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Estatuto Disciplinar dos Trabalhadores que Exercem Funções Públicas. Perguntas Mais Frequentes (FAQ)

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Mais Frequentes (FAQ)

I – ÂMBITO DE APLICAÇÃO DO NOVO ESTATUTO

1. QUAL A LEI APLICÁVEL AOS PROCESSOS PENDENTES À DATA DA ENTRADA EM VIGOR DO NOVO ESTATUTO?

 É aplicável o novo Estatuto, quanto às penas, qualificação das infracções e normas processuais, se em concreto for mais favorável ao arguido, do que a lei vigente no momento da prática dos factos puníveis (Estatuto Disciplinar de 1984 – ED/84).

 São mais favoráveis no actual Estatuto, por exemplo:

a) O enquadramento das infracções antes punidas com a pena de inactividade e que são agora punidas com a pena de suspensão – art.º 17.º, h) a n);

b) Encurtamento dos prazos de prescrição – art.º 6º (procedimento disciplinar e infracção) e art.º 26.º (penas);

c) Aumento dos direitos de defesa do arguido (caso da eliminação da suficiência probatória dos autos de notícia – art.º 47.º e 58.º do ED/84).

(Cfr. art.º 4.º, 1 e 2 da Lei 58/2008, de 9 de Setembro)

2. COMO SE CONTAM OS PRAZOS NOS PROCESSOS PENDENTES, A PARTIR DA DATA DA ENTRADA EM VIGOR DO NOVO ESTATUTO?

 Contam-se a partir da entrada em vigor do novo Estatuto, se os prazos aí previstos forem, em concreto, mais favoráveis ao arguido do que os prazos previstos no Estatuto Disciplinar de 1984 (art.º 4.º, 3 da Lei 58/2008, de 9 de Setembro).

A Lei n.º 58/2008, de 9 de Setembro, aprovou o Estatuto Disciplinar dos Trabalhadores que

Exercem Funções Públicas, que entrou em vigor a 1 de Janeiro de 2009, substituindo o

anterior Estatuto Disciplinar.

As Perguntas Mais Frequentes, que se seguem, procuram dar resposta às questões mais importantes levantadas pelo novo regime disciplinar.

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 Mas deverão ser aplicados os prazos previstos na lei antiga (ED/84), se esta for a lei mais favorável:

Ex. 1: Se um facto punível foi praticado em 31-1-2006 (e não havendo lugar a suspensão da

prescrição), de acordo com o art.º 4.º, 1 do Estatuto Disciplinar de 1984, o direito de instaurar processo disciplinar prescreveria em 31-1-2009. Se contarmos o prazo pelo novo Estatuto, esse prazo terminaria em 1-1-2010 (um ano, a partir da sua entrada em vigor - art.º 6.º, 1). Logo a lei mais favorável em concreto é a lei antiga (ED/84), devendo assim o processo disciplinar ser instaurado até 31-1-2009.

Ex. 2: Um processo disciplinar parado na sua instrução há dois anos e 10 meses, à data da

entrada em vigor do novo Estatuto, prescreverá se não houver um novo acto de instrução com incidência na marcha do processo, no prazo de 2 meses, i.e., em 1-3-2009 (quando se perfazem 3 anos - prazo prescricional do art.º 4.º, 1 do Estatuto Disciplinar de 1984). Este prazo é, assim, mais favorável ao arguido do que o prazo de 18 meses estabelecido no art.º 6.º, 6 do Estatuto Disciplinar de 2008.

II – SUJEIÇÃO AO PODER DISCIPLINAR

3. A QUEM SE APLICA O NOVO ESTATUTO?

 O novo Estatuto aplica-se aos trabalhadores que exercem funções públicas, independentemente da modalidade da relação jurídica de emprego estabelecida com a Administração Pública, ou seja:

a) Aos nomeados;

b) Em comissão de serviço;

c) Com contrato de trabalho em funções públicas (por tempo indeterminado) ou contrato a termo resolutivo (certo ou incerto)

(Cfr. art. º 1.º, 1 do Estatuto Disciplinar de 2008)

4. DESDE QUANDO ESTÃO SUJEITOS OS TRABALHADORES AO PODER DISCIPLINAR?

 A sujeição ao poder disciplinar inicia-se com o estabelecimento do vínculo funcional. Assim:

a) Os nomeados estão sujeitos ao poder disciplinar desde a aceitação dessa nomeação;

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b) Os contratados desde a celebração do contrato;

c) Os providos em comissão de serviço, desde a sua posse.

 Todos estes trabalhadores estão, porém, sujeitos ao poder disciplinar desde o início legal de funções, se este for anterior à constituição daqueles vínculos.

(Cfr. art. º 4.º, 3 do Estatuto Disciplinar de 2008)

5. QUE IMPLICAÇÃO TEM A CESSAÇÃO OU ALTERAÇÃO DA SITUAÇÃO LABORAL NA PENDÊNCIA DO PROCESSO DISCIPLINAR?

 No caso de cessar a relação jurídica de emprego público ou se alterar a situação jurídico-laboral do arguido na pendência do processo disciplinar, o processo disciplinar segue os seus trâmites, não impedindo tais factos a sua punição (art.º 4.º, 4, do Estatuto Disciplinar de 2008).

 No entanto, em caso de cessação da relação jurídica de emprego a pena só será executada, se o punido voltar a constituir nova relação jurídica de emprego público (art.º 12.º, do Estatuto Disciplinar de 2008)

III – PRAZOS

6. QUAIS OS PRAZOS DE PRESCRIÇÃO PARA A INSTAURAÇÃO DE PROCESSO DISCIPLINAR?

 Os prazos de prescrição ficam mais curtos.

 Assim, a instauração de processo disciplinar deve exercer-se nos 30 dias subsequentes ao conhecimento da infracção por qualquer superior hierárquico, desde que, entretanto, não tenha passado um ano sobre a data em que a infracção haja sido cometida.

 O prazo de um ano é alargado, coincidindo com o prazo prescricional do crime (art.º 118.º do Código Penal), se a infracção disciplinar constituir também crime.

(Cfr. art.º 6.º, 1, 2 e 3 do Estatuto Disciplinar de 2008)

 Se a infracção for continuada, a contagem do prazo de prescrição ocorrerá a partir do dia da prática do último acto que a integre (cfr. art.º 119.º, 2 do CP).

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7. ESTES PRAZOS PODEM SUSPENDER-SE?

 Sim. Mas estes prazos (de 30 dias, um ano ou superior) só se suspendem por um período máximo de seis meses, se, cumulativamente:

a) For instaurado inquérito prévio, nos 30 dias imediatos à suspeita de infracção;

b) Se do inquérito resultar a instauração de processo disciplinar, esta deve efectivar-se nos 30 dias seguintes à recepção do processo de inquérito, pela entidade com competência para instaurar processo disciplinar;

c) Se à data da instauração do inquérito ou do processo disciplinar, não tenham já sido ultrapassados os prazos de 30 dias ou de 1 ano (ou superior).

(Cf. art. 6.º, 4 e 5 do Estatuto Disciplinar de 2008)

8. QUAL O PRAZO DE PRESCRIÇÃO PARA A CONCLUSÃO DO PROCESSO DISCIPLINAR?

 O novo Estatuto fixa agora um prazo máximo de 18 meses para a conclusão do processo disciplinar, contados desde a data da sua instauração até à notificação do arguido da decisão final, sob pena de prescrever (art.º 6.º, 6 do Estatuto Disciplinar de 2008).

9. COMO SE CONTA ESTE PRAZO?

 Este prazo conta-se de forma contínua (incluindo sábados, domingos e feriados), nos termos do art. 72.º, 2 do Código do Procedimento Administrativo – CPA.

10. ESTE PRAZO PODE SUSPENDER-SE?

 Sim. Este prazo pode não se iniciar se houver decisão judicial que impeça o seu início ou suspender-se a marcha do processo, até que seja apreciada judicialmente qualquer questão (art.º 6.º, 7 do Estatuto Disciplinar de 2008).  O prazo volta a correr a partir do dia em que cesse a causa de suspensão (art.º

6.º, 8 do Estatuto Disciplinar de 2008)

Ex.: Imagine-se que em 11 de Julho faltava um mês para se perfazerem os 18 meses. O

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processo disciplinar em 16 de Julho e até 14 de Setembro (recomeçando a contagem no dia 15 de Setembro). O último dia para a prescrição do processo disciplinar passa a ser 9 de Outubro (11 a 15 de Julho = 5 dias; 15 a 30 de Setembro = 16 dias; 1 a 9 de Outubro = 9 dias. Total: 30 dias).

IV – INSTAURAÇÃO DE PROCESSO DISCIPLINAR

11. QUEM TEM COMPETÊNCIA PARA INSTAURAR PROCEDIMENTO DISCIPLINAR?

 A competência para instaurar processo disciplinar é sempre do superior hierárquico em relação aos seus subordinados, ainda que não seja competente para punir (art.º 29.º, 1 do Estatuto Disciplinar de 2008).

 Se o visado for o dirigente máximo do serviço, essa competência encontra-se deferida ao membro do Governo com superintendência na área da educação (art.º 29.º, 2 do Estatuto Disciplinar de 2008).

 A competência do Inspector-Geral da Educação para instaurar processo disciplinar mantém-se inalterada.

12. EXISTE AUTONOMIA DO PROCESSO DISCIPLINAR EM RELAÇÃO AO PROCESSO PENAL?

 Sim. O processo disciplinar não tem de ser suspenso até que se conclua o processo penal pendente, nem a absolvição ou condenação em processo penal impõem decisão em sentido idêntico no processo disciplinar (art.º 7.º, 3 do Estatuto Disciplinar de 2008).

13. QUAL O PROCESSO PREVISTO NO NOVO ESTATUTO PARA O CASO DE FALTAS INJUSTIFICADAS?

 Desaparece o processo especial por falta de assiduidade, que estava previsto nos arts. 71. º e ss. do Estatuto Disciplinar de 1984.

 Quando um trabalhador deixou de comparecer ao serviço, sem justificação, durante cinco dias seguidos ou dez dias interpolados, deve o seu superior hierárquico participar, de imediato, tal facto ao dirigente máximo do serviço (art.º 40.º, 3 do Estatuto Disciplinar de 2008).

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Mais Frequentes (FAQ)

 O dirigente máximo do serviço recebe essa participação e afere se considera atendíveis os motivos apresentados pelo trabalhador, caso em que arquivará a participação (art.º 40.º, 4 do Estatuto Disciplinar de 2008).

 No caso do dirigente máximo do serviço considerar infracção disciplinar prevista no art.º 18.º, 1, g), instaurará processo disciplinar que seguirá a forma de processo comum (art.º 39.º e ss.), não havendo mais lugar a distinguir se o paradeiro do arguido é conhecido ou desconhecido, como acontecia no Estatuto anterior

 Todos os processos por falta de assiduidade especiais instaurados ao abrigo do Estatuto Disciplinar de 1984 e ainda pendentes convertem-se automaticamente em processos disciplinares comuns (art.º 4.º, 13 da Lei 58/2008, de 9 de Setembro).

14. QUAL A REGRA DA APENSAÇÃO DE PROCESSOS DISCIPLINARES?

 A regra é sempre a da apensação ao processo que primeiro tiver sido instaurado

(Cfr. art.º 31.º, 2, do Estatuto Disciplinar de 2008)

V – APURAMENTO DE FACTOS COM RELEVÂNCIA DISCIPLINAR

15. EM CASO DE NÃO SE SABER QUAIS OS FACTOS PRECISOS E QUAL O SEU AUTOR, COMO PROCEDER?

 Deve instaurar-se processo de inquérito, para se decidir se há ou não lugar à instauração de processo disciplinar, nos termos dos arts. 66.º e 68.º do Estatuto Disciplinar de 2008.

 Todos os actuais processos de averiguações em curso são convertidos automaticamente em processos de inquérito (art.º 4.º, 14 da Lei 58/2008, de 9 de Setembro).

16. QUAL O PRAZO PARA A INSTRUÇÃO DO PROCESSO DE INQUÉRITO?

 A lei não estabelece prazo.

 Porém, a instauração do processo de inquérito só suspende os prazos para instaurar processo disciplinar, previstos nos art.ºs 6.º, 1, 2 e 3, se esse

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inquérito durar até seis meses e, além disso, estiverem reunidos cumulativamente os requisitos referidos na resposta à pergunta 7 - alíneas a), b) e c)

(Cfr. art.º 6.º, 4 e 5 do Estatuto Disciplinar de 2008)

17. QUEM PODE CONVOLAR O PROCESSO DE INQUÉRITO NA FASE INSTRUTÓRIA DO PROCESSO DISCIPLINAR?

 A entidade que mandou instaurar o processo de inquérito (art.º 68.º, 2 e 4 do Estatuto Disciplinar de 2008).

18. PODE CONTINUAR A INSTAURAR-SE PROCESSO DE AVERIGUAÇÕES?

 Sim. Só o dirigente máximo do serviço o pode fazer e apenas para apurar se o desempenho que justificou duas avaliações negativas consecutivas do trabalhador constitui ou não violação culposa dos deveres funcionais imputável ao trabalhador (art. 69.º, 1, 2 e 3 do Estatuto Disciplinar de 2008)

 Contudo, se no âmbito desse processo de averiguações forem detectadas violações de outros deveres funcionais por parte de intervenientes no processo de avaliação de desempenho, o instrutor participa-os ao dirigente máximo do serviço para efeitos de eventual instauração de processo de inquérito ou de processo disciplinar (art.º 69.º, 6 do Estatuto Disciplinar de 2008).

19. QUAL O PRAZO PARA A INSTRUÇÃO DE PROCESSO DE AVERIGUAÇÕES?

 O prazo máximo é de 3 meses, contados desde a data da sua instauração até à recepção do relatório final pelo dirigente máximo do serviço (art.º 69.º, 4 Estatuto Disciplinar de 2008).

 Se for ultrapassado esse prazo, prescreve o processo de averiguações, o que faz prescrever também a possibilidade de instauração de processo disciplinar pela infracção prevista no art.º 18.º, 1, h) ou outras eventualmente detectadas na sua instrução (art.º 69.º, 4 do Estatuto Disciplinar de 2008).

 Este prazo pode não se iniciar se houver decisão judicial que impeça o seu início ou suspender-se a marcha do processo até que seja apreciada judicialmente qualquer questão (ex.: a suspensão de eficácia de algum acto processual) (art.º 69.º, 5; art.º 6.º, 7 e 8, do Estatuto Disciplinar de 2008).

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VI – SUSPENSÃO PREVENTIVA DO ARGUIDO

20. QUEM PODE SUSPENDER PREVENTIVAMENTE O ARGUIDO?

 É o dirigente máximo do serviço, sob proposta fundamentada da entidade que tenha instaurado o processo ou do instrutor (art.º 45.º do Estatuto Disciplinar de 2008).

21. O QUE MUDA NESTE REGIME?

 Não dá lugar a perda de remuneração base.

A notificação da suspensão preventiva tem de ser acompanhada da indicação,

ainda que genérica, da infracção ou infracções imputadas ao arguido (art.º 45.º, 3 do Estatuto Disciplinar de 2008), pelo que o instrutor, ao propô-la, deve ter esse facto em consideração, na proposta que fizer ao dirigente máximo do serviço.

VII – NOTIFICAÇÃO DA ACUSAÇÃO

22. QUEM TEM DE SER NOTIFICADO DA ACUSAÇÃO?

 O arguido;

 A comissão de trabalhadores, se a houver, e/ou a associação sindical, se o arguido for representante sindical, mas só:

a) Quando esteja em causa a aplicação de penas de: 1) Demissão;

2) Despedimento por facto imputável ao trabalhador; 3) Cessação da comissão de serviço.

b) E o arguido a isso se não opuser, por escrito, durante a instrução

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VIII – DEFESA

23. QUANDO SE CONSIDERA APRESENTADA A DEFESA?

 Na data da sua expedição, quando remetida pelo correio.

(Cfr. art.º 51.º, 3 do Estatuto Disciplinar de 2008)

24. QUAIS OS PODERES DO ADVOGADO NA FASE DE DEFESA?

 O novo Estatuto reforça os poderes do advogado constituído no processo disciplinar, podendo intervir na inquirição do arguido e das testemunhas e, em geral, exercer todos os poderes inerentes à representação.

(Cfr. art.º 53.º, 7 do Estatuto de 2008)

IX - PENAS

25. QUEM TEM COMPETÊNCIA PARA APLICAR PENAS?

 Todos os superiores hierárquicos são competentes para a aplicação da pena de repreensão escrita aos seus subordinados.

 A aplicação das restantes penas passa a ser da competência do dirigente máximo do serviço.

 A competência punitiva, nestes casos, é indelegável.

 No caso do arguido ser o próprio presidente do conselho executivo/ director, a entidade competente para lhe aplicar a pena é o membro do Governo com superintendência na área da educação.

(Cfr. art.º 14.º, 1, 2, 3 e 6 do Estatuto Disciplinar de 2008)

26. MANTÉM-SE INALTERÁVEL O ELENCO DE PENAS?

 Não. Desaparecem do elenco de penas a inactividade e a aposentação compulsiva.

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 Foi introduzida a pena de despedimento por facto imputável ao trabalhador, só aplicável aos trabalhadores que tenham um vínculo contratual, de qualquer natureza (art.º 9.º, 1 do Estatuto Disciplinar de 2008).

27. O QUE MUDA NA CARACTERIZAÇÃO DAS PENAS?

Reduzem-se as molduras abstractas das penas de multa e de suspensão. Consagram-se limites por infracção e por ano, a saber:

a) Multa – é sempre fixada em quantia certa e não pode exceder o valor correspondente a 6 remunerações base diárias por cada infracção, num total máximo da remuneração correspondente a 90 dias por ano;

b) Suspensão – 20 a 90 dias por cada infracção, num total máximo de 240 dias ano.

(Cfr. art.º 10.º, 2 e 4 do Estatuto Disciplinar de 2008)

28. O QUE MUDA NO REGIME DE SUSPENSÃO DAS PENAS?

 Reduzem-se os tempos de suspensão das penas, do seguinte modo:

a) Nos seus limites mínimos – 6 meses, para a pena de repreensão escrita e multa e um ano, para a pena de suspensão;

b) Nos seus limites máximos – um ano, para as penas de repreensão escrita e multa e 2 anos, para a pena de suspensão.

(Cfr. art.º 25.º, 2 do Estatuto Disciplinar de 2008)

29. O QUE FAZER ÀS INFRACÇÕES A QUE CORRESPONDIA PENA DE INACTIVIDADE NO ESTATUTO ANTIGO?

 Se à data da entrada em vigor do novo Estatuto, já tiver sido notificada acusação com enquadramento de infracção ou infracções em pena de inactividade, o processo segue os seus trâmites e se, no relatório final, o instrutor considerar provados factos que, pelo anterior Estatuto, eram punidos com a pena de inactividade, como esta pena desapareceu do elenco de penas do actual Estatuto e esses factos são agora subsumidos na pena de suspensão, proporá a aplicação da pena de suspensão, que graduará nos limites do art.º 10.º, 4.

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Mais Frequentes (FAQ)

 Se à entrada em vigor do novo Estatuto, já se encontrar proposta pena de inactividade, ou se esta já estiver aplicada ou em curso de execução, será a mesma convertida automaticamente em pena de suspensão pelo seu limite máximo, i.e., 240 dias (art.º 4.º, 5 da Lei n.º 58/2008, de 9 de Setembro).

30. O QUE FAZER ÀS INFRACÇÕES A QUE CORRESPONDIA PENA DE APOSENTAÇÃO COMPULSIVA NO ESTATUTO ANTIGO?

 Nos processos ainda em instrução à data da entrada em vigor do novo Estatuto, em que tenha sido deduzida acusação com factos enquadrados no art.º 26.º do anterior Estatuto (aposentação compulsiva ou demissão), apenas poderá ser proposta a pena de demissão ou de despedimento, caso se mantenha a inviabilização da manutenção da relação funcional.

 Se à entrada em vigor do novo Estatuto, já se encontrar proposta pena de aposentação compulsiva, ou esta já tiver sido aplicada, mas ainda não executada, o processo volta ao instrutor para reavaliação: ou mantém a pena ou converte-a em pena de suspensão, que graduará pelo limite do art.º 10.º, 4 (art.º 4.º, 7 da Lei 58/2008, de 9 de Setembro).

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