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MANUAL DE FORMAÇÃO UFCD: SPR02. Edição: Abril CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL Autorização nº 47 da DN PSP

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CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL Autorização nº 47 da DN PSP

MANUAL DE FORMAÇÃO

UFCD: SPR02

Sistemas de segurança obrigatórios e funções do segurança-porteiro

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1 | P á g i n a

Conteúdo

Objetivos gerais: ... 2 Objetivos específicos: ... 2 1. Introdução ... 3 2. Legislação ... 6 2.1. Lei 34/2013, de 16 de Maio ... 6 2.2. Lei 46/2019 de 8 de julho ... 8 2.3. Decreto-Lei 135/2014, de 8 de Setembro ... 10 2.4. Lei n.º 35/2019 de 24 de maio ... 16 2.5 Decreto-Lei 10/2015, de 16 de Janeiro... 20

3. Funções do segurança porteiro ... 21

3.1 Introdução ... 21

3.2. Lei 34/2013, de 16 de Maio, com as alteraçoes efectuadas pela Lei 46/2019 de 8 de julho., ... 22

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2 | P á g i n a

Objetivos gerais:

Promover a aquisição de conhecimentos relativos às funções de segurança-porteiro e aos sistemas de segurança obrigatórios aplicáveis aos estabelecimentos de restauração e bebidas com espaço de dança.

Objetivos específicos:

No final da sessão os formandos deverão conseguir:

➢ Conhecer a Lei 34/2013, de 16 de Maio, alterada e republicada pela Lei 46/2019 de 8 de julho, relativamente aos sistemas de segurança obrigatórios;

➢ Conhecer a Decreto-Lei 135/2014, de 8 de Setembro,alterado e republicado pela Lei n.º 35-2019, de 8 de setembro, relativamente aos sistemas de segurança obrigatórios aplicáveis aos estabelecimentos de restauração e bebidas com espaço de dança;

➢ Conhecer as funções do segurança-porteiro prescritas pela Lei 34/2013, de 16 de Maio, alterada e republicada pela Lei 46/2019 de 8 de julho;

➢ Conhecer as características e comportamentos pessoais do segurança-porteiro quando em serviço.

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3 | P á g i n a

1. Introdução

A atividade de segurança privada é uma atividade regulada e regulamentada que tem sido sujeita a uma evolução legislativa, desde o seu aparecimento em Portugal, quando foi regulamentada pela primeira vez em 1986, pelo Decreto-Lei 282/86, de 5 de Setembro.

A atividade de segurança-porteiro integrada na segurança privada como uma das suas especialidades tem estado sujeita à mesma evolução.

Assim, em 1998, o Decreto-Lei n.º 231/98, de 22 de Julho prevê que os espaços de livre acesso ao público, que pelo tipo de atividades que desenvolvem, sejam suscetíveis de gerar especiais riscos de segurança, possam ser obrigados a adotar sistemas de segurança privada, nas condições a definir em legislação própria.

Também se prevê o alargamento da obrigatoriedade de adoção de um sistema de segurança privada que inclua meios eletrónicos de vigilância a estabelecimentos de restauração e de bebidas que disponham de salas ou de espaços destinados a dança, em condições a regulamentar.

Em 2004, o Decreto-Lei 35/2004, de 21 de Fevereiro vem consagrar, pela primeira vez, a faculdade de os vigilantes de segurança privada poderem efetuar revistas de prevenção e segurança no controlo de acessos a determinados locais. Esta nova modalidade de revista tem como estrito objetivo impedir a introdução de artigos proibidos ou potencialmente perigosos em locais de acesso condicionado ao público, pelo que não se confunde nem visa os objetivos de obtenção de prova da prática de ilícito criminal previstos na legislação processual penal.

Em 2007, o Decreto-Lei 234/2007, de 19 de Junho e em 2008, o Decreto Regulamentar nº 20/2008, de 27 de Novembro vêm introduzir importantes alterações ao Decreto-Lei 168/97, de 4 de Julho alterado pelos Decretos-Leis 139/99, de 24 de Abril, 222/2000, de 9 de Setembro e 57/2002, de 11 de Março, diploma que contém o regime jurídico da instalação e do funcionamento dos estabelecimentos de restauração ou de bebidas e que estabelecia que a abertura dos mesmos só poderia ocorrer após a emissão de um alvará de licença ou autorização de utilização para restauração ou bebidas.

Os novos diplomas vêm simplificar e desburocratizar os procedimentos de licenciamento dos estabelecimentos de restauração ou de bebidas, prevendo a possibilidade de, em certas circunstâncias, a abertura do estabelecimento poder ser

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efetuada independentemente da realização da vistoria e da emissão de título que legitime a utilização do imóvel.

Em 2011, estes dois diplomas são revogados pelo Decreto-Lei 48/2011, de 01 de Abril, que simplifica o regime de acesso e de exercício de diversas atividades económicas no âmbito da iniciativa «Licenciamento zero».

Em 2013, foi publicada a Lei n.º 34/2013, de 16 de Maio, que revogou o Decreto-Lei 35/2004, de 21 de Fevereiro e procedeu a uma importante revisão global do regime jurídico do exercício da atividade de segurança privada, até aí em vigor. Esta reforma do regime jurídico do exercício da atividade de segurança privada, promovido pela Lei 34/2013, de 16 de Maio, veio trazer importantes alterações:

a) Procedeu-se a uma clarificação do objeto da segurança. Manteve-se a prossecução do interesse público e a função subsidiária e complementar da atividade das forças e serviços de segurança pública do Estado;

b) Com o objetivo de aumentar os níveis de segurança e de eficácia de prevenção criminal, foram introduzidas medidas de segurança específicas e obrigatórias, aplicadas a instituições de crédito, sociedades financeiras, entidades gestoras de conjuntos comerciais com uma área bruta locável igual ou superior a 20.000 m2, grandes superfícies comerciais com uma área, a nível nacional, superior a

30.000 m2 , estabelecimentos onde se proceda à exibição, compra e venda de

metais preciosos e obras de arte, farmácias e postos de abastecimento de combustíveis.

c) São também obrigados a disporem de um sistema de segurança obrigatório as instalações operacionais de empresas de segurança privada, os locais onde se realizem espetáculos desportivos, em recintos desportivos, os espetáculos e divertimentos em recintos autorizados e os estabelecimentos de restauração e bebidas que disponham de salas ou de espaços destinados à dança ou onde habitualmente se dance, sujeitos a riscos específicos, sendo depois os procedimentos de segurança obrigatórios, para cada uma das situações, regulamentados em legislação especial.

d) É ainda obrigatório a existência de um sistema de segurança físico e eletrónico específico nas instalações operacionais de empresas de segurança privada titulares de Alvará C e Alvará D.

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e) Também foram clarificados os tipos de titulo necessário às empresas que pretendam exercer a atividade de segurança privada, desde a prestação de serviços a terceiros por entidades privadas, passando pela organização por quaisquer entidades e em proveito próprio, de serviços de autoproteção, serviços de formação profissional do pessoal da segurança privada e por último, serviços de consultadoria de segurança.

f) Da mesma forma, foram definidos os requisitos das profissões regulamentadas do pessoal de segurança privada, clarificando-se as respetivas funções, requisitos e incompatibilidades, sendo que a respetiva habilitação para o exercício da atividade de segurança privada é titulada pelo certificado de habilitação profissional. Em função deste certificado é emitido o cartão profissional.

No sentido de regulamentar todos estes aspetos da Lei 34/2013, de 16 de Maio, vem a Portaria 273/2013, de 20 de Agosto regulamentar estas competências no sentido de garantir, de uma forma sistemática e de fácil integração, a acessibilidade à informação, evitando-se a sua dispersão por um conjunto disperso de atos legislativos.

A publicação da Lei n.º 34/2013, de 16 de Maio, que aprova o regime de exercício da atividade de segurança privada, bem como a experiência colhida com o regime jurídico em vigor, impõem a revisão da legislação referente aos sistemas de segurança privada dos estabelecimentos de restauração ou de bebidas que disponham de salas ou de espaços destinados a dança ou onde habitualmente se dance, com o objetivo de reforçar a segurança de pessoas e bens.

A obrigatoriedade de medidas de segurança tem como finalidade prevenir a prática de crimes, visando proporcionar um ambiente seguro, contribuindo-se assim para a segurança e ordem pública nos estabelecimentos abrangidos pelo presente diploma e nos espaços públicos onde os mesmos se situem.

O Decreto-Lei 135/2014, de 8 de Setembro consagra assim, por um lado, regras relativas à instalação de sistemas de segurança nos estabelecimentos de restauração ou de bebidas que disponham de salas ou espaços destinados a dança ou onde habitualmente se dance, que reúnam determinadas características relativas à sua lotação e funcionem durante determinado horário, suprimindo, por outro lado, a exigência de ligação a uma central pública de alarmes.

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2. Legislação

2.1. Lei 34/2013, de 16 de Maio

A Lei 34/2013, de 16 de Maio vem efetuar a reforma no regime jurídico da segurança privada que vigorava desde 2004 e procedeu a uma clarificação do objeto da segurança privada.

Veio introduzir, entre outras medidas, com o objetivo de aumentar os níveis de segurança e de eficácia de prevenção criminal, medidas de segurança específicas e obrigatórias a serem aplicadas por diversas instituições sujeitas a riscos específicos, por apresentarem especiais vulnerabilidades em termos de segurança, entre as quais, os estabelecimentos de restauração e bebidas que disponham de salas ou de espaços destinados à dança ou onde habitualmente se dance.

Assim, os artigos 7.º e 9.º da Lei 34/2013, de 16 de Maio dizem: Artigo 7.º

Medidas de segurança obrigatórias

1. As empresas ou entidades industriais, comerciais ou de serviços abrangidas pela presente lei adotam as medidas de segurança obrigatórias previstas no presente artigo, com a finalidade de prevenir a prática de crimes.

2. As obras de adaptação que seja necessário efetuar nos estabelecimentos, com vista à adoção das medidas de segurança obrigatórias, são comunicadas ao proprietário do espaço, o qual não pode opor -se à sua realização, salvo quando as mesmas se mostrem suscetíveis de provocar riscos estruturais ou de estabilidade no edifício. 3. As medidas de segurança obrigatórias podem incluir:

a) A criação de um departamento de segurança, independentemente da sua designação;

b) A existência de um diretor, independentemente da sua designação, habilitado com a formação específica de diretor de segurança prevista na presente lei, ou formação equivalente que venha a ser reconhecida;

c) A obrigatoriedade de implementação de um serviço de vigilância dotado do pessoal de segurança privada habilitado nos termos da presente lei;

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d) A instalação de dispositivos de videovigilância e sistemas de segurança e proteção;

e) A conexão dos sistemas de segurança a central de alarmes própria ou de entidade autorizada nos termos da presente lei;

f) A obrigatoriedade de recurso a pessoal de vigilância e de adoção de medidas de segurança física.

4. As empresas ou entidades industriais, comerciais ou de serviços que necessitem de efetuar o transporte de moeda, notas, fundos, títulos, metais preciosos ou obras de arte de valor são obrigadas a recorrer a entidades autorizadas a prestar os serviços de segurança privada previstos na alínea d) do n.º 1 do artigo 3.º, quando o valor em causa for superior a € 15 000.

5. A obrigatoriedade referida no número anterior só é aplicável a instituições de crédito ou sociedades financeiras quando o valor em causa seja superior a € 25000.

6. O disposto nos n.ºs 4 e 5 não é aplicável se a empresa ou a entidade industrial, comercial ou de serviços estiver autorizada com a licença prevista na alínea d) do n.º 2 do artigo 15.º

7. As entidades cujas características ou serviços prestados possam ser considerados de risco para a segurança e ordem pública podem ser obrigadas a adotar um sistema de segurança específico que inclua vigilância humana, controlo de acessos e medidas de segurança física, por período limitado no tempo não superior a 60 dias, estabelecidos em portaria do membro do Governo responsável pela área da administração interna.

8. Para efeitos do disposto no número anterior é considerado de risco, nomeadamente, o estabelecimento em local em que exista razoável risco da ocorrência de facto qualificado pela lei como crime.

Artigo 9.º

Espetáculos e divertimentos públicos e locais de diversão

1. Os estabelecimentos de restauração e de bebidas que disponham de salas ou de espaços destinados a dança ou onde habitualmente se dance são obrigados a dispor de um sistema de segurança no espaço físico onde é exercida a atividade, nos termos e condições fixados em legislação própria.

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2. A realização de espetáculos desportivos em recintos desportivos depende, nos termos e condições fixados por portaria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas da administração interna e do desporto, do cumprimento da obrigação de disporem de um sistema de segurança que inclua assistentes de recinto desportivo e demais medidas de segurança previstas na presente lei e em legislação especial.

3. A realização de espetáculos e divertimentos em recintos autorizados depende, nos termos e condições fixados por portaria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas da administração interna e da cultura, do cumprimento da obrigação de disporem de um sistema de segurança que inclua assistentes de recinto de espetáculos e demais meios de vigilância previstos na presente lei e em legislação especial.

4. O disposto no número anterior não é aplicável:

a) A espetáculos de representação artística de canto, dança e música realizada em recinto dotado de lugares permanentes e reservados aos espectadores, nem a espetáculos de representação artística de teatro, literatura, cinema, tauromaquia e circo;

b) A recintos de diversão e recintos destinados a espetáculos de natureza não artística.

2.2. Lei 46/2019 de 8 de julho

Dando continuiadade á necessidade do legislador de atualizar a lei de acordo com as evidencias da atividade de segurança privada e adequaçao á realidade de mudança da sociedade , passados 6 anos, é efectua a primeira alteração á Lei 34/2013, de 16 de Maio, nomeadamente os artigos 1.º a 5.º, 7.º a 9.º, 11.º, 14.º a 23.º, 25.º a 32.º, 36.º a 40.º, 43.º a 51.º, 53.º a 57.º, 59.º e 61.º.

Artigo 7.º

Medidas de segurança obrigatórias

1 — As empresas ou entidades industriais, comerciais ou de serviços que necessitem de efetuar o transporte de moedas, notas, fundos, títulos, metais preciosos ou obras de arte de valor superior a 15 000 € são obrigadas a recorrer à autoridade pública

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ou a entidades autorizadas a prestar serviços de segurança privada previstos na alínea d) do n.º 1 do artigo 3.º

2 — As entidades cujas características ou serviços prestados possam ser considerados de risco para a segurança e ordem pública podem ser obrigadas a adotar medidas de segurança, por período limitado no tempo não superior a 180 dias, estabelecidos em despacho do membro do Governo responsável pela área da administração interna.

3 — Para efeitos do disposto no número anterior, o nível de risco é determinado em função de uma avaliação de ameaça realizada pelas forças de segurança tendo por base os fenómenos criminógenos que afetam determinada tipologia de atividade ou local.

4 — Os contratos de empreitada e de aquisição de bens ou serviços celebrados por organismos públicos responsáveis pela gestão de instalações classificadas como infraestruturas críticas ou pontos sensíveis, pelo Banco de Portugal e pela Imprensa Nacional -Casa da Moeda, S. A., devem ser acompanhados de medidas especiais de segurança quando ocorra qualquer das seguintes circunstâncias:

a) Envolvam o acesso ou a intervenção em áreas de segurança;

b) Sejam relativos à produção, cunhagem e emissão de notas e moedas;

c) Sejam relativos a material e equipamentos de segurança, à instalação e manutenção de dispositivos de videovigilância e de sistemas de segurança e proteção.

5 — Sem prejuízo do cumprimento das obrigações de publicitação legalmente aplicáveis ou para efeitos de inspeção, deve ser assegurado sigilo quanto aos elementos técnicos previstos nos contratos referidos no número anterior.

6 — Sempre que possível, os procedimentos relativos aos contratos referidos no n.º 4 devem ser autonomizados daqueles que não exijam especiais medidas de segurança.

7 — (Revogado.) 8 — (Revogado)

Artigo 9.º

Espetáculos e divertimentos públicos e locais de diversão

1 — Sem prejuízo do disposto no n.º 2 do artigo 7.º, os estabelecimentos de restauração e de bebidas que disponham de salas ou de espaços destinados a dança ou onde habitualmente se dance são obrigados a dispor de um sistema de segurança no espaço físico onde é exercida a atividade, nos termos e condições fixados em legislação própria.

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2 — A realização de espetáculos desportivos em recintos desportivos depende, nos termos e condições fixados por portaria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas da administração interna e do desporto, do cumprimento da obrigação de dispor de um sistema de segurança que inclua coordenador de segurança, assistentes de recinto desportivo e demais medidas de segurança previstas na presente lei e em legislação especial.

3 — A realização de espetáculos e divertimentos em recintos autorizados depende, nos termos e condições fixados por portaria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas da administração interna e da cultura, do cumprimento da obrigação de dispor de um sistema de segurança que inclua coordenador de segurança, assistentes de recinto de espetáculos e demais meios de vigilância previstos na presente lei e em legislação especial.

4 — O disposto no número anterior não é aplicável a) . . . b) . . .

c) A recintos de espetáculos não delimitados fisicamente.

2.3. Decreto-Lei 135/2014, de 8 de Setembro

O Decreto-Lei 135/2014, de 8 de Setembro vem fixar as medidas de segurança obrigatórias em estabelecimentos de restauração ou de bebidas que disponham de salas de dança, ou onde habitualmente se dance, incluindo os integrados em empreendimentos turísticos, se acessíveis ao público em geral, com a finalidade de regulamentar o nº 1 do artigo 9.º, da Lei 34/2013, de 16 de Maio. Assim, surge este Decreto-Lei com a finalidade de estabelecer estas obrigações que recaem sobre todos os estabelecimentos onde, de forma habitual, os clientes dancem, independentemente da designação ou classificação hoteleira.

Artigo 1.º Objeto

O presente diploma estabelece as medidas de segurança obrigatórias em estabelecimentos de restauração ou de bebidas que disponham de espaços ou salas destinados a dança, ou onde habitualmente se dance, incluindo os integrados em

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empreendimentos turísticos, se acessíveis ao público em geral, nos termos do artigo 9.º da Lei n.º 34/2013, de 16 de Maio.

Artigo 2.º Âmbito de aplicação

1. As medidas de segurança previstas no presente diploma são aplicáveis aos estabelecimentos de restauração ou de bebidas que disponham de espaços ou salas destinados a dança, ou onde habitualmente se dance, incluindo os integrados em empreendimentos turísticos, se acessíveis ao público em geral.

2. O disposto no presente diploma é igualmente aplicável a locais de prestação de serviços de restauração ou de bebidas com caráter não sedentário que disponham de espaços destinados a dança ou onde habitualmente se dance, cuja lotação seja igual ou superior a 100 lugares.

3. Não estão abrangidos pelo presente diploma os seguintes estabelecimentos, se a respetiva lotação for inferior ou igual a 100 lugares:

a) Os estabelecimentos de restauração que disponham de espaços ou salas destinados a dança, ou onde habitualmente se dance, se o respetivo horário de funcionamento não abranger, na totalidade ou em parte, o período compreendido entre as 2 e as 7 horas;

b) Os estabelecimentos de bebidas que disponham de espaços ou salas destinados a dança, ou onde habitualmente se dance, se o respetivo horário de funcionamento não abranger, na totalidade ou em parte, o período compreendido entre as 24 e as 7 horas.

4. Estão excluídos do âmbito de aplicação do presente diploma os estabelecimentos de restauração ou de bebidas cuja atividade se destine a eventos privados, nos casos em que o pagamento dos custos do evento seja suportado por uma única entidade.

5. Não se consideram acessíveis ao público em geral os estabelecimentos integrados em empreendimentos turísticos em que seja permitido o acesso a hóspedes e respetivos convidados, quando acompanhados por aqueles.

6. A capacidade ou lotação dos estabelecimentos é aferida nos termos previstos no regime jurídico aplicável ao acesso e exercício da atividade de prestação de serviços de restauração ou de bebidas e respetiva regulamentação.

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São excluídos deste âmbito de aplicação os estabelecimentos reservados para fins privativos, assim como aqueles que se encontram integrados em empreendimentos turísticos quando não acessíveis ao público em geral. Ou seja, quando apenas destinados a hóspedes e seus convidados.

Também se encontram excluídos os estabelecimentos com lotação igual ou inferior a 100 lugares, que funcionem até às 02H00, no caso dos restaurantes e até às 24H00, no caso dos bares.

Estão expressamente abrangidos os estabelecimentos não sedentários com lotação igual ou superior a 100 lugares. Esta medida abrange os estabelecimentos de caráter sazonal na zona litoral.

NÃO ABRANGIDOS ABRANGIDOS

Estabelecimentos de restauração com espaço de dança, cuja lotação seja igual ou inferior a 100 lugares e horário até às 02H00.

Estabelecimentos de restauração com espaço de dança e horário de encerramento entre as 02H00 e as 07H00 ou com lotação superior a 100 lugares. Estabelecimentos de bebidas com espaço de

dança, cuja lotação seja igual ou inferior a 100 lugares e horário até às 24H00.

Estabelecimentos de bebidas com espaço de dança e horário de encerramento entre as 24H00 e as 07H00 ou com lotação seja superior a 100 lugares.

Estabelecimentos integrados em empreendimentos turísticos quando destinados apenas a hóspedes e seus convidados.

Estabelecimentos integrados em empreendimentos turísticos quando abertos ao público em geral.

Estabelecimentos quando destinados a eventos privados, pagos por uma única entidade.

Estabelecimentos com caráter não sedentário com lotação igual ou superior a 100 lugares. As cantinas, os refeitórios e os bares das

entidades públicas, de empresas, de estabelecimentos de ensino e de associações sem fins lucrativos, destinados a fornecer serviços de alimentação e de bebidas, exclusivamente ao respetivo pessoal, alunos e associados, e seus acompanhantes, e que publicitem este condicionamento.

Artigo 3.º Definições

1. Para efeitos do disposto no presente diploma, entende-se por:

a) «Atividade de restauração e bebidas não sedentária», a atividade de prestar, mediante remuneração, nomeadamente em unidades móveis, amovíveis ou em instalações fixas onde se realizem menos de 20 eventos anuais, com uma duração anual acumulada máxima de 30 dias, serviços de alimentação e bebidas;

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b) «Estabelecimento», a instalação, de caráter fixo e permanente, onde é exercida, exclusiva ou principalmente, de modo habitual e profissional, uma ou mais atividades económicas previstas no presente diploma;

c) «Estabelecimento de bebidas», o estabelecimento destinado a prestar, mediante remuneração, serviços de bebidas e cafetaria no próprio estabelecimento ou fora dele;

d) «Estabelecimento de restauração», o estabelecimento destinado a prestar, mediante remuneração, serviços de alimentação e bebidas no próprio estabelecimento ou fora dele;

e) «Estabelecimento de restauração ou de bebidas que disponham de espaços destinados a dança ou onde habitualmente se dance», os espaços onde os clientes dancem de forma não ocasional, na generalidade dos dias em que o estabelecimento esteja aberto e em parte significativa do respetivo horário de funcionamento.

2. Não se consideram estabelecimentos de restauração ou de bebidas as cantinas, os refeitórios e os bares das entidades públicas, de empresas, de estabelecimentos de ensino e de associações sem fins lucrativos, destinados a fornecer serviços de alimentação e de bebidas, exclusivamente ao respetivo pessoal, alunos e associados, e seus acompanhantes, e que publicitem este condicionamento, bem como as instalações fixas com secções acessórias de restauração ou de bebidas que sejam considerados recintos de espetáculo de natureza artística.

Artigo 4.º Medidas de segurança

1. Sem prejuízo do disposto nos n.ºs 3, 4 e 5 do artigo 2.º, os estabelecimentos referidos nos n.ºs 1 e 2 do mesmo artigo são obrigados a dispor de um sistema de segurança no espaço físico onde é exercida a atividade que compreenda as seguintes medidas de segurança:

a) Sistema de videovigilância com captação e gravação de imagens;

b) Equipamento de deteção de armas, objetos, engenhos ou substâncias de uso e porte legalmente proibido ou que ponham em causa a segurança de pessoas e bens;

c) Serviço de vigilância com recurso a segurança privado com a especialidade de segurança-porteiro.

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2. As medidas previstas nas alíneas b) e c) do número anterior são obrigatórias apenas para estabelecimentos com lotação igual ou superior a 200 lugares.

Artigo 5.º

Sistema de videovigilância

1. O sistema de videovigilância por câmaras de vídeo para captação e gravação de imagem nos estabelecimentos referidos nos n.ºs 1 e 2 do artigo 2.º, deve permitir a identificação de pessoas nos locais de entrada e saída das instalações e adicionalmente, nos casos em que a respetiva lotação for superior a 200 lugares, o controlo de toda a área destinada a clientes, exceto instalações sanitárias, com o objetivo de proteger pessoas e bens, desde que sejam ressalvados os direitos e os interesses constitucionalmente protegidos, com observância do disposto na Lei n.º 67/98, de 26 de outubro, designadamente em matéria de direito de acesso, informação, oposição de titulares e regime sancionatório.

2. As gravações de imagem são obrigatórias desde a abertura até ao encerramento do estabelecimento, devendo ser conservadas pelo prazo de 30 dias contados desde a respetiva captação, findo o qual são destruídas.

3. É proibida a cessão ou cópia das gravações obtidas de acordo com o presente diploma, só podendo ser utilizadas nos termos da legislação processual penal. 4. Na entrada das instalações dos estabelecimentos referidos nos n.ºs 1 e 2 do artigo

2.º, é obrigatória a afixação, em local bem visível, de aviso da existência de sistema de videovigilância contendo informação sobre as seguintes matérias:

a) A menção «Para sua proteção, este local é objeto de videovigilância»;

b) A entidade de segurança privada autorizada a operar o sistema, pela menção do nome e alvará ou licença, se aplicável.

5. Os avisos a que se refere o número anterior devem ser acompanhados de simbologia adequada, nos termos previstos no n.º 6 do artigo 31.º da Lei n.º 34/2013, de 16 de maio.

6. O sistema de videovigilância deve cumprir os requisitos técnicos fixados para os meios de vigilância eletrónica de segurança privada, previstos na Lei n.º 34/2013, de 16 de maio, e na respetiva regulamentação, podendo ser instalado e operado pelo titular ou explorador do estabelecimento de restauração ou de bebidas.

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7. É proibida a gravação de som pelos sistemas referidos no presente artigo, salvo se previamente autorizada pela Comissão Nacional de Proteção de Dados, nos termos legalmente aplicáveis.

Artigo 6.º

Equipamento de deteção de armas e objetos perigosos

1. O equipamento de deteção de armas, objetos, engenhos ou substâncias de uso e porte legalmente proibido ou que ponham em causa a segurança de pessoas e bens deve ser operado por segurança privado com a especialidade de segurança-porteiro.

2. Na entrada das instalações dos estabelecimentos referidos nos n.ºs 1 e 2 do artigo 2.º, é obrigatória a afixação, em local bem visível, de um aviso com a seguinte menção: «A entrada neste estabelecimento é vedada às pessoas que se recusem a passar pelo equipamento de deteção de objetos perigosos ou de uso proibido», seguindo-se a referência ao presente diploma.

3. A passagem pelo equipamento de deteção de objetos perigosos ou de uso proibido não é obrigatório para grávidas ou para pessoas que apresentem comprovativo de motivo médico atendível.

Artigo 7.º Serviço de vigilância

1. O serviço de vigilância a que se refere a alínea c) do n.º 1 do artigo 4.º é efetuado por segurança privado com a especialidade de segurança-porteiro, devendo compreender:

a) Um segurança-porteiro no controlo de acesso ao estabelecimento; e

b) Um segurança-porteiro no controlo de permanência nos estabelecimentos com lotação com mais de 400 lugares, a que acresce um segurança-porteiro por cada 250 lugares, nos estabelecimentos com lotação igual ou superior a 1000 lugares.

2. O segurança-porteiro pode, no controlo de acesso ao estabelecimento, efetuar revistas pessoais de prevenção e segurança com o estrito objetivo de impedir a entrada de armas, objetos, engenhos ou substâncias de uso e porte legalmente proibido ou que ponham em causa a segurança de pessoas e bens, devendo, para o efeito, recorrer ao uso de raquetes de deteção de metais e de explosivos ou operar

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outros equipamentos de revista não intrusivos com a mesma finalidade, aplicando-se o disposto no artigo 19.º da Lei n.º 34/2013, de 16 de maio, relativamente a esta matéria.

3. Não é considerado serviço de vigilância o mero controlo de títulos de ingresso ou de consumo mínimo, quando aplicável.

LUGARES MEIOS

<= 199 lugares Apenas videovigilância no controlo de acessos. >= 200 lugares Videovigilância em toda a área destinada a clientes. >= 200 lugares Equipamentos de deteção de armas e objetos perigosos. >= 200 lugares Um segurança-porteiro no controlo de acessos.

> 400 lugares Um segurança-porteiro em cada controlo de permanência.

>= 1000 lugares Um segurança-porteiro por cada 250 lugares no controlo de permanência.

Estes sistemas mínimos estabelecidos são cumulativos à medida que vão sendo exigido por lei, de acordo com os valores exigidos para cada sistema.

Inicia com a videovigilância para todos os estabelecimentos abrangidos. Depois para estabelecimentos com lotação igual ou superior a 200 lugares passa a ter também segurança-porteiro no controlo de acessos, por cada controlo de acessos e equipamentos de deteção de armas e objetos perigosos. A partir de 400 lugares passa a ser necessário ter um segurança-porteiro no controlo de permanência. Finalmente, com lotação igual ou superior a 1000 lugares passa a ter, adicionalmente, mais 1 segurança-porteiro por cada 250 lugares.

O cálculo do número de lugares do estabelecimento é feito de acordo com o art.º 132.º e 133.º do Decreto-Lei 10/2015, de 16 de Janeiro – Acesso e exercício no licenciamento zero, que aprova o regime jurídico de acesso e exercício de atividades de comércio, serviços e restauração. Assim, temos:

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17 | P á g i n a

A presente lei procede à primeira alteração ao Decreto-Lei n.º 135/2014, de 8 de setembro, que estabelece o regime jurídico dos sistemas de segurança privada dos estabelecimentos de restauração ou de bebidas que disponham de espaços ou salas destinados a dança ou onde habitualmente se dance, incluindo os integrados em empreendimentos turísticos, se acessíveis ao público em geral., Os artigos 2.º a 12.º, passam a ter a seguinte redação:

Artigo 2.º Âmbito de aplicação 1 — . . . 2 — . . . 3 — . . .

a) Os estabelecimentos de restauração que disponham de espaços ou salas destinados a dança, ou onde habitualmente se dance, se não se encontrarem em funcionamento, na totalidade ou em parte, no período compreendido entre as 2 e as 7 horas;

b) Os estabelecimentos de bebidas que disponham de espaços ou salas destinados a dança, ou onde habitualmente se dance, se não se encontrarem em funcionamento, na totalidade ou em parte, no período compreendido entre as 24 e as 7 horas. 4 — . . . 5 — . . . 6 — . . . Artigo 3.º Definições 1 — . . .

2 — Não se consideram estabelecimentos de restauração ou de bebidas as cantinas, os refeitórios e os bares das entidades públicas, de empresas e de estabelecimentos de ensino, destinados a fornecer serviços de alimentação e de bebidas exclusivamente ao respetivo pessoal, alunos e seus acompanhantes, desde que publicitem esse condicionamento.

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18 | P á g i n a Artigo 4.º Medidas de segurança 1 — . . . a) . . . b) . . . c) . . .

d) Existência de um responsável pela segurança, habilitado com formação específica de diretor de segurança;

e) Mecanismo de controlo de lotação.

2 — As medidas previstas nas alíneas b), c) e e) do número anterior apenas são obrigatórias para estabelecimentos com lotação igual ou superior a 200 lugares. 3 — A adoção das medidas previstas nas alíneas b) e c) do n.º 1 pode ser determinada aos estabelecimentos com lotação igual ou superior a 100 lugares, mas inferiores a 200, que se encontrem em funcionamento entre as 2 e as 7 horas, quando se trate de estabelecimentos de restauração, ou entre as 24 e as 7 horas, quando se trate de estabelecimentos de bebidas, sempre que a avaliação de risco o justifique.

4 — A medida prevista na alínea d) do n.º 1 é obrigatória apenas para os estabelecimentos com lotação igual ou superior a 400 lugares.

5 — É admitida a existência de um único responsável pela segurança para as entidades integradas no mesmo grupo económico.

6 — Para efeitos do disposto no n.º 3, efetuada a avaliação de risco, o responsável máximo da força de segurança territorialmente competente, com a faculdade de delegação, determina a notificação ao responsável do estabelecimento das medidas a adotar e o seu período de vigência.

7 — O titular ou o explorador do estabelecimento pode requerer ao membro do Governo responsável pela área da administração interna que, por despacho, dispense a aplicação das medidas de segurança previstas no presente artigo, tendo em conta as circunstâncias concretas do local a vigiar, nomeadamente a localização, o horário de funcionamento, o nível de risco, bem como as medidas de segurança existentes.

8 — O despacho referido no número anterior deve ser precedido de parecer prévio da força de segurança territorialmente competente, a emitir no prazo de 30 dias após a apresentação do pedido.

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19 | P á g i n a

Artigo 5.º

Instalação de sistemas de videovigilânciaArtigo

1 — O sistema de videovigilância por câmaras de vídeo para captação e gravação de imagem nos estabelecimentos referidos nos n.os 1 e 2 do artigo 2.º deve cobrir todas as zonas de acesso ao estabelecimento, sejam ou não para uso dos clientes, nomeadamente as entradas e saídas, incluindo parques de estacionamento privativos, quando existam, e permitir a identificação de pessoas nos locais de entrada e saída das instalações.

2 — O sistema de videovigilância dos estabelecimentos referidos no número anterior deve ainda permitir o controlo de toda a área destinada a clientes, exceto instalações sanitárias.

3 — Na entrada das instalações dos estabelecimentos referidos nos n.os 1 e 2 do artigo 2.º é obrigatória a afixação, em local bem visível, de aviso da existência de sistema de videovigilância, contendo informação sobre as seguintes matérias: a) A menção ‘Para sua proteção, este local é objeto de videovigilância’;

b) A entidade de segurança privada autorizada a operar o sistema, pela menção do nome e alvará ou licença, se aplicável.

4 — Os avisos a que se refere o número anterior devem ser acompanhados de simbologia adequada, nos termos previstos no regime jurídico da segurança privada. 5 — As forças de segurança, no âmbito do presente diploma, podem, para fins de prevenção criminal devidamente justificados e para a gestão de meios em caso de incidente, proceder ao visionamento, em tempo real, das imagens recolhidas pelos sistemas de videovigilância previstos nos n.os 1 e 2, nos respetivos centros de comando e controlo.

6 — Os requisitos técnicos para o visionamento previsto no número anterior são definidos por portaria do membro do Governo responsável pela área da administração interna.

7 — (Revogado.)

Artigo 6.º

Equipamento de deteção de armas e objetos perigosos

1 — O equipamento de deteção de armas, objetos, engenhos ou substâncias de uso e porte legalmente proibido ou que ponham em causa a segurança de pessoas e

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bens deve ser mantido em perfeitas condições de funcionamento e ser operado por segurança privado com a especialidade de segurança -porteiro.

2 — . . . 3 — . . .

Artigo 7.º Serviço de vigilância

1 — O serviço de vigilância a que se refere o artigo 4.º compreende, no mínimo: a) Um segurança -porteiro em cada controlo de acesso do público ao estabelecimento;

b) Um segurança- porteiro no controlo de permanência, nos estabelecimentos com lotação igual ou superior a 200 lugares;

c) Nos estabelecimentos com lotação superior ao estabelecido na alínea anterior, por cada 250 lugares acresce um segurança -porteiro.

2 — O segurança -porteiro pode, no controlo de acesso ao estabelecimento, efetuar revistas pessoais de prevenção e segurança com o estrito objetivo de impedir a entrada de armas, objetos, engenhos ou substâncias de uso e porte legalmente proibido ou que ponham em causa a segurança de pessoas e bens, devendo, para o efeito, recorrer ao uso de raquetes de deteção de metais e de explosivos ou operar outros equipamentos de revista não intrusivos com a mesma finalidade.

3 — . . .

2.5 Decreto-Lei 10/2015, de 16 de Janeiro

O acesso às atividades económicas do comércio, serviços e restauração é atualmente regulado por um conjunto de diplomas dispersos, segundo critérios diversos, que, sem prejuízo das especificidades de cada uma dessas atividades, prejudica a desejável coerência lógica de regimes jurídicos e a uniformização de conceitos. Pelo exposto foi aprovado o regime jurídico de acesso e exercício de atividades de comércio, serviços e restauração. Destacão-se dois artigos de real importancia para a aplicaçao das medidas de segurança obrigatorias .

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Artigo 132º

Área destinada aos clientes

A área destinada aos clientes do estabelecimento corresponde ao espaço reservado ao público que compreende as salas de refeição, zona de acolhimento e de receção, bar, balcão, bengaleiro, instalações sanitárias e, quando existentes, as esplanadas e as salas ou espaços destinados a dança e ou espetáculo.

Artigo 133º

Capacidade do estabelecimento

O número máximo de lugares dos estabelecimentos é calculado em função da área destinada ao serviço dos clientes, deduzida da área correspondente aos corredores de circulação obrigatórios, nos termos seguintes:

a) Nos estabelecimentos com lugares sentados, 0,75 m2 por lugar; b) Nos estabelecimentos com lugares de pé, 0,50 m2 por lugar;

c) Não se considera área destinada aos clientes, para efeitos exclusivos do disposto nas alíneas anteriores, a zona de acolhimento e receção, o bengaleiro e as instalações sanitárias;

d) Nos estabelecimentos que disponham de salas ou espaços destinados a dança, estas não podem exceder 90 % da área destinada aos clientes.

3. Funções do segurança porteiro

3.1 Introdução

A Lei 34/2013, de 16 de Maio veio regular o regime jurídico do exercício da atividade de segurança privada. Esta Lei veio definir os requisitos das profissões regulamentadas do pessoal de segurança privada, clarificando-se as respetivas funções, requisitos e incompatibilidades, sendo que a respetiva habilitação é titulada por cartão profissional. A aplicação do novo regime jurídico de exercício da atividade de segurança privada previu a regulamentação de aspetos fundamentais do exercício da atividade, atribuindo esta competência ao membro do Governo responsável pela área da Administração Interna.

A Lei 34/2013, de 16 de Maio, no nº 3 do artigo 17.º, vem fixar as novas especialidades na profissão de segurança privada. Da mesma forma, no artigo 18.º, vem definir as

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funções específicas para cada uma das especialidades, sob pena da prática de um ilícito criminal. No caso de alguém exercer funções de segurança privado não sendo titular de cartão profissional ou de exercer funções de especialidade para a qual não se encontra habilitado, é punido com pena de prisão até 4 anos ou com pena de multa até 480 dias (nº 2 e nº 3 do art.º 57.º).

Como o nº 11 do artigo 18.º estabelece que o segurança-porteiro está habilitado a exercer funções correspondentes às especialidades de vigilante e de operador de central de alarmes, isso significa que, as funções destes também fazem parte do role de funções do segurança-porteiro e têm que ser do seu conhecimento.

Esta Lei 34/2013, de 16 de Maio, no artigo 21.º, também se refere à obrigatoriedade dos contratos de trabalho escritos, na atividade de segurança privada. No nº 2 do artigo 22.º, estabelece um conjunto de requisitos e incompatibilidades para o exercício da atividade de segurança privada que, no caso de não poderem ser satisfeitos, vão impedir que o vigilante possa desempenhar as funções que lhe competem, ou seja, que o impedem de desempenhar a profissão.

Na verdade, a qualidade da prestação dos serviços de segurança privada estará sempre associada à adequação dos meios técnicos, humanos e materiais utilizados, bem como ao cumprimento dos requisitos inerentes à promoção da segurança interna e dos direitos fundamentais dos cidadãos.

Neste contexto, a Lei 34/2013, de 16 de Maio introduz importantes inovações no que se refere às condições físicas, materiais e humanas dos atores da segurança privada, adotando-se, no artigo 22.º, um quadro referencial de normas que contribuem para a existência dos necessários padrões mínimos de qualidade e segurança.

Assim, a Lei 34/2013, de 16 de Maio, relativamente ao pessoal de segurança privada, refere que:

3.2. Lei 34/2013, de 16 de Maio, com as alteraçoes efectuadas pela Lei

46/2019 de 8 de julho.,

Descritivo das Funções, direitos e deveres da profissão de segurança privado. Artigo 17.º

Pessoal de vigilância

1. O pessoal de vigilância exerce a profissão de segurança privado regulada nos termos da presente lei.

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23 | P á g i n a

2. Para efeitos do disposto na Lei n.º 9/2009, de 4 de março, alterada pela Lei n.º 41/2012, de 28 de agosto, a profissão de segurança privado é uma profissão regulamentada, sujeita à obtenção de título profissional e ao cumprimento dos demais requisitos previstos no artigo 22.º.

3. A profissão de segurança privado compreende as seguintes especialidades: a) Vigilante;

b) Segurança -porteiro;

c) Vigilante de proteção e acompanhamento pessoal; d) Assistente de recinto desportivo;

e) Assistente de recinto de espetáculos; f) Assistente de portos e aeroportos; g) Vigilante de transporte de valores;

h) Fiscal de exploração de transportes públicos; i) Operador de central de alarmes.

4. Para efeitos do disposto na presente lei, a função do operador de valores é equiparada a pessoal de vigilância, devendo preencher permanente e cumulativamente os requisitos previstos nas alíneas a) a d), f) e g) do n.º 1 do artigo 22.º.

5. Sem prejuízo do disposto em legislação especial, os grupos profissionais ou profissões que exerçam ou compreendam as funções equivalentes às especialidades previstas no n.º 3, independentemente da sua designação ou categoria prevista em contrato coletivo de trabalho, ficam sujeitos ao regime estabelecido pela presente lei.

Artigo 18.º

Funções da profissão de segurança privado

1 — O segurança privado exerce exclusivamente as funções do conteúdo funcional das especialidades para que se encontra autorizado e habilitado nos termos da presente lei. 2 — O vigilante exerce exclusivamente as seguintes funções:

a) Vigiar e proteger pessoas e bens em locais de acesso vedado ou condicionado ao público, bem como prevenir a prática de crimes;

b) Controlar a entrada, a presença e a saída de pessoas e bens em locais de acesso vedado ou condicionado ao público;

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d) Executar serviços de resposta e intervenção relativamente a alarmes que se produzam em centrais de receção e monitorização de alarmes;

e) Realizar revistas pessoais de prevenção e segurança, quando autorizadas expressamente por despacho do membro do Governo responsável pela área da administração interna, em locais de acesso vedado ou condicionado ao púbico, sujeitos a medidas de segurança reforçada.

1. O segurança-porteiro exerce exclusivamente as seguintes funções:

a) Vigiar e proteger pessoas e bens em estabelecimentos de restauração e bebidas com espaço de dança ou onde habitualmente se dance, obrigados a adotar sistemas de segurança nos termos de legislação especial;

b) Controlar a entrada, a presença e a saída de pessoas dos estabelecimentos previstos na alínea anterior, com recurso aos meios previstos em legislação especial, visando detetar e impedir a introdução de objetos e substâncias proibidas ou suscetíveis de possibilitar atos de violência;

c) Prevenir a prática de crimes em relação ao objeto da sua proteção;

d) Orientar e prestar apoio aos utentes dos referidos espaços em situações de emergência, nomeadamente as que impliquem a evacuação do estabelecimento ou recinto.

10. O operador de central de alarmes desempenha especificamente as funções de operação de centrais de receção e monitorização de sinais de alarme e de videovigilância, efetuando o tratamento de alarmes, nomeadamente solicitando a intervenção das entidades adequadas em função do tipo de alarme.

11. O vigilante está habilitado a exercer as funções correspondentes à especialidade de operador de central de alarmes e o segurança -porteiro habilitado a exercer funções correspondentes às especialidades de vigilante e de operador de central de alarmes.

Artigo 21.º Contrato de trabalho

1. Os contratos de trabalho do pessoal de segurança privada e do diretor de segurança revestem a forma escrita, devendo incluir a especificidade de cada função.

2. Os contratos de trabalho de muito curta duração a que se refere o Código do Trabalho não são admissíveis para efeitos do exercício da atividade de segurança

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25 | P á g i n a

privada, salvo as situações previstas nas alíneas a) a g) do n.º 2 do artigo 140.º do mesmo Código.

Artigo 22.º

Requisitos e incompatibilidades para o exercício da atividade de segurança privada 2. O pessoal de vigilância deve preencher, permanente e cumulativamente, os

requisitos previstos nas alíneas a) a d), f) e g) do número anterior.

a) Ser cidadão português, de um Estado membro da União Europeia, de um Estado parte do Acordo sobre o Espaço Económico Europeu ou, em condições de reciprocidade, de um Estado de língua oficial portuguesa;

b) Possuir a escolaridade obrigatória; c) Possuir plena capacidade civil;

d) Não ter sido condenado, por sentença transitada em julgado, pela prática de crime doloso previsto no Código Penal e demais legislação penal;

f) Não exercer, nem ter exercido, a qualquer título, cargo ou função de fiscalização do exercício da atividade de segurança privada nos três anos precedentes;

g) Não ter sido sancionado, por decisão transitada em julgado, com a pena de separação de serviço ou pena de natureza expulsiva das Forças Armadas, dos serviços que integram o Sistema de Informações da República Portuguesa ou das forças e serviços de segurança, ou com qualquer outra pena que inviabilize a manutenção do vínculo funcional.

5. São requisitos específicos de admissão e permanência na profissão de segurança privado:

a) Possuir as condições mínimas de aptidão física, mental e psicológica exigidas para o exercício das suas funções que constam dos anexos I e II da presente lei, da qual fazem parte integrante;

b) Ter frequentado, com aproveitamento, cursos de formação nos termos estabelecidos no artigo 25.º, ou cursos idênticos ministrados e reconhecidos noutro Estado membro da União Europeia, ou em Estado parte do Acordo sobre o Espaço Económico Europeu, sem prejuízo do disposto na Lei n.º 9/2009, de 4 de março, alterada pela Lei n.º 41/2012, de 28 de agosto.

7. Os nacionais de outro Estado membro da União Europeia legalmente habilitados e autorizados a exercer a atividade de segurança privada nesse Estado podem

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desempenhar essas funções em Portugal nos termos estabelecidos na presente lei, desde que demonstrem que foram cumpridos os seguintes requisitos:

b) Para desempenhar as funções do pessoal de vigilância, os requisitos previstos nos n.ºs 2 e 5.

8. Os nacionais de outro Estado membro da União Europeia devem possuir conhecimentos suficientes de língua portuguesa para o exercício de funções de pessoal de vigilância, diretor de segurança, coordenador de segurança e de formador.

9. O cumprimento do requisito mínimo referido na alínea d) do n.º 1 é aferido mediante a apresentação de certificado de registo criminal para fins especiais.

Artigo 57.º

Exercício ilícito da atividade de segurança privada

1. Quem prestar serviços de segurança privada sem o necessário alvará, licença ou autorização é punido com pena de prisão de 1 a 5 anos ou com pena de multa até 600 dias, se pena mais grave lhe não couber por força de outra disposição legal. 2. Quem exercer funções de segurança privada não sendo titular de cartão profissional

é punido com pena de prisão até 4 anos ou com pena de multa até 480 dias, se pena mais grave lhe não couber por força de outra disposição legal.

3. Quem exercer funções de segurança privada de especialidade prevista na presente lei e para a qual não se encontra habilitado é punido com pena de prisão até 4 anos ou com pena de multa até 480 dias, se pena mais grave lhe não couber por força de outra disposição legal.

4. Na mesma pena incorre quem utilizar os serviços da pessoa referida nos números anteriores, sabendo que a prestação de serviços de segurança se realiza sem o necessário alvará, licença ou autorização, ou que as funções de segurança privada não são exercidas por titular de cartão profissional ou da especialidade.

Após esta exposição jurídica podemos, de forma resumida, afirmar que o segurança-porteiro é um profissional que zela pela segurança das pessoas e do património, que zela pelo cumprimento das leis e dos regulamentos, que presta informações ao público em geral e às Forças e Serviços de Segurança em especial, que controla e fiscaliza o movimento de pessoas em áreas de acesso livre e condicionado, que escolta pessoas no interior de áreas de acesso condicionado ao público.

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27 | P á g i n a

Pessoal de vigilância

1 — . . .

2 — Para efeitos do disposto na Lei n.º 9/2009, de 4 de março, na sua redação atual, a profissão de segurança privado é uma profissão regulamentada, sujeita à obtenção de título profissional e ao cumprimento dos demais requisitos previstos no artigo 22.º 3 — . . .

4 — . . . 5 — . . .

Artigo 18.º

Funções da profissão de segurança privado

1 — O pessoal de vigilância apenas pode exercer as funções previstas para as especialidades a que se encontra habilitado com cartão profissional.

2 — . . . 3 — . . .

a) Vigiar e proteger pessoas e bens em estabelecimentos de restauração ou bebidas com espaço de dança ou onde habitualmente se dance;

b) . . . c) . . .

d) Orientar e prestar apoio aos utentes dos referidos espaços em situações de emergência, nomeadamente as que impliquem a evacuação do estabelecimento. 4 — . . . 5 — . . . a) . . . b) . . . c) . . . d) . . .

(29)

28 | P á g i n a e) . . . f) . . . g) (Revogada.) h) . . . i) . . .

j) Evitar que, durante a realização do jogo, os espetadores se concentrem nas vias de acesso ou de emergência, impedindo o acesso ou obstruindo as mesmas.

6 — . . . 7 — . . . 8 — . . . 9 — . . . 10 — . . .

11 — O vigilante está habilitado a exercer as funções correspondentes à especialidade de operador de central de alarmes.

Artigo 21.º Contrato de trabalho

1 — Os contratos de trabalho do pessoal de vigilância, do coordenador de segurança e do diretor de segurança revestem a forma escrita, devendo expressamente mencionar a especificidade de cada função.

2 — O contrato de trabalho deve ser celebrado entre o pessoal de segurança privada e a entidade habilitada ao exercício da atividade de segurança privada.

3 — (Anterior n.º 2.)...Os contratos de trabalho de muito curta duração a que se refere o Código do Trabalho não são admissíveis para efeitos do exercício da atividade de segurança privada, salvo as situações previstas nas alíneas a) a g) do n.º 2 do artigo 140.º do mesmo Código.

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29 | P á g i n a

Artigo 22.º

Requisitos e incompatibilidades para o exercício da atividade de segurança privada

1 — Os administradores, gerentes e todos os funcionários com funções de direção, supervisão e chefia de sociedades que exerçam a atividade de segurança privada devem preencher, permanente e cumulativamente, os seguintes requisitos:

a) . . . b) . . . c) . . .

d) Não ter sido condenado por sentença transitada em julgado pela prática de crime doloso contra a vida, contra a integridade física, contra a reserva da vida privada, contra o património, contra a vida em sociedade, designadamente o crime de falsificação, contra a segurança das telecomunicações, contra a ordem e tranquilidade públicas, contra a autoridade pública, designadamente os crimes de resistência e de desobediência à autoridade pública, por crime de detenção de arma proibida, ou por qualquer outro crime doloso punível como pena de prisão superior a 3 anos, sem prejuízo da reabilitação judicial;

e) . . . f) . . . g) . . . 2 — . . .

3 — O diretor de segurança, o responsável pelos serviços de autoproteção e o coordenador de segurança devem preencher, permanente e cumulativamente, os requisitos previstos nas alíneas a), c), d), f) e g) do n.º 1, bem como ter concluído o 12.º ano de escolaridade ou equivalente.

4 — . . .

5 — A PSP pode, a todo o tempo e com caráter subsidiário, proceder à verificação da idoneidade dos administradores, gerentes ou outros funcionários com funções de direção, supervisão e chefia das sociedades de segurança privada, do pessoal de segurança privada, do responsável pelos serviços de autoproteção, dos formadores, gestores de formação e coordenadores pedagógicos de entidades formadoras.

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30 | P á g i n a

6 — Para efeitos do disposto no número anterior, é suscetível de indiciar falta de idoneidade o facto de, entre outras razões devidamente fundamentadas, o visado ter sido condenado, com sentença transitada em julgado, pela prática de crimes dolosos não compreendidos na alínea d) do n.º 1 e que revelem, no seu conjunto, a inaptidão para o exercício da função.

7 — (Proémio do anterior n.º 5): a) [Alínea a) do anterior n.º 5.]

b) Ter frequentado, com aproveitamento, cursos de formação nos termos estabelecidos no artigo 25.º, ou cursos idênticos ministrados e reconhecidos noutro Estado -Membro da União Europeia, ou em Estado parte do Acordo sobre o Espaço Económico Europeu, sem prejuízo do disposto na Lei n.º 9/2009, de 4 de março, na sua redação atual. 8 — É requisito específico de admissão e permanência na função de diretor de segurança e de responsável pelos serviços de autoproteção a frequência, com aproveitamento, de curso de conteúdo programático e duração fixados em portaria do membro do Governo responsável pela área da administração interna ou de cursos equivalentes ministrados e reconhecidos noutro Estado -Membro da União Europeia.

9 — É requisito específico de admissão e permanência na profissão de coordenador de segurança a frequência, com aproveitamento, de curso de conteúdo programático e duração fixados em portaria do membro do Governo responsável pela área da administração interna ou de cursos equivalentes ministrados e reconhecidos noutro Estado -Membro da União Europeia.

10 — (Proémio do anterior n.º 7):

a) Para desempenhar as funções de diretor de segurança e de responsável pelos serviços de autoproteção, os requisitos previstos nos n.os 3 e 8;

b) Para desempenhar as funções de coordenador de segurança, os requisitos previstos nos n.os 3 e 9;

c) Para desempenhar as funções do pessoal de vigilância, os requisitos previstos nos n.os 2 e 7.

11 — Os nacionais de outro Estado- Membro da União Europeia, ou de um Estado parte do Acordo sobre o Espaço Económico Europeu, devem possuir conhecimentos suficientes de língua portuguesa para o exercício de funções de pessoal de vigilância, diretor de segurança, coordenador de segurança e de formador

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31 | P á g i n a

Artigo 57.º

Exercício ilícito da atividade de segurança privada

1 — O exercício da atividade de segurança privada sem alvará, ou a adoção de medidas de autoproteção previstas nas alíneas a), b), d) e e) do n.º 1 do artigo 3.º sem a respetiva licença são punidos com pena de prisão de 1 a 5 anos ou com pena de multa até 600 dias, se pena mais grave lhe não couber por força de outra disposição legal.

2 — Quem exercer funções de segurança privado não sendo titular de cartão profissional é punido com pena de prisão até 4 anos ou com pena de multa até 480 dias, se pena mais grave lhe não couber por força de outra disposição legal.

3 — A pena prevista no número anterior é aplicável a quem exercer funções de segurança privado sem vínculo laboral a entidade devidamente habilitada ao exercício da atividade, ou quando o mesmo se encontre suspenso.

4 — A pena prevista no n.º 2 é aplicável a quem utilizar os serviços da pessoa referida nos números anteriores, sabendo que a prestação de serviços de segurança se realiza sem o necessário alvará ou que as funções de segurança privado são exercidas por quem não é titular de cartão profissional ou que o mesmo se encontra suspenso.

5 — Quem praticar atos previstos no n.º 1 do artigo 5.º é punido com pena de prisão até 4 anos ou com pena de multa até 480 dias.

6 — Quem praticar atos previstos na alínea a) do n.º 4 do artigo 5.º é punido com pena de prisão até 3 anos ou com pena de multa.

7 — A pena prevista no número anterior é aplicável a quem realizar revistas de prevenção e segurança intrusivas em violação das condições previstas no artigo 19.º

3.3. Características, postura e atitude do comportamento do

segurança-porteiro

Estar atento e alerta

Durante o seu período de serviço, não deve utilizar quaisquer meios que desviem a sua atenção e provoquem quebra dos sentidos visual e auditivo.

Demonstrar responsabilidade

Deve executar sempre o controlo obrigatório de pessoas, viaturas, volumes e cargas, não esquecendo de o fazer com correção e dignidade.

(33)

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Deve, ainda, manter vigilância atenta sobre tudo o que lhe ofereça dúvidas ou se torne suspeito.

No entanto, deve respeitar e fazer-se respeitar por todas as pessoas, usando de compreensão e bom senso em todas as situações.

Pontualidade e assíduidade

Ser pontual e assíduo é uma das suas obrigações, em conformidade com os horários de trabalho a cumprir.

Deve comprometer-se a não faltar sem motivo justificado.

Caso tenha de o fazer, deve avisar os seus superiores hierárquicos com a maior antecedência possível.

Além disso, deve comparecer no local de serviço 15 minutos antes do início do turno e só abandonar o local quando for rendido.

Demonstrar autocontrolo

Manifestar sempre uma conduta serena, firme e decidida.

Nunca usar, nas suas intervenções, modos e atitudes bruscas ou insensatas.

Demonstrar profissionalismo

Deve comportar-se com aprumo e dignidade, usando para isso uma postura que o dignifiquem e o tornem credor do respeito e da boa consideração geral.

Deve apresentar-se ao serviço, sóbrio e nas melhores condições físicas e psicológicas e restringir, ainda, o uso de telemóveis durante o turno de serviço.

Demonstrar bom relacionamento humano

Deve manter um bom relacionamento com as autoridades e funcionários do local onde presta serviço.

Relativamente aos funcionários deve manter, no entanto, um distanciamento que evite abusos de confiança, que podem colocar em perigo o cumprimento da sua missão.

(34)

33 | P á g i n a

BIBLIOGRAFIA

• Lei 34/2013, de 16 de Maio, estabelece o regime jurídico do exercício da atividade de segurança privada , alterada e republicada pela Lei 46/2019 de 8 de julho, relativamente aos sistemas de segurança obrigatórios;

• Decreto-Lei 135/2014, de 8 de Setembro, estabelece as medidas de segurança obrigatórias em estabelecimentos de restauração ou de bebidas que disponham de espaços ou salas destinadas à dança ou onde habitualmente se dance, incluindo os integrados em empreendimentos turísticos, se acessíveis ao público em geral, alterado e republicado pela Lei n.º 35-2019, de 8 de setembro.

• Decreto-Lei 10/2015, de 16 de Janeiro, aprova o regime jurídico de acesso e exercício de atividades de comércio, serviços e restauração.

• SILVA, Luís F.D. da; RODRIGUES, Mónica L. (2015). Regime Jurídico da Atividade de Segurança Privada. APSEI.

Referências

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