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Profa Ninoska Bojorge
Aula 16
Identificação de Processos
Departamento de Engenharia Química e de Petróleo – UFF
Segundo nível • Terceiro nível – Quarto nível • Terceiro nível – Quarto nível
Programação
2Clique para editar os estilos do texto mestre Segundo nível • Terceiro nível – Quarto nível Segundo nível • Terceiro nível – Quarto nível Introdução 3 Modelo do Processo ANÁLISE u ? ? Identificação u y Modelo do Processo Controle ? y
À determinação de dito modelo, a partir de ter algum conhecimento prévio sobre o processo e de experiências práticas, se lhe conhece como Identificação de Processos.
Segundo nível • Terceiro nível – Quarto nível • Terceiro nível – Quarto nível Introdução 4 A modelagem matemática é a área do conhecimento que estuda
maneiras de desenvolver e implementar modelos matemáticos de sistemas reais.
A identificação de sistemas é uma área do conhecimento que estuda técnicas alternativas da modelagem matemática.
Uma das características dessas técnicas é que pouco ou nenhum conhecimento prévio do sistema é necessário e, consequentemente, tais métodos são também referidos como modelagem ou identificação caixa preta ou modelagem empírica.
Em muitos casos é preferível usar técnicas de identificação para se obter modelos que descrevem o comportamento de um sistema. O que se pretende descrever com tais modelos são as relações de causa e efeito entre as variáveis de entrada e de saída. Nesse caso, o tipo de modelos, as técnicas usadas e os requisitos necessários são bastantes distintos dos correspondentes na modelagem pela natureza do
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Teoricamente, para chegar a obter um modelo poderiam
adoptar-se dois enfoques diferentes:
Método analítico (Fenomenológico)
: determinar as equações
e parâmetros que intervém a partir dos princípios da Física,
da Química, Biológicos , mediante eqs de balanços de
massa e energia.
Método empírico (via experimental)
: na qual se considera o
sistema como uma “caixa preta”, com determinadas
entradas e saídas.
Processo de identificação
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• Terceiro nível – Quarto nível
Método
empírico
(via experimental).
6
?
Identificação
u y
Nesta situação se realiza um conjunto de experimentos que
proporcionaram pares de medidas das entradas e saídas durante a evolução do sistema até o estado estacionário, a partir dos quais se trataria de determinar o modelo do sistema
.
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Processo de identificação
Segundo nível • Terceiro nível – Quarto nível • Terceiro nível – Quarto nível 8 TT TCV TC TC TT TCV Processo + + + Ti Fi To Tsp Perturbações O trabalho de determinar kp, τs e τ é chamado estimação de parâmetros. A existência de
ruído na prática, durante o processo de medição, faz que o trabalho se torne complexo.
Processo de identificação
GpGvGcGm
GpGvGc
s
Tsp
s
T
+
=
1
)
(
)
(
∴Clique para editar os estilos do texto mestre Segundo nível • Terceiro nível – Quarto nível Segundo nível • Terceiro nível – Quarto nível
Fonte de erro de medição
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• Terceiro nível – Quarto nível
Na prática se combinam ambos enfoques, atuando em duas
etapas:
Etapa de análises, na qual se tem em conta as leis físicas
e as condições particulares de trabalho para estabelecer
hipóteses sobre a estrutura e propriedades do modelo que
se pretende identificar.
Etapa experimental, na qual se adoptam as hipóteses
estabelecidas anteriormente e se tem em conta as
medições para determinar o modelo.
Problema da identificação
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Na análise há que ter em conta que embora o sistema seja
não lineal, pode ser conveniente adoptar um modelo lineal
com objeto de estudar seu comportamento sob variações
relativamente pequenas num ponto de operação.
Assim mesmo, podem usar-se hipótese simplificadoras
para descrever o comportamento do sistema mediante um
modelo de ordem reduzido, mais fácil de identificar e,
posteriormente, de utilizar.
11
Problema da identificação
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– Quarto nível
• Terceiro nível – Quarto nível
Por outra parte, em sistemas lineais com multiples
entradas, é possível aplicar o principio de superposição,
considerando cada saída como suma de saídas elementais
correspondentes a uma só entrada. A situação se ilustra na
figura:
12
Aplicação do principio de superposição
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Um fator a ter em conta na análise é a determinação do tempo das experiências, já que podem existir parâmetros que variem em função de perturbações lentas não medíveis, ou bem podem aparecer não linearidades que não estão presentes num transitório ao redor de um ponto de trabalho.
Outro aspecto importante, dentro do marco do controle dos processos industriais, é que não é o mesmo identificar um modelo de um sistema que trabalhará a malha aberta ou a malha fechada. Esta claro que no primeiro se requer maior precisão.
O modelo de um sistema, como representação de seus aspectos
fundamentais na forma mais conveniente para a finalidade a que está destinado, pode ficar expressado em forma de um conjunto de
equações, tabelas, gráficos ou incluso de regras que descrevem sua operação.
Fatores a considerar
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• Terceiro nível – Quarto nível
Dependendo da comunidade científica que utilize a técnica,
se fala de “parameter estimation”, “time series analysis” ou
“Process identification”.
Identificação de Processo é um termo usado pela
comuni-dade de controle, o qual é mais amplo e inclui a estrutura do
modelo e os parâmetros correspondentes a esse modelo.
Também inclui os métodos não-paramêtricos.
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1 . RECOLEÇÃO DE DADOS DE ENTRADA E SAIDA
O modelo será tão bom como a informação contida nos dados coletados. 2. SELEÇÃO DE UM MODELO APROPRIADO
a. Estruturas tipo caixa preta b. Modelamento físico
c. Modelamento semi-físico 3. CRITERIO DE AJUSTE
Ordem do sistema. A diferença entre a saída do processo e a saída do modelo deve ser mínima.
4. VALIDAÇÃO DO MODELO
Verificar se o modelo é bom para a aplicação que queremos fazer.
PROCEDIMENTOS PARA A IDENTIFICAÇÃO DE UM SISTEMA
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• Terceiro nível – Quarto nível
A identificação de processos pode ser dividida nas seguintes etapas:
a) Testes dinâmicos e coleta de dados:
Os arquivos de dados do processo têm o mesmo papel das equações constitutivas na modelagem teórica, pois fornecem as bases
específicas para o desenvolvimento de modelos para processos específicos.
Como o modelo obtido por identificação é totalmente baseado nos
dados experimentais, é importante ter em mente que a informação que não está contida nos dados não pode aparecer num passe de mágica no modelo, da mesma forma que não é razoável esperar que uma equação constitutiva não especificada contribua para a qualidade do modelo teórico final.
16
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A identificação de processos pode ser dividida nas seguintes etapas:
b) Escolha correta da estrutura dos modelos:
determinação dos termos que devem compor os modelos,
preferencialmente de forma automática, através do reconhecimento da importância destes diversos termos, utilizando os chamados
dados de identificação e evitando a sobreparametrização que ocorre quando são utilizados mais termos do que o necessário;
c) Estimação de parâmetros utilizando métodos numéricos
adequados;
d) Verificação da capacidade dos modelos em representar o
processo estudado.
17
PROCEDIMENTOS PARA A IDENTIFICAÇÃO DE UM SISTEMA
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Esses métodos se caracterizam por determinar os parâmetros do modelo de uma forma gráfica, e por muito tempo se utilizaram desta forma a pesar das imprecisões implícitas neles.
No obstante, com a ajuda da computador, muitos métodos gráficos se têm programado mediante algoritmos analíticos.
Métodos gráficos
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Identificação
Para identificação das características essenciais de um processo sob avaliação é possível utilizar uma entrada (ou perturbação) degrau.
O chaveamento abrupto através de um acréscimo ou decréscimo na magnitude do degrau pode ser estabelecido pela variação da tensão (ou
corrente) ou pela abertura ou fechamento de uma válvula.
ordem usando uma entrada degrau
1)
Ajustar o regulador para o modo manual.
2)
Modificar a magnitude da variável de controle
(acréscimo ou decréscimo).
3)
Registrar (plotar) a variável de saída do
processo. O gráfico da resposta de saída do
processo para uma variação na entrada é muitas
vezes referido como curva reação do processo.
21
• Se o processo de interesse pode ser aproximado a um
modelo linear de primeira ou de segunda ordem, os
parâmetros do modelo podem ser obtidos por inspecção
do curva reação do processo.
• A resposta de um modelo de primeira ordem,
Y
(s)/U(s)=K/(τs+1), para uma variação degrau de
magnitude M é:
( )
/(1
t)
(5-18)
y t
=
KM
−
e
− τIdentificação de sistemas de primeira e de segunda
ordem usando uma entrada degrau
Segundo nível • Terceiro nível – Quarto nível • Terceiro nível – Quarto nível 22
• A tangente inicial esta dada por:
• O ganho pode ser calculado a partir das
mudanças no estado de equilíbrio em u e y:
onde ∆y é a variação no estado de equilíbrio de y
0
1
(7-15)
τ
td
y
dt KM
=
=
M
y
u
y
K
=
∆
∆
∆
=
Clique para editar os estilos do texto mestre Segundo nível • Terceiro nível – Quarto nível Segundo nível • Terceiro nível – Quarto nível 23
Figure 7.3 - Resposta de um sistema de primeira ordem para uma pertubação degrau e construções gráfica utilizada para estimar a constante de tempo, τ.
u
y
K
∆
∆
=
24 2. A linha traçada tangente à resposta (t = θ) na máxima tangente
(intersecta a y/KM=1 na linha (t = τ + θ ).
3. A resposta degrau é essencialmente completa em t=5τ. Noutra palavra, o tempo de equilibrio é ts=5τ.
1. A resposta atinge 63,2% da sua última resposta no tempo, t = τ+θ.
-θ
( )
τ
1
Ke s
G s
s
=
+
Para este modelo POTM, observa-se as seguintes características de sua resposta a uma perturbação degrau são:
Clique para editar os estilos do texto mestre Segundo nível • Terceiro nível – Quarto nível Segundo nível • Terceiro nível – Quarto nível 25
Figure 7.5 - Análise gráfica da curva de reação do processo para obter os parâmetros do modelo de primeira ordem mais tempo morto.
Segundo nível • Terceiro nível – Quarto nível • Terceiro nível – Quarto nível
Métodos de Identificação
26Na literatura de
controle de processos existe uma variedade
de métodos baseado na resposta
do processo ao degrau para
identificação de K,
τ
e θ.
Ilustram-se os seguintes métodos:
Ziegler/Nichols_1942.
Hägglund_1991.
Smith_1985.
Sundaresan_1977.
Nishikawa_1984.
Clique para editar os estilos do texto mestre Segundo nível • Terceiro nível – Quarto nível Segundo nível • Terceiro nível – Quarto nível
Método de Ziegler-Nichols e Hägglund
27
u
y
K
∆
∆
=
Segundo nível • Terceiro nível – Quarto nível • Terceiro nível – Quarto nível
Método de Smith
2829 parâmetros do modelo τ, θ, e K.
Método 1: Método do intercepto da pendente.
Primeiro, uma tangente é tracejada no ponto de inflexão da curva de reação do processo na Fig. 7,5. Então τ e θ são determinados pela inspeção.
Alternativamente, t pode ser encontrados a partir do momento em que a resposta é normalizada 63,2% completo ou da determinação do tempo de equilibrio, ts. Em seguida, defina τ =ts/5.
Método 2. Método de Sundaresan e Krishnaswamy
Este método evita a utilização do ponto de inflexão para estimar o tempo de e atraso de transporte θ.
30 • Eles propuseram que dois tempos, t1 e t2, sejam estimados a
partir da curva de resposta a um passo, correspondente à 35,3% e 85,3% resposta vezes, respectivamente.
• O tempo de morto e a constante de tempo, então, são estimados a partir das seguintes equações:
• Estes valores de q e t aproximadamente minimizam a diferença entre a resposta medida e do modelo, com base numa correlação do conjunto de dados.
(
)
1 2 2 1θ
1.3
0.29
(7-19)
τ
0.67
t
t
t
t
=
−
=
−
Clique para editar os estilos do texto mestre Segundo nível • Terceiro nível – Quarto nível Segundo nível • Terceiro nível – Quarto nível Método de Sundaresan e Krishnaswamy 31
Segundo nível • Terceiro nível – Quarto nível • Terceiro nível – Quarto nível
Método de Nishikawa
32Clique para editar os estilos do texto mestre Segundo nível • Terceiro nível – Quarto nível Segundo nível • Terceiro nível – Quarto nível Time (sec.) A m pl itu de Step Response 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 From: U(1) T o: Y (1 ) 1 s 52 . 0 e 57 . 1 52 . 0 05 . 0 57 . 0 05 . 0 d 57 . 1 1 57 . 1 K s 05 . 0 + = − = τ = = = − Para os dados experimentais nesta figura. Qual o modelo aproximado que pode obter-se?
0.57
0.05 Exemplo
Segundo nível • Terceiro nível – Quarto nível • Terceiro nível – Quarto nível na vazão de refluxo R 0 10 20 30 40 50 60 128 130 132 134 136 response of XB due to R 10 15 20 25 30 35 40 0.02 0.04 0.06 0.08 0.1 0.12 response of XB due to R
0 10 20 30 40 50 60 128 130 132 134 136 response of XB due to R 10 15 20 25 30 35 40 0.02 0.04 0.06 0.08 0.1 0.12 response of XB due to R 0 10 20 30 40 50 60 128 130 132 134 136 response of XB due to R 10 15 20 25 30 35 40 0.02 0.04 0.06 0.08 0.1 0.12 response of XB due to R Linha através do ponto máximo inclinação S=∆/τ
1
s
e
K
)
s
(
G
s
d
t
p
+
+
+
+
ττττ
⋅⋅⋅⋅
≈
≈
≈
≈
−
−
−
−
Aproximação de G(s) usando Método I:
∆=.098 Mudança na saída δ=6.2 Mudança na entrada Kp=∆/δ =.098/6.2 =0.016
θ=td=12-10=2 seg após o degrau τ=23-12
0 10 20 30 40 50 60 128 130 132 134 136 response of XB due to R 10 15 20 25 30 35 40 0.02 0.04 0.06 0.08 0.1 0.12 response of XB due to R t63%, tempo p/ 63% de ∆ t28%, tempo p/ 28% de ∆ t =1.5*(t63%- t28%)=1.5*(19-16)=4.5 q= td= t63%- t= (19-10) -4.5 = 4.5 s
(certifique-se de subtrair a vez do degrau)
∆=.098
Clique para editar os estilos do texto mestre Segundo nível • Terceiro nível – Quarto nível Segundo nível • Terceiro nível – Quarto nível 10 15 20 25 30 35 40 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1 0.11 0.12 Comparação do Método I e II Método II Método I
38
ordem usando análise gráfico
• Em geral, uma melhor aproximação à resposta de um degrau
experimental pode ser obtido pelo ajuste os dados a um modelo de segunda ordem.
Figure 7.6 Step response for several overdamped second-order systems.
( )
(
τ
11 τ
)(
21
)
(5-39)
K
G s
s
s
=
+
+
2 1 τ / τ = 0 criticamente amortecida 2 1 τ / τ =1 Sistema 1ª ordem39
Estimacão de Parâmetros de Modelos de Segunda
ordem usando análise gráfico
• A Figura 7,6 (Seborg) mostra a faixa das formas que pode ocorrer na resposta degrau do modelo,
• A Figura 7,6 inclui dois casos: onde o sistema se torna de primeira ordem, e, caso o criticamente amortecida.
• O maior dos duas constantes de tempos, , é a chamada constante tempo dominante. 2 1 τ / τ = 0 2 1 τ / τ =1 1 τ
( )
(
τ
11 τ
)(
21
)
(5-39)
K
G s
s
s
=
+
+
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