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CONFISSÕES RELIGIOSAS 1. Refugiados (internos)*: * Refugiados estrangeiros a viver neste país. ** Cidadãos deste país a viver no estrangeiro.

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Academic year: 2021

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MACEDÓNIA

CONFISSÕES RELIGIOSAS1 Cristãos (59,3%) - Ortodoxos (58,7%) - Protestantes (0,6%) Muçulmanos (39,3%) Sem Religião (1,4%) População2: 2.106.000 Superfície3: 25.700 km2 Refugiados (internos)*: - Refugiados (externos)**: - Deslocados: -

* Refugiados estrangeiros a viver neste país. ** Cidadãos deste país a viver no estrangeiro.

A Macedónia situa-se no centro-sul da península dos Balcãs. A capital é Skopje. O país tem um número substancial de grupos étnicos diferentes: Macedónios (64,2%), Albaneses (25,2%), Turcos (3,9%), Ciganos (2,7%), Sérvios (1,8%) e outros (2,2%). Faz fronteira com a Albânia, Bulgária, Grécia, Kosovo e Sérvia. Há uma correlação geral entre etnia e filiação religiosa. A maior parte dos crentes ortodoxos são etnicamente macedónios. A maior parte dos crentes muçulmanos são etnicamente albaneses. Os outros grupos religiosos incluem católicos, várias denominações protestantes e judeus.

A liberdade religiosa na lei e na prática é geralmente respeitada na Macedónia. Os procedimentos de registo para as organizações religiosas melhoraram. Foi registado outro grupo religioso, a Comunidade Ehlibejtska Bektashi da Macedónia (Kicevo), segundo a Lei do Estatuto Legal das Igrejas, Comunidades Religiosas e Grupos Religiosos, o que eleva o

1 www.globalreligiousfutures.org/countries/republic-of-Macedónia 2

http://databank.worldbank.org

3 http://data.worldbank.org/indicator/AG.SRF.TOTL.K2

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número total de registos para trinta. Foram rejeitados cinco pedidos de registo. A comunidade Bektashi de Tetovo permanece como não registada. Esta comunidade apresentou uma acção judicial no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos relacionada com as restituições de propriedades. O Arcebispado Ortodoxo Grego do Patriarcado de Pec (Arcebispado Ortodoxo de Ohrid), a Igreja da Unidade Ortodoxa, a Igreja dos Cristãos Ortodoxos Verdadeiros e a Comunidade Monástica Verdadeira foram rejeitados. A Igreja Ortodoxa Macedónia dominante mantém-se como o único grupo ortodoxo que está registado.

A restituição das propriedades religiosas4 expropriadas pela antiga Jugoslávia ainda não está totalmente resolvida na Macedónia.

A Igreja Ortodoxa Macedónia proibiu o seu clero de usar o Facebook para se proteger contra abusos e conversas íntimas com jovens. A decisão foi tomada em Outubro de 2013 após uma queixa de um bispo.

A 12 de Dezembro de 2011, o antigo sacerdote ortodoxo macedónio Jovan Vraniskovski foi encarcerado5 na prisão de Idrizovo, perto de Skopje. Foi condenado a três anos de prisão por ter desviado 250 mil euros da Igreja Ortodoxa Macedónia. Este sacerdote tinha formado a Arquidiocese Ortodoxa de Ohrid, paralela e não registada, que era apoiada pela Igreja Ortodoxa Sérvia.

A Igreja Ortodoxa Macedónia tem dez eparquias (sete na Macedónia e três no estrangeiro), dez bispos e cerca de 350 sacerdotes. Tem cerca de 1.200 igrejas. Os bispos constituem o Sínodo Sagrado dos Bispos, encabeçado pelo Arcebispo de Ohrid e da Macedónia. Fora da Macedónia, a Igreja tem um milhão de crentes sob a sua jurisdição.

A Comunidade Islâmica da Macedónia acusou o clérigo Ramadan Ramadani de propagar o Islamismo radical através dos seus sermões na mesquita de Isa Beg e suspendeu-o. Em Julho de 2012, a Comunidade Islâmica anunciou que «wahabitas radicais» controlavam quatro mesquitas em Skopje.6 Pediram ao Governo e a todos os diplomatas estrangeiros na Macedónia que tomassem medidas contra estas estruturas radicais. O clérigo Ramadani negou quaisquer ligações com grupos islâmicos radicais.

4 http://m.state.gov/md27852.htm 5

www.balkaninsight.com/en/article/Macedónia-arrests-renegade-priest-vraniskovski

6 http://almanac.afpc.org/Macedónia and www.state.gov/documents/organization/171707.pdf

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A reconstrução da mesquita de Prilep, que foi destruída durante o conflito de 2001, e a construção da mesquita na aldeia Bitola de Lazhec, não tiveram início como esperado devido a questões de propriedade não resolvidas.

Não houve desenvolvimentos na acção judicial apresentada pelos bektashi em 2004 contra a Comunidade Islâmica pela apreensão em 2002 de parte do recinto de Tetovo pelos seus membros armados. A Comunidade Islâmica da Macedónia continuou a ocupar a área.

Os Muçulmanos na Macedónia constituem, grosso modo, um terço da população total do país. As maiorias muçulmanas estão nas regiões noroeste e ocidental do país. Uma grande maioria dos Muçulmanos são de etnia albanesa. Os muçulmanos macedónios são em grande parte descendentes dos eslavos cristãos ortodoxos que se converteram ao Islamismo durante os séculos em que o Império Otomano dominava sobre os Balcãs. Mais de 300 mesquitas foram construídas na última década na Macedónia, das quais só oitenta e oito estão entre Skopje e Tetovo, a principal cidade de maioria étnica albanesa, a noroeste da Macedónia.

A Igreja Católica na Macedónia7 é muito pequena, mas ao mesmo tempo é muito dinâmica. A Igreja tem 20 mil fiéis. Estes são constituídos por 15 mil católicos do rito oriental e 5.000 católicos do rito latino, que é menos de 1% da população total da Macedónia. Existe um total de treze igrejas católicas, cinco das quais pertencem à tradição do rito oriental e oito à tradição do rito latino. Situam-se sobretudo no sudeste da Macedónia, dentro e à volta das cidades de Strumica e Gevgelija. As comunidades de jesuítas e lazaristas são também activas na Macedónia. Os Católicos na Macedónia não são homogéneos em termos étnicos. Os de etnia macedónia são sobretudo uniatas. Têm as suas fidelidades com a nação e o Estado macedónio. A maior parte dos católicos do rito latino são albaneses que se mudaram de Prizren no Kosovo para a capital macedónia durante os últimos 100 anos. A Igreja Católica na Macedónia goza de boas relações com as outras duas principais religiões no país: Igreja Ortodoxa e Islamismo.

As pequenas comunidades e grupos religiosos na República da Macedónia têm cerca de 3.000 crentes. A maior parte pertence a Igrejas protestantes, enquanto um número mais pequeno segue as Religiões Islâmica e Hindu. Com excepção da Igreja Metodista Evangélica, que existe há mais de 100 anos, outras pequenas comunidades religiosas têm origem recente. Em relação às comunidades religiosas islâmicas, para além da Comunidade Islâmica da República da Macedónia, a maior é a comunidade religiosa de Taricate – os Dervishi. O número de crentes da Comunidade Islâmica Bectashe é de cerca de cinquenta e a sua sede é em Tetovo.

7 www.zenit.org/en/articles/discovering-the-catholic-church-in-Macedónia

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No período de 1945-1991, a religião na Macedónia, bem como nas outras repúblicas da Jugoslávia, foi formalmente autorizada até certo ponto, mas esteve sempre sob controlo do Estado. A queda do Muro de Berlim em 1989 e o colapso da União Soviética em 1991 abriu a Europa Oriental e Central, e os Balcãs ao mundo. O caminho para a independência em relação à antiga Jusgoslávia seguiu vários anos difíceis de guerra para a maior parte dos países, mas a Macedónia foi uma excepção.

Depois da independência da Macedónia em relação à Jugoslávia em 1991 e das primeiras eleições democráticas, as comunidades religiosas ganharam total liberdade. De acordo com o Artigo 19 da nova Constituição da República da Macedónia, a liberdade de crença religiosa é garantida.

A Constituição afirma que a Igreja Ortodoxa Macedónia e outras comunidades religiosas são separadas do Estado e são iguais perante a lei.

A história da Macedónia ao longo dos séculos tem sido frequentemente violenta. Contudo, o século XX foi um dos mais violentos. Os Cristãos sob o Império Otomano islâmico sofreram focos de perseguições graves. Em 1454, todos os Cristãos ortodoxos foram colocados sob a jurisdição do Patriarcado de Constantinopla por ordem do sultão e mais tarde a Igreja Ortodoxa Macedónia independente, o Arcebispado de Ohrid, foi suprimida.

Com o crescimento do nacionalismo no século XIX, a Grécia e a Sérvia conseguiram a independência do domínio turco. A Igreja Ortodoxa Grega, num esforço para afirmar a sua autoridade perante as sublevações e o crescente sentimento nacional macedónio, começou a introduzir o grego na liturgia e no sistema de ensino, causando frustração no seio da Igreja Macedónia local.

Os líderes da Igreja Macedónia recorreram ao Papa, procurando manter a liturgia na língua dos seus antepassados. O Papa Pio IX aceitou o seu pedido e permitiu que eles mantivessem as suas celebrações litúrgicas tradicionais, com a condição de reconhecerem o Papa como chefe da Igreja. Com isto, em 1859, a Igreja Católica Macedónia do rito oriental entrou em total comunhão com Roma. Nos anos que se seguiram, a Igreja viveu um crescimento substancial: foram criadas duas dioceses, tinha o seu próprio seminário e a sua primeira congregação religiosa feminina e, no final do século, os fiéis eram mais de 70 mil.

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Hoje em dia, a Macedónia enfrenta novos desafios, como por exemplo uma elevada taxa de desemprego e o constante bloqueio da Grécia8 desde 1995 em resultado de um desacordo sobre o seu nome constitucional. A disputa com a Grécia sobre o nome continuou a protelar o progresso do país para aderir à NATO e à UE. A Grécia opõe-se ao uso do nome ‘Macedónia’ porque tem uma província com o mesmo nome. A Grécia tem forçado a Macedónia a adoptar o nome ‘Antiga República Jugoslava da Macedónia’.

Em 2001, forças de segurança da Macedónia estiveram envolvidas num curto conflito armado com rebeldes albaneses. O conflito terminou nesse mesmo ano com a assinatura de um acordo de paz que deu maiores direitos aos Albaneses.

8 www.setimes.com/cocoon/setimes/xhtml/en_GB/features/setimes/features/2013/04/19/feature-01

Referências

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