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Os novos desafios da contabilidade para as organizações da economia social que venham a aplicar o SNC

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(1)

Ana Maria Rodrigues (anarodri@fe.uc.pt)

Os novos desafios da contabilidade para as organizações da economia social que venham a aplicar o SNC

20 de Março 2010

(2)

2

Objectivo da sessão

Economia social e suas entidades:

Cooperativas;

Outras Entidades.

Análise do novo SNC identificando:

Porquê o novo SNC?

Arquitectura e Estrutura do SNC;

Estrutura Conceptual;

DF - Algumas curiosidades;

NCRF – Algumas das mais problemáticas NCRF.

Notas conclusivas

(3)

3

Economia Social e suas Entidades

(4)

Economia Social:

• A Economia Social consiste num modelo de

desenvolvimento que alia a iniciativa privada ao papel do Estado.

• Constituída por cooperativas, sociedades mútuas,

associações e fundações, institui e presta serviços de assistência e de proximidade, contribuindo para o

desenvolvimento local e a coesão social.

• Segundo dados da UE, a Economia Social "representa 10% do conjunto das empresas europeias".

4

(5)

COOPERATIVAS:

As cooperativas são associações

permanentemente abertas à entrada de novos

associados, que contribuem com bens ou serviços para a realização de uma actividade económica

mutualista.

A sua finalidade reside em satisfazer o interesse dos associados, obtendo determinados bens a

preços inferiores aos do mercado ou vendendo os seus produtos sem intermediários.

5

(6)

As COOPERATIVAS são (nº 1 do art. 2º):

- pessoas colectivas autónomas, - de livre constituição,

- de capital e composição variáveis,

- que, através da cooperação e entreajuda dos seus membros, com obediência aos princípios cooperativos, visam, SEM FINS LUCRATIVOS, a satisfação das

necessidades e aspirações económicas, sociais ou culturais daqueles.

6

(7)

As cooperativas, na prossecução dos seus objectivos, podem realizar operações:

- preferencialmente com os seus associados, e - simultaneamente com terceiros, sem prejuízo de eventuais limites fixados pelas leis próprias de cada ramo (art. 2.º do Código Cooperativo).

7

(8)

ASSOCIAÇÕES:

São pessoas colectivas cuja constituição e

funcionamento estão regulados pelo Código Civil e legislação conexa, surgindo da necessidade de

realizar algo em comum por parte dos seus membros.

8

(9)

9

Porquê o novo SNC?

(10)

10

“A contabilidade é em teoria a linguagem dos negócios, mas existem na prática uma

imensidão de dialectos. O resultado é que as demonstrações financeiras elaboradas num país são frequentemente ininteligíveis para os investidores de outros países. A eliminação dessas barreiras estimularia o fluxo de capitais, reduzindo o custo do

capital em todo o mundo” (The Financial Times in Combarros, 1997)

(11)

11

O caso das contas da Daimler Benz é frequentemente utilizado como exemplo ilustrativo da importância da necessidade de harmonização contabilística e da credibilidade das demonstrações financeiras.

A reconciliação dos resultados e capitais próprios surpreendeu os investidores, contrariando os esquemas teóricos definidos, que consideram a contabilidade alemã como mais conservadora!!

Alemanha

Alemanha EUAEUA

615 milhões de marcos prejuízo de 1839

milhões marcos

(12)

12

Os efeitos nocivos da diversidade de critérios contabilísticos nos mercados de capitais podem ser vislumbrados em exemplos portugueses:

As contas de 1996 da EDP - Electricidade de Portugal, apresentavam, segundo os princípios contabilísticos nacionais, um lucro de 66,28 milhões de contos, enquanto a reconciliação efectuada para os USGAAP evidenciava um lucro de 110,684 milhões de contos.

“Como poderia o lucro, daquela empresa, segundo as normas dos EUA quase dobrar em relação a Portugal?”

(13)

13

A apresentação das contas de 2000 do Banco Comercial Português (BCP), e as diferenças apuradas entre os resultado obtidos segundo os princípios contabilísticos nacionais (105 milhões de contos), e os princípios norte americanos foi notícia de primeira página do Semanário Expresso, com o seguinte título: “BCP perde 80 milhões pelas regras dos EUA”

Notícias como as referidas preocupam os investidores!

(14)

O novo Sistema de Normalização Contabilística visa promover:

Níveis crescentes de transparência e comparabilidade, que são condições necessárias à criacriaçção de um mercado de capitais integrado, que ão de um mercado de capitais integrado funcione de modo eficaz, harmonioso e eficiente;

A dinâmica e a confiança nos negócios, dado que a confiança é maior entre indivíduos que se conhecem e se compreendem;

14

(15)

15

SNC

Arquitectura e Estrutura

(16)

16

.

O SNC É COMPOSTO PELOS SEGUINTES INSTRUMENTOS CONTABILÍSTICOS:

Estrutura Conceptual

Bases para a apresentação das demonstrações financeiras (BADF);

Modelos de Demonstrações Financeiras (MDF);

Códigos de Contas (CC);

Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro (NCRF);

Norma Contabilística e de Relato Financeiro para pequenas Entidades (NCRF-PE);

Normas Interpretativas (NI).

(17)

17

O SNC é de aplicação obrigatória às seguintes entidades:

Sociedades nacionais e estrangeiras abrangidas pelo CSC;

Empresas individuais reguladas pelo CSC;

Estabelecimentos Individuais de Responsabilidade Limitada (EIRL);

Empresas Públicas;

COOPERATIVAS;

Agrupamentos Complementares de Empresas (ACE) e Agrupamentos

Europeus de Interesse Económico (AEIE);

Outras entidades que, por legislação específica, se encontrem sujeitas ao POC ou venham a estar sujeitas ao SNC.

Entidades a que se aplica o SNC (Decreto

Entidades a que se aplica o SNC (Decreto--Lei nLei nºº 158/2009, de 13 de Julho)

158/2009, de 13 de Julho):

EXCEPTO CASOS NIC e Supervisão

(18)

18

Nota:

À semelhança do POC, também o SNC não é de aplicação geral, já que para as

empresas do sector financeiro, segurador e bancário foram criados planos de

contabilidade específicos.

(19)

Pergunta 1:

Uma entidade que aplica o Plano de Contas das

Instituições Particulares de Solidariedade Social (PCIPSS) é obrigada a adoptar o Sistema de Normalização

Contabilística ?

Resposta (3.02.2010):

- Não. O PCIPSS foi aprovado pelo Decreto-Lei nº 78/89, de 3 de Março e não foi revogado pelo Decreto-lei nº

158/2009, de 13 de Julho que aprovou o Sistema de Normalização Contabilística.

19

(20)

Pergunta 2:

Uma entidade que aplica o Plano Oficial de Contabilidade das Instituições do Sistema de Solidariedade e de

Segurança Social (POCISSSS) é obrigada a adoptar o Sistema de Normalização Contabilística ?

· Resposta (3.02.2010):

- Não. O POCISSSS foi aprovado pelo Decreto-lei nº

12/2002, de 25 de Janeiro e constitui um plano sectorial do Plano Oficial de Contabilidade Pública, aprovado pelo

Decreto-Lei nº 232/97, de 3 de Setembro. O Decreto-lei nº 158/2009, de 13 de Julho que aprovou o Sistema de

Normalização Contabilística, não revogou o Decreto-lei nº 12/2002, de 25 de Janeiro, pelo que a entidade deve

continuar a aplicar o POCISSSS. 20

(21)

21

ESTRUTURA CONCEPTUAL DO SNC

(22)

Esta Estrutura Conceptual trata:

(a) Do objectivo das demonstrações financeiras;

(b) Das características qualitativas que

determinam a utilidade da informação contida nas demonstrações financeiras;

(c) Da definição, reconhecimento e mensuração dos elementos a partir dos quais se constroem as demonstrações financeiras; e

(d) Dos conceitos de capital e de manutenção de capital.

22

(23)

Conceitos, Princípios e Bases Estrutura Conceptual:

• Finalidades das DF;

• Utentes e necessidades de informação;

• Objectivos das DF;

• Posição Financeira, desempenho e alterações na posição financeira

• Pressupostos:

• Características qualitativas;

• Elementos e classes das DF;

• Reconhecimento dos elementos das DF;

• Mensuração dos elementos das DF;

• Capital e manutenção de capital.

23

(24)

• As DF são preparadas com o propósito de proporcionar informação que seja útil na tomada de decisões económicas devendo responder às necessidades comuns da

maior parte dos utentes.

• Que decisões económicas (§ 1 da EC)?

24

(25)

• (

a) Decidir quando comprar, deter ou vender um investimento em capital próprio;

• (b) Avaliar o zelo ou a responsabilidade do órgão de gestão;

• (c) Avaliar a capacidade de a entidade pagar e

proporcionar outros benefícios aos seus empregados;

• (d) Avaliar a segurança das quantias emprestadas à entidade;

• (e) Determinar as políticas fiscais;

• (f) Determinar os lucros e dividendos distribuíveis;

• (g) Preparar e usar as estatísticas sobre o rendimento nacional; ou

• (h) Regular as actividades das entidades.

25

(26)

• O objectivo das demonstrações financeiras é (§ 12 da EC):

.

26

proporcionar informação acerca da

posição financeira, do desempenho e

das alterações na posição financeira de

uma entidade que seja útil a um vasto

leque de utentes na tomada de

decisões económicas

(27)

As informações divulgadas nas DF devem responder às necessidades comuns da maior parte dos

utentes. Mas quem são esses utentes (§ 9 da EC)?

(a)Investidores (b)Empregados (c)Mutuantes

(d)Fornecedores e Outros Credores Comerciais (e)Clientes

(f)Governo e seus departamentos (g)Público

27

(28)

• Atendendo ao objectivo principal da informação publicada pelas entidades de economia social importa saber se de entre os vários utilizadores e /ou utentes potenciais dessa informação deve algum deles ser considerado em posição

preferencial face aos restantes?

A resposta não é inócua.

No SNC o utente privilegiado é, claramente o investidor.

28

(29)

Assim:

• O actual paradigma contabilístico baseia-se por isso em

modelos de valorização dos elementos do balanço (activos, passivos e capital próprio) baseados em valores de mercado procurando aproximar os valores escriturados nas DF dos seus valores de mercado (veja-se a aplicação do modelo do justo valor; as imparidades; os valores actualizados; etc.)

• De outro modo seria se o paradigma contabilístico

assentasse numa lógica de protecção dos credores da sociedade em que o modelo do custo histórico dominaria

• É claramente este o modelo subjacente ao sector da economia social

29

(30)

Objectivos da informação:

• a informação contabilísticas das entidades de economia social visa dar compreensão e transparência das

operações aos associados e demais utentes;

• as operações realizadas pela entidade cooperativa com seus associados não são equivalentes às operações mercantis, mas são na maioria dos casos equivalentes a meras transferências de mercadorias e recursos entre eles;

• Cada operação que a sociedade cooperativa realizar que resulte em um acto não-cooperativo, precisam ser escriturados separadamente dos actos cooperativos;

30

(31)

Objectivos da informação (cont.):

• O propósito é sempre demonstrar com clareza e

objectividade as informações necessárias à compreensão das operações da entidade.

• o objectivo principal da contabilidade, que é o de permitir, a cada grupo de utentes, a avaliação da situação

económica e financeira da entidade, bem como fazer inferências sobre suas tendências futuras.

• No sistema cooperativo, a contabilidade além de atender a legislação, deve informar aos seus associados que são os grandes responsáveis pelo desenvolvimento do

negócio.

31

(32)

• (§ 17 da EC)

• A informação acerca do desempenho de uma entidade, em particular a sua lucratividade, é necessária a fim de determinar as alterações potenciais nos recursos

económicos que seja provável que ela controle no futuro.

• A informação acerca da variabilidade do desempenho é, a este respeito, importante.

• A informação acerca do desempenho é útil na predição da capacidade da entidade gerar fluxos de caixa a partir dos seus recursos básicos existentes.

• É também útil na formação de juízos de valor acerca da eficácia com que a entidade pode empregar recursos adicionais.

32

(33)

Os princípios contabilísticos do POC foram no SNC espartilhados entre:

• Requisitos;

• Características Qualitativas;

• Requisitos subjacentes a essas características qualitativas;

• Constrangimentos à informação relevante e fiável (§§ 43- 45).

Todavia, os PCGA são os Pilares essenciais para que a

informação divulgada que possa cumprir o propósito último – permitir que os utentes tomam as suas decisões com o

menor risco possível num contexto típico de incerteza, como é aquele que hoje vivemos.

33

(34)

Alguns problemas decorrentes do SNC/IFRS:

• - Maior subjectividade em algumas áreas do relato financeiro (Modelos de valorização alternativos…);

• A contabilidade passa, cada vez mais, a depender de um vasto conjunto de contributos (inputs) de outras

áreas especializadas, para poder reportar a informação financeira (economistas, advogados, engenheiros,

actuários…);

• A base fiscal da tributação continua tão (ou mais…) afastada da base contabilística do apuramento do resultado. Os ajustamentos fiscais não diminuirão.

34

(35)

35

DF

(Algumas curiosidades)

(36)

DF – O caso paradigmático da DR

• A variação quantitativa do Património pode

medir-se através da DR. Nas cooperativas um resultado positivo toma o nome de

EXCEDENTE LÍQUIDO.

Vejamos então a dita DR:

36

(37)

37

(38)

Demonstração dos Resultados

38

Entidade:

Entidade: Entidade:

Entidade: AlFA, S.A.AlFA, S.A.AlFA, S.A.AlFA, S.A.

DEMONSTRAÇÃO INDIVIDUAL DOS RESULTADOS POR NATUREZAS DEMONSTRAÇÃO INDIVIDUAL DOS RESULTADOS POR NATUREZAS DEMONSTRAÇÃO INDIVIDUAL DOS RESULTADOS POR NATUREZAS DEMONSTRAÇÃO INDIVIDUAL DOS RESULTADOS POR NATUREZAS PERÍODO FINDO EM

PERÍODO FINDO EM PERÍODO FINDO EM

PERÍODO FINDO EM 31 31 31 31 DE DE DE DE Dezembro Dezembro Dezembro Dezembro DE DE DE DE Ano 7Ano 7Ano 7Ano 7 EurosEurosEurosEuros NOTAS

NOTAS NOTAS NOTAS

Ano 7 Ano 7 Ano 7

Ano 7 Ano 6Ano 6Ano 6Ano 6

Vendas e serviços prestados ++++ ++++

Subsídios à exploração ++++ ++++

Ganhos/perdas imputados de subsidiárias, associadas e empreendimentos conjuntos + / -+ / -+ / -+ / - + / -+ / -+ / -+ / -

Variação nos inventários da produção + / -+ / -+ / -+ / - + / -+ / -+ / -+ / -

Trabalhos para a própria entidade ++++ ++++

Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas ---- ----

Fornecimentos e serviços externos ---- ----

Gastos com o pessoal ---- ----

Imparidade de inventários (perdas/reversões) - / +- / +- / +- / + - / +- / +- / +- / +

Imparidade de dívidas a receber (perdas/reversões) - / +- / +- / +- / + - / +- / +- / +- / +

Provisões (aumentos/reduções) - / +- / +- / +- / + - / +- / +- / +- / +

Imparidade de investimentos não depreciáveis/amortizáveis (perdas/reversões) - / +- / +- / +- / + - / +- / +- / +- / +

Aumentos/reduções de justo valor + / -+ / -+ / -+ / - + / -+ / -+ / -+ / -

Outros rendimentos e ganhos ++++ ++++

Outros gastos e perdas ---- ----

Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos

Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos ==== ==== Gastos/reversões de depreciação e de amortização 30303030 -35.000-35.000-35.000-35.000 -36.000-36.000-36.000-36.000

Imparidade de investimentos depreciáveis/amortizáveis (perdas/reversões) - / +- / +- / +- / + - / +- / +- / +- / +

Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos)

Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) ==== ====

………

………

………

………

PERÍODOS PERÍODOS PERÍODOS PERÍODOS

RENDIMENTOS E GASTOS RENDIMENTOS E GASTOS RENDIMENTOS E GASTOS RENDIMENTOS E GASTOS

(39)

Em síntese:

• Essa diferenciação é completamente estranha às

características básicas do empreendimento cooperativo, qualquer que ele seja, dada sua não finalidade de lucro e a sua ausência de preocupação com indicadores

especialmente vocacionados para o mercado.

• nas sociedades cooperativas o mais relevante é a evidenciação e transparência no apuramento na

demonstração do resultado das actividades relacionadas entre a cooperativa e o associado;

39

(40)

40

NCRF

(Exemplos de algumas NCRF mais problemáticas)

(41)

41

NCRF

NCRF IAS / IFRS

Fonte

1 Estrutura e Conteúdo das Demonstrações Financeiras

IAS 1 2 Demonstração de Fluxos de Caixa IAS 7 3 Adopção pela Primeira Vez das NCRF IFRS 1 4 Políticas Contabilísticas, Alterações nas

Estimativas Contabilísticas e Erros

IAS 8 5 Divulgações de partes relacionadas IAS 24

6 Activos Intangíveis IAS 38

7 Activos Tangíveis IAS 16

8 Activos não correntes detidos para venda e unidades operacionais descontinuadas

IFRS 5

9 Locações IAS 17

10 Custo de Empréstimos Obtidos IAS 23

(42)

42

NCRF

NCRF IAS / IFRS

Fonte

11 Propriedades de Investimento IAS 40

12 Imparidade de Activos IAS 36

13 Interesses em Empreendimentos Conjuntos e Investimentos em Associadas

IAS 28 e 31 14 Concentrações de Actividades Empresariais IFRS 3 15 Investimentos em Subsidiárias e Consolidação IAS 27 16 Exploração e Avaliação de Recursos Minerais IFRS 6

17 Agricultura IAS 41

18 Inventários IAS 2

19 Contratos de Construção IAS 11

20 Rédito IAS 18

(43)

43

NCRF

NCRF IAS / IFRS

Fonte

21 Provisões, Passivos Contingentes e Activos Contingentes

IAS 37 22 Contabilização dos Subsídios do Governo e

Divulgação de Apoios do Governo

IAS 20 23 Os efeitos de alterações em taxas de câmbio IAS 21 24 Acontecimentos Após a Data do Balanço IAS 10

25 Impostos sobre o Rendimento IAS 12

26 Matérias Ambientais -

27 Instrumentos Financeiros IAS 32-39-

IFRS 7

28 Benefícios dos Empregados IAS 19

(44)

• As normas são criadas para que se

estabeleçam regras e procedimentos com o intuito contabilístico de prover

informações úteis e condizentes com as necessidades dos utentes.

• A regulamentação torna-se necessária

para harmonizar/unificar os procedimentos contabilísticos.

44

(45)

• As NCRF são normas elaboradas para as sociedades de índole “capitalistíca”

convencionais, sem terem em consideração as especificidades das cooperativas.

• Todavia, não deveremos equiparar o vínculo

estabelecido entre estas e o cooperador com o estabelecido entre o sócio investidor e a

sociedade anónima ou por quotas.

45

(46)

NCRF 27 – Instrumentos Financeiros:

Um instrumento financeiro, qualquer que seja a sua forma, se puder ser reembolsado a pedido do subscritor, será considerado como um

recurso alheio (§ 10)

ENTÃO, o capital social cooperativo deverá ser qualificado,

contabilisticamente, como um recurso alheio e não como um recurso próprio?

Qualificação que entra em colisão directa com o disposto no art. 36.º, n.os 2 e 3, do Ccoop e o princípio da adesão voluntária e livre (art. 3.º).

Consequências práticas para a cooperativa?

- aumento do endividamento e do risco de insolvência.

(Sobre o assunto ver: Deolinda Meira e Ana Maria Bandeira, 2008) 46

(47)

NCRF 27 – Instrumentos Financeiros:

• a aplicação desta forma de escrituração das entradas para o capital social das cooperativas poderá perturbar, de forma significativa, os ratios financeiros daquelas;

• complicar consideravelmente o seu acesso ao

financiamento externo, com todas as consequências

nefastas que esta opção poderá viabilidade económica e financeira das cooperativas;

• Não obstante a definição de capital próprio constante da NCRF 27, o capital social das cooperativas só poderá

ser reconhecido como recurso próprio atendendo à essência económica desse instituto.

47

(48)

NCRF 12 – Imparidades:

• Reconhecimento das perdas por imparidade e activos não correntes resultantes da eventual diferença entre quantias escrituradas e quantias recuperáveis dos

activos tradutoras de estimativas de perda de valor com fortes implicações nos resultados

• Numa clara dominância das quantias recuperáveis com base nos valores de mercado e/ou valores de uso.

• A determinação dos fluxos de caixa esperados, das

taxas de retorno a utilizar – e os difíceis problemas quer surgem na aplicação dos cash flows descontados e o prémio de risco a usar no cálculo dessa taxa de

desconto;

48

(49)

• Perda por imparidade: é o excedente da quantia escriturada de um activo… em relação à sua

quantia recuperável;

• Quantia recuperável: é a quantia mais alta de

entre o justo valor de um activo menos os custos de vender e o seu valor de uso.

• Valor de uso: é o valor presente dos fluxos de

caixa futuros estimados que se espere que surjam do uso continuado do activo e da sua alienação no fim da vida útil.

• Uma perda por imparidade deve ser reconhecida em resultados (diferente na NCRF 7).

49

(50)

• Ao avaliar se existe perda por imparidade, uma entidade deve considerar, no mínimo, as seguintes indicações:

a)O valor de mercado do activo diminuiu significativamente mais do que seria esperado;

b) Ocorreram durante o período, ou irão ocorrer no futuro próximo, alterações significativas com efeito adverso na entidade, relativas ao ambiente tecnológico, de mercado, ou legal em que a entidade opera;

c) As taxas de juro de mercado aumentaram durante o

período e tais aumentos afectarão a taxa de desconto dos fluxos de caixa esperados do activo;

---

g) Existe evidência nos relatórios internos de que o

desempenho económico de um activo é, ou será, pior do

que o esperado; 50

(51)

NCRF 6/NCRF 7/NCRF 8 (…) – Atendendo em especial à opção pela aplicação dos modelos de

Revalorização

• Paradigma de valorização dos elementos patrimoniais:

Método do custo versus modelo do justo valor (ou da revalorização)

• Finalidade da informação financeira produzida pelo sistema contabilístico actual – clara preferência pelo

investidor, apostando em modelos assentes na lógica da valorização da entidade pelo mercado;

• Todas estas normas prescrevem métodos de

valorização que permitem reflectir nas DF o valor de mercado das entidades.

51

(52)

NCRF 20 – Rédito

Rédito: influxo bruto de benefícios

económicos durante o período proveniente do curso das actividades ordinárias de uma entidade quando esses influxos resultarem em aumentos de capital próprio que não

sejam aumentos relacionados com

contribuições de participantes no capital próprio.

52

(53)

53

Mensuração:

Regra geral: o rédito deve ser mensurado pelo justo valor da retribuição recebida ou a receber;

Excepção: quando o influxo de dinheiro ou equivalentes de dinheiro for diferido e o acordo constitua efectivamente um financiamento, o justo valor da retribuição é determinado descontando todos os recebimentos futuros usando uma taxa de juro imputada.

A diferença entre o justo valor e a quantia nominal da retribuição é reconhecida como rédito de juros.

NCRF 20 – Rédito

(54)

54

Mensuração do rédito na prestação de serviços:

de acordo com a fase de acabamento da prestação de serviços (método da percentagem de acabamento) à data do balanço quando o desfecho da transacção possa ser fiavelmente estimado.

reconhecido até ao valor dos custos reconhecidos recuperáveis (“método do lucro nulo”) quando o desfecho da transacção não possa ser fiavelmente estimado mas os custos sejam recuperáveis.

NCRF 20 – Rédito

(55)

55

Notas conclusivas

(56)

56

O justo valor

• A subjectividade

• A problemática do resultado contabilístico e do resultado distribuível: Código das Cooperativas estas problemáticas são acessórias;

• Valorimetria ao “ritmo” dos mercados

Justo valor

“regulado”

(57)

57

Condição de êxito do SNC

Mecanismos de

enforcement

(58)

58

Ao nível organizacional:

• Contabilísticos

• Pessoal

• Sistemas de Informação

(Re)definição do sistema de informação com vista a gerar as informações exigidas pelo SNC)

Ao nível legislativo:

Implicações fiscais

• Implicações ao Código das Cooperativas

Alguns problemas de implementação do SNC:

(59)

59

Efeitos da adopção do novo SNC no quotidiano profissional:

• A mudança cultural/adaptação a uma nova lógica;

• A importância crescente da incorporação do julgamento profissional

• As dificuldades inerentes à adopção do justo valor

(60)

60

Proposta

(61)

Factores que conduzem a um tratamento diferenciado das Cooperativas e de outras entidades da economia social:

• Essas entidades não visam lucros. Neste contexto, as pessoas físicas associadas procuram em comum os

melhores resultados para suas diferentes actividades, seja na produção, no consumo ou na prestação de

serviços.

Assim entendemos SER DEFENSÁVEL:

• Uma EC adaptada aos princípios e objectivos das entidades pertencentes à economia social;

• Necessidade de uma terminologia contabilística própria face às especificidades deste tipo de entidades;

• NCRF diferenciadas entre as cooperativas e as demais

sociedades; 61

(62)

• As informações geradas pela contabilidade das

cooperativas devem estar de acordo com os Princípios fundamentais de Contabilidade, mas atendendo à

legislação especifica, de modo a gerar informações úteis para os utentes desse tipo de entidades;

• Tratamento contabilístico diferenciado para as operações realizadas entre cooperadores e não cooperadores, pois as primeiras traduzem-se na prestação de serviços

directos aos seus associados, sem objectivo de lucros, visando obter em comum melhores resultados para cada um deles em particular.

62

(63)

• A contabilidade para as cooperativas deve utilizar

formas e nomenclaturas especificas para que não se criem lacunas, pois estas exigem dados não existentes em outras sociedades.

• Um sistema contabilístico adequado para as entidades sem fins lucrativos deve estabelecer critérios e

procedimentos específicos de avaliação, de registo das variações patrimoniais e de estrutura das DF, bem as informações mínimas a serem incluídas em notas

explicativas para as Entidades Cooperativas, tendo em conta os interesses específicos dos seus principais

utentes.

63

(64)

• Grande preocupação com a transparência dos

actos da entidade. De facto, deve atender-se que um modelo contabilístico adequado deve prestar

particular atenção à divulgação de informações, que atendam aos detalhes sobre as operações da

entidade, tornando-as mais compreensivas e mais

transparentes para o público em geral, especialmente para os principais interessados, que são os

associados;

• Eficácia ou eficiência?

• Fiabilidade ou relevância?

64

(65)

• Qual a razão das sociedades cooperativas merecerem um tratamento contabilístico específico ou diferenciado face às demais sociedades mercantis?

• AFINAL, TUDO ISTO PORQUÊ?

Para mim a resposta é simples:

65

AS COOPERATIVAS SÃO SOCIEDADES DE PESSOAS E NÃO DE

CAPITAL E (…)

(66)

66

Desmistificar o SNC

mas se a mudança é mesmo uma constante da vida…

há realidades que merecem mudanças … e mudanças sérias …

(67)

MUITO OBRIGADA!

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