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Universidade Federal do Ceará - UFC

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Academic year: 2021

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Universidade Federal do Ceará - UFC

Centro de Humanidades

PROJETO PEDAGÓGICO CURRICULAR

CURSO DE LICENCIATURA LETRAS: LÍNGUA

BRASILEIRA DE SINAIS (LIBRAS)

Elaborado em novembro de 2012 Alterado em março de 2016

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Universidade Federal do Ceará

Reitor

Henry de Holanda Campos

Vice-Reitor

Custódio Luís Silva de Almeida

Pró-Reitor de Graduação

Claudio de Albuquerque Marques

Diretora do Centro de Humanidades

Dra. Vládia Maria Cabral Borges

Coordenadora do Curso

Profa. Dra. Vanda Magalhães Leitão

Comissão

Corpo Docente do Curso

Assessoria Pedagógica

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SUMARIO

1. Apresentação ... 3

2. Justificativa ... 6

3. Histórico dos Cursos de Letras ... 8

4. Princípios Norteadores ... 10

5. Objetivos do Curso ... 14

6. Perfil do profissional a ser formado ... 14

7. Áreas de Atuação ... 15

8. Organização Curricular ... 16

8.1. Unidades Curriculares ... 16

8.2. Concepção e Composição da Prática como Componente Curricular (PCC) ... 17

8.3. Concepção e Composição das Atividades Complementares ... 18

8.4. Concepção e Organização do Estágio Curricular Supervisionado ... 18

8.5. Organização do Currículo por Unidade Curricular ... 20

8.6. Ementário das Disciplinas e Bibliografias ... 21

8.6.1. Componentes Curriculares Obrigatórios ... 21

8.6.2. Componentes Curriculares Optativos/Eletivos ... 48

9. Metodologias de Ensino e de Aprendizagem ... 63

10. Integralização Curricular ... 64

11. Acompanhamento e Avaliação ... 67

11.1. Do Projeto Pedagógico ... 67

11.2. Do Processo de Ensino e de Aprendizagem ... 68

12. Condições Necessárias para a Oferta do Curso ... 68

13. Programa de Capacitação para docentes, gestores e corpo técnico-administrativo .... 69

Documentos Consultados Anexos

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1. Apresentação

O Projeto Pedagógico Curricular do Curso de Licenciatura em Letras: Língua Brasileira de Sinais (Libras) propõe que se propicie aos futuros professores de Libras uma visualização ao profissional da linguagem. Tal visualização objetiva (i) encorajar a criação de equilíbrio e relevância entre as atividades teóricas e práticas – no âmbito do ensino, da pesquisa e da extensão; e (ii) abrir perspectivas de concentração na formação, conforme o interesse acadêmico-profissional dos/as alunos/as e do Curso.

O Curso de Licenciatura em Letras: Língua Brasileira de Sinais (Libras) é também uma proposição para atender às demandas impostas pela inclusão dos surdos na educação e a inclusão da Língua Brasileira de Sinais nos cursos de Pedagogia, Licenciaturas e Fonoaudiologia, conforme a Lei Nº 10.436/2002, que reconhece a Libras como sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil; o Decreto Nº 5.626/2005 que regulamenta a referida Lei, que dentre outras determinações, dispõe sobre a obrigatoriedade do ensino da Libras nos cursos de formação de professores para o exercício do magistério, em nível médio e superior; e a Lei de Acessibilidade Nº 5296/2004 que garante a acessibilidade, dentre outras, de acesso à educação das pessoas com deficiência.

Dentre as principais disposições legais que norteiam as reflexões realizadas no âmbito da constituição deste Projeto Pedagógico, cita-se a Lei de Diretrizes e Bases (LDB), Lei Nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional e os atos normativos dela originados, em especial, os seguintes Pareceres e Resoluções:

Diretrizes gerais para os cursos de formação de professores da Educação Básica:

Parecer CNE/CP 9/2001, que dispõe sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena.

Parecer CNE/CP 27/2001, que dá nova redação ao item 3.6, alínea c, do Parecer CNE/CP 9/2001, que dispõe sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena.

Resolução CNE/CP 1/2002, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena.

Resolução CNE/CP 2/2002, que institui a duração e a carga horária dos Cursos de Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena.

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1/2002, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena.

Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Letras

Parecer CNE/CES 492/2001, que aprova as Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Filosofia, História, Geografia, Serviço Social, Comunicação Social, Ciências Sociais, Letras, Biblioteconomia, Arquivologia e Museologia.

Resolução CES/CNE 18/2002, que estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Letras.

Resolução CNE 2/20015, que define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação em nível superior e para a formação continuada.

Atos Legais da UFC

Resolução CEPE Nº 07/1994, que dispões sobre as Unidades Curriculares dos Cursos de Graduação.

Resolução CEPE Nº 07/2005, que dispões sobre as Atividades Complementares nos Cursos de Graduação da UFC.

Resolução CEPE Nº 32/2009. Disciplina o Programa de Estágio Curricular Supervisionado para os estudantes dos Cursos Regulares da UFC.

Resolução CEPE Nº 14/2007, que dispões sobre a regulamentação do “Tempo Máximo para a conclusão dos Cursos de Graduação” da UFC.

Resolução CEPE Nº 12/2008, que dispõe sobre procedimentos a serem adotados em casos de “Reprovação por Frequência” na UFC.

O Curso de Licenciatura em Letras: Língua Brasileira de Sinais (Libras), modalidade presencial, está vinculado ao Centro de Humanidades da Universidade Federal do Ceará e o seu funcionamento está previsto para o segundo semestre letivo do ano de 2013.

Neste projeto, o referido Curso integraliza 2.888 (duas mil, oitocentas e oitenta e oito) horas e terá a duração de 9 (nove) semestres. Os prazos para conclusão do curso, em períodos letivos, são de mínimo 9 (nove) e no máximo 14 (catorze) semestres, sendo exigido ao aluno a matrícula por semestre de no mínimo de 64 h/a e no máximo de 512 h/a. São ofertadas 30 (trinta) vagas anuais para o período noturno. A forma de ingresso dos candidatos será através do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), procedimento de seleção adotado atualmente pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Além disso, a UFC oferece outras formas de ingresso nos cursos de graduação, em particular, o de Pedagogia, tais como: transferência, admissão por convênio, admissão de graduados, mudança de curso e admissão em disciplinas isoladas (aluno especial).

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O Curso funcionará na Área I do Centro de Humanidades, no campus do Benfica, na Avenida da Universidade, 2683, Fortaleza/CE – CEP 60020-180 e telefone (85) 3366-7869.

Por fim, o presente Curso segue as diretrizes curriculares para formação de professores de ensino fundamental II e ensino médio e terá por meta a produção e a democratização de conhecimentos na área de ensino de Libras e concederá Diploma de Licenciado em Letras, com habilitação para o ensino dessa língua. O Curso apresenta uma estrutura curricular flexível, contemplando a área de formação básica e a área de formação específica.

2. Justificativa

O Curso de Licenciatura em Letras: Língua Brasileira de Sinais (Libras) integra as Políticas de Acessibilidade da Universidade Federal do Ceará, instituídas com a criação da Secretaria de Acessibilidade UFC Inclui, sob a Resolução Nº 26, de agosto de 2010, do Conselho Universitário (CONSUNI); instância administrativa que tem por missão, elaborar e gerenciar políticas de acessibilidade, estimulando o desenvolvimento de uma cultura inclusiva na UFC, para garantir a acessibilidade conforme previsto na Lei Nº 5296/2004 (Lei de Acessibilidade).

Nesta perspectiva, a formação de professores habilitados na modalidade Letras: Libras passa a ser uma das ações da UFC e se reveste de significativa relevância, tendo em vista: o atendimento à legislação brasileira específica, as demandas sociais da comunidade surda por inclusão de surdos em todos os níveis e modalidades de educação, a necessidade emergente de professores habilitados para o mercado de trabalho, além de se destacar como ação afirmativa, na medida em que reconhece e trata a Libras como principal produção cultural da comunidade surda, conforme a Lei de Libras (Lei Nº 10.436, de 24 de abril de 2002).

Quanto à legislação vigente, ressalta-se o Decreto Nº 5.626, de dezembro de 2005, o qual determina a inclusão da Libras como disciplina curricular, conforme transcrição abaixo:

Art. 3º A Libras deve ser inserida como disciplina curricular obrigatória nos cursos de formação de professores para o exercício do magistério, em nível médio e superior, e nos cursos de Fonoaudiologia, de instituições de ensino, públicas e privadas, do sistema federal de ensino e dos sistemas de ensino dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

§ 1o Todos os cursos de licenciatura, nas diferentes áreas do conhecimento, o curso normal de nível médio, o curso normal superior, o curso de Pedagogia e o curso de Educação Especial são considerados cursos de formação de professores e profissionais da educação para o exercício do magistério.

§ 2o A Libras constituir-se-á em disciplina curricular optativa nos demais cursos de educação superior e na educação profissional, a partir de um ano da publicação deste Decreto.

O referido Decreto, no Art. 4º, determina ainda que a formação de docentes para o ensino da Libras deve ser realizada “em curso de graduação de licenciatura plena em Letras: Libras ou em

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Letras: Libras/Língua Portuguesa como segunda língua”. E que, na oferta desses cursos, “as pessoas surdas terão prioridade” (Parágrafo Único).

Na perspectiva da educação bilíngue (Libras - Português escrito), o uso e a difusão da Libras é outro tema inserido no Decreto Nº 5.626/2005. Em seu Art.14, determina que:

As instituições federais de ensino devem garantir, obrigatoriamente, às pessoas surdas acesso à comunicação, à informação e à educação nos processos seletivos, nas atividades e nos conteúdos curriculares desenvolvidos em todos os níveis, etapas e modalidades de educação, desde a educação infantil até à superior.

Para tanto, as instituições federais de ensino superior devem, dentre outras determinações, promover cursos de formação de professores para o ensino e uso da Libras, tendo em vista a obrigatoriedade de prover as escolas com professor de Libras e professor regente de classe com conhecimento acerca da singularidade linguística dos estudantes surdos. O Decreto Nº 5.626/2005 prevê, ainda, o apoio ao uso e à difusão de Libras entre professores, alunos, funcionários, direção da escola e familiares, inclusive por meio da oferta de cursos, na comunidade escolar (Art. 14, incisos I, II, III, IV e V).

Em decorrência das determinações da citada legislação, fica evidenciada a demanda por professores para o ensino da Libras nas redes públicas de educação. Tal demanda, se constitui, assim, outro importante elemento que justifica a criação deste Curso. Por outro lado, a implantação da Política de Educação Especial na Perspectiva da Inclusão, adotada pelo MEC, em 2008, que tem como objetivo assegurar o acesso ao ensino regular de alunos com deficiência, em todos os níveis e modalidades de educação, cria demandas por professores capazes de atenderem às necessidades de estudantes público alvo da Educação Especial. No tocante aos alunos surdos, a referida Política propõe a criação de escolas e classes bilíngue (Libras - Português), exigindo professores proficientes e habilitados para o atendimento das necessidades linguísticas desse público.

No tocante às reivindicações sociais da comunidade surda por inclusão de surdos em todos os níveis e modalidades de educação, estudos evidenciam um pequeno quantitativo de alunos que tem acesso à educação de qualidade. Este dado pode sugerir as precárias condições linguísticas em que se encontram os jovens surdos na educação básica do Ceará, condições que certamente dificultam seu ingresso no Ensino Superior.

A oferta do Curso de Licenciatura em Letras Libras, além de abrir novas perspectivas profissionais na área de Letras, certamente, é fator de melhoria da qualidade da educação de pessoas surdas, em todos os níveis e modalidades e, consequentemente, de inclusão social desse contingente

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3. Histórico dos Cursos de Letras

Em seu início, o Curso de Letras integrava a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade Federal do Ceará, estruturada nos moldes da Faculdade Nacional de Filosofia, da Universidade do Brasil, cujo regime didático havia sido estabelecido pelo Decreto Lei N.º 9092 de 26 de março de 1946. O primeiro currículo do Curso de Letras constante do primeiro Regimento da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras foi aprovado pelo Conselho Universitário, em 14 de julho de 1961, Resolução Nº 102, na forma do Art. 3º da Lei Nº 3866 de 25 de janeiro de 1961. Constava de um regime de quatro séries anuais para o Bacharelado e para a Licenciatura, compreendendo três áreas de estudo: Letras Neolatinas, Letras Anglo-Germânicas e Letras Clássicas.

Com a publicação do Regimento da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, elaborado sob a coordenação do Padre Francisco Batista Luz, em 1964, outras modificações ocorreram no currículo de Letras. As emendas sugeridas a esse Regimento foram aprovadas em 12/1165 pelo Parecer N0 943/65 do Conselho de Ensino Superior e entraram em vigor em janeiro de 1966. As disciplinas do Curso passaram, então a ser ofertadas por semestre letivo.

Por exigência da Reforma Universitária ocorrida em 1969, a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras foi desmembrada nos Cursos de Letras e de Ciências Sociais (Filosofia e História), que juntamente com os Cursos de Biblioteconomia e de Jornalismo, passaram a integrar o Centro de Humanidades da Universidade Federal do Ceará.

Atualmente, estão abrigados no Centro de Humanidades da UFC três Cursos de Letras: Curso Diurno de Licenciatura em Letras (Código 37); Curso Noturno de Licenciatura em Letras: Língua Espanhola e suas Literaturas (Código 76); e Curso Noturno de Letras: Língua Inglesa e suas Literaturas (Código 77).

O Curso Diurno em Letras sofreu outras modificações, em 1993, com a proposta do anexo 20 ao Regimento Geral da Universidade, que ficou vigente até o segundo semestre de 2005 e, em 2006, quando o currículo do Curso de Letras sofreu uma reforma, resultado das discussões sobre as novas Diretrizes Curriculares dos cursos superiores, iniciadas no âmbito da UFC no ano de 2000, que permitem uma flexibilidade na construção dos currículos plenos e privilegiam a indicação de áreas do conhecimento a serem consideradas, em vez de estabelecer disciplinas e cargas horárias definidas.

O atual currículo do Curso Diurno de Letras (código 37), aprovado no colegiado do curso em 13/12/2005 manteve a oferta das licenciaturas em Língua Portuguesa e Literaturas de Língua Portuguesa, Língua Portuguesa e Língua Alemã e respectivas literaturas, Língua Portuguesa e Língua Espanhola e respectivas literaturas, Língua Portuguesa e Língua Francesa e respectivas literaturas, Língua Portuguesa e Língua Inglesa e respectivas literaturas, Língua Portuguesa e Língua Italiana e respectivas literaturas.

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Em 15/05/2007, o colegiado da Coordenação do Curso de Letras aprovou a oferta da Licenciatura em Língua Portuguesa e Línguas Clássicas, na forma de segunda habilitação, para os alunos que já concluíram o Curso de Letras. O atual currículo do Curso de Letras Diurno em forma de habilitação dupla (língua portuguesa e língua estrangeira moderna) possui um total de 3.784 horas, distribuídas em 9 (nove) semestres, e um total de 3.144 horas para a habilitação única em língua portuguesa.

O Curso de Letras Diurno (Código 37) oferta anualmente 240 vagas, divididas em duas entradas, 120 alunos no primeiro e 120 alunos no segundo semestre. As vagas estão assim distribuídas: 80 para a Licenciatura em Língua Portuguesa e Literaturas de Língua Portuguesa; 50 para Licenciatura em Língua Portuguesa e Língua Espanhola e suas respectivas Literaturas; 50 para Licenciatura em Língua Portuguesa e Língua Inglesa e suas respectivas Literaturas; 20 para Licenciatura em Língua Portuguesa e Língua Alemã e suas respectivas Literaturas; 20 para Licenciatura em Língua Portuguesa e Língua Francesa e suas respectivas Literaturas; 20 para Licenciatura em Língua Portuguesa e Língua Italiana e suas respectivas Literaturas. A oferta de vagas para a Licenciatura em Língua Portuguesa e Línguas Clássicas e respectivas Literaturas ocorre através do ingresso de graduados para cursarem uma segunda habilitação.

Como parte da política de fortalecimento do conjunto das universidades federais, superando as metas mais ousadas, de modo a garantir o sucesso do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação das Universidades Federais, o REUNI, o Conselho Universitário aprovou, em 2009, a criação do Curso Noturno de Letras: Língua Inglesa e suas Literaturas (Código 77), Resolução N0 23/CONSUNI, de 31 de julho de 2009, e o Curso Noturno de Letras: Língua Espanhola e suas Literaturas (Código 76), Resolução N0 22/CONSUNI, de 31 de julho de 2009.

À luz das Resoluções CNE/CP Nº 1 de 18/02/2002, CNE/CP Nº 2 de 19/02/2002, CNE/CES 18 de 13/03/2002 e o Parecer CNE/CP Nº 28 de 02/10/2001, o Curso Noturno de Letras: Língua Espanhola e suas Literaturas e o Curso Noturno de Letras: Língua Inglesa e suas Literaturas integralizam, cada, um total de 3.080 horas, distribuídas em nove semestres, das quais 592 horas são de Prática como Componente Curricular vivenciada ao longo do curso, 448 horas são de Estágio Supervisionado a partir da segunda metade do curso, 1.840 horas são de formação básica e diferenciada em conteúdo científico-cultural, incluindo a formação pedagógica das licenciaturas e 200 horas são para as Atividades Complementares.

Os Cursos Noturnos de Letras ofertam anualmente 100 vagas: 50 vagas para Letras: Língua Inglesa e suas Literaturas; e 50 vagas para Letras: Língua Espanhola e suas Literaturas. As cinquenta vagas de cada curso são divididas em duas entradas: 25 para o primeiro semestre e 25 para o segundo.

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Licenciatura em Letras: Língua Portuguesa e suas Literaturas; a Licenciatura em Letras: Língua Espanhola e suas Literaturas; e a Licenciatura em Letras: Língua Inglesa e suas Literaturas. Esses estão vinculados ao Instituto UFC Virtual.

O Curso Semipresencial de Letras: Língua Portuguesa e suas Literaturas é ofertado a 14 polos (municípios) do Estado do Ceará e oferece anualmente 560 vagas. O Curso Semipresencial de Letras: Língua Portuguesa e suas Literaturas possui 3.040 horas, distribuídas ao longo de oito semestres letivos, sendo oitenta por cento dessas horas virtual e vinte por cento presencial.

O Curso Semipresencial de Letras: Língua Espanhola e suas Literaturas é oferecido a 08 polos (municípios) do Ceará e abre anualmente 240 vagas. O Curso Semipresencial de Letras: Língua Espanhola e suas Literaturas possui 2.888 horas, distribuídas ao longo de dez semestres letivos, sendo oitenta por cento dessas horas virtual e vinte por cento presencial.

O Curso Semipresencial de Letras: Língua Inglesa e suas Literaturas é oferecido a 11 polos (municípios) espalhado pelo estado do Ceará e abre anualmente 330 vagas. O Curso Semipresencial de Letras: Língua Inglesa e suas Literaturas possui 2.888 horas, distribuídas ao longo de dez semestres letivos, sendo 80% (oitenta por cento) dessas horas virtual e 20% (vinte por cento) presencial.

A partir do ano de 2006, a UFC constituiu-se um polo do Curso Semipresencial de Licenciatura em Letras: Língua Brasileira de Sinais (Libras), oferecido pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em parceria com 9 (nove) Instituições Federais de Ensino Superior. Em 2008, o Curso se expande e passa a ofertar mais uma turma de Licenciatura, acrescido do Bacharelado em Tradução e Interpretação em Libras. Ambos os cursos, no âmbito da graduação foram realizados em 8 (oito) semestres, tendo a Licenciatura 3.240 horas e o Bacharelado 3.030 horas. Em 2010, foram licenciados 42 (quarenta e dois) alunos e em 2012, foram licenciados 22 (vinte e dois) alunos e 24 (vinte e quatro) alunos receberam o título de bacharel.

Por fim, é preciso ressaltar também as Casas de Cultura Estrangeira que, além de servirem de campo de estágio para os docentes em formação dos Cursos de Letras do Centro de Humanidades, trabalham com o ensino de seis diferentes idiomas: alemão; espanhol; francês; inglês; italiano e português e atuam na divulgação da cultura dos países falantes desses idiomas. As Casas de Cultura Estrangeira são atualmente o maior projeto de extensão da Universidade Federal do Ceará e se fundamentam no princípio de que o conhecimento de línguas permite um diálogo mais íntimo com outras culturas e outros povos.

4. Princípios Norteadores

O Projeto Pedagógico Curricular do Curso de Licenciatura em Letras: Língua Brasileira de Sinais (Libras) propõe ao profissional da linguagem uma reflexão aberta a quatro dimensões da

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linguagem: a linguagem como sistema, a linguagem como arte, a linguagem como conhecimento e a linguagem como comportamento.

Essas dimensões se interpenetram, e o elemento de ligação entre elas serão os textos e seus

contextos. Note-se, todavia, que o termo texto não se restringe absolutamente à linguagem escrita,

mas engloba também a linguagem oral ou sinalizada e a linguagem mediatizada (vídeo), bem como a comunicação multimodal, incluindo desde os elementos visuais até as artes mais complexas como o cinema. Abaixo, uma síntese das quatro dimensões elencadas acima:

A linguagem como sistema focaliza a linguagem em si como recurso léxico-gramatical que capacita o ser humano a criar (ou reconstruir, ou desafiar) significados (representações de aspectos da “realidade”) e a estabelecer relações interpessoais. Privilegia-se aqui o estudo de textos com relação à sintaxe, ao vocabulário, à semântica e à pragmática, incluindo os fenômenos de coesão e de estrutura retórica, recursos que o escritor/falante/sinalizante usa para indicar ao leitor/ouvinte como o texto se organiza e qual é a função das várias partes do texto e do texto como um todo.

A linguagem como arte se preocupa com textos de caráter literário e seus contextos. Esta dimensão inclui as disciplinas voltadas para o estudo da literatura, objetivando formar profissionais da linguagem interessados em explorar o texto literário de forma socialmente relevante. Esta dimensão do estudo e análise da linguagem – como as duas que seguem – é essencialmente multidisciplinar, podendo buscar subsídios teóricos em estudos literários, estudos culturais e mesmo linguísticos, dentre outros.

A linguagem como conhecimento busca entender e explicar os processos envolvidos na produção, compreensão e processamento de textos. Sob este ângulo, a linguagem é vista como um fenômeno cognitivo. Os subsídios teóricos para a linguagem como instrumento ao conhecimento podem advir principalmente da Psicolinguística, da Psicologia, dos estudos do cérebro humano e da cognição. O desenvolvimento de habilidades dessa natureza possui relação direta com os processos de socialização e construção conjunta do conhecimento.

Finalmente, a linguagem como comportamento busca estudar os textos como atividades semióticas de interação e de ação social. Procura descrever e explicar atos (ou macro-atos) de fala, gêneros específicos e sua interligação com práticas, propósitos e estruturas sociais, incluindo ideologia e poder. Sob esse ângulo, a linguagem e a sociedade, em seus diferentes contextos, são vistas como interdependentes: a linguagem depende do social, ao mesmo tempo, que o constrói e reproduz. Os subsídios teóricos para o estudo da linguagem como comportamento podem derivar da Sociolinguística, da Sociologia, da Etnometodologia, da Antropologia e da Filosofia, dentre outras tantas disciplinas que poderiam ser citadas.

É importante observar que os textos – associados aos contextos a serem igualmente estudados – resultam da interação simultânea entre as quatro dimensões acima elencadas. Estas subdivisões da

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linguagem devem ser vistas, portanto, não como estratificações estanques, mas, sobretudo, como parâmetros organizacionais, pedagógicos e metodológicos, permitindo a visualização de enfoques de pesquisas e estudos pontuais.

Assim sendo, este panorama procura ser suficientemente abrangente para propiciar a visualização da macroestrutura que permite estabelecer a concatenação entre os diversos elementos contidos no currículo do Curso de Licenciatura em Letras: Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Neste sentido, concepção de currículo como “todo e qualquer conjunto de atividades acadêmicas que integralizam um curso”, sem abandonar o conceito de disciplinas, mas aliando a elas a possibilidade de formação através de atividades Acadêmico-Científico-Culturais e Prática como Componente Curricular que venham a contribuir para a aquisição de habilidades e competências necessárias à formação do profissional.

O Parecer CNE/CES Nº 492/2001 propõe que os Cursos de Letras sejam organizados com flexibilidade. Essa flexibilidade se dá através da estruturação dos cursos de maneira a a) facultar opções de conhecimento e de atuação no mercado de trabalho; b) oportunizar o desenvolvimento de habilidades que propiciem o alcance de competência na atuação profissional; c) priorizar uma pedagogia centrada no desenvolvimento da autonomia do estudante; d) promover a articulação entre ensino, pesquisa, extensão e com programas de pós-graduação; e) propiciar a autonomia universitária, definindo o projeto pedagógico dos cursos quanto ao perfil profissional, carga horária, atividades curriculares básicas, complementares e de estágio pela Instituição de Ensino Superior.

A integralização curricular do Curso de Licenciatura em Letras: Língua Brasileira de Sinais (Libras) apoia-se, legalmente, nas referências e, muito especialmente, nos trechos ora citados, e se alicerçam nos fundamentos da inclusão social e educacional de surdos nos espaços públicos, incluindo a educação. Assim, os conteúdos desenvolvidos nos vários componentes curriculares refletem o estado da arte nas áreas da linguística, da linguística aplicada, da literatura e da educação, visando, não só o que apregoa o Art. 10 da Resolução CNE/CP Nº 1/2002, “transformar os conteúdos selecionados em objeto de ensino dos futuros professores”, mas transformá-los em potenciais motivadores de superação de desafios intelectuais, sociais e econômicos do mundo moderno.

A relação teoria-prática e o princípio da ação-reflexão-ação permeiam a concepção do Curso e guiam a integralização de seu currículo que se articula, levando em conta os aspectos metodológicos e epistemológicos das Diretrizes Curriculares Nacionais. Esses aspectos são considerados, principalmente, no que diz respeito aos seguintes parâmetros:

a) desenvolvimento de diferentes competências e habilidades – o Curso se estrutura de modo a privilegiar a busca do saber através (i) da atualização da cultura científica geral e da cultura profissional específica; (ii) do desenvolvimento de uma consciência ética na atuação profissional

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e na responsabilidade social ao compreender a língua como conhecimento histórico desenvolvido em diferentes contextos sociopolíticos, culturais e econômicos; (iii) do diálogo entre a sua área e as demais áreas do conhecimento ao relacionar o conhecimento acadêmico-científico à realidade social, e ao conduzir e aprimorar práticas profissionais, propiciando a percepção da abrangência da relação entre conhecimento e realidade social; (iv) da liderança pedagógica e/ou intelectual, articulando-se com os movimentos socioculturais da comunidade em geral e, especificamente, da sua categoria profissional; (v) do desenvolvimento de pesquisas no campo teórico-investigativo

acerca da línguade sinais; e (vi) do uso das atuais tecnologias de informação e de comunicação como instrumentos de aprendizagem e de desenvolvimento profissional.

b) flexibilização curricular – a integralização curricular apresenta alguma diferenciação por áreas de saber, quais sejam, educação, linguística, linguística aplicada e literatura, linguística da Libras, em função de especificidades das mesmas. A determinação de pré-requisitos se dá de maneira a evitar ao máximo o engessamento de componentes curriculares. Além disso, o currículo propõe-se a garantir a flexibilização com vistas a adaptações curriculares para atender às necessidades específicas de estudantes com deficiência.

c) integração vertical e horizontal – a escolha e a distribuição das disciplinas ao longo do Curso visam promover essa integração, considerando a relação com a flexibilização curricular.

d) interdisciplinaridade – no Curso de Licenciatura em Letras: Língua Brasileira de Sinais (Libras), a interdisciplinaridade se manifestará na prática de sala de aula através da aplicação de procedimentos metodológicos com ênfase em projetos temáticos centrados na inter-relação entre ciência, tecnologia e sociedade, no enfrentamento de situações-problema pela perspectiva dialógica e na abordagem centrada em eventos, em que se recorre a comparações entre referências a diversas áreas do saber.

e) avaliação contínua – no Curso de Licenciatura em Letras: Língua Brasileira de Sinais (Libras),

a avaliação desempenhará plenamente seu sentido de verificação do processo de aprendizagem, ao propiciar ao estudante entendimento de seu "estado de conhecimento", permitindo-lhe repensar seu processo pessoal de aprendizagem e poder, assim como tomar decisões; nesse sentido, então, a avaliação assume um caráter formativo. Essa avaliação permite ao estudante um retorno às ações que executou e a seus resultados, passando a ter tanto para o estudante, quanto

para o professor, função diagnóstica de análise da relação entre os objetivos e os resultados alcançados, tornando possível tomar as providências para ajuste entre os objetivos e as estratégias.

Esses parâmetros devem estar articulados com os princípios gerais da formação de licenciados, com vistas a uma relação pedagógica que extrapole o processo de construção de conhecimentos, ao proporcionar, principalmente, processos de interação que permitam um

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movimento de aprendizagem dinâmico, multirreferencial, crítico, construtivo e com autonomia.

5. Objetivos do Curso

Com base nos documentos norteadores das diretrizes curriculares para a formação de professor (Lei Nº 9.394/1996), e com base no Capítulo IV da referida Lei que versa sobre a Educação Superior, o processo de formação de licenciados em Letras: Língua Brasileira de Sinais (Libras) deverá:

a) Formar docentes de Língua Brasileira de Sinais para atuar na educação de níveis Fundamental e Médio;

b) Produzir e divulgar conhecimentos nas áreas de língua, literatura e cultura, promovendo a capacitação do futuro professor, enquanto profissional competente, crítico e participativo;

c) Preparar o profissional para buscar novas alternativas educacionais, no sentido de superar as dificuldades do magistério;

d) Habilitar o estudante a elaborar programas de ensino e material didático em Língua Brasileira de Sinais, buscando utilizar os avanços científico-tecnológicos e educacionais;

e) Formar profissionais que sejam capazes de lidar com as linguagens nos contextos, oral, sinalizado e escrito, e com a interculturalidade, adequados à realidade de seus futuros alunos; f) Oportunizar a reflexão de professor-pesquisador sobre a sua prática, como veículo de

reformulações de concepções, mudanças das ações escolares e das práticas pedagógicas da sala de aula;

g) Proporcionar aos estudantes uma visão interdisciplinar do conhecimento, favorecendo uma visão mais ampla das ciências da natureza, humanas e sociais;

h) Suscitar o interesse aos discentes para o ingresso na docência universitária a ser completada na pós-graduação.

6. Perfil do profissional a ser formado

O Curso de Licenciatura em Letras: Língua Brasileira de Sinais (Libras) oferece aos novos profissionais uma visão abrangente das áreas da Educação, da Linguística da Libras, da Literatura Surda e dos Estudos Culturais Surdos. Nessa perspectiva, compreende-se a complexidade dos fenômenos da linguagem humana ou mesmo da língua em questão, pressupondo que os novos profissionais devem ter uma percepção científico-ideológica, ter método de investigação e criatividade para desenvolver em seu trabalho: a) uma competência linguística na Libras (referente aos processos de recepção: visuoespacial e leitura; e de produção: oralidade em sinais e escrita); b) uma postura ética e de senso estético e c) um profundo conhecimento e respeito às diferentes variedades linguísticas da Libras, às suas distintas manifestações literárias e culturais de surdos.

(15)

Neste sentido, o Curso visa a desenvolver, no discente, as seguintes competências e habilidades:

a) Uso da língua enquanto primeira e/ou segunda língua nas modalidades oral/sinalizada e escrita nos diferentes gêneros textuais;

b) Análise, descrição e explicação da estrutura e funcionamento da Libras em seus aspectos fonológicos, morfossintáticos, semânticos e discursivo-pragmáticos, com base no domínio de diferentes noções de gramática e no reconhecimento das variedades linguísticas e dos diversos níveis e registros de linguagem;

c) Reflexão analítica e crítica sobre a linguagem como fenômeno educacional, psicológico, social, ético, estético, histórico, cultural, político e ideológico;

d) Respeito às diferentes variedades linguísticas da Libras e reconhecimento das implicações sociais decorrentes do uso da norma padrão e das demais variedades em diferentes manifestações discursivas;

e) Percepção da relação entre conhecimentos linguístico e literário e o entendimento de contextos interculturais, principalmente em situações que envolvem o ensino e a aprendizagem de línguas e literaturas estrangeiras;

f) Formulação de problemas científicos;

g) Atuação como mediador em contextos interculturais;

h) Atuação consciente e autônoma na formação continuada do profissional de Letras.

Dessa forma, em consonância com os objetivos propostos para o Curso, o licenciado em Letras: Língua Brasileira de Sinais (Libras) deverá dominar o uso da língua, objeto de seus estudos, em termos de suas características culturais, estruturais e funcionais, envolvendo-se socialmente e assumindo posturas que contribuam para o reconhecimento das singularidades do ser surdo e sua relação com a comunidade ouvinte.

Além disso, o licenciado em Letras: Língua Brasileira de Sinais (Libras) deverá ter uma base específica de conteúdos consolidada, alicerçada no ensino, pesquisa e extensão e atuar interdisciplinarmente, como multiplicador de conhecimentos, apresentando capacidade de resolver problemas, tomar decisões, trabalhar em equipe e comunicar-se dentro dos diversos saberes que compõem a formação universitária em Letras. O profissional deverá ser capaz de aprofundar-se na reflexão teórica e crítica sobre temas e questões relativas aos conhecimentos linguísticos e literários.

7. Áreas de Atuação

O profissional de Letras: Língua Brasileira de Sinais (Libras) deverá trabalhar diretamente na educação, considerando a relação teórico-prática e o princípio da ação-reflexão-ação. Dentre as

(16)

competências e habilidades, o licenciado comprometer-se-á com a ética, com a responsabilidade social, educacional e com as consequências de sua atuação no mundo do trabalho.

Especificamente, o licenciado em Letras: Língua Brasileira de Sinais (Libras) atuará como professor de Libras no Ensino Fundamental e Médio, como também em Cursos Livres. Poderá atuar como professor no Ensino Superior mediante Formação em Pós-Graduação.

8. Organização Curricular

O Curso de Licenciatura em Letras: Língua Brasileira de Sinais (Libras), modalidade presencial, se efetiva mediante carga horária de 2.888 (duas mil, oitocentas e oitenta e oito) horas de integralização, assim distribuídas nos seguintes componentes:

I – 1.840 (mil oitocentos e quarenta) horas de aulas para os conteúdos curriculares de natureza científico-cultural, sendo 1.552 (mil quinhentos e cinquenta e duas) horas de disciplinas obrigatórias e 288 (duzentas e oitenta e oito) horas de disciplinas optativas, dentre as quais, 128 (cento e vinte e oito) horas podem ser cursadas em disciplinas livres;

II – 400 (quatrocentas) horas de prática como componente curricular (PCC), vivenciadas ao longo do curso;

III – 448 (quatrocentas e quarenta e oito) horas de estágio supervisionado; IV – 200 (duzentas) horas de atividades acadêmicas, científicas e culturais.

8.1. Unidades Curriculares

As Unidades Curriculares do Curso são áreas de conhecimento de cada currículo que congregam disciplinas afins. Dessa forma, a estrutura curricular do Curso compreende as seguintes Unidades Curriculares:

a) Fundamentos da Educação de Surdos – Compreende o conjunto de disciplinas relativas aos conhecimentos fundamentais da surdez e da Libras no âmbito histórico, cultural, político, social, como também envolve discussões de metodologias de ensino e aprendizagem de línguas.

b) Linguística da Libras – Compreende o conjunto de disciplinas que envolve o conhecimento dos conteúdos de organização estrutural da Libras no uso, no funcionamento e na aplicação.

c) Ensino de Libras e suas Literaturas – Constitui o conjunto de disciplinas específicas para o ensino da Libras, da Literatura Surda e da Escrita em Sinais. É um dos eixos responsáveis pelo desenvolvimento de competências e habilidades próprias do professor de primeira e de segunda língua.

d) Estágio Supervisionado – É o conjunto de atividades para a formação didático-pedagógica do futuro docente.

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As disciplinas que compõem o conjunto de optativas/eletivas se integram nas várias Unidades Curriculares conforme os conteúdos abordados.

8.2. Concepção e Composição da Prática como Componente Curricular

(PCC)

A articulação entre as dimensões teóricas e práticas nos cursos de formação de professores, conforme a Resolução Nº 1, do CNE/CP, de 18 de fevereiro de 2002, deve “ocorrer desde o início do Curso e permear toda a formação do professor” (Art. 12, Parágrafo 1º). Numa perspectiva interdisciplinar, isto significa que a dimensão prática da formação não deve estar restrita às atividades de Estágio Curricular Supervisionado, tampouco deve ocorrer no final do Curso.

Assim, neste Projeto Pedagógico Curricular, as disciplinas com carga horária destinada à Prática como Componente Curricular (PCC) são orientadas para consolidação dos diversos elos a serem estabelecidos entre a teoria e a prática didático-pedagógicas, caracterizando-se como PCC, atividades que estimulem a consciência reflexiva individual e coletiva, visando à autonomia intelectual e profissional do futuro docente, com o objetivo de oportunizar a articulação entre a teoria e a prática desde o início do curso. De acordo com a Resolução CNE/CP Nº 2, de 19 de fevereiro de 2002, o Projeto Pedagógico Curricular deve garantir 400 (quatrocentas) horas de prática não restrita ao Estágio Curricular Supervisionado, mas que permeie todo o Curso, acontecendo no interior das disciplinas como componente curricular. Transcendendo a sala de aula e permeando toda a formação docente, a inter-relação entre teoria e prática permitirá tanto a aplicação e/ou transformação do componente teórico em prática pedagógica, quanto a construção do conhecimento alicerçada na reflexão sobre a realidade. Conforme a Resolução CNE/CP Nº 1, de 18 de fevereiro de 2002, essa prática

[...] será desenvolvida com ênfase nos procedimentos de observação e reflexão, visando à atuação em situações contextualizadas, com registro dessas observações realizadas e a resolução de situações-problema (Parágrafo 1º).

E ainda, o Parágrafo seguinte da mesma Resolução considera que a prática na formação do docente.

[...] poderá ser enriquecida com tecnologias da informação, incluídos computador e vídeo, narrativas orais e escritas de professores, produções de alunos, situações simuladoras e estudo de casos (Parágrafo 2º).

No Projeto Pedagógico Curricular do Curso de Licenciatura em Letras: Língua Brasileira de Sinais (Libras), a prática está inserida no âmbito das mais diversas disciplinas, com carga horária e atividades explicitadas nas respectivas ementas.

No presente Projeto Pedagógico Curricular, a Prática como Componente Curricular caracteriza-se como atividades tais como, a análise e discussão sobre material pedagógico,

(18)

observação de práticas pedagógicas nas escolas, análises de propostas curriculares de ensino, depoimentos de alunos que já atuem no mercado como profissionais de Letras no âmbito da docência e da pesquisa, na escrita de ensaios dirigidos a professores da rede de Ensino Fundamental e Médio, produção de material didático, dentre outras.

8.3. Concepção e Composição das Atividades Complementares

As Atividades Complementares dos Cursos de Graduação da UFC, de acordo com a Resolução Nº 07/2005, do Conselho de Pesquisa e Ensino, de 17 de junho de 2005, constituem:

[...] um conjunto de estratégias pedagógico-didáticas que permitem, no âmbito do currículo, a articulação entre teoria e prática e a complementação dos saberes e habilidades necessárias, a serem desenvolvidas durante o período de formação do estudante (Art. 1º).

Dessa forma, as Atividades Complementares possibilitam a vivência de experiências acadêmicas de modo a expandir e a diversificar a formação de docentes, na medida em que valoriza conhecimentos adquiridos em situações que transcendem o ambiente e padrão formal da escola. Nessas atividades estão incluídas aquelas relacionadas à área de humanas de modo articulado com as áreas de conhecimento do Curso, a saber: educação de surdos, linguística da Libras, ensino de Libras, estudos culturais surdos, literatura, literatura surda, acessibilidade e inclusão, educação indígena, educação ambiental, história e cultura afro-brasileira, direitos humanos, dentre outras.

Atendendo à Resolução CNE/CP Nº 2/2002 e a Resolução CEPE Nº 07/2005, de 17 de junho de 2005 que dispõe sobre as atividades complementares nos cursos de graduação da UFC, o Projeto Pedagógico Curricular do Curso de Licenciatura em Letras: Língua Brasileira de Sinais (Libras) prevê 200 (duzentas) horas de atividades que devem ser buscadas não somente no âmbito deste, mas também nos demais cursos da área de humanas.

O cumprimento das horas destinadas às Atividades Complementares está regulamentado em manual próprio, anexado a este Projeto Pedagógico Curricular.

8.4. Concepção e Organização do Estágio Curricular Supervisionado

A obrigatoriedade e carga horária do Estágio Curricular Supervisionado (ECS) da modalidade Licenciatura são definidas na legislação federal (LDB, Resoluções CNE/CP Nº2/2002, CNE/CP Nº1/2002), estabelecendo que o estágio, de até 400 horas, deve ser realizado em escola de educação básica, outras instituições não escolares, a partir da segunda metade do Curso. De acordo com o Parágrafo Único do artigo 1º da Resolução CNE/CP Nº2/2002, “os alunos que exercem atividade docente regular na educação básica poderão ter redução da carga-horária do estágio curricular supervisionado até o máximo de 200 (duzentas) horas”.

(19)

em ensino fundamental e/ou médio, culminando com um período caracterizado como ‘docência compartilhada’, quando a prática do estudante-estagiário é supervisionada pelo professor da instituição de ensino superior que oferece a Licenciatura e o professor da sala de aula da escola em que o estágio acontece.

Indo além do desenvolvimento da atividade de docência, o ECS deve ser visto como atividades de vivência de diferentes práticas ligadas ao contexto escolar como aquelas relacionadas ao planejamento, gestão e avaliação de propostas pedagógicas. De acordo com o preconizado no artigo 13 da LDB, o docente deve envolver-se, além da prática de sala de aula, em atividades de planejamento, como a elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino e de planos de trabalho específicos, em atividades de avaliação, de aprimoramento profissional e de integração da escola com as famílias e a comunidade em geral. Desta forma, o ECS pode e deve, também, proporcionar a vivência escolar de maneira completa, indo além das fronteiras da sala de aula.

No Curso de Licenciatura em Letras: Língua Brasileira de Sinais (Libras), os estágios supervisionados realizar-se-ão através das seguintes atividades:

a) Estágio em Libras como L2 – I (6º Semestre) – Observação do ensino-aprendizagem de Libras como L2;

b) Estágio em Libras como L1 – I (7º Semestre) - Observação do ensino-aprendizagem de Libras como L1;

c) Estágio em Libras como L1 – II (8º Semestre) – Planejamento das aulas e Elaboração de Material Didático para ensino-aprendizagem de Libras como L1;

d) Estágio em Libras como L2 – II (8º Semestre) – Planejamento das aulas e Elaboração de Material Didático ensino-aprendizagem de Libras como L2;

e) Estágio em Libras como L1 – III (9º Semestre) - Ensino das Habilidades Comunicativas da Libras;

f) Estágio em Libras como L2 – III (9º Semestre) - Ensino das Habilidades Comunicativas da Libras.

Dentre as atividades de ECS tais como: Estágio em Libras como L1 I; Estágio em Libras como L2 I: Estágio em Libras como L1 II: Estágio em Libras como L2 II constarão da distribuição da carga horária do semestre e, assim, terão dias e horários fixados para sua realização. Quanto ao Estágio em Libras como L1 III e Estágio em Libras como L2 III, a carga horária estabelecida para cada uma delas poderá ser cumprida em qualquer dia e horário, acordados conjuntamente entre o professor supervisor-orientador do estágio e o estudante, desde que sua realização não coincida com os dias e horários de outros componentes curriculares da integralização curricular ofertados para o semestre em que o estudante estiver matriculado.

A realização das atividades relativas ao ECS está regulamentada em manual próprio, anexado a este Projeto Pedagógico Curricular.

(20)

8.5. Organização do Currículo por Unidade Curricular

Disciplinas/Atividades Carga horária PCC

Fundamentos da Educação de Surdos

Introdução à Educação de Surdos 64h

Educação Bilíngue e Bicultural 32h

Teoria da Educação de Surdos 64h

Estudos Surdos I 48h 16h

Estudos Surdos II 48h 16h

Psicologia e Educação de Surdos 64h

Didática e Educação de Surdos 64h

Política e Gestão da Educação Básica 64h

Metodologia Científica 32h

Total da Unidade Curricular 480h 32h

Linguística da Libras

Aquisição da Linguagem 64h

Teorias Linguísticas 64h

Libras: Sociolinguística 48h 16h

Compreensão e Produção de textos em Libras 64h 32h

Fundamentos de Linguística Aplicada para o ensino de Libras

48h 16h

Libras: Fonética e Fonologia 48h 16h

Libras: Morfossintaxe 48h 16h

Libras: Semântica, Pragmática e Análise do Discurso 48h 16h

Total da Unidade Curricular 432h 112h

Ensino de Libras e suas Literaturas

Escrita de Sinais I 48h 16h

Escrita de Sinais II 48h 16h

Língua Brasileira de Sinais I 64h 32h

Língua Brasileira de Sinais II 64h 32h

Língua Brasileira de Sinais III 64h 32h

Língua Brasileira de Sinais IV 64h 32h

Língua Brasileira de Sinais V 64h 32h

Língua Brasileira de Sinais VI 64h 32h

Literatura Surda I 48h 16h

Literatura Surda II 48h 16h

Teoria da Literatura 64h

Total da Unidade Curricular 640h 256h

Estágio Supervisionado

Estágio em Libras como L1 – I 64h

Estágio em Libras como L2 – I 64h

Estágio em Libras como L1- II 64h

Estágio em Libras como L2 – II 64h

Estágio em Libras como L1 – III 96h

Estágio em Libras como L2 – III 96h

Total da Unidade Curricular 448h

Disciplinas optativas/eletivas

Aquisição de Segunda Língua 32h

Aquisição da Língua de Sinais 32h

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Ensino e Aprendizagem de Libras por meio de Novas Tecnologias

32h

Escrita de Sinais III 32h

Introdução aos Estudos da Tradução 32h

Noções de Língua de Sinais Internacional 32h

Oficina de textos em Libras 32h

Português como Segunda Língua I 32h

Português como Segunda Língua II 32h

Produção de Textos Acadêmicos 32h

Psicolinguística 32h

Tópicos em Língua Portuguesa 32h

Tópicos em Terminologia 32h

Tradução e Interpretação de Libras 32h

Avaliação da Aprendizagem na Educação de Surdos 32h Cosmovisão Africana dos Afrodescendentes no Brasil 64h

Educação e Direitos Humanos 64h

Educação Ambiental: Temas Transversais 64h

Relações Étnico-Raciais e Africanidade 64h

Diferenças e Enfrentamento Profissional nas Desigualdades Sociais

64h (EaD)

Total de Disciplinas Optativas 832h

TOTAL DE HORAS DO CURSO

Componentes Curriculares Carga Horária (Horas)

Obrigatórios

Disciplinas 1.552h

2.400h

Estágios 448h

PCC 400h

Optativos/Eletivos Disciplinas optativas/eletivas, dentre as quais 128 (cento e vinte e oito) horas podem ser cursadas em optativas livres

288h

Atividades Complementares 200h

Carga Horária Total do Curso 2.888

8.6. Ementário das Disciplinas e Bibliografias

8.6.1. Componentes Curriculares Obrigatórios

Semestre Disciplina/Atividades

Carga Horária Ementa e Bibliografia

Introdução à

Educação de Surdos (64h)

Ementa

História da surdez e dos surdos: aspectos clínico, sócio-antropológico e educacional. Concepções de surdez. O impacto do Congresso de Milão na educação de surdos. Educação de surdos no Brasil e no Ceará. Políticas de inclusão sociais e

educacionais. Abordagens educacionais na

educação de surdos: oralismo, comunicação total e bilinguismo. Surdez e língua de sinais: experiência visual do surdo.

(22)

Bibliografia Básica

MOURA, M.C. de. O surdo: caminhos para uma nova identidade.RJ: Revinter, 2000.

SANTOS, L.F.; CAMPOS, M.L.I.L.. Educação especial e educação bilíngue para surdos: as contradições da inclusão. In: ALBRES, N.A.; NEVES, S.L.G. (orgs) Libras em estudo: política educacional. São Paulo: FENEIS, 2013.

Disponível em:

www.feneissp.org.br/index.php/.../1-e-books?...libras-em-estudo-politica

SKLIAR, C.. Educação e exclusão: abordagens sócio-antropológicas da educação especial. Porto Alegre: Mediação, 1997.

Bibliografia Complementar

BISOL, C.; SPERB, T.M.. Discursos sobre a surdez: deficiência, diferença, singularidade e construção de sentido. Psicologia: teoria e pesquisa. Jan-mar, 2010. v.26, n 1. ISSN: 0102-3772. Disponível em:

http://www.scielo.br/pdf/ptp/v26n1/a02v26n1.pdf LACERDA, C.B.F. de; GÓES, M.C.R. de.

Surdez: processos educativos e subjetividade.

São Paulo, SP: Lovise, 2000.

LOPES, M.A. de C.; LEITE, L.P.. Concepções de surdez: a visão do surdo que se comunica em língua de sinais. Revista Brasileira de Educação

Especial. ISSN: 1413-6538. 01 agosto 2011. v.17,

n 2. Disponível em:

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext &pid=S1413-65382011000200009o

SKLIAR, C.. Atualidades em educação bilíngue

para surdos. V.1. Porto Alegre, Mediação, 1999.

WITKOSKI, S.A.. A problematização das políticas públicas educacionais na área da educação bilíngue de surdos. Nuances: estudos sobre educação. 01 Agosto 2013. v.24. n 2. ISSN: 1413-9855. Disponível em: http://revista.fct.unesp.br/index.php/Nuances/articl e/viewFile/2481/2226 Teorias Linguísticas (64h) Ementa

Introdução às ciências e à filosofia da linguagem. Definição do campo, do objeto, dos objetivos e dos métodos da Linguística. Conceitos de linguagem, língua e fala. Signo linguístico. Funções da linguagem. Língua e cultura. Linguagem, epilinguagem e metalinguagem. Níveis da descrição linguística. Noções elementares de história da Linguística e as abordagens modernas.

(23)

Bibliografia Básica

FIORIN, J.L. (org.). Introdução à linguística: objetos teóricos. São Paulo: Contexto, 2002. MUSSALIN, F.; BENTES, A.C.. Introdução à

linguística. v.1. São Paulo: Cortez, 2011.

QUADROS, R.M. de; KARNOPP, L. Língua de

sinais brasileira: estudos linguísticos. Porto

Alegre: Artmed, 2004.

Bibliografia Complementar

FERREIRA BRITO, L. Por uma gramática de

línguas de sinais. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro,

1995.

FIORIN, J.L. (org). Introdução à linguística II: princípios de análise. 5. ed. São Paulo, SP: Contexto, 2014.

LYONS, J. Linguagem e linguística: uma introdução. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 2011.

MUSSALIM, F.; BENTES, A.C.. Introdução à

lingüística: fundamentos epistemológicos. v. 3. 5.

ed. São Paulo, SP: Cortez, 2013.

SAUSSURE, F. de. Curso de lingüística geral. 30. ed. São Paulo: Cultrix, 2009.

Língua Brasileira de Sinais I (96h)

Ementa

Movimentos corporais e faciais com ênfase em mímicas e gestos. Diferenças nas expressões faciais gramaticais e afetivas. Uso dos parâmetros da Libras: configurações de mão, movimento, ponto de articulação, orientação da mão e direção da mão. Reflexão sobre as estruturas léxico-gramaticais para o desenvolvimento das

habilidades linguísticas e comunicativas na Libras.

Atividades de prática como componente curricular.

Bibliografia Básica

CAPOVILLA, F.C.; RAPHAEL, W.D. Dicionário

enciclopédico ilustrado trilingue da lingua de sinais. 3. ed. São Paulo: EDUSP, 2008.

QUADROS, R.M. de. Educação de surdos: a aquisição da linguagem. Porto Alegre: Artmed, 1997.

QUADROS, R.M. de; KARNOPP, L. Língua de

sinais brasileira: estudos lingüísticos. Porto

Alegre: Artmed, 2004.

Bibliografia Complementar

CAMPELO, A. R. et al. Libras fundamental: livro didático de língua de sinais brasileira para crianças e adultos, surdos ou ouvintes. 1. ed. Rio de Janeiro: LSB Vídeo, 2008.

(24)

línguas de sinais. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro,

1995.

GESSER, A. Libras: que língua é essa? São Paulo: Parábola Editorial, 2009.

LABORIT, E. O vôo da gaivota. Best Seller, 1994. SACKS, O. Vendo vozes: uma viagem ao mundo dos surdos. São Paulo: Cia. das Letras, 1998.

Teoria da Literatura (64h)

Ementa

Conceitos de Literatura. Histórico da Teoria da Literatura. Linguagem literária: formulações e problematizações. Teoria geral dos gêneros literários. Exame do texto literário como entidade discursiva. Narrativas representativas da literatura brasileira dos séculos XIX e XX.

Bibliografia Básica

FIORIN, J.L. (org.). Introdução à linguística: objetos teóricos. São Paulo: Contexto, 2002. MUSSALIN, F.; BENTES, A.C.. Introdução à

linguística. v.1. São Paulo: Cortez, 2011.

QUADROS, R.M. de; KARNOPP, L.. Língua de

sinais brasileira: estudos linguísticos. Porto

Alegre: Artmed, 2004.

Bibliografia Complementar

FERREIRA BRITO, L. Por uma gramática de

línguas de sinais. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro,

1995.

FIORIN, J.L. (org). Introdução à linguística II: princípios de análise. 5. ed. São Paulo, SP: Contexto, 2014.

LYONS, J. Linguagem e linguística: uma introdução. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 2011.

MUSSALIM, F.; BENTES, A.C. Introdução à

lingüística: fundamentos epistemológicos. v. 3. 5.

ed. São Paulo, SP: Cortez, 2013.

SAUSSURE, F. de. Curso de lingüística geral. 30. ed. São Paulo: Cultrix, 2009.

Metodologia

Científica (32h)

Ementa

Produção científica na universidade. Uso da biblioteca e acesso a outras fontes de informação na exploração de documentação bibliográfica. Orientação para a produção e interpretação de textos acadêmicos em Português e em Libras. Noções sobre métodos e conhecimento. Bibliografia Básica

SEVERINO, A.J.. Metodologia do trabalho

científico. São Paulo: Cortez, 2000.

MINAYO, M.C.S (org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis, RJ: Vozes, 2007.

(25)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ. Biblioteca Universitária. Guia de normalização

de trabalhos acadêmicos da Universidade Federal do Ceará. Fortaleza, Ce, 2012. Bibliografia Complementar

CARVALHO, M.C.M. de. Construindo o saber: metodologia científica, fundamentos e técnicas. 18. ed. Campinas: Papirus, 2007.

MOTTA ROTH, D.; HENDGES, G.R. Produção

textual na universidade. São Paulo: Parábola,

2010.

GIL, A. C.. Como elaborar projetos de

pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.

LAVILLE, C.; DIONNE, J.; SIMAN, L.M.. A

construção do saber: manual de metodologia da

pesquisa em ciências humanas. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999.

WITTER, G.P. Textos complementares à metodologia científica. Informação &

Informação. [S.l.]. v. 4, n. 1, p. 59-61, jul. 1999. Disponível em: http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/informac ao/article/view/1650 Libras: Fonética e Fonologia (64h) Ementa

Princípios gerais da Fonética Articulatória (parâmetros das línguas de sinais). Relação entre fonética e fonologia. Introdução às premissas da descrição e análise fonológica da Libras.

Processos fonológicos básicos: regras fonológicas na formação do signo. Atividades de prática como componente curricular.

Bibliografia Básica

FIORIN, J.L. (org). Introdução à linguística II:

princípios de análise. 4. ed. São Paulo: Contexto,

2008.

MUSSALIM, F.; BENTES, A.C. Introdução à

linguística: domínios e fronteiras. 8. ed. São

Paulo: Cortez, 2008.

QUADROS, R.M. de; KARNOPP, L.. Língua de

sinais brasileira: estudos lingüísticos. Porto

Alegre: Artmed, 2004.

Bibliografia Complementar

CAPOVILLA, F.C.; RAPHAEL, W.D.

Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngüe da língua de sinais brasileira. São Paulo, SP:

EDUSP, 2001. 2v.

FARIA DO NASCIMENTO, S.P. de.

Representações lexicais da língua de sinais

brasileira: uma proposta lexicográfica. 2009. 290 f.

Tese (doutorado em linguística). Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas - LIP,

(26)

Universidade de Brasília, Brasília, 2009.

http://repositorio.unb.br/handle/10482/6547

FERREIRA BRITO, L. Por uma gramática de

línguas de sinais. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro,

1995.

SACKS, O. Vendo vozes: uma viagem ao mundo dos surdos. São Paulo, SP: Companhia das Letras, 2010.

XAVIER, A.N. Descrição fonético-fonológico da

língua de sinais brasileira (Libras). 2006. 175 f.

Dissertação de Mestrado em Linguística - Departamento de Linguística, Universidade de São Paulo, São Paulo. 2006. Disponível em:

http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8139/t de-18122007-135347/pt-br.php

Estudos Surdos I (64h)

Ementa

Definições de cultura. Cultura e identidade surda: fatores teóricos. Artefatos culturais e as línguas de sinais. Identificações e locais das identidades: família, escola, associação, etc. As identidades surdas multifacetadas e multiculturais. Atividades de prática como componente curricular.

Bibliografia Básica

HALL, S.. A identidade Cultural na

pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 2011.

SANTOS, J.L. dos. O que é cultura? São Paulo: Brasiliense, 2006 (Primeiros Passos), 1. ed. 1983. STROBEL, K.. As imagens do outro sobre

cultura surda. Florianópolis: UFSC, 2008. Bibliografia Complementar

CROMACK, E.M.P. da C.. Identidade, cultura

surda e produção de subjetividades e educação:

atravessamentos e implicações sociais. Psicol. cienc. prof. [online]. 2004, vol.24, n.4, pp. 68-77. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S1414-98932004000400009

KLEIN, M.; LUNARDI, M.L.. Surdez: um território de fronteiras. ETD: Educação Temática Digital. 01 Jan. 2006. v.7(2), pp.14-23. ISSN: 1676-2592. Disponível em:

https://doaj.org/article/2bb5592b6f354b0e955e3f5 a2e0716e5

LARAIA, R. de B. Cultura um conceito

antropológico. 14. ed. Rio de Janeiro: Jorge

Zahar, 2001.

SÁ, N.R.L.. Cultura, poder e educação de

surdos. São Paulo: Paulinas, 2006.

SILVEIRA,C.H.. Representações de surdos/as

em matérias de jornais e revistas. Educação:

Revista do Centro de Educação UFSM. 01 Janeiro 2008. v. 33(1), pp.175-194. E-ISSN: 1984-6444. Disponível em:

(27)

http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/reveducacao/index

Língua Brasileira de Sinais II (96h)

Ementa

Exploração do espaço de sinalização do ponto de vista linguístico e topográfico. Descrição visual de nível inicial: técnicas e habilidades. Estudo das situações prático-discursivas da Libras mediante a aprendizagem e o uso de estruturas

léxico-gramaticais de nível inicial para o

desenvolvimento das habilidades linguísticas e comunicativas. Atividades de prática como componente curricular.

Bibliografia Básica

CAPOVILLA, F.C.; RAPHAEL, W.D.. Dicionário

enciclopédico ilustrado trilingue da lingua de sinais. 3. ed. São Paulo: EDUSP, 2008.

QUADROS, R.M. de. Educação de surdos: a aquisição da linguagem. Porto Alegre: Artmed, 1997.

QUADROS, R.M. de; KARNOPP, L.. Língua de

sinais brasileira: estudos lingüísticos. Porto

Alegre: ArtMed, 2004.

Bibliografia Complementar

CAMPELO, A.R. et al. Libras fundamental: livro didático de língua de sinais brasileira para crianças e adultos, surdos ou ouvintes. 1. ed. Rio de Janeiro: LSB Vídeo, 2008.

FELIPE, T.A. Libras em contexto: curso básico. Brasília: MEC/SEESP, 2007.

FERREIRA BRITO, L. Por uma gramática de

línguas de sinais. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro,

1995.

GESSER, A. Libras: que língua é essa? São Paulo: Parábola Editorial, 2009.

WILCOX, S.; WILCOX, P. Aprender a ver. Trad. Tarcísio Leite. Rio de Janeiro: Arara Azul, 2005.

Teoria da Educação de Surdos (64h)

Ementa

Abordagens tradicionais do currículo na escolarização dos surdos: práticas e discursos. Introdução à teoria crítica do currículo. Currículo e ideologia, linguagem, poder, cultura, política cultural. Relação entre Estudos Culturais e currículo na educação de surdos. Estudos surdos.

Bibliografia Básica

DORZIAT, A.. O outro da educação: pensando a surdez com base nos temas identidade/diferença, currículo e inclusão. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009. LACERDA, C.B.; GOES, C.R. de. Surdez: processos educativos e subjetividade. São Paulo: LOVISE, 2000.

(28)

SILVA, T.T. da. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. Belo Horizonte: Autêntica, 2009.

Bibliografia Complementar

CAVALCANTE, E.B.. A institucionalização da

língua brasileira de sinais no currículo escolar:

a experiência da Secretaria Municipal de Educação de Castanhal - PA. 2010. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Pará, Instituto de Ciências da Educação, Belém, 2010. Programa de Pós-Graduação em Educação Disponível em:

http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/2687 QUADROS, R.M. de; PERLIN, G.. Estudos

surdos II. Petrópolis, RJ: Arara Azul, 2007. SILVA, T.T. da; MOREIRA, A.F.B.. Currículo,

cultura e sociedade. 10. ed. São Paulo: Cortez,

2008.

THOMA, A. da S.; LOPES, M.C.. A invenção da

surdez: cultura, alteridade, identidades e diferença

no campo da educação. Santa Cruz do Sul, RS: EDUNISC, 2004.

TYLER, R.W.. Princípios básicos de currículo e

ensino. 4. ed. Porto Alegre: Globo, 1977. Educação Bilingue e

Bicultural (32h)

Ementa

Conceitos de bilinguismo, biculturalismo e educação bilíngue. Atitudes do ser bilíngue. Aspectos psicolinguísticos e neurolinguísticos no ser bilíngue. Pedagogia surda.Políticas

linguísticas. Educação bilíngue para surdos e indígenas no Brasil: estrutura e legislação.

Bibliografia Básica

FERNANDES, E.. Surdez e bilinguismo. Porto Alegre: Mediação, 2010.

QUADROS, R.M. de. Educação de surdos: a aquisição da linguagem. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.

SACANDIUZZI, P.P.. Educação indígena x

educação escolar indígena. São Paulo: Editora

UNESP, s.d. Disponível em: books?hl=pt-BR&lr=&id=NUSGrRs6BikC&oi=fnd&pg=PA7 &dq=referências+sobre+educação+indígena&ots= VKTU5h8eWF&sig=OUtfy_MgpxkC45gxBl1Ktu _FGQk#v=onepage&q=referências sobre educação indígena&f=false Bibliografia Complementar

CEARÁ. Secretaria de Educação. Experiências

exitosas em educação bilíngue para surdos.

CARDINS, G.N.G.; NASCIMEMTO, J. de B.M. do. (orgs.). Fortaleza: SEDUC, 2011.

Referências

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