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AUTORIZAÇÃO DAS ENTIDADES PRESTADORAS DE SERVIÇOS EXTERNOS DE SAÚDE NO TRABALHO

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AUTORIZAÇÃO DAS ENTIDADES PRESTADORAS DE SERVIÇOS EXTERNOS DE SAÚDE NO TRABALHO

DEFINIÇÃO DE CRITÉRIOS A ADOTAR NA ANÁLISE E DECISÃO DOS PROCESSOS

Na sequência da entrada em vigor da Lei nº 102/2009, de 10 de setembro, foi decidida a adoção dos presentes critérios, em relação aos seguintes itens:

1. Autorizações e Registos;

2. Suficiência de recursos humanos; 3. Tempos de afetação;

4. Tipo de vínculos;

5. Atividades ou funções com recurso a subcontratação; 6. Conteúdo do Manual de Procedimentos;

7. Instalações, equipamentos e utensílios. 1 – Autorizações e Registos

1.1 - As empresas de serviços externos que pretendam exercer a sua atividade na Região Autónoma

dos Açores devem:

 Requerer a competente autorização nos termos dos artigos 84º e seguintes da Lei nº

102/2009, de 10 de setembro, em conjugação com a alínea m), do nº6, do artigo 12º, da Lei 7/2009, de 12 de fevereiro.

 A DRS verificará a regularidade do registo dos profissionais da área da saúde, nos termos da legislação em vigor nesta matéria (Portaria n.º 38/2006, de 4 de maio).

1.2 - As empresas de prestação de serviços externos de Saúde no Trabalho autorizadas a exercer a

sua atividade na Região e que queiram alargar a sua área de atuação a outra/outras Ilha(s) diferente(s) daquela(s) para que foram autorizadas, devem:

 Solicitar à DRS a alteração do âmbito territorial, resultante do alargamento, com indicação expressa do local destinado à prática de atos médicos, que deverá possuir os requisitos mínimos previstos para as unidades privadas de saúde e ser objeto de registo. Tratando-se de local já registado, deverão as empresas requerentes fazer prova do referido registo, não estando sujeitos, nestes casos, à realização de vistoria.

 Indicar o número de trabalhadores que se propõem abranger com a alteração, em estabelecimentos industriais ou de outra natureza com risco elevado e nos restantes estabelecimentos.

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 Identificação do(s) Médico(s) e Enfermeiro(s) do Trabalho (se aplicável),bem como os documentos de identificação e comprovativos das respetivas habilitações, para efeitos de registo, ou comprovativo(s) do respetivo registo na Direção Regional da Saúde.

 Cópia dos contratos celebrados com o(s) Médico(s) e/ou Enfermeiro(s) do Trabalho, quando reduzidos a escrito, indicando o tempo mensal de afetação à atividade e o período de duração do contrato.

 Identificação das atividades para as quais prevê o recurso a subcontratação.

 Relação do equipamento mínimo para a vigilância da saúde existente no local afeto à atividade de saúde no trabalho.

1.3 - As empresas de serviços externos de SHST sediadas no Continente, que prestam serviços de

SHST a empresas sediadas no Continente, com estabelecimentos na Região, devem:

 Requerer o registo dos profissionais de saúde na DRS, nos termos da legislação em vigor nesta matéria (Portaria n.º 38/2006, de 04 de maio).

 Submeter instalações (que devem possuir os requisitos mínimos previstos para as unidades privadas de saúde) e respetivos equipamentos a registo da DRS. Tratando-se de local já registado devem fazer prova do referido registo, não estando, nestes casos, sujeitos a vistoria.

 Fazer prova da respetiva autorização.

2 – Suficiência de recursos humanos

A Lei nº 102/2009, de 10 de setembro, prevê na alínea a) do nº 1 do artigo 85º, que a autorização de serviço externo depende de quadro técnico mínimo, constituído por um Médico do Trabalho e, no caso das empresas com mais de 250 trabalhadores, também por um Enfermeiro do Trabalho.

Por outro lado, o artigo 105º da mesma Lei nº 102/2009, de 10 de setembro, prevê a garantia mínima de funcionamento dos serviços de saúde no trabalho, nomeadamente, a necessidade do Médico do Trabalho conhecer os componentes materiais do trabalho com influência na saúde do trabalhador, desenvolvendo a atividade nos estabelecimentos nos seguintes termos:

a) Em estabelecimento industrial ou estabelecimento de outra natureza com risco elevado, pelo menos uma hora por mês por cada grupo de 10 trabalhadores ou fração;

b) Nos restantes estabelecimentos, pelo menos uma hora por mês por cada grupo de 20

trabalhadores ou fração.

O mesmo normativo prevê o tempo máximo de afetação do Médico do trabalho, referindo que é proibido assegurar a vigilância da saúde de um número de trabalhadores a que correspondam mais do que 150 horas de atividade por Mês.

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Assim, relativamente a esta matéria será de adotar e manter a presente regra da

proporcionalidade, tendo em conta as previsões conjugadas dos artigos 85º, 104º e 105º da Lei nº

102/2009, de 10 de setembro:

Nº Trabalhadores Abrangidos na Indústria * Nº Médicos do Trabalho

Até 1500 1

Até 3000 2

Até 4500 3

Até 6000 4

Nº Trabalhadores Abrangidos no Comércio e Serviços Nº Médicos do Trabalho Até 3000 1 Até 6000 2 Até 9000 3 Até 12000 4

Em empresas com mais de 250 trabalhadores, o médico do trabalho deve ser

coadjuvado por um enfermeiro com a experiência adequada.

As empresas de serviços externos devem contar sempre com pelo menos um Médico

com a especialidade de Medicina do Trabalho, podendo os restantes ser médicos autorizados, atendendo à carência de Médicos com a especialidade na Região.

* Devem ser incluídos neste conceito as empresas que desenvolvem atividades de risco elevado

Na Região Autónoma dos Açores deve constituir critério de autorização para as empresas de serviços externos, a existência, nos seus recursos humanos, de pelo menos um Médico com a especialidade de Medicina do Trabalho. Por outro lado, atendendo à carência de Médicos com a especialidade de Medicina do Trabalho na Região e em face do disposto no nº 3 do artigo 103º, da Lei nº 102/2009, de 10 de setembro, os restantes médicos poderão ser autorizados.

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No entanto, os serviços externos podem também ser prestados por pessoa individual, Médico do Trabalho, desde que solicite a competente autorização, nos termos do artigo 84º e seguintes da referida Lei nº 102/2009, de 10 de setembro.

3 – Tempos de afetação

Nesta matéria e nos termos do disposto no artigo 105º da Lei nº 102/2009, de 10 de setembro, o Médico do Trabalho deve prestar atividade durante o número de horas suficiente à realização dos atos médicos, de rotina ou emergência e outros trabalhos que deva coordenar.

O Médico do Trabalho deve ainda, conhecer os componentes materiais do trabalho com influência na saúde do trabalhador, desenvolvendo a atividade no estabelecimentos nos seguintes termos:

a) Em estabelecimento industrial ou estabelecimento de outra natureza com risco elevado, pelo menos uma hora por mês por cada grupo de 10 trabalhadores ou fração;

b) Nos restantes estabelecimentos, pelo menos uma hora por mês por cada grupo de 20

trabalhadores ou fração.

O mesmo normativo prevê o tempo máximo de afetação do Médico do trabalho, referindo que é proibido assegurar a vigilância da saúde de um número de trabalhadores a que correspondam mais do que 150 horas de atividade por Mês.

4 – Tipo de vínculos

A ponderação da natureza dos vínculos dos profissionais contratados pelos serviços externos reveste- se de grande importância na aferição da responsabilização e credibilidade das entidades prestadoras de serviços, no entanto, face à carência de Médicos do Trabalho na RAA, enquanto a mesma subsistir, será suficiente a vinculação através da celebração de contratos de prestação de serviços.

5 – Atividades ou funções exercidas com recurso a subcontratação

A previsão legal quanto a esta matéria determina o recurso à subcontratação de serviços, apenas em relação a tarefas de elevada complexidade e pouco frequentes.

Logo, não pode ser subcontratado o núcleo essencial das funções em causa, porquanto decorre da existência de uma unidade orgânica cujo objetivo é a prestação de serviços nesta área a necessidade de tal unidade constituir um todo coerente.

Assim, no que respeita à atividade de saúde no trabalho, a empresa deve garantir as condições que possibilitem ao médico do trabalho e restantes profissionais de saúde, a adequada vigilância da saúde dos trabalhadores no que se refere à exposição a riscos físicos, químicos, biológicos, psicossociais e ergonómicos.

Caso a empresa se proponha vigiar a saúde dos trabalhadores expostos a riscos contemplados em legislação específica, aquela deverá possuir o equipamento e a tecnologia previstos na legislação

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É aceitável a subcontratação com recurso a laboratórios especializados, devidamente acreditados, para efetuar avaliações de maior complexidade e menos frequentes e, a outras especialidades médicas, quando justificado.

6 - Conteúdo do Manual de Procedimentos

O manual de procedimentos previsto nº 4 do artigo 85º, da Lei nº 102/2009, de 10 de setembro, deverá seguir a estrutura apresentada no documento (manual.dot) disponível na página da ACT na Internet.

7 – Instalações e Equipamentos A) Instalações

As instalações onde funcionam as atividades de saúde no trabalho/vigilância da saúde

podem fazer parte das instalações fixas da empresa prestadora, podem fazer parte das

instalações fixas da empresa cliente e podem ser instalações móveis. O recurso a instalações

móveis é aceitável na vigilância da saúde dos trabalhadores em estaleiros ou outros postos de trabalho móveis e dos que trabalhem em empresas de baixo risco localizadas em zonas geográficas pouco acessíveis, na dependência de parecer prévio da autoridade de saúde do Concelho em questão. Em qualquer dos casos, as instalações devem cumprir os requisitos mínimos previstos para as unidades privadas de saúde, bem como os parâmetros mínimos estabelecidos na legislação que respeita à segurança nas instalações e condições de arejamento, iluminação, térmicas e outras, compreendidas no Regulamento Geral de Higiene e Segurança do Trabalho nos Estabelecimentos Comerciais, de Escritórios e Serviços (Decreto-Lei n.º 243/86, de 20 de agosto, adaptado à Região pelo Decreto Legislativo Regional, nº 10/92/A, de 1 de abril).

Áreas mínimas dos gabinetes nas instalações da empresa prestadora:

Gabinete médico: área mínima de 12 m2 e largura mínima de 2,60 metros;

Gabinete de enfermagem: área mínima de 12 m2 e largura mínima de 2,60 metros; Sala de espera: espaço destinado com área mínima de 8 m2.

Áreas mínimas dos gabinetes nas instalações da empresa cliente:

Semelhantes às anteriores, podendo não existir gabinete de enfermagem se o número de trabalhadores abrangidos for inferior a 250 no estabelecimento ou grupo de estabelecimento situados num raio de 50 km.

Áreas mínimas dos gabinetes nas instalações móveis:

Áreas semelhantes às consideradas nas instalações da empresa prestadora, considerando-se as necessárias adaptações (tolerância para áreas mínimas dos gabinetes de 10 m2 e largura mínima inferior a 2,60m, e outras consideradas pertinentes).

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Para o depósito e posterior recolha, transporte e tratamento dos resíduos considerados como hospitalares, devem existir contentores e sacos adequados, respeitando a legislação em vigor (Portaria n.º 35/97, de 30 de maio).

1 - Equipamento mínimo para a vigilância da saúde Equipamento do Gabinete Médico

1 Lavatório com torneira de comando não manual; 1 Dispositivo individual para secagem das mãos; 1 Cadeira giratória de cinco pés com rodas; 1 Cadeira simples;

1 Cesto de papéis;

1 Escala optométrica para visão à distância (a 2,5 m ou mais); 1 Escala de Jaeger para visão ao perto;

1 Mesa de trabalho com pelo menos, 1,00x0,50 m, com gavetas; 1 Negatoscópio simples;

1 Estetofonendoscópio; 1 Esfigmomanómetro;

1 “mini-set” com oftalmoscópio e otoscópio; 1 Banco rotativo;

1 Catre;

1 Candeeiro rodado de haste flexível;

1 Ficheiro, com chave, para arquivo de fichas clínicas; 1 Telefone com acesso direto à rede;

*1 Mesa de apoio, rodada, com pelo menos 0,45x0,45 m, com tampo e subtampo em inox; *1 Balde de pensos em inox, com tampa acionada por pedal;

*1 Balança para adultos com craveira; *1 Armário para material.

Caso exista Gabinete de enfermagem, o equipamento assinalado com * pode estar situado nesse gabinete.

Equipamento do Gabinete de Enfermagem

1 Lavatório com torneira de comando não manual; 1 Dispositivo individual para secagem das mãos; 1 Cadeira giratória de cinco pés com rodas; 1 Cadeira simples;

1 Banco rotativo; 1 Cesto de papéis;

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*1 balde de pensos em inox, com tampa acionada por pedal; *1 balança para adultos com craveira;

1 estetofonendoscópio; 1 esfigmomanómetro; 1 Catre;

*1 Armário para material.

O equipamento assinalado com * deverá estar presente no Gabinete médico nas situações em que se dispensa a existência de gabinete de enfermagem.

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