdícios fl orestais); Granbeira (actuação no sector extractivo de rochas ornamentais, desde blocos até aos mais variados tipos de agregados e produção de betão).

- Visabeira Indústria: integra unidades especializadas em diferentes áreas de produção industrial, como o fabrico de mobiliário de cozinha e cerâmica utilitária, tubos de PVC e polietileno, cabos eléctricos e telefónicos, extracção e transformação de rochas ornamentais, produção de agregados e betão pronto. Possui unidades fabris em Portugal, Angola e Moçambique.

- Visabeira Imobiliária: integra empresas de comércio, serviços, do sector residencial e turístico. Refi ram-se as empresas Visabeira Imobiliária SA (promotor imobiliário responsável pelo desenvolvimento e comercialização de empreendimentos de alta qualidade, tanto nas áreas residencial e comercial como turística).

- Visabeira Turismo: compreende uma variedade de unidades hoteleiras de 4 e 5 estrelas, resorts turísticos, centros de congresso, golfe, complexos de lazer, bem-estar e entretenimento, novos conceitos em restauração, pistas de gelo, piscinas, ginásios, courts de ténis, squash, spa e health clubs, espaços de animação e agências de viagem. - Visabeira Participações: concentra os investimentos fi nanceiros do Grupo Visabeira em empresas estrategicamente seleccionadas e com as quais existem importantes sinergias, bem como actua como incubadora de novos projectos.

Entre os seus clientes, encontram-se alguns dos mais infl uentes players em sectores determinantes, como o Grupo PT, France Telecom, EDP, ZON Multimédia, Grupo Galp, TDM – Telecomunicações de Moçambique, Angola Telecom, Sonae, Belgacom, Wal-Mart, Grupo Auchan, Ericsson, Alcatel, Kaufhof, CTT, mCel, Autarquias, entre muitos outros.

A nível internacional assume uma destacada presença em Moçambique, Angola, Espanha, França, Marrocos, Argélia, Roménia, Bélgica, África do Sul e Caraíbas, e os seus produtos estão presentes em mais de quatro dezenas de países. O Grupo Visabeira, através de uma participada da Cerutil, procedeu à aquisição da maioria do capital da empresa Fábrica de Faianças Artísticas Bordalo Pinheiro e detém a Vista Alegre Atlantis.

De referir que, em 2009, o Grupo inaugurou duas unidades hoteleiras de 5 estrelas na sub-região Dão Lafões: o aldeamento Montebelo Aguieira Lake Resort & Spa, situado junto à Barragem da Aguieira, em Mortágua; e o Hotel Casa da Ínsua, em Penalva do Castelo.

Através da Visabeira Indústria, o Grupo integra o Pólo de Competitividade e Tecnologia Indústria da Fileira Florestal, reconhecido formalmente como Estratégia de Efi ciência Colectiva em Julho de 2009. Por outro lado, através da Vista Alegre Atlantis, integra o Outro Cluster Habitat Sustentável, também uma Estratégia de Efi ciência Colectiva reconhecida formalmente. Integra ainda o Pólo de Competitividade e Tecnologia TICE - Pólo de Tecnologias de Informação, Comunicação e Electrónica.

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CAIXA 2 – MARTIFER

Com sede em Oliveira de Frades, a Martifer Sgps é a empresa mãe de um grupo de cerca de 120 empresas, divididas por quatro segmentos básicos de actividade cujos activos excedem já os 300 milhões de euros: Construção; Equipamentos para a Energia; Biocombustíveis; Energia Eléctrica.

O crescimento contínuo registado desde a constituição da Martifer Construções Metalomecânicas, em 1990 (que em termos médios tem rondado os 30%/ano), conduziu o Grupo à liderança ibérica do segmento das construções metalomecânicas.

Hoje, com cerca de 2000 colaboradores, a Martifer iniciou a sua actividade no sector das estruturas metálicas (em 1990), conquistando em apenas 6 anos a liderança do mercado nacional. As estruturas em inox e alumínio têm vindo a assumir um papel importante dentro da empresa.

A Martifer Construções é ainda uma das principais empresas do Grupo: é líder Ibérica e um dos principais players europeus no sector das estruturas metálicas, reúne uma vasta experiência na construção de edifícios, fábricas, pontes, torres, estádios e aeroportos.

O Grupo complementa a sua actividade com a aposta nas energias renováveis, no desenvolvimento da área dos equipamentos para a energia, nomeadamente na produção de componentes como torres eólicas e caixas multiplicadoras para aerogeradores e na instalação de parques eólicos e parques solares chave-na-mão.

Integra a Martifer Energy Systems, através da qual acompanha a expansão da indústria da energia eólica a nível global, numa lógica de verticalização e internacionalização do negócio, multiplicando unidades industriais e apostando no fornecimento de projectos chave-na-mão.

No domínio da energia solar, apresenta serviços e soluções inovadoras em matéria de efi ciência energética de edifícios e em sistemas solares, térmicos e fotovoltaicos, com soluções de tecnologia fi xa ou de seguimento.

No domínio da energia das ondas, criou um Núcleo de Investigação e Desenvolvimento, com o objectivo de promover uma tecnologia para produção de energia eléctrica a partir das ondas do mar (projecto Flow). Por outro lado, adquiriu, em Janeiro de 2008, 96.79% do capital da Navalria – Docas, Construções e Reparações Navais, detentora dos Estaleiros Navais de São Jacinto.

No domínio dos biocombustíveis, integra a subholding Prio - a sua actividade cobre a total cadeia de valor de produção de biodiesel, desde a produção das sementes oleaginosas até à distribuição de combustíveis, passando pela extracção de óleos vegetais e produção de biodiesel nas unidades de Aveiro e da Roménia. Assegurou uma presença global através da aposta na agricultura na Roménia e no Brasil, não descurando a produção nacional através de acordos com agricultores do Alentejo e do Ribatejo, para a cultura do girassol. A Prio pretende penetrar noutros países, como Angola e Moçambique, Polónia, Moldávia e Ucrânia.

Para fazer face ao seu importante plano de investimentos nas diversas áreas, a Martifer entrou em Bolsa em Junho de 2007, através de uma operação de aumento de capital.

A internacionalização do Grupo Martifer fez sempre parte integrante das preocupações estratégicas da empresa. Este processo teve início em 1999, com a criação da Martifer Espanha. Actualmente, a Martifer está presente em mais de 15 países. Em Julho de 2008, a Martifer e o Grupo CGD (através da Caixa Capital, Sociedade de Capital de Risco) celebraram um acordo de entendimento em que estabelecem os princípios de colaboração entre as duas sociedades ao nível da promoção e concretização de investimentos na área das energias renováveis, mais especifi camente energia eólica e solar.

Através da Martifer Solar, o Grupo concebeu e fabricou o SunPark, um novo produto de integração arquitectónica, com tecnologia “Plug and Play”, de energia solar fotovoltaica - trata-se de uma tecnologia aplicada na cobertura de parques de estacionamento, montada e equipada para gerar electricidade.

Está envolvido no projecto Smart Energy, projecto de efi ciência energética assinado em Julho de 2008, em Viseu, por cerca de 30 parceiros, entre empresas e universidades. Tem também em curso projectos para o porto de Aveiro, nas áreas do biodiesel e da energia eólica.

De referir ainda que a Martifer integra o Pólo de Competitividade e Tecnologia Energia, reconhecido formalmente como Estratégia de Efi ciência Colectiva em Julho de 2009.

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CAIXA 3 – JVC HOLDING

A JVC Holding é um grupo detido pelo empresário de Tondela Joaquim Vieira Coimbra que detém ou participa em meia centena de empresas pertencentes aos mais variados sectores de actividade económica.

Tem investimentos na banca e participação na Sociedade Lusa de Negócios, além de investimentos na comunicação social (aplicou, em 2008, 1.5 milhões de euros no semanário Sol), no turismo (destacando-se a parceria com o Grupo SIRAM no segmento do turismo residencial de luxo), na energia, na refrigeração e painéis isotérmicos, na tecnologia e na agro-indústria. Desde 2009 que controla a Global Wines, depois de ter acordado com os accionistas fundadores da Dão Sul a cedência das suas participações (33%), que juntou aos 50% de acções que já detinha.

Fontes: JVC; Imprensa.

CAIXA 4 – DAÕ SUL

A Dão Sul – Sociedade Vitivinícola foi fundada em 1990 na região do Dão, com o objectivo de mudar a imagem dos vinhos portugueses. Mais tarde, verifi cando a importância em apostar noutras regiões do País, foram constituídas sociedades com produtores locais nas regiões do Alentejo, Douro, Estremadura e Bairrada, permitindo a criação de uma gama alargada de produtos provenientes das várias regiões vitivinícolas. No presente, é maioritariamente detida pela JVC Holding.

Além da aposta nos vinhos nacionais, a Dão Sul produz vinhos no Brasil, a uma latitude de 8º Sul, num projecto único a nível mundial. Produz vinhos que vão desde um preço extremamente acessível e com uma excelente relação qualidade/ preço, como são os casos do Quinta de Cabriz Colheita Seleccionada e o Quinta dos Grilos, ambos da região do Dão, a vinhos monocastas e a vinhos topo de gama e com uma fi losofi a de concepção singular como, por exemplo, o Dourat e o Pião, vinhos que resultam da junção de vinhos de origem portuguesa com vinhos de origem espanhola e italiana, respectivamente. Além dos vinhos tintos e brancos de mesa, produz também vinhos espumantes, provenientes das regiões do Dão (branco) e Bairrada (branco e tinto), bem como aguardentes bagaceiras e vínicas, vinho licoroso e vinho do Porto.

A Dão Sul é uma das PME inovadoras da COTEC Portugal e foi a única empresa do sector a ser admitida nesta rede, já que todas as outras pertencem à área das novas tecnologias. A empresa integra o Cluster Agro-Industrial do Ribatejo, Estratégia de Efi ciência Colectiva reconhecida formalmente em Julho de 2009.

Fontes: Dão Sul; Imprensa.

CAIXA 5 – NUTROTON

A Nutroton SGPS é um grupo do mercado alimentar que centra a sua actividade na comercialização de produtos avícolas, com o controlo de toda a cadeia produtiva através da produção de rações, pintos e ovos. O Grupo teve a sua origem na década de 50 do século XX na Somercal, Sociedade de Mercearias do Caramulo, empresa que pretendia ser uma Central de Compras da então Estância Sanatorial do Caramulo, que deu origem, em 1961, à Granja Avícola Portuguesa (Gapol). Fazem parte do Grupo as seguintes empresas: Nutroton; Multiaves; Agrocaramulo; Aviários do Areal; Iberavi; Angolaves; Iberfer; Nutroton Energia.

Em Março de 2009 a Nutroton Energias formalizou a adjudicação junto do Governo da central de biomassa de Viseu, um projecto de 15 milhões de euros que prevê a produção de electricidade através de resíduos fl orestais.

Em Janeiro de 2010, esta empresa adquiriu 50% da Floponor, empresa de tratamento de resíduos de biomassa, de forma a garantir o fornecimento de matéria-prima para as cinco centrais de biomassa que pretende desenvolver no País.

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CAIXA 6 – SIAF- SOCIEDADE DE INICIATIVA E APROVEITAMENTOS FLORESTAIS/SONAE INDÚSTRIA

Com sede na Maia, a Sonae Indústria é a sub-holding da Sonae e constitui um dos maiores produtores mundiais de painéis derivados de madeira. Teve a sua origem em 1959, ano de fundação da Sonae (Sociedade Nacional de Estratifi cados), criada com o objectivo de produzir estratifi cados a partir do engaço de uva. Problemas tecnológicos inesperados difi cultaram o sucesso inicial da sua actividade, tendo-se optado por partir para a produção de termolaminado decorativo à base de papel. Em 1990 arrancou a produção da fábrica de Mangualde (Siaf - Sociedade de Iniciativa e Aproveitamentos Florestais, uma unidade de MDF).

As suas participações incluem actividades de produção de:

-Termolaminados decorativos, produtos químicos (formaldeído e resinas à base de formaldeído), componentes, soluções e sistemas para a indústria do mobiliário, sectores da construção e decoração;

- Aglomerado de partículas de madeira, Medium Density Fibreboard (MDF), High Density Fibreboard (HDF), aglomerado de fi bras duro, contraplacado e Oriented Strand Board (OSB) e laminados decorativos de alta pressão;

- Papel e embalagem de cartão canelado;

- Produtos e serviços de valor acrescentado - componentes, soluções e sistemas - para as indústrias de mobiliário, construção, decoração e para o sector de bricolage;

- Produtos químicos (formaldeído, resinas à base de formaldeído e papéis impregnados).

A empresa possui operações industriais em dez países, na Europa, América do Norte, América do Sul e África. De referir que a Sonae Indústria integra os Pólos de Competitividade e Tecnologia Indústria da Fileira Florestal e Produtech – Tecnologias de Produção, reconhecidos formalmente como Estratégia de Efi ciência Colectiva em Julho de 2009.

Grupo: Sonae; Imprensa.

CAIXA 7 – ALBERPLAS

O Grupo ALBERPLÁS é o líder do mercado português no subsector de fi lmes, mangas e embalagens fl exíveis em plástico, transformando mais de 95 mil toneladas de polímeros por ano. As suas principais matérias-primas, polietileno de alta densidade, polietileno de baixa densidade e polipropileno, são fornecidas na quase totalidade por sociedades petroquímicas multinacionais.Os produtos que fabrica têm como principal destino o mercado nacional português, no qual, quer no sector da distribuição, comércio e serviços, quer no sector da indústria, fornece os principais grupos e empresas nacionais e estrangeiras aí a operar. O Grupo é constituído pelas seguintes empresas:

- ALBERPLÁS – Indústria de Plásticos: sedeada na Zona Industrial de Albergaria-a-Velha, iniciou a sua actividade em 1992, em consequência do desejo de crescimento e opção estratégica de deslocalização do negócio até então exclusivamente desenvolvido na Polivouga.

- POLIVOUGA – Indústria de Plásticos: iniciou a sua actividade em 1982, em Fataunços (Vouzela), vocacionando-se para o fabrico de fi lmes e mangas para a agricultura e indústria e alguns sacos para a distribuição e comércio tradicionais. - TOPACK – Indústria de Plásticos: sedeada na Zona Industrial de Nelas, iniciou a sua actividade em 1980, com a fabricação e comércio de sacos em plástico de alta densidade.

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No que respeita ás empresas multinacionais com instalações industriais nesta região salientaríamos a PSA e a HUF ambas integradas no Cluster Automóvel em Portugal:

CAIXA 8 – PSA (PEUGEOT CITROEN)

A Peugeot Citroën Automóveis Portugal foi criada em 1962, com a denominação social de Citröen Lusitânia, tendo começado a laborar em 1964. Em Portugal, o Grupo PSA é constituído pelas marcas Peugeot e Citroën, o centro industrial de Mangualde, a divisão de equipamentos Faurecia, a empresa de logística “GEFCO” e a sociedade fi nanceira “Banque PSA”, com um total de cerca de 4 mil empregos directos. A fábrica de Mangualde é uma das mais de uma dezena de centros de produção automóvel de que o Grupo dispõe em todo o mundo, no qual produz, na mesma plataforma, o Citroën Berlingo e o Peugeot Partner.

Em Dezembro de 2009 a empresa apresentou um projecto de modernização da sua unidade fabril, para a produção de um novo modelo de veículos automóveis. O Governo português irá subsidiar em 21 milhões de euros a empresa, numa medida que obrigará a empresa a garantir a sua manutenção e a manter os actuais 750 postos de trabalho até 2016. O investimento, resultante de uma candidatura ao Sistema de Incentivos à Inovação, permitirá a manutenção da actividade do fabricante em Portugal, assegurará a actividade dos fornecedores nacionais e das pequenas empresas que lhe estão associadas, visando, ainda, a produção de um novo modelo de veículos automóveis (o Citroën Berlingo e o Peugeot Partner) e a melhoria da efi ciência dos processos de fabricação. Deste modo, espera-se que o valor de vendas do novo projecto da PSA ascenda aos 2162.4 milhões de euros e que o valor acrescentado atinja os 155.9 milhões de euros, até 2016.

Em 2010 a fábrica de Mangualde iniciou a produção de um dos novos modelos da Citröen Berlingo e do Peugeot Partner, os designados B9, produzidos desde 2008 na unidade de Vigo.

De referir que a empresa integra o Cluster das Indústrias da Mobilidade, reconhecido como Estratégia de Efi ciência Colectiva em Julho de 2009.

Fontes: PSA; Imprensa.

CAIXA 9 – HUF PORTUGUESA

A Huf Portuguesa, instalada em Tondela desde 1991, está inserida num consórcio que agrupa a Huf España e resultou do investimento conjunto de dois grupos europeus ligados à indústria de componentes para o automóvel – a Huf Hülsbeck & Fürst (Alemanha) e a Ficosa International (Espanha). Líder europeu em fornecimento de sistemas de acesso, segurança e imobilização para o automóvel, a Huf Hülsbeck & Fürst tem fábricas na Europa, Ásia e América, estando representada em 12 países. Tem como principais clientes a Daimler - Chrysler, Grupo VW e BMW.

A Ficosa International, por seu turno, fabrica cabos e sistemas de travão, espelhos e componentes plásticos para a indústria automóvel. Este grupo espanhol marca presença na Europa, América e Ásia, tendo mais de duas dezenas de fábricas a laborar. Fornece a clientes como GM/Opel; Ford; Grupo VW; PSA (Peugeot/Citroën) e Renault. Em Portugal, a Ficosa International tem uma fábrica na Maia - A FicoCables.

A principal actividade da Huf Portuguesa é o fabrico de sistemas de acesso e imobilização para o automóvel, nomeadamente conjuntos de chaves e fechaduras electrónicas e mecânicas, sistemas de bloqueio de direcção e puxadores externos para portas.

Tem como clientes a GM/Opel; Ford; VW (Audi;Seat;Skoda); PSA (Peugeot/Citroën). Conta com cerca de 3 centenas de colaboradores.

Fontes: Huf; Imprensa.

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CAIXA 10- FELMICA

Portugal é rico no seu subsolo em lítio, que está especialmente concentrado nos distritos de Guarda, Viseu, Vila Real e Viana do Castelo. É uma matéria-prima muito importante e utilizada nas baterias recarregáveis para os veículos automóveis, telemóveis, computadores portáteis, câmaras digitais, entre outros produtos. Actualmente Portugal é o maior produtor da Europa de lítio, mas este encontra-se agregado a outros metais, havendo ainda dúvidas sobre a viabilidade fi nanceira da sua separação. A maior empresa extractiva de lítio em Portugal localiza-se em Mangualde e é designada por FELMICA. De acordo com um estudo recente do Departamento de Energia dos EUA, Portugal ocuparia a 5ª posição entre os produtores mundiais de lítio.

Fundada em 1967, a FELMICA é uma empresa especializada na extracção e transformação de matérias-primas para a indústria cerâmica. Em Agosto de 2007, a Direcção-Geral de Geologia e Energia realizou um contrato de prospecção e pesquisa de depósitos minerais de quartzo e feldspato (Anúncio nº 5100/2007 de 2 de Agosto – D.R. nº 148 II Série) detendo, em 2009, direitos de exploração sobre mais de 25 concessões mineiras destes dois metais.

Actualmente, explora 24 jazidas das quais 6 são de lítio. A totalidade da produção desta empresa destina-se à indústria cerâmica, sendo o lítio a base da produção de mosaicos, azulejos e louças sanitárias e de cozinha.

Ao nível do processo produtivo, a FELMICA introduziu a separação óptica dos minérios, inovação esta que permite aproveitar integralmente o minério e obter uma concentração de lítio cerca de três vezes superior há habitual. Em 2008, iniciou-se a produção de concentrados de lítio, potencialmente utilizáveis nas baterias dos automóveis eléctricos. Estes concentrados são a base da metalurgia do lítio.

PRINCIPAIS OCORRÊNCIAS DE LÍTIO EM PORTUGAL

Fontes: LNEG 2010.

4. RECURSOS HUMANOS - EDUCAÇÃO BÁSICA E SECUNDÁRIA

Nos contextos nacional e regional, a sub-região Dão Lafões apresenta um perfi l desfavorável no que respeita aos indicadores de qualifi cação dos recursos humanos. No ano lectivo 2008/2009, a taxa bruta de escolarização do ensino secundário era de 137%, valor inferior aos registados na região Centro (151.6%) e no País (146.7%). Santa Comba Dão e Viseu destacaram-se com os valores mais elevados deste indicador (190.6% e 184%, respectivamente), registando-se o valor mais baixo em Vila Nova de Pêra (56.3%). A taxa de retenção e desistência no ensino básico foi de 6.1%, valor inferior à média nacional (de 7.8%).

No mesmo ano lectivo, cerca de 9.5 mil estudantes da sub-região frequentavam o ensino secundário, 23% dos quais estavam inscritos em cursos profi ssionais de Nível 3 (o equivalente a cerca de 2.2 mil alunos).

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FIGURA 6 - ALUNOS INSCRITOS EM CURSOS TECNOLÓGICOS POR ÁREA CIENTÍFICA (% TOTAL INSCRITOS NESTE TIPO DE CURSOS)

ANO LECTIVO 2008/2009 Electrot./Electrón. 8% Informática 21% Design 4% Marketing 6% Administração 30% Acção Social 24% Desporto 2%

Fonte: Ministério da Educação.

QUADRO 1 - CURSOS DE ESPECIALIZAÇÃO TECNOLÓGICA NO DÃO LAFÕES ANO LECTIVO 2009/2010

Instituto Politécnico de Viseu Escola Superior de Tecnologia de Viseu Automação e Energia Condução de Obra Energia e Climatização

Instalação e Manutenção de Redes e Sistemas Informáticos Manutenção Industrial

Técnico de Design de Mobiliário Técnico de Laboratório Escola Superior Agrária de Viseu Agricultura Biológica

Produção Avícola

Sistemas de Informação Geográfica Viticultura e Enologia

Instituto Piaget - Cooperativa para o Desenvolvimento Humano, Integral e Ecológico, C.R.L.

Instituto Superior de Estudos Interculturais e

Transdisciplinares de Viseu Condução e Acompanhamento de Obra Contabilidade e Gestão

Técnicas e Gestão Hoteleira

Instituição Prom otora Estabelecim ento Designação do CET

Fonte: Ministério da Educação.

5. RECURSOS HUMANOS

- ENSINO SUPERIOR E INVESTIGAÇÃO

A sub-região Dão-Lafões está dotada de um número signifi cativo de instituições de ensino superior, politécnico e universitário, público e privado:

Instituto Superior Politécnico de Viseu – que integra a Escola Superior Agrária de Viseu, •

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Instituto Jean Piaget – composto pela Escola Superior de Educação Jean Piaget de Arcozelo •

(Viseu), pela Escola Superior de Saúde Jean Piaget de Viseu e pelo Instituto Superior de Estudos Interculturais e Transdisciplinares (vocacionado para o ensino das ciências aplicadas e tecnológicas).

Universidade Católica Portuguesa – com a presença do Centro Regional das Beiras, no •

qual são ministrados vários cursos de licenciatura, mestrado e doutoramento em áreas tão diversas como as letras, ciências da educação, serviço social, gestão, informática de gestão, medicina dentária e arquitectura.

Instituto Superior de Ciências Educativas – é uma instituição particular de ensino superior •

que tem o seu principal pólo em Felgueiras mas que funciona também em Mangualde desde 1991.

Além das instituições de ensino superior enumeradas, a sub-região conta com a presença, em Viseu, da Escola de Estudos Avançados das Beiras. Trata-se de uma escola de estudos avançados, orientada para as empresas que pretendem apostar nos seus quadros e nas suas competências, e de uma escola empresarial, orientada para os indivíduos que apostam na sua qualifi cação profi ssional. É uma associação sem fi ns lucrativos, que tem como objecto o exercício de ensino, formação, investigação científi ca e técnica, demonstração e desenvolvimento tecnológico.

Resultou de uma parceria institucional entre a Universidade Católica Portuguesa, o Instituto Politécnico de Viseu e a Associação Empresarial da Região de Viseu. Lecciona cursos de gestão para executivos (formação avançada), curso de energias renováveis, tecnologia e avaliação (pós-graduação) e curso de biotecnologia e inovação vitivinícola (formação avançada).

De referir que em 2004, na sequência de uma decisão governamental, foi criado um Grupo de Trabalho tendo em vista defi nir opções estratégicas para a reorganização do ensino superior, designadamente o modelo orgânico da futura Universidade de Viseu. Considerados factores como a dimensão demográfi ca, o predomínio de actividades fortemente ameaçadas pela concorrência internacional e o défi ce de actividades baseadas no conhecimento e na tecnologia, foi defendida por esse Grupo de Trabalho a necessidade de criar um novo pólo de ensino superior público no litoral centro-norte. Propunha-se que esta reestruturação poderia passar por uma “fusão” de(as) várias instituições presentes, confi gurando uma única universidade com uma oferta alargada e adaptada às necessidades da sub-região Dão Lafões, em termos de formação e de investigação e desenvolvimento.

5.1. Diplomados do ensino superior

No ano lectivo 2007/2008, o Dão Lafões apresentava uma taxa de escolarização do ensino superior de 21.1%, valor inferior ao registado no País (30.6%) e na região Centro (32.6%). Viseu apresentava o valor mais elevado da sub-região, de 62.7%.

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FIGURA 7 - DIPLOMADOS DO ENSINO SUPERIOR POR ÁREA CIENTÍFICA (% TOTAL) ANO LECTIVO 2008/2009 Ciências da Educação 11% Artes 2% Humanidades 1% Ciências Sociais e do Comportamento 4% Jornalismo 6% Ciiências Empresariais 8% Ciências da Vida 0% Matemática e Estatística 1% Informática 1% Engenharia e Técnicas Afins 14% Ind. Transformadoras 6% Arquitectura e Construção 9% Agricultura, Sivicultura e Pescas 5% Ciências Veterinárias 3% Saúde 20% Serviços Sociais 2% Serviços Pessoais 4% Prot. Ambiente4%

Fonte: Direcção-Geral do Ensino Superior.

5.2.

Investigação

Em 2008, cerca de 460 indivíduos desenvolviam actividades de I&D na sub-região Dão Lafões, sobretudo em contexto empresarial. As despesas em I&D atingiam os 37.3 mil milhares de euros. As actividades de investigação desenvolvidas nas instituições de ensino superior do Dão Lafões estão centradas sobretudo no Instituto Politécnico de Viseu (IPV). De referir que há cerca de 2 décadas foi criada, no âmbito do IPV, a Associação para o Desenvolvimento e Investigação de Viseu (ADIV), associação sem fi ns lucrativos que tem como objectivos desenvolver a investigação e o desenvolvimento em todos os domínios de interesse do IPV e das suas escolas integradas, bem como fomentar a cooperação entre o IPV e o tecido empresarial. Contudo, e embora abranja diversos domínios (organização de colóquios, seminários e congressos; realização de estudos e projectos, publicação de trabalhos científi cos), a actividade da ADIV tem-se centrado na formação profi ssional, dirigida maioritariamente a empresas.

No que respeita a centros de investigação na sub-região, merece destaque o Centro de Estudos em Educação, Tecnologias e Saúde (CI&DETS), uma unidade de I&D do IPV que, desde 2007, se dedica ao desenvolvimento de actividades de investigação, à promoção da cooperação e intercâmbio com outras unidades ou centros de investigação, nacionais e estrangeiros, ao desenvolvimento da competitividade do tecido empresarial através da difusão de conhecimentos, inovação e transferência de tecnologia e ao fomento da articulação entre os sistemas de ensino e de investigação.

Este Centro tem como objectivo central desenvolver a investigação em ciências da educação, saúde, tecnologias e gestão, assumindo-se como uma estrutura organizativa de coordenação e apoio aos projectos de investigação. Dada a diversidade de áreas científi cas dos investigadores que integram o Centro, são ainda seus domínios de intervenção o ambiente, as ciências agrárias, as ciências biológicas, as ciências da comunicação, as ciências da saúde, as ciências do desporto, a economia e gestão, a engenharia e ciências dos materiais, a engenharia electrotécnica e computadores, a engenharia química e biotecnologia, os estudos literários, a física, a história, a linguística, a matemática e a psicologia.

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Também a Universidade Católica dispõe de várias unidades de investigação com núcleos em Viseu, como sejam o Centro Interuniversitário de Estudos Germanísticos e o Centro de Literatura e Cultura Portuguesa e Brasileira.

6. A INOVAÇÃO EMPRESARIAL NA REGIÃO

Nos últimos anos têm surgido no Dão Lafões empresas industriais em sectores tecnológicos e inovadores, que poderão contribuir para o desenvolvimento de actividades emergentes na sub-região e para a alteração de um perfi l de especialização da base económica que, como se fez referência, apresenta debilidades ao nível da capacidade competitiva das empresas. Por outro lado, o surgimento destas empresas, a par da cooperação empresarial e institucional, permite contrariar uma característica da sub-região: uma parte substantiva das empresas mais dinâmicas da sub-região são “externas”, sendo fundamental o desenvolvimento dos investimentos endógenos no Dão Lafões (existindo, porém, excelentes exemplos que urge replicar como o Grupo Visabeira, o Grupo Martifer, o Grupo Nutroton ou o Grupo JVC).

De referir que o Dão Lafões acolhe um caso que se considera exemplar de integração dos produtores locais com uma grande empresa portuguesa exterior à sub-região – a Sogrape, que comercializa cerca de 30% do vinho do Dão, na sequência de um acordo de longo prazo com produtores locais, envolvendo novas plantações, assistência técnica à produção das uvas e intervenção decisiva no processo de vinifi cação e comercialização (com elevado conteúdo de exportação).

A sub-região não dispõe ainda de muitas infra-estruturas de apoio à inovação empresarial, merecendo destaque as actividades desenvolvidas pela Associação Empresarial da Região de Viseu (AIRV), que detém um Centro de Incubação no Parque Industrial de Coimbrões, e pelo Instituto Politécnico de Viseu, que promove actividades de estímulo ao empreendedorismo.

As caixas seguintes apresentam exemplos de empresas inovadoras do Dão Lafões:

CAIXA 11 – LABESFAL

A Labesfal tem a sua origem há cerca de 5 décadas nos Laboratórios Almiro. É uma empresa do grupo alemão Fresenius Kabi (desde 2005 – até então era detida pela JVC Holding), um dos líderes mundiais na produção, desenvolvimento e distribuição de medicamentos para terapêutica intravenosa, que tem por objecto principal a fabricação de medicamentos.

Começou por ser uma empresa que produzia alguns produtos para os sanatórios do Caramulo e foi evoluindo em termos de capacidade produtiva. Em 2003, quando em Portugal o mercado dos genéricos começou a emergir, a empresa criou uma unidade só dedicada à produção de genéricos ao nível do ambulatório.

Cerca de 80% dos antibióticos que são produzidos em Portugal são desenvolvidos pela Labesfal. A empresa produz também genéricos para as áreas de cardiologia, colesterol, antidepressivos e sistema nervoso central.

O grupo Labesfal emprega cerca de 470 pessoas, mas está a aumentar a área de investigação na área dos injectáveis, o que vai implicar a contratação de mais recursos humanos qualifi cados. Em Janeiro de 2008 foi inaugurada a terceira unidade fabril da empresa em Viseu, que integra um centro de competências a nível mundial para os injectáveis. Ao nível comercial, a Labesfal tem na área hospitalar o seu mercado natural, sendo o maior fornecedor nacional de medicamentos para os hospitais portugueses e líder de vários produtos no mercado.

No mercado internacional, a empresa possui participações em empresas farmacêuticas de Cabo Verde, Espanha, Brasil, Moçambique e Argentina e produz medicamentos para 30 companhias nacionais e internacionais.

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CAIXA 12 – FHC FARMACÊUTICA

A FHC é uma empresa farmacêutica portuguesa fundada em Mortágua em 1998. Concentra a sua actividade na produção, importação, exportação, comercialização e distribuição de produtos farmacêuticos, dispositivos médicos, mobiliário e equipamentos hospitalares e material de diagnóstico. Recebeu em 2004 o Premio ‘’Revista Exame’’ para a melhor PME do sector farmacêutico. Tem, desde 2007, participação fi nanceira nos Laboratórios BASI. Exporta os seus produtos para um número alargado de países, destacando-se o mercado africano (Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Costa do Marfi m).

Fontes: FHC; Imprensa.

CAIXA 13 – LABIALFARMA

Fundada em 1981, a LABIALFARMA assume uma posição de destaque no mercado dos produtos de fi toterapia e suplementos nutricionais, desenvolvendo também uma actividade crescente na área dos medicamentos e cosméticos. O Departamento de Investigação e Desenvolvimento da empresa possui conhecimentos especializados no desenvolvimento de formulações farmacêuticas optimizadas para fármacos que apresentem reduzida solubilidade aquosa e/ou biodisponibilidade oral: sistemas de auto-emulsifi cação veiculados em cápsulas duras (LiqFillCaps™); formulações com desagregação e dissolução rápidas com sabor melhorado para administração oral; formas farmacêuticas contendo ciclodextrinas.

Desenvolve medicamentos à base de plantas, que consistem geralmente em matrizes fi toquímicas complexas que requerem um conhecimento especializado em farmacognosia e tecnologia farmacêutica.

Localizado em Mortágua e contando com cerca de 150 trabalhadores, o Grupo integra a LIQFILLCAPS, uma empresa farmacêutica especializada no desenvolvimento e fabrico de cápsulas de gelatina dura contendo formulações líquidas e semi-sólidas.

Fontes: Labialfarma; Imprensa.

CAIXA 14 – CONTROLVET

A Controlvet Segurança Alimentar é uma marca de referência na prestação de serviços de segurança alimentar e conta com mais de 1800 empresas clientes em todo o País.

Iniciou a sua actividade em Março de 1999, prestando serviços de assistência técnica à produção primária, de consultoria, formação e como Organismo Independente de Controlo (OIC) com reconhecimento do Ministério da Agricultura. Em Janeiro de 2000 concluiu a construção do seu laboratório, começando a prestar serviços de ensaios ao sector alimentar, no âmbito da microbiologia alimentar, diagnóstico e testes imunológicos. Da microbiologia à química, passando pela biologia molecular, o laboratório da empresa é um centro tecnológico de referência, sendo o único laboratório privado em Portugal que possui e utiliza tecnologia PCR Real Time, permitindo desenvolver serviços inovadores utilizados na pesquisa de patogénicos em microbiologia, detecção de fraudes, identifi cação de espécies, pesquisa de OGM’s e melhoramento animal.É constituída pelas seguintes empresas:

- EcoGeo – é uma marca de serviços ambientais, dotada de laboratório próprio e de referência nos sectores da biotecnologia, agropecuária, farmácia e serviços.

- Serviço Mais – é uma empresa dedicada à realização de estudos de avaliação da satisfação do cliente e da qualidade do serviço.

- InoGen – empresa que desenvolve e comercializa produtos e soluções veterinárias.

- Alicontrol – sedeada em Madrid, esta empresa oferece soluções completas e personalizadas de acordo com as necessidades do mercado em relação à qualidade e segurança alimentar, sendo especializada em serviços laboratoriais, consultora e formação.

- ControlvetGenetics – esta empresa realiza investigação aplicada em várias áreas como estudos de validade de produtos, efi cácia de desinfectantes ou a produção de auto-vacinas para a pecuária. O Departamento de I&D trabalha em várias áreas da biotecnologia, desenvolve novos serviços e soluções inovadoras como a fagoterapia, uma alternativa futura ao uso de antibióticos na produção pecuária.

- Food Safety Network – é a marca que representa a rede de franchising da ControlVet.

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CAIXA 15 – COLDKIT

A Coldkit afi rma-se como o principal fabricante nacional de câmaras modulares e soluções de isolamento para o sector Horeca (hotéis, restaurantes e colectividades) e a indústria agro-alimentar. É uma empresa do Grupo Purever, um Grupo de capitais maioritariamente nacionais pertencente ao empresário Joaquim Vieira Coimbra, através da NG - Negócios e Gestão (desde 2001, ano em que deixou de pertencer à empresa francesa Dagard).

A Coldkit oferece produtos inovadores e de elevada qualidade, como sejam câmaras frigorífi cas modulares, portas frigorífi cas, monoblocos de conservação de refrigerados e congelados, estanterías e painéis industriais frigorífi cos. A empresa adquiriu a Friemo -Fábrica de Equipamentos Hoteleiros, um dos principais fabricantes nacionais de equipamentos para hotelaria (armários e mesas refrigeradas, vitrinas e balcões expositores, linhas de self-service e elementos neutros para cozinhas industriais).

O sector hotelaria e restauração representa 60% do volume de negócios da Coldkit, o sector agro-alimentar 20% e o restante volume de negócios resulta dos laboratórios.

Entre os projectos mais signifi cativos destacam-se as áreas de restauração do terminal 4 do aeroporto de Madrid, o torneio Wimbledon 2008, várias das principais cadeias hoteleiras e supermercados.

Fontes: Coldkit; Imprensa.

CAIXA 16 – IGNITION LABS

A Ignition-Labs é uma empresa de investigação e desenvolvimento nas áreas da engenharia electrónica e informática, cuja actividade abrange áreas tão diversas como a programação, electrónica analógica e digital, automação, soluções de mobilidade, comunicação remota de sistemas, ambientes virtuais 3D e projectos de instalações eléctricas industriais e residenciais. Criada em Outubro de 2007, esta empresa instalou-se na incubadora de empresas da Associação Empresarial da Região de Viseu.

Além de recorrer a componentes de terceiros, a empresa desenvolve conceitos tecnológicos pioneiros cuja protecção estará assegurada por patentes. Conta com uma ligação à Escola Superior de Tecnologia de Viseu, em particular ao seu Departamento de Engenharia Electrotécnica, como o qual pretende desenvolver projectos conjuntos.

Fontes: Ignition Labs; Imprensa.

CAIXA 17 – SMART CASA

Localizada em Viseu, a empresa Smart Casa desenvolveu o Mordomus, o primeiro sistema de domótica totalmente desenvolvido e produzido em Portugal, com o objectivo de tornar a habitação mais efi ciente energeticamente, mais segura, mais autónoma e garantindo a melhor comodidade e conforto, não só pelas tecnologias integradas no sistema, mas também pelas características e funcionalidades proporcionadas ao utilizador.

O sistema Mordomus é constituído pela interligação do sistema físico de hardware, gerido e controlado pelo evoluído software residente numa consola central, possibilitando funções e confi gurações de todo o sistema pelo utilizador, de modo local ou remoto. No Mordomus todos os circuitos de iluminação, estores, equipamentos, alarmes, climatização, entre outros, são geridos e controlados inteligentemente.

Interruptores, sensores, detectores e até comandos de viaturas são inteligentes e facilmente confi guráveis à vontade do utilizador através da consola táctil num interface gráfi co de fácil de utilização.

Fontes: Smart Casa; Imprensa.

CAIXA 18 – 2THINK

A 2Think é uma empresa de Tondela que tem desenvolvido soluções inovadoras no domínio da informática. Desenvolveu um sensor em que o cliente ao aproximar-se, num raio de 4 metros, activa holofotes apelativos e uma apresentação de voz e vídeo com a apresentação da empresa e de alguns produtos. O objectivo é que o cliente ao aproximar-se consiga navegar em menus através de comandos de voz ou de um interface com pequenos botões de comando e ter acesso às características dos produtos, podendo descarregar por bluethooh, wireless ou até enviar a informação do produto com preços para o email.

A empresa está a desenvolver um projecto de computador solar, que permite reduções de energia na ordem dos 50% ou mais. Um outro projecto é o desenvolvimento de uma montra robotizada e a venda directa, mesmo quando a loja se encontra encerrada, através de pagamentos multibanco.

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CAIXA 19 - GLOBAL WINES – DÃO SUL

A Global Wines/Dão Sul, fundada em 1990, na região do Dão, é uma importante empresa do sector vitivinícola nacional, presente em várias regiões vinhateiras e com crescente presença internacional. A sua produção de vinhos assenta em adegas concebidas de raiz, equipadas com moderno equipamento de vinifi cação, integradas em unidades que dispõem igualmente de caves para estágio de barricas, garrafeiras, laboratório e sala de provas.

A Global Wines/Dão Sul possui um departamento de investigação e desenvolvimento responsável pela gestão dos projectos de investigação dentro da empresa. Actualmente estão a decorrer vários projectos de investigação, nomeadamente o desenvolvimento de um kit para testar a estabilidade dos vinhos em adega, o desenvolvimento de um modelo matemático para a previsão da data de vindima, o conhecimento do comportamento de castas portuguesas num clima tropical, a comparação da acção das leveduras endógenas com leveduras comerciais nas características fi nais dos vinhos e o conhecimento das características estabilizantes das macromoléculas presentes no vinho.

Esta abordagem conceptual permitiu que se fosse desenvolvendo e expandindo para outras regiões, estando hoje presente também no Douro, Bairrada, Estremadura, Alentejo e além fronteiras, no Brasil, oferecendo uma gama diversifi cada de produtos. O Grupo é conhecido por marcas de vinhos como Cabriz, Quinta das Tecedeiras, Monte da Cal, Quinta do Encontro ou Casa de Santar. Em 2010, o Grupo Global Wines formalizou a sua entrada na região dos Vinhos Verdes. Para tal, em conjunto com os proprietários da Quinta de Lourosa, em Lousada, foi criada uma nova empresa denominada Encostas de Lourosa - Green Wines, Lda.

A Global Wines/Dão Sul exporta dez por cento da produção anual de vinho para a Ásia e pretende aumentar o peso deste mercado como alternativa à Europa, cujo mercado está saturado, com uma aposta forte na China e Japão.

Associado a este investimento, existe também o empenho em esclarecer o consumidor, pondo ao seu dispor um serviço de enoturismo no Dão e na Bairrada, com visitas acompanhadas por técnicos e restaurantes.

Fontes: COTEC, site da empresa.

7.

OS NOVOS PROJECTOS

– ACTIVIDADES & INFRAESTRUTURAS

7.1 - Novas actividades

A sub-região Dão Lafões apresenta potencialidades de desenvolvimento de novas actividades ancoradas em actividades e competências já existentes no território ou na riqueza de recursos endógenos, que permitirão a aposta em segmentos mais intensivos em conhecimento e tecnologia, de maior valor acrescentado e de procura mais qualifi cada.

Destaque para as seguintes actividades emergentes:

Indústrias da mobilidade

• : como se fez referência, existe na sub-região uma importante empresa de montagem automóvel (a PSA Peugeot Citroen) e várias empresas

(23)

Energias renováveis

• : o Distrito de Viseu apresenta o maior número de parques eólicos, o valor mais elevado de potência instalada ligada à rede nacional e das mais elevadas potências em construção, o que evidencia o forte potencial da sub-região Dão Lafões para o aproveitamento da energia eólica. Por outro lado, a Central Termoeléctrica de Mortágua, a operar desde 1999, produz electricidade a partir da biomassa. De referir ainda que a Martifer e a Nutroton têm apostado no desenvolvimento das energias renováveis quer a nível da sub-região, quer a nível nacional e internacional. A Martifer integra o Pólo de Competitividade e Tecnologia da Energia. Por seu turno, a Nutroton Energia está envolvida na Central de Biomassa de Viseu , situada no Parque Industrial de Coimbrões, e em que se prevê a produção de electricidade através de resíduos fl orestais a partir de 2012.

FIGURA 8 - POTÊNCIA DOS PARQUES EÓLICOS FIGURA 9 - LOCALIZAÇÃO DOS PARQUES EÓLICOS POR DISTRITO (DEZEMBRO DE 2009) (DEZEMBRO DE 2009)

Fontes: INEGI (2009) – Parques Eólicos em Portugal, Dez. 2009.

Saúde

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Cluster Portugal é um importante factor de promoção das actividades ligadas à saúde. De referir ainda a tendência de desenvolvimento do produto turístico saúde e bem-estar, que funciona como alavanca de promoção na sub-região de empresas, infra-estruturas, tecnologias e equipamentos no domínio das ciências da saúde.

Turismo

• : a sub-região Dão Lafões é já um importante destino turístico no segmento do termalismo, apesar da existência de debilidades ao nível da estruturação da oferta e do alojamento. Nos últimos anos assistiu-se a uma clara tendência de desenvolvimento do sector, com a remodelação, modernização e reabertura de algumas unidades termais e a expansão do Turismo em Espaço Rural (TER). A actividade turística deverá, portanto, assumir uma posição de destaque na estratégia de desenvolvimento da sub-região, tendo como suporte a valorização dos recursos territoriais específi cos/endógenos com maior potencial de atracção turística. Perspectivam-se vários desenvolvimentos na sub-região: instalação de uma oferta turística estruturada de unidades de alojamento no segmento TER, associadas a actividades de animação e à revitalização de aldeias tradicionais; consolidação de produtos turísticos emergentes, como o turismo de saúde e bem-estar (presença na sub-região de estâncias termais que oferecem, para além dos tradicionais programas de termalismo clássico, programas de saúde e bem-estar), maior oferta nas áreas do turismo de aventura e o turismo de natureza (valorizando os espaços ambientalmente mais ricos).

Também o turismo patrimonial e histórico assume fortes potencialidades no Dão Lafões, com a aposta no desenvolvimento de rotas turísticas centradas em especifi cidades históricas e patrimoniais da sub-região como são exemplos: a cidade de Viseu está associada à fi gura de Viriato (rota Viseu dos Romanos à Idade Média); o pintor Grão Vasco e seus contemporâneos afi rmaram a cidade de Viseu como a capital do Renascimento em Portugal (Viseu do Renascimento); Camilo Castelo Branco escreveu em Viseu grande parte do seu livro Amor de Perdição (Viseu Romântico do século XIX); Aquilino Ribeiro fi cou detido, em 1927, no Paço de Viseu/Presídio do Fonteslo depois de ser preso numa acção cívica em Mangualde (Viseu Republicano do século XX). A estas rotas turísticas junta-se a Rota de Vinhos do Dão, associada ao desenvolvimento do enoturismo na sub-região Dão Lafões. De referir que a sociedade vitivinícola Dão Sul tem apostado muito neste produto turístico em Santar (Nelas), onde abriu o renovado Paço dos Cunhas (datado de 1609). O grande objectivo da Dão Sul é transformar Santar na “Saint Emilion de Portugal”, por considerar a vila portuguesa muito parecida com a vila medieval francesa situada junto a Bordéus.

7.2 – Novos projectos

A par do desenvolvimento de novas actividades no Dão Lafões, estão previstos para a sub-região vários projectos relevantes para a melhoria da conectividade e acessibilidades do território, para a sua sustentabilidade ambiental e para a dinamização da base económica. Entre esses projectos destacam-se:

Auto-Estrada do Centro

(25)

reduzir a sinistralidade e o tempo de percurso entre Coimbra e Viseu em 42% (25 minutos). Com a construção dos lanços do IC12 entre Canas de Senhorim e Mangualde e entre Santa Comba Dão e Mortágua será completado o eixo de ligação entre o IP3, junto a Mortágua, e a A25 em Mangualde, de modo a melhorar as ligações do território do Centro Interior ao litoral e a Espanha.Este projecto integra ainda o novo IC2 entre Coimbra e Oliveira de Azeméis, com um troço comum ao IP3 entre Trouxemil e Mealhada – o seu objectivo é promover uma ligação de qualidade que se constitua como uma alternativa real à A1, estimando-se uma diminuição de 40% no tempo médio de percurso entre Coimbra e Oliveira de Azeméis, bem como uma redução de mais de 20% na sinistralidade.

Ecopista do Dão

• : existem no Dão Lafões vários ramais ferroviários desactivados e que podem ser reconvertidos para novas utilizações. A REFER, entidade gestora destas estruturas, no âmbito de um projecto que abrange outros ramais ferroviários desactivados, tem vindo a implementar ecopistas (vias pedonais e cicláveis) em vários territórios, tendo já avançado com projectos para os ramais do Vouga e do Dão. Para além de aproveitar um recurso existente e não utilizado, este projecto permite tirar partido das potencialidades paisagísticas da sub-região, a que se podem associar valores patrimoniais e outros recursos existentes, além do aumento da oferta de estruturas lúdicas para a população local e visitantes. A Ecopista do Dão permitirá a ligação de Viseu a Santa Comba Dão, com passagem por Tondela, nos 49.5 km do antigo Ramal do Dão:

Infra-estruturas de acolhimento empresarial

• : estão previstos para a sub-região projectos de alargamento ou construção de infra-estruturas de acolhimento empresarial, sendo de destacar a criação do Parque Industrial de Penaverde e do Parque Tecnológico do Campo/Lordosa. Todavia, é imprescindível focalizar estas infra-estruturas em valências ou actividades económicas emergentes no Dão Lafões e fundamentais no reforço da competitividade da sub-região no médio e longo prazo, sob pena de criação de novas infra-estruturas similares às já existentes e incapazes de captar novos investimentos empresariais endógenos ou exógenos à sub-região.

Museu do Vinho do Dão

• : a localizar em Santar (Nelas), na antiga Bogaria do Rei, pretende-se que este museu funcione como um dos dínamos da promoção integrada do património histórico, arqueológico e cultural de Nelas e do vinho do Dão, além de âncora do desenvolvimento do enoturismo em toda a sub-região Dão Lafões.

Centro de Interpretação do Saber, do Fazer e do Sabor de Dão Lafões

• : na sub-região

Referências

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