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UHE SÃO DOMINGOS Setembro de 2014

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Setembro de 2014

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USINA HIDRELÉTRICA SÃO DOMINGOS

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USINA HIDRELÉTRICA SÃO DOMINGOS ii

INFORMAÇÕES GERAIS

EMPREENDEDOR

Nome: Eletrosul Centrais Elétricas S.A.

Endereço: Rua Deputado Antonio Edu Vieira 999 Pantanal 88.040-901 – Florianópolis – SC.

CNPJ nº: 00.073.957/0001-68 Telefone: (48) 3231-7069 Fax: (48) 3231-7841

Departamento de Manutenção e Apoio à Operação Gerente: Altair Coutinho de Azevedo Junior

EMPREENDIMENTO

Tipo: Geração de Energia Elétrica Classificação: UHE – Usina Hidrelétrica Denominação: UHE São Domingos

Localização: Municípios de Água Clara e Ribas do Rio Pardo/MS

PROCESSO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL

Processo IMASULn° 23/105754/2012 Licença de Operação nº 458/2012

ENTRADA EM OPERAÇÃO COMERCIAL

Unidade Geradora 1: junho de 2013 Unidade Geradora 2: julho de 2013

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EQUIPE TÉCNICA

No Quadro 1 a seguir é apresentada uma atualização dos coordenadores dos Programas e Planos Ambientais. Os Programas/Planos que foram concluídos, na coluna “Empresa” terá a observação “Concluído”. No Quadro 2 é apresentada a equipe multidisciplinar responsável pela elaboração do relatório.

Quadro 1 - Lista dos coordenadores por Programa/Plano Ambiental e Empresas Contratadas

PROGRAMA/PLANO AMBIENTAL COORDENADOR EMPRESA

1. Educação Ambiental Rafael Eid Shibayama – Engº

Ambiental Eletrosul (Equipe multidisciplinar) 2. Segurança e Higiene do Trabalho Rafael Eid Shibayama – Engº

Ambiental Contratadas e Subcontratadas

3. Negociação e Aquisição de Terras Concluído

4. Divulgação e Informação Rafael Eid Shibayama – Engº

Ambiental Eletrosul (Equipe multidisciplinar) 5. Recomposição de Áreas Degradadas

Rafael Eid Shibayama – Engº Ambiental

Djoni Diosel Lopes - Biólogo

Eletrosul

6. Conservação do Solo e Controle de Erosão

Rafael Eid Shibayama – Engº Ambiental

Djoni Diosel Lopes - Biólogo

Eletrosul

7. Desmatamento da Área Diretamente Afetada Concluído

8. Conservação, Manejo, Resgate e

Aproveitamento Científico da Flora Nativa

Rafael Eid Shibayama – Engº Ambiental

Djoni Diosel Lopes - Biólogo

Eletrosul

9. Reflorestamento da APP do reservatório

Rafael Eid Shibayama – Engº Ambiental

Djoni Diosel Lopes - Biólogo

Meio Biótico Consultoria

Resp.: Manuela Boleman Wiesbauer Cercamento da APP – Construtora Gomes 10. Monitoramento e Manejo das Espécies

Higrófitas (Macrófitas Aquáticas) Concluído

11. Resgate, Manejo e Monitoramento da Fauna Não Aquática

Rafael Eid Shibayama – Engº Ambiental

Djoni Diosel Lopes - Biólogo

Cerne Consultoria e Projetos Resp.: Rodrigo Lira Meyer 12. Monitoramento da Fauna Íctica

Subprograma de Monitoramento e Pesquisa da Ictiofauna

Rafael Eid Shibayama – Engº Ambiental

Djoni Diosel Lopes - Biólogo

1ª Fase de Monitoramento - Concluída Fundação Universitária de Toledo Resp.: Gilmar Baumgartner

2ª Fase de Monitoramento – Em andamento Geocenter Consultoria e Projetos

Resp.: Alexandre Rodrigues Cardoso Subprograma de Determinação do Mecanismo

de Transposição de Peixes

Rafael Eid Shibayama – Engº Ambiental

Djoni Diosel Lopes - Biólogo

Geocenter Consultoria e Projetos (Transposição de Peixes)

Resp.: Alexandre Rodrigues Cardoso 13. Monitoramento de Qualidade das Águas

Superficiais

Rafael Eid Shibayama – Engº Ambiental

Djoni Diosel Lopes - Biólogo

Conágua Ambiental Resp.: Diogo Coelho Crispim

14. Monitoramento de Águas Subterrâneas

Rafael Eid Shibayama – Engº Ambiental

Djoni Diosel Lopes - Biólogo

Conágua Ambiental

Resp.: Técnico: Diogo Coelho Crispim 15. Monitoramento das Comunidades

Aquáticas

Rafael Eid Shibayama – Engº Ambiental

Djoni Diosel Lopes - Biólogo

Conágua Ambiental

Resp.: Técnico: Diogo Coelho Crispim 16. Gerenciamento de Resíduos Sólidos Rafael Eid Shibayama - Engº

Ambiental Eletrosul

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USINA HIDRELÉTRICA SÃO DOMINGOS iv

iv

PROGRAMA/PLANO AMBIENTAL COORDENADOR EMPRESA

18. Plano de Gestão Ambiental Integrada do Empreendimento

Rafael Eid Shibayama – Engº Ambiental

Djoni Diosel Lopes - Biólogo

Eletrosul

19. Plano de Uso e Conservação do Entorno do Reservatório

Rafael Eid Shibayama – Engº Ambiental

Djoni Diosel Lopes - Biólogo

Ecossis Soluções Ambientais Ltda. Resp.:Gustavo Duval Leite 20. Sistema de Controle Ambiental Rafael Eid Shibayama – Engº

Ambiental Eletrosul

21. Plano de Enchimento do Reservatório Concluído

22. Limpeza da Bacia de Acumulação do

Reservatório Concluído

23. Mitigação e Compensação por Supressão em APP

Rafael Eid Shibayama – Engº Ambiental

Djoni Diosel Lopes - Biólogo

1ª Fase – Cercamento - Concluída - Construtora Gomes Ltda.

2ª Fase - Monitoramento 24. Plano Ambiental de Construção - PAC Rafael Eid Shibayama - Engº

Ambiental Eletrosul

25. Monitoramento Arqueológico e Educação

Patrimonial Concluído

26. Salvamento Arqueológico Concluído

27. Plano de Controle Ambiental - PCA Rafael Eid Shibayama - Engº

Ambiental Eletrosul

Quadro 2 - Equipe multidisciplinar responsável pela elaboração do relatório

Gerência e Coordenação

Altair Coutinho de Azevedo Junior

Gerente do Departamento de Manutenção e Apoio à Operação

Marcio Ribeiro Faverão Gerente da Divisão de Coordenação Técnica e Administrativa

Djoni Diosel Lopes Biólogo

Corpo Técnico Djoni Diosel Lopes Biólogo Rafael Eid Shibayama Engº Ambiental

Djoni Diosel Lopes CRBio 45512/03

Rafael Eid Shibayama CREA/MS 13222

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APRESENTAÇÃO

Este documento apresenta a descrição das atividades executadas, principalmente no período compreendido entre abril de 2014 e setembro de 2014, dos Programas e Planos Ambientais e os Subprogramas que continuam em andamento na fase de operação da UHE São Domingos e fazem parte do Plano Básico Ambiental. Também visa atender a Condicionante Específica nº 2 da Licença de Operação nº 458/2012 emitida em setembro de 2012.

Com a emissão da Licença de Operação e com o enchimento do reservatório, marco importante no que tange às questões ambientais, este relatório apresenta uma breve descrição das atividades que estão sendo realizadas e previstas para a fase pós-enchimento do reservatório. Para melhor visualização, o relatório está dividido em dois volumes, sendo o volume I relativo às informações dos Programas, Planos e Subprogramas Ambientais conforme estrutura a seguir e os Volumes IIA e IIB onde são apresentados os anexos.

O volume I está estruturado da seguinte forma:  PARTE 1 - Ficha Técnica do Empreendimento.

 PARTE 2 – Descrição das ações executadas e previstas para os Programas, Planos e Subprogramas Ambientais.

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USINA HIDRELÉTRICA SÃO DOMINGOS vi

vi

SUMÁRIO

INFORMAÇÕES GERAIS ... II

EQUIPE TÉCNICA ... III

APRESENTAÇÃO ... V

FIGURAS ... VIII

QUADROS ... IX

TABELAS ... IX

A USINA ... 10

PARTE 1 – FICHA TÉCNICA ... 12

PARTE 2 – PROGRAMAS AMBIENTAIS ... 14

1. PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ... 17

2. PROGRAMA DE SEGURANÇA E HIGIENE DO TRABALHO ... 19

3. PROGRAMA DE DIVULGAÇÃO E INFORMAÇÃO ... 20

4. PROGRAMA DE RECOMPOSIÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS ... 21

5. PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO DO SOLO E CONTROLE DE EROSÃO... 22

6. PROGRAMA DE REFLORESTAMENTO DA APP DO RESERVATÓRIO ... 23

7. PROGRAMA DE MONITORAMENTO E MANEJO DE ESPÉCIES HIGRÓFITAS (MACRÓFITAS AQUÁTICAS) ... 27

8. PROGRAMA DE RESGATE, MANEJO E MONITORAMENTO DA FAUNA NÃO-AQUÁTICA ... 28

8.1. MANEJO E MONITORAMENTO DE FAUNA DURANTE A FASE DE OPERAÇÃO DA USINA ... 28

9. PROGRAMA DE RESGATE, MANEJO E CONSERVAÇÃO DA ICTIOFAUNA ... 31

9.1. SUBPROGRAMA DE MONITORAMENTO E PESQUISA DA ICTIOFAUNA ... 31

9.2. SUBPROGRAMA DE DETERMINAÇÃO DO MECANISMO DE TRANSPOSIÇÃO DE PEIXES... 33

10. PROGRAMA DE MONITORAMENTO DE QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS ... 36

11. PROGRAMA DE MONITORAMENTO DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS ... 41

12. PROGRAMA DE MONITORAMENTO DAS COMUNIDADES AQUÁTICAS ... 44

13. PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ... 45

14. PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL INTEGRADA DO EMPREENDIMENTO ... 47

15. PLANO DE CONSERVAÇÃO E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL - PACUERA ... 48

16. SISTEMA DE CONTROLE AMBIENTAL ... 49

17. PROGRAMA DE MITIGAÇÃO E COMPENSAÇÃO POR SUPRESSÃO EM APP ... 50

18. PLANO AMBIENTAL DE CONSTRUÇÃO - PAC ... 51

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ANEXOS (APRESENTADOS NOS VOLUME IIA E IIB) ... 53

RELAÇÃO DE ANEXOS DO VOLUME IIA

1. 12º RELATÓRIO EXECUTIVO DE MANUTENÇÃO DAS MUDAS PLANTADAS 2. 13º RELATÓRIO EXECUTIVO DE MANUTENÇÃO DAS MUDAS PLANTADAS 3. 3º RELATÓRIO EXECUTIVO DE REPLANTIO DE MUDAS MORTAS

4. RELATORIO FINAL DA TRANSPOSIÇÃO DE PEIXES NA UHE SÃO DOMINGOS – PIRACEMA 2013/2014 5. RELATORIO PARCIAL DO MONITORAMENTO DE ICTIOFAUNA E ICTIOPLÂNCTON DA UHE SÃO DOMINGOS

– JUNHO/2014

6. RELATORIO PARCIAL DO MONITORAMENTO DE ICTIOFAUNA E ICTIOPLANCTON NA UHE SÃO DOMINGOS – SETEMBRO/2014

7. RELATÓRIO EXECUTIVO DA 6ª CAMPANHA DE MONITORAMENTO DA FAUNA NÃO AQUÁTICA 8. RELATÓRIO EXECUTIVO DA 7ª CAMPANHA DE MONITORAMENTO DA FAUNA NÃO AQUÁTICA RELAÇÃO DE ANEXOS DO VOLUME IIB

9. LISTAS DE PRESENÇA DOS COLABORADORES PARTICIPANTES DAS PALESTRAS

10. RELATÓRIO DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA DA FASE PÓS-ENCHIMENTO DO RESERVATÓRIO – MARÇO/2014

11. RELATÓRIO DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA DA FASE PÓS-ENCHIMENTO DO RESERVATÓRIO – JUNHO/2014

12. RELATÓRIO FINAL DE NÍVEL ESTÁTICO E QUALIDADE DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS – MARÇO/2014 13. PLANO DE MANEJO DE ESPÉCIES HIGRÓFITAS (MACRÓFITAS AQUÁTICAS) – ABRIL/2014

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USINA HIDRELÉTRICA SÃO DOMINGOS viii

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LISTA DE FIGURAS, QUADROS E TABELAS

FIGURAS

Figura 1 - Localização da UHE São Domingos. ... 10

Figura 2 - Vista aérea da Usina Hidrelétrica São Domingos... 11

Figura 3 - Integração de Meio Ambiente com trabalhadores da São Domingos. ... 17

Figura 4 - Integração de segurança do trabalho com trabalhadores da UHE São Domingos. ... 19

Figura 5 - Confecção de lombadas nos acessos internos da propriedade. ... 21

Figura 6 - Confecção de lombadas nos acessos internos da propriedade. ... 21

Figura 7 - Bacia de Captação. ... 21

Figura 8 - Bacia de captação. ... 21

Figura 9 – Monitoramento dos taludes da barragem. ... 22

Figura 10 – Monitoramento dos taludes da barragem. ... 22

Figura 11 - Roçado da gramínea nos taludes... 22

Figura 12 - Formação de camada vegetal protetora. ... 22

Figura 13 - Viveiro de Mudas nativas implantado na UHSD. ... 25

Figura 14 – Adubação do solo para replantio. ... 25

Figura 15 - Aplicação de hidrogel. ... 25

Figura 16 - Replantio de mudas nativas. ... 25

Figura 17 - Aplicação de iscas formicidas em APP adjacente à Faz. Zenith. ... 26

Figura 18 - Atividades de capina de coroamento APP Adjacente à Faz. Novo Mundo. ... 26

Figura 19 – Atividade de Roçada na APP adjacente à Faz. Novo Mundo. ... 26

Figura 20 – Mudas plantadas na APP adjacente à Faz. Novo Mundo. ... 26

Figura 21 - Macrófitas emersas e anfíbias, Urospatha sp., Cyperus cf. haspan, C. luzulae e Ludwigia cf. tomentosa, restritas às margens no ribeirão Araras, ponto 2. ... 27

Figura 22 - Banco de macrófitas emersas (Pontederia lanceolata) registradas no ponto 4, no rio São Domingos... 27

Figura 23 - Contribuição relativa de cada família na comunidade de anfíbios e répteis registrada na área de influência da UHE São Domingos, municípios de Água Clara e Ribas do Rio Pardo, MS... 28

Figura 24 - Riqueza estimada de espécies em função do esforço amostral (n° de áreas amostrais x n° de amostragens/por área) utilizando o estimador Jacknife 1, para as sete campanhas do monitoramento da avifauna (pós-enchimento) da UHE São Domingos, municípios de Água Clara e Ribas do Rio Pardo, Mato Grosso do Sul. ... 29

Figura 25 - Curva do coletor: número cumulativo de espécies x esforço amostral em dias de campo referente às sete campanhas de monitoramento (pós-enchimento) de mamíferos não voadores nas áreas sob influência da UHE São Domingos, municípios de Água Clara e Ribas do Rio Pardo, MS. ... 30

Figura 26 - Araçari-castanho (Pteroglossus castanotis), espécie com alta sensibilidade às perturbações ambientais. Foto: Mauricio Neves Godoi. ... 30

Figura 27 - Cutia (Dasyprocta azarae) registrada durante busca-ativa. ... 30

Figura 28 – Transposição de Ictiofauna. ... 31

Figura 29 - Retiradas de redes no ponto de monitoramento do Ribeirão Araras. ... 32

Figura 30 - Exemplar de Salminus hilarii (Tabarana). ... 32

Figura 31 - Colocação de rede de arrasto no Rio São Domingos, a montante da UHE São Domingos. ... 32

Figura 32 - Exemplares de Prochilodus lineatus (Curimba). ... 32

Figura 33 - Exemplar de Leporinus obtusidens (Fonte: Fishbase) ... 33

Figura 34 - Exemplar de Leporinus elongatus (Fonte: Fishbase) ... 33

Figura 35 - Floy tag de pistola para marcação de peixes. ... 34

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Figura 37 - Rede de monitoramento de qualidade das águas superficiais e comunidades aquáticas. ... 38

Figura 38 – Medição de Nível Estático no Poço 01. ... 41

Figura 39 - Rede de Monitoramento dos Poços. ... 41

Figura 40 - Medição de nível do poço 06. ... 43

Figura 41 - Poço 2. ... 43

Figura 42 – Destinação de resíduos contaminados. ... 45

Figura 43 – Destinação de resíduos Classe II. ... 46

Figura 44 – Armazenamento de lâmpadas para posterior destinação. ... 46

Figura 45 – Bacia dissipadora de energia. ... 49

Figura 46 – Bacia dissipadora de energia. ... 49

Figura 47 - Vista Geral da APP do Ribeirão Tamanduá, Fazenda Novo Mundo. ... 50

Figura 48 - Detalhe da regeneração natural na APP do Ribeirão Tamanduá, Fazenda Novo Mundo. ... 50

Figura 49 - Desmobilização do almoxarifado da segurança do trabalho. ... 51

Figura 50 - Limpeza e manutenção das canaletas de drenagem da casa de força. ... 52

QUADROS

Quadro 1 - Lista dos coordenadores por Programa/Plano Ambiental e Empresas Contratadas ... iii

Quadro 2 - Equipe multidisciplinar responsável pela elaboração do relatório ... iv

Quadro 3 - Informações técnicas da UHE São Domingos. ... 13

Quadro 4 – Cronograma das atividades de manutenção da restauração florestal da APP do reservatório artificial. ... 24

TABELAS

Tabela 1 - Demonstrativo quantitativo em Água Clara. ... 18

Tabela 2 - Demonstrativo quantitativo em Ribas do Rio Pardo. ... 18

Tabela 3 - Número de indivíduos capturados no período de set/2013 a maio/2014. ... 34

Tabela 4 - Valores de IQA da 9ª Campanha, realizada em março de 2014. ... 37

Tabela 5 - Valores de IQA da 10ª Campanha, realizada em junho de 2014. ... 37

Tabela 6 - Resultados das medições de nível estático dos poços em todas as campanhas de monitoramento. ... 42

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USINA HIDRELÉTRICA SÃO DOMINGOS 10

A USINA

A UHE São Domingos, de 48 MW, produz energia a partir da transformação da energia potencial hidráulica em energia elétrica. Está instalada no rio Verde, entre os municípios de Água Clara (margem esquerda) e Ribas do Rio Pardo (margem direita), região nordeste do Estado de Mato Grosso do Sul (ver Figura 1). É uma usina a fio d’água, ou seja, seu reservatório tem somente a função de manter o desnível necessário para a geração de energia.

Figura 1 - Localização da UHE São Domingos.

A Licença Prévia (LP) nº 150/2007 do empreendimento foi emitida pelo IMASUL em 25 de maio de 2007, a Licença de Instalação (LI) nº 63/2009 em 29 de junho de 2009 e a Licença de Operação (LO) nº 458/2012 em 21/09/2012.

As obras civis da UHE São Domingos iniciaram no final do ano de 2009 com a implantação do canteiro de obras da Usina.

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Figura 2 - Vista aérea da Usina Hidrelétrica São Domingos.

O enchimento do reservatório teve início no dia 05 de outubro de 2012 e foi concluído no dia 09 de janeiro de 2013, quando atingiu a cota 345 metros. Vale citar que o enchimento sofreu uma paralisação no período compreendido entre 25 de outubro e 20 de dezembro de 2012, em razão de serviços que precisaram ser realizados no canal de adução. O enchimento, sendo realizado lentamente e em etapas, viabilizou uma melhor avaliação dos quesitos de segurança das estruturas civis, além de mitigar os impactos ambientais advindos de tal atividade e proporcionar o atendimento de todos os critérios e ações ambientais previstas no Plano de Enchimento do Reservatório aprovado pelo IMASUL.

A Unidade Geradora 1 entrou em operação em junho de 2013 e a Unidade Geradora 2 em julho de 2013. Com a entrada em operação a vazão mínima mantida através do vertedouro no trecho de vazão reduzida (TVR) é de 4,78 m³/s, valor superior ao determinado pelo IMASUL na Licença de Operação que é de 1,25 m³/s.

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USINA HIDRELÉTRICA SÃO DOMINGOS 12

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Quadro 3 - Informações técnicas da UHE São Domingos.

FICHA TÉCNICA

IDENTIFICAÇÃO

Nome da Usina UHE SÃO DOMINGOS Empresa Eletrosul Potência Instalada (MW) 48,00

LOCALIZAÇÃO

Município

M.D. Ribas do Rio Pardo

M.E. Água Clara Estado MS

Curso d'água Rio Verde Latitude 20°05’ S Longitude 53°10’ W

Sub-Bacia / Código PARANÁ

Bacia / Código PARANÁ

DADOS HIDROMETEOROLÓGICOS

VAZÕES CARACTERÍSTICAS

Vazão MLT (m³/s) 123 Vazão Sanitária (m³/s) 4,78 Vazão Firme 95% (m³/s) 93 Período do Histórico Completo 1.931 a 2.006 Vazão Mínima Média Mensal (m³/s) 81 Área de Drenagem do Barramento (km²) 10.100

VAZÕES EXTREMAS

Vazão Máxima de Projeto (m³/s) (10.000 anos) 881 Vazão Máxima de Desvio (m³/s) (50 anos) 540

RESERVATÓRIO

NAs DE MONTANTE ÁREAS INUNDADAS

NA Máximo Excepcional (m) 345,00 No NA Máximo Excepcional (km²) 18,60 NA Máximo Normal (m) 344,95 No NA Máximo Normal (km²) 18,60 NA Mínimo Normal (m) 343,95 No NA Mínimo Normal (km²) 17,20

NAs DE JUSANTE VOLUMES

NA Máximo Excepcional (m) 316,10 No N.A. Máximo Normal (hm³) 131,30 NA Máximo Normal (m) 310,89 No N.A. Mínimo Normal (hm³)

NA Mínimo Normal (m) 309,76 Útil (hm³) 14,85

Abaixo da Soleira Livre do Vertedouro (hm³) 38,69

BARRAGEM PRINCIPAL

CARACTERÍSTICAS

Tipo Terra

Comprimento Total da Crista (m) 1.800

Altura Máxima (m) 32,00

Cota da Crista (m) 348,00

VERTEDOURO TOMADA D'ÁGUA

CARACTERÍSTICAS COMPORTAS CARACTERÍSTICAS COMPORTAS

Tipo Superfície Tipo Segmento Tipo Gravidade Tipo Vagão e Ensecadeira Capacidade (m3/s) 881,26 Largura (m)9,00 Altura (m) Acionamento óleo hidráulico Cota da Soleira (m) 335,34 Altura (m) 9,86 Comprimento Total (m) 25,00 Largura (m) 5,25

Comprimento Total (m) 28,40 Altura (m) 5,25

CANAL/TÚNEL DE ADUÇÃO/DESARENADOR CONDUTO FORÇADO

CARACTERÍSTICAS CARACTERÍSTICAS

Comprimento (m) 600,00 Tipo de Desarenador Diâmetro Interno (m) 5,25

Seção Número de Unidades 2

Base (m) 20 Comprimento 2x 48,65 Arco (m) CASA DE FORÇA CARACTERÍSTICAS Tipo Abrigada Unidades Geradoras 2 Largura (m) 16,40 Comprimento (m) 67,40 TURBINAS GERADOR

Tipo Kaplan Potência Nominal Unitária (MVA) 26,67

Quantidade 2 Tensão Nominal (kV) 13,8

Potência Nominal Unitária (MW) 24,62 Rotação Nominal (rpm) 257,10 Vazão Nominal Unitária (m³/s) 81,5 Fator de Potência 0,90 Rotação Síncrona (rpm) 257,1 Rendimento Máximo (%) 98

Rendimento Máximo (%) 94

ESTUDOS ENERGÉTICOS SISTEMA DE TRANSMISSÃO

Potência da Usina (MW) 48,00 Tensão (kV) 138

Energia Firme (MW médios) 32,81 Extensão (km) 53,00 Queda Bruta Máxima (m) 35,15 Local de Conexão SE Água Clara Queda Líquida de Referência (m) 33,27 ENERSUL

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Os 27 Programas e Planos Ambientais e os 7 Subprogramas que compõem o Plano Básico Ambiental da UHE São Domingos (listados a seguir) estabelecem ações e atividades que tem como intuito a prevenção e/ou mitigação dos impactos negativos e, a maximização dos impactos positivos advindos da implantação e operação da usina. Em todos os programas, planos e subprogramas ambientais foram observadas as recomendações do EIA/RIMA, as condicionantes estabelecidas na Licença Prévia (LP nº 150/2007) e Licença de Instalação (LI nº 63/2009), bem como as condicionantes da Licença de Operação (LO nº 458/2012) e demais orientações normativas existentes para empreendimentos de geração hidrelétrica. Os Programas/Subprogramas e Planos, para os quais as atividades já foram concluídas e apresentadas em relatórios anteriores, estão identificados a seguir e não serão mais descritos nos próximos relatórios semestrais.

Programas, Subprogramas e Planos Ambientais:  1. Programa de Educação Ambiental.

 2. Programa de Segurança e Higiene do Trabalho.

 3. Programa de Negociação e Aquisição de Terras - Concluído.  4. Programa de Divulgação e Informação.

 5. Programa de Recomposição de Áreas Degradadas.  6. Programa de Conservação do Solo e Controle de Erosão.

 7. Programa Desmatamento da Área Diretamente Afetada - Concluído.

 8. Programa Conservação, Manejo, Resgate e Aproveitamento Científico da Flora Nativa - Concluído.

 9. Programa de Reflorestamento da APP do Reservatório.

 10. Programa de Monitoramento e Manejo das Espécies Higrófitas (Macrófitas Aquáticas) – Concluído.

 11. Programa de Resgate, Manejo e Monitoramento da Fauna Não Aquática.  Subprograma de Monitoramento e Conservação da Avifauna.

 Subprograma de Monitoramento e Conservação da Herpetofauna.  Subprograma de Monitoramento e Conservação da Mastofauna.

 Subprograma de Resgate e Aproveitamento Científico da Fauna Não-Aquática.  12. Programa de Resgate, Manejo e Conservação da Ictiofauna.

 Subprograma de Monitoramento e Pesquisa da Ictiofauna.

 Subprograma de Determinação de Mecanismo de Transposição de Peixes da Barragem.

 Subprograma de Conservação da Ictiofauna – Concluído.

 13. Programa de Monitoramento de Qualidade das Águas Superficiais.  14. Programa de Monitoramento de Águas Subterrâneas – Concluído.  15. Programa de Monitoramento das Comunidades Aquáticas.  16. Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.

 17. Programa de Compensação Ambiental - Concluído.

 18. Plano de Gestão Ambiental Integrada do Empreendimento.  19. Plano de Uso e Conservação do Entorno do Reservatório.

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 20. Sistema de Controle Ambiental.

 21. Plano de Enchimento do Reservatório - Concluído.

 22. Programa de Limpeza da Bacia de Acumulação do Reservatório - Concluído.  23. Programa de Mitigação e Compensação por Supressão em APP.

 24. Plano Ambiental de Construção – PAC.

 25. Programa de Monitoramento Arqueológico e Educação Patrimonial - Concluído.  26. Programa de Salvamento Arqueológico - Concluído.

 27. Plano de Construção Ambiental – PCA.

Vale citar que os Programas/Planos de 1 a 20 constam do PBA, os de 21 a 24 foram solicitados em condicionantes da Licença de Instalação nº 63/2009 (Condicionantes Específicas 2, 3, 32 e 33), os Programas 25 e 26 referem-se às questões arqueológicas e o 27 foi solicitado pela Eletrosul à Engevix Engenharia (empreiteira responsável pela construção da Usina).

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1. PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

No semestre compreendido por este relatório foram realizadas palestras com trabalhadores da usina e das empresas responsáveis pelas atividades elencadas abaixo:

 Transposição e monitoramento de ictiofauna;

 Manutenção das unidades geradoras;

 Manutenção dos taludes da barragem e

 Manutenção das estruturas de apoio da usina.

Nestas palestras foram abordados, além do tema segurança do trabalho, diversos assuntos da esfera ambiental como:

 Preservação da fauna e flora;

 Legislação Ambiental;

 Informações sobre animais peçonhentos;

 Recursos naturais, uso consciente da água;

 Cuidados com o manuseio de produtos químicos;

 Geração de resíduos sólidos.

Figura 3 - Integração de Meio Ambiente com trabalhadores da São Domingos.

A Eletrosul mantém contato periódico com a população vizinha, orientando sobre a preservação da APP do reservatório artificial, o correto uso dos corredores de dessedentação animal, o programa de monitoramento da ictiofauna e boas práticas que visam à conservação do solo e controle de processos erosivos.

Em anexo (Volume II) são apresentadas listas de presença dos colaboradores participantes das palestras para o semestre em questão.

A Eletrosul desenvolve desde 1990 o Programa Casa Aberta nas suas instalações, e o Casa Aberta Itinerante que vai até os municípios abrangidos pelos seus empreendimentos.

O Programa consiste em uma apresentação lúdica, realizada por professores capacitados, em linguagem adaptada à compreensão das crianças, abrangendo conceitos de:

(19)

USINA HIDRELÉTRICA SÃO DOMINGOS 18

18

 geração, transmissão e distribuição;

 os perigos relacionados à energia elétrica;

 como economizar energia e como evitar o desperdício de energia elétrica;

 as principais fontes de energia elétrica e as fontes alternativas;

 os cuidados com o meio ambiente.

O Programa Casa Aberta colabora de forma importante para a inserção da Eletrosul nas comunidades onde atua, compartilhando conhecimentos que levam a uma consciência ambiental sustentável e também ajudando a prevenir acidentes relacionados à energia elétrica.

O programa tem como público alvo professores e alunos do 5º ano do ensino fundamental, preferencialmente das escolas da rede pública, sendo um público com grande potencial de formar opiniões e, com isso, colaborar de forma decisiva para a incorporação de hábitos sustentáveis nas famílias.

Pode-se analisar, nas tabelas 1 e 2, informações referentes à quantidade de alunos beneficiados pelo programa no ano de 2012, nas escolas localizadas aos arredores da Usina Hidrelétrica São Domingos, nos municípios de Água Clara e Ribas do Rio Pardo.

Tabela 1 - Demonstrativo quantitativo em Água Clara.

Escolas no município Água Clara ALUNOS PROFESSORES

Escola Municipal Luciano Silvério de

Oliveira 111 4

Escola Municipal Márcia Cristina Fiorati 54 3

Escola Estadual Chico Mendes 41 2

Escola Estadual Marechal Castelo Branco 40 2

Total 246 11

Tabela 2 - Demonstrativo quantitativo em Ribas do Rio Pardo. Escolas no município Ribas do Rio Pardo ALUNOS PROFESSORES

Escola Municipal São Sebastião 48 4

Escola Municipal Iraci da Silva Almeida 97 8

Total 145 12

O programa abrangeu na região, um total de 391 alunos e 23 professores, em 5 escolas municipais e estaduais. Para o próximo semestre a Eletrosul realizará o programa Casa Aberta com o objetivo de atingir novos alunos nos municípios de Água Clara e Ribas do Rio Pardo.

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19

2. PROGRAMA DE SEGURANÇA E HIGIENE DO TRABALHO

A seguir estão elencadas algumas atividades relativas à saúde e segurança do trabalho que foram executadas no semestre compreendido por este relatório.

 Execução dos Programas de SST - Segurança e Saúde do Trabalhador: PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) / PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional) / PCMAT (Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção Civil) / LTCAT (Laudo Técnico das Condições do Ambiente de Trabalho).

 Realização de treinamento de Segurança e Saúde do Trabalhador (Carga Horária de 06 horas) para todos os colaboradores mobilizados no empreendimento.

 Realização de APR - Análise Preliminar de Risco - para as atividades realizadas em campo.

 Sinalização dos acessos externos e internos do canteiro de obras.

 Implantação de medidas administrativas e EPC - Equipamentos de Proteção Coletiva - no ambiente de trabalho.

 Distribuição e orientação quanto ao uso dos EPI’s - Equipamentos de Proteção Individual - dimensionados para cada função exercida no empreendimento.

 Realização de DDS (Diálogo Diário de Segurança) com os colaboradores mobilizados no empreendimento.

 Realização de treinamentos e capacitação para os funcionários que desempenham função cuja legislação exige treinamento específico.

Figura 4 - Integração de segurança do trabalho com trabalhadores da UHE São Domingos.

Em anexo (Volume II) são apresentadas listas de presença dos colaboradores participantes das palestras para o semestre em questão.

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20

3. PROGRAMA DE DIVULGAÇÃO E INFORMAÇÃO

O Programa de Divulgação e Informação tem como objetivo levar informações relevantes da usina para a população dos municípios atingidos e para o Estado do Mato Grosso do Sul.

O rádio, sempre que necessário, foi escolhido como mídia principal por ser o meio com maior abrangência e penetração em todas as classes sociais; onde a mensagem chega rapidamente ao ouvinte, sendo considerado mídia ideal para segmentar a comunicação através da regionalização, e o jornal, como mídia de apoio.

As inserções na mídia eletrônica, no período compreendido por este relatório, foram disponibilizadas no site da Eletrosul (www.eletrosul.gov.br) através de um documento contendo informações técnicas e ambientais sobre o empreendimento.

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4. PROGRAMA DE RECOMPOSIÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS

Para o período compreendido neste relatório semestral foram executadas ações de correção de drenagem em pontos na APP do reservatório artificial e propriedade remanescente. A Fazenda São Bento, inserida em área adjacente à APP do reservatório recebeu serviços de terraplanagem, visando a correção da drenagem no terreno em áreas de pastagem e acessos internos.

Figura 5 - Confecção de lombadas nos acessos internos da propriedade.

Figura 6 - Confecção de lombadas nos acessos internos da propriedade.

A confecção de lombadas nos acessos internos da propriedade proporciona a condução do escoamento superficial proveniente das chuvas para terraços e bacias de captação, estruturas que possibilitam a dissipação de energia e maior infiltração do escoamento no solo.

Figura 7 - Bacia de Captação. Figura 8 - Bacia de captação.

É de fundamental importância que ações como estas não sejam tomadas somente na APP do reservatório artificial, mas também nas áreas remanescentes, pois se tratando de processos erosivos ocasionados pelo escoamento superficial é necessária a correção de toda a drenagem das vertentes.

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5. PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO DO SOLO E CONTROLE DE EROSÃO

No período compreendido por este relatório foram realizadas campanhas periódicas de monitoramento dos taludes de corte e aterro; dos processos erosivos recuperados no entorno do reservatório e de identificação de novos processos. É importante destacar que devido às características pedológicas da região é plausível que novos processos erosivos ocorram no decorrer do tempo, já que estes fenômenos dependem tanto de intempéries quanto da ação antrópica.

Figura 9 – Monitoramento dos taludes da barragem.

Figura 10 – Monitoramento dos taludes da barragem.

Outra atividade que consiste na manutenção da proteção vegetal dos taludes de corte e aterro é o roçado. Este visa, além da estética, proporcionar a formação de uma camada vegetal sobre o talude, mantendo a umidade e a defesa contra o efeito “splash”, denominação do impacto das gotas de chuva no solo ocasionando a sua desagregação e lixiviação.

Figura 11 - Roçado da gramínea nos taludes. Figura 12 - Formação de camada vegetal protetora.

(24)

6. PROGRAMA DE REFLORESTAMENTO DA APP DO RESERVATÓRIO

No período compreendido por este relatório, foi aditado o contrato com a empresa responsável pelo programa. O aditamento contempla as atividades de manutenção e irrigação das mudas plantadas na APP do reservatório artificial, conforme novo cronograma (Quadro 4).

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Levantamento Áreas Prioritárias Transplante de Mudas

Coleta de Sementes Plantio Piloto

Ilhas de Solo Orgânico Preparo do Solo e Plantio Manutenção das Mudas Plantadas Replantio das Mudas Mortas

Documento apresentando a Equipe Técnica Relatório Executivo - Levantamento de Áreas Prioritárias

Documento de Garantia de Fornecimento de Mudas Relatório Executivo - Transplante de Mudas Relatório Executivo - Plantio Piloto

Relatório Executivo - Ilhas de Solo Orgânico Relatório Executivo - Coleta de Sementes Relatório Final - Resgate e Restauração

Atividades Entrega de Relatórios/Documentos Período seco Período chuvoso 2012 2013 2014 2015 3 2

* O início das atividades poderá sofrer alteração, a qual será comunicada previamente pela

2 6 2 7 2 8 2 9 3 0 3 1

2 0 2 1 2 2 2 3 2 4

10 11 12 14 15 16 17 18 19 2 5

5 6 7 8 9 3 8 3 9 4 0

CRONOGRAMA DO RESGATE DE FLORA E RESTAURAÇÃO FLORESTAL DA APP USINA HIDRELÉTRICA SÃO DOMINGOS - UHE SD

3 3 3 4 3 5 3 6 3 7

13

ATIVIDADES/PRODUTOS

(26)

Dentre as atividades de manutenção da restauração florestal foi realizada a etapa final do replantio das mudas mortas na APP do reservatório artificial.

As atividades faltantes da 2° Avaliação de Sobrevivência foram realizadas na APP adjacente à Faz. Novo Mundo, com a reintrodução de 1.188 mudas objetivando a conclusão das 9.717 mudas prevista no relatório de avaliação anterior (8.529 já apresentados + 1.188).

Além dessas, foram plantadas 2.178 mudas excedentes produzidas no viveiro na UHE São Domingos, visando garantir a sobrevivência ao final do projeto assim como enriquecer as áreas de Restauração Florestal.

Figura 13 - Viveiro de Mudas nativas implantado na UHSD.

Figura 14 – Adubação do solo para replantio.

Figura 15 - Aplicação de hidrogel. Figura 16 - Replantio de mudas nativas.

Ao final destas atividades foi realizada nova análise de sobrevivência onde se obteve uma porcentagem de sucesso na sobrevivência de 91,6% das mudas plantadas.

Paralelo a este trabalho foi dado seguimento às atividades de manutenção das mudas plantadas. Dentre estas atividades podemos citar:

 Controle de formigas cortadeiras;

 Capina de coroamento;

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 Irrigação de mudas.

A seguir é apresentado um breve registro fotográfico das atividades de manutenção de mudas, sendo que maiores detalhes podem ser verificados nos relatórios encaminhados em anexo (Volume II).

Figura 17 - Aplicação de iscas formicidas em APP adjacente à Faz. Zenith.

Figura 18 - Atividades de capina de coroamento APP Adjacente à Faz. Novo

Mundo.

Figura 19 – Atividade de Roçada na APP adjacente à Faz. Novo Mundo.

Figura 20 – Mudas plantadas na APP adjacente à Faz. Novo Mundo.

(28)

7. PROGRAMA DE MONITORAMENTO E MANEJO DE ESPÉCIES HIGRÓFITAS

(MACRÓFITAS AQUÁTICAS)

No período compreendido por este relatório foi elaborado o plano de manejo de espécies higrófitas. Ao longo das oito campanhas de monitoramento foram registradas 88 espécies distribuídas entre 34 famílias, cuja maior riqueza de espécies foi representada pela família Cyperaceae, com treze espécies, seguida por Alismataceae e Poaceae, com sete espécies cada.

A grande maioria dos registros é de espécies de hábito emerso ou anfíbio, com 39 e 30 espécies encontradas, respectivamente. Foram também encontradas 17 espécies submersas e identificada apenas uma espécie de hábito flutuante fixo e um exemplar de hábito submerso com folha flutuante. Já quanto à cobertura, esta foi dominada por espécies de hábito submerso fixo, passando de 81% de cobertura na sexta campanha até 91% na oitava campanha.

Figura 21 - Macrófitas emersas e anfíbias, Urospatha sp., Cyperus cf. haspan, C. luzulae e

Ludwigia cf. tomentosa, restritas às margens no ribeirão Araras, ponto 2.

Figura 22 - Banco de macrófitas emersas (Pontederia lanceolata) registradas no ponto

4, no rio São Domingos.

Os resultados obtidos com o monitoramento demonstram que a distribuição de macrófitas aquáticas no reservatório da UHE São Domingos está restrita às margens, nas porções rasas. Dentre as espécies registradas, Eleocharis minima foi a mais representativa, dominando todos os estandes monitorados. Entretanto, considerando seu hábito, que pode ser emergente (emersa) ou submersa fixa, a mesma não representa um impacto efetivo para o funcionamento da usina, justamente pelo fato de estar restrita às margens.

Com relação às espécies de hábito flutuante livre, cuja proliferação reflete nos maiores impactos ambientais e maiores prejuízos financeiros alocados na adoção de estratégias de manejo em reservatórios, destacou-se que não foi registrada nenhuma espécie, não sendo necessária a apresentação de estratégia de ação em relação a espécies com esse hábito.

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8. PROGRAMA DE RESGATE, MANEJO E MONITORAMENTO DA FAUNA NÃO-AQUÁTICA

8.1. MANEJO E MONITORAMENTO DE FAUNA DURANTE A FASE DE OPERAÇÃO DA USINA

Este relatório engloba a sexta e sétima campanha de monitoramento pós-enchimento do reservatório artificial. As mesmas foram realizadas nos períodos de 7 a 11 de abril de 2014 e 21 a 25 de julho de 2014. Conforme programa ainda está prevista mais uma campanha de monitoramento, em outubro de 2014.

Nas campanhas realizadas foram amostrados os grupos de anfíbios e répteis (Herpetofauna), aves (Ornitofauna) e mamíferos (Mastofauna).

Todas as atividades de captura, manipulação, coleta e transporte de animais silvestres descritas nesse documento foram licenciadas por meio da Autorização Ambiental para Captura, Coleta e Transporte de Fauna Silvestre emitida pelo Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Nº 002/2012 - Processo nº 23/105014/2012 - válida até 24/10/2014).

8.1.1. Herpetofauna

Considerando os dados das sete campanhas, tem-se o registro de 27 espécies da herpetofauna, sendo 22 de anfíbios e cinco de répteis, distribuídas em nove famílias. Hylidae foi a família que apresentou o maior número de espécies, 10 no total, o que representa 37% dos registros, seguida de Leptodactylidae com seis espécies (22,2%) e Leiuperidae com cinco espécies (18,5%). As demais famílias apresentaram apenas uma espécie.

Figura 23 - Contribuição relativa de cada família na comunidade de anfíbios e répteis registrada na área de influência da UHE São Domingos, municípios de Água Clara e Ribas do Rio Pardo, MS 8.1.2. Avifauna

Nas sete campanhas realizadas até o momento nas áreas de influência da UHE São Domingos (pós-enchimento) foram obtidos 3369 registros de 195 espécies de aves, pertencentes a 25 ordens e 52 famílias. Destes valores, foram obtidos 440 registros de 124 espécies na primeira campanha, 481 registros de 102 espécies na segunda campanha, 385 registros de 95 espécies na terceira campanha, 553 registros de 130 espécies na quarta campanha, 492 registros de 112 espécies na quinta campanha, 411 registros de 101 espécies na sexta campanha e 516 registros

(30)

de 97 espécies na sétima campanha. Os menores valores de abundância e riqueza de espécies obtidos na terceira campanha se explicam pelo frio intenso durante a realização deste campo, prejudicando a amostragem de aves já que várias espécies reduziram sua atividade durante este período.

Figura 24 - Riqueza estimada de espécies em função do esforço amostral (n° de áreas amostrais x n° de amostragens/por área) utilizando o estimador Jacknife 1, para as sete campanhas do monitoramento da avifauna (pós-enchimento) da UHE São Domingos, municípios de Água Clara

e Ribas do Rio Pardo, Mato Grosso do Sul. 8.1.3. Mastofauna

Considerando as sete campanhas de monitoramento da fase pós-enchimento, foram registradas 24 espécies (140 registros) de mamíferos não voadores nas áreas sob influência da UHE São Domingos, pertencentes a 13 famílias e sete ordens, sendo três espécies de pequenos mamíferos e 21 espécies de médio e grande porte. As ordens mais ricas em espécies foram Carnivora (10 espécies), Artiodactyla (4 espécies), Rodentia (3 espécies, Didelphimorphia, Cingulata e Pilosa (2 espécies), seguido por Perissodactyla (1 espécie).

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Figura 25 - Curva do coletor: número cumulativo de espécies x esforço amostral em dias de campo referente às sete campanhas de monitoramento (pós-enchimento) de mamíferos não voadores nas áreas sob influência da UHE São Domingos, municípios de Água Clara e Ribas do

Rio Pardo, MS.

Desde a formação do reservatório da UHE São Domingos as comunidades da fauna presentes na região estão se reestabelecendo nos habitats remanescentes. O sucesso no reestabelecimento das comunidades, bem como a conservação da biodiversidade local pode ser subsidiada pela recuperação e conservação do mosaico de florestas aluviais, matas de galeria, áreas de várzea e Cerradão presentes nas áreas sob influência da hidrelétrica.

A seguir são apresentadas algumas imagens dos trabalhos de monitoramento.

Figura 26 - Araçari-castanho (Pteroglossus

castanotis), espécie com alta sensibilidade às

perturbações ambientais. Foto: Mauricio Neves Godoi.

Figura 27 - Cutia (Dasyprocta azarae) registrada durante busca-ativa.

(32)

9. PROGRAMA DE RESGATE, MANEJO E CONSERVAÇÃO DA ICTIOFAUNA

Figura 28 – Transposição de Ictiofauna. 9.1. SUBPROGRAMA DE MONITORAMENTO E PESQUISA DA ICTIOFAUNA 9.1.1. Monitoramento de Comunidades

No período deste relatório foram realizadas duas campanhas de monitoramento de comunidades de peixes (14ª e 15ª campanha) e três campanhas de monitoramento de Ictioplâncton (12ª, 13ª e 14ª).

Até o momento foram registradas 67 espécies distribuídas em 18 famílias e cinco ordens, totalizando 1922 indivíduos coletados durante o monitoramento. A ordem com a maior riqueza de espécies foi os Characiformes (lambaris, piaus, traíras) com 52.2% (35 spp.), seguido dos Siluriformes (bagres, cascudos) com 31.3% (21 spp.), Perciformes (tucunarés, carás) com 8.9% (6 spp.), Gymnotiformes (tuviras) com 5.9% (4 spp.), e Synbrachiformes (muçum) com 1.4% (1 sp.). Em relação à abundância de indivíduos, as ordens mais abundantes foram os Characiformes (1472 indivíduos), seguida dos Siluriformes (163 indivíduos), dos Perciformes (9 indivíduos), Gymnotiformes (5 indivíduos) e Synbrachiformes com um indivíduo.

A área em estudo foi composta por uma comunidade de peixes bem equilibrada em relação ao porte. As espécies de pequeno porte (≤25 cm) obteve 26 spp., seguida das espécies de médio porte (26 ≤ 50) com espécie (25 spp.) e das espécies de grande porte (51 ≤) (16 spp.);

Na maioria das espécies, houve predomínio de indivíduos com estômagos vazios (0), correspondendo a 70% (1a camp.), 35% (2a camp.), 54% (3a camp.), 50% (4a camp.), 59% (5a camp.), 54% (6a camp.), 52% (7a camp.), 43% (8a camp.), 27% (9a camp.), 42% (12a camp.), 32.5% (13a camp.) e 27.7% (14a camp). Na campanha de julho de 2014 ocorreu uma grande quantidade de indivíduos de estômagos cheios (40%), representado principalmente pelas espécies iliófagas (expl.

Prochilodus lineatus).

A comunidade de peixes foi composta principalmente de espécies insetívoras aquáticas, piscívoras, onívoras, detritívoras, herbívoras, insetívoras terrestres e iliófagas.

(33)

USINA HIDRELÉTRICA SÃO DOMINGOS 32

Até o momento não ocorreram mudanças “drásticas” na estrutura trófica da comunidade de peixes existente na área de influência da UHE São Domingos, contudo, houve um acréscimo no número de indivíduos de certas espécies piscívoras na última campanha (expl.. Hoplias

malabaricus – Lobó) a montante do barramento, o que já era esperado com a formação de um

ambiente lêntico (reservatório).

A seguir são apresentadas algumas imagens dos trabalhos de monitoramento.

Figura 29 - Retiradas de redes no ponto de monitoramento do Ribeirão Araras.

Figura 30 - Exemplar de Salminus hilarii (Tabarana).

Figura 31 - Colocação de rede de arrasto no Rio São Domingos, a montante da UHE São

Domingos.

Figura 32 - Exemplares de Prochilodus lineatus (Curimba).

Em anexo estão o 6º e 7º relatório de monitoramento, compreendidos por este semestre.

9.1.2. Monitoramento de Ictioplâncton

Foram avaliadas amostras coletadas em frascos de 250 ml, devidamente etiquetados. A maioria das amostras continha material vegetal grosso, como folhas e galhos. Num primeiro passo as partes mais grossas foram eliminadas manualmente com pinças. O restante da amostra foi passado por peneiras de 5mm, removendo novamente os objetos mais grossos. Neste passo foi substituído o formol por etanol 70%. A triagem final foi efetuada manualmente sob lupa Zeiss Steml 2000 com câmara fotográfica acoplada. Os peixes encontrados foram medidos

(34)

(comprimento total) e fotografados. A fauna acompanhante de macroinvertebrados também foi identificada, a maioria até o nível de ordem.

No 6º relatório de monitoramento citado anteriormente estão os resultados referentes ao período compreendido por este relatório semestral.

9.2. SUBPROGRAMA DE DETERMINAÇÃO DO MECANISMO DE TRANSPOSIÇÃO DE PEIXES 9.2.1. Transposição de Peixes Migradores - Piracema 2013/2014

Na piracema 2013/2014 as atividades de transposição com captura manual iniciaram em 29 de setembro de 2013 e se estenderam até 29 de maio de 2014. As atividades foram executadas diariamente, exceto finais de semana, recessos e feriados, ou quando a atividade foi comprometida devido a forte chuva, que gera riscos de vida aos pescadores e biólogo. A empresa responsável pelo serviço neste período foi a Geocenter Consultoria e Projetos.

Entre os dias 1 de maio a 29 de maio de 2014 foi realizado apenas observação na área de captura. Esta atitude foi tomada devido à redução de cardumes migratórios. A equipe de transposição foi mantida mobilizada para uma possível chegada de novos cardumes. Como não foram avistados novos cardumes, a equipe foi desmobilizada no dia 29 de maio de 2014.

As espécies alvo da transposição são as espécies de escama, migradoras de longas distâncias, sendo elas: piracanjuba (Brycon orbignyanus), piau (Leporinus obtusidens – ver Figura a seguir), piapara (Leporinus elongatus - ver Figura a seguir), curimba (Prochilodus lineatus), dourado-cachorro (Raphiodon vulpinus), dourado (Salminus brasiliensis) e tabarana (Salminus

hilarii).

Figura 33 - Exemplar de Leporinus obtusidens (Fonte: Fishbase)

Figura 34 - Exemplar de Leporinus elongatus (Fonte: Fishbase)

Os indivíduos das espécies - alvo capturados foram marcados com marcas plásticas tipo “tag”, transpostos para áreas de montante determinadas, tendo seus dados biométricos apurados, como comprimento total (CT), comprimento padrão (CP), peso (g), espécie, e número do tag, bem como local de soltura e a data da transposição, os quais foram anotados em planilha.

(35)

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Figura 35 - Floy tag de pistola para marcação de peixes.

Desde o início da transposição na piracema 2013/2014 até este relatório foram transpostos 6312 indivíduos de seis espécies diferentes. As espécimes mais capturadas foram

Leporinus obtusidens (Piau), Leporinus elongatus (piapara) e Prochilodus lineatus (Curimba),

constituindo-se nas mais representativas em número de indivíduos (Tabela 3).

Tabela 3 - Número de indivíduos capturados no período de set/2013 a maio/2014.

Espécie

Local de soltura

N * Araras Verde S. Domingos

S. brasiliensis Dourado 56 18 21 95 S. hilarii Tabarana 1 0 0 1 R. vulpinus Dourado-cachorro 0 0 0 0 B. orbignyanus Piracanjuba 4 3 0 7 L. obtusidens Piau 3.428 1234 572 5234 L. elongatus Piapara 229 136 54 419 P. lineatus Curimba 328 170 58 556 Total Geral 4.046 1561 705 6.312

* 7 Indivíduos vieram a óbito no momento da soltura.

Os resultados descritos acima indicam uma ampla dominância numérica de L. obtusidens nas capturas. Essa espécie, conhecida popularmente como piau, foi primariamente descrita como de hábito alimentar herbívoro, mas estudos recentes apontam para uma dieta onívora com tendência a insetívora.

As espécies de piracema, em geral Characiformes, apresentam um comportamento de migração reprodutiva na época das cheias, no período de primavera e verão.

Embora o período de defeso seja finalizado em fevereiro, observou-se a chegada de cardumes até o mês de abril sendo realizada a transposição de mais de 1000 exemplares neste período e mantendo-se o monitoramento das condições do rio ao longo do mês de maio, quando então foram encerradas as atividades.

Nas atividades desenvolvidas, a transposição dos peixes de piracema selecionados foi satisfatória. Esta transposição busca auxiliar estas espécies na sua estratégia reprodutiva,

(36)

buscando minimizar o efeito do barramento. Os métodos de captura foram considerados eficientes e satisfatórios, pois foram utilizados métodos concomitantes, de acordo com a espécie a ser capturada, evitando metodologias do tipo armadilha, que pudesse levar a óbito os animais.

Num primeiro momento, cinco espécies são as principais de serem consideradas para a manutenção para as próximas piracemas: o dourado, a curimba, o piau, a piapara e a piracanjuba. A tabarana, embora não seja muito comum na área da transposição, é importante como representante do grupo dos peixes que fazem migração reprodutiva. Já o Dourado-cachorro, ou cachorra, é incomum já no próprio rio, tendo sua principal distribuição em outras bacias, embora apareça na bacia do Rio Paraná. Cabe salientar que esta espécie não é considerada peixe de piracema, o que poderia ser avaliado para que pudesse sair da lista das espécies – alvo para as próximas transposições.

Em anexo está o relatório executivo final da Transposição de Ictiofauna piracema 2013/2014.

9.2.2. Transposição de Peixes Migradores através da Escada de Peixes - Piracema 2013/2014

No período compreendido por este relatório foram finalizadas as atividades de implantação da escada de peixes, devendo a mesma ser utilizada na piracema 2014/2015.

(37)

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10. PROGRAMA DE MONITORAMENTO DE QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS

Figura 36 – Monitoramento de Qualidade de água.

O monitoramento da qualidade das águas superficiais e de comunidades aquáticas é realizado em conjunto, devido à integração da rede de monitoramento e a avaliação conjunta dos parâmetros medidos.

A rede de monitoramento é composta por sete pontos distribuídos ao longo da área de influência do empreendimento, assim localizados, quatro pontos no rio Verde, dois no rio São Domingos e um ponto no ribeirão Tamanduá (ver Figura 37).

No período compreendido por este relatório semestral foram realizadas as campanhas de março e junho de 2014.

As tabelas a seguir ilustram os valores de IQA em todos os pontos amostrais nas campanhas de água superficial realizadas na UHE São Domingos nos meses de março e junho de 2014.

(38)

Tabela 4 - Valores de IQA da 9ª Campanha, realizada em março de 2014.

PONTOS

IQA

CATEGORIA

RSD 01

73,30

BOA

RSD 02

72,90

BOA

RV 03

66,82

BOA

RV 04

80,70

ÓTIMA

RTM 05

68,06

BOA

RV 06

74,92

BOA

RV 07

73,65

BOA

Tabela 5 - Valores de IQA da 10ª Campanha, realizada em junho de 2014.

PONTOS

IQA

CATEGORIA

RSD 01

75,62

BOA

RSD 02

83,11

ÓTIMA

RV 03

76,98

BOA

RV 04

87,19

ÓTIMA

RTM 05

78,73

BOA

RV 06

81,68

ÓTIMA

RV 07

83,55

ÓTIMA

(39)

USINA HIDRELÉTRICASÃO DOMINGOS 38 Figura 37 - Rede de monitoramento de qualidade das águas superficiais e comunidades aquáticas.

(40)

Em março de 2014 o IQA esteve ótimo no RV4, e nos outros pontos o IQA mostrou pouca oscilação com índice bom de qualidade da água. É possível que o IQA tenha apresentado valores menores em março de 2014 em virtude do elevado índice de coliformes registrado nos ambientes estudados. Em junho o IQA apresentou valores altos, embora nos pontos RSD1, RV3 e RTM5 o índice esteve Bom, nos demais pontos o índice esteve ótimo.

Fitoplâncton

Houve uma grande variação das comunidades do fitoplâncton entre as campanhas. Nas campanhas pré-enchimento foram registradas Bacillariophyceae, Zygnemaphyceae e Cyanophyceae, com predominância de Zygnemaphyceae. Na 1ª campanha da fase de enchimento houve registro de Cyanophyceae, e na 2ª campanha do enchimento foi registrada a comunidade Chlorophyceae. No geral, Bacillariophyceae e Zygnemaphyceae foram mais expressivas em todas as campanhas. Na 3ª campanha do enchimento nos pontos RDS1 e RSD2 houve ocorrência de Euglenophyceae, sendo registrado um indivíduo em cada ponto apenas. No ponto RSD2 (reservatório) as Bacilariofíceas foram substituídas pelas Zygnemafíceas, com registro de indivíduos pertencentes à comunidade Chlamidophyceae na última campanha realizada após o enchimento e em março de 2014. O ponto RSD2 apresentou grande densidade de Chlorophyceae, o que também foi verificado na campanha anterior.

Com relação à densidade total de organismos, a 2ª campanha pós-enchimento (fevereiro/2013) apresentou mais organismos que as demais, porém já na 3ª campanha (março/2013) esse número voltou a diminuir, mantendo o nível das outras campanhas. O fitoplâncton apresenta uma variação normal entre as campanhas na fase pós-enchimento. As chuvas que caíram durante os períodos monitorados são sentidas pelas comunidades. Na 5ª campanha (maio/2013) as comunidades apresentaram grande variação entre os pontos, o que não ocorreu nas campanhas realizadas após a formação do reservatório. Os RSD2 e RV4 apresentaram muitas semelhanças com relação ao fitoplâncton, sendo esperado já que se tornaram ambientes lênticos. As últimas quatro campanhas, realizadas em setembro e dezembro de 2013, março e junho de 2014, não apresentaram diferenças significativas em comparação com as anteriores.

Zooplâncton

O Zooplâncton durante as campanhas de pré-enchimento apresentou apenas os grupos Testáceos e Rotíferos. Nas campanhas do enchimento, que aconteceram nos meses de outubro e dezembro de 2012, além desses grupos também foram registrados Copépoda e Cladocera. Nas três primeiras campanhas realizadas pós-enchimento os pontos RSD2 e RV4 apresentaram mais organismos pertencentes aos grupos Copépodas e Cladoceras, sendo que estes ambientes podem estar favorecendo a maior ocorrência desses grupos, em virtude da formação do lago do reservatório. Percebe-se um grande aumento de organismos nas campanhas pós-enchimento, já sendo registrado um aumento da última campanha do pré-enchimento para a 1ª campanha do enchimento, sendo que desta campanha em diante foram registrados outros grupos, os copépoda e cladocera.

A 1ª campanha de pós-enchimento (janeiro/2013) registrou o maior número de indivíduos em todas as campanhas. Nas três campanhas pós-enchimento realizadas em abril, maio e junho, e nas campanhas de setembro e dezembro de 2013, março e junho de 2014 não foram registradas mudanças significativas nas comunidades, com os testáceos sendo mais representativos. Quanto aos pontos de reservatório, o RSD2 apresentou maior abundância que o RV4.

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Em anexo são apresentados o 8º e 9º Relatório de Monitoramento da Qualidade da Água e Comunidades Aquáticas (9ª e 10ª campanhas de monitoramento realizadas em março e junho de 2014).

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11. PROGRAMA DE MONITORAMENTO DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS

Figura 38 – Medição de Nível Estático no Poço 01.

No período compreendido por este relatório foram compilados os resultados finais do programa de monitoramento de águas subterrâneas.

Figura 39 - Rede de Monitoramento dos Poços.

Nas últimas campanhas pós-enchimento o nível da água nos poços apresentou uma tendência à estabilidade, com pequenas e eventuais oscilações, que podem estar relacionadas a períodos de sazonalidade (seca e chuva), porém essas interferências não são muito representativas, e percebe-se que a recarga do lençol é lenta.

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Os poços 3 e 4 apresentaram decaimento do nível no período de enchimento do reservatório, porém no P3 a água já voltou ao nível normal medido no início do monitoramento (enchimento), e no P4 o nível apresenta-se menor (± 13 m) que no período do pré-enchimento (± 7 m). O poço 7 apresentou uma progressão no nível da água, elevando esse nível de 19 metros medidos anteriormente ao enchimento para 7 metros, sendo o único dos poços monitorados que demonstra alteração significativa. Esse poço se localiza entre os dois rios que formam o reservatório, a montante da barragem, e pode estar sofrendo interferência com o enchimento.

Segundo REBOUÇAS et al., 2002 as maiores taxas de recarga ocorrem nas regiões planas, bem arborizadas, e nos aquíferos livres. Nas regiões de relevo acidentado, sem cobertura vegetal, sujeitas a práticas de uso e ocupação que favorecem as enxurradas, a recarga ocorre mais lentamente e de maneira limitada. No geral, o nível d’água nos poços tende a estabilizar, e na maioria dos poços de monitoramento já apresenta certa estabilidade.

Tabela 6 - Resultados das medições de nível estático dos poços em todas as campanhas de monitoramento. C a mp a n h a

s Pré-enchimento Enchimento Pós-enchimento

10ª 11ª 12ª 13ª 14ª 15ª 16ª 17ª 18ª 19ª 20ª POÇO 1 * 13,73 11,6 12,04 13,14 14,11 14,11 14,12 26,1 14,37 14,29 13,83 14,12 14,35 14,11 14,32 13,28 14,84 15,15 15,3 POÇO 2 * 21,61 19,13 19,74 23,34 23,9 22,2 22,26 22,38 36,4 36,1 21,9 22,0 21,93 22,4 22,2 22,35 22,42 22,6 22,4 POÇO 3 16,98 17,2 14,67 15,38 23,96 24,12 25,4 26,83 * * * * * * 12,82 12,65 13,48 13,19 13,0 12,77 P0ÇO 4 11,33 8,62 6,75 9,77 31,0 25,08 28,3 37,21 11,3 14,91 14,96 * 13,84 13,88 13,67 13,29 13,7 14,18 13,79 12,42 POÇO 5 * 5,71 4,98 5,98 6,89 8,01 6,56 6,82 6,64 6,55 6,56 6,66 6,9 7,05 6,6 6,45 6,57 6,93 6,81 6,69 POÇO 6 30,92 31,26 29,98 29,87 31,33 32,7 32,5 31,73 * 31,43 31,56 31,11 31,0 31,07 30,9 30,75 31,9 31,49 31,1 31,05 POÇO 7 * 21,3 19,12 19,44 14,5 14,9 14,5 7,88 11,97 7,32 7,38 7,13 8,5 7,8 6,7 6,6 6,55 6,9 7,05 7,10

Entre os parâmetros físico-químicos e biológicos analisados citamos: pH, coliformes totais e fecais, ferro, DBO, oxigênio dissolvido, entre outros.

Referências

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