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O ACOMPANHAMENTO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO PELA A EMPRESA MUNICIPAL DE SANEAMENTO

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Academic year: 2021

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XIX Exposição de Experiências Municipais em Saneamento De 24 a 29 de maio de 2015 – Poços de Caldas - MG

Gustavo Arthur Mechlin Prado(1)

Engenheiro Civil formado pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), ingressou como engenheiro de planejamento e projetos na SANASA em 1.998, onde atualmente exerce o cargo de Coordenador de Relações Técnica, junto a Gerência de Gestão da Qualidade e Relações Técnicas. Fez parte do Grupo de Trabalho de Elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico – PMSB no Município de Campinas e faz parte do Grupo de Acompanhamento, representando a SANASA.

Endereço(1): Av. da Saudade, 500 – Ponte Preta – Campinas – SP - CEP: 13041-903 - Brasil - Tel: +55 (19) 3735-5295 - e-mail: gestao.estrategica@sanasa.com.br

RESUMO

O artigo faz uma abordagem a importância da participação ativa do empresa municipal prestadora dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário no acompanhamento do Plano Municipal de Saneamento Básico, , exigido pela Lei nº. 11.445/2007, e que deverá ser minucioso, através da avaliação periódica de todos os processos que envolvem todas as atividades programadas para serem atendidas no PMSB no período em análise, verificando os impactos que eventuais atrasos trarão a progressão dos indicadores, e também considerando esforços concentrados em ações com maior impacto, de forma a atingir a universalização dos serviços de saneamento básico com sustentabilidade.

Palavras-chave: abastecimento, esgotamento sanitário, acompanhamento, plano municipal de saneamento básico, PMSB, prestadores de serviços, empresa municipal de saneamento, , exigido pela Lei nº. 11.445/2007, acompanhamento, Planejamento, Política Federal de Saneamento Básico, Programas, Ações, Indicadores, metas, plano plurianual, universalização, SANASA, Campinas.

O ACOMPANHAMENTO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO

BÁSICO PELA A EMPRESA MUNICIPAL DE SANEAMENTO

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XIX Exposição de Experiências Municipais em Saneamento De 24 a 29 de maio de 2015 – Poços de Caldas - MG

INTRODUÇÃO/OBJETIVOS

A Lei nº. 11.445, de 5 de janeiro de 2007, que estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico e para a Política Federal de Saneamento Básico, define que o planejamento para a prestação desses serviços será realizado por meio da elaboração de um Plano Municipal de Saneamento Básico – PMSB de competência do titular do serviço. O PMSB é uma estratégia de resposta a curto, médio e longo prazo, aos anseios da população referentes às áreas de abastecimento de água, esgotamento sanitário, resíduos sólidos e drenagem e manejo urbano de águas pluviais.

Não obstante os esforços para a elaboração dos planos realizados pelos governos federal e estaduais, além dos próprios municípios, há urgente necessidade de que os PMSB se tornem mecanismos efetivos para a promoção da universalização dos serviços.

Assim, foi previsto um Programa de Gestão do PMSB, visando a implantação de algumas ações não estruturais para melhorar a gestão dos serviços e estruturas de saneamento no Município, sendo a principal ação desse programa a formação de um grupo de trabalho permanente, responsável pelo levantamento, compilação e formatação dos dados e informações referentes ao relatório anual de ações e à revisão do Plano Municipal de Saneamento Básico, enfim, acompanhando a implementação das ações, para atingir os objetivos e metas estabelecidos, além de atuar nas futuras revisões e atualizações do referido plano. Esse grupo também é responsável pela avaliação dos relatórios anuais e pela elaboração do Projeto de Lei que instituirá a Política Municipal de Saneamento Básico.

O grupo é composto por representantes de diversas secretarias municipais: de Chefia de Gabinete do Prefeito, do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, de Planejamento e Desenvolvimento Urbano, de Serviços Públicos, de Trabalho e Renda, além da empresa municipal de informática responsável pelos serviços nas áreas de Tecnologia da Informação e Comunicação.

A empresa municipal de saneamento, responsável pelo abastecimento de água e esgotamento sanitário, também será representada nesse grupo, sendo a principal agente de atualização do andamento das ações estabelecidas no PMSB, dos indicadores referentes ao abastecimento de água e esgotamento sanitário, e também, com grande atuação nas revisões do plano.

É muito importante que o Grupo de Acompanhamento do PMSB tenha possibilidade de obter as informações a respeito do andamento de todas as ações estabelecidas, sejam elas estruturantes ou estruturais, permitindo um melhor feedback para que o PMSB possa ser acompanhado e revisto de maneira contundente.

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XIX Exposição de Experiências Municipais em Saneamento De 24 a 29 de maio de 2015 – Poços de Caldas - MG

METODOLOGIA

Uma das formas mais eficientes e eficazes de acompanhamento do PMSB é a verificação direta do andamento dos programas, projetos e ações previstos, que o compõe, inclusive comparando a progressão anual dos mesmos com o cronograma de implantação e investimentos, e também da captação de recursos financeiros para atividades previstas.

Se é imprescindível que os indicadores previstos no PMSB sejam atualizados e sejam eficazes na avaliação da implantação, mais importante ainda é saber quais são os programas que estão sendo cumpridos, quais estão em fase de implantação com atrasos, e, principalmente, quais tiveram a sua execução afetada por algum contratempo, que coloca em risco a sua realização. Também devem ser acompanhados os Planos Plurianuais, de modo que estejam plenamente compatibilizados com o PMSB.

Essas avaliações são necessárias para conhecimento do comprometimento de aplicação do PMSB e necessidade de sua revisão quanto às ações e cronograma de implantação. Logicamente, toda reprogramação ou substituição de ação feita deverá ser plenamente justificada, dando assim maior transparência a sistemática de acompanhamento do plano.

Também é fundamental que na revisão do PMSB, ações anteriormente previstas com um delineamento geral possam ser mais detalhadas, afim de que possam ficar ainda mais próximos da realidade quanto a prazos e custos.

A sistemática adotada para acompanhamento das ações foi a planilhização de todas as ações, divididas em etapas, com prazos, responsáveis e valores previstos, conforme a necessidade: licitação de projeto, elaboração de projeto, licenciamento ambiental, desapropriação de área, instituição de faixa de servidão, licitação da obra e, por fim, execução da obra. Esse cronograma foi inserido em um sistema informatizado via web de Indicadores de Metas do Governo (IMG), desenvolvido pela empresa municipal de informática e atualizado mensalmente pela empresa de saneamento, quanto ao cumprimento e andamento das ações e quanto a justificativas em caso de atrasos.

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XIX Exposição de Experiências Municipais em Saneamento De 24 a 29 de maio de 2015 – Poços de Caldas - MG

Figura 1 – Planilha com Cronograma Fisíco-Financeiro das obras programadas pelo PMSB, com prazos, responsáveis e valores previstos.

Figura 2 – Site com ações e indicadores do Programa de Metas do Governo, no qual foram inseridas as ações do PMSB para acompanhamento.

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XIX Exposição de Experiências Municipais em Saneamento De 24 a 29 de maio de 2015 – Poços de Caldas - MG

RESULTADOS

Como a conclusão da elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico ocorreu em Dezembro de 2013, a ano de 2014 foi o primeiro ano de execução das ações, sendo que poucas ações tinham previsão de conclusão para esse ano e que os indicadores já com valores de 2013. Assim, o Grupo de Acompanhamento formado decidiu que a empresa municipal de saneamento e as secretarias responsáveis por cada programa, projeto ou ação deveriam fazer, em 2014, o acompanhamento individual dessas, para no inicio de 2015 fechar o primeiro balanço de dados, e daí por diante trimestral ou semestralmente repassar informações ao Grupo.

Cabe a empresa municipal de saneamento o acompanhamento minucioso de todos os processos que envolvem todas as atividades programadas para serem atendidas no PMSB no período em análise, verificando os impactos que eventuais atrasos trarão a progressão dos indicadores, e também considerando esforços concentrados em ações com maior impacto.

Assim, se determinado programa ou ação sofrer atrasos por determinado motivo, seja ele, falta de recursos, dificuldades na obtenção de licenciamento, na desapropriação de áreas, na instituição de faixas de servidão ou ainda nos processos licitatórios, ou qualquer outro entrave ao andamento dos processos, deverá ser justificado e, sobretudo, feito um esforço extraordinário para que cessem os problemas.

Para isso, a empresa municipal organizou um grupo técnico de trabalho de acompanhamento do seu Programa de Metas, com técnicos das mais diversas áreas da empresa, que se reúne semanalmente, para discutir as diversas frentes de trabalho, a fim de solucionar problemas que surgem no decorrer dos trabalhos para atender as metas em questão, que nada mais são os objetivos estabelecidos para atender ao PMSB, com a universalização dos serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário e tratamento de esgoto.

Assim, tal grupo é responsável por elaborar relatórios para deixar a diretoria da empresa a par de todas as ações tomadas e suas consequências no que envolve essas metas, tomando decisões importantes a respeito de dessas ações, bem como tendo autorização para propor a contratação de consultorias e outras modalidades de providências para desempenho de suas atividades com o objetivo de cumprimento do projeto de universalização.

É esse grupo, portanto, responsável por atualizar todas as informações que são repassadas ao Grupo de Acompanhamento do PMSB, quanto aos objetivos e metas da empresa municipal de saneamento. Tudo isso possibilita um conjunto de informações completo, que resulta em um seguimento praticamente em tempo real de toda a atuação da empresa de saneamento para alcançar os fins do PMSB.

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XIX Exposição de Experiências Municipais em Saneamento De 24 a 29 de maio de 2015 – Poços de Caldas - MG

DISCUSSÃO

Apesar de se tratar de uma ferramenta recentemente criada, sabe-se que em alguns municípios, cuja elaboração do PMSB não foi realizada com a devida participação das empresas prestadoras dos serviços, foram traçadas metas inantingiveis e definidos indicadores que podem não avaliar necessariamente a implementação do plano.

Faz-se necessário, então, nesses casos, uma acompanhamento ainda mais próximo a realidade, pelas empresas prestadoras, de modo a avaliar todas as atividades programadas pelo Plano, sua real viabilidade quanto a execução de acordo com cronograma proposto, de modo a propor eventuais revisões no plano e também incorporar à estratégia da empresa as metas do PMSB. Não obstante, nos municípios onde houve participação ativa das empresas de saneamento na elaboração do PMSB, com programas, ações e metas atingíveis, também há necessidade de um acompanhamento de tal modo que sejam avaliadas as novas situações de captação de recursos, que normalmente se alteram de acordo com os momentos econômicos e politicos do munícipio, estado e país.

De toda forma, o PMSB configura-se de grande utilidade para a gestão dos serviços públicos de saneamento básico e como norteador das ações a serem implementadas, monitorizadas e avaliadas, tanto pelo município como pelo prestador de serviços. Assim, a participação ativa da empresa prestadora do abastecimento e esgotamento no acompanhamento das metas do PMSB aproxima esta ferramenta da realidade executável e, ao mesmo tempo, objetiva atingir todos os anseios da população, esses traduzidos a partir da efetiva participação popular durante o processo de elaboração do plano.

CONCLUSÃO

Os PMSB são instrumentos de planejamento para atingir a universalização dos serviços de saneamento básico com sustentabilidade. Porém, mais importante que possuir um plano para atingir esse objetivo, é a implantação desse com um acompanhamento bastante rigoroso e criterioso, de forma que essa torne-se realmente uma ferramenta de gestão, qe que isso seja uma meta tanto da empresa municipal de saneamento, como da administração municipal.

E é determinante que se dê também a devida importância ao controle social durante o acompanhamento do PMSB, para que a população possa acompanhar a realização das ações, mas também todas as dificuldades que venham a surgir para a viabilização dessas, dando um viés de transparência na implantação do PMSB.

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XIX Exposição de Experiências Municipais em Saneamento De 24 a 29 de maio de 2015 – Poços de Caldas - MG

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Convênio FUNASA / Assemae (2012). Apostila Política e Plano Municipal de Saneamento Básico. 1. ed. Brasília, DF: Assemae.

BRASIL. Lei nº. 11.445 de 5 de janeiro de 2007. Estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico e para a política federal de saneamento básico. Brasília (DF): Diário Oficial União, 2007b.

BRASIL. Ministério das Cidades (2008). Elaboração de Plano de Saneamento Básico: pressupostos, princípios, aspectos metodológicos e legais. Parte II – documento conceitual. Brasília, DF: Ministério das Cidades.

MORAES, L.R. dos S. Política e plano municipal de saneamento básico: aportes conceituais e metodológicos. In: Ministério das Cidades (2009). Livro 1 – Instrumentos das políticas e da gestão dos serviços públicos de Saneamento Básico. Capítulo 1, p. 31-53. DF: Ministério das Cidades.

AMARAL, Edair do. Compatibilização entre Planos de Saneamento básico e os orçamentos municipais (2013). Trabalho de Conclusão de Curso de Especialização Lato Sensu em Controle Externo nas Concessões de Serviços Públicos. Orientador: Alceu de Castro Galvão Junior - Fundação Escola de Governo – ENABRASIL Florianópolis, SC, 2013, 7p.

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