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Estrategias de controle corretivo em situações de infactibilidade da operação de sistemas eletricos de potencia

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(1)

Faculdade de Engenharia Eletrica e de Computac~ao

Departamento de Sistemas de Energia Eletrica

Estrat 

egias de Controle Corretivo em Situac ~

oes de

Infactibilidade da Operac ~ ao de Sistemas El  etricos de Pot ^ encia Por

Andre Gustavo Campos da Conceic~ao

Dissertac~ao apresentadaa Faculdadede Engenharia Eletrica da UNICAMPcomoparte dosrequisitos

exigidosparaa obtenc~ao do ttulode Mestre emEngenhariaEletrica.

Banca Examinadora:

Prof. Dr. CarlosAlberto de Castro Jr. (Orientador) - FEEC/UNICAMP

Prof. Dr. RobertoSalgado - UFSC

Prof. Dr. Ariovaldo V.Garcia - FEEC/UNICAMP

(2)



a minha amada Karla Regina,

(3)
(4)



Aspessoasquecontriburamdiretaouindiretamenteparaarealizac~aodesta dissertac~aode Mestrado.

Esperocarregar comigo parasempre o respeitode todos e quemsabe algumdia ser capazde retribuiro

apoiorecebido. Em especial, gostaria deagradecer:

{ ao professorCarlos Alberto de Castro Jr. n~ao apenaspelaexcelente orientac~ao, mas tambem pelo

seuirrestrito apoio, paci^encia e cordialidadenessesdois anos emeiode trabalho emconjunto;

{ aos companheirosdo DSEE com osquais compartilhei momentos saudaveis e, a Miriam,

adminis-tradora darede,pelapaci^encia e apoio;

{ aos colegas de trabalho da FIGENER S.A. Engenheiros Associados pela colaborac~ao e apoio nos

momentosqueprecisei mededicarexclusivamente apesquisa;

{ a minhaKarla,a companheirade todososmomentos, pelacon anca, lealdadee amor;

{ a Gilberto, meu pai heroi, que por um chamado de Deus n~ao p^ode estar presente nessa etapa

da minha vida, a Doraci, minha m~ae guerreira, e aos meus irm~aos, Rita e Ronald pelo apoio

incondicional;

{ aos meussogros, Carlose Dinalva,quesempre meapoiaramnos momentos difceis;

{ a CAPES(Coordenac~ao de Aperfeicoamento de Pessoal de NvelSuperior) pelosuporte nanceiro

(5)

Ummetodo quelida com situac~oes de operac~ao infactveis e proposto neste trabalho. Casoocorram

estassituac~oes, ac~oesde controleapropriadasdevemsere cientementeobtidas erapidamente

implemen-tadas. Parase conseguiristoe necessario (a) quanti car o grau de infactibilidade (GI) do sistema, e (b)

determinar uma estrategia de controle corretivo para colocar o sistema de volta a regi~ao de operac~ao

factvel. GIedeterminado atravesda menordist^ancia entreo ponto de operac~aoinfactvel(instavel)e a

fronteirade factibilidadeno espaco de par^ametros (de carga). Neste trabalho asestrategias de controle

podemserobtidaspordoismetodos,denominadosmetodo dasproporcionalidades(MP)emetodobaseado

emprogramac~aon~ao-linear(MPNL).Fontesdereativos(geralmentebancosdecapacitores),mudancaem

tapdetransformadoresecortedecargas~aooscontroles,emgeral,disponveis. Abuscadoscontrolesmais

apropriadose baseada na ideia da localizac~ao adaptativa. Foram realizadas simulac~oes parapequenos e

grandessistemas, sobconting^enciase situac~oesde cargapesada,coma nalidadede mostrara e ci^encia

do metodo proposto. Ele pode ser usado como uma ferramenta muito utilem estudos de planejamento

da operac~ao,particularmenteemanaliseda estabilidadede tens~ao.

Abstract

A method that deals with infeasible operating situations is proposed in this work. In case these

situations occur,appropriatecorrectiveactionsmustbe eÆcientlyobtainedandquicklyimplemented. In

order to accomplish this, it is necessary (a) to quantify the system's unsolvability degree (UD), and (b)

to determine a corrective controlstrategy to pullthe system back to the feasibleoperation region. UD

is determined through the smallest distance between the infeasible (unstable) operating point and the

feasibility boundary in parameter (load) space. In this work the control strategies can be obtained by

two methods, namely the proportionality method (PM) and the non linear programming based method

(NLPM). Reactive fonts(usually capacitor banks), tapchangingtransformers andload sheddingarethe

usualcontrols available. Thesearchforthemostappropriatecontrols isbasedon theideaoflocalization.

Simulationshavebeencarriedout,forsmalltolargesystems,undercontingencyandheavyloadsituations,

in order to show the eÆciency of the proposed method. It can be used as very useful tool inoperation

(6)

1 Introduc~ao 1

2 Soluc~ao do Fluxo de Carga Utilizando Multiplicador 

Otimo 8

2.1 Descric~ao do Metodo de Newton com Otimizac~ao de Passo . . . 10

2.2 Considerac~oes sobre o Metodo Apresentado . . . 12

3 Determinac~ao do Grau de Infactibilidade daOperac~ao de Redes Eletricas 14 3.1 Fluxo de Carga com Ponto de Operac~ao Infactvel . . . 15

3.2 Calculo da Melhor Soluc~ao para o Fluxo de Carga Infactvel . . . 20

4 Determinac~ao das Ac~oes de Controle Corretivo paraRetornar a Factibilidade 28 4.1 Analise da Sensibilidade do GI em relac~ao as variaveis de controle . . . 28

4.1.1 Determinac~ao dos elementos do vetor [f(x m ) S] u . . . 29

4.1.2 Calculo dos componentes do vetor D u . . . 33

4.2 De nic~ao das Estrategias de Controle Corretivo . . . 36

4.2.1 Metodo das Proporcionalidades (MP) . . . 39

4.2.2 Metodo baseado em Programac~ao N~ao-Linear (MPNL) . . . 39

4.2.3 Caso Exemplo . . . 40

5 Testes e Resultados 43 5.1 Rede exemplo de 3 barras . . . 43

5.2 IEEE 14 barras. . . 46

5.2.1 Veri cac~ao da precis~ao dos controles . . . 46

5.2.2 Veri cac~ao da situac~ao (7.a) { jEC T jD . . . 47 5.2.3 Veri cac~ao da situac~ao (7.b) { DjEC T j<D . . . 48 5.2.4 Veri cac~ao da situac~ao (7.c) { jEC T j< D . . . 49

5.2.5 Comparac~ao entre as vers~oes A e B do programa . . . 49

5.3 IEEE 118 barras . . . 50

5.4 Rede de 904 barras . . . 51

6 Conclus~oes 53

(7)
(8)

1.1 Espaco multidimensionalde par^ametros. . . 4

1.2 Func~oes desupervis~ao econtrole derede. . . 5

2.1 Evoluc~ao doprocesso iterativoparaum casosem soluc~ao. . . 12

3.1 Ilustrac~aode uma situac~aode infactibilidade. . . 14

3.2 Efeito das ac~oesde controle. . . 15

3.3 Sistema exemplodeduas barras. . . 16

3.4 Regi~oesfactvel einfactvelno espacode par^ametros. . . 17

3.5 Melhorsoluc~ao possvelpara P 2 = 400 MW,Q 2 = 200 MVAr. . . 19

4.1 Fluxos depot^encia referentes a barrak. . . 31

4.2 Estado nal darede utilizandoMP.. . . 41

4.3 Estado nal darede utilizandoMPNL. . . 42

4.4 Efeito das ac~oesde controle narede de 2barras. . . 42

5.1 Sistema exemplodetr^esbarras. . . 44

(9)

1.1 Estados de operac~ao da rede. . . 3

3.1 Converg^encia do uxode carga paraP 2 =400 MW, Q 2 =200 MVAr. . . 22

5.1 Rede de3 barras: dadosde ramos. . . 43

5.2 Soluc~aodo caso basepara arede detr^es barras.. . . 44

5.3 Estado nal darede aposa realizac~aodos controles{ Metodo MP. . . 45

5.4 Estado nal darede aposa realizac~aodos controles{ Metodo MPNL. . . 46

5.5 Precis~aodos controles. . . 47

5.6 Capacitor shunt como umcontrole. . . 47

5.7 Situac~ao (7.a). . . 48

5.8 Primeira iterac~ao,D=0; 25. . . 48

5.9 Comparac~ao de MPe MPNL. . . 49

5.10 Valores relevantes utilizadospelometodo proposto. . . 50

5.11 Ajustes obtidoscom avers~ao A do programa. . . 50

5.12 Ajustes obtidoscom avers~ao B do programa. . . 50

5.13 Simulac~aopara arede de118 barras, situac~ao (7.a). . . 51

5.14 Simulac~aopara arede de118 barras, situac~ao (7.b). . . 51

5.15 Simulac~aopara arede de904 barras. . . 52

5.16 Simulac~aopara arede de904 barras {fator de seguranca de 10%. . . 52

(10)

Introduc~ao

O conceitode operac~ao de redeseletricas tem evoludo ao longo dotempo. A ideia basica, e queera

praticada pelascompanhiasconcessionariasde energia, e deque aoperac~ao deveria cumprirosseguintes

objetivos[1 ]:

 garantir ofornecimento deenergia ascargas;

 garantir odespacho econ^omicoda gerac~ao de energia;

 garantirumareservagirante(spinningreserve)paracobrirpossveisaumentosdecargan~aoprevistos

e perdasde unidadesgeradoras;

 veri car osefeitos potenciais daretiradade equipamentosde operac~ao para manutenc~ao.

Alguns fatores, no entanto, levaram a mudancas nessa ideia. Principalmente a partir dos anos 60,

notou-se que:

 a demanda de energia sempre crescia, a despeito das variac~oes econ^omicas e desenvolvimentos

polticos;

 a manutenc~ao deum sistemaeletrico robustoquepudesseatenderacarga crescentee aindaoperar

normalmente sobconting^encias tornou-se economicamenteinviavel;

 amassivainterligac~aodesistemas,queporumladovinhaaaumentaracapacidadede despacho de

gerac~ao, tambem contribuia para um aumento dos nveis de inseguranca da rede em situac~oes de

conting^encias;

(11)

Umfatomarcantenaareadaoperac~aoderedeseletricasfoioblackoutdaregi~aoNordestedosEstados

Unidos da America em Novembro de 1965. Em uma regi~ao densamente povoada e com alto ndice de

industrializac~ao,osefeitosdo blackoutforam signi cativos. Este evento foio maioremareaatingida,em

numerode pessoasatingidas,sendoque algumasareas caramdesenergizadasporate 24 horas. Apartir

da, tomou forca o conceito de controle de seguranca, que ja vinha sendo discutido ha algum tempo na



epoca. Aampliac~aodoconceitodaoperac~aoderedesincluindoaanalisedesegurancafoiinevitavel[2,3].

A ideiada operac~ao automatizadade redesem temporeal tambemganhou forca,principalmentedevido

a:

 o aumento dacomplexidade daoperac~ao dasredes, limitandoa ac~ao e cientedos operadores;

 ofatodequeainclus~aodocontroledeseguranca aumentavamuitoovolumedeanalises(ecalculos)

a seremexecutados;

 o rapido desenvolvimento da tecnologia de computac~ao digitale a queda acelerada dos precos dos

equipamentos, passando a permitir sua utilizac~ao na realizac~ao das tarefas exigidas na operac~ao

segurade redes.

De fato, a instalac~ao de Centros da Operac~ao do Sistema (COS) e uma tend^encia mundial. Como

exemplosdeCOSnoBrasil,pode-secitarosdaCompanhiaPaulistadeForcaeLuz(CPFL)edasCentrais

Eletricasde MinasGerais(CEMIG).Deseja-sequeosCOStenhamacapacidadedemonitorar,analisare

realizar controle supervisoriosobre a redeem temporeal. Istoe conseguido atraves da execuc~ao deuma

seriede ac~oes de controle. Como parteda incorporac~ao do controlede segurancana operac~ao emtempo

real de sistemas eletricos, foi introduzida a de nic~ao dos chamados estados de operac~ao da rede. Esses

estados de operac~ao s~ao apresentados natabela 1.1da forma como s~ao descritosem [4 ].

Naturalmente, deseja-seoperararedesemprenonvelseguro. No entanto,hojeemdiaissoe

pratica-menteimpossvel,devidoaosaltosndicesdecarregamento dosequipamentosdarede. 

E comument~ao a

operac~ao nosnveiscorretivamente seguroe alerta,este ultimo ocorrendoemhorariosdepico de

deman-da (carga pesada). Nota-sena tabela1.1 que ha situac~oesem que a redeopera comviolac~oes de alguns

limites de operac~ao, como porexemplo sobrecargas em linhas de transmiss~ao e transformadores e sobre

ou subtens~oes em barramentos. Tais violac~oes podem ocorrer tanto em condic~oes normais de operac~ao

quanto emsituac~oes deconting^encias e horarios depico de demanda.

Ocasionalmente,a situac~ao pode setornarainda mais crtica, como sistema deixando de apresentar

um ponto de operac~ao factvel. Isto ocorre pois, atualmente, com o alto nvel de carregamento dos

sistemas eletricos, tende a aumentar o numero de situac~oes onde as equac~oes do uxo de carga n~ao

possuemsoluc~aoreal,particularmenteemanalisedeconting^enciaseaplicac~oesdeplanejamento. Apartir

do momento em que essas situac~oes comecem a ameacar a operac~ao do sistema e importante que uma

tecnicacomputacionale ciente sejadesenvolvida paraquanti caro grau de infactibilidade erecomendar

estrategiasde ac~oesde controlecorretivode forma a trazero sistemade volta a operac~ao factvel.

(12)

N 

IVEL ESTADO DEOPERAC ~

AO DESCRIC ~

AO

1 Seguro A cargaeatendida. N~aohaviolac~oesde limites de

operac~ao. Possveis conting^encias n~ao causam

vio-lac~oes.

2 Corretivamenteseguro A carga e atendida. N~ao ha violac~oes de limites

de operac~ao. Violac~oes causadasporpossveis

con-ting^encias podem ser eliminadas por ac~oes de

con-trolesemperdadecarga.

3 Alerta A cargaeatendida. N~aohaviolac~oesde limites de

operac~ao. Algumasviolac~oescausadasporpossveis

conting^enciasn~aopodemsereliminadassemque

ha-ja perdadecarga.

4 Emerg^encia corrigvel A cargaeatendida. Haviolac~oesdelimites de

ope-rac~aoquepodemsereliminadasporac~oesdecontrole

semperdadecarga.

5 Emerg^encia n~ao corrigvel A cargaeatendida. Haviolac~oesdelimites de

ope-rac~ao que n~ao podem ser eliminadas sem que haja

perdadecarga.

6 Restaurativo N~ao ha violac~oes de limites de operac~ao. Ocorreu

perdadecarga.

Tabela1.1: Estadosde operac~ao darede.

de nidospara diferentesnveisde carregamento da rede. Paracadanvelde carregamento, deve-se obter

oestado deoperac~aocorrespondenteemtermosdastens~oesnasbarrasdarede. Istoeconseguidoatraves

do calculo de uxo de carga. O espaco de par^ametrose divididoem duasregi~oesbasicas: regi~ao factvel

e regi~ao infactvel. Aprimeira abrange pontosem que aoperac~ao da rede e possvel e o calculode uxo

de cargaexecutado aqui,deveapresentarsoluc~ao. Asegunda abrange pontosemque aoperac~ao darede

n~aoe possvele o calculo de uxo de carga n~ao tem soluc~ao. Essasregi~oes s~ao separadas pela fronteira

. Aregi~aofactvele subdivididaemduasoutrasregi~oes,de nidasem termosdo estado deoperac~ao da

rede. Esta pode operar na regi~ao segura (S), no caso em que a carga e atendida e todos osseus limites

operacionaiss~aorespeitados(nveis1,2e 3da tabela1.1),ouna regi~ao deemerg^encia(E), casoemque

a carga e atendida mas algunslimitesoperacionais s~ao violados (nveis 4 e 5 da tabela1.1, por exemplo

havendosobreousubtens~oes,sobrecargasemlinhasdetransmiss~ao,etc.). Naturalmente,deseja-seoperar

a rede naregi~aofactvelseguratodo o tempo.

Em muitos casos, e possvel que a rede opere na regi~ao factvel de emerg^encia por um certo tempo

ate que medidas corretivas sejam tomadas para leva-la de volta a regi~ao segura. A regi~ao infactvel se

caracteriza pelaimpossibilidadede atendimento a demandade carga especi cada. Em termos de pontos

de operac~aoda rede,pode-sedizerqueseo nveldecarregamento determinar umponto dentrodaregi~ao

(13)

espaco depar^ametros cujoestado de operac~ao resulteem umdeterminantenuloparaa matrizJacobiana

do sistema de equac~oes de uxo de carga. Estes pontos s~ao em geralassociados a pontos de bifurcac~ao

do tipono-sela(saddle-node) es~ao tambemassociadosapontosapartirdosquaisocorre instabilidadede

tens~aoe consequente colapsode tens~ao.



Regi~aoFactvel

Regi~ao Infactvel

S E

Figura1.1: Espaco multidimensionalde par^ametros.

Casona rede sejam detectadas situac~oes (conting^encias, aumento da demanda) tais que a rede

pos-sa ser levada a regi~ao infactvel, deve-se tomar provid^encias adequadas para que, apesar dessa situac~ao

indesejavel, a maxima qualidade de fornecimento seja mantida. Essas provid^encias consistem no

desen-volvimento de estrategias de ac~oesde controle. Essasac~oes de controlepodemserde dois tipos:

 controle corretivo: apos detectada uma violac~ao, tanto em condic~oes normais de operac~ao como

sobconting^encias, ac~oesde controles~ao executadasparaelimina-la;

 controle preventivo: ac~oes de controle s~ao executadas de forma a mudar o ponto de operac~ao

corrente da rede e evitaro surgimento de violac~oes casoconting^encias venham aocorrer.

Asac~oesdecontrolecorretivase/oupreventivast^emseulugarentreumaseriedefunc~oesdesupervis~ao

econtrolederedeques~aoexecutadasnosCOS.Atend^encia mundialequetaisfunc~oessejamexecutadas

em tempo real. A gura 1.2 mostra uma vis~ao geral das func~oes de supervis~ao e controle existentes em

umCOS [1 ].

Osblocossombreados na gura 1.2correspondemasac~oes de controlecorretivase preventivas

discu-tidasanteriormente. Aexecuc~aodasfunc~oesdesupervis~aoecontrolenaoperac~aoderedesemtemporeal

estasujeitaaumarestric~aoseveradetempo,ouseja,asfunc~oesdevemserexecutadasomaisrapidamente

possvel. Por exemplo, a analise de seguranca (area limitada pelo ret^angulo com linha tracejada) deve

ser executada ciclicamente a intervalos de 15 a 30 minutos. Ja o monitoramento do estado de operac~ao

da rede (con gurador, estimador de estado)e executado a cada15 segundos em media. Assim, torna-se

(14)

Medidas Filtragem Analisede Observabilidade Erros Grosseiros Estimador deEstado Con gurador Veri cac~ao deViolac~oes Selec~aode Conting^encias Conting^encias Avaliac~aode emerg^encia normal restaurativo inseguro seguro Controle Controle Preventivo/Corretivo Preventivo/Corretivo Previs~ao deCarga Equivalente Externo Fluxode CargaOn-line

(15)

duas delasem particular constituem desa osque requerem novasmetodologias para suas utilizac~oesem

tempo real:

 avaliac~ao de seguranca din^amicaderedes(associada a estabilidadetransitoria);

 obtenc~ao de estrategiasde controlecorretivo/preventivo.

A di culdade basica reside na complexidade dos modelos e metodos de soluc~ao disponveis, que os

tornam incompatveis com as severas restric~oes de tempo da operac~ao em tempo real. Por exemplo, a

obtenc~ao de estrategias de controle corretivo/preventivo em geral se baseia na resoluc~ao de problemas

de otimizac~ao, ou seja, de ne-se um objetivo a ser alcancadoe busca-se a melhor soluc~ao sujeita a uma

serie de restric~oes, que s~ao relacionadas com as caractersticas da rede, as limitac~oes dos equipamentos

de controle,etc. Problemasdeotimizac~aoenvolvemmodelosdealta complexidade,associadosa metodos

de soluc~ao que demandam umesforco computacionalmuito grande [1, 4 ]. Assim, tem-se di culdades de

implementac~ao de func~oes envolvendo otimizac~ao emtempo real. Alguns trabalhospodem ser

encontra-dos na literatura que procuram evitar a metodologia complexa de otimizac~ao. Em [6 , 7] metodologias

heursticas s~ao obtidas para eliminac~ao de violac~oes. Embora o desempenho delas seja muito bom em

termos de adequac~aoas restric~oes detempo,as ac~oesde controledeterminadas visamt~ao somenteobter

algum ponto de operac~ao tal que as violac~oes sejam eliminadas, sem dar prioridade a alguns aspectos

tambem importantes e abrindo m~ao de qualquer requisito de otimalidade de operac~ao. Por exemplo,

as ac~oes de controle podem resultar em pontos de operac~ao afastados do despacho otimo previamente

determinado,oupodemexigirumnumeroaltode ajustesdasvariaveisde controle,etc. Deve-se ressaltar

queosmetodosdesenvolvidosem[6 ,7]visamclassi carconting^enciascomocorrigveisoun~aocorrigveis,

no sentido da possibilidadede seeliminaroun~ao violac~oesdecorrentes de conting^encias.

Neste trabalhobusca-se obter metodologias a sereminseridas no conjunto defunc~oesde controleque

busquem dar um tratamento adequado a situac~oes em que a operac~ao da rede n~ao seja possvel. S~ao

encontradosna literaturaalgunstrabalhosque tratamdeste tema. Em[8 ] ummetodo foipropostopara

providenciaralternativasdecontrolequeatenueminfactibilidades. Basicamente,estetratamentopodeser

de nidocomoaobtenc~aodograudeinfactibilidadedaredeeposteriorde nic~aodeestrategiasdecontrole

corretivo para retornar a regi~ao factvel (baseando-se nas sensibilidades do grau de infactibilidade em

relac~aoaoscontroles disponveis). Em[9 ]ummetodo e propostoparaencontrar ocorte decarga mnimo

pararestaurar afactibilidade. Ummetodo de otimizac~ao depontosinteriorese utilizadoparaminimizar

o corte de carga enquanto permite que outros controles atuem (tais como taps de transformadores e

nveis de tens~ao nos terminaisdos geradores). Em [10 ] um metodo e proposto para restaurar a soluc~ao

das equac~oes do uxo de carga na forma polar, utilizando-se dos componentes do autovetor a esquerda

que se relacionam apenas aos desbalancos de pot^encia. Este tratamento possibilita a identi cac~ao dos

mismatches com maiorin u^encia na restaurac~ao da factibilidade.

Este trabalho se baseia na refer^encia [8 ]. Como contribuic~oes espec cas procurou-se: (a) de nir

e analisar metodologias espec cas de utilizac~ao dos controles; e (b) acrescentar a ideia de localizac~ao

(16)

 no captulo2 sera apresentadauma abordagempara aresoluc~ao do uxode carga pelometodo de

Newton utilizando-seda otimizac~ao de passo, jaque este sera umaferramenta fundamental parao

desenvolvimento detoda a estrategia proposta;

 a situac~ao naqualo uxode carga n~ao temsoluc~aoe examinadaemdetalhes no captulo3;

 no captulo4 umalgoritmo e apresentadopara quanti caro grau de infactibilidade da rede e

pro-videnciar oretorno aregi~ao factvelde acordo com criteriosprede nidos;

(17)

Soluc~ao do Fluxo de Carga Utilizando

Multiplicador 

Otimo

O calculo de uxo de carga e uma ferramenta basica na analise de sistemas de pot^encia, tanto no

planejamento como na operac~ao de sistemas eletricos. Foram observadas di culdades na utilizac~ao dos

metodos tradicionais de resoluc~ao do problema de uxo de carga para: (a) redes mal-condicionadas {

possuemumpontodeoperac~aofactvelmasosmetodosexistentesn~aoconseguemobt^e-lo,ouoobtemcom

di culdadesnumericas;(b)redesque,devidoaoseucrescentecarregamento,tornam-semal-condicionadas;

(c)redesquen~aopossuemdefatoumpontodeoperac~aofactvel;(d)redesqueadmitemmultiplassoluc~oes.

S~aonecessariasferramentas que:

 melhoremascaractersticasdeconverg^enciadaredecasoelasejamal-condicionadaehajaumponto

de operac~ao factvel;

 obtenham umestado darede mesmoque n~aohajaumponto deoperac~ao factvel e quanti quema

dist^anciadoestado obtidoafronteira,identi candoo grau deinfactibilidadeeospar^ametrosque

otimizema volta dosistema paraa regi~ao factvel.

Desdeadecadapassadaestudosv^emsendofeitosvisandoquanti caradist^anciadopontodeoperac~ao

da rede ao colapso de tens~ao (fronteira ). Ha basicamente dois metodos propostos na literatura que

procuramresolver asequac~oes do uxode carga para ostiposde redes citados anteriormente { onde os

metodosclassicosde uxodecargan~aoconvergemoumesmodivergem,n~aofornecendoinformac~oesuteis

ao usuario. Uma alternativae o metodo da continuac~ao [11 , 12], emque resolve-se as equac~oes de uxo

de carga parametrizadas. Uma segunda alternativa foi originalmente proposta em [13 , 14 , 15 ], onde o

calculode uma soluc~ao para as equac~oes de uxo de carga pode ser considerado como umproblema de

programac~ao n~ao-linear. S~ao determinadas a direc~ao e a magnitude da correc~ao do estado da rede em

(18)

Captulo2. Soluc~ao do Fluxode CargaUtilizando MultiplicadorOtimo 9

Modi cando o caminho de converg^encia e/ou o passo de cada iterac~ao, pode-se conseguir uma melhor

caracterstica de converg^encia para oproblemade uxode carga.

Seguindo a ideia de se considerar o uxo de carga como um problema de programac~ao n~ao-linear,

foi proposto em [16 , 17 ] a introduc~ao de um fator multiplicador escalar otimo que otimize cada passo

de iterac~ao do uxo de carga. Esse fator ()e calculado de forma a minimizar uma func~ao quadratica

baseada nos mismatches de pot^encia e e multiplicado pelo vetor de correc~ao de estado para melhorar

o caminho de converg^encia do uxo de carga. Nesta formulac~ao as tens~oes aparecem em coordenadas

retangulares. Em[18 ,19 ]foipropostaumaadaptac~ao deste metodopara aformulac~ao do uxode carga

emqueastens~oesaparecememcoordenadaspolares,queeocasomaiscomumencontradonapratica. Tal

metodo utilizatransformac~oesde coordenadas polar-retangulare vice-versa duranteo processo iterativo,

alemde envolver algumasaproximac~oesemrelac~aoao metodooriginal. Em[20 ] foipropostoummetodo

originalmente desenvolvido para o caso em que as tens~oes s~ao dadas em coordenadas polares. A ideia

basicado metodo e similar ao metodo proposto em [17], onde e obtidoum fator de amortecimento ()

que e multiplicado pelo vetor de correc~ao de estado. A func~ao a ser minimizada no entanto e diferente

da utilizada em [17 ]. Este metodo apresenta algumas di culdades basicas com relac~ao ao calculo de :

(a) a func~ao a serminimizada assume queda quadratica da norma do vetor de mismatches de pot^encia,

o que pode n~ao ser verdadeiro e resultar em valores de n~ao utilizaveis, especialmentepara redes bem

condicionadas;(b)eledependedeumfatorde ajustequee obtidoempiricamente;(c)estefatorde ajuste

funciona bem para casos em que n~ao ha soluc~ao das equac~oes de uxo de carga, mas pode resultar

em desempenhofraco para redesbem condicionadas; e (d) seu calculo apresenta problemas na primeira

iterac~ao, sendoeventualmente necessario mudar oponto de operac~ao inicialparavalores n~ao usuais.

Aformulac~aopropostaem[21 ,22 ,23 ],equeserautilizadanestetrabalho,baseia-senaobtenc~aodeum

fatordeotimizac~aodepassosimilaraopropostoem[17 ],masoriginalmenteaplicadoao uxodecargacom

as tens~oes em coordenadas polares, n~ao exigindotransformac~oes trigonometricas ou de nic~ao de fatores

empricos. Autilizac~ao do metodo propostogarante aobtenc~ao da soluc~ao otima 1

,mesmopara oscasos

do uxodecargasemsoluc~aooucomsoluc~oesmultiplas. Outrasvantagensdessemetodos~aoumpequeno

esforcocomputacionalepoucamemoriadearmazenamentoadicionais,podendoserfacilmenteincorporado

a um programa de uxode carga (emcoordenadas polares) compoucas e simples modi cac~oes, ques~ao

apenas acrescentadas ao programa para o calculo de , sem alterar o algoritmo originalde resoluc~ao do

uxodecarga. Estaformulac~aoserautilizadaparaaobtenc~ao dasoluc~aootimaparaasequac~oesdo uxo

decarga. Partindodeumpontonointeriordaregi~aofactvel,ocaminhopercorridoporum uxodecarga

convencionalseriatotalmenteimprevisvel(pararedesmal-condicionadase/ouquen~aopossuemumponto

de operac~ao factvel),chegandoa resultados inuteisemtermos de analise. Ja utilizandoa otimizac~ao de

passo, sabe-se que, seo problema n~ao tiver soluc~ao, pode-se chegar a algum ponto na fronteira . Em

func~aodosresultadosobtidos (emespecialdosmismatches depot^encia)pode-seavaliaradist^anciaentre

um ponto qualquer da fronteira e S (demanda de pot^encia da rede emcerta situac~ao e que de neum

ponto naregi~ao infactvel),permitindoent~ao a desejada quanti cac~ao do grau de infactibilidade.

(19)

Captulo2. Soluc~ao do Fluxode CargaUtilizando MultiplicadorOtimo 10

2.1 Descric~ao do Metodo de Newton com Otimizac~ao de Passo

Asinjec~oes nodaislquidasde pot^encia ativa e reativa comastens~oesemcoordenadas polares s~ao:

P k =V k n X m=1 V m (G km cos km +B km sen km ) (2.1) Q k =V k n X m=1 V m (G km sen km B km cos km )

ondeneonumerodebarrasdarede,(V

k 6  k )eatens~aodabarrak, km = k  m e(G km +jB km )=Y km 

e umelemento da matriz admit^ancia nodal. As equac~oes basicas do uxo de carga para uma rede de n

barraspodemser colocadas na forma matricial:

s(x) = s esp s(x) (2.2) = " P(x) Q(x) # = " P esp P(x) Q esp Q(x) # =0

onde s tem dimens~ao (2n 1) e representa o vetor dos mismatches de pot^encia, constitudo pelas

partes ativa P (n1) e reativa Q(n1). Osmismatches s~aodados peladiferenca entre asinjec~oes

especi cadas para as barras e as injec~oes calculadas atraves das equac~oes (2.1). O vetor de estado x

(2n1)edadopor: x= h  1  2 :::  n V 1 V 2 ::: V n i T (2.3)

Considera-se o vetor x como tendo dimens~ao (2n1) para tornar mais simples a apresentac~ao dos

aspectosgeraisdo metodo. Evidentemente,algunselementosdex n~ao s~aoincognitase constituemdados

iniciaisdo problema. Porexemplo, a barra de refer^encia (tipo slack) tem V

k e 

k

previamentede nidos.

Para barrasde gerac~ao (tipo PV) V

k

tambem e previamente de nido. Essas particularidades alterama

forma dasequac~oes de uxo de carga, porem n~ao s~ao relevantes para o entendimento do princpiogeral

do metodo descrito. As mesmas considerac~oes s~ao validas para os vetores das pot^encias. A expans~ao

em seriede Taylordas equac~oes do uxo de cargaem tornode um ponto de operac~aox considerando os

termos de ordemigualou inferiora2,resulta em:

s(x+x)=s(x) Jx+T(x)=0 (2.4)

ondeJ ea matrizJacobiana eovetor T(x)(2n1) correspondeaostermos desegunda ordem. Existem

duas entradasem T(x) para cadabarra do sistema; umacorrespondente ao mismatch de pot^encia ativa

e a outracorrespondenteao mismatch depot^encia reativa. Destaforma, tem-se:

h

P Q

i

(20)

Captulo2. Soluc~ao do Fluxode CargaUtilizando MultiplicadorOtimo 11

Os elementos parauma barrais~ao:

T P i = 1 2  2 4 X j2K i  j  @ @ j ! + X j2K i V j  @ @V j ! 3 5 2 P i (2.5) T Q i = 1 2  2 4 X j2Ki  j  @ @ j ! + X j2Ki V j  @ @V j ! 3 5 2 Q i ondeo conjunto K i 

e formadoportodasasbarrasqueest~ao conectadas aelainclusiveapropriabarra i.

No casoemqueabarraieumabarradegerac~ao (PV),T Q

i

=0. Casoelasejaslack(V),T P i =T Q i =0.

Em cada iterac~ao  o vetor de correc~ao de estado e multiplicado porum fator multiplicador escalar



otimo que otimizacada passo de iterac~ao. Esse fator () e calculado de forma a minimizar umafunc~ao

quadratica baseada nosmismatches depot^encia quee dadapor:

F(x  )= 1 2 [s(x  )] T [s(x  )] (2.6) ondex  =x  1 +x  1 . De(2.4) e (2.5): s(x+x) = s esp s(x) Jx+ 2 T(x) = a+b+ 2 c=0 (2.7)

Note quea = beo vetor de mismatches depot^encia do metodo convencional ec e dadopor:

c=T(x) (2.8)

Osvetoresaebs~aode nidosdamesmaformacomoem[17 ]. Substituindo(2.7)em(2.6)eaplicandoa

condic~aodeotimalidade(mnimolocal)@F/@=0,obtem-seovalorqueedadopelaseguinteequac~ao

cubicaem : g 0 +g 1 +g 2  2 +g 3  3 =0 (2.9) ondeoscoe cientes g i s~ao: g 0 = 2n X i=1 (a i b i ) g 1 = 2n X i=1 (b 2 i +2a i c i ) g 2 = 3 2n X i=1 (b i c i ) g 3 = 2 2n X i=1 (c 2 i )

No caso em que o sistema e bem-condicionado,  assume valores proximos de 1 (e a performance

do metodo aproxima-se do metodo convencional). Para sistemas sem um ponto de operac~ao factvel 

assume valores muito baixos (teoricamente  tende a zero), indicando que a soluc~ao atual n~ao pode ser

(21)

Captulo2. Soluc~ao do Fluxode CargaUtilizando MultiplicadorOtimo 12

(1) Inicializarcontador de iterac~oes = 0. Escolher estimativainicialde estado x 

;

(2) Calcular mismatches depot^encia s(x 

) e vetoresa e b;

(3) Calcular correc~ao no estado x  =(J  ) 1 s(x  ); (4) Calcular ovetor c;

(5) Calcular coe cientesda equac~ao cubica g

0 ,g 1 ,g 2 e g 3 ; (6) Calcular fator;

(7) Obter novo estado x +1 =x  +x  ;

(8) Incrementarcontador de iterac~oes = +1 e voltarao passo (2).

A inserc~ao dospassos (4), (5) e (6) e as modi cac~oes dos passos (2)e (7)representam um esforco

com-putacionaladicionalmuito pequenoao problema. Vale salientarque aintroduc~aodo fatorde otimizac~ao

de passo n~ao altera osprocedimentos convencionais de considerac~ao de controles e limitesno problema

de uxo de carga, taiscomo controle de tap de transformadores e limitesde gerac~ao de pot^encia reativa

em geradores.

2.2 Considerac~oes sobre o Metodo Apresentado

A gura2.1mostraaevoluc~aotpicanoespacodepar^ametros(carga)doprocessoiterativodecalculo

de uxo de carga para um caso sem soluc~ao. O ponto S, que representa basicamente a demanda de

pot^enciadarede,estaforadaregi~aodefactibilidade. Partindo-sedeumestado(tens~oes)inicialassociado

ao ponto S 0

, oprocesso de calculode uxo decarga evoluiate a fronteira, situac~ao emque setorna

iguala zero (ponto S 3 ). S 0 S 1 S 2 S 3 S 

(22)

Captulo2. Soluc~ao do Fluxode CargaUtilizando MultiplicadorOtimo 13

Pode-se concluirque a utilizac~ao de otimizac~ao de passo permite a obtenc~ao de soluc~oes para redes

mal-condicionadas,mesmoquandoometodoconvencionalfalha. Cason~aohajasoluc~aonaregi~aofactvel,

o metodo apresentado(e quesera adotado neste trabalho) fornece resultados importantes paraa analise

dasituac~ao darede,fornecendoumpontodeoperac~aoomaisproximopossveldaregi~aodefactibilidade.

Isso permitea de nic~ao de estrategias de retorno da rede a regi~ao de factibilidade atraves de analise de

sensibilidadee rejeic~ao de carga, porexemplo. Ocitado metodo mostrou-se preciso,robustoe n~aoexige

umesforcocomputacionaladicionalsigni cativocomparando-seao metodode Newtonconvencional. Ele

podeser utilizadocomo umaferramenta util de suporte aosestudosde instabilidadede tens~ao ecolapso

(23)

Determinac~ao do Grau de Infactibilidade

da Operac~ao de Redes Eletricas

Como foivisto nocaptulo2, ometodo de Newton comotimizac~ao de passo permiteobter asoluc~ao



otima para as equac~oes de uxo de carga para situac~oes em que o ponto de operac~ao pertence a regi~ao

infactvel. Apartirdosresultadosobtidos(principalmentedosmismatchesde pot^encianasoluc~aootima)

pode-sequanti carograudeinfactibilidade. Considerarqueascondic~oesdeoperac~aodeumaredeeletrica

s~ao representadas pelo ponto S no espaco de par^ametros, como mostra a gura 3.1. De acordo com a

gura os pontos S 0 , S 1 , S 2 e S 3

correspondem ao caminho iterativo do metodo de Newton otimizado,

sendo S 3

a melhorsoluc~ao possvel parao problema. A menordist^anciaentre o ponto S e a fronteira



e dadapeladist^ancia(S S m

).

.

.

.

.

. .

Regi~ao Factvel

Regi~aoInfactvel S 0 S 1 S 2 S 3 S m S  D

Figura3.1: Ilustrac~ao de umasituac~ao de infactibilidade.

(24)

de nirasac~oesdecontrolenecessariasparaquearedepercorraocaminhoS !S m

,quee ocaminhoque

intuitivamenterequerasac~oesdecontrolemaisbrandas. Nesteultimo caso,estrategiasdecontroledevem

serobtidascoma nalidadedecolocarosistemade voltaaumacondic~aodefactibilidade. Geralmenteos

controles disponveiss~ao fontesde reativos(em geral,bancos de capacitores),taps de transformadorese,

emsituac~oesdeemerg^encia,corte decarga. Basicamenteoscontrolesagemdeduasmaneiras: deslocando

opontoSnadirec~aodaregi~aofactvel{atravesdecortedecarga{ouaumentandoaregi~aodefactibilidade

{ atraves do chaveamento de bancos de capacitores ou por mudanca dos taps de transformadores. A

gura 3.2 mostra o efeito das ac~oes de controle geralmente utilizadas. O novo ponto de operac~ao S'

resulta do corte de carga e a nova fronteira ' resulta do chaveamento de bancos de capacitores ou

mudanca dos taps de transformadores. Obviamente, uma vez restaurada a factibilidade outras medidas

devem ser tomadas de modo a levar em conta os custos operacionais (como redespacho de gerac~ao) e

violac~oesde algunslimites(como ramossobrecarregados).

Neste captulo o item (a) sera abordado. Em [5 ] e proposto um metodo para a obtenc~ao de S m

que consiste em um processo iterativo baseado na analise do autovetor esquerdo da matriz Jacobiana.

Este metodo sera apresentadonestecaptulo. Conhecendo ovalorde S m

,pode-se determinara dist^ancia

(S S m

)e, ent~ao,o grau de infactibilidade (GIou D).

S

S'

 '

Figura 3.2: Efeito dasac~oesde controle.

3.1 Fluxo de Carga com Ponto de Operac~ao Infactvel

Atualmente, devido ao crescimento acentuado da demanda de energia eletrica, varios estudos v^em

focalizando o problemaem que as equac~oes do uxo de carga n~ao t^em soluc~ao real. Este problemasera

apresentado atraves de um exemplo simples de duas barras [5 ]. Considere um sistema com uma unica

linhade transmiss~aoconectando duasbarras, conformemostra a gura3.3.

A barra 1 e adotada como refer^encia e possui tens~ao constante de (1

6

0 Æ

)pu. A barra 2 e de carga

(25)

(1) (2) V 1 6  1 V 2 6  2 P 2 +jQ 2 P 1 +jQ 1 G

Figura 3.3: Sistemaexemplode duasbarras.

nem carregamento shunt, e possui reat^ancia iguala 0,1 pu (nabase de 100 MVA). Asequac~oes de uxo

de carga paraeste sistema, comastens~oesemcoordenadas polares,s~ao:

P 2 = V 2 V 1 (G 21 cos 21 +B 21 sen 21 )+V 2 2 G 22 (3.1) Q 2 = V 2 V 1 (G 21 sen 21 B 21 cos 21 ) V 2 2 B 22

Parao exemploemquest~ao temosque:

r 12 =0 ; V 1 =1;0pu ;  1 =0 Æ Logo, P 2 = V 2 B 21 sen 2 (3.2) Q 2 = V 2 B 21 cos 2 V 2 2 B 22 (3.3) onde(V 2 6  2

)eo fasor de tens~aona barra 2,P

2 +jQ

2

a demandana barrade carga eB

12

=10 = B

22

oselementosda matriz admit^ancia nodal. A matrizJacobiana de (3.2) e:

J = 2 4 @P2 @ 2 @P2 @V 2 @Q2 @2 @Q2 @V2 3 5 (3.4)

e seus elementos s~ao iguais a:

@P 2 @ 2 = V 2 B 21 cos 2 @P 2 @V 2 = B 21 sen 2 (3.5) @Q 2 @ 2 = V 2 B 21 sen 2 @Q 2 @V 2 = B 21 cos 2 2V 2 B 22

A gura3.4mostraasregi~oesnoespacodepar^ametrosdecargaparaosquais,dependendodosvalores

de P

2 e Q

2

,(3.2) pode tersoluc~aoou n~ao [24 ]. Ospontosa eb correspondema demandasparaasquais

(26)

mostrado na gura 1.1, estas duas regi~oes s~ao separadas pela fronteira , quee o lugar geometrico em

queasequac~oesdo uxodecargat^emumaunica soluc~ao. ParaoconjuntodepontossobreoJacobiano

de (3.2) e singular. Destemodo, o ponto acom uma demanda S

2

=(200+j100) MVA esta no interior

da regi~ao factvel;o ponto b comuma demandaS

2

=(300+j150)MVA esta proximo afronteiramas

aindae factvel; enquanto oponto c,com umademandaS

2 =(400+j200)MVA,e infactvel.

.

.

.

0

0.5

1

1.5

2

2.5

3

0

1

2

3

4

5

6



Regi~aoFactvel

Regi~ao Infactvel

P 2 (pu) Q 2 (pu) a b c

Figura 3.4: Regi~oesfactvel e infactvelno espaco depar^ametros.

Para este exemplo simples, e possvel obter analiticamente a equac~ao que de ne a fronteira  pois,

sabe-seque odeterminantede J,em ,ezero. Ent~ao, tem-se:

det(J) = [(V 2 B 21 cos 2 )( B 21 cos 2 2V 2 B 22 ) (B 21 sen 2 )(V 2 B 21 sen 2 )]=0 = V 2 B 2 21 cos 2  2 2V 2 2 B 22 B 21 cos 2 V 2 B 2 21 sen 2  2 =0 Como sen 2  2 + cos 2  2 =1,tem-se: det (J) = V 2 B 2 21 2V 2 2 B 22 B 21 cos 2 =0 2V 2 B 22 cos 2 = B 21 V 2 cos 2 = B 21 2B 22 =0; 5 (3.6)

Elevandoambososmembros ao quadrado,

V 2 2 cos 2  2 =V 2 2 V 2 2 sen 2  2 =0; 25 ! V 2 2 sen 2  2 =V 2 2 0; 25 (3.7)

Elevandoa equac~ao (3.2) ao quadradoe utilizando(3.7), tem-se:

P 2 =V 2 B 2 sen 2  2 =B 2 (V 2 0;25) (3.8)

(27)

Das equac~oes (3.2) e(3.5), tem-se: Q 2 = B 21 2 V 2 2 B 22 ! V 2 2 = B 21 2B 22 Q 2 B 22 (3.9)

Substituindo(3.9) em(3.8), chega-se a express~ao que de neafronteira:

P 2 2 = B 3 21 2B 22 B 2 21 B 22 Q 2 B 2 21 4 ! (3.10)

Comojafoimencionadoanteriormente,variosestudost^emsidopropostosparaidenti carumamedida

quequanti queadist^anciadeumasoluc~aodo uxodecarga(i.e.,umpontonaregi~aofactvel)afronteira

 [27 ]. Uma medida que sera particularmente util neste trabalho, para o desenvolvimento de medidas

similaresemcasosondeasequac~oesdo uxodecargan~aot^emsoluc~ao(i.e.,umpontonaregi~aoinfactvel),



e adist^ancia(norma Euclideana) entrealgumpontoinfactveleo ponto maisproximode de nidosno

espacodepar^ametros[25 ,26 ]. Em[27 ]ummetodoiterativoeusadoparacalcularopontomaisproximode

apartirdopontofactvel. Logo,adist^anciaentreelespodesercalculada eutilizadacomoumamedida

de segurancado sistema. Ometodo propostoneste trabalhoparaquanti carograu de infactibilidadede

umpontonaregi~aoinfactveldoespacodepar^ametros,tambemutiliza-sedadist^anciaentreumpontode

operac~aoinfactveleopontomaisproximodafronteira. Entretanto,oproblemaediferentedoprimeiro

quando existe soluc~ao para as equac~oes do uxo de carga. As diferencas aparecem primeiramente na

de nic~aode umafunc~ao quesebaseiana metadedoquadradodasequac~oesdosmismatches depot^encia:

F(x)= 1 2 [f(x) S] T [f(x) S] (3.11)

DestemodoF(x)emaiorouigualazeroparatodox,esomenteigualazeronasoluc~aodo uxodecarga.

Parao sistemade duasbarrasa equac~ao ca:

F(x)= 1 2 [(V 2 B 21 sen 2 P 2 ) 2 +( V 2 B 21 cos 2 V 2 2 B 22 Q 2 ) 2 ] (3.12)

Para os casos onde n~ao existe soluc~ao, de ne-se x m

como sendo o valor de x correspondente ao

mnimo da func~ao custo F(x). Desta maneira, x m

pode ser encarado como a melhor soluc~ao possvel

paraasequac~oesdo uxode carga. Oobjetivodoalgoritmoapresentadoneste captuloedeterminarx m . De ne-se S m =f(x m

) como sendo o ponto de operac~ao no espaco de par^ametros correspondentea x m . Conhecendo-se x m e S m

,pode-se de niruma medida que quanti que a infactibilidadeda soluc~ao. Esta

medida pode serdesenvolvida apartir dasseguintes observac~oes arespeito de x m

[8 ]:

1. O Jacobiano das equac~oes do uxo de carga em x m

, J(x m

), e singular. Isso pode ser veri cado

recorrendoascondic~oesnecessariasde Karush-Kuhn-Tuckerparax m

serumpontodemnimolocal

de (3.11): rF(x m )=[f(x m ) S] T J(x m )=0 (3.13) m m

(28)

2. O ponto mais proximo entre a fronteira (utilizandoumanorma Euclideana)e S e S m =f(x m ). OfatodequeS m 

e umelemento deprovemdaprimeiraobservac~ao. S m



eo ponto maisproximo

deS,segundoade nic~aodex m

comopontoqueminimiza(3.11),queequivaleaminimizaranorma

Euclideana.

3. A direc~ao\otima" paraomovimento no espaco depar^ametros pararetornar afactibilidadee dada

por[S S m

]. Nota-se,intuitivamente,quenopontox m

,[S S m

]equivaleaosmismatchesdepot^encia

ativaereativaparacadabarra. Pode-sepercebertambem,queparatrazerosistemadevoltaaregi~ao

factvelbasta mudarasinjec~oesdepot^encianasbarrase,emconsequ^enciadesseprocedimento,

faz-se com que os mismatches nas respectivas barras tornem-se iguais a zero. Observando a equac~ao

(3.13), nota-seque[S S m ]eo autovetor esquerdo,w m ,do autovalorzero deJ(x m ). Em[26 , 28 ]e mostrado quew m 

e paraleloao vetor normalaemS m

. Comoosentidodovetor normale deS m

para S, adirec~ao \otima"para retornara e dadapeladirec~aooposta anormal, quee [S S m

].

Adist^ancia entrea melhorsoluc~ao possvelparaas equac~oes do uxo decarga, S m ,eS,e dadapor: D= q [S m S] T [S m S] (3.14)

e pode ent~ao ser usada como uma medida do grau de infactibilidade de uma soluc~ao do uxo de carga,

sendo a direc~ao otima de retorno a factibilidade dada por [S S m

]. Para o exemplo da gura 3.3,

considerando que no ponto c a demanda de pot^encia e de 400+j200 MVA, a melhor soluc~ao possvel

para o estado nal da rede (de acordo com [5],pois neste trabalho x m

so sera determinadopormeio de

um algoritmo apresentado mais adiante) e x m = V 2 = (0; 6100 6 34;95 Æ

) pu. Com esse valor, pode-se

calcularanaliticamenteo valor de f(x m ). De (3.2) tem-se: P 2 = 0; 610010sen ( 34; 95 Æ )= 3; 495pu Q 2 = 0; 610010cos( 34; 95 Æ ) (0; 6100) 2 ( 10)= 1; 279pu Logo, f(x m ) = S m

= ( 3; 495 j1;279) pu. A gura 3.5 ilustra essa situac~ao, onde os mismatches de

pot^encia nabarra2s~aoP

2

=50; 5MWeQ

2

=72; 1MVAr. Ovalordadist^anciaempu(basede 100

(1) (2) (1; 0 6 0 Æ ) (0;610 6 34;95 Æ ) 400+j200MVA 349,5MW 127,9MVAr ! !

Figura3.5: Melhorsoluc~aopossvelparaP

2 =400 MW, Q 2 =200 MVAr. MVA)da equac~ao (3.14) e: D= v u u t h 0; 505 0; 721 i  " 0;505 # = p 0; 7749 ! D=0;8803

(29)

Destemodo, avariac~ao mnimade carga paraconseguirfactibilidadeseria diminuir ademandaativa

de 50;5 MWea demandareativa de 72; 1MVAr. Recorrendo asequac~oes (3.4) e(3.5), calcula-se ovalor

do Jacobiano nesseponto (carga de 349;5 MW,127;9MVAr):

J(x m )= " 5; 00000 5; 72861 3;49445 4;00347 #

O determinanteda matriz Jacobianateoricamenteserianulomas, coma precis~ao adotada,sera iguala:

det[J(x m

)]= 0;00099

OautovetoresquerdoassociadoaoautovalorzerodeJ(x m )ew m =[0; 572 0; 820],[5]. Notequew m J(x m ) = 0e quew m

e paraleloao vetor de mismatches.

Comparandoometodopropostonestetrabalhoparaquanti carainfactibilidadede umcasodo uxo

decargacomopiorcasodeaumentodecargade[27 ],quequanti caasegurancadeumcasofactvel,varias

semelhancase diferencaspodem serobservadas. Ambososmetodos seutilizamda normaEuclideanaou

dadist^ancianoespacodepar^ametrosentreademandaatualSeopontomaisproximodafronteiracomo

uma medidadamargem deseguranca dosistema. Em[27 ] essa medidapodeser usadaparaindicarqual

a dist^anciado sistemaaocolapsodetens~ao,oquesigni caumabifurcac~aodotipono-sela(saddle-node),

tipicamentecom umvalor grandeindicando umponto de operac~ao dosistema maisseguro. No entanto,

a grandezapropostaaquiindicaquanto ademandaatualesta longeda fronteiradefactibilidadecomum

valor grande indicando umasituac~ao mais severa. Destemodo, osdois metodos podem ser vistos como

complementares. Seademandadosistemaestadentrodaregi~ao factvel, ent~ao[27 ]poderiaserutilizado;

se um estudo de conting^encia ou planejamento resultar em um ponto fora da regi~ao factvel, ent~ao a

medida apresentada aquipoderiaser usada. A menor dist^ancia no espaco de par^ametros para retornar



a factibilidade e D. Geralmente o mais interessante e realizar esse retorno a regi~ao factvel, deixando

a margem de seguranca para segundo plano. A determinac~ao da melhor soluc~ao possvel para o caso

infactveldo uxode carga, x m

,n~aoe trivial. Porem, uma vez que x m

tenhasido determinado, oponto

mais proximo da fronteira e simplesmente S m

= f(x m

). Um algoritmo e ciente paraa determinac~ao

de x m

sera apresentadoa seguir.

3.2 Calculo da Melhor Soluc~ao para o Fluxo de Carga Infactvel

Oproblemade determinara melhorsoluc~aopossvelparaumcaso infactveldo uxode cargae

dife-rentedasoluc~aodeum uxodecargaconvencionalemvariosaspectos. Parao uxodecargaconvencional

ametaeobterumvetordetens~oesx talqueosbalancosdepot^enciaemtodasasbarrassejamsatisfeitos

(leidas correntesde Kirchho ):

f(x) S=0 (3.15)

(30)

proximadasuasoluc~ao. Porem,sabe-sequeoproblemadainfactibilidadedo uxodecargaocorrequando

(3.15) n~ao tem soluc~ao. Ent~ao, o problema pode ser reformulado como um problema de minimizac~ao

irrestrita dafunc~ao quadratica de nidaem(3.11):

minF(x)= 1 2 [f(x) S] T [f(x) S] (3.16)

Para esse problema de minimizac~ao existem numerosas tecnicas de soluc~ao taiscomo o metodo do

gra-dientede maior descida e o metodo dasdirec~oesconjugadas [35 ]. No entanto essesmetodos apresentam

converg^encia lentaparaafunc~aodoproblemado uxodecarga. Ummetodo iterativoserautilizadopara

resolver (3.15) baseado no algoritmo de uxo de carga N-R, com a tens~ao das barras em coordenadas

polares,e utilizando-sedo multiplicadorotimo descritoanteriormente.

O algoritmo de obtenc~ao da melhor soluc~ao para o uxo de carga infactvel pode ser desenvolvido

partindo-sedeobservac~oesrelativasaconverg^enciadometodoN-Rquandoomultiplicadorotimoeusado:

1. Se (3.15) n~ao tem soluc~ao real, ent~ao o uxo de carga converge em direc~ao a um ponto x 

onde

o Jacobiano de f(x 

) e singular. Isso pode ser visto, lembrando-se que no algoritmo do metodo

Newton-Raphson convencional o vetor de correc~ao de estado (x k

), em cadaiterac~ao, e dadopor

x k = J(x k ) 1 [f(x k

) S]; ent~ao, o multiplicador otimo e escolhido de modo a minimizar a

func~aocustona direc~ao x k

. Aunica maneira deafunc~aocuston~aopoderserminimizadaseriase

x k

apontasse no plano tangente de F(x) =constante ou,de maneira equivalente, seo gradiente

de F(x k ), rF(x k )=[f(x k ) S] T J(x k ) (3.17) fosseperpendicularax k

. Istososeriaverdadeiroseoprodutointernoentreelesfosseigualazero.

Porem, como J(x k ) n~aoe singular, rF(x k )x k kx k k = [f(x k ) S] T J(x k )J(x k ) 1 [f(x k ) S] kx k k (3.18) = [f(x k ) S] T [f(x k ) S] kx k k 6=0 pois,[f(x k

) S]6=0(queporde nic~aosoeverdadeironasoluc~aodo uxodecarga). QuandoJ(x k

)

aproxima-se da singularidade,pode-se veri car que (3.18) aproxima-se de zero e, como o ponto de

singularidadedo Jacobianoeaproximado,kx k

k tendea 1.

2. Da primeira observac~ao segue que f(x 

) esta sobre a fronteira  no espaco de par^ametros. Uma

vez que o mismatch do uxo de carga e [f(x) S], emx 

o valor de f(x 

) e justamenteS mais o

mismatch nal. Porem, n~aoenecessariamenteverdadeiroque x  =x m ;emgeral, f(x  ) 6=S m . Em

(2.7) edeterminado paraminimizarF(x) somenteno espacounidimensionaldadopor[x+x].

(31)

3. O autovetor esquerdo w i

associado com o autovalor zero de J(x 

) e perpendicular a  em f(x 

)

[26 ].

Estasobservac~oes podem ser ilustradasutilizando-se do sistema de duas barrasanterior para o caso

em que P

2

= 400 MW e Q

2

= 200 MVAr. Iniciando da condic~ao de at start (V

2 = 1;0 pu,  2 = 0 Æ ),

a tabela 3.1 mostra a converg^encia do uxo de carga com otimizac~ao de passo. Nota-se que o processo

iterativo converge para um ponto de singularidade do Jacobiano na fronteira  (veri cavel com (3.4)),

enquanto o multiplicador otimo aproxima-se de zero. O valor em pu de f(x 

) = (3; 4895 + j1; 2824) e

obtidodosomatorio deS =(4; 00 +j2; 00) comomismatch nal. Porem, ovalor def(x 

)n~aoeigualao

de S m

(mostradona gura3.5)comosendoiguala( 3; 4950 j1; 2790) en~aoeunico, sendodependente

do valor inicialarbitradoparaa barra2.

Iterac~ao Tens~ao na barra2 (pu) Mismatch da barra2 Multiplicador

V 2  2 MW MVAr  Otimo 0 1; 0000 0;00 Æ 400; 00 200; 00 1;1512 1 0; 7697 26; 38 Æ 57; 92 102; 95 0;4762 2 0; 6216 34; 15 Æ 51; 09 71; 95 0;0038 3 0; 6099 34; 90 Æ 51; 05 71; 76 0;0000

Tabela 3.1: Converg^encia do uxode cargapara P

2

=400 MW, Q

2

=200 MVAr.

Se a superfcie fosse plana, o valor desconhecido de S m

poderiaser determinado diretamente dos

valores conhecidos de S e f(x 

), notando que a direc~ao do autovetor esquerdo de J(x  ), w, e paralelo a w m . O valor de (S { S m

) e, ent~ao, a projec~ao do vetor (f(x 

) { S) sobre a direc~ao normalizada do

autovetoresquerdo w m , ou: S m =S+[(f(x  ) S) T w]w (3.19)

Para umsistema real, onde  n~ao e plana, a equac~ao (3.19) e, portanto, somente uma aproximac~ao. O

quanto elaseaproximadoverdadeirovalorde S m

dependedacurvaturade. Asobservac~oesanteriores

sugerem o seguinte algoritmo iterativo para encontrar osvaloresde x m e,consequentemente, S m : (1) AjustarS 0 =S ei= 0;

(2) Resolveroproblemade uxodecargausandoometododeNewtoncomotimizac~aodepasso(FCOP).

Considerarque a soluc~ao sejax i

. Se o maiorcomponentedo mismatch kf(x i ) S i k 1 for menor

do queuma toler^ancia ,ent~ao pare, sendo S m

=f(x i

). Casocontrario, prosseguir;

(3) Inicializara variavelque guardao valor domaior mismatch(mismax = kf(x i ) S i k 1 );

(4) Inicializara variavel =1;0;

(5) Calcular oautovetor esquerdonormalizado w i

associado como autovalor zerode J(x i

);

(32)

(7) Executar o FCOP.Uma dasseguintes situac~oespodem ocorrer:

(7.a) se o processo iterativo convergir (S i+1

na regi~ao factvel), atualizar = 0;9 e corrigir a

demandadepot^encia,fazendoS i+1 =S i+1 +(1;0 ) w i ,onde =[(f(x i ) S i ) T w i ]. Repetiro passo (7);

(7.b) seoprocessoiterativon~aoconvergir(S i+1

naregi~aoinfactvel)ekf(x i+1 ) S i+1 k 1 formenor

doqueumatoler^ancia,calcularoautovetoresquerdonormalizadow i . Sekf(x i+1 ) S i+1 k 1

for menor do que mismax, atualizar mismax = kf(x i

) S i

k

1

e ir para o passo (9). Caso

contrario,prosseguir.

(8) Fazer S i+1 = S i +  w i , onde = [(f(x i ) S i ) T w i

]. Executar o FCOP e considerar

S m

=f(x i+1

);

(9) Fazer i=i+1 eretornar ao passo (2).

Comrelac~ao ao algoritmoapresentadoseguemalgunscomentarios gerais.

{ A toler^ancia  pode ser maiorque a toler^ancia de converg^encia do uxode carga ("), por exemplo

 =10".

{ A atualizac~ao e veri cac~ao da variavel mismax teve porobjetivo evitar que seja considerada uma

soluc~ao depior qualidadeque asoluc~ao daiterac~ao anterior.

{ O algoritmo faz com que S 

se aproxime de S m

pela regi~ao infactvel. Sempre que a atualizac~ao

de S resulteemconverg^encia, volta-se umpoucoateque aregi~aode infactibilidadesejanovamente

atingida. Porisso e atualizadono passo(7.a).

{ O autovetor esquerdo normalizado w i

e obtido utilizando-se do metodo da pot^encia inversa que

sera apresentado aseguir.

Amotivac~ao paraestealgoritmoe derivadadometodoapresentadoem[27 ],ondeumamedidasimilar

paraoproblemade uxodecargafactvelfoideterminada. Opasso(2)doalgoritmocorrespondeasoluc~ao

do uxodecarga. Seosistemapossuirumpontodeoperac~aofactvelatoler^anciadeconverg^enciado uxo

decargaseriaimediatamentesatisfeitaeoalgoritmoterminariacomumesforcocomputacionalequivalente

a uma unica soluc~ao do uxo de carga. Para os casos infactveis o algoritmo funciona iterativamente,

obtendo de forma sequencial as melhores aproximac~oes para o ponto mais proximo S m

em  com a

nalidade de resolver o uxo de carga. Finalmente, um ponto S i

que satisfaz uma certa toler^ancia de

converg^enciaeencontrado,poisestaproximoobastantedafronteira. Oautovetoresquerdoassociadoao

autovalor zerodeJ(x i

)podeser calculadoutilizando-sedometododapot^enciainversa. Acomplexidade

computacional e equivalente a fatorac~ao, uma unica vez, da matriz Jacobiana e algumas substituic~oes

forward/backward. A di culdade de usar o metodo da pot^encia inversa com J(x i

) singular pode ser

superada adicionando-se um valor constante pequeno aos elementos da diagonal de J(x i

); com estas

(33)

(1) Calcular J(x i ) 0 =J(x i

)+rI,onder e umnumeropequeno,I e a matriz identidade;

(2) Inicializari=1;

(3) Escolher estimativa inicialparao autovetor esquerdo w i ; (4) Calcular u i =[J(x i ) 0 ] 1 w i ; (5) Atualizarw i+1 =u i /ku i k 2 ; (6) Se kw i+1 w i k 2

<, parar. Casocontrario,siga;

(7) Incrementarcontador de iterac~oesi=i+1 e voltarao passo (4).

As seguintesobservac~oespodemserfeitas:

 OautovetoraesquerdadeJ(x i

)eigualaoautovetor adireitade[J(x i

)] T

paraomesmoautovalor

.

 O valor de ku i

k deve ser grande. Se for muito pequenoinicialmente, assumirque a escolhainicial

de w i

foiruim.

Utilizando-se da demandade nidapara o ponto c da gura3.4 (rede de duasbarras e umramo, da

gura3.5), segueodesenvolvimento completoque permiteencontrar ovalor dex m e,consequentemente, S m . Iterac~ao 0: (1) S 0 =(4,0 +j2,0) pu(nabase de 100 MVA)e i=0;

(2) Executar o FCOP(com "=10 4 e  =10 3 ): S 0 = " 0;5105 0;7176 #

(melhorsoluc~ao)

Comokf(x 0 ) S 0 k 1 >,prosseguir; (3) mismax =kf(x 0 ) S 0 k 1 =0;7176; (4) =1,0;

(5) Autovetoresquerdo normalizado obtidopelometodo dapot^encia inversa:

w 0 = " 0;5724 #

(34)

(6) =[S 0 w 0 ]=0; 8807. Correc~ao da demanda! S 1 =S 0  w 0 : S 1 = " 3; 4959 1; 2778 #

(7) Executar o FCOP(com "=10 4 e  =10 3 ): S 1 = " 2; 2810 6 6; 0510 6 # (convergiu) Comokf(x 1 ) S 1 k 1

<",oprocessoiterativoconvergiu(S 1

naregi~aofactvel). Atualizar = 0;9

e corrigira demandade pot^encia ! S 1 =S 1 +(1; 0 ) w 0 : S 1 = " 3; 5463 1; 3501 #

Executar o FCOP(com "=10 4 e  =10 3 ): S 1 = " 0;0504 0;0722 #

(melhorsoluc~ao)

Como kf(x 1 ) S 1 k 1

> ,prosseguir. Porem, deve-se veri car se a soluc~ao encontrada e melhor

ou piorquea soluc~ao anterior )kf(x 1

) S 1

k

1

<mismax )0; 0722 <0; 7176. Atualizarmismax

e irpara opasso (9) )mismax =kf(x 1 ) S 1 k 1 =0;0722; (9) i=1 e retornar aopasso (4);  Iterac~ao 1: (4) =1,0;

(5) Autovetoresquerdo normalizado obtidopelometodo dapot^encia inversa:

w 1 = " 0; 5731 0; 8195 # (6) =[S 1 w 1 ]= 0; 0881. Correc~ao da demanda! S 2 =S 1  w 1 : S 2 = " 3; 4959 1; 2779 #

(7) Executar o FCOP(com "=10 4 e  =10 3 ): S 2 = " 7; 0910 5 5 # (convergiu)

(35)

Comokf(x 2 ) S 2 k 1

<",oprocessoiterativoconvergiu(S 2

naregi~aofactvel). Atualizar = 0;9

e corrigira demandade pot^encia ! S 2 =S 2 +(1; 0 ) w 1 : S 2 = " 3; 5009 1; 2851 #

Executar o FCOP(com "=10 4 e  =10 3 ): S 2 = " 0;0049 0;0073 #

(melhorsoluc~ao)

Como kf(x 2 ) S 2 k 1

> ,prosseguir. Porem, deve-se veri car se a soluc~ao encontrada e melhor

ou piorquea soluc~ao anterior )kf(x 2

) S 2

k

1

<mismax )0; 0073 <0; 0722. Atualizarmismax

e irpara opasso (9) )mismax =kf(x 2 ) S 2 k 1 =0;0073; (9) i=2 e retornar aopasso (4);  Iterac~ao 2: (4) =1,0;

(5) Autovetoresquerdo normalizado obtidopelometodo dapot^encia inversa:

w 2 = " 0;5730 0;8195 # (6) =[S 2 w 2 ]=0; 0089. Correc~ao da demanda! S 3 =S 2  w 2 : S 3 = " 3; 4959 1; 2779 #

(7) Executar o FCOP(com "=10 4 e  =10 3 ): S 3 = " 6; 9710 5 4; 8710 5 # (convergiu) Comokf(x 3 ) S 3 k 1

<",oprocessoiterativoconvergiu(S 3

naregi~aofactvel). Atualizar = 0;9

e corrigira demandade pot^encia ! S 3 =S 3 +(1; 0 ) w 2 : S 3 = " 3; 4964 1; 2786 #

Executar o FCOP(com "=10 4 e  =10 3 ): S 3 = " 0;0004 #

(36)

Como" <kf(x 3 ) S 3 k 1

< , calcularo autovetor esquerdo normalizado.

w 2 = " 0;5730 0;8195 # (8) Fazer S 3 =S 2 +  w 2 : S 3 = " 3; 5009 1; 2851 # +0; 90;0089 " 0;5730 0;8195 # = " 3; 4963 1; 2785 #

Executar o FCOPe considerarS m =f(x 3 ). S m = " 3; 4959 1; 2779 #

Logo, a melhor soluc~aopossvel para asequac~oes do uxo de cargae:

x m =(0; 6101 6 34; 96 Æ )pu ; S m = " 349; 59 127; 79 # MVA

O grau de infactibilidadepara estasituac~aoe calculado utilizandoa equac~ao (3.14):

q

(37)

Determinac~ao das Ac~oes de Controle

Corretivo para Retornar a Factibilidade

Foiapresentadonocaptuloanteriorummetodoquepermitequanti carograudeinfactibilidade(GI)

parauma determinadasituac~ao decarregamento quelevaa redeparaa regi~ao infactvel. Nestecaptulo,

ser~aoapresentados dois metodos que permitir~aoa de nic~ao dasac~oesde controle a serem tomadaspara

que o sistema volte a operar na regi~ao factvel. S~ao eles: (a) o metodo das Proporcionalidades (MP) e

(b) o metodo baseado em Programac~ao N~ao-Linear (MPNL). No primeiro metodo a determinac~ao das

ac~oes de controle e baseada em uma grandeza chamada coe ciente de e ci^encia (EC) que depende da

disponibilidadedoscontrolese desuassensibilidadesemrelac~ao aGI.No segundometodo,umproblema

de PNLeresolvidobaseando-senaminimizac~aodasvariac~oesdoscontrolesqueparticipar~aodo processo

de retornoa regi~ao factvel, tendocomo restric~oes asdisponibilidadesdos controles. A identi cac~ao dos

controlesseraobtidadeduasformasasaber: (a)navers~aoAdoprogramatodososcontrolesdisponveis

no sistemas~ao identi cados e (b) na vers~ao B oscontroles maise cientes s~ao determinados

baseando-se na ideiada localizac~ao adaptativa dos controles que consisteem buscarpelos controles disponveis no

sistemarespeitandocriteriospre-estabelecidos,quedependeradecaractersticasparticularesdoproblema.

Neste caso, oscontroles maisproximosdasbarrasquecontribuemmaisparaasituac~ao deinfactibilidade

ser~aoanalisados primeiro.

4.1 Analise da Sensibilidade do GI em relac~ao as variaveis de controle

Umavez determinadooGIquecaracterizademaneiraquantitativaainfactibilidadedeumproblema,

o proximo passo e determinar a melhor maneira de de nir os controles que factibilizem o problema.

Primeiramente, sera mostrado como calcularas sensibilidades do GIem relac~ao as variaveis de controle

disponveis. Como ja foi mencionado, o autovetor esquerdo associado com o autovalor zero de J(x m

(38)

dist^ancia entre o ponto de operac~ao infactvel e  ocorre nesta direc~ao. No entanto, do ponto de vista

pratico,estadirec~aon~aofazmuitosentidopois,comumente,est~aoenvolvidasinjec~oesde pot^encia emum

grande numerode barrasdosistema e,quandofoideterminada,n~aofoilevadoem considerac~aocusto ou

disponibilidadedessescontroles.

De nindoucomosendo ovetor dasvariaveisdecontrolee Drepresentandoograudeinfactibilidade,

utilizando-se oresultado de[28 ], assensibilidadesde Dem relac~ao a u s~ao dadaspor:

D u = @ @u D= w m [f(x m ) S] u (4.1) onde [f(x m ) S] u 

e o vetor das derivadasdas equac~oes de uxo de carga com relac~ao aos elementos do

vetor u, e w m



e o autovetor esquerdo normalizado associado com o autovalor zero de J(x m ). Devido  a forma como w m 

e calculado, deve-se usar w m

ou w m

na equac~ao (4.1) de forma que a variac~ao do

controle leve efetivamente a uma diminuic~ao de D, isto e, o sinal de w m



e escolhido de tal forma que

(S S m )w m >0. Os valores de D u

s~ao uma aproximac~ao linear do efeito que oscontroles t^em sobre

D. Desconsiderando as n~ao-linearidades, as mudancas necessarias em um controle u

i

para que ele seja

utilizado no retorno a factibilidade,e dado por D

D

u

i

. Para o caso de controle por injec~oes de pot^encia

(i.e., elementos de S), para o qual [f(x m

) S]

u

i

(a coluna da matriz Jacobiana correspondente a u

i ) e

constante, aexatid~aodalinearizac~aodependetanto dadist^anciaD(deS a),quantoda curvaturade

nas vizinhancasde S m

. Oerro estana diferenca entree a aproximac~ao do seuplano tangenteem S m

.

Paraoutroscontrolesaexatid~aodalinearizac~aotambemdependedequanto [f(x m

) S]esta aproximado

pelalinearizac~aodo Jacobiano.

A seguir sera apresentado o procedimento adotado neste trabalho para calcularas sensibilidades do

GI (ou D) em relac~ao as variaveis de controle disponveis, consideradas aqui como sendo: banco de

capacitores,tap de transformadores e rejeic~ao de carga.

4.1.1 Determinac~ao dos elementos do vetor [f(x m

) S]

u

Antesdedeterminar aderivada dasequac~oesde uxodecarga emrelac~ao asvariaveisde controleha

a necessidade de se recordar alguns conceitos fundamentais. Os elementos da matriz admit^ancia nodal

Y =(G+jB) s~ao [29 ]: Y km = a 1 km e j' k m y km Y mk = a 1 km e j' k m y km (4.2) Y kk = jb sh k + X m2 k (jb sh km +a 2 km y km ) em que: y km

{ admit^ancia seriedo ramo km.

b sh

(39)

b sh

k

{ elemento shunt conectadoa barra k.

a

km

{ posic~ao do tap fora do nominal de transformador em fase. Se o ramo km for uma linha de

transmiss~ao,a

km =1.

'

km

{ ^angulo correspondente a posic~ao do tap fora do nominal de transformador defasador. Se o ramo

km foruma linhadetransmiss~ao,'

km =0.

k

{ conjunto dasbarrasdiretamenteconectadas a barra k.

No conjunto de equac~oes (4.2) considera-seque os transformadores sejam modelados como um

transfor-mador ideal de relac~ao de transformac~ao a

km

: 1 (ou e j'

k m

: 1, no caso de transformador defasador)

conectado a barra k, em serie com a admit^ancia y

km

, conectada a barra m (modelo recomendado pelo

IEEE [30 ]).

Os uxosde pot^encia ativa e reativa emlinhas detransmiss~ao,transformadores em fase, defasadores

puros e defasadores,obedecemasexpress~oesgerais:

P km = (a 1 km V k ) 2 g km (a 1 km V k )V m g km cos ( km +' km ) (a 1 km V k )V m b km sen( km +' km ) Q km = (a 1 km V k ) 2 (b km +b sh km )+(a 1 km V k )V m b km cos ( km +' km ) (a 1 km V k )V m g km sen( km +' km ) P mk = g km V 2 m (a 1 km V k )V m [g km cos ( km +' km ) b km sen( km +' km )] Q mk = (b km +b sh km )V 2 m +(a 1 km V k )V m [g km sen( km +' km )+b km cos( km +' km )]

No caso de linhas de transmiss~ao, a

km

= 1 e '

km

= 0. Para transformadores em fase, b sh

km

= 0 e '

km

= 0. Para os defasadorespuros, b sh

km

= 0 e a

km

= 1. Finalmente, para os defasadores, b sh

km

= 0. Neste

trabalho sera utilizadoo modelo de transformadorem fase, com tapt =1=a

km

. As equac~oes de balanco

de pot^encia parauma dadabarrak do sistemas~ao dadas por:

p k (x) = P cal c k P esp k =0 = [V 2 k G kk +V k X m2 V m (G km cos km +B km sen km )] P esp k =0 (4.3) q k (x) = Q cal c k Q esp k =0 = [ V 2 k B kk +V k X m2 V m (G km sen km B km cos km )] P esp k =0 em que B kk = b sh k + X m2 k (b sh km +a 2 km b km ) b sh k = !C k = 2fC k sendo C k

ovalor do capacitor. Comauxlioda gura4.1, nota-se que:

P k = X m2 k P km =) P k =P km + X j2 k P kj

(40)

(raciocnio analogo vale para a pot^encia reativa Q

k

). Portanto, as equac~oes (4.3) tambem podem ser

dadas por: p k (x) = P cal c k P esp k =(P km + X j2 k j6=m P kj ) P esp k q k (x) = Q cal c k Q esp k =(Q km + X j2 k j6=m Q kj ) Q esp k (4.4) P k P k i P k j P km a k m : 1 k m

Figura4.1: Fluxosde pot^encia referentes abarra k.

Arepresentac~ao do vetor[f(x m

) S]

u

parauma redede nbarrase m controlese dadapor:

[f(x m ) S] u = 2 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 4 @ @u1 p 1 (x) ::: @ @um p 1 (x) . . . . . . @ @u1 p n (x) ::: @ @um p n (x) @ @u 1 q 1 (x) ::: @ @u m q 1 (x) . . . . . . @ @u 1 q n (x) ::: @ @um q n (x) 3 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 5 (4.5)

Parao casodo controleser umbanco decapacitores b sh k : @ @b sh k q k (x) = V 2 k @ @b sh k q j (x) = 0 j =1;:::;n ;j 6=k @ @b sh p j (x) = 0 j =1;:::;n

(41)

Parao casodo controleser o corte depot^encia ativa P esp k : @ @P esp k p k (x) = 1 @ @P esp k p j (x) = 0 j=1;:::;n ;j 6=k @ @P esp k q j (x) = 0 j=1;:::;n

Parao casodo controleser o corte depot^encia reativaQ esp k : @ @Q esp k q k (x) = 1 @ @Q esp k q j (x) = 0 j=1;:::;n ;j6=k @ @Q esp k p j (x) = 0 j=1;:::;n

Paraocasodocontroleser otapdeumtransformadora

km

,aobtenc~ao doselementosda derivadaemais

complexa e, portanto, sera apresentada com maioresdetalhes. Considerandoque o transformador n~ao e

defasador, tem-se: @ @a km p k (x) = @ @a km P km = 1 a km  " 2  V k a km  2 g km + 1 a km V k V m g km cos km + 1 a km V k V m b km sen km # = 1 a km  ("  V k a km  2 +  V k a km  2 # g km 1 a km V k V m g km cos km 1 a km V k V m b km sen km ) Portanto, @ @a km p k (x)= 1 a km  "  V k a km  2 g km +P km # @ @a km q k (x) = @ @a km Q km = 1 a km  " 2  V k a km  2 b km 1 a km V k V m b km cos km + 1 a km V k V m g km sen km # = 1 a km  ( "  V k a km  2  V k a km  2 # b km + 1 a km V k V m b km cos km 1 a km V k V m g km sen km ) Portanto, @ @a q k (x)= 1 a  "  V k a  2 b km +Q km #

(42)

@ @a km p m (x) = @ @a km P mk = 1 a km   V k a km  V m g km cos km  V k a km  V m b km sen km  Inserindo a parcela(g km V 2 m g km V 2 m ),tem-se: @ @a km p m (x)= 1 a km  2 6 6 6 4 g km V 2 m g km V 2 m +  V k a km  V m g km cos km  V k a km  V m b km sen km | {z } P mk 3 7 7 7 5 Portanto, @ @a km p m (x)= 1 a km  h g km V 2 m P mk i @ @a km q m (x) = @ @a km Q mk = 1 a km    V k a km  V m g km sen km  V k a km  V m b km cos km  Inserindo a parcela( b km V 2 m +b km V 2 m ),tem-se: @ @a km q m (x)= 1 a km  2 6 6 6 4 b km V 2 m +b km V 2 m  V k a km  V m g km sen km  V k a km  V m b km cos km | {z } Q mk 3 7 7 7 5 Portanto, @ @a km q m (x)= 1 a km  h b km V 2 m +Q mk i Alemdisso: @ @a km p j (x) = 0 j =1;:::;n; j6=k ; j 6=m @ @a km q j (x) = 0 j =1;:::;n; j6=k ; j 6=m

4.1.2 Calculo dos componentes do vetor D

u

Uma representac~ao maisadequadada equac~ao (4.1) e mostrada abaixo:

D u = h w m P w m Q i  " P u Q # (4.6)

(43)

O vetor D

u

tem dimens~ao [1nc], em que nc e o numero de controles disponveis. O autovetor tem

dimens~ao[12nb],emquenbeonumerodebarrasdarede. Elepodeserdivididoemelementosrelativos



a pot^encia ativa w m

P

e reativa w m

Q

. O vetor de mismatches tem dimens~ao [2nb1] e tambem pode ser

dividido segundooselementosrelativosa pot^encia ativae reativa.

Combase naequac~ao (4.6) sera mostrado o procedimento adotado neste trabalhopara o calculo das

sensibilidades de D em relac~ao as variaveis de controle ja mencionadas (banco de capacitores, tap de

transformadores e rejeic~ao de carga). Daequac~ao (4.6) e considerando como controles o corte de carga

na barra k,tem-se: @ @u D= h ::: w P k w Q k ::: i  2 6 6 6 6 6 6 4 . . . . . . ::: @ @P k p k (x) @ @Q k p k (x) ::: ::: @ @P k q k (x) @ @Q k q k (x) ::: . . . . . . 3 7 7 7 7 7 7 5 Logo, @ @P k D =  w P k  @ @P k p k (x)+w Q k  @ @P k q k (x)  = w P k ( 1) w Q k 0 ! @ @P k D=w P k (4.7) @ @Q k D =  w P k  @ @Q k p k (x)+w Q k  @ @Q k q k (x)  = w P k 0 w Q k ( 1) ! @ @Q k D=w Q k

Como a variac~ao de carga depende tanto da pot^encia ativa P quanto da pot^encia reativa Q (fator de

pot^encia mantido constante), pode-se combinar as express~oes acima com a nalidade de explicitar a

sensibilidadede Demfunc~ao davariac~ao dasinjec~oesde pot^enciaativa. Ent~ao, paraumadadabarra k,

tem-se: tg k = Q esp k P esp k em que k

eo ^angulo do fatorde pot^encia. Linearizando aequac~ao acima,tem-se:

tg k = Q esp k P esp k ! Q k =P k tg k (4.8)

Das equac~oes (4.7),t^em-se:

D=w P k P k e D=w Q k Q k (4.9) Substituindoconvenientemente (4.8) em (4.9), D=w Q tg k P k

Referências

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