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Copel registra LAJIDA de R$ 521,7 milhões no quarto trimestre

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Resultados 4T17

Copel registra LAJIDA de R$ 521,7 milhões no quarto trimestre

4T17 3T17 4T16 Var.% 2017 2016 Var. %

(1) (2) (3) (1/3) (4) (5) (4/5)

Receita Operacional Líquida (R$ milhões) 3.910,7 3.643,7 3.297,1 18,6 14.024,6 13.101,8 7,0 Custos e Despesas Operacionais (R$ milhões) 3.618,1 3.159,7 3.396,1 6,5 11.984,9 11.279,3 6,3 Resultado Operacional (R$ milhões) 109,0 356,0 (241,0) - 1.392,9 1.394,2 (0,1) Lucro Líquido (R$ milhões) 133,3 416,7 (108,4) - 1.118,3 874,5 27,9 LPA - Lucro Líquido por ação (R$)¹ 0,27 1,49 (0,29) - 3,78 3,27 15,4

LAJIDA (R$ milhões) 521,7 637,9 116,7 346,9 2.873,0 2.697,1 6,5

Rentabilidade do Patrimônio Líquido (anualizada)² 3,6% 11,6% - - 7,5% 6,0% 24,5

Mercado Fio (GWh) 7.377 7.188 7.039 4,8 29.215 28.267 3,4

Programa de Investimentos (R$ milhões)³ 742,2 537,4 830,7 (10,7) 2.508,8 3.575,4 (29,8)

Margem LAJIDA 13,3% 17,5% 3,5% 276,8 20,5% 20,6% (0,5)

Margem Operacional 2,8% 9,8% - - 9,9% 10,6% (6,7)

Margem Líquida 3,4% 11,4% - - 8,0% 6,7% 19,5

¹ Considera o Lucro Líquido atribuído aos acionistas da empresa controladora. ² Considera o Patrimônio Líquido inicial do exercício.

³ Inclui aportes, adiantamentos para futuros investimentos e aumentos de capital. Valores sujeitos a arredondamentos.

Tarifas Médias (R$/MWh) dez/17 set/17 jun/17 mar/17 dez/16

Tarifa Média de Compra - Copel Dis1 163,64 184,88 152,14 152,67 156,88 Tarifa Média de Fornecimento - Copel Dis2 403,17 404,99 379,77 384,19 380,27 Tarifa Média de Suprimento - Copel GeT3 211,76 211,03 208,36 205,10 187,18

Indicadores Econômico-Financeiros dez/17 set/17 jun/17 mar/17 dez/16

Patrimônio Líquido (R$ mil) 15.510.503 15.717.885 15.315.591 15.390.433 14.978.142 Dívida Líquida (R$ mil) 8.495.080 7.898.628 7.708.410 7.611.999 7.450.210 Valor Patrimonial por Ação (R$) 56,68 57,44 55,97 56,24 54,73

Endividamento do PL4 63,4% 60,6% 61,8% 57,9% 59,0%

Liquidez Corrente 0,9 0,8 0,8 0,8 0,7 ¹ Com PIS e CONFINS.

² Não Considera as bandeiras tarifárias. Líquida de ICMS. 3 Com PIS e CONFINS. Líquida de ICMS.

4 Considera a dívida bruta sem avais e garantias.

CPLE3 | R$ 21,40 CPLE6 | R$ 24,95 ELP | US$ 7,63 XCOP | € 6,29 Valor de Mercado | R$ 6,3 bi * Cotações em 31.12.2017

✓ Crescimento de 4,8% no mercado fio da Copel Distribuição; ✓ Redução de 5,1% em PMSO;

✓ Aumento de 42,4% nos custos com compra de energia; ✓ R$ 270,5 milhões em provisões para litígios;

✓ R$ 2,5 bilhões de investimentos em 2017; ✓ Teleconferência de Resultados 4T17 17.04.2018 - 10h00 (horário de Brasília) Telefone para acesso

(11) 3127-4971 (11) 3728-5971

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Earnings Release 4T17

ÍNDICE

1. Principais Eventos no Período _______________________________________________________________________ 3 2. Desempenho Econômico-Financeiro ________________________________________________________________ 13

2.1 Receita Operacional __________________________________________________________________ 13 2.2 Custos e Despesas Operacionais _______________________________________________________ 14 2.3 Resultado de Equivalência Patrimonial ___________________________________________________ 17 2.4 LAJIDA ____________________________________________________________________________ 18 2.5 Resultado Financeiro _________________________________________________________________ 18 2.6 Lucro Líquido Consolidado _____________________________________________________________ 19 2.7 Demonstração do Resultado Consolidado – DRE ___________________________________________ 20

3. Principais Contas e Variações do Balanço Patrimonial __________________________________________________ 21

3.1 Principais Contas ____________________________________________________________________ 21 3.2 Balanço Patrimonial – Ativo ____________________________________________________________ 24 3.3 Endividamento ______________________________________________________________________ 25 3.4 Balanço Patrimonial - Passivo __________________________________________________________ 28

4. Desempenho das Principais Empresas _______________________________________________________________ 29

4.1 Copel Geração e Transmissão __________________________________________________________ 29 4.2 Copel Distribuição ____________________________________________________________________ 31 4.3 Copel Telecomunicações ______________________________________________________________ 33 4.4 UEG Araucária ______________________________________________________________________ 34 4.5 Informações Contábeis ________________________________________________________________ 35

5. Programa de Investimentos _______________________________________________________________________ 36 6. Mercado de Energia e Tarifas ______________________________________________________________________ 36

6.1 Mercado Cativo – Copel Distribuição _____________________________________________________ 36 6.2 Mercado Fio (TUSD)__________________________________________________________________ 37 6.3 Fornecimento de Energia Elétrica _______________________________________________________ 37 6.4 Total de Energia Vendida ______________________________________________________________ 38 6.5 Fluxos de Energia ____________________________________________________________________ 39 6.6 Tarifas _____________________________________________________________________________ 42

7. Mercado de Capitais _____________________________________________________________________________ 43

7.1 Capital Social _______________________________________________________________________ 43 7.2 Desempenho das Ações ______________________________________________________________ 44 7.3 Dividendos e JCP ____________________________________________________________________ 45 8. Performance Operacional _________________________________________________________________________ 46 8.1 Geração de Energia __________________________________________________________________ 46 8.2 Transmissão de Energia _______________________________________________________________ 53 8.3 Distribuição _________________________________________________________________________ 54 8.4 Telecomunicações ___________________________________________________________________ 56 8.5 Participações _______________________________________________________________________ 57 8.6 Novos Projetos ______________________________________________________________________ 58 9. Outras Informações ___________________________________________________________________ 60 9.1 Recursos Humanos __________________________________________________________________ 60 9.2 Principais Indicadores Físicos __________________________________________________________ 61 9.3 Teleconferência sobre Resultados do 4T17 ________________________________________________ 62

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Earnings Release 4T17

1. Principais Eventos no Período

A Copel apresentou LAJIDA de R$ 521,7 milhões no 4T17, montante 346,9% superior aos R$ 116,7 milhões verificados no 4T16. O resultado foi impactado pelo registro de R$ 25,7 milhões relacionados a reversão de perdas estimadas para redução ao valor recuperável (reversão de impairment), ante registro de provisão para

impairment no montante de R$ 567,1 milhões no 4T16, e pelo registro de R$ 270,5 milhões em provisões para

litígios relacionados a questões cíveis e administrativas, trabalhistas e benefício pós emprego.

O LAJIDA ajustado da Copel no 4T17 foi de R$ 665,7 milhões, crescimento de 6,5% em comparação com o LAJIDA ajustado apresentado no 4T16 (R$ 625,1 milhões), e reflete, principalmente, (a) o crescimento de 4,8% no mercado fio da Copel Distribuição, (b) o reajuste médio de 5,85% aplicado às tarifas da Copel Distribuição a partir de 24 de junho de 2017, (c) o reajuste da RAP e a entrada em operação de novos ativos de transmissão ao longo de 2017, e (d) redução de 5,1% em PMSO, excetuando provisões e reversões, parcialmente compensados pelo aumento de 42,4% nos custos com compra de energia em decorrência, principalmente, do GSF do período. Mais detalhes no item 2.

Reapresentação dos Saldos Comparativos de 2016

Conforme já divulgado na Nota Explicativa nº 3.2 das Informações Trimestrais – ITR referentes ao período encerrado em 30 de setembro de 2017 (“ITR 3T17”), a Administração da Companhia identificou, durante a preparação das Informações Financeiras Intermediárias para o período findo em 30 de setembro de 2017, que a controlada indireta UEG Araucária Ltda., mantinha recursos em Fundo de Investimento Multimercado, o qual detém cotas em outros fundos de investimentos, que, por sua vez, mantinha investimentos em companhia de capital fechado, cujo ativo principal era um empreendimento imobiliário. Em 30 de setembro de 2017, o referido investimento apresentava saldo de R$ 157.079 na rubrica Títulos e Valores Mobiliários, no ativo circulante, pelo fato de que as informações disponibilizadas pela Administração da UEG Araucária eram de que tal investimento tratava-se de fundo exclusivo, com benchmark de 103,5% do CDI, composto por cotas de fundos de investimento e títulos do governo, com liquidez imediata, e mantidos para negociação. O saldo do referido investimento, apresentado na mesma rubrica, era de R$ 165.749 em 31 de dezembro de 2016 e de R$ 111.760 em 1º de janeiro 2016. Com o objetivo de apurar a adequada classificação e valorização desse investimento, bem como a abrangência de eventuais impactos, a Administração da Companhia contou com a assistência de especialistas independentes, em conformidade com as melhores práticas de governança, incluindo investigação interna sobre as condições em que tal investimento foi efetuado. Os trabalhos de avaliação foram concluídos e os relacionados à investigação estão em estágio final. Destaca-se, ainda, que durante o processo de investigação, foi verificado que o referido investimento ocorreu de forma restrita à controlada UEG Araucária e em desacordo com a política de investimento da Copel, a qual dispõe que a

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alocação de recursos financeiros em fundos exclusivos pode ocorrer quando estes forem compostos exclusivamente por títulos públicos federais e/ou títulos emitidos por instituições financeiras públicas federais. Considerando as informações disponíveis durante a elaboração das demonstrações financeiras de 2017, identificou-se a necessidade de constituição de provisão para desvalorização desse investimento, em virtude de suas características específicas, tais como estágio do empreendimento imobiliário e perspectiva de geração de caixa futura. Avaliou-se, ainda, que tal provisão deveria ter sido registrada em exercícios anteriores pois as informações conhecidas durante a elaboração daquelas demonstrações financeiras, já estavam disponíveis à época e deveriam ter sido consideradas quando da elaboração das demonstrações financeiras de 2016 e de 2015. Durante a preparação das nossas demonstrações financeiras, também foi realizada análise de toda documentação legal e societária dos fundos de investimentos e concluiu-se que a partir de julho de 2015, a UEG Araucária passou a ter influência significativa, ainda que de forma indireta, na companhia de capital fechado. Dessa forma, a partir de julho de 2015, o saldo remanescente do investimento, até então classificado como instrumento financeiro mensurado a valor justo, passa a ser mensurado e divulgado como uma coligada, sendo os efeitos da mudança de classificação do ativo, levados ao resultado. Com o auxílio de laudo elaborado em março de 2018 por empresa independente contratada pela Copel, a Administração da Companhia apurou o valor justo do instrumento financeiro até julho de 2015, identificando a necessidade de redução do ativo em R$ 99.031. A partir de então, o saldo remanescente, já considerado como investimento em coligada, foi reduzido por provisão para desvalorização no valor de R$ 4.955. Dessa forma, a redução total em 1º de janeiro de 2016 foi de R$ 103.986. No exercício de 2016, foi apurada nova provisão para desvalorização no valor de R$ 52.201, sendo R$ 55.284 em resultado da equivalência patrimonial, R$ 4.300 em despesa financeira e R$ 7.383 em receita financeira. Consequentemente, as demonstrações financeiras em 31.12.2016 e 1º.01.2016, apresentadas para fins de comparação, estão sendo reapresentadas de modo que os saldos remanescentes desse investimento nos valores de R$ 9.562 em 31.12.2016 e de R$ 7.774 em 1º.01.2016, sendo também reclassificados para o ativo não circulante, no grupo de Investimentos. O efeito nas demonstrações financeiras individuais da Controladora foi redução em Investimentos, em contrapartida à rubrica de Resultado de equivalência patrimonial, nos valores de R$ 44.227 em 31.12.2016 e R$ 83.189 em 1º.01.2016.

Adicionalmente, em 2017, a Copel Distribuição reconheceu ajustes de períodos anteriores na conta de provisões relacionadas a litígios tributários devido à tributação da Conta de Compensação de Variações de Valores de Itens da Parcela A - CVA, atualmente classificada como Ativos e Passivos Financeiros Setoriais. O impacto desses ajustes representa, em 31.12.2016, aumento de R$ 31.995 na rubrica Despesas financeiras, em contrapartida à conta de Provisões para litígios, no passivo não circulante, e aumento na rubrica de Imposto de renda e contribuição social diferidos, no resultado, de R$ 10.878, em contrapartida à rubrica de tributos diferidos, no

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financeiras individuais da Controladora foi redução de R$ 21.117 em Investimentos, em contrapartida à rubrica de Resultado de equivalência patrimonial.

Em decorrência da realização dos ajustes mencionados anteriormente, os saldos comparativos de 2016 foram reapresentados com as Demonstrações Financeiras de 2017. Mais detalhes em nossas DFPs (NE nº 4.1)

Os quadros a seguir apresentam o impacto dos ajustes no Balanço Patrimonial e na Demonstração do Resultado de 2016.

R$ mil

Apresentado Reclassificação Reapresentado Apresentado Reclassificação Reapresentado

BALANÇO PATRIMONIAL

Ativo 17.320.563 (146.067) 17.174.496 30.434.209 (145.309) 30.288.900

Ativo circulante 698.488 - 698.488 4.402.990 (165.749) 4.237.241 Títulos e valores mobiliários (ajuste UEG Araucária) 149 - 149 302.398 (165.749) 136.649 Ativo não circulante 16.622.075 (146.067) 16.476.008 26.031.219 20.440 26.051.659 Imposto de renda e contribuição social diferidos (Ajuste Copel Dis) 47.462 - 47.462 803.477 10.878 814.355 Investimentos (Ajuste UEG Araucária) 14.111.959 (146.067) 13.965.892 2.334.950 9.562 2.344.512

Passivo 17.320.563 (146.067) 17.174.496 30.434.209 (145.309) 30.288.900

Passivo não circulante 1.386.559 - 1.386.559 9.622.727 31.995 9.654.722 Provisões para litígios (Ajuste Copel Distribuição) 152.944 - 152.944 1.241.343 31.995 1.273.338 Patrimônio líquido 14.864.165 (146.067) 14.718.098 15.155.446 (177.304) 14.978.142 Atribuível aos acionistas da empresa controladora 14.864.165 (146.067) 14.718.098 14.864.165 (146.067) 14.718.098 Reserva de retenção de lucros 5.162.983 (146.067) 5.016.916 5.162.983 (146.067) 5.016.916 Atribuível aos acionistas não controladores - - - 291.281 (31.237) 260.044

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R$ mil

Apresentado Reclassificação Reapresentado Apresentado Reclassificação Reapresentado

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO

Outras Receitas (Despesas) Operacionais 1.026.621 (62.878) 963.743 (823.536) (55.284) (878.820) Resultado da equivalência patrimonial (Ajuste UEG Araucária) 902.731 (62.878) 839.853 221.695 (55.284) 166.411

Lucro antes do resultado financeiro e dos tributos 1.026.621 (62.878) 963.743 2.044.102 (55.284) 1.988.818

Resultado Financeiro (13.057) - (13.057) (565.744) (28.912) (594.656) Receitas Financeiras 321.056 - 321.056 896.553 7.383 903.936 Despesas financeiras (Ajuste UEG Araucária e Copel Dis) (334.113) - (334.113) (1.462.297) (36.295) (1.498.592)

Lucro operacional 1.013.564 (62.878) 950.686 1.478.358 (84.196) 1.394.162

Imposto de renda e contribuição social (54.914) - (54.914) (530.568) 10.878 (519.690) Imposto de renda e contribuição social diferidos (50.032) - (50.032) 58.754 10.878 69.632

Lucro líquido do exercício 958.650 (62.878) 895.772 947.790 (73.318) 874.472

Atribuído aos acionistas da empresa controladora - - - 958.650 (62.878) 895.772 Atribuído aos acionistas não controladores - - - (10.860) (10.440) (21.300)

31.12.2016 Controladora Consolidado

Reversão de Provisão para Perdas estimadas para redução ao valor recuperável - Impairment

No 4T17 foram registrados R$ 128,2 milhões referente à reversão de provisão constituída para perdas estimadas ao valor recuperável do crédito decorrente do contrato de aquisição de gás firmado pela Compagas junto à Petrobras, o qual contém cláusula de compensação futura de saldos relativos à aquisição de volumes contratados e garantidos, superiores àqueles efetivamente retirados e utilizados. De acordo com as disposições contratuais e perspectivas de consumo, decorrente da revisão dos projetos e cenários para os próximos anos, a Compagas estima compensar integralmente os valores pagos até 2024. Além disso, caso a concessão termine de forma antecipada por qualquer motivo, o contrato com a Petrobras prevê o direito de alienação deste ativo.

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Essa reversão foi parcialmente compensada pelo registro de provisão para impairment relacionada à UHE Colíder (R$ 44,2 milhões), UTE Figueira (R$ 33,8 milhões), ao Complexo Eólico Cutia e Bento Miguel (R$ 14,6 milhões), e aos demais ativos de geração hidráulica no Estado do Paraná (R$ 9,9 milhões). Essas provisões resultam da revisão (i) da taxa de desconto, (ii) de premissas relacionadas a energia disponível para venda no longo prazo, (iii) de atrasos na execução da obra e/ou modernização, e (iv) de acréscimo no capex previsto para a conclusão do empreendimento.

Com isso, a Companhia apresentou um saldo líquido de R$ 25,7 milhões em reversão de impairment no 4T17. Provisões para Litígios

A Companhia registrou R$ 270,5 milhões em provisões para litígios no 4T17, dos quais R$ 181,7 milhões referem-se a questões cíveis e administrativas, R$ 85,6 milhões a questões trabalhistas e benefício a empregados, e R$ 3,2 milhões a questões tributárias, regulatórias, ambientais e servidão de passagem. Do saldo apresentado, R$ 235,5 milhões são considerados não recorrentes e estão relacionados a (i) a discussão em arbitragem protegida por sigilo e confidencialidade, em fase de instrução probatória, sem decisão proferida, (ii) a ação para indenização sobre supostos prejuízos causados pela implantação de empreendimento hidrelétrico, e (iii) a questões trabalhistas.

Desempenho Copel Distribuição

A Copel Distribuição registrou LAJIDA de R$ 110,9 milhões no 4T17, montante 13,4% superior aos R$ 97,8 milhões registrados no 4T16. Esse resultado reflete, sobremaneira, o reajuste médio de 5,85% aplicado às tarifas a partir de 24 de junho de 2017, o crescimento de 4,8% no mercado fio da distribuidora, e a redução de 6,5% nos custos gerenciáveis, parcialmente compensado por maiores saldos de provisões, relacionadas, principalmente, a questões trabalhistas e benefício a empregados.

Em 2017, o LAJIDA atingiu R$ 573,1 milhões, montante 5 vezes maior que os R$ 116,6 milhões registrados em 2016. Esse resultado reflete, sobremaneira, o crescimento de 3,4% no mercado fio da distribuidora, o reajuste médio de 5,85% aplicado às tarifas a partir de 24 de junho de 2017 e a redução de 2,6% em PMSO (Pessoal e administradores, planos previdenciário e assistencial, material, serviços de terceiros, provisões e reversões e outros).

Comparando o LAJIDA reportado com o LAJIDA regulatório (R$ 1,0 bilhão), o desempenho da Copel Dis ficou 42,8% abaixo do regulatório, reflexo da performance dos custos gerenciáveis acima da cobertura tarifária, os quais foram impactados pelo registro de PECLD acima da cobertura tarifária no montante de R$ 35,4 milhões e de R$ 168,6 milhões em demais provisões para litígios.

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R$ milhões 2017 Reportado 2017

Cobertura Tarifária Dif. %

LAJIDA 573,1 1.001,2 (42,8) PMSO 1.795,4 1.283,8 39,8

Cabe ressaltar que em 2017 os custos com pessoal apresentaram crescimento de 0,9% em comparação com o valor apresentado em 2016 (ante inflação dos últimos 12 meses de 2,94%), e reflete, principalmente, a política salarial adotada a partir de outubro de 2016, parcialmente compensada pela redução de 276 funcionários no quadro de pessoal ao longo de 2017 e pela revisão das premissas que subsidiam o cálculo atuarial.

A Companhia tem realizado esforços para reduzir a diferença entre a cobertura tarifária e o PMSO realizado, sendo que em 2017, o PMSO foi 2,6% menor que o registrado em 2016 enquanto que a cobertura tarifária cresceu 7,8%, conforme quadro a seguir.

R$ milhões

2017 2016 Dif. %

PMSO (cobertura tarifária) 1.283,9 1.191,0 7,8

PMSO (realizado) 1.795,4 1.842,9 (2,6)

% Acima da Cobertura tarifária 39,8% 54,7%

Participação em Sanepar

Em dezembro de 2017, a Companhia participou como vendedora da oferta pública de distribuição secundária de certificados de depósitos de ações (“Units”), representativos cada um de uma ação ordinária e quatro ações preferenciais de emissão da Companhia de Saneamento do Paraná – SANEPAR, nos termos dos documentos da respectiva oferta.

A participação da Copel na operação contemplou a alienação de 8.859.914 Units, o que representa a totalidade de suas Units de emissão da Sanepar, sendo 7.268.653 Units detidas pela Copel Holding e 1.591.261 Units detidas pela Copel Comercialização, ao preço de R$ 55,20/Unit.

A liquidação da operação ocorreu no dia 18 de dezembro de 2017 e resultou no ingresso de R$ 484,6 milhões no caixa da Companhia.

Desde dezembro de 2016 a Copel passou a classificar o seu investimento na Sanepar como ativo financeiro disponível para venda, cujo reconhecimento inicial foi efetuado com base no valor justo e sua variação registrada diretamente no patrimônio líquido, líquido dos efeitos tributários. Com a alienação total desse investimento em dezembro de 2017, os ganhos acumulados mantidos no patrimônio líquido foram reclassificados para o resultado do exercício, totalizando R$ 28,7 milhões.

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Realização de Assembleia Geral de Debenturistas

Em 20 de dezembro de 2017, foi realizada a 1ª Assembleia Geral de Debenturistas da 5ª (quinta) emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária, em série única, da Companhia (“Debêntures”), por meio da qual foi aprovada a alteração da definição de “Dívida Financeira Líquida Consolidada” prevista na alínea (z) da Cláusula 7.1 da respectiva escritura de emissão, a qual contempla a exclusão de avais ou fianças prestadas da definição em questão, passando a vigorar com a seguinte redação

“Dívida Financeira Líquida Consolidada” significa (a) o somatório de todas as dívidas financeiras consolidadas da Emissora junto as pessoas físicas e/ou jurídicas, incluindo empréstimos e financiamentos com terceiros, emissão de títulos de renda fixa, conversíveis ou não em ações, no mercado de capitais local e/ou internacional; (b) menos o somatório das disponibilidades (caixa e aplicações financeiras) e do diferencial por operações com derivativos.

A alteração em questão uniformiza os índices financeiros aplicáveis aos valores mobiliários de emissão da Companhia e de suas controladas.

Em razão dessa aprovação, em 28 de dezembro de 2017 a Companhia pagou aos Debenturistas R$ 8,7 milhões, referente a comissão de reestruturação (flat) equivalente a 1,30% incidente sobre o saldo do valor nominal unitário das Debêntures acrescido dos juros remuneratórios.

UHE Colíder

Nos dias 29 e 31 de janeiro, foi concluído, respectivamente, o lançamento do rotor do gerador no poço da unidade 1 e a descida do rotor da turbina da unidade geradora 2 da Usina Hidrelétrica Colíder. Com os equipamentos já no poço, os próximos passos são a descida do estator e o fechamento da máquina para início dos testes. A casa de força da Usina Colíder terá três grupos geradores com potência instalada total de 300 megawatts. A unidade 1 será a primeira a ficar pronta, prevista para maio de 2018, enquanto que a terceira (e última) unidade geradora está prevista para entrar em operação em novembro de 2018.

Diante das decisões negativas da Aneel sobre o pedido de excludente de responsabilidade e suas reconsiderações, a Copel GeT protocolou em 18 de dezembro de 2017 ação ordinária junto ao Poder Judiciário referente à matéria.

A Companhia possui um saldo de R$ 181,6 milhões na conta “clientes” referente a venda de energia a ser reprocessada pela CCEE do período de janeiro a maio de 2015 em decorrência do pedido de excludente de responsabilidade na entrega de energia para cumprir os contratos de comercialização da UHE Colíder, dos quais foi constituída uma perda estimada para créditos de liquidação duvidosa (PECLD) de R$ 119,7 milhões.

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- de janeiro de 2015 a maio de 2016: com sobras de energia descontratada em suas demais usinas;

- de junho de 2016 a dezembro de 2018: redução parcial no mês de junho de 2016 através de Acordo Bilateral e de julho de 2016 a dezembro de 2018 com redução da totalidade dos Contratos de Comercialização de Energia no Ambiento Regulado - CCEARs, através de Acordo Bilateral e da participação no Mecanismo de Compensação de Sobras e Déficits - MCSD de Energia Nova. Mais detalhes no item 8.1.

Dividendos e Juros sobre o Capital Próprio

Em 13 de dezembro de 2017, o Conselho de Administração da Copel deliberou pela antecipação da parcela de Juros sobre o Capital Próprio – JCP, no montante de R$ 266,0 milhões, em substituição aos dividendos do exercício de 2017, aos acionistas com posição em 28.12.2017, de acordo com a Lei n.º 9.249/95. Os proventos distribuídos, bem como a data de pagamento, serão ratificados na Assembleia Geral Ordinária, a qual analisará o Relatório da Administração, Balanço Patrimonial e demais Demonstrações Financeiras referentes ao exercício de 2017.

Em complemento a parcela de JCP, serão propostos na Assembleia Geral Ordinária (AGO) a distribuição de R$ 23,4 milhões na forma de dividendos, totalizando R$ 289,4 milhões, o que representa R$ 1,00 por ação ON, R$ 2,89 por ação PNA e R$ 1,11 por ação PNB.

Programa de Investimentos 2018

Em 2018, a Copel pretende realizar investimentos no montante de R$ 2,9 bilhões, sendo que R$ 888,5 milhões dos investimentos programados serão destinados a conclusão da construção do Complexo Eólico Cutia, o qual sofreu alteração em seu cronograma de entrada em operação e consequente readequação do seu cronograma financeiro em 2017. No segmento de distribuição, estão planejados investimentos de R$ 790,0 milhões em execução de obras de melhoria, modernização, ampliação e reforço do sistema de distribuição de energia elétrica no Paraná. Empreendimentos de geração e transmissão vão receber R$ 743,6 milhões que serão alocados, basicamente, na conclusão das obras em curso.

Emissão de R$ 600,0 milhões em debêntures – Copel Holding

Em 19 de janeiro de 2018, a Copel efetuou a 7ª Emissão de Debêntures Simples, não conversíveis em ações, de espécie quirografária, em série única, para a sua distribuição pública, nos termos da ICVM 476/2009, no montante total de R$ 600,0 milhões. Foram emitidas 600 mil debêntures, com valor nominal unitário de R$ 1 mil, com prazo de vencimento de três anos contados da data de emissão e amortização em duas parcelas anuais, em 15 de janeiro de 2020 e 15 de fevereiro de 2021. As debêntures serão remuneradas com juros correspondentes à variação acumulada de 119% das taxas médias diárias dos Depósitos Interfinanceiros - DI. Os recursos captados foram destinados ao reforço da estrutura de capital da emissora.

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Revisão da Garantia Física

Em 03 de maio de 2017, foi publicada a Portaria nº 178 do Ministério de Minas e Energia, que divulgou os valores revistos de garantia física de energia das Usinas Hidrelétricas - UHEs Despachadas Centralizadamente no Sistema Interligado Nacional – SIN, obtidos com a aplicação da metodologia apresentada no Relatório de Revisão Ordinária de Garantia Física de Energia das UHEs, de 25 abril de 2017, elaborado pelo Grupo de Trabalho instituído pela Portaria MME nº 681, de 30 de dezembro de 2014, composto por representantes do MME, do Centro de Pesquisas de Energia Elétrica - CEPEL e da Empresa de Pesquisa Energética – EPE.

A tabela a seguir apresenta a garantia física dos empreendimentos pertencentes à Copel que sofreram alteração.

Usinas Capacidade

Instalada (MW)

Garantia Física anterior (MW médio)

Garantia Física - revisada¹ (MW médio)

Vencimento da Concessão

UHE Gov. Bento Munhoz da Rocha Netto (Foz do Areia) 1.676,0 576,0 603,3 17.09.2023

UHE Gov. Ney Aminthas de Barros Braga (Segredo) 1.260,0 603,0 578,5 15.11.2029

UHE Gov. José Richa (Salto Caxias) 1.240,0 605,0 605,6 04.05.2030

UHE Dona Francisca

(23% Copel) 125,0 78,0 76,0 27.08.2033

UHE Santa Clara e UHE Fundão - Elejor

(70% Copel) 240,3 135,4 133,0 28.05.2037

TOTAL 4.541,3 1.997,4 1.996,4

¹ Válida a partir de 1º de janeiro de 2018.

Entrada em operação – LT Estreito – Fernão Dias

No dia 03 de fevereiro de 2018, entrou em operação comercial a linha de transmissão Estreito – Fernão Dias (500 kV), empreendimento pertencente à SPE Cantareira (49% Copel GeT e 51% Celeo Redes). A linha, que passa pelos estados de São Paulo e Minas Gerais, tem extensão de 342 km e conta com uma RAP de R$ 47,6 milhões. Copel é a empresa estatal mais transparente do Brasil

A associação Transparência Internacional (TRAC Brasil) realizou um estudo inédito que mediu o nível de transparência nas atividades das 100 maiores empresas e dos dez maiores bancos brasileiros, destacando a Copel como a melhor colocada entre as empresas estatais avaliadas. No ranking geral, a Companhia Paranaense de Energia aparece em 8º lugar.

Copel é eleita pela Aneel a melhor distribuidora do país

A Copel Distribuição foi eleita a melhor distribuidora de energia elétrica do País e da região Sul na avaliação do cliente, segundo o Índice Aneel de Satisfação do Consumidor (IASC). Nos últimos quatro anos, esta é a segunda vez que a Copel recebe o prêmio de melhor distribuidora do Brasil e a terceira vez como melhor distribuidora da Região Sul na premiação promovida pela Aneel. Além disso, no ano passado, a Copel foi eleita, pelo quarto ano consecutivo, a melhor distribuidora do Brasil no prêmio Abradee e, pela quinta vez nos últimos sete anos, a melhor distribuidora da América Latina no prêmio Cier.

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Copel permanece na carteira do ISE – BM&FBovespa

A Copel continua a integrar a carteira do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) em 2018, reflexo da constante preocupação da Companhia com o desenvolvimento da sustentabilidade, baseada em eficiência econômica, equilíbrio ambiental, justiça social e governança corporativa. A décima terceira carteira do ISE tem vigência de 08 de janeiro de 2018 a 04 de janeiro de 2019 e é composta por ações de 30 empresas, totalizando R$ 1,3 trilhão em valor de mercado, o equivalente a 41,5% do total negociado B3.

Contratação de Formador de Mercado

Com o objetivo fomentar a liquidez das ações de emissão da Companhia, foi contratada a BTG Pactual Corretora de Títulos e Valores Mobiliários S.A para exercer a função de Formador de Mercado das ações ordinárias (CPLE3) e preferenciais (CPLE6) no âmbito da Brasil, Bolsa, Balcão – B3, conforme Instrução CVM nº 384/2003, Regulamento do Formador de Mercado da B3, Regulamento de Operações da B3 e demais normas e regulamentos aplicáveis. As atividades da BTG Pactual como Formador de Mercado iniciaram-se em 16 de março de 2018, tendo prazo contratual de 12 (doze) meses a contar da data de sua celebração, podendo ser renovado por iguais períodos, mas limitado à duração máxima de 60 meses.

Melhores em Gestão da FNQ

Em março de 2018 a Copel Distribuição ganhou o prêmio Melhores em Gestão, principal premiação de gestão organizacional do país, promovida pela Fundação Nacional da Qualidade (FNQ). O prêmio é concedido às empresas brasileiras que se destacam pela excelência nas práticas de gestão, consideradas nível classe mundial, ou seja, que se enquadram entre as corporações com preceitos de liderança que são espelho para o mundo. Das 11 organizações reconhecidas pela FNQ como melhores em gestão, três foram eleitas destaque. Entre elas, a Copel Distribuição, única do segmento de energia a levar o título.

Reconhecida como case de sucesso, a Copel Telecom também foi contemplada na premiação. Novo Diretor Presidente da Copel Holding

O engenheiro Jonel Nazareno Iurk é o novo Diretor Presidente da Copel, substituindo o Sr. Antonio Sergio de Souza Guetter, que voltará a ser diretor presidente da Copel Distribuição, cargo que ocupou até março de 2017. Engenheiro Civil, o Sr. Jonel Nazareno Iurk foi Coordenador de Saneamento Ambiental na Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba – Comec, Engenheiro de Desenvolvimento Operacional e Coordenador do Saneamento Rural e de Estudos Ambientais na Companhia de Saneamento do Paraná – Sanepar, e Superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - Ibama no Paraná. Foi também Diretor Técnico da empresa ECOBR Engenharia e Consultoria Ambiental, Secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Paraná e, recentemente, ocupava o cargo de Diretor Presidente da Companhia Paranaense de Gás, Compagas. Na Copel, o Sr. Iurk foi Diretor de Desenvolvimento de Negócios no período de 2013 a 2017 e Diretor de Meio Ambiente e Cidadania Empresarial em 2013.

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Novo Diretor de Desenvolvimento de Negócios

O engenheiro Jose Marques Filho é o novo Diretor de Desenvolvimento de Negócios da Copel. Funcionário de carreira, o Sr. Marques possui graduação e mestrado em Engenharia Civil pela Universidade de São Paulo e doutorado em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal do Paraná, conselheiro do Instituto Brasileiro do Concreto, onde também atuou como Presidente, coordenador da Comissão de Barragens de Concreto e Vice Presidente do Comitê Brasileiro de Barragens, sendo representante do Brasil no Committe on Concrete Dams do ICOLD (International Commission on Large Dams) e presidente da Paraná Gás. Foi coordenador geral do Laboratório de Materiais e Estruturas, Diretor do Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento – LACTEC e Presidente do Conselho de Administração das Centrais Elétricas do Rio Jordão – Elejor.

Novo Diretor Jurídico e de Relações Institucionais

O Sr. Harry Françóia Júnior é o novo Diretor Jurídico e de Relações Institucionais da Companhia. O executivo é graduado em Direito pela PUC - PR e em Direito Contemporâneo pela Levin College of Low (University of Florida), possui pós graduação em Direito Administrativo, pela Universidade Federal de Santa Catarina, e em Direito Processual Civil, pelo Instituto Brasileiro de Estudos Jurídicos (IBEJ). Ao longo de sua carreira, o Sr. Harry foi Diretor Adjunto da Copel Comercialização, Diretor Administrativo e Secretário Geral da Presidência da Assembleia Legislativa do Estado do Paraná, Vice-Presidente da Comissão de Sociedade de Advogados da OAB/PR, Vice-Presidente de Assuntos Políticos e Jurídicos da Federação das Associações Comerciais e Industriais do Paraná (Faciap), membro das Comissões de Direito Ambiental e de Defesa do Consumidor da OAB/PR e Advogado na área de Direito empresarial com ênfase em Direito Societário e Tributário na Harry Françóia -Advogados Associados. Recentemente, ocupava o cargo de Diretor de Desenvolvimento de Negócios da Companhia.

Copel Distribuição - Novo Diretor Presidente

O engenheiro Antonio Sergio de Souza Guetter é o novo Diretor Presidente da Copel Distribuição, cargo que ocupou em 2016. Funcionário de carreira da Copel, o Sr. Guetter desempenhou as funções de Diretor de Finanças e de Relações com Investidores, Diretor Presidente da Copel Renováveis, Diretor Adjunto da Copel Participações, além de ter atuado na Fundação Copel de Previdência e Assistência Social, entidade na qual exerceu as funções de Diretor Presidente e Diretor de Administração e Seguridade. Recentemente ocupava o cargo de Diretor Presidente da Copel Holding.

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2. Desempenho Econômico-Financeiro

As análises a seguir referem-se ao quarto trimestre de 2017 e ao acumulado do ano, em comparação com o mesmo período de 2016.

2.1 Receita Operacional

No quarto trimestre de 2017, a receita operacional líquida totalizou R$ 3.910,7 milhões, crescimento de 18,6% em relação aos R$ 3.297,1 milhões apresentados no 4T16, resultado (a) do crescimento de 29,2% em “suprimento de energia elétrica”, em função, principalmente, do despacho de 195,2 GWh da UTE Araucária e da venda de 920 GWh por parte da Copel Comercialização em contratos bilaterais; (b) do aumento de 14,4% na receita de “fornecimento de energia elétrica”, em decorrência do reajuste tarifário da Copel Distribuição válido a partir de 24 de junho de 2017, que reajustou a tarifa de energia (TE) em 10,28%, e da venda de 258 GWh para clientes livres da Copel Comercialização; (c) do resultado positivo de R$ 381,1 milhões em ativos e passivos financeiros setoriais (ante o resultado de R$ 110,5 milhões no 4T16), em função do menor GSF (69,3% no 4T17 contra 88,3% no 4T16), e do maior PLD médio no período (R$ 398,09/MWh no 4T17 ante R$ 162,82/MWh no 4T16).

Destacam-se ainda as seguintes variações:

(i) crescimento de 3,3% na linha de “disponibilidade de rede elétrica”, efeito (a) do crescimento de 4,8% no mercado fio no 4T17, (b) do reajuste tarifário da Copel, que reajustou a TUSD em 0,85% a partir de 24 de junho de 2017, e (c) do reajuste aplicado à RAP válido a partir de julho de 2017, parcialmente compensado pela eliminação do saldo oriundo de receita entre empresas do grupo (Copel GeT e Copel Distribuição) referente a parcela da RAP relacionada à RBSE, a qual foi reconhecida na receita da GeT ao longo de 2016 e início de 2017; (ii) crescimento de 10,3% em “receita de telecomunicações” em virtude da ampliação do atendimento a novos clientes;

(iii) redução de 34,4% em “outras receitas operacionais”, devido, principalmente, a menor receita com multas e com prestação de serviços técnicos para terceiros; e

(iv) queda de 7,9% na “receita de distribuição de gás canalizado”, em função da retração no consumo de gás natural, parcialmente compensado pelo despacho da UTE Araucária.

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4T17 3T17 4T16 Var.% 2017 2016 Var.%

(1) (2) (3) (1/3) (4) (5) (4/5)

Fornecimento de energia elétrica 1.258.915 1.197.358 1.100.531 14,4 4.681.533 5.231.505 (10,5) Suprimento de energia elétrica 879.843 798.482 681.108 29,2 3.176.354 2.676.072 18,7 Disponibilidade da rede elétrica (TUSD/ TUST) 855.319 794.692 827.635 3,3 3.617.941 3.976.583 (9,0)

Receita de construção 276.191 196.994 344.977 (19,9) 868.001 1.279.642 (32,2)

Valor justo do ativo indenizável da concessão 48.655 2.980 3.430 - 57.080 132.741 (57,0) Receita de telecomunicações 81.897 81.918 74.232 10,3 308.952 261.581 18,1 Distribuição de gás canalizado 94.745 117.566 102.882 (7,9) 454.815 471.885 (3,6) Resultado de ativos e passivos financeiros setoriais 381.121 417.889 110.470 245,0 718.826 (1.079.662) -Outras receitas operacionais 33.978 35.790 51.787 (34,4) 141.071 151.406 (6,8) Receita Operacional Líquida 3.910.664 3.643.669 3.297.052 18,6 14.024.573 13.101.753 7,0

Demonstrativo da Receita

R$ mil

Em 2017, a receita operacional líquida da Copel registou crescimento de 7,0%, consequência, principalmente, do “resultado de ativos e passivos financeiros setoriais”, do aumento de 18,7% na receita de suprimento, em razão, sobretudo, do registro de R$ 275,1 milhões de receita na Copel Comercialização, e do aumento de 18,1% na “receita de telecomunicações”, em decorrência da ampliação da base de clientes, parcialmente compensado pela (a) queda de 10,5% na receita de fornecimento, reflexo da redução de 11,6% do mercado cativo da Copel Distribuição; (b) redução de 9,0% na receita de “disponibilidade da rede elétrica”, devido, principalmente, ao registro de R$ 809,6 milhões referente ao reconhecimento da indenização dos ativos relacionados à RBSE em 2016; e (c) redução de 3,6% na receita de “distribuição de gás canalizado”, em decorrência da queda de 2,5% no consumo de gás natural no período.

Desconsiderando o efeito do reconhecimento da indenização dos ativos relacionados à RBSE em 2016 e seu ajuste em 2017 (R$ 183,0 milhões no 1T17), a Companhia teria finalizado 2017 com crescimento de 12,6% na receita operacional líquida.

2.2 Custos e Despesas Operacionais

No 4T17, os custos e despesas operacionais cresceram 6,5%, totalizando R$ 3.618,1 milhões. Esse resultado se deve, basicamente, ao aumento de 42,4% nos custos com “energia elétrica comprada para revenda”, decorrente do maior déficit hidrológico (GSF de 69,3% no 4T17 ante 88,3% no 4T16) e do maior PLD médio no período (R$ 398,09/MWh no 4T17 ante R$ 162,82/MWh no 4T16), parcialmente compensado pelo menor saldo de provisões e reversões (R$ 268,4 milhões no 4T17 ante R$ 603,7 milhões no 4T16) devido ao efeito líquido de R$ 25,7 milhões de reversão de impairment no 4T17, enquanto que no 4T16 foi registrado R$ 567,1 milhões em

impairment dos ativos de geração. Ainda nessa linha, destaca-se (i) a redução de 65,1% em provisões

relacionadas a créditos de liquidação duvidosa - PECLD (R$ 18,2 milhões no 4T17 frente aos R$ 52,3 milhões no 4T16), e (ii) redução de 78,1% em provisões para perdas de crédito tributário, compensado pelo registro de R$ 270,5 milhões em provisões para litígios relacionados a questões cíveis e administrativas (R$ 181,7 milhões), trabalhistas e benefício a empregados (R$ 85,6 milhões), tributárias regulatórias, ambientais e servidão de

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4T17 3T17 4T16 Var. % 2017 2016 Var. %

(1) (2) (3) (1/3) (4) (5) (4/5)

Compra de energia no ambiente regulado - CCEAR 680.750 588.838 849.513 (19,9) 2.693.976 3.219.900 (16,3)

Itaipu Binacional 278.214 284.707 251.131 10,8 1.117.957 1.089.804 2,6

Câmara de Comercialização de Energia - CCEE 537.740 745.951 188.534 185,2 1.766.091 535.656 229,7

Micro e mini geradores e recompra de clientes 1.478 2.414 204 624,5 3.892 561 593,8

Proinfa 54.389 54.433 60.536 (10,2) 217.646 242.910 (10,4)

Contratos bilaterais 348.770 398.312 6.315 - 766.803 20.006 -

(-) PIS/Pasep e Cofins (109.065) (116.460) (98.006) 11,3 (400.915) (423.233) (5,3)

TOTAL 1.792.276 1.958.195 1.258.227 42,4 6.165.450 4.685.604 31,6

Energia Elétrica Comprada para Revenda

R$ mil

Destacam-se ainda as seguintes variações:

(i) aumento de 754,4% em matéria-prima e insumos para produção de energia devido a geração de 195,2 GWh por parte da UTE Araucária;

(ii) crescimento de 24,4% em encargos de uso da rede elétrica, reflexo dos maiores custos com encargos de uso do sistema – rede básica, devido ao reajuste na TUST em junho de 2017 e ao reajuste de 321,8% na tarifa de transmissão da energia de Itaipu, parcialmente compensado pela decisão da CCEE em repassar ao mercado o excedente de recursos acumulados na conta CONER - dada a perspectiva de alta do PLD ao longo de 2017; e

4T17 3T17 4T16 Var.% 2017 2016 Var.%

(1) (2) (3) (1/3) (4) (5) (4/5)

Encargos de uso do sistema 243.821 245.763 156.543 55,8 779.311 618.195 26,1 Encargos de transporte de Itaipu 50.960 46.771 23.777 114,3 147.284 82.935 77,6 Encargo de Energia de Reserva - EER - - - - - 66.593 -Encargos dos serviços do sistema - ESS (33.330) (98.768) 25.499 - (129.484) 185.105 -(-) PIS / Pasep e Cofins sobre encargos de uso da rede elétrica (31.679) (20.698) (21.130) 49,9 (85.081) (86.585) (1,7) TOTAL 229.772 173.068 184.689 24,4 712.030 866.243 (17,8)

Encargos de uso da rede elétrica

R$ mil

(iii) redução de 5,1% em PMSO, excetuando perdas estimadas, provisões e reversões, reflexo dos menores custos com pessoal e administradores, plano previdenciário, serviços de terceiros, e pelo reconhecimento do ganho de R$ 28,7 milhões em decorrência do resultado da alienação de investimento na Sanepar, parcialmente compensado pelo (a) crescimento de 12,7% em outros custos e despesas operacionais devido, principalmente, ao registro de R$ 13,0 milhões referentes à taxa estadual de controle e fiscalização do aproveitamento de recursos hídricos (instituída pela Lei Estadual nº 18.878/2016, que passou a ser devida a partir de 1º de janeiro de 2017), e ao maior montante de perdas com desativação de bens e direitos, e (b) crescimento de 32,3% nos custos com materiais, relacionados, principalmente a materiais elétricos e combustíveis e peças para veículos.

4T17 3T17 4T16 Var. % 2017 2016 Var. %

(1) (2) (3) (1/3) (4) (5) (4/5)

Pessoal e administradores 423.350 294.754 457.905 (7,5) 1.343.344 1.304.418 3,0

Planos previdenciário e assistencial 62.085 58.358 67.404 (7,9) 237.597 259.767 (8,5)

Material 24.290 19.875 18.365 32,3 83.124 81.463 2,0

Serviços de terceiros 136.023 134.906 147.936 (8,1) 521.515 550.493 (5,3)

Outros custos e despesas operacionais 65.399 162.395 58.008 12,7 413.950 414.856 (0,2)

TOTAL 711.147 670.288 749.618 (5,1) 2.599.530 2.610.997 (0,4)

R$ mil

Custos Gerenciáveis

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classificação e alienação do investimento na Sanepar, os custos gerenciáveis apresentaram redução de 4,0% (R$ 733,0 milhões no 4T17 e R$ 763,2 milhões no 4T16).

Destaca-se que a linha de “pessoal e administradores” apresentou queda de 7,5% e reflete, principalmente, os menores custos com remuneração, resultado da política salarial aplica a partir de outubro de 2017, e o menor saldo de provisão para indenizações referente ao Plano de Demissão Incentiva (PDI). Até 31 de dezembro de 2017 houve a redução de 281 funcionários no quadro de pessoal da Copel, dos quais 248 aderiram ao PDI e se desligaram da Companhia ao longo de 2017. A adesão desses empregados ao programa representou um custo de R$ 40,4 milhões em 2017, com perspectiva de redução de custo na ordem R$ 60,2 milhões a partir de 2018. Já os custos com “planos previdenciário e assistencial” apresentaram redução de 7,9%, devido ao menor montante destinado ao “plano pós emprego”, motivado pela revisão das premissas que subsidiam o cálculo atuarial.

Custo com Pessoal 4T17 4T16 Var. % 2017 2016 Var. %

Pes s oal e adminis tradores 423.350 457.905 (7,5) 1.343.344 1.304.418 3,0 (-) Provis ão p/ indenização por demis s ões voluntárias ¹ (20.423) (28.550) (7,9) (53.468) (44.276) (8,5)

TOTAL 402.927 429.355 (6,2) 1.289.876 1.260.142 2,4

¹ Referente ao total de 275 empregados que aderiram ao PDI durante o ano de 2017.

Desconsiderando o efeito da provisão para indenização relacionada ao PDI (R$ 20,4 milhões no 4T17 e R$ 28,6 milhões no 4T16), os custos com pessoal apresentaram queda de 6,2% em comparação com o 4T16, equivalente a R$ 26,4 milhões, e totalizaram R$ 402,9 milhões no período.

4T17 3T17 4T16 Var.% 2017 2016 Var.%

(1) (2) (3) (1/3) (4) (5) (4/5)

Energia elétrica comprada para revenda 1.792.276 1.958.195 1.258.227 42,4 6.165.450 4.685.604 31,6

Encargos de uso da rede elétrica 229.772 173.068 184.689 24,4 712.030 866.243 (17,8)

Pessoal e administradores 423.350 294.754 457.905 (7,5) 1.343.344 1.304.418 3,0

Planos previdenciário e assistencial 62.085 58.358 67.404 (7,9) 237.597 259.767 (8,5)

Material 24.290 19.875 18.365 32,3 83.124 81.463 2,0

Matéria-prima e insumos para produção de energia 74.970 8.902 8.775 754,4 97.360 33.352 191,9 Gás natural e insumos para operação de gás 61.628 78.079 61.177 0,7 309.542 325.413 (4,9)

Serviços de terceiros 136.023 134.906 147.936 (8,1) 521.515 550.493 (5,3)

Depreciação e amortização 182.208 182.197 176.188 3,4 731.599 708.296 3,3

Provisões e reversões 268.352 (100.038) 603.729 (55,6) 365.539 768.696 (52,4)

Custo de construção 297.771 189.011 353.720 (15,8) 1.003.881 1.280.745 (21,6)

Outros custos e despesas operacionais 65.399 162.395 58.008 12,7 413.950 414.856 (0,2)

TOTAL 3.618.124 3.159.702 3.396.123 6,5 11.984.931 11.279.346 6,3

Custos e Despesas Operacionais

R$ mil

Em 2017, os custos e despesas operacionais totalizaram R$ 11.894,9 milhões (aumento de 6,3%). Os motivos que mais impactaram esse resultado foram (a) o aumento de 31,6% com compra de energia elétrica para revenda, ocasionado pelo maior déficit hidrológico (18,4% em 2017 e 11,8% em 2016) e pelo maior PLD (PLD

(17)

17

Earnings Release 4T17

(c) aumento de 3,0% com “pessoal e administradores”, em linha com a inflação do período (IPCA de 2,94% em 2017), impactado pela provisão de R$ 51,4 milhões para indenização por demissões voluntárias e aposentadoria, e pela política salarial adotada a partir de outubro de 2017.

Tais eventos foram parcialmente compensados (a) pela redução de 52,4% em “provisões e reversões”, reflexo da reversão de impairment no montante de R$ 122,8 milhões em 2017 ante registro de provisão de R$ 581,6 milhões relacionado a impairment em 2016, e (b) redução de 17,8% em “encargos de uso da rede elétrica”, impactado, principalmente pela decisão da CCEE em repassar ao mercado o excedente de recursos acumulados na conta CONER - dada a perspectiva de alta do PLD ao longo de 2017.

2.3 Resultado de Equivalência Patrimonial

O resultado de equivalência patrimonial demonstra os ganhos e perdas nos investimentos realizados nas coligadas da Copel e é apresentado na tabela abaixo.

4T17 3T17 4T16 Var. % 2017 2016 Var. %

(1) (2) (3) (1/3) (4) (5) (4/5)

Empreendimentos controlados em conjunto 44.240 (26.190) 36.614 20,8 91.982 159.739 (42,4)

Dominó Holdings Ltda.¹ 2 (22) 10.508 - (564) 37.492 -Voltalia São Miguel do Gostoso I Participações S.A. (1.278) 6 1.171 - (565) 4.345 -Paraná Gás Exploração e Produção S.A. (7) (5) (32) (78,1) (34) (69) (50,7) Costa Oeste Transmissora de Energia S.A. 618 (5.159) 493 25,4 (2.566) 7.372 -Marumbi Transmissora de Energia S.A. 2.169 (16.597) (433) - (9.537) 16.188 -Transmissora Sul Brasileira de Energia S.A. (6.783) 273 530 - (5.009) 1.806 -Caiuá Transmissora de Energia S.A. 827 (6.271) (6) - (4.020) 8.143 -Integração Maranhense Transmissora de Energia S.A. 721 (12.104) 461 56,4 (8.852) 15.934 -Matrinchã Transmissora de Energia (TP NORTE) S.A. 26.862 2.009 9.496 182,9 57.376 41.910 36,9 Guaraciaba Transmissora de Energia (TP SUL) S.A. 6.752 2.016 6.675 1,2 25.377 11.194 126,7 Paranaíba Transmissora de Energia S.A. 5.064 4.267 4.052 25,0 17.020 12.847 32,5 Mata de Santa Genebra Transmissão S.A. 4.484 5.202 1.610 178,5 19.477 (2.578) -Cantareira Transmissora de Energia S.A. 4.809 195 2.089 130,2 3.879 5.155 (24,8)

Coligadas 2.783 3.685 11.213 (75,2) 15.534 61.956 (74,9)

Cia. de Saneamento do Paraná - Sanepar¹ - - 6.600 - - 43.120 -Dona Francisca Energética S.A. 2.411 2.190 1.876 28,5 8.876 7.901 12,3 Foz do Chopim Energética Ltda.² 378 1.503 2.200 (82,8) 6.645 10.675 (37,8) Outras³ (6) (8) 537 - 13 260 (95,0) TOTAL 47.023 (22.505) 47.827 (1,7) 107.516 221.695 (51,5)

Empresa

R$ mil

¹ Foi contabilizada equivalência patrimonial até 30.11.2016. Em decorrência da conversão de ações ordinárias em ações preferenciais de emissão da Sanepar e de titularidade da Dominó Holdings, o Acordo de Acionistas, celebrado entre o Estado do Paraná e a Dominó Holdings, foi automaticamente extinto. Com a extinção desse acordo, a partir de dezembro de 2016, a Copel deixou de classificar o seu investimento na Sanepar como coligada e passou a classificá-lo como ativo financeiro disponível para venda. Dessa forma, o seu reconhecimento não mais é registrado pelo método de equivalência patrimonial e sim pelo valor justo.

² Em novembro de 2017 ocorreu a tranformação de Sociedade Anônima para Sociedade Limitada e a alteração do investimento de empreendimento controlado em conjunto para investimento em Coligada.

(18)

Earnings Release 4T17

2.4 LAJIDA

No 4T17, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização atingiu R$ 521,7 milhões, 346,9% maior que os R$ 116,7 milhões registrados no 4T16. Enquanto que em 2017, o LAJIDA alcançou R$ 2.873,0 milhões, sendo 6,5% superior ao acumulado no mesmo período de 2016 (R$ 2.697,1 milhões).

Desconsiderando os efeitos extraordinários, o LAJIDA ajustado do 4T17 seria 6,5% superior ao registrado no mesmo período do ano anterior, explicado, basicamente, pelo despacho da UTE Araucária, pelo crescimento de 4,8% no mercado fio da Copel Distribuição, e pela redução de 5,1% em PMSO, parcialmente compensado pela piora do GSF, alinhado ao elevado PLD, gerando maiores custos com compra de energia.

Já o LAJIDA acumulado em 2017, seria 17,6% superior aos R$ 2.345,3 milhões de 2016, explicado principalmente, pelo crescimento expressivo do LAJIDA da Copel Distribuição, reflexo do reajuste tarifário aplicado a partir de 24 de junho de 2017, do crescimento de 3,4% no mercado fio, e do controle nos custos gerenciáveis; e pelo crescimento de 2,7% e de 7,1% nas receitas de fornecimento e suprimento da Copel GeT, parcialmente compensado pelos maiores custos com compra de energia devido ao efeito do GSF.

A tabela a seguir apresenta os itens considerados no cálculo do LAJIDA ajustado.

R$ milhões

4T17 4T16 Var.% 2017 2016 Var.%

(1) (2) (1/2) (3) (4) (3/4)

LAJIDA 521,7 116,7 346,9 2.873,0 2.697,1 6,5

(-)/+ Remensuração do ativo financeiro RBSE - (38,3) - (183,0) (809,7) (77,4)

(-)/+ Provisão para PECLD acima da cobertura tarifária 5,7 39,8 (85,6) 40,6 129,9 (68,8)

(-)/+ Provisão para litígios 235,5 - - 237,5 -

-(-)/+ Revesão de provisão (42,8) - - (59,5) (193,4) (69,2)

(-)/+ Testes de Impairment (25,7) 567,1 - (122,8) 581,6

-(-)/+ Remensuração da Indenização das Concessões de Geração - (8,1) - - (8,1)

-(-)/+ Resultado da alteração de método de avaliação - Sanepar - (52,1) - - (52,1)

-(-)/+ Resultado da alienação de investimento - Sanepar (28,7) - - (28,7) -

-LAJIDA Ajustado 665,7 625,1 6,5 2.757,1 2.345,3 17,6

LAJIDA Ajustado

2.5 Resultado Financeiro

No 4T17, as receitas financeiras totalizaram R$ 152,7 milhões, redução de 26,2%, ante os R$ 207,0 milhões registrados no 4T16, decorrente, principalmente, da atualização de depósitos judiciais.

As despesas financeiras totalizaram R$ 374,5 milhões, saldo 3,6% menor que o registrado no 4T16, refletindo, principalmente, a menor variação cambial sobre a compra de energia elétrica de Itaipu, e pela redução dos encargos de dívidas decorrentes da redução da taxa SELIC (no 4T17 a média do DI foi de 7,47% ante 13,84% no 4T16). O maior saldo de financiamentos e debêntures reduziram, em parte, a queda apresentada nas despesas financeiras. A tabela a seguir demonstra essas variações e o resultado financeiro.

(19)

19

Earnings Release 4T17

4T17 3T17 4T16 Var% 2017 2016 Var.%

(1) (2) (3) (1/3) (4) (5) (4/5)

Receitas Financeiras 152.706 247.788 207.002 (26,2) 699.310 903.936 (22,6) Renda e variação monetária sobre repasse CRC 48.746 36.620 46.117 5,7 141.923 194.153 (26,9) Renda de aplicações financeiras mantidas para negociação 16.720 30.390 40.859 (59,1) 95.221 182.750 (47,9) Acréscimos moratórios sobre faturas de energia 63.134 37.106 43.698 44,5 191.554 221.673 (13,6) Renda de aplicações financeiras disponíveis para venda 3.542 4.591 3.200 10,7 19.302 13.497 43,0 Variação monetária e ajuste a valor presente sobre contas a pagar vinculadas à concessão (5.995) 2.807 1 - 10.813 1.116 868,9 Remuneração de ativos e passivos setoriais (523) - 1 - 20.493 27.734 (26,1) Variação cambial sobre compra de energia elétrica de Itaipu (742) 9.771 2.999 - 17.777 39.283 (54,7) Outras receitas financeiras 27.824 126.503 70.127 (60,3) 202.227 223.730 (9,6) Despesas Financeiras (383.166) (347.506) (388.528) (1,4) (1.447.750) (1.498.592) (3,4) Variação monetária, cambial e encargos da dívida (227.839) (239.123) (287.223) (20,7) (993.970) (1.072.875) (7,4) Variação monetária e reversão de juros sobre contas a pagar vinculadas à concessão - UBP (16.355) (16.180) (16.846) (2,9) (65.418) (90.480) (27,7) Variação cambial sobre compra de energia elétrica de Itaipu (4.975) 1.059 (8.889) - (12.264) (20.597) (40,5) PIS/Pasep e Cofins sobre juros sobre capital próprio (45.196) - (40.607) 11,3 (45.196) (40.607) 11,3 Remuneração de ativos e passivos setoriais (8.126) (14.614) 4.257 - (29.622) (13.947) 112,4 Juros sobre P&D e PEE (6.585) (8.244) (10.813) (39,1) (34.345) (41.781) (17,8) Variação monetária sobre repasse CRC - (4.380) - - (51.211) (5.235) 878,2 Perdas estimadas p/ redução ao valor recuperável de ativos f inanceiros (5.372) - (4.300) 24,9 (5.372) (4.300) 24,9 Outras despesas financeiras (68.718) (66.024) (24.107) 185,1 (210.352) (208.770) 0,8 Resultado Financeiro (230.460) (99.718) (181.526) 27,0 (748.440) (594.656) 25,9

R$ mil

2.6 Lucro Líquido Consolidado

No 4T17, a Copel registrou lucro líquido de R$ 141,9 milhões ante prejuízo de R$ 271,1 milhões registrados no mesmo período de 2016.

Em 2017, o lucro líquido foi de R$ 1.118,3 milhões, aumento de 27,9% em relação aos R$ 874,5 milhões acumulados em 2016.

(20)

Earnings Release 4T17

2.7 Demonstração do Resultado Consolidado – DRE

4T17 3T17 4T16 Var.% 2017 2016 Var.%

(1) (2) (3) (1/3) (4) (5) (4/5)

RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 3.910.664 3.643.669 3.297.052 18,6 14.024.573 13.101.753 7,0

Fornecimento de energia elétrica 1.258.915 1.197.358 1.100.531 14,4 4.681.533 5.231.505 (10,5) Suprimento de energia elétrica 879.843 798.482 681.108 29,2 3.176.354 2.676.072 18,7 Disponibilidade da rede elétrica (TUSD/ TUST) 855.319 794.692 827.635 3,3 3.617.941 3.976.583 (9,0) Receita de construção 276.191 196.994 344.977 (19,9) 868.001 1.279.642 (32,2) Valor justo do ativo indenizável da concessão 48.655 2.980 3.430 - 57.080 132.741 (57,0) Receita de Telecomunicações 81.897 81.918 74.232 10,3 308.952 261.581 18,1 Distribuição de gás canalizado 94.745 117.566 102.882 (7,9) 454.815 471.885 (3,6) Resultado de ativos e passivos financeiros setoriais 381.121 417.889 110.470 245,0 718.826 (1.079.662) -Outras receitas operacionais 33.978 35.790 51.787 (34,4) 141.071 151.406 (6,8)

CUSTOS E DESPESAS OPERACIONAIS (3.618.124) (3.159.702) (3.396.123) 6,5 (11.984.931) (11.279.346) 6,3

Energia elétrica comprada para revenda (1.792.276) (1.958.195) (1.258.227) 42,4 (6.165.450) (4.685.604) 31,6 Encargos de uso da rede elétrica (229.772) (173.068) (184.689) 24,4 (712.030) (866.243) (17,8) Pessoal e administradores (423.350) (294.754) (457.905) (7,5) (1.343.344) (1.304.418) 3,0 Planos previdenciário e assistencial (62.085) (58.358) (67.404) (7,9) (237.597) (259.767) (8,5) Material (24.290) (19.875) (18.365) 32,3 (83.124) (81.463) 2,0 Matéria-prima e insumos para produção de energia (74.970) (8.902) (8.775) 754,4 (97.360) (33.352) 191,9 Gás natural e insumos para operação de gás (61.628) (78.079) (61.177) 0,7 (309.542) (325.413) (4,9) Serviços de terceiros (136.023) (134.906) (147.936) (8,1) (521.515) (550.493) (5,3) Depreciação e amortização (182.208) (182.197) (176.188) 3,4 (731.599) (708.296) 3,3 Provisões e reversões (268.352) 100.038 (603.729) (55,6) (365.539) (768.696) (52,4) Custo de construção (297.771) (189.011) (353.720) (15,8) (1.003.881) (1.280.745) (21,6) Outros custos e despesas operacionais (65.399) (162.395) (58.008) 12,7 (413.950) (414.856) (0,2)

RESULTADO DE EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL 46.958 (28.217) 39.628 18,5 101.739 166.411 (38,9)

LUCRO ANTES DO RESULTADO FIN. E TRIBUTOS 339.498 455.750 (59.443) - 2.141.381 1.988.818 7,7

RESULTADO FINANCEIRO (230.460) (99.718) (181.526) 27,0 (748.440) (594.656) 25,9

Receitas financeiras 152.706 247.788 207.002 (26,2) 699.310 903.936 (22,6) Despesas financeiras (383.166) (347.506) (388.528) (1,4) (1.447.750) (1.498.592) (3,4)

LUCRO OPERACIONAL 109.038 356.032 (240.969) - 1.392.941 1.394.162 (0,1)

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 24.235 60.699 132.545 (81,7) (274.686) (519.690) (47,1)

Imposto de Renda e Contribuição Social 89.879 (143.708) 50.315 78,6 (379.943) (589.322) (35,5) Imposto de Renda e Contribuição Social diferidos (65.644) 204.407 82.230 - 105.257 69.632 51,2

LUCRO LÍQUIDO 133.273 416.731 (108.424) - 1.118.255 874.472 27,9

Atribuído aos acionistas da empresa controladora 74.149 409.095 (78.523) - 1.033.626 895.772 15,4 Atribuído aos acionistas não controladores 59.124 7.636 (29.901) - 84.629 (21.300)

-LAJIDA 521.706 637.947 116.745 346,9 2.872.980 2.697.114 6,5

Demonstração do Resultado

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