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AUTOIMAGEM DA CLIENTE MASTECTOMIZADA

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AUTOIMAGEM DA CLIENTE MASTECTOMIZADA

Karine dos Santos Costa1

Mastectomia se define por uma cirurgia, sendo indicada nos casos de tratamento de neoplasias. O objetivo é descrever como a cliente se vê frente à retirada da mama e identificar o que tem sido publicado cientificamente sobre a autoimagem da cliente oncológica frente à remoção cirúrgica, avaliar o impacto paciente família, tendo como hipótese impactos negativos. Trata-se de um estudo de revisão integrativa, que tem como objetivo contribuir para o conhecimento sobre a autoimagem da cliente mastectomizada. A pesquisa foi realizada entre os meses de janeiro a junho de 2015. A busca foi realizada através de periódicos. A pesquisa explorada em métodos qualitativos sobre Revisão Literária que se delimita em análise integrativa sobre a Autoimagem da cliente oncológica mastectomizada, o período dado entre as coletas de dados foi entre os meses de janeiro e junho de 2015, considerando os artigos que foram publicados a partir de 1993. Este estudo teve seu objetivo alcançado mostrando assim como a cliente se vê frente a retirada da mama, também o papel da família na reconstrução desse processo avaliando como os impactos negativos continuam predominante mesmo com avanços científicos. Fica evidente a necessidade de estudos voltados à temática da autoimagem, com planejamentos e intervenções qualificadas que favoreçam o enfrentamento exitoso diante a mastectomia.

Palavras-chave: Autoimagem, Mastectomia, Mulher.

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Bacharel em Enfermagem. E-mail: kautwin@hotmail.com

Artigo apresentado a Atualiza Cursos, como requisito parcial para obtenção do título de especialista em Enfermagem oncológica, sob a orientação do professor (a) Max Pimenta. Salvador, 2015.

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1 INTRODUÇÃO

Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que tem em comum o crescimento desordenado das células, que invadem tecidos e órgãos. Esse crescimento não respeita os limites normais e alteram as células. Dividindo-se rapidamente, essas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores malignos que podem espalhar-se para outras regiões do corpo. Instituto Nacional do Câncer (INCA 2015).

Segundo O Instituto Nacional do Câncer (2015) o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres, são alterações genéticas em algum conjunto de células da mama, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano. Se diagnosticado e tratado oportunamente, o prognóstico é relativamente bom. Sabe-se que, um dos métodos mais utilizados para o tratamento do Câncer de Mama é a mastectomia. Algumas mulheres tem utilizado esse método como uma forma de prevenção, como a atriz Angelina Jolie, porém há critérios pré-estabelecidos para que este procedimento seja realizado.

A indicação da mastectomia vai depender do estadiamento em que a neoplasia se encontra, e fatores como histórico familiares, existem alguns tipos de mastectomia como a mastectomia com reconstrução imediata, mastectomia radical, mastectomia total ou simples, mastectomia radical modificada e mastectomia com preservação da pele (BRASIL, 2004).

De acordo com Borges e Souza (2005) apesar de haver várias formas de tratamento, além da mastectomia, a maioria das mulheres com câncer de mama é submetida a este tratamento cirúrgico, o qual trata-se de uma etapa importante, sendo que os seus resultados, na maioria dos casos, compromete a cliente não somente fisicamente, mas também emocional e socialmente. A mastectomia pode significar uma ameaça de perda para a mulher, de toda a sua capacidade feminina de amar e ser amada, da sua sensualidade, podendo afetar todas as suas respostas biológicas, físicas, afetivas. Passando muitas vezes a conviver com um "eterno" sentimento de desarmonia de seus próprios sentimentos.

Quando ocorre a retirada da mama a mulher perde uma parte de si, seu corpo sofre uma transformação, e ela tem que aceitar esse novo corpo, e sentimentos podem mudar pensamentos, podendo assim dessa forma afetar diretamente seu tratamento, sem qualquer preparação para tal acontecimento, a sua imagem é mudada.

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De acordo com Alves (2011) a paciente que foi submetida ao processo cirúrgico da retirada deve ser bem orientada, a mulher e seus familiares tem uma experiência a qual nunca foi vivenciada e deve ser também reabilitada após a cirurgia nos aspectos físico, emociona l, social e profissional. Pouco se vê diante do processo que atendam a expectativa dessas pacientes, assim algumas condutas não são adotadas pela paciente o que poderá gerar um desconforto mental na sua reinserção a vida cotidiana.

A cliente passa a ser guiada por sentimentos não sentidos antes, sua nova imagem na maioria das vezes causa desconforto tático, visual e emocional, muitas não conseguem aderir sua nova forma de viver após a retirada, causando desconforto e insegurança principalmente para familiares e amigos. A amputação de qualquer parte externa ou mesmo interna do corpo é traumática, podendo produzir mudança drástica na aparência, e, assim, faz-se uma reavaliação, e a autoimagem corporal deve ser ajustada a essa nova situação.

A cliente deverá ser bem norteada quanto aos acontecimentos que irão provir, uma boa orientação facilitará o processo de aceitação da sua nova imagem, conviventes e familiares também deverão ser preparados, tornando-se assim figuras primordiais dessa transformação, ajudando a paciente a aceitar, e se ver com bons olhos.

O objetivo deste trabalho é descrever como a cliente se vê frente à retirada da mama e identificar o que tem sido publicado cientificamente sobre a autoimagem da cliente oncológica frente à remoção cirúrgica, avaliar o impacto paciente família, tendo como hipótese impactos negativos.

2 METODOLOGIA

A produção do estudo se fez a partir de uma pesquisa explorada em métodos qualitativos sobre Revisão Literária que se delimita em análise integrativa sobre a Autoimagem da cliente oncológica mastectomizada, o qual compreende as seguintes etapas: Identificar o tema, elaborar os critérios de exclusão e inclusão dos artigos, Construção de tabelas para coletas de dados relevantes sobre os artigos encontrados, análise e avaliação relacionados aos artigos encontrados selecionados na pesquisa, Discussão e interpretação sobre os resultados obtidos e apresentação da revisão. Elaborando a pergunta: O que vem sido publicado cientificamente sobre a Autoimagem da cliente oncológica mastectomizada? A pesquisa de revisão integrativa é importante por que consiste em um método que nos permite

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a avaliação critica a busca e a síntese das evidências disponíveis sobre o tema investigado. A busca foi realizada através dos periódicos: Acta paulista de Enfermagem (UNIFESP); Revista Brasileira de Enfermagem; Revista da escola de Enfermagem (USP) e Revista Latino-Americana de Enfermagem. Para o levantamento dos artigos foram utilizadas as seguintes palavras-chave: Autoimagem, Mastectomia e Mulher. Os artigos foram pesquisados em português e inglês. Para os critérios de inclusão foram utilizados artigos publicados em português e inglês e todos os artigos disponíveis na íntegra relacionados ao objeto desse estudo. Devido à escassez de artigos relacionado à Autoimagem da Cliente Oncológica Mastectomizada, não foi utilizado nenhum critério de exclusão, por isso foi absorvido todos os artigos encontrados e relacionados ao tema.

O período dado entre as coletas de dados foi entre os meses de janeiro e junho de 2015, considerando os artigos que foram publicados a partir de 1993. Ao concluir essa etapa foi realizado um apanhado de informações específicas relacionada ao que esta sendo publicado referente à autoimagem da cliente mastectomizada.

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

3.1 CARACTERIZAÇÃO DAS PUBLICAÇÕES

As referências analisadas correspondem a 4 periódicos diferentes, totalizando 13 artigos científicos , tais como da Acta Paulista de Enfermagem (UNIFESP) (n= 3); da Revista Brasileira de Enfermagem (n= 5); da Revista da Escola de Enfermagem USP (n= 2); da revista Latino Americana de Enfermagem (n= 2).

As publicações foram encontradas no período de 2004 a 2014, sendo 01 artigo do ano de 1993, 02 artigos publicado no ano de 2003, 01 artigo publicado no ano de 2004, 01 artigo publicado em 2007, 01 artigo publicado em 2008, 04 artigo publicado em 2010, 02 artigo publicado em 2011, 01 artigo em publicado em 2012. Como segue a tabela abaixo:

Quadro 1 - Caracterização das Publicações

N° Título Periódico Ano

1 Mastectomia e suas repercussões. Acta

Paulista de Enfermagem UNIFESP

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2 Representação do corpo na relação consigo mesmo após mastectomia. Revista Latino-Americana de Enfermagem 2003

3 Atenção a mulher mastectomizada:discutindo os aspectos ônticos e a dimensão ontológica da atuação da enfermeira no Hospital do Câncer III.

Revista Latino-Americana de Enfermagem 2003

4 Suporte social na reabilitação da mulher mastectomizada:o papel do parceiro sexual.

Revista da Escola de Enfermagem USP

2004

5 Adesão de mulheres mastectomizadas ao início precoce de um programa de reabilitação. Acta Paulista de Enfermagem UNIFESP 2007

6 Cuidando da paciente com câncer de mama e osteonecrose mandibular induzida por bisfostonato: relato de experiência. Acta Paulista de Enfermagem UNIFESP 2008

7 Representações sociais de mulheres mastectomizadas e suas implicações para o auto cuidado.

Revista Brasileira de Enfermagem REBEn

2010

8 Uso da classificação internacional para as práticas de enfermagem na assistência a mulher mastectomizada.

Acta

Paulista de Enfermagem UNIFESP

2010

9 Concepção do corpo em Merleau-Ponty e mulheres mastectomizadas. Revista Brasileira de Enfermagem REBEn 2010

10 Cuidado de enfermagem no pré-operatório e reabilitação de mastectomia: revisão narrativa da literatura.

Revista Brasileira de Enfermagem REBEn

2010

11 Desconforto físico decorrente do tratamento do câncer de mama influenciam a sexualidade da mulher mastectomizada? Revista da Escola de Enfermagem USP 2011

12 Nossa vida após o câncer de mama: percepções e repercussões sob o olhar do casal.

Revista Brasileira de Enfermagem REBEn

2011

13 A mulher mastectomizada e os efeitos psicossociais Revista Brasileira de Enfermagem REBEn

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3.2 MASTECTOMIA: UM DESAFIO

Existem vários tipos de mastectomia: Mastectomia radical que consiste na retirada da glândula mamária, associada à retirada dos músculos peitorais e à linfadenectomia axilar completa; Mastectomia radical modificada que é a retirada da glândula mamária e na linfadenectomia axilar, com preservação de um ou de ambos os músculos peitorais; Mastectomia total simples que consiste na retirada da glândula mamaria, incluindo o complexo areolar e aponeurose do músculo peitoral, preservando os linfonodos axilares; Mastectomia subcutânea que define a retirada da glândula mamária, conservando os músculos peitorais e suas aponeuroses, pele e complexo aréolo-papilar (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE 2012).

Mastectomia define-se à cirurgia de remoção completa da mama e consiste um dos tratamentos cirúrgicos para o câncer de mama, sendo que existem vários tipos de mastectomia como: Mastectomia radical que consiste na retirada da glândula mamária, associada à retirada dos músculos peitorais e à linfadenectomia axilar completa; Mastectomia radical modificada que é a retirada da glândula mamária e na linfadenectomia axilar, com preservação de um ou de ambos os músculos peitorais; Mastectomia total simples que consiste na retirada da glândula mamaria, incluindo o complexo areolar e aponeurose do músculo peitoral, preservando os linfonodos axilares; Mastectomia subcutânea que define a retirada da glândula mamária, conservando os músculos peitorais e suas aponeuroses, pele e complexo aréolo-papilar (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE 2012). A mutilação decorrente favorece o surgimento de muitas questões na vida das mulheres, especialmente aquelas relacionadas à imagem corporal e diante da confirmação do diagnóstico, a mulher possivelmente passa a ter dois tipos de problemas: o medo do câncer propriamente dito, e da mutilação de um órgão que representa a maternidade, a estética e a sexualidade feminina.

De acordo com Borges e Souza (2005) apesar de haver várias formas de tratamento, além da mastectomia, a maioria das mulheres com câncer de mama é submetida a este tratamento cirúrgico, sendo que os seus resultados, na maioria dos casos, compromete a cliente não somente fisicamente, mas também emocional e socialmente. A mastectomia pode significar uma ameaça de perda para a mulher, de toda a sua capacidade feminina de amar e ser amada, de sua sensualidade podendo afetar todas as suas respostas biológicas, físicas,

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afetivas. Passando muitas vezes a conviver com um "eterno" sentimento de desarmonia de seus próprios sentimentos, devido também a mobilidade do membro afetado está diminuída o que implica em um desajuste psicológico, a mulher mastectomizada tem uma ressocialização prejudicada, acarretando em um isolamento social pela própria paciente

Tendo em vista que a mulher mastectomizada passa por um processo de doença por um tempo muito longo, o qual ocasiona alterações em várias de suas necessidades humanas básicas, é preciso que haja uma assistência de enfermagem efetiva de forma a auxilia-la a passar por esse processo com menor número de danos, após a retirada (PRIMO et al., 2010). O processo de doença, retirada e cura reflete diretamente em todo contexto físico, emocional.

A transformação causada por esta doença é dolorosa, pois, o câncer corrói o tecido, corrompe valores e consome vagorosamente a vitalidade, carregando consigo preconceito, discriminação e solidão, sentimento de incompletude e incapacidade algum tipo de rejeição mediante a ausência do membro (FIALHO;SILVA,1993). Reações e mudanças decorridas da retirada na paciente é impactante, pois há uma nova imagem a ser refeita e aceitada.

Vivenciar uma mastectomia constituiu-se numa experiência marcante, sendo complexa, e que se estende ao longo do tempo, conduzindo as mulheres à mudança nos atos, modos e estilos de vida, ou seja, a familia passa consequentemente a aderir os mesmos hábitos adotados pela cliente (AZEVEDO; LOPES, 2010). Para que haja uma evolução no processo de cura, indicando a existência de um movimento intrafamiliar, modificando comportamentos e atitudes, proporcionando bem estar e tranquilidade para a paciente.

Já Almeida (2005), relata também que tais cirurgias, em especial a mastectomia, ocasionam transformações dolorosas na vida das mulheres, como alterações da autoimagem, da autoestima e comprometimento da sexualidade, visto que a mama é um órgão repleto de simbolismo para a feminilidade, sexualidade e maternidade. Mas também relata que a família, por sua vez, também é suscetível à mudança em sua imagem, aos menos nos primeiros tempos decorridos após a cirurgia. A forma como a família reage à situação do câncer de mama e mastectomia vai depender de como essa família é estruturada, qual o nível de comprometimento e interação entre os componentes, dar um subsidio de enfrentamento da situação, direciona a cliente a não internalizar a retirada, fortalecendo os laços familiares e promovendo mudanças.

Algumas pacientes sentem que passaram a ser um carga a mais para suas famílias pois, quando começam o tratamento há uma dependência muito grande do outro, há uma impotência, devido ao processo de reabilitação, principalmente a física. Em caso de doença como câncer de mama, e de ser submetida à cirurgia, além de não poder cuidar de suas

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famílias, passam a viver, de forma que outros ajudem a cuidar e isso faz com que sentimentos de impotência surjam em suas vidas (FERREIRA, MAMEDE 2001). A família deve ter um importante papel desenvolvendo estratégias de enfrentamentos, apoiando nesta fase tão delicada, promovendo a mudança de pensamentos negativos após a retirada.

A primeira grande dificuldade a ser enfrentada pelas mulheres, após a mastectomia, é sua própria aceitação, como de olhar-se no espelho e aceitar que seu corpo esta diferente, sem uma parte que culturalmente representa a sua feminilidade (ALVES, 2011).

Considerando que diante de uma doença como o câncer de mama mulher fica extremamente fragilizada, com o seu ego fragilizado, é nesse instante que a família assume seu papel de proteção e amparo, ajudando-a a superar os momentos em que ela se sente impotente, incapaz, triste, desanimada e conflitada. Devido à desfiguração do corpo, de forma imediata há um choque existente em relação a sua percepção física (FERREIRA et al.,2011).

Partindo do pressuposto de que câncer de mama é uma doença que tem caráter de risco para a vida da mulher, seja de forma psíquica ou física, vale salientar e ressaltar que a família também é diretamente afetada por esta enfermidade, pois, é ela que está em constante contato com a paciente, uma assistência prestada pelos conviventes deve ser capaz de ultrapassar a dimensão biológica, promover e estimular a paciente durante o tratamento (FERREIRA, 2011).

A mutilação decorrente favorece o surgimento de muitas questões na vida das mulheres, especialmente aquelas relacionadas à imagem corporal e diante da confirmação do diagnóstico. Muitas mulheres relatam falta de interesse sexual devido às complicações físicas, tais como fadiga geral e demora na cura da ferida operatória, o que gera uma insegurança, a mulher sente que não só a doença mais também a retirada da mama distanciam a mesma de seu parceiro a mulher possivelmente passa a ter dois tipos de problemas: o medo do câncer propriamente dito, e da mutilação de um órgão que representa a maternidade, a estética e a sexualidade feminina (CESNIK, SANTOS 2011).

A mulher, ao perder a mama, apresenta alterações do padrão de postura e percebe o comprometimento na beleza física, a tensão pode interferir de forma negativa ao lidar com a nova situação(SILVA et al., 2010).

O câncer e a mastectomia são experiências traumatizantes para a mulher, abalando não somente seu estado físico, mas também sua identidade, sexualidade e, consequentemente, a maneira como esta se posiciona no mundo e quanto consegue desfrutar sua vida, existe uma indiferença ao estado de tranquilidade que faz com que haja modificações psíquicas relevantes (CAGOL, 2012).

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As pessoas ligadas ou unidas por laços de afeto , consideração, confiança, entre outros, podem influenciar mudanças no comportamento e na percepção dos participantes, os quais poderão formar ou indicar a função da rede social e ajudar a paciente a ter uma percepção mais positiva em frente a remoção é diante a convivência direta(BIFFI; MAMED, 2004).

Para Alves (2011) neste momento, além da atuação profissional é fundamental para recuperação, destas mulheres o apoio recebido pela família e rede social, uma vez que as mudanças ocorridas após o tratamento da doença são significativas e transformadoras. Mais uma teoria que contribui favorecendo a importância de uma atenção maior para as mulheres mastectomizadas.

Apesar de ser considerada uma neoplasia com um prognostico relativamente bom, se diagnosticada e tratada oportunamente, as taxas de mortalidade continuam elevadas no Brasil, sendo assim é visível o estadiamento desse diagnóstico, há uma necessidade de promover uma estrutura completa para que este ocorra em tempo hábil (MOURA; FONSECA; GUTIÉRREZ, 2008).

4 CONCLUSÃO

Considerando o impacto e trauma que esta cirurgia carrega e pode trazer para realidade do indivíduo emocionalmente, fisicamente e biologicamente, pode-se inferir que é de suma importância dá maior atenção à autoimagem da mulher mastectomizada. A mudança radical na aparência, problemas ligados a mutilação, conflitos com essa transformação, devido a relação consigo mesma, visto que através do presente estudo foram observados alguns sentimentos, de tristeza, insegurança, incapacidade, limitação, dentre outros, após a cliente observar a sua nova imagem, fazendo com que transpareça para familiares tais emoções, afetando e abalando a ambos, podendo assim interferir também a vida conjugal.

Medidas devem ser adotadas, informações mais concisas pré e pós-operatória, já que a situação vivenciada não depende só da cliente, realizar uma reelaboração da autoestima o retorno para casa e convívio, o cotidiano, buscando relações, facilitando seu convívio com sociedade, promovendo uma adesão ao tratamento de modo que a mesma passe a ter uma visão menos dolorosa do ocorrido, de forma que minimizem todo esse sofrimento, já que a mulher precisa de um tempo para assimilar a sua nova imagem corporal.

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Este estudo teve seu objetivo alcançado mostrando assim como a cliente se vê frente a retirada da mama, também o papel da família na reconstrução desse processo avaliando como os impactos negativos continuam predominante mesmo com avanços científicos. Fica evidente a necessidade de estudos voltados à temática da autoimagem, com planejamentos e intervenções qualificadas que favoreçam o enfrentamento exitoso diante a mastectomia.

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SELFE IMAGE MASTECTOMIXED CUSTOMER

ABSTRACT

Mastectomy is defined by a surgery is indicated in cases of treatment of neoplasms. The objective is to describe how the customer sees front to the breast and identify what has been published scientifically on the self-image of oncologic client front to surgical removal, assess the impact patient family, having as hypothesis negative impacts. It is a study of integrative review, which aims to contribute to the knowledge of the self-image of the customer with mastectomies. The survey was carried out between the months of January to June 2015. The search was conducted through the use of journals. The research explored in qualitative methods on Literary Review which delimits in integrative analysis on the Self-image of oncologic customer with mastectomies, the period between data collections was between the months of January and June 2015, whereas the articles that were published from 1993. This study had its objective achieved showing as well as the customer sees front the withdrawal of breast, also the role of the family in the reconstruction of this process evaluating the negative impacts are still prevalent even with scientific advances. There is an evident need for studies focused on the theme of self-image, with planning and qualified interventions that promote the successful coping before the mastectomy.

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REFERÊNCIAS

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Referências

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