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CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS DA BETERRABA (BETA VULGARIS L.) EM FUNÇÃO DA IRRIGAÇÃO COM ÁGUA SALINA E BIOFERTILIZANTE

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Academic year: 2021

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CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS DA BETERRABA (BETA VULGARIS L.) EM FUNÇÃO DA IRRIGAÇÃO COM ÁGUA SALINA E BIOFERTILIZANTE

Ednardo Gabriel de Sousa1; Leandra de Melo Calvante Sousa2; Antônio dos Santos Silva3; Daivyd Silva de Oliveira4; Thiago Jardelino Dias5.

Introdução

Pertencente á família Quenopodiácea, a beterraba (Beta vulgaris L.) é cultivada comercialmente em diversas regiões do Brasil, incluindo a região Nordeste (Grangeiro et al., 2011). O Nordeste brasileiro apresenta má distribuição de água doce, restando como opção a utilização de águas de qualidade inferior para irrigação (MENDES, 2008). Diante disso, Ayers & Westcot (1991) e Deuner et al. (2011), afirmaram que a beterraba tolera salinidade limiar de 7,0 dS m-1.

Em regiões áridas e semiáridas, a salinidade é fator limitante na produção agrícola (José, 2014). Nessa perspectiva verifica-se que a utilização das substâncias húmicas na tentativa de amenizar os efeitos da salinidade sob as cultivares torna-se uma alternativa.

Fundamentação Teórica

1 Mestrando em Ciências Agrárias (Agroecologia), Universidade Federal da Paraíba, ednardogabriel@hotmail.com; 2 Mestrando em Agronomia, Universidade Federal da Paraíba, leandramelo2502@hotmail.com;

3 Graduado em Ciências Agrárias, Universidade Federal da Paraíba, antoniocchsa@hotmail.com; 4 Mestrando em Agronomia, Universidade Federal da Paraíba, daivydoliver@hotmail.com; 5Doutor, Universidade Federal da Paraíba, thiagojardelinodias@gmail.com .

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A elevada demanda por alimento favoreceu a expansão das áreas agrícolas, e consequentemente observa-se o crescimento da produção de hortaliças em regiões áridas e distante dos grandes centros (Gheyi et al., 2012).

Assim sendo, a beterraba (Beta vulgaris L.), torna-se opção de cultivo destinada ao semiárido, uma vez que suporta condições de solos salinos (Katerji et al., 1997), e detém diversidade de componentes nutricionais (Aquino et al., 2006).

Todavia, Souza (2008) sugere a aplicação de biofertilizante, como inibidor do acúmulo de sais no solo decorrente da irrigação.

Metodologia

O presente ensaio científico trata-se de uma pesquisa quantitativa, desenvolvida no período de outubro de 2014 a fevereiro de 2015, em estufa, localizada no campo experimental do CCHSA/UFPB, em Bananeiras – PB. O delineamento experimental foi distribuído em bloco casualizados, com 6 repetições, em esquema fatorial 6 x 3, referentes as seis condutividades elétrica de água de irrigação: 0,5; 1,5; 2,5; 3,5; 4,5; 5,5 dS m-1, via solo com biofertilizante comum aos níveis de 0%;10%; 20% da lâmina de irrigação aplicados, quinzenalmente, perfazendo 108 unidades experimentais.

Resultados e Discussões

Observa-se que a salinidade exerceu efeito negativo no número de folha (Figura 1). Resultados semelhantes também foram encontrado por Cavalcante et al. (2011), onde constatou-se efeito depreciador da irrigação com água salina no cultivo de tomate.

Figura 1. Número de folhas de beterraba em função de diferentes condutividades de água

y = -0,0685x2+ 0,168x + 9,7278 R² = 0,719 8 8,4 8,8 9,2 9,6 10 10,4 10,8 0,5 1,5 2,5 3,5 4,5 5,5 Núm er o de F o lha s

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Os níveis crescentes de condutividades da água (Figura 2), exerceram efeito atenuante no índice de clorofila a, apresentando 47,62 µg cm. Sabendo disso, pode-se definir que a taxa fotossintética foi influenciada pelas concentrações das salinidades avaliadas (Centritto et al., 2003).

Figura 2. Clorofila a da beterraba submetida a diferentes condutividades de água

y = 0,2492x2- 0,9356x + 44,697 R² = 0,5242 43,6 44,1 44,6 45,1 45,6 46,1 46,6 47,1 47,6 0,5 1,5 2,5 3,5 4,5 5,5 Ín d ice d e Clor o fil a a ( µg c m 2)

Condutividade elétrica da água de irrigação (dS m-1)

O efeito quadrático para índice de clorofila b (Figura 3) demonstra que a elevação do nível de salinidade exerce interação significativa. Resultados semelhante foram observados por Cavalcante et al. (2011), quando trabalhando com clorofila e carotenoides em maracujazeiro-amarelo irrigado com água salina no solo com biofertilizante bovino, obtiveram comportamento similares, isso implica dize que alta salinidade inibiu a produção do índice de clorofila b.

Figura 3. Índice de clorofila b da beterraba

y = -0,3617x2+ 2,5934x + 41,966 R² = 0,6352 40 41 42 43 44 45 46 47 48 0,5 1,5 2,5 3,5 4,5 5,5 Índ ice de Clo ro fila b ( µg cm -)

Condutividade elétrica da água de irrigação (dS m-1 )

Verificou-se efeito quadrático para a clorofila total (Figura 4), isso se deve aos níveis elevados de condutividade da água, comprometendo significativamente o desenvolvimento do índice de clorofila total, até atingir a condutividade 4,5 dS m-1. Entretanto a condutividade de água de 5,5 dS m-1, afetou o índice de clorofila total promovendo declínio. Todavia, Cavalcante et al.

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(2009) afirma que o crescimento vegetal, sob condições de salinidade têm sua atividade fotossintética reduzida, resultando na menor redução do crescimento com menor área foliar e menor conteúdo de clorofila.

Figura 4. Índice de clorofila total da Beterraba

y = -0,5316x2+ 6,1192x + 81,61 R² = 0,7397 85 87 89 91 93 95 97 99 101 103 0,5 1,5 2,5 3,5 4,5 5,5 Clo ro fila T o ta l ( µg cm ² )

Condutividade elétrica da água de irrigação (dS m-1)

Conclusões

1. O uso do biofertilizante não surtiu efeito significativo no controle da condutividade elétrica da água de irrigação sob a cultura;

2. O aumento da condutividade elétrica da água de irrigação resultou em perdas do rendimento do número de folhas, causando um desequilíbrio fisiológico afetando negativamente o desenvolvimento da planta.

Referências

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AYERS, R.S.; WESTCOT, D.N. FAO: Organização das Nações Unidas para a Agricultura e alimentação. A qualidade da água na agricultura. Campina Grande – PB: UFPB, 1999. 218p. (Estudos FAO irrigação e drenagem, n.29, revisado).

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