• Nenhum resultado encontrado

Comissão do Emprego e dos Assuntos Sociais: da Comissão dos Assuntos Económicos e Monetários. dirigido à Comissão do Emprego e dos Assuntos Sociais

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Comissão do Emprego e dos Assuntos Sociais: da Comissão dos Assuntos Económicos e Monetários. dirigido à Comissão do Emprego e dos Assuntos Sociais"

Copied!
11
0
0

Texto

(1)

AD\854677PT.doc PE452.673v03-00

PT

Unida na diversidade

PT

PARLAMENTO EUROPEU 2009 - 2014

Comissão do Emprego e dos Assuntos Sociais:

2010/2239(INI) 26.1.2011

PARECER

da Comissão dos Assuntos Económicos e Monetários

dirigido à Comissão do Emprego e dos Assuntos Sociais

sobre o Livro Verde intitulado "Regimes europeus de pensões adequados, sustentáveis e seguros"

(2010/2239(INI)

Relator de parecer(*): George Sabin Cutaş

(*) Comissão associada – Artigo 50.º do Regimento

(2)

PE452.673v03-00 2/11 AD\854677PT.doc

PT

PA_NonLeg

(3)

AD\854677PT.doc 3/11 PE452.673v03-00

PT

SUGESTÕES

A Comissão dos Assuntos Económicos e Monetários insta a Comissão do Emprego e dos Assuntos Sociais, competente quanto à matéria de fundo, a incorporar as seguintes sugestões no seu relatório:

ENQUADRAMENTO DAS REFORMAS

1. Saúda a publicação do Livro Verde intitulado “Regimes europeus de pensões adequados, sustentáveis e seguros”; reconhece a importância fundamental de um debate alargado sobre o futuro dos sistemas de pensões na Europa, o qual deve ter em conta a actual situação económica e demográfica, a realização do mercado único, a reforma da governação económica e a recém-criada arquitectura de supervisão europeia;

2. Nota que tanto as Orientações Gerais de Política Económica como o Pacto de Estabilidade e Crescimento mencionam despesas públicas relacionadas com o

envelhecimento; entende que a inclusão de forma precisa das responsabilidades públicas directas em matéria de pensões na dívida pública e no cálculo do défice é uma das muitas condições da sustentabilidade; pede que a reforma da governação económica tenha em devida conta esta dimensão garantindo um tratamento adequado dos diferentes pilares dos sistemas de pensões e centrando-se sobretudo na sua sustentabilidade;

3. Toma nota da declaração da Comissão de que "o presente Livro Verde não põe em questão prerrogativas dos Estados-Membros no que se refere às pensões nem o papel dos parceiros sociais, e também não sugere que existe um figurino «ideal» que sirva a todos os sistemas de pensões" (página 2, quinto parágrafo, do "Livro Verde"); considera que cabe a cada Estado-Membro tirar conclusões, se necessário, uma vez que nesta questão se aplica a subsidiariedade;

4. Salienta que, a longo prazo, o crescimento económico sustentável é essencial para a prosperidade e para as pensões;

5. Sublinha que os sistemas públicos de pensões por repartição demonstraram a sua estabilidade e fiabilidade perante o teste de esforço da crise financeira e económica;

6. Salienta que muitos Estados-Membros enfrentam grandes desafios no que respeita ao modo de assegurar pensões que correspondam às expectativas dos cidadãos;

7. Salienta que os diversos sistemas de pensões se inserem, sem sombra de dúvida, na esfera de competência, responsabilidade e decisão exclusivas dos Estados-Membros; insta a Comissão a respeitar escrupulosamente o princípio da subsidiariedade neste domínio político;

8. Considera impossível e contraproducente a fixação de uma idade da reforma única a nível europeu, pois essa idade está em grande medida dependente das condições específicas dos Estados-Membros; salienta, pelo contrário, que é necessário promover um combate eficaz ao desemprego, que registou um forte aumento em muitos Estados-Membros;

9. Exorta a Comissão e o Conselho - dado que um sistema de pensões sustentável e que

(4)

PE452.673v03-00 4/11 AD\854677PT.doc

PT

funcione correctamente é extremamente importante para os cidadãos e para a estabilidade das finanças publicas - a velarem por que os custos das reformas dos sistemas de pensões continuem a ser tidos em conta na avaliação sobre a questão de saber se um

Estado-Membro deveria ser submetido ao procedimento de défice excessivo e recomenda favorecer a viabilidade do sistema do financiamento e não um determinado tipo de reestruturação das pensões; considera lamentável que alguns Estados-Membros tenham invertido as reformas dos regimes de pensões que haviam realizado nos últimos anos, ou estejam a ponderar fazê-lo, a fim de reduzir o défice orçamental; nota que reformas sistémicas dos regimes de pensões acarretam custos substanciais de transformação, que têm de ser tidos em conta para efeitos de cálculo da dívida pública e dos défices

orçamentais;

10. Salienta que a sustentabilidade das finanças pública exige que seja incluído na avaliação o total da dívida pública e privada; salienta que os planos de poupança-reforma são mais do que meras poupanças destinadas às pensões; solicita que as responsabilidades directas não cobertas relativas ao pagamento de pensões do sector público sejam tornadas

transparentes em toda a sua dimensão e explicitamente divulgadas, tendo em visa a sustentabilidade a longo prazo das finanças públicas;

11. Insiste em que os Estados-Membros a implementarem de forma mais eficaz a legislação da UE em vigor nas suas políticas, a fim de melhorar o funcionamento do mercado interno e facilitar a mobilidade dos trabalhadores; salienta que é necessário remover os obstáculos à mobilidade interna e transfronteiras; insiste em que facilitar a mobilidade dos trabalhadores com pensões portáveis, tanto entre empregadores como transfronteiras, é um factor essencial para reforçar a confiança dos cidadãos;

12. Observa que as reformas dos sistemas de pensões são frequentemente necessárias no contexto do envelhecimento demográfico e da crise financeira e económica; nota simultaneamente que garantir a todos uma pensão de reforma adequada assume extrema importância; salienta que, a fim de lograr níveis de pensão adequados, o sistema deve ser seguro e sustentável, embora as reformas não se devam restringir à prorrogação do período de quotização; considera, a este respeito, que, de acordo com o princípio da subsidiariedade, cabe aos Estados-Membros tomar uma decisão quanto a um sistema e um nível de reforma adequados;

13. Nota que, em alguns Estados-Membros, é necessário um reforço da transparência e da divulgação das comissões aplicadas sobre a gestão de activos, em especial sobre todas as camadas de investimentos, pelos fundos privados de pensões; nota ainda os efeitos intergeracionais que essas comissões podem ter, nomeadamente através dos encargos financeiros acrescidos que poderão incidir sobre as gerações mais novas;

14. Reconhece que não existe o sistema de pensões perfeito e que os sistemas de pensões, bem como as circunstâncias económicas, variam entre os Estados-Membros, mas está convencido de que é possível obter um sistema equilibrado e assente em vários pilares de natureza pública, profissional e privada, com ou sem capitalização; observa, porém, que cabe aos Estados-Membros a responsabilidade de conceber um sistema multi-pilares equilibrado; considera que cada Estado-Membro deve definir um nível de rendimento mínimo após a reforma para evitar aumentar a pobreza entre a população idosa;

(5)

AD\854677PT.doc 5/11 PE452.673v03-00

PT

15. Nota que a terminologia existente respeitante ao sistema multi-pilares não corresponde à realidade nos diferentes Estados-Membros; pede, por conseguinte, à Comissão que desenvolva os esforços necessários para elaborar uma tipologia de sistemas de pensões nos Estados-Membros, assim como um conjunto comum de definições, a fim de facilitar a comparação dos sistemas, melhorando assim consideravelmente a cooperação a nível europeu;

16. Observa que existe uma tendência para o aumento dos regimes de contribuições definidas e a diminuição dos regimes de prestações definidas; nota que, em consequência, os prestadores de pensões transferem o risco associado ao investimento para os aforradores;

sublinha que os aforradores devem ser oportunamente informados do risco que correm;

insta os Estados-Membros a obterem um compromisso mais forte dos empregadores com vista a contribuir para a segurança de um rendimento na reforma para os trabalhadores;

17. Observa que, se bem que exista uma grande variedade de produtos de reforma nos Estados-Membros, nem todos os cidadãos europeus têm acesso a esses produtos;

considera que deve ser assegurado aos cidadãos europeus o mais amplo acesso possível a diversas formas de acumular direitos de pensão e reconhece a necessidade de melhorar o acesso aos produtos existentes em matéria de pensão;

18. Observa que incentivar os cidadãos a iniciarem o aforro numa fase mais precoce da sua vida pode reduzir consideravelmente o diferencial de pensão de cada cidadão e saúda a partilha de boas práticas entre Estados-Membros no que respeita, por exemplo, a portais dedicados às pensões;

19. Observa que as diferenças salariais e sociais entre os Estados-Membros não permitem nem justificam uma pensão mínima uniforme;

20. Toma nota do contributo que pode ser efectuado através do prolongamento da vida laboral e assinala que os trabalhadores não trabalham até à idade em que têm direito a receber a pensão na sua totalidade; toma nota do facto de os trabalhadores nas categorias laborais mais onerosas tendem a reformar-se antes dos outros; considera que a evolução demográfica e a necessidade de garantir o pagamento das pensões tornam necessária a participação de mais pessoas no mercado de trabalho a longo prazo; sublinha que uma das prioridades importantes para conseguir a sustentabilidade é garantir que os

trabalhadores tenham capacidade para trabalhar até à idade de reforma, aplicando políticas adequadas sociais e a favor do emprego, como a de desincentivar a reforma antecipada, introduzir incentivos financeiros e garantir a aprendizagem ao longo da vida e um sistema de saúde adequado;

21. Considera que um forte crescimento económico é uma condição necessária para se atingir um maior nível de emprego, garantindo a base financeira dos sistemas públicos de

pensões; nota, por conseguinte, que a UE deve centrar a sua atenção na maneira de conseguir um crescimento económico elevado e sustentável e uma elevada taxa de emprego; insta a Comissão e os Estados-Membros a promoverem reformas dos mercados laborais com vista à incorporação de princípios de flexigurança, a modernizarem os sistemas de protecção social e a criarem as condições para as empresas gerarem emprego;

22. Considera que a definição da idade da reforma é uma questão que deve ser resolvida em

(6)

PE452.673v03-00 6/11 AD\854677PT.doc

PT

conformidade com o princípio da subsidiariedade e tendo em conta a diversidade das situações nacionais demográficas e laborais, assim como a esperança de vida, a saúde e as condições de trabalho, entre outros factores; é, no entanto, de opinião que os

Estados-Membros devem coordenar a sua estratégia política para os sistemas de pensões, recorrendo ao método aberto de coordenação (MAC); preconiza uma política de clara comunicação com os cidadãos para assegurar que compreendam bem o nível de pensões com que podem contar;

23. Solicita um estudo da Comissão sobre a dimensão da mobilidade laboral transfronteiras;

24. Solicita a avaliação das associações de garantia das pensões, nos moldes em que existem no Luxemburgo e na Alemanha para garantia do segundo pilar em caso de insolvência, a fim de determinar se podem ser recomendadas aos outros Estados-Membros como modelos de garantias e boas práticas;

25. Considera que, em virtude das diferenças e da complexidade dos diferentes sistemas no âmbito do segundo pilar, poderiam ser criadas as condições básicas para a

transferibilidade (“transferability”) a nível da UE dos planos de pensões profissionais financiados pelos empregadores;

DIRECTIVA IRPPP

26. Observa que, em geral, a aplicação da Directiva IRPPP pelos Estados-Membros sofreu atrasos; insta a Comissão a que, se necessário, tome medidas contra os Estados-Membros com o objectivo de fazer aplicar de forma correcta e atempada a Directiva IRPPP;

27. Concorda que o objectivo deve ser um elevado nível de segurança para os futuros pensionistas, a um custo razoável para as empresas patrocinadoras e no quadro de sistemas de pensões sustentáveis;

28. Nota que o artigo 15.º, n.º 6, da Directiva IRPPP refere, a propósito do cálculo das

provisões técnicas, que “a Comissão proporá eventuais medidas necessárias para prevenir eventuais distorções causadas pelas diferenças de nível das taxas de juro e para proteger os interesses dos beneficiários e membros dos diversos planos”;

29. Realça o facto de os trabalhadores que se mudam para outros países da UE ainda enfrentarem grandes desvantagens no que se refere aos regimes de pensões

complementares de reforma, pois poderão receber pensões profissionais dispersas e perder o direito a benefícios fiscais e de segurança social relacionados com os planos de pensões profissionais nacionais;

30. Recorda que na Directiva IRPPP se pode ler que “um verdadeiro mercado interno dos serviços financeiros é fundamental para o crescimento económico e a criação de emprego na Comunidade” e que “a presente directiva representa assim um primeiro passo na direcção de um mercado interno de realização dos planos de pensões profissionais organizado à escala europeia”;

31. Exorta a Comissão a realizar uma avaliação de impacto antes de qualquer revisão da Directiva IRPPP e a ter em conta a tendência para o aumento dos regimes de

(7)

AD\854677PT.doc 7/11 PE452.673v03-00

PT

contribuições definidas e a diminuição dos regimes de prestações definidas;

MOBILIDADE E TRANSFERÊNCIAS

32. Salienta que a livre circulação de pessoas é um direito fundamental dos cidadãos

europeus; sublinha a crescente importância da mobilidade da força de trabalho na União Europeia, bem como a sua necessidade; entende que qualquer impacto negativo da mobilidade dos trabalhadores nos direitos de pensão individuais deve ser reduzido ao mínimo; observa que o Regulamento (CE) n.º 883/2004 relativo à coordenação dos sistemas de segurança social regula a mobilidade no que respeita ao primeiro pilar e faz notar que ainda não existe um enquadramento semelhante para o segundo pilar; observa que foram já feitas várias tentativas para preencher esta lacuna na legislação europeia;

exorta a Comissão a encontrar uma solução para este problema fundamental o mais rapidamente possível;

33. Congratula-se com o facto de alguns Estados-Membros terem em funcionamento serviços de rastreio de pensões que ajudam as pessoas a acompanhar os seus direitos a pensão de diferentes fontes nesse Estado-Membro; exorta os demais Estados-Membros a criarem sistemas semelhantes; considera que seria útil ligar entre si, ao nível da UE, os serviços nacionais de rastreio de pensões, a fim de promover a mobilidade dos trabalhadores;

REVISÃO DA LEGISLAÇÃO DA UE

34. Observa que nas áreas em que as competências em matéria de pensões são atribuídas à União Europeia, a legislação da UE está muito fragmentada; exorta a Comissão a

investigar se seria adequado racionalizar este quadro regulamentar no âmbito do objectivo de legislar melhor;

REQUISITOS DE FUNDOS PRÓPRIOS

35. Considera que as propostas relativas a um regime de solvência aplicável às IRPPP devem reconhecer as especificidades das reformas, tendo em conta o facto de os riscos no sector dos seguros serem diferentes dos enfrentados pelas IRPPP, em particular no que diz respeito à condicionalidade dos direitos à pensão, à duração das carteiras dos fundos de pensões e ao facto de as IRPPP serem veículos especificamente dedicado à operação de uma carteira homogénea de produtos; sublinha que o objectivo central desse regime seria proporcionar melhor protecção aos actuais e aos futuros pensionistas; entende que o impacto dessas propostas tem de ser plenamente avaliado, tendo nomeadamente em vista quantificar os custos adicionais e o ónus administrativo; considera que uma eventual revisão das regras de solvência para as IRPPP deve ser realizada no âmbito da Directiva IRPPP existente;

36. Salienta, na linha das declarações da Comissão no Livro Verde, que a Directiva IRPPP assenta numa abordagem de harmonização mínima de Solvência I, ao passo que

brevemente as empresas de seguros aplicarão o regime de Solvência II, baseado no risco, até mesmo à sua actividade no domínio dos planos de pensões profissionais;

37. Salienta que os mercados financeiros só podem ser eficientes se existir confiança e considera que para haver confiança são necessárias normas prudenciais sólidas para as

(8)

PE452.673v03-00 8/11 AD\854677PT.doc

PT

instituições financeiras, e as IRPPP não devem ser excepção;

38. Considera que, para se alcançar coerência entre os regimes prudenciais de diferentes prestadores de serviços financeiros, deve ser aplicado o princípio “os mesmos riscos – as mesmas regras – o mesmo capital”, tendo em conta as características de cada plano ou regime de pensões;

39. Salienta que os indivíduos têm direito à informação sobre os países, sectores e produtos em que os fundos de pensões investem os seus activos;

40. Considera que os elementos qualitativos do projecto "Solvência II" são pontos de partida valiosos para o reforço da supervisão das IRPPP; nota que isto se aplica, em particular, aos requisitos em matéria de boa gestão dos riscos;

41. Solicita à Comissão que desenvolva propostas em matéria de tomada de decisão relativa ao regime de solvência das IRPPP e, em conformidade com a sua intenção declarada no Livro Verde, que inicie com a maior brevidade possível um estudo de impacto relativo à aplicação de um regime de solvência com as características da abordagem Solvência II;

42. Observa que os fundos de pensões, incluindo as IRPPP, são ainda regulamentados e controlados como entidades financeiras independentes, embora, na prática sejam conglomerados a exercer estas actividades;

43. Salienta que quaisquer propostas de legislação nova ou alterações à legislação actual devem ser sujeitas a um rigoroso processo de avaliação de impacto;

44. Salienta que a nova Autoridade Europeia de Supervisão (Autoridade Europeia dos Seguros e Pensões Complementares de Reforma) deve utilizar plenamente as suas

competências e desempenhar um papel importante no processo preparatório de revisão da Directiva IRPPP e na criação de disposições legais, como sejam projectos de normas técnicas, orientações e recomendações relativas a um regime de solvência; recorda que a Directiva IRPPP não deve ser aplicada às responsabilidades dos sistemas públicos de pensões ou a planos de pensões profissionais no âmbito do primeiro pilar;

45. É de opinião que, assim como a Directiva Solvência II permite que as empresas de todos os ramos de seguros cumpram a legislação nacional dos 27 Estados-Membros em matéria de direito civil, fiscal ou contratual, a concepção de um regime de solvência aplicável às IRPPP, que, embora constitua claramente uma responsabilidade da União Europeia, deve ter em consideração toda a legislação social e laboral aplicável aos planos de pensões profissionais que foi criada pelos Estados-Membros com base no princípio da

subsidiariedade;

46. Considera que, para reforçar a transparência e a responsabilidade, os fundos de pensões devem ter representantes dos parceiros sociais e dos beneficiários dos fundos no conselho de administração;

INSOLVÊNCIA

47. Toma nota das inúmeras diferenças na execução e aplicação da directiva sobre

(9)

AD\854677PT.doc 9/11 PE452.673v03-00

PT

insolvência; entende que, embora as disposições legislativas relevantes possam afigurar- se bastante adequadas, os resultados podem ser inadequados e contrariar os objectivos da Directiva; evoca a conclusão da Comissão segundo a qual, nalguns casos relativos à aplicação das obrigações previstas no artigo 8.º da directiva, podem surgir certas dúvidas relacionadas com a questão de saber até que ponto algumas destas medidas são

suficientes para proteger os interesses dos trabalhadores e reformados em caso de insolvência do empregador, pelo que é necessário resolver uma série de questões;

48. Convida a Comissão a acompanhar de perto a aplicação da referida directiva, a tomar medidas contra os Estados-Membros, sempre que se justifique, e a ter em conta, aquando de uma eventual revisão desta directiva, a situação específica criada pelas obrigações de financiamento do empregador relativamente ao trabalhador ou ao seu fundo de pensão;

49. Sublinha que a resolução das questões relativas a um regime de requisitos de fundos próprios dos fundos de pensões está estreitamente ligada à resolução adequada das questões colocadas pelo artigo 8.º da directiva sobre insolvência;

50. Considera necessário reforçar a legislação da UE no que se refere à insolvência do empregador, a fim de proporcionar a todos os trabalhadores o mesmo nível de protecção das suas poupanças, independentemente da natureza do sistema de pensões do

empregador;

INFORMAÇÃO

51. Dá-se conta de que os trabalhadores e os cidadãos não conhecem bem o sistema de pensões; considera que os trabalhadores e os indivíduos em geral têm de ser mais bem informados sobre os direitos à pensão que adquirem nos vários pilares, as condições a que estão sujeitos, a segurança, a portabilidade destes direitos, a eventual necessidade de mais poupanças para atingir um determinado nível e a divulgação dos honorários associados à gestão de activos em qualquer faixa dos fundos de pensões;

52. Assinala que em muitos Estados-Membros existe uma enorme escolha nos segundo e terceiro pilares; sublinha que a escolha em termos de pensões é muito complexa para os trabalhadores e os cidadãos comuns; considera que deveriam existir opções por defeito e que deveria estar disponível informação adequada relativa às diferenças entre a opção por defeito e as alternativas;

53. Considera que devem ser facultadas aos trabalhadores informações sobre os custos, encargos e riscos inerentes à celebração de contratos de pensões complementares de reforma;

COORDENAÇÃO POLÍTICA

54. Lembra que o Presidente da Comissão, José Manuel Barroso, fez das pensões uma

prioridade durante o seu primeiro mandato; é de opinião que é necessária uma abordagem coerente e completa; congratula-se com o Livro Verde enquanto primeiro passo dessa abordagem; espera com interesse propostas legislativas concretas num futuro próximo;

lembra que qualquer proposta legislativa concreta deve ter em devida conta o princípio da subsidiariedade;

(10)

PE452.673v03-00 10/11 AD\854677PT.doc

PT

55. Insta a Comissão a ponderar a criação de um grupo de trabalho especial para a questão das pensões, envolvendo todas as DG com competências em matéria de pensões;

56. Considera que poderá ser útil estabelecer uma plataforma europeia das pensões que cubra todos os pilares neste domínio e esteja aberta a todos os interessados; entende que, para evitar a sobreposição neste contexto, deve ser tido em conta o comité consultivo para as pensões complementares já existente (o “Fórum das Pensões”);

57. Salienta a importância do MAC para a coordenação neste domínio de intervenção; exorta os Estados-Membros a intensificarem a cooperação entre si e ao nível europeu;

58. Considera que as instituições europeias devem dar o exemplo e definir pensões

adequadas e sustentáveis; nota que a última revisão completa das provisões relativas a pensões das instituições europeias ocorreu em 2004 e, por conseguinte, pede à Comissão que realize uma revisão aprofundada dos procedimentos e das provisões actuais, e que apresente um relatório circunstanciado ao Parlamento até Junho de 2011;

(11)

AD\854677PT.doc 11/11 PE452.673v03-00

PT

RESULTADO DA VOTAÇÃO FINAL EM COMISSÃO

Data de aprovação 25.1.2011

Resultado da votação final +:

–:

0:

35 6 4 Deputados presentes no momento da

votação final

Burkhard Balz, Sharon Bowles, Udo Bullmann, Pascal Canfin, Nikolaos Chountis, George Sabin Cutaş, Rachida Dati, Leonardo Domenici, Derk Jan Eppink, Diogo Feio, Markus Ferber, Elisa Ferreira, Vicky Ford, Ildikó Gáll-Pelcz, José Manuel García-Margallo y Marfil, Jean-Paul Gauzès, Sven Giegold, Sylvie Goulard, Liem Hoang Ngoc, Gunnar Hökmark, Othmar Karas, Wolf Klinz, Jürgen Klute, Philippe Lamberts, Werner Langen, Astrid Lulling, Hans-Peter Martin, Arlene McCarthy, Sławomir Witold Nitras, Ivari Padar, Anni Podimata, Antolín Sánchez Presedo, Olle Schmidt, Edward Scicluna, Peter Simon, Peter Skinner, Theodor Dumitru Stolojan, Ivo Strejček, Kay Swinburne, Ramon Tremosa i Balcells

Suplente(s) presente(s) no momento da votação final

Sophie Auconie, Sari Essayah, Danuta Jazłowiecka, Thomas Mann, Gay Mitchell

Referências

Documentos relacionados

Parecer da Comissão do Emprego e dos Assuntos Sociais, dirigido à Comissão dos Assuntos Jurídicos, sobre a proposta de regulamento do Parlamento Europeu e do Conselho que adapta

Congratularam-se com os novos grandes objetivos da UE para 2030 para o emprego (78 % da população entre os 20 e os 64 anos deve estar empregada), de competências (60 % de todos

A assimetria lateral, ao nível dos membros superiores e inferiores, não deve ser predita a partir de um único factor de medida, seja ele de preferência (pela

Gerolf Annemans, Burkhard Balz, Pervenche Berès, Udo Bullmann, Fabio De Masi, Jonás Fernández, Elisa Ferreira, Sven Giegold, Neena Gill, Sylvie Goulard, Brian Hayes, Gunnar

O objectivo fundamental do regulamento, que consiste em instituir o princípio do país de origem nas promoções de vendas, afigura-se meritório. Todavia, importa flexibilizá-lo um

situação de desigualdade e de vulnerabilidade em que se encontram as mulheres oriundas de minorias e da imigração no que diz respeito ao seu acesso à educação e ao mercado de

A violência no Brasil e no mundo é vista como um problema de saúde pública, devido aos altos índices de morbimortalidade. Entretanto o que causa preocupação por parte do Governo

d) qualquer recipiente ou embalagem, tais como: garrafa de água, suco, refrigerante e embalagem de alimentos (biscoitos, barras de cereais, chocolate, balas