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ÍNDICES DE LESÕES EM ATLETAS PRATICANTES DE ATLETISMO DO ESTADO DE MATO-GROSSO

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Academic year: 2021

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ÍNDICES DE LESÕES EM ATLETAS PRATICANTES DE

ATLETISMO DO ESTADO DE MATO-GROSSO

MARCOS THIAGO STABILE DOS SANTOS: Graduado em Educação Física - Licenciatura, estudante do 5º semestre no curso de Bacharelado em Educação Física, Faculdade Centro Mato-grossense-FACEM. Sorriso/MT.

CLÁUDIO MUNARETTO: Mestre em Ciências da Educação pela UTCD Asunción-Paraguai, professor da faculdade FACEM. Sorriso/MT.

RESUMO

A presente pesquisa teve como propósito investigar os índices de lesões em atletas praticantes de atletismo do estado de Mato Grosso, entre 12± e 17± anos no 10º Jogos Escolares. Contudo, a pesquisa apontou resultados significativos em relação às lesões, 40% dos entrevistados já obtiveram algum tipo de lesão decorrente da modalidade, sendo as mais citadas: 25% com lesão de joelho e 25 % de tornozelo.

Palavras chaves: atletismo, investigar, lesões,

ABSTRACT

This research had as purpose to investigate the injury rates in practitioner athletics athletes of Mato Grosso state between 12± e 17± years in the tenth school games.However the survey indicated significant results in the lesions, 40% of interviewed already had some kind of injury resulting sport mode, being the most cited, 25% withknee injury and 25 % ankle.

Key words: athletics, investigate, injuries.

INTRODUÇÃO

A presente pesquisa objetivou-se a investigar os índices de lesões em atletas praticantes de atletismo do estado de Mato Grosso. A pesquisa coletou, através de questionários, relatos de atletas de 12± a 17± anos de idade, no evento denominado Jogos Escolares Estaduais de Atletismo, evento este que garante aos primeiros colocados de cada prova vaga para os Jogos Escolares da Juventude/Brasileiro.

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O evento reúne todas as cidades e atletas praticantes de atletismo do estado de Mato Grosso. Contudo, através dos dados coletados, a pesquisa analisou onde ocorrem as maiores lesões, identificando também o local onde ocorrem mais lesões.

O ATLETISMO

O atletismo vem do grego “athon” ao qual significa combate (TEXEIRA, 1989). O esporte começou na época da pré-história, pois o homem necessitava sobreviver e com isso realizava corridas, saltos e lançamentos em função de conseguir seu alimento e escapar de seus predadores. Sendo assim, um ato natural de sobrevivência do ser humano, com o passar dos séculos, essas atividades naturais se deslocaram para a área competitiva e manutenção do corpo, a partir de então, o Atletismo começou a ser praticado em 776 a.C., como forma de prevenção de doenças e cultura corporal.

O atletismo é considerado o “ESPORTE BASE” porque nele são desenvolvidas as habilidades naturais e fundamentais do homem: andar, correr, saltar, arremessar e estas habilidades são utilizadas na prática de outras modalidades esportivas, por exemplo, quando observamos um jogo de futebol, basquete ou vôlei, o atleta anda, corre, salta e arremessa, principais características do atletismo, essas habilidades são básicas e precisam ser desenvolvidas por todos os atletas, independentemente do esporte(KIRSCH, 1984).

O atletismo é estritamente ligado aos movimentos naturais do ser humano de correr, marchar, lançar, arremessar e saltar e por isso, é chamado de esporte base (Gonçalves, 2007, p. 01).

Hoje em dia, o atleta é um indivíduo que compete em eventos organizados e preparados, são pessoas que adquirem força e habilidade pelo exercício e pelo treinamento. Na modernidade atual, o esporte de elite é simbolizado pela racionalização – treinamento, quantificação, competição e abstração ou apresentação para a mídia (OLIVEIRA apud BARBANTI, 1994).

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A vida de um atleta se torna curta quando o mesmo inicia sua carreira com idade inferior aos quinze anos, sendo que estes não estão preparados fisicamente e psicologicamente para enfrentar as cargas de treinamentos intensivos e competições, assim o risco de uma lesão aumenta ainda mais. Os treinamentos voltados para o alto rendimento, podem causar transtornos osteo-mio-articular no atleta, podendo ser temporária ou permanentemente, limitando-o de treinamentos e participações em competições. (R F.ZERNICKE E W.C WHITING, 2004). Muitos atletas, por desconhecer a dor que sentem durante o treinamento diário, deixam passar despercebido e acabam correndo risco de uma lesão. Muitas vezes não ligam, por acharem normal a dor, e escondem de seus técnicos por medo de serem repreendidos pelos mesmos.

Nascimento (2005) menciona que os professores e técnicos devem ter cuidado, especialmente na fase da infância e da adolescência de jovens atletas, devido a estas fases representarem uma transição para a fase adulta. Barbanti (2005) reforça que quem lida com essas crianças precisa estar ciente do desenvolvimento e crescimento destas.

“Entende-se que a criança não pode ser vista como um adulto em miniatura e, em todos os aspectos (físico, psicossocial e emocional), difere de um adulto; a sua mente é diferenciada em qualidade e quantidade”. (NASCIMENTO, 2005, p.7).

“O movimento em si, por meio ou não da atividade física, deve fazer parte da rotina da criança e do jovem, pois estará auxiliando no desenvolvimento natural desse indivíduo”. (NASCIMENTO, 2005, p. 8).

A prática esportiva é muito importante para a formação da criança e do adolescente, pois quanto mais ela pratica algum tipo de esporte, melhor se torna o seu desenvolvimento físico e motor, mas claro que sempre devemos visar uma prática consciente.

O Prof. Berno Wischmman realizou uma pesquisa a respeito da idade adequada para a iniciação em atletismo, chegando à seguinte conclusão: deve-se começar, para meninas, aos nove anos de idade, e para meninos, aos dez anos de idade. (MEC, 1974, p. 23).

Muitos técnicos e professores não mantêm essa linha pedagógica proposta pelos autores, pois muitos submetem seus atletas iniciantes a

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exercícios exaustivos e complexos para ficarem somente com os que se destacam, podendo futuramente se tornar atletas de ponta e isto acaba causando a exclusão de alguns iniciantes e um desgosto dos que permanecem na modalidade. Para Costa (1971), o desporto é uma prática que vem junto à saúde e educação do indivíduo. O desporto condiciona na criança aptidões físicas e mentais, assim tendo que andar junto com o bem-estar, sendo como um lazer ou recreação.

MÉTODOS DE PESQUISA

A pesquisa foi do tipo descritiva, possui como objetivo a descrição das características de uma população, fenômeno ou de uma experiência.

A pesquisa foi realizada com atletas de faixa etária de idade entre 12± e 17± anos, de ambos os sexos, todos praticantes de atletismo, do estado de Mato Grosso. Nos 10º Jogos Escolares–Estaduais, realizados na cidade de Tangará da Serra - MT, entre os dias 01/08 a 03/08/2014. Na pesquisa de campo, foi aplicado um questionário com 10 perguntas, para 50 atletas.

A coleta de dados se deu da seguinte maneira: contato com as pessoas selecionadas para divulgar o objetivo do estudo e consequentemente sua autorização para o seu desenvolvimento. Explicando que a coleta de dados seria feita por um questionário e seus dados, mantidos em sigilo.

ANÁLISE E RESULTADOS

Quando questionados há quanto tempo praticam atletismo, se obteve o seguinte resultado: 12% 4% 14% 12% 12% 14% 18% 2% 4% 2% 4% 2%

PRATICA ATLETISMO A QUANTO TEMPO?

3 Anos 2,5 Anos 1 Ano 6 Anos 4 Anos 2 Anos 5 Anos 1,5 Anos 2 Semanas 6 Mêses 1 Mês

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18% dos atletas entrevistados praticam atletismo há mais de 3 anos. Chegando ao ponto principal da pesquisa quando se trata dos índices de lesões, obteve-se o seguinte resultado:

Um total de 40% dos entrevistados já obtiveram algum tipo de lesão na prática do atletismo. E quando questionados sobre quais foram as lesões, houve um empate entre lesão de joelho e tornozelo, ambas num total de 25%, sendo as mais ocorrentes.

Quando questionados sobre com que idade e com quanto tempo de treinamento foi sua primeira lesão, os resultado foram os seguintes:

40% 60%

JÁ SE LESIONOU?

Sim Não 25% 25% 5% 15% 20% 5% 5% JOELHO (05) TORNOZELO (05) LOMBAR (01) POSTERIOR DA COXA (03)

DISTENSÃO MUSCULAR OUTROS GRUPOS MUSCULARES (04) ADUTORES (01)

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50% dos entrevistados obtiveram sua primeira lesão aos 15 anos de idade, ou seja, na fase de maior pico de treinamento dos jovens.

Em relação ao acontecimento das lesões, se ocorreram em competição ou treinamentos:

Pode-se observar que a maioria dos atletas obteve suas lesões em treinamento, alcançando um total de 60% contra 40% de ocorrências em competições.

Em relação ao medo em treinar e competir novamente, os resultados foram os seguintes: 15 Anos 50% 13 Anos 20% 17 Anos 10% 16 Anos 5% 12 Anos 10% 14 Anos 5%

COM QUE IDADE FOI SUA PRIMEIRA LESÃO?

15 Anos 13 Anos 17 Anos 16 Anos 12 Anos 14 Anos 60% 40%

ELAS OCORRERAM EM COMPETIÇÕES OU

TREINAMENTOS?

TREINAMENTOS COMPETIÇÕES

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65% dos atletas voltam a treinar e competir normalmente sem medo, ao contrário que 35% que encontram receio em se lesionar novamente e sentir dor.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A pesquisa demostrou dados surpreendentes em relação a jovens praticantes de atletismo, obteve-se dados altíssimos em relação a lesões em jovens em processo de formação do corpo físico, do psicossocial e do emocional, dados esses que deixam a desejar sobre a carreira profissional na fase adulta do atleta, podendo o mesmo encerrar antecipadamente sua carreira devido a grande dosagem de treinamentos que pode estar recebendo de seus treinadores.

Sabe-se que quando tratamos sobre esporte não estamos falando somente de saúde, qualidade de vida e sim também de alto desempenho e rendimento, pois muitos treinam ao extremo para poder alcançar seus objetivos. Mas tudo tem seu limite e tempo, não se pode pular fases de um jovem em processo de formação, provocando lesões por executar exercícios incorretos, sem se preocupar com posturas corretas, limites de cargas ou até mesmo de tempo de treinamento.

Devido aos dados obtidos, observou-se que as lesões que vêm ocorrendo são rotineiras de atletas que se dispõe ao risco, ou seja, são lesões

35%

65%

SENTE MEDO AO TREINAR E COMPETIR NOVAMENTE APÓS A LESÃO?

SIM

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que podem ocorrer com qualquer pessoa, claro que o atleta está mais exposto, mas uma torsão de tornozelo pode ser decorrente de um deslize, um salto alto, um pisada em falso, podendo também agravar o joelho em alguns casos. É temido que alguns atletas nessa faixa etária sentem medo em treinar e competir novamente, pois estão em processo de aprendizagem da modalidade.

Os dados foram satisfatórios e atingiram o esperado pela pesquisa, confirmando que pelas porcentagens obtidas, vêm ocorrendo muitas lesões em atletas, 40% é um resultado alto para jovens que já estão nessa modalidade, muitos há mais de três anos. A presente pesquisa comprovou que atletas de rendimento estão expostos a sofrerem lesões a qualquer momento, mesmo se prevenindo, pois não somos uma máquina e sim um corpo que depende de todas as funções fisiológicas e biomecânicas para poder treinar e competir.

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REFERÊNCIAS

BARBANTI, V. J. Dicionário de educação física e esporte. São Paulo: Manole, 1994.

BARBANTI, Valdir J. Formação de Esportistas. Editora Malone Ltda. Barueri, SP, 2005.

COSTA, Lamartine Pereira da. Diagnóstico de educação física/ desportos

no Brasil. Rio de Janeiro, Ministério da Educação e Cultura, Fundação

Nacional de Material Escolar, 1971.

GONÇALVES, Gilberto – História do Atletismo, 2007 Trabalhos Escolares Prontos, disponível em http:// WWW.coladaweb.com, acesso em 10/03/2014. KIRSCH, August; KOCH, Karl; ORO, Ubirajara. Antologia do atletismo:

metodologia para iniciação em escolas e clubes. Rio de Janeiro: Ao Livro

Técnico, 1984.

MEC, Secretaria de Educação Física e Desportos. Caderno técnico- didático. Atletismo. 1974.

NASCIMENTO, Ainda Chistine Silva Lima do. Pedagogia do esporte e o

atletismo: considerações acerca da iniciação e da especialização esportiva precoce. (2005) Acesso: 08/04/2014 Disponível em: http://www.aidachristine.com.br/livro.pdf

TEXEIRA, Hudson. Trabalho Dirigido de Educação Física. 15 ed. V.01, São Paulo, Editora Saraiva, 1989.

ZERNICKE, R. F; WHITING, E. W. C. Biomecânica no esporte, São Paulo. 2004.

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AGRADECIMENTOS

 Primeiramente a Deus por permitir concluir mais uma etapa da minha trajetória de vida;

 Aos Professores Me. Cláudio Munaretto e Me. Ariel Dias Loaces pela orientação e principalmente pelo incentivo, apoio, confiança e grande amizade, ingredientes que possibilitaram a realização deste trabalho;  Ao Prof. Esp. Jailson Bonfim, coordenador do curso de pós-graduação,

pelo incentivo, apoio, confiança e grande amizade, ingredientes que possibilitaram a realização deste trabalho;

 Ao grupo de professores da FACEM (Faculdade Centro Mato-grossense), por cada momento de conhecimento e pesquisa executado ao longo deste curso;

 Aos meus familiares pela confiança e por acreditarem em minha pessoa;  A todos os colegas de curso que contribuíram em muito, os quais se

tornam grande amigos.

DATA DE CONCLUSÃO

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