• Nenhum resultado encontrado

PROJETO DE LEI Nº 102/2015. Autoriza conceder direito real de uso oneroso de imóvel do Município e dá outras providências.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "PROJETO DE LEI Nº 102/2015. Autoriza conceder direito real de uso oneroso de imóvel do Município e dá outras providências."

Copied!
10
0
0

Texto

(1)

Autoriza conceder direito real de uso oneroso de imóvel do Município e dá outras providências.

Art. 1º Fica o Poder Executivo autorizado a conceder direito real de uso oneroso de uma área de 15m x 20m, dentro de um imóvel de 20.600,00 m², de propriedade do Município, correspondente ao lote 12, quadra 172, matriculado sob o nº 606, no Registro de Imóveis de Vera Cruz.

Art. 2º O imóvel que terá concedido o direito real de uso oneroso destinar-se-á exclusivamente para fins de instalação de torre de transmissão de dados e telefonia celular, sendo vedada a locação, transferência a terceiros, ou qualquer alteração na finalidade desta concessão.

Parágrafo Único – Para a referida instalação de torre de transmissão de dados e telefonia celular deverão ser obedecidas as exigências contidas na Lei Municipal nº 2900, de 29/12/2006 e alterações posteriores.

Art. 3º O valor mínimo a ser pago mensalmente pela presente concessão será de R$ 1.080,00 (um mil e oitenta reais), conforme laudo de avaliação da Comissão de Avaliação de Bens Imóveis, valor que deverá ser reajustado anualmente, pelo índice adotado pelo Município.

Art. 4º A presente concessão de direito real de uso oneroso será pelo prazo de 15 anos, a contar da assinatura do termo de concessão de uso, podendo ser prorrogada.

§ 1º Caso o imóvel não seja utilizado para o fim estabelecido na presente Lei, a concessão fica automaticamente revogada.

§ 2º Em caso de desistência da concessão, ou ainda, findo o prazo da concessão, o imóvel retornará ao pleno uso do Município, sem que assista qualquer indenização a(o) CONCESSIONÁRIA(o) pelos valores já pagos.

(2)

Art. 5º A presente concessão poderá ter dispensada a licitação, com fulcro no art. 95, § 1º, da Lei Orgânica do Município, uma vez que sua destinação se refere à prestação de um serviço de interesse público relevante, sendo que os direitos e obrigações recíprocas serão objeto de Termo de Concessão de Direito Real de Uso Oneroso, conforme minuta integrante desta Lei, como anexo.

Art. 6º Fica expressamente vedado à(o) CONCESSIONÁRIA(o):

I - transferir, ceder, locar ou sublocar o imóvel objeto da concessão, sem prévia e expressa autorização do Município;

II - usar o imóvel para atividades amorais, político-partidárias, pornográficas ou religiosas;

III - colocar no imóvel placas, bandeiras, cartazes, inscrições ou sinais de conotação amoral, político-partidária, pornográfica ou religiosa.

Art. 7º A(o) CONCESSIONÁRIA(O) será responsável pelas perdas e danos causados a terceiros e/ou ao patrimônio do concedente, na área de sua responsabilidade.

Art. 8º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Gabinete da Prefeita, 24 de agosto de 2015.

ROSANE TORNQUIST PETRY, Prefeita Municipal.

(3)

JUSTIFICATIVA DO PROJETO DE LEI Nº 102/2015.

Vem o Projeto de Lei nº 102/2015 à consideração dessa Colenda Câmara de Vereadores propondo autorização ao Poder Executivo para conceder direito real de uso oneroso de uma área de 15m x 20m, dentro de um todo maior de propriedade do Município, recebido em doação do Armindo Losekann e Maria Augusta Mocay Losekann em 24 de novembro de 1992, doação esta posteriormente retificada em 29 de junho de 1995, situado no prolongamento da atual rua Júlio Wild, nesta cidade, sobre o qual o Município edificou um prédio de alvenaria.

Salienta-se que o imóvel encontra-se escriturado e registrado como patrimônio do Município, devidamente matriculado no Ofício de Registro de Imóveis da Comarca de Vera Cruz sob o nº 606, fl. 01, sem a imposição de restrições quanto ao seu uso, fração de terras com área de 20.600,00 metros quadrados, situado em área lindeira à estação de tratamento de água que abastece de água potável a população desta cidade, sendo dever do gestor, zelar por tal patrimônio, como bem regulamenta o art. 6º da Lei Orgânica do Município de Vera Cruz, que trata: “Compete ao Município, no exercício de sua autonomia: ... III – administrar seus bens, adquiri-los e aliená-los, aceitar doações, legados e heranças e dispor da sua aplicação”.

Destaca-se igualmente, que, naquele período encontrava-se em implantação no Brasil as primeiras instalações de telefonia móvel, e, visando atender a comunidade vera-cruzense com serviços de telefonia móvel de melhor qualidade, iniciou-se o processo para a instalação de uma torre em local mais elevado e que possibilitasse o atendimento dos usuários de todo o município, cuja tramitação teve início no mês de julho de 1999, devidamente autorizado pelo Poder Legislativo através da Lei nº 1859, de 20 de julho de 1999, efetivado com a empresa Celular CRT S/A, subsidiária integral da Companhia Riograndense de Telecomunicações, sucedida pela atual empresa de Telefonia Móvel Vivo. Ultrapassada a fase de escolha foi firmado o contrato de concessão nº 068/99, onde estão estabelecidas as condições para o uso do referido local.

O contrato de Concessão de Direito Real de Uso Oneroso inicial foi celebrado em 27 de agosto de 1999, com prazo de duração de 15 (quinze) anos, previsto em sua cláusula sexta, que encerrou-se, consequentemente, no dia 26 de agosto de 2014.

Em razão do exposto entendemos oportuno salientar que trata-se de serviço público de interesse público relevante, tendo inclusive, recentemente sido editada a Lei Federal nº 13.116, de 20 de abril de 2015, que “Estabelece normas gerais para implantação e compartilhamento da infraestrutura de telecomunicações e altera as Leis nºs. 9.472, de 16 de julho de 1997, 11.934, de 5 de maio de 2009, e 10.257, de 10 de julho de 2001.”, cujo Art. 4º, assegura que a aplicação das disposições desta Lei rege-se pelo

(4)

pressuposto de que o sistema nacional de telecomunicações compõe-se de bens e serviços de utilidade pública e de relevante interesse social.

Da mesma forma tomamos a liberdade de apontar que os recursos recebidos a título de pagamento da concessão remunerada de uso de imóvel vinculado ao patrimônio do Município são considerados como receita pública, sendo contabilizada e aplicada em despesas públicas e investimentos públicos, na forma da legislação vigente.

Por fim destacamos que o presente projeto visa disponibilizar à toda a população um serviço de telefonia de melhor qualidade e, diante da sua importância para a continuidade do desenvolvimento de Vera Cruz e, igualmente, diante do constante crescimento da demanda e uso por parte da população, bem como, da necessidade de ampliação dos investimentos nos meios de comunicação, solicitamos a sua aprovação.

Segue em anexo cópia da minuta do Termo de Concessão de Direito Real de Uso Oneroso a ser firmado entre as partes.

Gabinete da Prefeita, 24 de agosto de 2015.

ROSANE TORNQUIST PETRY, Prefeita Municipal.

(5)

TERMO DE CONCESSÃO DE DIREITO REAL DE USO ONEROSO

Por este instrumento público, de um lado o MUNICÍPIO DE VERA CRUZ, representado pela Prefeita Municipal, ROSANE TORNQUIST PETRY, com endereço na Av. Nestor Frederico Henn, 1645, nesta cidade, doravante denominado CONCEDENTE, e de outro lado a …..., pessoa jurídica de direito privado, com sede na Rua …... …..., inscrita no CNPJ sob o nº …..., neste ato representada por ,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,, residente e domiciliado …..., inscrito no CPF sob o nº …..., com Cédula de Identidade nº …..., doravante denominada CONCESSIONÁRIA, têm entre si justo e acertado o presente Termo de Concessão de Direito Real de Uso Oneroso, com fulcro na Lei Municípal nº …...e Lei Municipal nº 2900/2006 e alterações, e mediante as seguintes cláusulas e condições:

CLÁUSULA PRIMEIRA - DO OBJETO E DA FINALIDADE

É objeto do presente termo, a concessão de direito real de uso oneroso, por parte do CONCEDENTE à CONCESSIONÁRIA, de uma área de 15m x 20m, dentro de um imóvel de 20.600,00 m², de propriedade do Município, correspondente ao lote 12, quadra 172, matriculado sob o nº 606, no Registro de Imóveis de Vera Cruz.

§ 1º O referido imóvel que terá concedido o direito real de uso oneroso destinar-se-á exclusivamente para fins de instalação de torre de transmissão de dados e telefonia celular, sendo vedada a locação, transferência a terceiros, ou qualquer alteração na finalidade desta concessão.

§ 2º Para a referida instalação de torre de telefonia celular deverão ser obedecidas as exigências contidas na Lei Municipal nº 2900, de 29/12/2006 e alterações posteriores.

CLÁUSULA SEGUNDA - DO VALOR

Pela referida concessão, a CONCESSIONÁRIA pagará, mensalmente, ao CONCEDENTE, o valor de R$ 1.080,00 (um mil e oitenta reais).

(6)

§ 1º O referido valor deverá ser pago até o dia 05 de cada mês, através de carnê a ser fornecido pelo Departamento de Arredação de Receitas.

§ 2º O valor locatício será reajustado anualmente, conforme variação do IGP-M do período ou outro índice que for legalmente instituído.

§ 3º Ocorrendo atraso no pagamento, o débito será atualizado pelo Índice Geral de Preços de Mercado – IGP-M, da Fundação Getúlio Vargas, ou outro índice que venha substituí-lo, e acrescido de juros de mora de 1% (um por cento) ao mês ou fração, e das seguintes multas moratórias:

I - de 2% (dois por cento), quando o pagamento for efetuado em até 30 (trinta) dias após o vencimento;

II - de 5% (cinco por cento), quando o pagamento for efetuado após 30 (trinta) dias do seu vencimento.

CLÁUSULA TERCEIRA - DO PRAZO

O prazo de vigência do presente termo será de 15 (quinze) anos, a contar da data de sua assinatura, podendo ser prorrogado.

§ 1º O presente termo poderá ser rescindido antes do prazo ajustado, desde que a parte interessada comunique a outra com no mínimo 30 (trinta) dias de antecedência, salvo em caso de aplicação de penalidade por parte do CONCEDENTE, quando não será exigido o prazo de antecedência acima referido.

§ 2º Caso o imóvel não seja utilizado para o fim estabelecido na presente Lei, poderá ser rescindido o presente termo de concessão.

§ 3º O contrato ora celebrado poderá ser rescindido, caso ocorram quaisquer dos casos previstos nos Artigos 77 e 78 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993 e alterações em vigor.

CLÁSULA QUARTA – DAS OBRIGAÇÕES DO MUNICÍPIO O CONCEDENTE se obriga a:

(7)

a) conceder o uso do bem descrito na Cláusula Primeira, à CONCESSIONÁRIA, de forma onerosa, para os fins descritos no seu Parágrafo Primeiro, em conformidade com a Lei Municipal nº …...;

b) exercer a fiscalização sobre o uso do bem objeto deste contrato;

c) aplicar as penalidades cabíveis em caso de descumprimento das obrigações por parte da CONCESSIONÁRIA;

d) respeitar a posse da CONCESSIONÁRIA nos termos do contrato ora firmado.

CLÁUSULA QUINTA - DAS OBRIGAÇÕES DA CONCESSIONÁRIA a) a CONCESSIONÁRIA compromete-se a usar adequadamente o imóvel durante a ocupação, devendo utilizar o imóvel para a finalidade prevista neste contrato;

b) a CONCESSIONÁRIA não poderá mudar a destinação do imóvel, sublocar, ceder total ou parcialmente, nem colocar no imóvel placas, bandeiras, cartazes ou quaisquer inscrições ou sinais de conotação político-partidária;

c) não poderá a CONCESSIONÁRIA realizar benfeitorias, edificações, demolições, retiradas, nem deslocar divisórias, instalações ou cercas;

d) a CONCESSIONÁRIA será responsável por qualquer dano que causar ao imóvel ou a terceiros;

e) não utilizar os bens públicos cedidos para atividades amorais, de pornografia, político partidárias ou religiosas.

f) sujeitar-se à fiscalização do CONCEDENTE;

g) devolver o bem ao final do prazo de concessão, ou por motivo de rescisão do presente contrato, nas mesmas condições em que foram recebidos;

h) providenciar as licenças ambientais e outras licenças necessárias para a operação da torre de telefonia celular.

(8)

A CONCESSIONÁRIA será penalizada, caso utilize o imóvel objeto deste contrato para outros fins que não sejam os relacionados no Parágrafo Primeiro, da Cláusula Primeira.

§ 1º Pela inexecução total ou parcial do objeto deste Contrato ou pela prática da infração relacionada acima, o CONCEDENTE poderá, garantida prévia defesa, aplicar à CONCESSIONÁRIA as sanções de advertência, multa, limitada ao máximo de 10% (dez por cento) do valor do contrato, que será recolhida no prazo máximo de 15 (quinze) dias, uma vez comunicada oficialmente, ou ainda, rescisão do presente termo de concessão, que poderá se dar de forma unilateral, em caso de atraso do pagamento mensal por três meses seguidos.

§ 2º Se o motivo ocorrer por comprovado impedimento ou de reconhecida força maior, devidamente justificado e aceito pelo CONCEDENTE, a CONCESSIONÁRIA ficará isenta das penalidades mencionadas.

§ 3º No caso de inadimplemento pela concessionária, será ainda aplicada a penalidade de multa.

§ 4º Será garantido à CONCESSIONÁRIA o direito prévio da citação e da ampla defesa, no prazo de 05 (cinco) dias úteis contra quaisquer das situações acima previstas.

CLÁUSULA SÉTIMA – DA DOCUMENTAÇÃO

A CONCESSIONÁRIA se obriga a apresentar ao CONCEDENTE, por ocasião da assinatura do presente termo, e sempre que solicitado, os seguintes documentos:

a) Certidão Negativa de Débito com o INSS; b) Certidão Negativa do FGTS;

c) Certidões Negativas de Débito junto aos seguintes órgãos: I – Dívida Ativa da União;

II – Fazenda Federal; III – Fazenda Estadual; IV – Fazenda Municipal.

(9)

O presente Termo poderá ser rescindido de pleno direito nas seguintes situações:

a) descumprimento ou cumprimento irregular pela CONCESSIONÁRIA das cláusulas estabelecidas no presente instrumento;

b) extinção ou encerramento das atividades da CONCESSIONÁRIA, ou ainda, alteração ou modificação da finalidade ou estrutura da CONCESSIONÁRIA que prejudique a execução do presente Termo;

c) razões de interesse público, de alta relevância e amplo conhecimento, justificadas e determinadas pela máxima autoridade da esfera administrativa do CONCEDENTE, exaradas no competente processo administrativo;

d) se ao imóvel, no todo ou em parte, vier a ser dada utilização diversa da que lhe foi destinada;

e) se a CONCESSIONÁRIA renunciar à concessão, deixar de exercer as suas atividades específicas, ou ser extinta;

f) deixar de efetuar o pagamento da concessão, por 3 (três) meses seguidos; g) se, em qualquer época, o CONCEDENTE necessitar do imóvel para seu uso próprio.

h) ocorrência de caso fortuito ou de força maior, regularmente comprovados, impeditivos da execução do presente Termo de Concessão.

Parágrafo Único: Fica estabelecido que, ao findar o contrato ou em caso de rescisão da concessão, a CONCESSIONÁRIA desocupará o imóvel, devolvendo-o nas mesmas condições em que recebeu, independentemente de qualquer notificação judicial ou extrajudicial, não tendo a CONCESSIONÁRIA direito a qualquer indenização.

CLÁUSULA NONA – DA FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

O presente Termo de Concessão é fundamentado nas Leis Municipais nº …...

(10)

Eventuais litígios decorrentes da execução deste termo serão dirimidos perante o FORO DA COMARCA DE VERA CRUZ, renunciando as partes a qualquer outro, por mais privilegiado que seja.

E, por estarem justas e contratadas, as partes assinam o presente instrumento, em 04 (quatro) vias de igual teor e forma, para que surta seus jurídicos e legais efeitos. Vera Cruz, …... ... CONCEDENTEl …... CONCESSIONÁRIA

Referências

Documentos relacionados

No final, os EUA viram a maioria das questões que tinham de ser resolvidas no sentido da criação de um tribunal que lhe fosse aceitável serem estabelecidas em sentido oposto, pelo

A variável em causa pretende representar o elemento do modelo que se associa às competências TIC. Ainda que o Plano Tecnológico da Educação preveja a conclusão da

35 podendo, ainda, envolver metas quantificadas e contemplar a celebração de contratos (programa ou de gestão), interferindo, ainda, na avaliação do desempenho dos gestores

Os principais objectivos definidos foram a observação e realização dos procedimentos nas diferentes vertentes de atividade do cirurgião, aplicação correta da terminologia cirúrgica,

The challenges of aging societies and the need to create strong and effective bonds of solidarity between generations lead us to develop an intergenerational

psicológicos, sociais e ambientais. Assim podemos observar que é de extrema importância a QV e a PS andarem juntas, pois não adianta ter uma meta de promoção de saúde se

Nos últimos anos, resíduos de antibióticos utilizados quer na medicina humana, quer na veterinária têm sido detectados em águas superficiais, águas de consumo,

Na apropriação do PROEB em três anos consecutivos na Escola Estadual JF, foi possível notar que o trabalho ora realizado naquele local foi mais voltado à