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MACROECONOMIA I 1E201 Licenciatura em Economia 2009/10

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(1)

MACROECONOMIA I – 1E201

Licenciatura em Economia – 2009/10

C

AP

3.

A

M

ACROECONOMIA NO

C

URTO

P

RAZO

-

E

XERCÍCIOS

1. EXERCÍCIOS DAS AULAS

1.1. No quadro dos pressupostos habituais do modelo keynesiano simples, considere uma economia cujo comportamento pode ser descrito pelas seguintes relações: • C = 50 + 0,75 Yd • I = 175 • G= 125 • X = 200 • Q = 50 + 0,1 Y • T = 0,2 Y • R = 0

• RLE = TLE = 0 (fluxos líquidos de rendimentos e de transferências correntes com o exterior são nulos)

a) Determine o nível de rendimento de equilíbrio desta economia, bem como os valores de equilíbrio do saldo orçamental e da balança corrente, e evidencie a igualdade entre investimento e poupança.

b) Suponha que, por motivo de uma recessão generalizada nas economias dos principais parceiros comerciais deste país, é previsível uma redução em 20% das exportações desta economia. Qual o efeito deste facto sobre o nível de rendimento de equilíbrio e os saldos orçamental e da balança corrente? Justifique os resultados obtidos, acompanhando a sua resposta de uma representação gráfica adequada.

c) Em que medida os efeitos sobre o nível de rendimento seriam distintos se a função investimento planeado fosse descrita, alternativamente, por I = 100 + 0,075 Y?

(2)

bens e serviços ou uma descida da taxa de imposto. Discuta e quantifique as medidas a adoptar, bem como o seu efeito sobre o saldo orçamental.

1.2. Considere uma economia cujo comportamento pode ser descrito pelas seguintes equações: C = 75 + 0,8 Yd

M

=

500

;

P

=

1

G = 100 + 0,15 Y L = 250 + 0,4 Y – 10 i I = 225 - 10 i T = 0,25 Y R = 62,5

a) Como caracterizaria a situação desta economia se ela se encontrasse no ponto (Y=1000; i=15)?

b) É objectivo prioritário do Governo equilibrar as suas contas através da manipulação das suas despesas em bens e serviços. Quantifique a medida seleccionada, deduzindo o respectivo multiplicador.

c) Se, alternativamente, fosse utilizada a política monetária, em que medida deveria manipular a oferta de moeda? Utilize o conceito de multiplicador. d) Diga se a situação a que a economia chegará com a política decidida em c)

é semelhante à que se atingiria com a medida considerada em b). Justifique a sua resposta, explicitando os mecanismos de transmissão dos efeitos multiplicadores.

e) Faça a representação gráfica das duas situações.

1.3. Considere os seguintes dados relativos à economia A, que segue um regime de flutuação livre da taxa de câmbio:

C = 2400 + 0,48Yd

M

=

5000

;

P

=

1

G = 2300 + 0,08Y L = 725 + 0,3Y - 15i I = 2100 + 0,15Y - 50i K = -100 + 40i

(3)

b) Admita que o governo de A pretende expandir o rendimento em 1% sem contudo reduzir o saldo da balança financeira não monetária (K).

b1) Diga, justificando, qual deverá ser a actuação do governo.

b2) Quantifique essa actuação, bem como os efeitos dela decorrentes. Explique todas as transformações ocorridas na economia e represente-as graficamente.

c) Analisando os resultados da política adoptada, o governo de A considera excessivos os seus efeitos sobre a taxa de câmbio e pretende anulá-los, mantendo, no entanto, uma estratégia de crescimento. Quantifique as medidas de política económica a implementar e explique os seus efeitos sobre o equilíbrio de A, representando-os graficamente.

d) Se na economia A vigorasse um regime de câmbios fixos, as medidas de política económica seguidas em b) e c) gerariam maiores ou menores variações do produto real? Quantifique e explique.

2. EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO

2.1. No quadro dos pressupostos habituais do modelo keynesiano simples, considere uma economia cujo comportamento pode ser descrito pelas seguintes relações: • C = 480 + 0,6 Yd • I = 1300 • G = 800 • X = 600 • Q = 300 + 0,08 Y • T = 0,2 Y • R = 200 • RLE = TLE = 0

a) Evidencie os ajustamentos que ocorreriam na economia se o nível efectivo de produto fosse de 5250 u.m.

b) Mostre que um aumento do consumo público tem um impacto superior a um aumento de montante idêntico das transferências correntes do governo para as famílias. Como justifica tal diferença?

(4)

5% no nível de produto da economia. Ao mesmo tempo, perante compromissos assumidos internacionalmente, o governo gostaria de manter equilibrado o saldo orçamental. Supondo a manutenção do valor das transferências públicas para as famílias, serão estes dois objectivos compatíveis? Que medidas deverá o governo adoptar? Quantifique e justifique adequadamente.

2.2. Estudos econométricos permitiram estimar, para uma dada economia, as seguintes equações:

C = 120 + 0,6 Yd L = 0,33 Y – 0,6 i

I = 95 – 0,2 i T = 0,2 Y

Sabendo que nesta economia a oferta de moeda, exogenamente determinada, é de 165 unidades monetárias (u.m.), que o nível geral de preços é 1,1 e que a procura agregada autónoma ascende a 265 u.m., determine:

a) A expressão analítica das funções IS e LM, e a situação de equilíbrio simultâneo dos mercados de bens e serviços e monetário.

b) Os multiplicadores orçamental e monetário, explicando os respectivos significados.

c) O nível das despesas públicas em bens e serviços desta economia na situação de equilíbrio macroeconómico, tendo em conta que as transferências do governo para os demais agentes são puramente exógenas e totalizam 20 u.m..

d) O efeito sobre a taxa de juro de equilíbrio resultante de um aumento de 3% do nível da procura de equilíbrio por acção da política orçamental. Como deveriam proceder os responsáveis pela política económica se pretendessem evitar que a taxa de juro se alterasse? Explique e quantifique. e) O valor do saldo das contas públicas antes e depois das alterações ocorridas

(5)

2.3. Considere as seguintes equações, representativas do funcionamento da economia do país P, que se encontra actualmente em equilíbrio com um nível de produto real, Y, de 2000 unidades monetárias (u.m.) e uma taxa de juro, i, igual a 20 (medida, como habitualmente, em pontos de percentagem).

C = 20 + 0,8 Yd

M

=

500

;

400

=

G

P

=

1

I = 500 - 10 i L = 100 + 0,3 Y – 10 i T = 0,2 Y

O governo estabeleceu dois objectivos prioritários de política económica para o próximo ano, no qual haverá eleições gerais:

• Crescimento do produto real em 4.5% • Aumento da despesa privada.

O governo pondera neste momento duas hipóteses alternativas, no que respeita à intervenção sobre a despesa privada:

A Aumentar o peso do consumo privado na despesa total, ainda que sacrificando o peso do investimento;

B Aumentar o peso do consumo privado na despesa total, mantendo o peso do investimento.

a) Identifique, justificando, as medidas que o governo deveria adoptar em cada hipótese A e B.

b) Quantifique as medidas identificadas em a).

c) Por qual das duas hipóteses deveria o governo optar se pretendesse: c1) maximizar o peso da despesa privada no total da despesa; c2) minimizar o défice do seu orçamento.

d) Explique como seria afectada a eficácia das medidas adoptadas – em termos de expansão do produto real – se a função do Consumo Público passasse a ser dada pela expressão G = 400 + 0,05Y.

(6)

2.4. Mobilidade internacional de capitais financeiros perfeita

Considere uma pequena economia aberta cujo comportamento pode ser descrito pelas seguintes relações funcionais:

C = 50 + 0,75 Yd M = 1000 I = 500 – 10 i P = Pf = 1 G = 400 L = 300 + 0,4 Y – 10 i X = 550 – 10 e if = 10 Q = 50 + 0,2 Y + 5 e dBal. Fin./di = T = 0,2 Y

Nota: vigora um regime de câmbios flexíveis e a taxa de câmbio nominal (e’) está definida ao certo. Admita que Bal. Capital = 0.

a) Indique a expressão analítica da linha BP=0. Justifique.

b) Determine os níveis de equilíbrio do rendimento/produto, taxa de juro e taxa de câmbio nominal. Calcule os saldos orçamental, da balança corrente e da balança financeira (operações não monetárias).

c) Preocupado com a situação deficitária da balança corrente, o governo deste país pretende tomar medidas no sentido de promover o equilíbrio desta balança. c1) Que medida(s) deve tomar? Justifique adequadamente e quantifique a(s)

medida(s) e os seus efeitos sobre o rendimento, a taxa de juro e a taxa de câmbio nominal.

c2) A(s) medida(s) a tomar seria(m) a(s) mesma(s) no caso de vigorar um regime de câmbios fixos, com o Banco Central comprometido com uma taxa de câmbio nominal igual a 10? Justifique devidamente e quantifique a(s) medida(s) necessária(s) neste caso ao reequilíbrio da balança corrente e os seus efeitos sobre os valores de equilíbrio das principais variáveis.

(7)

2.5. Mobilidade internacional de capitais financeiros imperfeita

2.5.1. Considere os seguintes elementos relativos a uma determinada economia:

C = 200 + 0,8Yd

M

=

800

G

= 200 L = 100 + 0,2Y - 4i

I = 300 - 12i P =2

T = 0,25Y K= -350 + 10i

X = 474 + 30 (1/e) Q = 340 + 0,08Y - 12 (1/e) A economia está em equilíbrio global quando e = 1/5, Y = 1800; i = 15.

a) Sabendo que a economia segue um regime de flutuação livre da taxa de câmbio e Admita que o Banco Central decide aumentar a oferta nominal de moeda para 900 u.m.. Calcule a variação do produto provocada pela adopção desta medida. b) Considere uma outra economia em tudo idêntica à anterior mas em que vigora

um regime de câmbios fixos, com

e

=1/5. b1) Admita que:

• o governo desta economia está empenhado num programa de desenvolvimento da economia que exige o maior crescimento possível do produto;

• o referido programa limita o aumento das despesas públicas autónomas a 30 u.m.;

• o Banco Central mostra total cooperação com o governo.

Apresente, quantificando, a(s) política(s) económica(s) seleccionadas pelo governo e faça a respectiva representação gráfica.

b2) Quantifique o efeito das medidas seleccionadas em b1) sobre a balança de bens e serviços desta economia.

(8)

2.5.2. Imagine a Tuga-lândia, uma pequena economia aberta que adoptou um regime de câmbios fixos, cujo funcionamento pode ser descrito pelas seguintes relações:

C = 600 + 0,7Yd G = 800 + 0,2Y

I = 750 – 15i T = 0,3Y

R = 250 X = 450 + 8(1/e)

Q = 250 – 7(1/e) + 0,18Y K = - 75 + 50i

M = 8000 L = 650 + 0,3Y – 15i

P = 4 Pf = 2

Actualmente a Tuga-lândia encontra-se em equilíbrio interno, sendo o valor do rendimento disponível de 3750.

a) Determine o valor que foi fixado para o objectivo de taxa de câmbio nominal, bem como os saldos da balança de bens e serviços e da balança financeira (op. não monetárias) na situação actual.

b) Represente graficamente a situação actual da Tuga-lândia, explicando porque razão ela não é sustentável.

c) Indique, justificando, que política as Autoridades da Tuga-lândia devem utilizar se pretenderem que o ajustamento da economia para o equilíbrio global seja feito em simultâneo com um aumento do produto face à situação actual. Quantifique essa política e os seus efeitos.

d) Se, em contrapartida, a Tuga-lândia estivesse num regime de câmbios flexíveis, qual seria a sua resposta à questão b)?

(9)

3. EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO –AVALIAÇÃO DE ANOS ANTERIORES 3.1. 2º mini-teste 2008/09

1) Considere que a economia A pode ser descrita pelos seguintes elementos de um modelo keynesiano simples:

C = 200 + 0,8 Yd I = 160 + 0,1 Y R = 100 – 0,2 Y G = 100

T = 50 + 0,3 Y

Defina e calcule o multiplicador dos gastos públicos (

G

).

2) Considere agora que a economia A pode ser melhor descrita por um modelo IS/LM, através das equações comportamentais abaixo.

C = 200 + 0,8 Yd M = 700 I = 190 – 3 i + 0,1 Y P = 2

R = 100 – 0,2 Y L = 200 + 0,2 Y – 5 i G = 100

T = 50 + 0,3 Y

a) Calcule o equilíbrio global da economia A.

b) Imagine que as autoridades de política económica pretendem aumentar o produto em 30 unidades utilizando, exclusivamente, a política monetária.

b.1) Quantifique a medida de política bem como o seu impacto sobre o saldo orçamental. Justifique este impacto através do respectivo mecanismo de transmissão.

b.2) Admita agora que as autoridades pretendiam obter o mesmo impacto sobre o produto, mas com uma melhoria do saldo orçamental em 24 unidades. Justifique e quantifique a opção de política. Represente graficamente.

(10)

3.2. 3º teste 2008/09

1) Considere que a economia A, actualmente em equilíbrio para Y = 5000 e i = 2, é descrita pelo seguinte modelo IS/LM:

C = 660 + 0,8 Yd M = 7360 Ip = 950 - 10 i P = 2

G = 2610 - 0,4 Y L = 380 + 0,7 Y – 100 i T = 1500

Suponha que esta economia regista um choque negativo no investimento autónomo no valor de 134 unidades.

a) Calcule os impactos deste choque sobre o rendimento de equilíbrio.

b) Admita agora, alternativamente, que os agentes económicos consideram que a taxa de juro (i = 2) tem um valor extremamente baixo e, esperando uma queda no preço dos activos financeiros, têm total preferência por moeda. Nesta situação, calcule o impacto do mesmo choque sobre o rendimento de equilíbrio e, justificando, compare-o com o impacto obtido na alínea anterior. Faça uma representação gráfica que ilustre as duas situações.

2) Considere agora que se conhecem as equações que representam as relações externas da mesma economia A, mantendo-se o equilíbrio em Y = 5000 e i = 2:

X = 3950 - 80 e Pf = 1

Q = 2200 + 0,1 Y + 45 e K = - 50 + 25 i

Imagine que as autoridades de política económica pretendem melhorar o saldo da balança corrente em 50 unidades.

a) Assumindo que o Banco Central da economia A se comprometeu em manter fixa a taxa de câmbio actual, quantifique as acções a adoptar pelas autoridades de política económica.

b) Suponha que a economia está agora em câmbios flexíveis. Pretendendo-se atingir o mesmo objectivo com o mesmo instrumento utilizado em a), quantifique a medida de política bem como os seus efeitos sobre o rendimento e taxa de juro de equilíbrio.

(11)

3.3. Exame época normal 2008/09

1) Considere que a economia A pode ser descrita pelos seguintes elementos de um modelo keynesiano simples:

C = 750 + 0,6 Yd I = 300 + 0,4G G = 50 + 0,2 Y T = 1500

Deduzindo o respectivo multiplicador, calcule o impacto sobre o rendimento de equilíbrio decorrente de um aumento dos impostos autónomos em 8 unidades.

2) Considere os seguintes elementos, representativos do funcionamento da economia B:

C = 875 + 0,5 Yd T = 0,21 Y

G = 650 M = 1400

I = 1600 - 25 i L = 400 + 0,25 Y - 25 i

R = 300 P = 1

a) Imagine que se observa na economia B um rendimento de 5000 e uma taxa de juro de 12. Verifique se esta situação é de equilíbrio no mercado de bens e serviços e no mercado financeiro/títulos. Justifique.

b) Partindo da situação de equilíbrio global, as autoridades da economia B pretendem provocar um aumento de 2% no rendimento disponível das famílias através da manipulação da massa monetária. Quantifique esta medida de política.

3) Considere agora que a economia B se abriu ao exterior, pelo que o seu funcionamento se caracteriza pelas equações de (2) e pelos seguintes comportamentos adicionais:

X = 650 - 3 e if = 10 Q = 100 + 0,1 Y + 2 e dK/di = ∞

(12)

a) Imagine que se sabe que uma subida na taxa de juro internacional provocaria um aumento no rendimento de equilíbrio. Qual o regime cambial adoptado pelas autoridades da economia B? Justifique sem quantificar.

b) Suponha que vigora um regime de câmbios fixos nesta economia.

Imagine que as autoridades pretendem melhorar o saldo orçamental. Para concretizar este objectivo podem seguir duas vias alternativas: i) alterar os gastos públicos autónomos em 100 ou ii) alterar as transferências autónomas em 100. Indique, justificando, qual a alternativa mais eficaz para atingir o objectivo definido. Quantifique a actuação das autoridades de política e o respectivo impacto sobre o saldo orçamental.

3.4. Exame época recurso 2008/09

1) Considere a figura seguinte que representa, à luz do modelo keynesiano simples, o impacto de um choque ocorrido numa determinada economia.

Determine o multiplicador da procura autónoma e o declive da função Despesa Planeada (a) para esta economia.

(13)

2) No contexto do modelo IS-LM em economia aberta, a estrutura de uma grande economia pode ser sintetizada pelas seguintes relações:

C = 280 + 0,7 Yd

M

= 3237 G = 500 + 0,1 Y

P

= 2 I = 1250 - 15 i L = 150 + 0,3 Y - 15 i T = 0,2 Y R = 100 X = 1000 - 5 e K = - 50 + 30 i Q = 300 + 0,15 Y + 5 e

P

f =1

Sabe-se também que na Balança Financeira não Monetária foram registados apenas os seguintes lançamentos durante o período t.

Débito Crédito

Investimento directo 203

Outro investimento 100

Esta economia fixou a taxa de câmbio nominal em 10 e durante o período t o rendimento foi de 5150.

2)a) Caracterize a situação desta economia no período t quanto ao equilíbrio no mercado bens e serviços, no mercado monetário e quanto ao equilíbrio externo.

2)b) Considere agora que se verifica nesta economia uma situação de equilíbrio global para Y = 5000 e i = 10. Mantém-se o regime cambial e todas as expressões analíticas do modelo, com a excepção de que M = 3000. Neste contexto, imagine que ocorre uma quebra nas expectativas dos agentes económicos que afecta negativamente o investimento autónomo em 282,5 unidades.

(14)

2)b)1) Quantifique os impactos deste choque sobre o stock nominal de moeda e sobre o produto da economia.

2)b)2) O Governo deste país não pode deteriorar o saldo das contas públicas. Por isso, argumentou que só há uma forma de eliminar os efeitos nefastos deste choque sobre o produto e que o programa de política económica em causa incluiria necessariamente a alteração para um regime de câmbios flexíveis. Quantifique a política a que o Governo se refere.

3.5. Exame época especial 2008/09

1) Considere que a economia A pode ser descrita pelos seguintes elementos de um modelo keynesiano simples:

C = 576 + 0,32 Yd I = 255 + 0,4 G G = 75 + 0,2 Y T = 1050

Deduzindo o multiplicador respectivo, calcule o impacto sobre o rendimento de equilíbrio decorrente de um aumento dos gastos públicos autónomos em 2 unidades.

2) Considere os seguintes elementos, representativos do funcionamento da economia B:

C = 175 + 0,5 Yd T = 0,21 Y

G = 130 M = 280

I = 320 - 25 i L = 80 + 0,25 Y - 25 i

R = 60 P = 1

Sabe-se ainda que se observa na economia B um rendimento de 1000 e uma taxa de juro de 2.

(15)

2)a) Verifique se na economia B se verifica a igualdade S (poupança) = I (investimento planeado).

2)b) Considere que as autoridades da economia B têm como objectivo eleitoral aumentar o rendimento disponível, manipulando apenas os gastos públicos. Partindo da situação de equilíbrio global, quantifique qual a variação máxima no rendimento disponível que as autoridades poderão prometer, sem deteriorarem as contas públicas em mais de 20 unidades. 3) Considere a abertura ao exterior da economia B, sendo agora caracterizada

pelos seguintes comportamentos adicionais:

X = 130 - 3 e if = 2 Q = 20 + 0,1 Y + 2 e dK/di = ∞

Pf = 1

3)a) Nesta economia vigora um regime de câmbios flexíveis. Neste novo contexto, pronuncie-se sobre a viabilidade da promessa eleitoral estabelecida em 2)b) Justifique sem quantificar.

3)b) Imagine que a taxa de juro internacional se reduz para 1. Quantifique o impacto deste choque sobre o produto e a balança corrente da economia B.

4. S

OLUÇÕES DOS

E

XERCÍCIOS DE

A

PLICAÇÃO 2.1.

a) Se o nível de rendimento efectivo fosse 5250 u.m., teríamos: Ep = 5100

Ou seja, Y > Ep => acumulação involuntária de stocks por parte das empresas => redução do nível de produção e do nível de rendimento até que Y = Ep = E

(16)

b) Em equilíbrio:

p

A

*

)

6

(

6

,

1

Y

p

A

*

08

,

0

)

2

,

0

(1

*

6

,

0

1

1

Y

p

A

*

q

t)

c(1

1

1

Y

p

A

*

q

t)

c(1

1

1

Y

qY)

Q

(

X

G

I

)

R

tY

c(Y

C

Y

=

+

=

+

=

+

=

+

+

+

+

+

+

=

Ou seja, se houver uma variação de 1 u.m. na despesa autónoma, o nível de rendimento aumentará em 1,6(6) u.m., caeteris paribus.

Para haver uma variação de 1 u.m. na despesa autónoma por via de uma elevação dos gastos públicos, estes têm de crescer exactamente em 1 u.m. Já pela via das transferências, estas terão de aumentar em 1/c u.m. (ou seja, 1,6(6) u.m.). Pelo que, para se obter a mesma variação no nível de rendimento, será necessário um aumento superior em R que em G; ou, de outra forma, um aumento de igual montante em G ou em R provoca um impacto maior sobre o nível de rendimento no caso de a intervenção ser pela via do acréscimo de G.

Explicação: no caso de um aumento de 1 u.m. em G há um efeito directo sobre a despesa agregada em bens e serviços, de igual montante, e posteriormente um conjunto de efeitos indirectos resultantes de sucessivos aumentos rendimento / consumo; no caso de um aumento das transferências do governo para as famílias em 1 u.m., o impacto directo ocorre sobre o rendimento disponível, sendo que o primeiro impacto sobre o rendimento vem a ser apenas de c u.m., pelo que o conjunto global de efeitos directos/indirectos será menor.

c) Objectivos: aumentar o produto da economia em 5% e manter o saldo orçamental equilibrado

(17)

Y final = 5000 + 5% * 5000 = 5250 S.O. = 0 => t * 5250 –

G

– 200 = 0 (1) Equilíbrio: Y = E Y = 480 + 0,6 * (Y – tY + 200) + 1300 +

G

+ 600 – (300 + 0,08Y) 5250 = 480 + 0,6 * (5250 – t * 5250 + 200) + 1300 +

G

+ 600 – 300 – 0,08 * 5250 320 =

G

- 0,6 * t * 5250 (2) (1) + (2) =>

G

- 0,6 * (

G

+ 200) = 320 0,4

G

= 440

G

= 1100 t = 0,2476

Em conclusão: deverá haver uma subida simultânea das despesas públicas em

bens e serviços (no montante de 300 u.m.) e da taxa de imposto (em 4,76 p.p.); o aumento de

G

eleva o rendimento/produto, enquanto que a subida da taxa de imposto provoca a sua diminuição – em conjunto, contudo, o efeito da primeira medida predomina e o rendimento aumenta, tal como é objectivo do governo; por outro lado, a subida da taxa de imposto permite manter o orçamento equilibrado, apesar do aumento das despesas do governo.

2.2.

a) Uma vez que não se conhece a totalidade das funções de despesa, vamos utilizar directamente o dado referente a

A

, assumindo que apenas C e I têm componente induzida:

IS: Y = Ep ⇔ Y = c(1-t)Y + A - b.i ⇔

Y

b

A

b

i

α

1

1 −

=

⇔ i = 1325 - 26 Y.

LM:

=

=

=

+

Y

h

k

P

M

h

i

hi

kY

L

P

M

D

1

i = -250 + 0,55Y (nota:

L

=

0

).

(18)

b) Multiplicador orçamental (por ex., de

G

). Calculando em termos de variações, temos:

IS:

=

Y

Ep

=

Y

b

A

b

i

α

1

1

=

Y

b

G

b

i

α

1

1

i

=

5

G

2

,

6

Y

LM:

L

k

Y

h

i

i

Y

P

M

=

D

=

=

0

,

55

,

com

∆M

=

0

.

Eq.º:

5

G

2

,

6

Y

=

0

,

55

Y

Y

=

1

,

587

G

.

Logo,

α

G

= 1,587.

(Nota: se tivéssemos, por ex.,

R

, então αR = c . 1,587 = 0,9522. Porquê?) Multiplicador monetário (

M

):

IS:

Y

=

Ep

i

=

2

,

6

Y

,

com

A

=

0

.

LM:

Y

M

i

i

h

Y

k

P

M

i

h

Y

k

L

P

M

=

D

=

=

=

+

1

,

515

0

,

55

Eqº.:

2

,

6

Y

=

1

,

515

M

+

0

,

55

Y

Y

=

0

,

481

M

. Logo, α

M

= 0,481.

c) Sabendo que

R

= 20, temos

A

=

C

+

I

+

G

+

c

R

=

265

G

=

38

d) Se a política orçamental expansionista for implementada via

G

, temos (utilizando o resultado da alínea b):

Objectivo:

∆Y

=

15

; logo, como

Y

=

1

,

587

G

, então

∆G

=

9

,

45

.

Substituindo na LM, temos ∆i=8,25 .

Se o objectivo for também

∆i

=

0

, os responsáveis deverão, em simultâneo com a política orçamental, proceder a uma expansão monetária (policy-mix), isto porque o aumento de

M

=> EOM/EPT => diminuição de i.

Temos então,

IS:

i

=

5

G

2

,

6

Y

G

=7,8

+

=

∆ M

(19)

2.3. a)

A: política orçamental expansionista: ∆+R ou-t;

B: política fiscal expansionista (como em A) + política monetária expansionista (de modo a que

∆i

0

).

b)

Objectivo:

Y

=

90

Y

=

2090

A: Se o instrumento for t, temos:

IS: Y = C + G + I = 20 + 0,8 (Y – t’Y) + 400 + 500 - 10i ⇔ i = 92 - (0,02 + 0,08 t’)Y LM: i = -40 + 0,03Y.

Eqº: 92 - (0,02 + 0,08 t’)Y = -40 + 0,03.

Substituindo com Y = 2090, obtemos t’ = 0,1645 ∆t=-0,0355; i’ = 22,7. Se optássemos pelo instrumento

R

, teríamos ∆

R

= 74,3.

B: Se o instrumento de política orçamental for t, temos: IS: i = 92 - (0,02 + 0,08 t’)Y

LM: i = 10 - 0,1

M ′

+ 0,03Y

Restrição: como I/Y = 0,15 (valor no equilíbrio inicial), então I’/Y’ = 0,15 ⇔

0135

,

0

1865

,

0

15

,

0

2090

10

500

=

=

=

i

i

i

.

Substituindo na LM e na IS, temos t’ = 0,1887 e

M ′

= 540,5 (ou seja, ∆t = -0,0113 e ∆

M

= 40,5).

c1) A: (C+I)/Y = 0,801; B: (C+I)/Y = 0,801 => É indiferente.

c2) Como a opção B exige uma menor redução da taxa de imposto, espera-se que esta resulte num Sg maior (ou num défice menor).

(20)

d) A eficácia viria aumentada: o efeito multiplicador (via multiplicador Keynesiano) viria aumentado em ambas as hipóteses A e B

2.4.Mobilidade internacional de capitais financeiros perfeita a) Expressão da linha BP=0: i = if = 10

De facto, tendo-se dBal.Fin./di = , qualquer variação da taxa de juro interna (por pequena que fosse) levaria imediatamente a entradas/saídas de capitais de montante ilimitado, até que a taxa de juro interna re-convergisse para a taxa de juro internacional (note-se, aliás, que, tratando-se de uma pequena economia, o movimento de re-convergência ocorre apenas via taxa de juro interna).

b) Em equilíbrio, verifica-se: • MBS: Y = Ep Y = C + I + G + X – Q i = 145 – 0,06 Y – 1,5 e [1] • MM: M/P = L i = -70 + 0,04 Y [2] Mcambial: BP = 0 i = if = 10 [3]

Substituindo [3] em [2], vem Y = 2000 e, usando [1], e = 10 => e’= 10, dado que P=Pf=1.

Sg = T – G = 0,2 * 2000 – 400 = 0

Bal. Corrente = X – Q = 550 – 10 * 10 – (50 + 0,2 * 2000 + 5 * 10) = -50

Bal. Financeira (op. não monetárias) = - Bal. Corrente = 50

(21)

(nominal e real) da moeda nacional, conduzindo ao aumento das exportações e à diminuição das importações.

Quantificando:

• Objectivo: X – Q = 0

500 – 0,2 Y – 15 e = 0 [1]

Equilíbrio no MBS: Y = Ep, com X - Q = 0 Y = 50 + 0,75 (Y – 0,2 Y) + 500 – 10 i + 400

i = 95 – 0,4 Y [2]

• Equilíbrio no MM: M/P = L

M/1 = 300 + 0,4 Y – 10 i [3] • Equilíbrio no Mercado Cambial: BP = 0

i = if = 10 [4]

• Logo, i = 10; Y = 2125; e = 5 (e’ = 5); M = 1050

• O banco central deverá aumentar a oferta nominal de moeda em 50, conduzindo a uma depreciação nominal

(∆

e’ = -5) e à expansão do produto em 125.

c2) Em câmbios fixos, a medida tomada no quadro da alínea anterior é ineficaz. Neste caso, a correcção do défice corrente exigirá uma política orçamental restritiva, por exemplo, uma redução da despesa pública em bens e serviços. Actuando desse modo, o rendimento irá diminuir, fazendo reduzir as importações. De igual modo e num primeiro momento (muito temporário...), a taxa de juro interna irá descer, conduzindo a uma saída de capitais financeiros e à necessidade de o banco central intervir em defesa da paridade da moeda nacional. O que significa que a oferta nominal de moeda irá reduzir-se, acomodando a igualdade entre i e if e acentuando a quebra no produto/rendimento, com a qual, induzindo menores importações, se corrige o défice corrente.

Quantificando:

• Objectivo: X – Q = 0 500 – 0,2 Y – 15 e = 0

(22)

Com Y = 1750 => G = 250 [2] • Equilíbrio no MM: M/P = L

M/1 = 300 + 0,4 Y – 10 i

Com Y = 1750 e i = 10 => M = 900 [3] • Equilíbrio no Mercado Cambial: BP = 0

i = if = 10 [4]

• Logo, i = 10; e’ = 10; Y = 1750; G = 250; M = 900

• O governo deverá reduzir os gastos públicos em 150, o que, associado à descida da oferta nominal de moeda em 100 por motivo da necessidade de manter a paridade, conduz a uma quebra de 250 no produto/rendimento

c3)

IS1(e=5) IS0(e=10) LM0(M=1000) LM1(M=1050) E0 E1 E’1 i = 1000 1125 Alínea c1)

(23)

IS1(G=250) IS0(G =400) LM0(M=1000) LM1(M=900) E0 E1 E’1 i = 10 i Y 1000 750 Alínea c2)

2.5. Mobilidade internacional de capitais financeiros imperfeita 2.5.1.

a) Trata-se de uma política monetária expansionista, em que

M

=100. O efeito de esperar será uma expansão do nível de produto de equilíbrio global, como resultado da redução da taxa de juro e da consequente depreciação (nominal e real) da moeda nacional. Se resolvermos pelas variações temos, então:

IS: ∆Y = ∆Ep ⇔ 0,48 ∆Y = 42 ∆(1/e) – 12 ∆i. ⇔ ∆Y = 183,3

LM: ∆( M / P ) = ∆L 1/2 (∆ M ) = 0,2 ∆Y – 4 ∆i.

∆i = -3,34

BP=0: ∆X - ∆Q + ∆K = 0 42 ∆(1/e) – 0,08 ∆Y + 10 ∆i = 0 ∆ (1/e) = 1,143

Note-se que, no novo equilíbrio, (1/e) = 6,143 => e = 0,1628, o que significa que ∆e = -0,0372 (verificou-se uma depreciação real).

(24)

b1) Num regime de câmbios fixos, apenas a política orçamental tem eficácia. Logo, o governo implementará uma política orçamental expansionista, seleccionando como instrumento ∆

G

= 30 (note-se que, se existissem transferências públicas no modelo, poderia colocar-se a hipótese de

∆R

=

30

, mas tal medida seria menos eficaz que ∆

G

= 30 em termos de impacto no produto de equilíbrio). Como ∆e = 0 (estamos em câmbios fixos) e

M

é determinado endogenamente (em virtude da intervenção do banco central em defesa da paridade cambial), temos:

IS: ∆Y = ∆Ep ⇔ 0,48 ∆Y = 30 – 12 ∆i. ⇔ ∆Y = 52,08

LM: ∆( M / P ) = ∆L 1/2 (∆M) = 0,2 ∆Y – 4 ∆i.

∆M = 17,5

BP=0: ∆X - ∆Q + ∆K = 0 - 0,08 ∆Y + 10 ∆i = 0 ∆i = 0,4166

Nota (1): Porque aumenta M? A subida de i resultante do aumento de G melhora a B.Fin. op. não mon., mais que compensando a deterioração da BBS resultante do aumento de Q (devido ao aumento de Y);1 dada a BP>0, surge uma pressão no sentido da apreciação da moeda, levando a que o banco central intervenha no mercado cambial comprando divisas e vendendo moeda nacional, o que faz aumentar a massa monetária.

Nota (2): em alternativa, o governo poderia escolher um policy-mix de políticas monetária e orçamental expansionistas. A resolução seria idêntica à anterior, mas agora com ∆

M

=17,5 a ser determinado exogenamente, como resultado de uma expansão da oferta nominal de moeda por parte do banco central no mercado monetário e já não de uma intervenção do banco central no mercado cambial. Em qualquer caso, teríamos graficamente:

(25)

Y LM0 BP=0 IS0 E0 IS1 15 1800 LM1 E1 1852,05 15,42

b2) A partir dos resultados da alínea 2.a) retira-se que:

∆BBS = ∆X - ∆Q = -0,08 ∆Y = -4,2.

2.5.2.

a) Sabendo que Yd = Y – 0,3Y + 250 = 3750 ⇔ Y = 5000 e que este é um ponto de equilíbrio interno da economia (mercado de bens e serviços e mercado monetário): MBS: Y = C + I + G + X - Q ⇔

⇔ 0,49Y = 2525 - 15i + 15(1/e).

Com Y = 5000, temos -75 = -15i + 15(1/e) ⇔ i = 5 + (1/e). MM:

M

/

P

= L ⇔

⇔ 8000/4 = 650 + 0,3Y –15i ⇔ i = 10. Então, utilizando Y = 5000 e i = 10, obtemos:

i = 5 + (1/e) ⇔ e = 1/5. Como e = e’(P/Pf) 1/5 = e’ (4/2) e’ = 0,1 BBS = X – Q = -625

B.Financeira (não mon.) = K = 425.

b) Como BP = X – Q + K = -625 + 425 = -200 < 0, em termos gráficos o ponto de equilíbrio interno (intersecção da IS com a LM) deverá localizar-se abaixo da curva BP=0. As expressões das curvas vêm:

(26)

Y LM BP=0 IS E BP<0 10 5000

Do actual ponto de equilíbrio interno, a economia tenderá para um ponto de equilíbrio global (interno e externo): no ponto E, como BP<0, existe um excesso de oferta de moeda nacional no mercado cambial, o que gera uma pressão para a depreciação da moeda nacional; como estamos em câmbios fixos, o banco central terá que intervir em defesa da paridade cambial, comprando moeda nacional em troca de divisas; o que significa que a oferta nominal (e real) de moeda irá reduzir-se, provocando uma deslocação da curva LM para cima, até que (via redução de Y => redução de Q e aumento da BBS; e aumento de i => aumento da B.Fin. não mon.) se chegue a [BP=0]

IS

LM ponto de equilíbrio global com Y à esquerda de Y = 5000.

c) Deverá ser seleccionada uma política orçamental expansionista (por exemplo, tendo como instrumento uma subida dos gastos públicos autónomos,

G

). Esta medida leva ao aumento do produto e da taxa de juro de equilíbrio no MBS e no MM (deslocação da IS para cima); a subida de Y induz um aumento de Q e, logo, uma redução da BBS, mas que é mais que compensado pelo efeito ascendente da subida de i sobre K, até que se chegue a [BP=0]

IS

LM ponto de equilíbrio global com Y à direita de Y = 5000.

(27)

IS: 0,49 ∆Y =

G

-15 ∆i ⇔ ∆Y = 1,2721 ∆

G

(1)

LM: 0 = 0,3 ∆Y – 15 ∆i ∆i = 0,02 ∆Y (2)

Por outro lado, como na situação inicial BP=-200, então o estabelecimento de BP=0 => ∆BP=200. Resulta daqui que:

∆BP = 200 ⇔ ∆X - ∆Q + ∆K = 200 ⇔ -0,18 ∆Y + 50 ∆i = 200 (3) A partir das equações (1) e (2), tiramos:

∆Y = 243,9; ∆i = 4,88; ∆

G

= 192.

Nota: o exercício podia ser resolvido calculando directamente os níveis de equilíbrio global de i’, Y’ e

G

’, fazendo uso de BP’ = 0 e

e

=1/ 5.

d) Num regime de câmbios flexíveis, o ponto E também não será sustentável. Nesse caso, o excesso de oferta de moeda nacional no mercado cambial leva a uma depreciação da moeda nacional (em termos nominais e reais, uma vez que P e Pf estão fixos), determinando uma melhoria da BBS (aumento de X e redução de Q). Daqui resulta, por um lado, uma melhoria da BP (deslocação da BP=0 para baixo) e, por outro, um aumento da despesa planeada e, consequentemente, do produto e da taxa de juro de equilíbrio no MBS e no MM (deslocação da IS para cima). O ajustamento prosseguirá até que (via aumento de i => aumento da B.Fin. não mon., que mais que compensa o aumento de Y => redução da BBS) se chegue a [BP=0]

IS

LM ponto de equilíbrio global com Y à direita de Y = 5000 (mas não tanto como no resultado da alínea c).

3.1. 2º mini-teste 2008/09

1) Multiplicador dos gastos públicos autónomos (∆Y/∆G): variação no rendimento de equilíbrio induzida por um aumento dos gastos públicos autónomos em uma unidade.

=> ∆Y/∆G = 2. 2)a)

(28)

2)b.1) Em variações: IS: ∆Y = – 6 ∆i ∆i = - 5 LM: ∆M/2 = 0,2 ∆Y – 5 ∆i ∆M = 62 => ∆SO = 0,5*∆Y = 15 ∆Y = 30 ∆Y = 30 Mecanismo de transmissão: ∆+M ∆−i ∆+Ls ∆+I ∆+Y ∆+SO 2)b.2)

Por um lado, a utilização da política monetária permite uma melhoria de apenas 15 unidades no SO. Por outro lado, uma política orçamental contraccionista melhoraria o saldo orçamental no valor desejado, mas provocaria uma quebra no produto. Assim sendo, será necessário um policy mix, combinando uma política monetária expansionista com uma política orçamental contraccionista (por exemplo, redução dos gastos públicos).

Em variações:

IS: ∆Y = 2 ∆G – 6∆i ∆i = - 8 LM: ∆M/2 = 0,2 ∆Y – 5 ∆i ∆M = 92

∆Y = 30 ∆Y = 30

(29)

Representação gráfica: Respostas alternativas: ∆t ou ∆r = 0,0087379 => ∆i = -7,4, ∆M = 86; ∆T = 9 ou ∆R = -9 => ∆i = -7,4, ∆M = 86. 3.2. 3º teste 2008/09 1)a)

Equilíbrio no Mercado de Bens e Serviços (MBS): Ocorrendo

∆I

=

134

, vem:

∆Y = 0,8∆Y + ∆Ι – 10 ∆ i – 0,4 ∆Y (1) Equilíbrio no Mercado Monetário e Financeiro (MMF):

Ocorrendo

∆I

=

134

, vem:

0 = 0,7 ∆Y – 100 ∆ i (2) De (1) e (2) resulta:

∆Y = – 200 ∆ i = – 1,4 1)b)

A situação descrita corresponde a uma armadilha de liquidez (LM horizontal) para i = 2.

Face à

∆I

=

134

, (1) vem:

(30)

O impacto do choque negativo no investimento autónomo sobre o produto de equilíbrio é maior na situação de armadilha de liquidez do que no caso da alínea a). Isto porque, em armadilha de liquidez, os agentes económicos têm preferência total por moeda, absorvendo qualquer excesso de liquidez. Na situação da alínea a) o choque negativo no investimento autónomo conduz a um excesso de oferta de moeda face à diminuição do produto e subsequente diminuição da procura de moeda por motivos de transacção, exigindo-se uma redução da taxa de juro para a reposição do equilíbrio. Esta redução atenua a diminuição do produto de equilíbrio via investimento. Na armadilha de liquidez, como a moeda é imediatamente absorvida sem que para tal seja necessário a taxa de juro baixar, o impacto negativo sobre o produto é superior.

!" !## #

2)a)

Objectivo: ∆ (X – Q) = 50

(31)

2)b)

Em câmbios flexíveis, para o mesmo objectivo, ∆ (X – Q) = 50 e para o mesmo instrumento de política:

Resposta alternativa:

∆T = 301,79 => ∆i =– 2, ∆Y = – 285,71, ∆e = – 0,17 3.3. Exame época normal 2008/09

1) Dedução: Y = Ep Y = C + G + I Y = 750 + 0,6*(Y - T) + 50 + 0,2 Y + 300 + 0,4*(50 + 0,2 Y) 0,12Y = 1120 - 0,6 T ∆Y/∆T = - 5. ∆Y = -5*8 = -40. 2)a)

Mercado de bens e serviços:

Y = 5000 > Ep = 4950 (EOBS) Mercado monetário:

M/P = 1400 > L = 1350 (EOM)

Como o mercado financeiro/títulos é simétrico do monetário, temos uma situação de EPT.

2)b)

Objectivo de política:

(32)

Em níveis:

IS: 0,605 Y = 3275 - 25 i i = 7,3962 LM: M/1 = 400 + 0,25 Y - 25 i M = 1491,994 Obj: (Y - 0,21 Y)+300 = 4335 Y = 5107,595 3)a)

Ajustamento em câmbios flexíveis a um choque na taxa de juro internacional:

Um aumento da taxa de juro internacional provoca um défice da Balança de Pagamentos => pressão para a depreciação nominal (e real) da moeda nacional => efectiva depreciação => melhoria da balança corrente => aumento da procura desejada => aumento do produto, em equilíbrio.

Ajustamento em câmbios fixos a um choque na taxa de juro internacional:

Um aumento da taxa de juro internacional provoca um défice da Balança de Pagamentos => pressão para a depreciação nominal (e real) da moeda nacional => o banco central intervém, via redução da massa monetária para evitar a depreciação => EPM => aumento da taxa de juro doméstica => diminuição do investimento => diminuição da procura desejada => diminuição do produto, em equilíbrio.

Resposta: Regime de câmbios flexíveis. 3)b)

A opção mais eficaz será reduzir as transferências autónomas porque o multiplicador associado é inferior; logo, esta opção terá um menor impacto sobre a redução do produto e, consequentemente, sobre os impostos. O saldo orçamental melhorará mais via redução das transferências do que via redução dos gastos públicos.

(33)

Em variações:

IS: 0,705 ∆Y = - 0,5*100 - 25 ∆i – 5 ∆e ∆Y = -70,922

LM: ∆M/1 = 0,25 ∆Y – 25 ∆i ∆M = -17,73 ∆SO = 0,21*(-70,922) + 100 = 85,1064 LIF: ∆i = ∆if = 0 i = 0

∆e = 0 ∆e = 0

3.4. Exame época recurso 2008/09

1) Tendo em conta o gráfico dado, sabemos que uma variação da Despesa Planeada (Ep) de 50 unidades provoca uma variação do produto de 100 unidades. Logo, o multiplicador da procura autónoma é igual a 2.

Sendo o multiplicador em causa igual a 1/(1-a), o declive da função Ep (=a) é igual a 0,5.

2)a)

Para esta economia sabemos que Y = 5150 e que e’ = 10. Logo, e’ = 10 e = (e’. P) / Pf = 20

Podemos ainda determinar o saldo da Balança Financeira não Monetária (K). Fazendo a diferença entre crédito e débito, o saldo desta balança é igual a 103. Logo, sabendo que

K = - 50 + 30i , obtemos i = 5,1. • Contas externas (CExt)

X – Q = 1000 – 5e – 300 – 0.15Y – 5e

Para os valores conhecidos, Y = 5150, e = 20, i = 5,1, vem (X – Q) = – 272,5

Sabemos que K=103. Logo, o saldo económico da Balança de Pagamentos é – 169,5. Podemos concluir que existe uma situação deficitária nas contas com o exterior.

• Mercado de bens e serviços (MBS): Y = 5150 vs Ep = 5150

Logo, verifica-se uma situação de equilíbrio no mercado de bens e serviços • Mercado Monetário (MM):

(34)

Logo, existe equilíbrio no mercado monetário. 2)b)1) Em variações: IS: 0,49 ∆Y = - 15∆i – 282,5 ∆i = - 2,5 LM: ∆M/2 = 0,3∆Y - 15∆i ∆M = - 225 BP=0: - 0,15∆Y + 30∆i = 0 ∆Y = - 500 2)b)2)

Uma vez que não é possível deteriorar o saldo das contas públicas, o programa de política económica a seguir para eliminar os efeitos negativos do choque do investimento autónomo sobre o produto vai consistir na adopção de uma política monetária expansionista, no contexto de um regime de câmbios flexíveis.

Concretizando, o objectivo de política é que, face à variação negativa do investimento autónomo em 282,5 unidades, Y não varie, ou seja, Y = 5150.

Em variações: IS: 0,49 ∆Y = - 15∆i – 282,5 - 10∆e ∆i = - 6,2778 LM: ∆M/2 = 0,3∆Y - 15∆i ∆M = -188,3(3) BP=0: - 0,15∆Y + 30∆i - 10∆e = 0 ∆e = -18,83(3) ∆Y = 0 ∆Y = 0

3.5. Exame época especial 2008/09 1) Dedução: Y = Ep Y = C + G + I Y = 576 + 0,32*(Y - 1050) + G + 0,2 Y + 255 + 0,4*(G + 0,2 Y) 0,4Y = 495 +1.4 G ∆Y/∆G = 3,5 ∆Y = 3,5*2 = 7

(35)

2)b)

Objectivo e instrumento de política: ∆Yd > 0 <= ∆G > 0. Restrição de política: (∆T - ∆G - ∆R) = - 20 (0,21∆Y - ∆G) = - 20. Em variações: IS: ∆Y = 0,5*(∆Y - 0,21 ∆Y) + ∆G - 25 ∆i ∆i = 0,31 LM: 0 = 0,25 ∆Y - 25 ∆i ∆G = 26,5 Restrição: 0,21∆Y - ∆G = - 20 ∆Y = 31 ∆Yd (máximo) = ∆Y- 0,21 ∆Y = 24,5. 3)a)

Ajustamento em câmbios flexíveis a um choque nos gastos públicos:

Um aumento nos gastos públicos provoca um aumento do produto (1) e da taxa de juro doméstica (2) => superavit da Balança de Pagamentos => pressão para a apreciação nominal (e real) da moeda nacional => efectiva apreciação => deterioração da balança corrente => diminuição da procura desejada => redução do produto e da taxa de juro, anulando, sob perfeita mobilidade de capitais, os efeitos (1) e (2) devido ao efeito crowding-out externo total => a política orçamental não tem eficácia em câmbios flexíveis com perfeita mobilidade de capitais.

3)b)

Em variações:

IS: ∆Y = 0,5*(∆Y - 0,21 ∆Y) - 25 ∆i - 3 ∆e - 0,1 ∆Y - 2 ∆e ∆e = 19,1

LM: 0 = 0,25 ∆Y – 25 ∆i ∆Y = - 100

LIF: ∆i = ∆if = - 1 i = - 1

Impactos sobre o produto e a balança corrente: ∆Y = - 100

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