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ESCOLA DE GOVERNO EM SAÚDE PÚBLICA DE PERNAMBUCO ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA ANTONIO RAMOS TAVARES FILHO

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ESCOLA DE GOVERNO EM SAÚDE PÚBLICA DE PERNAMBUCO

ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA

ANTONIO RAMOS TAVARES FILHO

SAÚDE DO HOMEM: REFLETINDO SOBRES AS AÇÕES DESENVOLVIDAS NOS MUNICÍPIOS DA VII MICROREGIÃO DA IV GERES DO ESTADO DE

PERNAMBUCO.

Garanhuns, 2017

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ESCOLA DE GOVERNO EM SAÚDE PÚBLICA DE PERNAMBUCO

ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA

ANTONIO RAMOS TAVARES FILHO

SAÚDE DO HOMEM: REFLETINDO SOBRES AS AÇÕES DESENVOLVIDAS NOS MUNICÍPIOS DA VII MICROREGIÃO DA IV GERES DO ESTADO DE

PERNAMBUCO.

Projeto de Intervenção apresentado ao curso de Especialização em Saúde Pública da Escola de Governo em Saúde Pública de Pernambuco como requisito final para obtenção do título de Especialista em Saúde Pública.

Orientadora: Msc. Mauricéa Maria de Santana

Garanhuns, 2017

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Ficha Catalográfica elaborada pela Biblioteca Nelson Chaves (ESPPE), com os dados fornecidos pelo autor.

Bibliotecária Responsável: Anefátima Figueiredo – CRB-4/P-148

T231s Tavares Filho, Antônio Ramos.

Saúde do homem: refletindo sobre as ações desenvolvidas nos municípios da VII Microrregião da IV Geres do Estado Pernambuco. Garanhuns, 2017.

20f.

Orientador (a): Mauricéa Maria de Santana.

Projeto de intervenção (Curso de Especialização em Saúde Pública) –

Escola de Saúde Pública de Pernambuco – ESPPE.

1. Saúde do Homem. 2. Atenção à Saúde. 3. Gestão em Saúde 4. Saúde Pública 5. Programas Nacionais de Saúde. I. Título.

ESPPE / BNC CDU – 614.055.1(813.42)

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Sumário

1 INTRODUÇÃO ... 5 2 JUSTIFICATIVA ... 7 3 OBJETIVOS ... 8 3.1 OBJETIVO GERAL ... 8 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ... 8 4 METODOLOGIA ... 14 4.1 TIPO DE ESTUDO ... 14 4.2 LOCAL DA INTERVENÇÃO ... 14 4.3 SUJEITOS DA INTERVENÇÃO ... 14 4.4 PERÌODO DA INTERVENÇÃO ... 14 4.5 DA INTERVENÇÃO ... 14 4.6 COLETAS DE DADOS ... 15 5 REVISÃO DA LITERATURA ... 9

5.1 PRINCIPAIS DOENÇAS QUE ACOMETEM HOMENS. ... 9

5.2 POLITICA NACIONAL DA ATENÇÃO INTEGRAL A SAÚDE DO HOMEM.10 5.3 O HOMEM NA ATENÇÃO PRIMARIA: ESTRATÉGIAS PARA A PROMOÇÃO A SAÚDE DO HOMEM. ... 12

6 RESULTADOS ESPERADOS ... 15 7 VIABILIDADE ... 16 8 CRONOGRAMA ... 16 9 ORÇAMENTO ... 17 10 FINANCIAMENTO ... 18 11 REFERÊNCIAS ... 19

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1 INTRODUÇÃO

Atualmente as principais causas de mortes de homens na faixa etária entre 20 a 59 anos de idade são: causas externas de morbi-mortalidade, neoplasias, doenças do aparelho digestivo, sintomas e achados anormais em exames clínicos e laboratoriais, e algumas doenças infecto-parasitarias (SCHWARZ et al, 2012).

De acordo com o Inquérito Telefônico de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas – VIGITEL cerca de 5.5% de homens maiores de dezoito anos avaliam seu estado de saúde como ruim ou muito ruim,estando diretamente relacionada à morbi-mortalidade dos indivíduos,tornando-se assim um bom avaliador para obter as condições de saúde da população(VIGITEL 2012).

As relações entre masculinidade e cuidado em saúde tem sido alvo de pesquisas de dados e análises com base na perspectiva de gênero tendo em vista as principais dificuldades masculinas na busca por assistência de saúde e a maneiras com que os serviços lidam com esse grupo e suas demandas (COUTO et al., 2010).

O homem trás uma bagagem de identidade construída historicamente que envolve papel social, diferenciando-o do gênero feminino. Ser homem está relacionado a ser invulnerável, ter força e virilidade, assim gerando a desvalorização do seu autocuidado (GOMES; NASCIMENTO; ARAÚJO, 2007).

Essas atribuições dadas aos homens se associam à masculinidade trazem como principal consequência menor cuidado com a saúde e não procura pelo serviço básico, embora essa não procura seja representada como uma fraqueza no sistema de saúde, Além disso, esse grupo pode sobrecarregar os custos com o serviço de saúde, tendo em vista que a prevalência de adoecimento tende a ser maior e, assim eleva-se também a busca pelo nível secundário e terciário de atenção a saúde. Além de comprometer a qualidade de vida desses indivíduos (COSTA, 2004).

Existem técnicas diferenciadas de abordagem e estratégicas que podem facilitar na comunicação entre os profissionais de saúde e os usuários, para que desse modo, em particular os homens possam procurar o serviço básico de saúde. Segundo Andrade (2009) estratégias como: a capacitação dos ACS’s para o acolhimento do homem, implantação do grupo de atenção a saúde do homem, elaboração de cartilha sobre planejamento familiar e atividades de educação em saúde nas escolas e associações comunitária. Com base no supra citado, torna-se importante deste projeto para

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influência os gestores sobre a saúde do homem, mostrando que ações direcionadas a saúde do homem , irá diminuir os custos para o sistema e melhoria da saúde da população masculina.

No cotidiano dos serviços, observa-se que os homens não costumam buscar o serviço de saúde e alguns motivos podem ser citados como o fato do Posto de Saúde e Unidade Básica de Saúde configurar-se como unidades feminizadas, por terem a maioria dos funcionários do sexo feminino, as ações de promoção e prevenção de saúde são direcionadas quase que exclusivamente para as mulheres e também por se julgarem “imunes” as doenças.

Além disso, esse grupo pode sobrecarregar os custos com o serviço de saúde, tendo em vista que a prevalência de adoecimento tende a ser maior e, assim eleva-se também a busca pelo nível secundário e terciário de atenção a saúde. Além de comprometer a qualidade de vida desses indivíduos.

Diante do exposto este projeto de intervenção tem como propósito possibilitar uma reflexão quanto às ações da política de saúde homem desenvolvidas nos municípios da IV GERES, na perspectiva de estimular a implementação da política nestes municípios. Para tanto partimos da seguinte pergunta condutora, Quais as ações estabelecidas na política de atenção à saúde dos homens são desenvolvidas nos municípios que compõem a IV GERES?

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2 JUSTIFICATIVA

A saúde do homem vendo sendo discutida com mais ênfase nos últimos anos, a partir da implantação da política de saúde do homem. Desta forma consideramos bastante oportuno neste processo de formação de especialista em saúde pública, aprofundarmos o olhar sobe essa política na IV Geres de Pernambuco.

Dessa forma, torna-se importante a iniciativa do presente projeto de intervenção, considerando a escassez de pesquisas nessa área, para incentivar, garantir e assegurar instrumentos para o alcance da saúde primária e integral do homem, mostrando a importância da prevenção de doenças e promoção da saúde, melhorando o atendimento dos mesmos de forma humanizada e implantando estratégias que ajudem a promover a saúde desses indivíduos.

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3 OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

 Analisar as ações da política de saúde homem desenvolvidas nos municípios que compõem a VII microrregião da IV Geres, na perspectiva de estimular a implementação da política nestes municípios.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Realizar uma oficina de cunho problematizador na perspectiva de caracterizar as ações da política de atenção a saúde do homem, desenvolvidas nos municípios que compõem a VII microrregião da IV Geres.

 Caracterizar os limites e potencialidades para o desenvolvimento das ações da política de saúde homem

 Sensibilizar os gestores no sentido da implementação da política de atenção a saúde do homem

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4. REVISÃO DA LITERATURA

4.1 PRINCIPAIS DOENÇAS QUE ACOMETEM HOMENS.

O homem possui uma visão de cuidado voltada exclusivamente ao ser feminino, uma vez que colocam as mulheres como as frágeis e que foram feitas para se cuidar, diferentes dos homens. Esse pode ser considerado um dado cultural determinante para a baixa procura dos serviços de saúde pelos homens. Quando o indivíduo restringe a procura de cuidados básicos com a saúde, faz com que esteja sem proteção preventiva, assim muitos agravos poderiam ser evitados(WELZER-LANG, 2004; TELLERÍA, 2003; HARDY, JIMENES, 2000; LYRA-DA-FONSECA et al, 2003; MEDRADO et al, 2005; Apud BRASIL, 2008;).

No geral a população masculina sofre mais de condições crônicas de saúde do que as mulheres e ainda falecem mais, uma vez que procuram bem menos os serviços de saúde. (SOUZA et al,. 2012). Os homens procuram ao máximo adiar o momento da consulta, o início de um tratamento ou a procura por assistência, geralmente a busca só ocorre quando o indivíduo já não consegue mais suportar a situação. Uma das principais desculpas está no horário de funcionamento, alegam que coincide com a carga horária de trabalho (PNAISH, 2009). Outro motivo seria o medo de descobrir algo de errado consigo, sendo assim o medo é um dos principais fatores na baixa demanda masculina nos serviços (PNAISH, 2009).

Existem seis principais causas de óbitos em homens de 20 a 59 anos em todo país, são elas: doenças externas de morbidade e mortalidade; doenças do aparelho circulatório; neoplasias; doenças do aparelho digestivo; sintomas, sinais e achados anormais de exames clínicos e laboratoriais; e algumas doenças infecto-parasitarias (SHWARZ et al 2012).

O câncer de próstata no Brasil tornou-se um grave problema de saúde pública afirma Gomes (2003), as taxas de mortalidade e as grandes incidências dessas neoplasias colocaram-no na segunda posição dentre as mais comuns na população masculina, superado apenas pelo câncer de pele não-melanoma. Pesquisas feitas, mostram a estimativa da localização primaria da neoplasia maligna, a pesquisa mostra a

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incidência de casos entre os anos de 2008 e 2009, pelo Instituto Nacional de Câncer-INCA( INCA, 2007).

Quando o câncer é detectado inicialmente há uma maior probabilidade de chance de recuperação. Porém uma das principais medidas preventivas é toque retal, realizado por um profissional de medicina. O método é eficaz e de baixo custo, por isso mais acessível a ser utilizado (INCA, 2002).

Porém esse procedimento mexe com o imaginário dos homens afirma, não apenas pela falta de informação em relação a efetividade do método preventivo, mas quando arrebatados pelo senso comum a recusa do método costuma prevalecer (GOMES, 2003). Esses medos que afloram nos homens, por considerar a situação um desconforto e constrangimento. Contudo mesmo os profissionais de saúde estando consciente dos temores masculinos a respeito do método preventivo, não estão devidamente preparados para acolhê-los. Isso corresponde não apenas ao profissional que realiza o procedimento, mas também para quem trabalha dentro das campanhas preventivas. Por isso é preciso que haja um maior investimento nas discursões nesses sentidos atribuídos a sexualidade masculina, para um melhor resultado (PINHEIRO et al,.2012).

4.2 POLITICA NACIONAL DA ATENÇÃO INTEGRAL A SAÚDE DO HOMEM.

Em 2009 foi instituída a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem- PNAISH, que tem como objetivo geral promover a melhoria das condições de saúde para a população masculina, criar e executar ações para trazer estes homens para o serviço de saúde (PNAISH, 2009). Historicamente a saúde do homem não estava nas prioridades dos gestores, pois tinha-se a ideia que mulheres e crianças deveriam ter maior cobertura de políticas de saúde, pelo fato de que as mulheres gerariam os futuros trabalhadores e as crianças seriam acobertados por essas políticas. Embora o foco de campanhas não fossem diretamente relacionadas ao masculino, as campanhas contra o alcoolismo e “doenças venéreas” atingiam esse grupo, mas não era o suficiente para fazer uma cobertura da saúde do homem (CARRARA et al,. 2009).

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Desde então foi estabelecido um acordo de cooperação técnica com o objetivo de promover a saúdo homem no sistema público de saúde que seria assinado entre o Ministério de Saúde e a Sociedade Brasileira de Urologia- SBU. A ideia visa não apenas o treinamento dos profissionais de saúde no recebimento destes pacientes com diagnóstico do ramo da urologia, mais também no sentido preventivo dessas doenças, além do incentivo a busca desses serviços, assim promovendo a saúde do homem e reduzir as taxas de mortalidade masculinas (CARRARA et al 2009).

Os homens possuiriam uma menor expectativa de vida por beberem mais e fumarem mais e recentemente, estudos mostram que, homens estão mais vulneráveis que as mulheres a doenças crônicas e graves, por isso morrem mais cedo (ANDRADE, MONTEIRO, 2012).

Para tanto a política veio para fortalecer a atenção primária para que o atendimento não se restrinja apenas a recuperação, mas fortalecer a promoção de saúde e prevenção, levando em consideração os principais motivos pelo qual os homens constroem tal resistência ao atendimento primário. O documento retrata, por exemplo, que é necessário tirar as responsabilidades de uso de contraceptivos apenas das mulheres, de modo que assegurem aos homens o direito do planejamento de reprodução (PNAISH, 2009).

No documento o que antes era considerado apenas um dever dos gestores de saúde, hoje se torna um direito do homem (CARRARA et al,. 2009). O documento expõe como objetivos três principais pontos: A qualificação de profissionais para implementar e estimular as disfunções sexuais masculinas; Promover a saúde integral dos indivíduos, com estratégias de promoção voltadas principalmente a grupos distintos sócias como: população indígena, negros, quilombolas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, trabalhadores rurais, homens com deficiência , em situação de risco e em situação carcerária; Associar as ações governamentais com as da sociedade civil organizada para efetivar a atenção integral à saúde do homem com protagonismo social na enunciação das reais condições de saúde da população heterogênea de homens. (PNAISH, 2009).

Deve ser considerado que a abordagem não se restringe apenas em incluir os homens nos estudos e formulações, é necessária que se faça um estudo mais detalhado

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nas técnicas de abordagem e que essa mudança seja essencial no contexto de prevenção à saúde do homem.

Contudo a Política Nacional de atenção integral à saúde do homem deve considerar o ser homem em sua heterogeneidade. O contexto de masculinidade foi construído historicamente e sócio-culturalmente. Tanto o ser homem como o ser mulher foi construído em torno de universos masculinos e femininos, e esses universos são modelos culturais de gênero que convivem no imaginário dos homens e das mulheres. (PNAISH, 2009).

4.3 O HOMEM NA ATENÇÃO PRIMARIA: ESTRATÉGIAS PARA A PROMOÇÃO A SAÚDE DO HOMEM.

Algumas ações devem ser levadas em considerações para trazer os homens ao serviço público de saúde (JULIÃO, WEIGELT, 2011), então existem técnicas diferenciadas para incentiva-los a promover sua saúde. Andrade (2009) relata que dentre essas técnicas as principais atividades são: A capacitação dos ACS’s, pois esta capacitação irá fazer com o homem sinta-se seguro em abordar todos os problemas de saúde para o seu agente e este seja capaz de oferecer orientações básicas sobre sua saúde, com isso poderá diminuir a não procura pelo serviço; Atividades educativas em saúde nas escolas e associações comunitárias que traria os principais agravos em homens e mostraria a importância da promoção à saúde dessa população; E implantar um grupo de atenção à saúde, embora essa estratégia seja uma das mais difíceis, pois os homens costumam não procurar a ESF, desse modo deveriam ser realizadas várias conscientizações da importância e contar com vários colaboradores para garantir êxito.

Os enfermeiros das comunidades podem também sugerir ações para que esse homens venham a cuidar da sua saúde, MACHADO et al(2012) sugerem a flexibilização dos horários de atendimento nas unidades de saúde com expediente mais cedo e sem fechar para almoço; a criação do terceiro turno nessas unidades para que deste modo os trabalhadores com carga horária de 8 horas possam ser atendidos depois do trabalho; E, por fim, a realização de atividades fora das unidades de saúde para aumentar a procura desse gênero a promoção de sua saúde.

Nas unidades de saúde, além das ações de promoção, devem existir capacitações sobre o acolhimento do homem com foco na análise das condições da

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informação dos enfermeiros, na visão dos conhecimentos dos profissionais da ESF sobre a PNAISH. (JULIÃO, WEIGELT, 2011).

Para realização dessas ações de incentivar a procura do homem ao serviço de saúde se faz necessário o incentivo dos gestores de saúde (MACHADO et al 2012), que devem levar em consideração a necessidade de mudar o enfoque no funcionamentos das unidades para a priorização dos serviços a grande parcela deste gênero (LIMA, LIMA, 2009).

É importante que seja compreendido o universo masculino não apenas pelas suas doenças, mas é fundamental que seja esclarecida as principais questões relativas ao gênero para que seja configuradas os problemas e assim considerar sua natureza total masculina. É comum observar que as ações que conseguem atingir os homens geralmente não são direcionadas apenas a eles, pois a grande maioria que utiliza dessas ações são os idosos, principalmente pelos programas de acompanhamento de hipertensos e diabéticos.

De forma geral é necessário que haja uma conscientização dos profissionais de saúde quanto à importância de uma assistência adequada aos usuários do sexo masculino, além de implementação de políticas públicas que auxiliem no ajuste dessa assistência promovendo uma melhoria do serviço.

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5 METODOLOGIA

5.1 TIPO DE ESTUDO

Será realizado um estudo de intervenção, onde este tipo de estudo é caracterizado por provocar uma modificação intencional em algum aspecto do estado de saúde da população ou de algum indivíduo (MEDRONHO et al, 2009).

Segundo Almeida Filho e Barreto (2011), os estudos de intervenção também podem ser chamados de ensaios comunitários, onde este tipo de estudo implica em expor a comunidade ou indivíduos intervenção proposital introduzida pelo investigador sob controle e processo da pesquisa.

5.2 LOCAL DA INTERVENÇÃO

O estudo será realizado nos municípios que compõem a VII microrregião da IV Geres, sendo eles: Barra de Guabiraba, Bezerros, Bonito, Camocim de São Félix, Gravatá, Sairé e São Joaquim do Monte.

5.3 SUJEITOS DA INTERVENÇÃO

Participará deste projeto de intervenção gestores vinculados a atenção primaria e atenção a saúde do homem e trabalhadores da estratégia de saúde da família.

5.4 PERÌODO DA INTERVENÇÃO

Será realizado oficinas durante períodos para capacitação e atualização dos profissionais do sistema. Durante aproximadamente 1 semestre, cerca de 6 meses.

5.5 DA INTERVENÇÃO

Serão realizado 2 oficinas de atualização sobre saúde do homem, na IV GERES, afim de possibilitar uma reflexão quanto a implementação a política saúde do homem e

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assim, sensibilizar os gestores de saúde para implantação de estratégias de saúde do homem em seu município. Nesta oficina será realizado, primeiramente, uma dinâmica de conhecimento e acolhimento, dos gestores, através de uma caixa, onde os mesmos colocarão os nomes e ficarão separados, para vivenciar como os homens ficam quando chegam no sistema de saúde, logo após será realizado uma roda de conversa, a afim de saber quais as estratégias que são utilizadas para acolhimento e atendimento do homem no serviço de saúde e aplicação de um instrumento que apresente as principais estratégias da política de saúde do homem, a fim de cada representante de cada município identifique o que realizado ou não em seu município.

Logo em seguida será realizado, a 2ª oficina no auditório da IV GERES, através de uma apresentação utilizando recurso visual (data show) e banner, na qual serão abordadas as principais causas da reduzida demanda dos homens no serviço, além da realização de uma roda de conversa para estimular a discussão e elaboração de possíveis viáveis estratégias para trazer estimular a prevenção da saúde pelos homens e mostrar que naquela unidade tem o alguma estratégia voltada a saúde do homem, respectivamente.

Na segunda oficina, cada município, lá representado, se tornará uma equipe, e realizará uma pequena apresentação em cartolina, com as estratégias que poderão ser utilizadas no seu município, e apresentadas na sala para todos. Essa atividade será supervisionada pelo especializando, que dará todo auxilio na formulação dessas estratégias.

5.6 COLETAS DE DADOS

Posteriormente, será realizado um levantamento para saber quais os municípios conseguiram realizar alguma estratégia, sobre o assunto. Após a oficina será realizado os processamentos dos dados, as variáveis quantitativas encontradas serão digitadas e analisadas e apresentados na forma de gráficos ou tabelas e o produto das rodas de conversas serão sistematizado em um relatório.

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Espera-se que as realizações das oficinas possibilitem uma caracterização da implementação da política de atenção a saúde integral do homem nos sete municípios da VII micro da IV GERES. Assim como, espera-se que os gestores e trabalhadores do SUS saiam sensibilizados no sentido de desenvolverem as estratégias que assegurem melhorias na política de atenção a saúde integral do homem nos seus municípios.

7 VIABILIDADE

O presente projeto apresenta coerência entre as etapas previstas no projeto e o especializando tem aproximação teórico e prática com a temática. E também apresenta a facilidade do autor do projeto, pertencer a um dos municípios na condição de gestor de programas e projetos no campo proposto para intervenção.

8 CRONOGRAMA

Quadro 01. Cronograma das atividades do projeto RESUMO DAS ATIVIDADES:

1- Busca de artigos científicos, livros e sites oficiais

2- Elaboração do Projeto de intervenção

3- Defesa do PI 4- Desenvolvimento Cronograma de Execução: Meses / 2017 F M A M J J A S O N D 1 X X X X X X X 2 X X X 3 X X

4 O projeto será desenvolvido no 1º semestre de 2018 Fonte: Elaborado pelo autor.

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9 ORÇAMENTO

Quadro 02. Orçamendo do projeto de

intervençãoDiscriminação

Quantidade Valor unitário (R$) Valor (R$) Resma de papel 2 11,00 R$ 22,00 Cartucho de tintas 3 30,00 R$ 90,00 Canetas porosas 10 2,50 R$ 25,00 Cartolina 10 1,00 R$ 10,00 Transporte 30 10,00 R$ 300,00 Xerox e impressões 50 4,16 R$ 12,00 Banner 2 45,00 R$ 90,00

Marterias para oficina -- -- R$ 150,00

TOTAL R$

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10 FINANCIAMENTO

A intervenção será custeada pelo próprio pesquisador, através de recursos próprios, não havendo nenhum custo para o município ou Geres.

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REFERÊNCIAS

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Referências

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