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HIPERTENSÃO ARTERIAL E OS FATORES QUE INTERFEREM PARA NÃO ADESÃO AO TRATAMENTO

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Academic year: 2021

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HIPERTENSÃO ARTERIAL E OS FATORES QUE INTERFEREM PARA NÃO ADESÃO AO TRATAMENTO

BATISTA, Maria Aparecida Pereira1 ULIANA, Paula Eller² GONÇALVES, Mirela dias³

INTRODUÇÃO

A hipertensão Arterial é uma condição de saúde decorrente de uma combinação de fatores, no qual se caracteriza por níveis elevados e sustentados de pressão arterial (PA ≥140 x 90mmHg). A mesma está relacionada frequentemente a alterações funcionais e ou/estruturais dos órgãos alvo, tais como, coração, encéfalo, rins, vasos sanguíneos e também a alterações metabólicas (BRASIL, 2013).

Os indivíduos portadores de doenças crônicas necessitam de um conhecimento adequado sobre sua condição de saúde para que se sintam motivados a seguir com seu tratamento de forma eficaz. É fundamental que tenham a capacidade de reconhecer os sinais de alerta das possíveis complicações e saber como e onde recorrer para responder a isso (BRASIL, 2014).

Tal análise torna-se relevante na busca do conhecimento em identificar os fatores que interferem na adesão ao tratamento do paciente hipertenso, para isso propõe-se identificar os fatores que interferem para não adesão ao tratamento da hipertensão arterial sistêmica.

MATERIAL E MÉTODOS

1Graduada em Enfermagem pelo Centro Universitário São Camilo-ES, ciddinhabatista@hotmail.com.

²Graduada em Enfermagem pelo Centro Universitário são Camilo-ES, paulavnies@gmail.com;

³Professor orientador. Mestre em Enfermagem. Centro Universitário São Camilo-ES, mireladg2013@gmail.com.

Cachoeiro de Itapemirim – ES, junho de 2016.

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Trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizada por busca nos meses de maio e junho de 2016 em bases de dados: Scientifc Eletronic Libraly Online (SCIELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em ciências da saúde (LILACS) e no site da Universidade Paulista (UNIP). Foram utilizados os seguintes descritores: cooperação do paciente e hipertensão. Os critérios de inclusão definidos para a seleção dos artigos foram: publicações em português; artigos na integra que retratasse a temática e publicações de 2010 a 2015.

Atendendo aos critérios de inclusão exclusão foram selecionados 8 artigos que fizeram parte da amostra. Posteriormente os artigos foram lidos na integra e analisados quanto ao aspecto qualitativo.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Pode-se observar maior concentração de trabalhos na região sudeste; em relação ao ano de publicação, verificou-se maior concentração em 2012 e 2013. A maior incidência de publicação deu-se no periódico: Revista da Escola de Enfermagem da USP com três (37,5%); Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (12,5%); Ciência & Saúde Coletiva (12,5%); Cadernos de Saúde Pública (12,5%); Arquivos Brasileiros de Cardiologia (12,5%) e o Journal of the Health Sciences Institute com um(12,5%).

No estudo pode-se identificar vários fatores que interferem no processo de adesão ao tratamento da hipertensão arterial sistêmica, dentre ele: fator sexo, idade, fatores socioeconômicos, escolaridade, hábitos de vida e vínculo. Esses fatores podem atuar permitindo o seguimento do tratamento ou negativamente como aqueles que dificultam a adesão.

Quanto ao sexo, Silva et al. (2013) e Rufino, Drummond e Moraes (2012) observaram maior prevalência da hipertensão arterial no sexo feminino que se mostrou semelhante à distribuição encontrada em outros estudos.

Quanto a idade,Raymundo e Pierin (2014) e Daniel, Veiga (2013) defendem que o nível de adesão tende a ser maior com o aumento da idade, visto que nesta faixa etária ocorre um maior envolvimento com a problemática de saúde, tal fato

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pode repercutir em maior adesão ao tratamento e controle da patologia. Silva et al.

(2013) observou que a maioria dos participantes da pesquisa eram idosos e com baixo nível de escolaridade, salientando as dificuldades que o idoso apresenta para uma visão crítica sobre o serviço que lhe é oferecido conforme a sua necessidade.

Quanto ao fator socioeconômico Ferreira; Barreto e Giatti (2014) relatam que quanto menor a renda, maior a frequência de indivíduos que não fazem uso da medicação de forma contínua. Filho-Oliveira et al. (2012) complementam que os custos dos medicamentos são um dos fatores que podem influenciar na adesão ao tratamento, visto que muitos não apresentam uma renda per capita para aderir tal medicamento prescrito. Já Daniel e Veiga (2013) complementam que indivíduos que possuem renda per capita de no máximo 3 salários mínimos obtiveram maior número de faltas às consultas médicas quando comparados a indivíduos com renda superior a 3 salários mínimos.

Quanto aos hábitos de vida, Raymundo e Pierin (2014) relatam cerca de 96,8% da amostra de sua pesquisa foi composta por hipertensos sedentários, já Carvalho et al. (2012) mostra que em seus estudos identificou taxas de 18% para tabagista e 54,3 % para o sedentarismo, comprovando mais uma vez o sedentarismo se mostra com um dado alarmante frente aos riscos que podem oferecer para o aumento dos níveis pressóricos da pressão arterial. Enquanto para Ferreira; Barreto e Giatt (2014) 16% da amostra eram tabagistas, e mais de 85%

não realizavam atividades físicas, confirmando então que o sedentarismo está em um grau elevado conforme os estudos apresentados.

De acordo com Borges et al. (2013) existe grande dificuldade na conscientização do hipertenso frente a sua condição clínica, devido à necessidade mudança de hábitos de vida, considerados prazerosos e também o uso continuo de medicamentos.

Quanto ao vínculo, nos estudos de Rufino; Drummond e Moraes (2012) e Ferreira; Barreto e Giatt (2014) ressaltaram a necessidade de maior inteiração profissional/ paciente para a adesão do tratamento. De acordo com Raymundo e Pierin (2014) a educação em saúde exige o envolvimento e a participação dos hipertensos e da equipe de saúde em especial do enfermeiro e sua equipe. Daniel e Veiga (2013) complementam que as ações educativas podem contribuir na

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motivação e na iniciativa do autocuidado, para que isso ocorra é necessário que haja um estabelecimento de comunicação paciente/profissional a fim de propor uma abordagem multidisciplinar com estratégias na implementação de ações que visem a participação ativa dos portadores de hipertensão arterial.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através dos resultados obtidos nesse estudo foi possível identificar os principais fatores que interferem na adesão do paciente hipertenso ao tratamento e controle dos níveis pressóricos refere-se a: sexo, idade, fatores socioeconômicos, escolaridade, hábitos de vida e vínculo paciente/profissional.

Observou-se que a adesão ao tratamento da hipertensão arterial está relacionada aos fatores terapêuticos e educativos, assim como o conhecimento e aceitação sobre a condição de saúde que o indivíduo apresenta.

Através desta análise, foram identificadas dificuldades que o indivíduo apresenta mediante o tratamento da hipertensão arterial, seja ela na adoção de hábitos de vida saudáveis, na terapia medicamentosa e no déficit de conhecimento sobre a doença e suas complicações.

Ressalta-se a importância do profissional na implementação de ações educativas com o objetivo de conscientizar e motivar para que o hipertenso adquira autonomia na adesão ao tratamento.

REFERÊNCIAS

BORGES, José Wicto Pereira et al. Validação de conteúdo das dimensões constitutivas da não adesão ao tratamento da hipertensão arterial. Rev Esc Enferm, São Paulo, 2013. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v47n5/ pt_0080- 6234-reeusp-47-05-1076.pdf>. Acesso em: 10 mai. 2016.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica hipertensão arterial sistêmica. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. Disponível em:

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<http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/caderno_37.pdf>. Acesso em: 15 mai. 2016.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica.

Brasília: Ministério da Saúde, 2014. Disponível em: <http://189.28.128.100/dab/docs /portaldab/publicacoes/caderno_35.pdf>. Acesso em: 20 mai. 2016.

CARVALHO, Andre Luis Menezes et al. Adesão ao tratamento medicamentoso em usuários cadastrados no Programa Hiperdia no Município de Teresina (PI). Ciênc.

saúde coletiva, Rio de Janeiro, 2012. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/csc /v17n7/28.pdf>. Acesso em: 10 mai. 2016.

DANIEL, Ana Carolina Queiroz Godoy; VEIGA, Eugenia Velludo. Fatores que interferem na adesão terapêutica medicamentosa em hipertensos. Einstein, São Paulo, 2013.

Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/eins/v11n3/a12v11n3.pdf>. Acesso em: 10 mai. 2016.

FERREIRA, Reginara Alves; BARRETO, Sandhi Maria; GIATTI, Luana. Hipertensão arterial referida e utilização de medicamentos de uso contínuo no Brasil: um estudo de base populacional. Cad Saude Pública, Rio de Janeiro, 2014. Disponível em:

<http://www.scielo.br/pdf/csp/v30n4/0102-311X-csp-30-4-0815.pdf>. Acesso em: 10 mai. 2016.

FILHO-OLIVEIRA, Alfredo Dias et al. Relação entre a Escala de Adesão Terapêutica de Oito Itens de Morisky (MMAS-8) e o Controle da Pressão Arterial. Arq Bras Cardiol, v.99, n. 1, p.649-658, 2012. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/abc /v99n1/a op05012 port.pdf>. Acesso em: 10 mai. 2016.

RUFINO, Daniel Bartarim Rodrigues; DRUMMOND, Rosana Aparecida Teixeira;

MORAES, Weverton Leandro Dimartini. Adesão ao tratamento: estudo entre portadores de hipertensão arterial cadastrados em uma Unidade Básica de Saúde. UNIP, São Paulo, 2012. Disponível em: <http://www.unip.br/comunicacao/publicacoes/ics/edicoes /2012/ 04_out-dez/V30_n4_2012_p336a342.pdf>. Acesso em: 10 mai. 2016.

RAYMUNDO, Ana Carolina Nascimento; PIERIN, Angela Maria Geraldo. Adesão ao tratamento de hipertensos em um programa de gestão de doenças crônicas: estudo longitudinal retrospectivo. Rev Esc Enferm USP, São Paulo, 2014. Disponível em:

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SILVA, Christiana Souto et al. Controle pressórico e adesão/vínculo em hipertensos usuários da Atenção Primária à Saúde. Rev Esc Enferm, São Paulo, 2013. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v47n3/0080-6234-reeusp-47-3-00584.pdf>.

Acesso em: 10 mai. 2016.

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