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INSPEÇÃO FORMAL DE GEOLOGIA DE ENGENHARIA DA BARRAGEM, ESTRUTURAS CIVIS ANEXAS E TALUDES

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Academic year: 2021

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I

NSPEÇÃO

F

ORMAL DE

G

EOLOGIA DE

E

NGENHARIA DA

BARRAGEM, ESTRUTURAS CIVIS ANEXAS E TALUDES

UHE ROSAL

CEMIG

GERAÇÃO

E

TRANSMISSÃO

S.A.

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1. OBJETO

Realização de inspeção visual e emissão de relatório técnico com parecer sobre as condições de segurança e comportamento das barragens e estruturas civis anexas da Usina Hidrelétrica de Rosal com enfoque em geologia de engenharia.

2. FINALIDADE

Esta especificação tem por objetivo normalizar os serviços, indicar as normas e processos de trabalho que devem ser observados na execução, apresentando instruções, recomendações, diretrizes e demais exigências.

Cumprir as diretrizes do Plano de Segurança de Barragens da Cemig, que define a execução de Inspeções Formais por especialistas que não pertençam ao quadro de empregados da empresa, em períodos definidos em função da classe da barragem.

3. LOCALIZAÇÃO

O Aproveitamento Hidrelétrico de Rosal localiza-se no rio Itabapoana, divisa dos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, abrangendo áreas dos municípios de Guaçuí e São José do Calçado (ES) e Bom Jesus de Itabapoana (RJ), distante cerca de 430 km de Belo Horizonte. O nome Rosal provém da localidade em que se situa a usina, denominada Rosal, distrito de Bom Jesus de Itabapoana.

O acesso a partir de Belo Horizonte faz-se pela BR 262 até a cidade de Manhuaçu. A partir daí segue-se no sentido Manhumirim / Carangola até o trevo para Espera Feliz. Nesse trevo, faz-se conversão à esquerda, seguindo em direção a Guaçuí. Em Guaçuí, segue-se em direção a São José do Calçado, percorrendo-se 18 km em estrada pavimentada e 12 km em estrada não-pavimentada.

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4. DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS

Inspeções formais são aquelas executadas por equipe multidisciplinar de especialistas, composta conforme os problemas principais apresentados pelas estruturas civis de um dado aproveitamento hidráulico.

Segundo o ICOLD e principais legislações de segurança de barragens internacionais, é recomendável que esta equipe não pertença aos quadros do proprietário da barragem, embora seus integrantes devam ser por eles assessorados, para que se tenha uma opinião independente das condições de segurança estrutural, operacional e hidrológica do empreendimento.

No caso da UHE Rosal, os principais problemas existentes estão associados às estruturas de concreto e à geologia da área do empreendimento e, portanto, a equipe de inspeção será composta por um Geólogo de Engenharia (objeto desta licitação) e um engenheiro estrutural/concreto (fornecido pela CONTRATANTE).

O Geólogo de Engenharia deverá ter conhecimentos abrangendo os principais problemas geológicos envolvendo os empreendimentos hidrelétricos e suas interferências com as estruturas civis, critérios de projeto civil para usinas hidrelétricas, medidas de reabilitação e reparos. Há necessidade de familiarização com o histórico das estruturas e com procedimentos normalmente empregados nas obras usuais de reparo, bem como ter

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4.1 Despesas de Viagem

As despesas de alimentação, hospedagem e transporte para a realização de todas as atividades deverão ser incluídas nesse item. A hospedagem será preferencialmente na Pousada Vovozinho em Guaçuí, ES (diária em 10/08 de R$ 44,00 – Convênio Cemig). O transporte de Belo Horizonte até a usina será de responsabilidade da CONTRATANTE, sem ônus para a CONTRATADA.

Os valores de despesas de viagem deverão ser orçados considerando-se os gastos previstos com refeições, hospedagens, passagens aéreas e táxi, quando necessário.

4.2 Análise da Documentação

Para permitir a avaliação das condições de segurança estrutural e funcional das barragens e demais estruturas de geração associadas e a elaboração de um parecer final sobre a segurança das estruturas, é imprescindível que a CONTRATADA efetue:

• análise da documentação disponível sobre o empreendimento compreendendo os dados de projeto e construção, comparando-os com o atual estado da arte;

• revisão da análise da instrumentação civil instalada, a partir dos gráficos e análise preliminar executada pela AG/SB;

• estudo dos registros existentes e do histórico das intervenções havidas durante o período de operação.

Assim, anteriormente à inspeção no campo, será realizada uma reunião com a CONTRATANTE na usina de Rosal para análise da documentação disponível sobre o empreendimento compreendendo os dados de projeto e construção e comparando-os com o atual estado da arte e também para estudo dos registros existentes e do histórico das intervenções havidas durante o período de operação.

A CONTRATANTE fará uma apresentação sucinta sobre o empreendimento e os principais aspectos a serem observados na realização das atividades objeto dessa especificação. Os documentos referentes à usina estarão disponíveis no local para consulta.

4.3 Realização da Inspeção em Campo

A inspeção de campo deverá englobar todos os aspectos da geologia local, comportamento das estruturas geológicas e dos taludes adjacentes às estruturas, bem como dos taludes de acesso à chaminé de equilíbrio.

A inspeção formal foi programada conforme tabela a seguir. Ressalta-se que as datas previamente agendadas podem ser adiantadas ou adiadas, de acordo com a necessidade da CONTRATADA, desde que aprovado pela CONTRATANTE, mas de forma a realizar a inspeção antes do período chuvoso.

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DIA 13-10-2008 07-10-2008 08-10-2008 09-10-2008 10-10-2008 MANHÃ Análise da documentação na usina Elaboração do Parecer Técnico Viagem para UHE Rosal (Saída às 9:00 da Cemig) TARDE Análise da documentação na pousada Inspeção no Edifício de Controle e Casa de Força Inspeção na barragem, vertedouro, tomada de água e chaminé de

equilíbrio Elaboração do Parecer Técnico

Retorno a Belo Horizonte

A seguir são apresentados uma descrição sucinta do empreendimento, o arranjo geral e informações básicas sobre as estruturas civis a serem inspecionadas bem como as respectivas fotos dos locais.

O empreendimento

A UHE Rosal compõe-se de uma barragem de concreto gravidade em compactado a rolo (CCR) com vertedouro de crista livre no vão central. A adução das vazões é realizada por um túnel de 4,69 km de extensão, escorado em rocha, indo desde a tomada de água (margem esquerda do reservatório) até a casa de força, a jusante do trecho encachoeirado. A casa de força abriga dois grupos geradores com potência nominal instalada de 55 MW.

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A área está inserida em terrenos Pré-Cambrianos, pertencentes à Associação Paraíba do Sul. Nessa Associação são separadas quatro unidades, de acordo com a predominância de uma litologia particular, quais sejam: Complexo gnáissico-migatatítico, Complexo

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charnockítico, gnaisses graníticos ou granitóides e quartzitos. Pode-se destacar, ainda, outra unidade constituída pelos sedimentos aluviais recentes.

Na área da UHE Rosal, o relevo moderadamente acidentado, com altitudes entre 400 e 950 m, é suportado por rochas charnockíticas e gnáissicas. Predominam morros de forma arredondada, com topos abaulados, com um manto de intemperismo pouco a bem desenvolvido. As vertentes apresentam perfis convexos com declividade alcançando 35º em alguns trechos. As amplitudes são em torno de 150 m. A Serra dos Aguiares se destaca como acidente geográfico, com 946 m de altitude, ao longo do qual se desenvolve grande parte do túnel de adução. No local indicado para implantação da barragem, o vale se apresenta retilíneo e relativamente apertado. A jusante do barramento, o rio desenvolve uma grande curva com acentuada declividade, formando um extenso trecho encachoeirado, até as imediações do local da casa de força.

Vista aérea na região da barragem.

Barragem de Concreto

Tipo gravidade, em concreto compactado a rolo (CCR) Comprimento da crista 212,50 m (incluindo o vertedouro)

Altura máxima 36 m

Início / término de construção 1998 - 1999

O sistema de instrumentação no corpo do barramento é constituído por:

• 17 piezômetros de fundação

• 5 extensômetros de fundação

• 4 medidores triortogonais de juntas no concreto

• 8 marcos topográficos na crista da barragem

• 4 coletores de água (com medição de vazão)

Além disso, foram instalados nas ombreiras da barragem:

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• 42 drenos horizontais profundos (DHPs) (com medição de vazão) na ombreira esquerda.

Vista da barragem a partir da ombreira esquerda. Extravasores

O sistema extravasor faz parte da estrutura de barramento, construída em concreto compactado com rolo, consistindo em vertedouro em degraus, com cerca de 60 m de largura, com direção de escoamento coincidente com a calha original do rio.

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Sistema de Adução

A adução das vazões é efetuada a partir da tomada de água, através de túnel adutor, com pouco menos de 4,7 km de extensão, até o túnel de pressão. O sistema dispõe, ainda, de chaminé de equilíbrio e túneis intermediário e auxiliar. O trecho final do túnel, com cerca de 170,0 m de extensão, é blindado e, após transição, também blindada, bifurca-se, para chegar à Casa de Força

Tomada de água na margem esquerda do reservatório.

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Casa de Força e Edifício de Controle

A Casa de Força abriga duas turbinas (Francis), em bloco único, com 23,65 m de largura; anexa a ela e fazendo parte do mesmo arranjo estrutural encontra-se a Área de Montagem, perfazendo conjunto com 32,80 m de comprimento.

O Edifício de Controle, contíguo à Área de Montagem, a montante, concentra, basicamente, a sala de baterias no pavimento inferior e as salas de comando e de chefia no pavimento superior. Os transformadores principais, contíguos ao Edifício de Controle, situam-se a montante do corpo da Área de Montagem.

Vista da casa de força e edifício de controle.

4.4 Elaboração do relatório de avaliação do comportamento das estruturas civis

Ao final da Inspeção Formal deverá ser emitido um relatório contendo todas as conclusões das análises e um Parecer Técnico sobre o comportamento das estruturas civis da barragem e obras anexas e sua segurança estrutural e funcional. Este relatório deverá abranger, no mínimo, os seguintes tópicos:

• análise das condições de segurança das estruturas (fundações e taludes na área do empreendimento), apreciação sobre áreas especiais de interesse, bem como as soluções conceituais para garantir a segurança e funcionalidade das estruturas assim como a ordem de grandeza do custo dessas soluções;

• descrição dos eventuais estudos e obras necessárias para o bom desempenho e manutenção das condições de segurança das estruturas, em forma de diretrizes, para possibilitar que a CONTRATANTE elabore as especificações técnicas visando à contratação dos serviços ou reparos recomendados;

• análise do estudo geológico-geotécnico existente sobre os taludes das ombreiras direita e esquerda da barragem;

• reavaliação da instrumentação civil instalada nos taludes das ombreiras (medidores de nível d’água e drenos sub-horizontais DHPs);

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• laudo conclusivo sobre as condições de segurança das estruturas.

Para o desenvolvimento dessas atividades deverão ser considerados os dias previstos na tabela do item 4.3.

4.5 Entrega do relatório de avaliação do comportamento das estruturas civis

O relatório deverá ser entregue em meio digital em arquivo do Word, em até 15 dias corridos da data de realização da inspeção. Caso haja croquis anexos, estes deverão ser elaborados em software tipo CAD.

Deverá ser previsto um dia de trabalho para finalização do relatório e entrega para a equipe de Segurança de Barragens da Cemig.

5. CONDIÇÕES GERAIS PARA EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS 5.1 Saúde e Segurança no trabalho

Antes do início das atividades, deverá ser realizada uma Reunião de Integração e

Segurança na usina entre um representante da CONTRATANTE e a CONTRATADA. A

Reunião visa conhecimento das normas internas e de segurança do trabalho da instalação.

A Análise de Risco deverá ser feita com a participação de todos os envolvidos, antes do início do serviço e durante a execução do mesmo. A Análise de Risco dever ser assinada pela CONTRATADA e atualizada sempre que necessário, permanecendo disponível para consulta a qualquer momento.

5.2 Equipe

A inspeção deverá ser realizada por geólogo de engenharia com experiência em inspeção e análise de barragens e estruturas civis de usinas hidrelétricas.

O serviço deverá ser registrado no CREA. 5.3 Fornecimento pela CONTRATANTE

A CONTRATANTE realizará o transporte de Belo Horizonte até a Usina Hidrelétrica de Rosal e da pousada em Guaçuí até a usina.

5.4 Normas e Regulamentações Aplicáveis

Durante a execução dos serviços descritos nesta especificação a CONTRATADA deverá atender todas as normas técnicas e regulamentadoras, além de toda a legislação pertinente referente à atividade a ser executada.

A CONTRATADA deverá obedecer e atender a todos os requisitos necessários do Sistema Integrado de Gestão (Qualidade, Saúde e Segurança) da CONTRATANTE.

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6. QUANTITATIVOS, CUSTOS E PRAZOS

O prazo de execução do serviço será contado a partir da data fixada na Autorização de Início de Serviço. A Reunião de Integração e Segurança em campo deverá ser realizada nesta data, preferencialmente.

Deverá ser apresentada proposta com preço global para a execução dos serviços.

Composição de Custos

A CONTRATANTE não pagará nenhum outro valor além do preço contratado, cabendo à PROPONENTE considerar todos os custos diretos e indiretos, necessários à completa e perfeita realização dos serviços objeto desta licitação, tais como: despesas com mão-de-obra, encargos de natureza trabalhista, previdenciária, fiscal, alimentação, hospedagem, transporte, materiais, equipamentos, frete, seguros, tributos e contribuições parafiscais assim como lucro, razão pela qual não serão considerados pleitos de acréscimos após a abertura da proposta.

7. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA

Especificação Técnica Anexos

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Referências

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