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Visualização de Recursos, Contra-Razões e Decisões

CONTRA RAZÃO :

ILMO. SENHOR PREGOEIRO DO MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC

Pregão Eletrônico nº 40/2011 – MDIC

ENGESOFTWARE TECNOLOGIA S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº 00.681.946/0001-60, com sede no Setor Complementar de Indústria e Abastecimento, Quadra 13, Conjunto 4, Lotes 1 e 2, CEP 71.250-200, Brasília – DF, vem, respeitosamente, por intermédio de seu representante legal, com respaldo no artigo 26 do Decreto nº 5.450/2005, apresentar CONTRARRAZÕES AO RECURSO apresentado contra a decisão que desclassificou a recorrente CONNECTCOM TELEINFORMÁTICA COMÉRCIO E SERVIÇOS LTDA., realçando os fundamentos determinantes da manutenção da decisão recorrida.

I – EXPOSIÇÃO PREAMBULAR

Trata-se de recurso veiculado com o propósito de reformar decisão que habilitou a proposta apresentada pela Engesoftware, ora recorrida, declarando-a aceita.

Segundo as razões recursais, “a proposta de preços e a Planilha de Formação de Custos e Formação de Preços apresentada pela recorrida, contém vícios que ferem de morte os requisitos mínimos e necessários para a execução dos serviços”.

Aduz, para tanto, a Recorrente que a proposta da Recorrida estaria em desalinho e lista os subitens 13.1.1; 13.1.2; 13.1.3 e 13.1.4, relacionados em seu recurso.

Acontece que a Recorrente parece desconhecer que “o critério de julgamento será por VALOR GLOBAL PARA 12 MESES”, conforme estampado no subitem 7.13.1 do Ato Convocatório, razão por que a própria licitante deverá responsabilizar-se pela composição e pelo valor de sua proposta.

Ressalvando a hipótese de ausência de item com previsão obrigatória decorrente de lei, a desclassificação somente se opera quando demonstrada de forma inequívoca - já que a inexequibilidade não se presume - a insuficiência do preço total, o que não se verifica no caso em apreço, pois a proposta observou rigorosamente os ditames da Convenção Coletiva de Trabalho 2011/2012 do Distrito Federal, que deverá servir de parâmetro para o certame e não a Convenção Coletiva de Trabalho de São Paulo, como entendeu equivocadamente a Recorrente. A Convenção Coletiva de Trabalho deve atender ao local de prestação dos serviços.

Portanto, tal como restará demonstrado, não há qualquer reparo a ser feito na decisão recorrida, a qual deverá ser mantida à luz dos argumentos a seguir aduzidos.

I – RAZÕES DE IMPROVIMENTO DO RECURSO – PROPOSTA EM CONSONÂNCIA TANTO COM O EDITAL COMO COM OS DITAMES LEGAIS – EXEQUIBILIDADE MANIFESTA DA PROPOSTA.

Insurge-se a Recorrente contra a decisão que, motivadamente, classificou a proposta da Recorrida. Alega que a proposta “contém vícios que ferem de morte os requisitos mínimos e necessários para a execução dos serviços”. Sem razão, todavia, a Recorrente.

Estabelece o subitem 7.13.1 do Ato Convocatório que “o critério de julgamento será por VALOR GLOBAL PARA 12 MESES”.

Portanto, a primeira inequívoca conclusão é a de que o critério de julgamento é o menor preço global, ou seja, a proposta será validada se o preço global for exequível.

E formação do preço global, com a previsão dos custos, fica ao talante da licitante, conforme se extrai da seguinte passagem inserida no Termo de Referência, in verbis:

“3. DESCRIÇÃO DA SOLUÇÃO DE TI

Os serviços contemplam atividades programadas previamente ou sob demanda, em conformidade com as necessidades do MDIC ao longo da contratação. Caberá a CONTRATADA dimensionar a estrutura necessária com vistas a atender as necessidades do MDIC, tendo como base as características, a especificidade dos serviços, as atividades a serem executadas, o perfil da equipe e a qualificação necessária dos

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profissionais.” (grifou-se)

Essa constatação fica ainda mais clara se cotejados os demais comandos editalícios que tratam desse particular. Confira-se:

“16. QUALIFICAÇÃO TÉCNICA (Termo de referência) 16.1. Requisitos de capacitação e experiência

Para prestação dos serviços com qualidade e dentro dos níveis de serviços, a CONTRATADA deverá utilizar profissionais com a qualificação mínima exigida, onde tal qualificação será exigida desde o início da prestação dos serviços. Cabe exclusivamente a CONTRATADA estruturar sua equipe de trabalho na dimensão que atenda todas as condições estabelecidas para a prestação do serviço. Os perfis profissionais exigidos em algumas atividades poderão sofrer alterações ao longo da execução do contrato atendendo às possíveis alterações tecnológicas.

Anexo IA

3 RECURSOS HUMANOS ESTIMADOS PARA A REALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS

3.1 Com o objetivo de prestar todas as informações necessárias para que as licitantes elaborem propostas adequadas à prestação de serviço, garantindo a isonomia e competitividade ao certame, o MDIC informa que atualmente a necessidade para a realização das atividades que compõem esses serviços é de 22 profissionais ou 46.464 horas/ano. Para tal deverão ser utilizados profissionais com a qualificação mínima conforme descrito no item 5 Competências Necessárias.

3.2 Em nenhuma hipótese, os números aqui registrados podem ser confundidos com os quantitativos que o MDIC entende como adequados, em razão do objeto da contratação estabelecer a modalidade de serviço e não a de alocação de posto de trabalho.

3.3 Cabe, portanto, única e exclusivamente a CONTRATADA estruturar sua equipe de trabalho na dimensão que atenda as condições estabelecidas para a prestação do serviço.

Anexo IB

3 RECURSOS HUMANOS ESTIMADOS PARA A REALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS

3.1 Com o objetivo de prestar todas as informações necessárias para que as licitantes elaborem propostas adequadas à prestação de serviço, garantindo a isonomia e competitividade ao certame, o MDIC informa que atualmente a necessidade para a realização das atividades que compõem esses serviços é de 20 profissionais ou 42.240 horas/ano. Para tal deverão ser utilizados profissionais com a qualificação mínima conforme descrito no item 5 Competências Necessárias.

3.2 Em nenhuma hipótese, os números aqui registrados podem ser confundidos com os quantitativos que o MDIC entende como adequados, em razão do objeto da contratação estabelecer a modalidade de serviço e não a de alocação de posto de trabalho.

3.3 Cabe, portanto, única e exclusivamente a CONTRATADA estruturar sua equipe de trabalho na dimensão que atenda as condições estabelecidas para a prestação do serviço.

Anexo IC

3 RECURSOS HUMANOS ESTIMADOS PARA A REALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS

3.1 Com o objetivo de prestar todas as informações necessárias para que as licitantes elaborem propostas adequadas à prestação de serviço, garantindo a isonomia e competitividade ao certame, o MDIC informa que atualmente a necessidade para a realização das atividades que compõem esses serviços é de 05 profissionais ou 10.560 horas/ano. Para tal deverão ser utilizados profissionais com a qualificação mínima conforme descrito no item 5 Competências Necessárias.

3.2 Em nenhuma hipótese, os números aqui registrados podem ser confundidos com os quantitativos que o MDIC entende como adequados, em razão do objeto da contratação estabelecer a modalidade de serviço e não a de alocação de posto de trabalho.

3.3 Cabe, portanto, única e exclusivamente a CONTRATADA estruturar sua equipe de trabalho na dimensão que atenda as condições estabelecidas para a prestação do serviço.

Anexo ID

3 RECURSOS HUMANOS ESTIMADOS PARA A REALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS

3.1 Com o objetivo de prestar todas as informações necessárias para que as licitantes elaborem propostas adequadas à prestação de serviço, garantindo a isonomia e competitividade ao certame, o MDIC informa que atualmente a necessidade para a realização das atividades que compõem esses serviços é de 22 profissionais ou 46.464 horas/ano. Para tal deverão ser utilizados profissionais com a qualificação mínima conforme descrito no item 5 Competências Necessárias.

3.2 Em nenhuma hipótese, os números aqui registrados podem ser confundidos com os quantitativos que o MDIC entende como adequados, em razão do objeto da contratação estabelecer a modalidade de serviço e não a de alocação de posto de trabalho.

3.3 Cabe, portanto, única e exclusivamente a CONTRATADA estruturar sua equipe de trabalho na dimensão que atenda as condições estabelecidas para a prestação do serviço. (grifou-se)

A interpretação sistemática dos aludidos dispositivos editalícios conduz à inafastável conclusão de que a licitante deverá responsabilizar-se pela composição e pelo valor de sua proposta.

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(Planilha de Preços), perfazendo o valor total global dos serviços.

Trata-se de certame cujo preço analisado é “o valor global para 12 meses”, razão por que a desclassificação somente se operaria caso fosse demonstrada matematicamente a insuficiência do preço total, o que não se viu nas razões recursais. Esse entendimento restou consignado no Acórdão 351/2008 – Plenário, no bojo do qual o e. Tribunal de Contas da União assim se manifestou, ad litteram:

“A desclassificação por inexequibilidade apenas pode ser admitida como exceção, em hipóteses muito restritas, tendo em vista a impossibilidade de eliminação de propostas vantajosas para o interesse público. Nesse sentido, Marçal Justen Filho leciona que “a questão da proposta inexeqüível apenas adquire relevância jurídica quando colocar em risco o interesse público. Vale dizer, se uma proposta de valor irrisório for plenamente executável por um particular, não estará em jogo o interesse público. A proposta não deverá ser excluída do certame”. [...]

No que se refere à alegação do DNIT, de que as falhas contidas na proposta de preço da Representante poderiam conduzir à prática de “jogos de planilhas”, com ocorrência de prejuízo ao Erário, entendo que esse argumento também não procede, haja vista que há mecanismos no próprio edital da licitação, conforme anotado na instrução da Unidade Técnica, capazes de inibir qualquer tentativa no sentido de majoração indevida do valor global do contrato.

O que não se deve permitir é que receios dessa natureza - infundados, diga-se de passagem -, conduzam à contratação da proposta mais desvantajosa para a Administração.

Em relação à alegação da empresa Paviservice de que alguns itens da planilha de preços da Representante são inexeqüíveis, ela não procede pelas seguintes razões:

a) ausência de indicativos de que os preços global ou unitários indicados na planilha de preços da empresa CCM - Construtora Centro Minas Ltda. são simbólicos, irrisórios ou de valor zero, os quais, portanto, não contrariam o que dispõe o art. 44, § 3º, da Lei nº 8.666/1993;

b) não houve a comprovação pela empresa Paviservice de que o preço global ofertado pela CCM - Construtora Centro Minas Ltda. é inexeqüível, razão pela qual não se deve aplicar o disposto no art. 48, inciso II, da Lei nº 8.666/1993.

9. Nesse contexto, acolho a proposta da Unidade Técnica para determinar ao DNIT que adote providências no sentido de tornar sem efeito as desclassificações das empresas CCM - Construtora Centro Minas Ltda., Delta Construções Ltda. e Construtora G&F Ltda., ocorridas pelo mesmo motivo no âmbito da Concorrência Pública nº 639/2006-00, da Concorrência Pública nº 639/2006-00, e anule todos os atos do procedimento licitatório adotados a partir dessas desclassificações.” (grifou-se)

E nem se cogite sobre eventual ausência de item com previsão obrigatória decorrente de lei, pois a proposta observou rigorosamente os ditames da Convenção Coletiva de Trabalho 2011/2012 do Distrito Federal, que deverá servir de parâmetro para o certame.

Nesse sentido, inclusive, já se posicionou o e. TRF 1ª Região. Confira-se:

EMENTA: “DESCLASSIFICAÇÃO DE PROPOSTA. ALEGAÇÃO DE PREÇO EM DESACORDO COM O MERCADO. PISO SALARIAL ESTABELECIDO EM CONVENÇÃO FIRMADA PELO SINDICATO DA IMPETRANTE. PROPOSTA EM CONFORMIDADE COM O EDITAL. MENOR PREÇO OFERTADO. DIREITO À ADJUDICAÇÃO. SEGURANÇA DEFERIDA. SENTENÇA MANTIDA. REMESSA OFICIAL NÃO PROVIDA.

[...] 4. A proposta da impetrante, em que não se adotaram termos de convenção coletiva invocada pelas demais licitantes, foi desclassificada pela Comissão de Licitação ao fundamento de que "em desacordo com o mercado".

5. A impetrante é filiada ao sindicato de empregadores do ramo hoteleiro e similares e, por isso, legitimamente, adotou na formulação de seus preços de mão-de-obra os termos da convenção coletiva firmada por aquele sindicato.

6. No edital da concorrência permitiu-se a participação de qualquer empresa que, em suma, atendesse às exigências do regulamento, não se definindo segmento mercadológico ou ramo de atuação ou nível de especialização.

7. No espelho da planilha de custos não se vinculou piso salarial a qualquer convenção coletiva de trabalho. 8. À luz do edital, não se vislumbra vantagem indevida obtida pela impetrante.

9. A proposta da impetrante está de acordo com o edital e apresentou o menor preço, devendo a ela ser adjudicado o objeto da licitação, nos termos da Lei n. 8.666/93, art. 45, inciso I.

10. Remessa oficial a que nega provimento.”

(TRF 1ª Região. AGAMS 2003.34.00.040508-0. Relator Des. Federal João Batista Moreira. 5ª Turma. DJ de 05/10/2007)

Estando, portanto, o preço global compatível com o praticado no mercado e não havendo ausência de previsão de item legal, que gera responsabilidade ao contratante, eventual falha no preenchimento de um detalhamento do Preço Global não tem o condão de tornar a proposta imprestável, recebendo tratamento de erro formal não relevante.

Essa é a orientação consignada no escólio de Marçal Justen Filho, segundo o qual “A desclassificação da proposta por irrisoriedade de preço depende da evidenciação da inviabilidade de sua execução, tendo em vista a compatibilidade entre os custos reconhecidos pelo licitante e aqueles praticados no mercado. Também deverá ser examinado se o coeficiente de produtividade previsto na proposta (ainda que implicitamente) é adequado aos termos previstos para a execução do contrato”.

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Igualmente o e. TCU no bojo da Decisão nº 577/2001 (Rel. Min. Iram Saraiva) firmou entendimento no mesmo sentido do i. doutrinador. Naquela oportunidade, o Tribunal assentou que as planilhas destinavam-se a eliminar dúvidas, em casos de controvérsia, razão pela qual somente destinavam-se o erro tivesdestinavam-se ocorrido na previsão do salário legalmente previsto e expresso no edital, o vício contaminaria a proposta, levando à desclassificação.

Caso o vício elevasse o valor ofertado, o licitante teria uma proposta menos competitiva. Se o erro acarretasse a redução do valor, o licitante teria de arcar com as consequências, naturalmente.

O e. TRF da 1ª Região também já se manifestou nesse sentido. Confira-se:

EMENTA: “ADMINISTRATIVO. LICITAÇÃO. PREGÃO. MENOR PREÇO. ORDEM DE CLASSIFICAÇÃO ASSIM BASEADA. ARGÜIÇÃO DE PROPOSTA INEXEQÜÍVEL. DESCABIMENTO. VALIDADE DO CERTAME.

1. Estabelecendo o edital que a licitação seria na modalidade pregão, tipo menor preço global, está a Administração adstrita a tal padrão, devendo manter a ordem de classificação assim apurada.

2. A mera alegação unilateral da impetrante de descumprimento do edital ou de proposta inexeqüível, por parte da empresa vencedora, não é suficiente a desfazer a adjudicação e a contratação firmada, eis que indispensável prova técnica a tanto, não efetivada na espécie.

3. Segurança conhecida, mas denegada.”

(TRF da 1ª Região. MS nº 2002.01.00.039301-0/BA. Relator Desembargador Federal Joao Batista Moreira. DJ de 02/06/2003, p. 35 – grifou-se)

Ora, a Engesoftware possui total responsabilidade pela proposta oferecida, comprometendo-se a cumpri-la, de modo a executar o contrato com a excelência que caracteriza seus serviços.

Por fim, cabe ainda uma curta explanação acerca da Instrução Normativa nº 2 da SLTI do Ministério do Planejamento, já alterada pela IN nº 3, cujo conteúdo se reveste de um importante norte para o certame, conforme previsto na seguinte passagem:

“6. MODELO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO

Considerando que o item I, do art. 20 da IN nº 02 da SLTI, de 30 de abril de 2008, veda à Administração fixar o quantitativo de mão-de-obra a ser utilizada na prestação de serviço, a CONTRATADA deverá observar os níveis de serviço exigidos e de acordo com sua experiência verificar quantos profissionais deverá alocar para executar os serviços, considerando que a Administração não está contratando postos de trabalho, conforme preceitua o art. 15 da IN nº 04, de 12 de novembro de 2010.” (grifou-se)

No que toca a eventuais erros em planilha de preços, prevê a aludida norma, em seu art. 29, que: “Art. 29. Serão desclassificadas as propostas que:

(...)

§ 2º A inexeqüibilidade dos valores referentes a itens isolados da planilha de custos, desde que não contrariem instrumentos legais, não caracteriza motivo suficiente para a desclassificação da proposta. (...)

Art. 29-A A análise da exeqüibilidade de preços nos serviços continuados com dedicação exclusiva da mão de obra do prestador deverá ser realizada com o auxílio da planilha de custos e formação de preços, a ser preenchida pelo licitante em relação à sua proposta final de preço. (Artigo incluído pela IN nº 3, SLTI/MPOG, de 15.10.2009)

§ 1º O modelo de Planilha de custos e formação de preços previsto no anexo III desta Instrução Normativa deverá ser adaptado às especificidades do serviço e às necessidades do órgão ou entidade contratante, de modo a permitir a identificação de todos os custos envolvidos na execução do serviço.

§ 2º Erros no preenchimento da Planilha não são motivo suficiente para a desclassificação da proposta, quando a Planilha puder ser ajustada sem a necessidade de majoração do preço ofertado, e desde que se comprove que este é suficiente para arcar com todos os custos da contratação.

§ 3º É vedado ao órgão ou entidade contratante fazer ingerências na formação de preços privados, por meio da proibição de inserção de custos ou exigência de custos mínimos que não estejam diretamente relacionados à exeqüibilidade dos serviços e materiais ou decorram de encargos legais, tais como:

I - impedir que as empresas incluam nos seus custos tributos ditos diretos, o que não encontra respaldo legal;

II - impedir que a empresa venha a estabelecer em sua planilha custo relativo à reserva técnica; III - exigir custo mínimo para a reserva técnica, lucro ou despesa administrativa;”

Como se vê, não há um único fundamento para a desclassificação da proposta da Recorrida, porquanto ainda que se cogitasse da presença de algum erro na formulação da proposta da Engesoftware, tais imperfeições no preenchimento da planilha, de caráter cosmético, não seriam motivos suficientes para a desclassificação da proposta, a não ser que se comprovasse que o valor global proposto não é suficiente para arcar com todos os custos da contratação, o que não se verifica no caso em comento.

Aliás, ainda que houvesse eventual equívoco formal na elaboração da proposta, tal erro não importaria em afastamento da licitante vencedora, conforme muito bem ressaltado no Edital. Veja-se:

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LICITANTE, desde que seja possível a aferição da sua qualificacão e a exata compreensão da sua proposta, durante a realização da sessão pública de Pregão.

15.13 - As normas que disciplinam este Pregão serão sempre interpretadas em favor da ampliação da disputa entre os interessados, sem comprometimento da segurança da futura contratação.”

A proposta da Engesoftware atende plenamente às exigências do Edital. Todos os custos relativos à execução dos serviços estão inseridos no valor da proposta negociada com o MDIC.

Assim, ratificando todos os termos da sua proposta, assume a Recorrida toda a responsabilidade pelo preço ofertado, garantindo sua robustez e afiançando a plena execução do objeto contratual com a sua reconhecida excelência técnica-operacional.

III – DOS PEDIDOS

Ante todo o exposto, requer que o Sr. Pregoeiro se digne a, levando em consideração o cumprimento dos requisitos previstos tanto no Edital, Termo de Referência, como na legislação de regência, desprover o recurso interposto pela empresa CONNECTCOM TELEINFORMÁTICA COMÉRCIO E SERVIÇOS LTDA., mantendo incólume a decisão de habilitação da ora Recorrida, de modo a adjudicar e homologar o objeto do certame em seu favor.

Termos em que pede deferimento. Brasília, 20 de abril de 2012.

Engesoftware Tecnologia S/A Representante Legal

Referências

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