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Customer Discovery aplicado a um produto de vestuário focado no mercado fitness: ativos têxteis nanotecnológicos

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Academic year: 2021

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CUSTOMER DISCOVERY APLICADO A UM PRODUTO DE VESTUÁRIO

FOCADO NO MERCADO FITNESS: ATIVOS TÊXTEIS NANOTECNOLÓGICOS

Igor Verpa

Resumo: Este artigo de apresenta a aplicação de métodos e conceitos das Metodologias Customer Development, Lean Startup e Business Model Canvas propostas por Steve Blank, Erick Ries e Alexander Osterwalder, respectivamente, para o desenvolvimento de clientes para um produto têxtil focado no mercado fitness com aplicação de ativos nano tecnológicos. Além do referencial teórico destas metodologias, que são, atualmente, as mais importantes no desenvolvimento de novas empresas, o artigo apresentará um guia para a formulação de hipóteses de negócio e validação das mesmas com base no aprendizado concomitante com possíveis clientes. São apresentadas e contextualizadas as principais ferramentas metodológicas utilizadas no contexto das startups. Com aplicação das ferramentas propostas foi possível obter um conjunto de hipóteses para a elaboração do produto proposto bem como identificar e descrever quem serão seus clientes. Exibirá também um quadro para a validação das hipóteses, com métricas e experimentos propostos que permite a validação ou não das hipóteses.

Palavras-chave: Customer Development. Desenvolvimento de clientes. Business Model Canvas. Ativos têxteis nano tecnológicos.

1 BUSINESS MODEL CANVAS

O Business Model Canvas (BMC) é uma poderosa ferramenta de gerenciamento estratégico para as empresas. O BMC é útil no desenvolvimento de esboços e versões finais de modelos de negócios. Ferramenta visualmente clara que facilita e a visualização e compreensão do modelo de negócio do empreendimento, dividindo-se em 9 blocos fundamentais para o detalhamento do negócio, como representado pela figura 01. (BLANK; DORF, 2012).

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Figura 01: Ferramenta Business Model Canvas.

Fonte: Osterwalder e Pigneur (2011, p.44)

1.1 Canvas Proposta de Valor

Canvas Proposta de Valor (Figura 02), proposto por Osterwalder e Pigneur (2011) é uma ferramenta que permite compilar informações de forma visualmente clara e intuitiva, permitindo uma exibição mais abrangente de como satisfazer as necessidades dos clientes gerando valor qualitativo e quantitativo para eles (OSTERWALDER & PIGNEUR, 2010; KLOTER & KELLER, 2012). É composto por três segmentos: o perfil do cliente subdividindo-se em: Ganhos, Dores e Tarefas do Cliente, onde é descrito as características de um grupo de personas, e o mapa de valor que se subdivide em: Produto ou Serviço, Criadores de Ganho e Aliviam as Dores, onde se especifica como se pretende criar valor para determinado grupo de clientes. A terceira parte e de fundamental importância é a conexão dos dois campos anteriores.

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Figura 2 – Canvas Proposta de Valor.

Fonte: Osterwalder et. al. (2014)

A conexão do modelo se consegue quando o mapa de valor se coincide com o perfil do cliente, quando o produto alivia as dores e cria ganhos para o cliente.

2 MAPA DE EMPATIA

É uma ferramenta que surgiu a partir da necessidade de profunda compreensão dos clientes, incluindo seu ambiente, seu dia a dia, suas preocupações e inspirações. Colocar o cliente em foco, dessa forma, é uma exigência de inovações bem-sucedidas e deve servir como norteamento na hora de fazer escolhas na construção de um modelo de negócio mais forte em consequência de Propostas de Valor mais assertivas e precisas devido à esta empatia e afinidade com o cliente. No livro Business Model Generation, os autores citam grandes empresas que contratam antropólogos e sociólogos justamente para auxiliar nesta compreensão sobre os clientes e então fornecerem produtos novos e melhores. Conforme Osterwalder (2011, p. 127):

Adotar a perspectiva do cliente é um princípio básico para todo o processo de design de modelo de negócios. As perspectivas do cliente devem alimentar nossas escolhas em relação a Proposta de Valor, Canais de Distribuição, Relacionamento com Cliente e Fluxo de Receitas.

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Figura 3 – Mapa de Empatia

Fonte: Osterwalder e Pigneur (2011, p.44)

Através de um quadro intuitivo (figura 3) com segmentação de informações a respeito do cliente é possível conhece-lo a fundo e colocar-se no lugar dele, e assim ter a perspectiva do cliente para o desenvolvimento de novas soluções e experiências de consumo. 3 PERSONAS

Personas são representações de um grupo de clientes concebidos a partir da síntese de comportamentos observados entre consumidores com perfis extremos. Representam as aspirações, expectativas e necessidades de um grupo de clientes. Auxiliam no processo de Customer Development porque direcionam as soluções para o sentido dos usuários. Por ser representada por uma pessoa real o uso de personas promove uma análise em termos mais holísticos e empáticos (FRASER, 2012), permitindo trabalhar fatores adequados à diversas pessoas, porém carregados de uma sensação de exclusividade.

4 CUSTOMER DEVELOPMENT

O modelo Customer Development, ou traduzido, Desenvolvimento de Cliente, representado na Figura 04, surgiu a partir da compreensão e experiências práticas em Startups.

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O modelo foi inicialmente introduzido no livro The Four Steps for Epiphany escrito por Steve Blank em 2005. A consolidação do modelo se deu após o livro The Startup Owner’s Manual escrito por Steve Blank & Bob Dorf em 2012. Nele os autores definem startups como organizações temporárias, inseridas num ambiente de extrema incerteza e em busca de um modelo de negócio escalável, lucrativo e repetível. Diferente das empresas consolidadas que apenas executam seu modelo de negócio, as startups, são assim definidas pois ainda estão na busca por um modelo de negócio sólido, lucrativo e repetível.

Figura 4 – Representação Modelo Customer Development.

Quando uma hipótese é refutada é forçoso um ajuste no modelo. Essa “volta ao passo anterior” é chamada pelos autores de Pivot, e ao contrário do verificado em metodologias de Desenvolvimento de Produto, isto não considerado uma falha, ao invés disso, é uma fonte de aprendizagem. O Customer Development mostra que “voltar ao passo anterior” é uma etapa valiosa de aprendizado e descoberta, pos0sibilitando um ciclo em cada etapa até atingir a “velocidade de escape”, ou seja, até a geração de sucesso suficiente para ir para próxima etapa.

Quando uma hipótese é refutada é forçoso um ajuste no modelo. Essa “volta ao passo anterior” é chamada pelos autores de Pivot, e ao contrário do verificado em metodologias de Desenvolvimento de Produto, isto não considerado uma falha, ao invés disso, é uma fonte de aprendizagem. O Customer Development mostra que “voltar ao passo anterior” é uma etapa valiosa de aprendizado e descoberta, possibilitando um ciclo em cada etapa até atingir a “velocidade de escape”, ou seja, até a geração de sucesso suficiente para ir para próxima etapa.

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Figura 5 – Fluxo para a etapa de Pesquisa no Customer Development ]

As etapas de Criação de Clientes e Construção da empresa (vendas, marketing, desenvolvimento de negócios, etc.) só devem ser iniciadas até se ter provas efetivas disponíveis (um mapa de vendas testado e validado) que a empresa realmente é viável. Uma vez atingida a viabilidade, então a empresa pode passar para as etapas de execução rapidamente.

5 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO

A partir das metodologias apresentadas nos capítulos anteriores, foram extraídas as ferramentas e métodos considerados mais relevantes para a Descoberta de Clientes de um produto têxtil com tecnologia inovadora, os ativos nano tecnológicos. Então foi proposto a seguinte sequência de passos para chegar até o modelo de negócio para cada um dos cenários hipotéticos: (1) Elaborar Proposta de Valor, (2) Elaborar mapa de empatia através de pesquisa aberta junto ao público alvo, (3) Elaborar personas para cada público alvo proposto e (4) Elaborar modelo de negócio coerente com o conteúdo obtido nos passos anteriores.

Como resultados da ferramenta Canvas Proposta de Valor tem-se o encaixe dos itens do quadro do cliente com os itens do quadro do produto, lembrando que no quando do cliente é considerado os dias atuais, ou seja, sem a existência do produto proposto. Já no quadro do produto é descrito os valores e ganhos entregues para este cliente, assim entregando mais valor ou experiência do que como ele é atendido atualmente.

Nota-se, conforme apresentado na figura 6, que o cliente atualmente deve ir até uma loja ou pesquisar na internet para conhecer ou descobrir os produtos da linha fitness, ainda com esta rotina o cliente atualmente sente as dores para este produto, como a retenção do suor quando está praticando exercício físico. Outras dores encontradas pelo cliente é a deformação destas roupas após o uso e o desconforto nas vestimentas atuais encontradas.

No quadro do produto, do Canvas PV, é apresentado o produto como uma vestimenta fitness para o cliente proposto, onde a vestimenta possui a solução para as dores

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atuais do cliente, tais como tecidos leves e flexíveis que auxiliam na dor da deformação das roupas (do quadrado do cliente).

Figura 6 – 1º Canvas Proposta de Valor - Aplicado ao segmento de Vestuário Fitness

Fonte: Elaborado pelo autor (2017).

Após o preenchimento do Canvas PV, se fez a correlação dos campos relativos ao cliente com os campos relativos ao produto, como mostra o quadro 1. Na primeira coluna da tabela é apresentado as propostas de valores que foram extraídas do Canvas proposta de valor, já na segunda coluna é apresentado as características do produto, onde se encontram as soluções das dores e os criadores de ganho provindos do Canvas PV. Na coluna seguinte do quadro são apresentadas as hipóteses de sucesso desta proposta de valor para o cliente proposto.

Quadro 1 – Correlação do 1º Canvas Proposta de Valor. Área Característica do Produto Hipótese Proposta de Valor Tecidos Leves, Flexíveis e favoráveis à transpiração

Embora os tecidos sejam projetados para proporcionar conforto na prática de atividades físicas ainda há desconforto ocasionado pela retenção de suor. As roupas para práticas esportivas são para minimizar o desconforto, mas não oferecem nenhuma funcionalidade extra

Proposta de Valor

Grandes marcas, preço,

conforto

A diversidade de lojas físicas e virtuais são ganhos para os clientes, bem como o preço em decorrência da produção em massa de vestuário esportivo, sendo os produtos fáceis de encontrar e comprar

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Proposta de Valor

Proximidade com os Clientes

Este fator não foi muito encontrado no segmento de vestuário esportivo. Não há características específicas nos produtos para determinada necessidade do cliente

Fonte: Elaborado pelo autor (2017).

Após a identificação de uma proposta de valor inicial frente ao mercado de vestuário fitness, seguimos para a etapa de contato e conhecimento sobre os possíveis clientes através da aplicação da ferramenta Mapa de Empatia, conforme mostra a figura 7.

Figura 7 – Mapa de Empatia 1

Fonte: Elaborado pelo autor (2017).

Algumas características que representam um grupo de clientes foram obtidas através do Mapa de Empatia, como por exemplo: Os possíveis clientes questionados apresentaram como Dores no que diz a compra de roupas com nanotecnologia o desconhecimento sobre a tecnologia e suas aplicações em têxteis bem como falta de informação sobre quem pode fornecer tais aplicações. Além disso, apresentou também como dores o desconforto ao utilizar algumas roupas fitness, que embora sejam projetadas para minimizar o desconforto ao praticar atividades físicas, estas roupas não oferecem nenhuma sensação extra, limitando-se a apenas minimizá-lo. Através de perguntas abertas com alguns

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clientes do público alvo, constatou-se também que a maioria destes possíveis clientes compram pela internet embora alguns ainda não se sentem seguro ao fazer compras on-line, principalmente de roupas, pois não é possível provar antes de comprar. Ainda, constatamos que as maiores influências que estes clientes têm são visuais, ou seja, observam o vestuário de colegas e em ambientes como academias, e também são influenciados pelo que escutam de familiares e colegas de trabalho.

A partir da primeira iteração com possíveis clientes e através da criação de uma Proposta de Valor, identifica-se como oportunidade, frente as condições atuais do segmento de vestuário fitness, a aproximação com os clientes e oferecimento de produtos com funcionalidades específicas. A partir desta primeira Proposta de Valor e Mapa de Empatia foi elaborado um modelo de negócio com as hipóteses identificadas, como mostra a figura 8.

Figura 8 – 1º Business Model Canvas – Aplicado a Vestuário com Nanotecnologia

Obtidas hipóteses de produto e de clientes iniciais, com o objetivo de mapear diferentes hipóteses com base em modelos já consagrados e ainda, considerando o referencial teórico descritos nos capítulos anteriores, onde há busca por agilidade nesse processo de validação de um modelo de negócio consistente, foi elaborado o quadro 2. Ele contém hipóteses para diferentes modelos de negócio para a ideia de produto proposta, diferenciando apenas os blocos do Bussines Model Canvas Proposta de Valor, Receita, Cliente e Relacionamento por serem estes os blocos que realmente podem conferir inovação em um

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modelo de negócio. O objetivo é ter diferentes modelos e identificar o que mais faça sentindo para que então na etapa seguinte se valide junto aos clientes tais hipóteses.

Quadro 2 – Customer Discovery Hipótese Proposta de

valor Receita Cliente Relacionamento

Padrão visto em: 01 Entrega periódica e programada de roupas com nanotecnologia Assinatura mensal ou anual Iniciantes em atividades esportivas Cadastro on-line com características e preferências MANPACKS, BLACKSOCKS, SHOEDAZZLE, TOYS 4 TAILS, SOCIEDADE DA MESA 02 Suas roupas preferidas com nanotecnologia aplicada Valor da aplicação dos ativos nano tec Pessoas que querem conferir novas funcionalidades a suas roupas Site próprio e redes sociais NESPRESSO, HP, GILLETTE 03 Escolha e Monte você mesmo sua

peça com a funcionalidade nano tec preferida

Venda de peças personalizas com nano tec Pessoas que desejam peças e funcionalidades específicas Site com plataforma de personalização SHOES OF PRAY, BLANK LABEL, CEREALIZE 04 Compre roupas com nano tec sem

sair de casa Percentual sobre o valor de venda Praticantes de qualquer atividade física sem tempo para

pesquisar e comprar roupas nano tec Site e Produtos disponíveis em plataformas de marketplace MERCADO LIVRE, APP STORE, ETSY, THRED UP

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05 Roupas funcionais nano tec disponíveis em academias, lojas de moda fitness e de suplementos alimentares Percentual sobre o valor de venda Alunos de academias, clientes de lojas de estética, fitness e suplementos alimentares

Através das lojas físicas (terceiros) e site próprio da marca

-

Fonte: Elaborado pelo autor (2017).

Alguns modelos de negócio possuem características similares, formando alguns padrões. Não são iguais, mas possuem aspectos que se repetem em tipos de negócios e indústrias totalmente diferentes. Deste modo, com base em estudo em alguns modelos de negócio que obtiveram sucesso formulamos o quadro acima, contendo hipóteses para o Customer Discovery que serão validadas na etapa seguinte (Customer Validation).

A Validação de Clientes almeja transformar as hipóteses formuladas em fatos, no que se refere a escalabilidade da empresa. Os autores Blank & Dorf (2012) sugerem que os empreendedores devem, nesta etapa, responder perguntas como por exemplo: “O negócio é escalar, ou seja, pode ser repetível e expansível?”, “O processo de vendas é consistente e estável?”, “Há uma previsão de vendas estimada?”. Portanto, para mapear as hipóteses levantadas através das ferramentas aplicadas no capítulo 4 e verificar quais hipóteses são verdadeiras e quais necessitam ser reformuladas, com boa representação visual, foi criado o quadro “Validação de Clientes” (quadro 2).

Quadro 3 – Validação de Clientes

Tipo Hipótese Experimentos Métricas

Proposta de Valor

Entrega periódica e programada de roupas com nano

tecnologia para segmento fitness

- Questionário de aceitação para clientes com o perfil proposto;

- Mapear o tamanho do mercado mundial, nacional e local para consumo de produtos com este padrão de modelo de negócio;

- Quantidade de respostas positivas superior a 20% da amostragem, sendo não inferior a 400;

- Classificar o mercado em TAM, SAM e Mercado alvo;

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Proposta de Valor Suas roupas preferidas com nanotecnologia aplicada - Identificar a disponibilidade dos fornecedores para esta aplicação ser vendida separada;

- Identificar lojas de departamento para aplicação da nano tecnologia;

- Ter pelo menos 2 fornecedores da

tecnologia a ser aplicada; - Ter pelo menos 3 lojas especialistas com aceitação;

Proposta de Valor

Escolha e Monte você mesmo sua

peça com a funcionalidade nano tec preferida - Identificar lojas de departamento para aplicação da nano tecnologia; - Identificar desenvolvedores para a plataforma de personalização

- Ter pelo menos 3 lojas especialistas com aceitação;

- Ter pelo menos 3 desenvolvedores qualificados

Proposta de Valor

Compre roupas nano tec sem sair

de casa

- Identificar plataformas de e-commerce consagradas - Testar disponibilidade e capacidade dos

fornecedores para atender a demanda

- Ter pelo menos 3 plataformas consagradas disponíveis

- Lead time dos

fornecedores inferior a 5 dias; Proposta de Valor Roupas funcionais nano tec disponíveis em academias, lojas de produtos de estética, lojas de suplementos alimentares e moda fitness - Formalização de parceiras com academias, lojas de moda fitness e suplementos alimentares

- Teste: disponibilização de peças em lojas de terceiros

- Ter pelo menos 10 estabelecimentos parceiros

- Interesse dos clientes pelas peças relevante

Receita mensal ou anual Assinatura

- Questionário de aceitação para clientes de academia; - Mapear o tamanho do mercado mundial, nacional e local para consumo deste produto;

- Quantidade de respostas positivas superior a 20% da amostragem, sendo não inferior a 400; - Classificar o mercado em TAM, SAM e Mercado alvo; Receita Valor da aplicação dos ativos nano tec

- Cálculo de custo da aplicação da tecnologia nos fornecedores

- Questionário de média de

- 30% dos entrevistados dispostos a pagar até 80% a mais por roupas com funcionalidades, amostra não inferior a

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preço esperado pelos

clientes pelos produtos 400 - Custo do fornecimento da aplicação que

possibilite margem de lucro de pelo menos 20% sem ultrapassar 80% do valor de uma peça comum Receita Venda de peças personalizas com nano tec - Cálculo de custo da aplicação da tecnologia nos fornecedores

- Testar disponibilidade e capacidade dos

fornecedores para atender a demanda

- Custo do fornecimento da aplicação que

possibilite margem de lucro de pelo menos 20% sem ultrapassar 80% do valor de uma peça comum

- Lead time dos

fornecedores inferior a 5 dias;

Receita Percentual sobre o valor de venda

- Identificar o percentual de venda cobrado pelas

plataformas de e-commerce

- Margem de lucro líquido superior ou igual a 30%

Receita Percentual sobre o valor de venda

- Cálculo do custo do desenvolvimento e

manutenção da plataforma de personalização

- Margem de lucro líquido superior ou igual a 30% Cliente Iniciantes em atividades esportivas - Questionário de interesse e disposição a pagar a mais por roupas com

nanotecnologia

- Quantidade de respostas positivas superior a 20% da amostragem, sendo não inferior a 400;

- 30% dos entrevistados dispostos a pagar até 80% a mais por roupas com funcionalidades, amostra não inferior a 400 Cliente Pessoas que querem conferir novas funcionalidades a suas roupas - Questionário de interesse e disposição a pagar a mais por roupas com

nanotecnologia

- Quantidade de respostas positivas superior a 20% da amostragem, sendo não inferior a 400;

- 30% dos entrevistados dispostos a pagar até

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80% a mais por roupas com funcionalidades, amostra não inferior a 400 Cliente Pessoas que desejam peças e funcionalidades específicas - Questionário de interesse e disposição a pagar a mais por roupas com

nanotecnologia

- Quantidade de respostas positivas superior a 20% da amostragem, sendo não inferior a 400;

- 30% dos entrevistados dispostos a pagar até 80% a mais por roupas com funcionalidades, amostra não inferior a 400 Cliente Percentual sobre a venda dos produtos - Questionário de interesse e disposição a pagar a mais por roupas com

nanotecnologia

- Quantidade de respostas positivas superior a 20% da amostragem, sendo não inferior a 400;

- 30% dos entrevistados dispostos a pagar até 80% a mais por roupas com funcionalidades, amostra não inferior a 400 Cliente Alunos de academias, clientes de lojas de estética, fitness e suplementos alimentares - Questionário de interesse e disposição a pagar a mais por roupas com

nanotecnologia

- Quantidade de respostas positivas superior a 20% da amostragem, sendo não inferior a 400;

- 30% dos entrevistados dispostos a pagar até 80% a mais por roupas com funcionalidades, amostra não inferior a 400 Relacionamento Cadastro on-line com características e preferências - Questionário de aceitação para clientes com o perfil proposto;

- Quantidade de respostas positivas superior a 20% da amostragem, sendo não inferior a 400;

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Relacionamento Site próprio e redes sociais

- Questionário de aceitação para clientes com o perfil proposto;

- Quantidade de respostas positivas superior a 20% da amostragem, sendo não inferior a 400; Relacionamento Site com plataforma de personalização - Questionário de aceitação para clientes com o perfil proposto;

- Quantidade de respostas positivas superior a 20% da amostragem, sendo não inferior a 400; Relacionamento Site e Produtos disponíveis em plataformas de marketplace - Questionário de aceitação para clientes com o perfil proposto;

- Quantidade de respostas positivas superior a 20% da amostragem, sendo não inferior a 400;

Relacionamento

Através das lojas físicas (terceiros) e site próprio da

marca

- Questionário de aceitação para clientes com o perfil proposto;

- Quantidade de respostas positivas superior a 20% da amostragem, sendo não inferior a 400;

Fonte: Elaborado pelo autor (2017).

Após a realização dos experimentos é necessário saber quais hipóteses foram validadas e quais precisarão ser Pivotadas. A resposta será quais atingiram as métricas e quais não. As hipóteses que não forem validadas devem ser repensadas sobre os motivos da não validação e voltar à etapa anterior para refinar mais uma vez o modelo de negócio, agora com o aprendizado obtido no primeiro processo de validação. Os próprios autores afirmam que pode ser necessário fazer mais de um pivot, o que não é visto como ruim, pelo contrário, são mais chances de se obter aprendizado e elaborar um modelo de negócios mais consistente. As hipóteses validadas, por sua vez, seguem para a fase seguinte que é a Criação de Clientes, onde há maior investimento financeiro e busca por escalar as operações de modo que cresça a quantidade de clientes.

4 CONCLUSÃO

O presente trabalho mostrou a capacidade das metodologias Customer Development, Business Model Canvas e Lean Startup de contribuir para a evolução de uma startup, de uma ideia até um modelo de negócio consistente e escalável.

No capítulo 2 foram apresentadas e contextualizadas as principais ferramentas metodológicas utilizadas no contexto das startups.

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Com aplicação das ferramentas propostas foi possível obter um conjunto de hipóteses para a elaboração do produto proposto bem como identificar e descrever quem será seus clientes.

No capítulo 4 foi apresentado também um quadro para a validação das hipóteses, com métricas e experimentos propostos que permite a validação ou não das hipóteses.

No começo do trabalho foi abordado o referencial teórico destas metodologias, que atualmente são as mais usadas no desenvolvimento de novas negócios ou produtos. Em um contexto de extrema incerteza, tais metodologias são importantes por aplicar uma lógica de aprendizado constante, onde o desenvolvimento da empresa e o aprendizado com os possíveis clientes é concomitante. Ainda, a abordagem feita pelos autores Steve Blank & Bob Dorf (2012) destacam um procedimento científico para formular as hipóteses de negócio e para validá-las, auxiliando os empreendedores a pouparem tempo e investimento financeiro em modelos com incertezas de sucesso.

Após a consagração do Customer Development, outras metodologias foram criadas e adequadas ainda mais ao contexto das startups. Eric Ries, por exemplo, aplicou os conceitos do Lean Manufacturing (criado pela Toyota) ao processo de Desenvolvimento de Clientes, proposto por Blank, dando origem a metodologia Lean Startup, que por sua vez, almeja evitar desperdícios durante a elaboração de um novo produto ou modelo de negócio, mantendo um processo científico para que todas as hipóteses relevantes sejam testadas e validadas, obtendo aprendizado através dos sucessivos experimentos.

As contribuições do presente trabalho foram, além de apresentar de forma clara e concisa as metodologias estudadas, foi apresentar, através de um caso prático, um guia com mecanismos que facilitam a formulação e validação de ideias, utilizando conceitos integrados das metodologias Customer Development, Business Model Canvas e Lean Startup, de forma estratégica e visualmente clara.

O estudo de caso foi desenvolvido a partir de uma ideia avulsa, que era vender roupas com funcionalidades conferidas por nanotecnologia. A partir da utilização das ferramentas apresentadas no capítulo 2, foi possível refinar esta ideia através da interação e aprendizado com possíveis clientes. Primeiro, descortinamos um público alvo, com base nas características do produto, este público são as pessoas que buscam performance nas suas vestimentas, caracterizando pessoas que praticam atividades físicas e procuram obter sensação de conforto e outras funcionalidades a mais de acordo com a atividade praticada. Depois, a partir do estudo de dezenas de modelos de negócios que obtiveram sucesso no mercado mundial, identificamos alguns que mais se adequavam às características obtidas deste público

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alvo e com base nelas refinamos as hipóteses. Por fim, estabelecemos um quadro de validação para estas hipóteses, com experimentos a serem realizados e métricas como parâmetros a fim de se validar as hipóteses ou identificar a necessidade de outra análise mais aguçada.

O estudo de caso se limitou apenas às duas primeiras etapas do Customer Development por serem as etapas de pesquisa e que não demandam investimentos financeiros relevantes. A etapa seguinte seria a Criação de Clientes, onde as hipóteses testadas e validadas passam a receber investimentos financeiros consideráveis para crescer.

CUSTOMER DISCOVERY APPLIED TO A CLOTHING PRODUCT FOCUSED WITHOUT MARKET APPLICATION: NANOTECHNOLOGICAL TEXTILE

ACCOUNTS

Abstract: This work of completion of course presents the application of methods and concepts of the methodologies Customer Development, Lean Startup e Business Model Canvas proposed by Steve Blank, Eric Ries e Alexander Osterwalder, respectively, for the development of customers for a textile produt with application of nanotechnology focused on the fitness market. In addition to the teorical benchmark of these methodologies, which are currently the most important in the development of new interprises, the work will present a guide for formulating business hypothesis and validation on the basis of concomitant learning with possible customers.

Keywords: Customer Development. Customer Discovery. Nano technological textile assets.

REFERÊNCIAS

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BLANK, S., Why the Lean Start-Up Changes Everything, Harvard Business Review, 2013.

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VIANNA, M. et al. Design thinking: inovação em negócios. Rio de Janeiro: MJV Press, 2012.

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AGRADECIMENTOS

À instituição Universidade do Sul de Santa Catarina e a todos meus professores que compartilharam conhecimentos de valor intangível e indispensáveis à minha formação profissional e social. Em especial, ao meu professor orientador Juliano Mazute pelo empenho e determinação para orientar meu trabalho.

Referências

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