KWWSLQWHUWVHMXVEUVDGS3XVK([LELU3DUWHV3URFHVVR-XGGRMVHVVLRQLG 6:;Q0=7(+FE]%0P-I0HGL
Acompanhamento processual e Push
Pesquisa | Login no Push | Criar usuário
Obs.: Este serviço é de caráter meramente informativo, não produzindo, portanto, efeito legal.
PROCESSO : RESPE Nº 7420 ‐ Recurso Especial Eleitoral UF: RN JUDICIÁRIA Nº ÚNICO: 7420.2011.620.0029
MUNICÍPIO: ASSÚ ‐ RN N.° Origem: 7420 PROTOCOLO: 139302015 ‐ 06/07/2015 13:43
RECORRENTE: SAMUCKA INCORPORAÇÕES LTDA ‐ ME ADVOGADO: JOSÉ ALEXANDRE SOBRINHO
ADVOGADO: HENRIQUE EDUARDO BEZERRA DA COSTA ADVOGADO: RICARDO AUGUSTO DE BARROS CÂMARA ADVOGADO: JONAELSON DE MEDEIROS GALVÃO RECORRIDO: MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL RELATOR(A): MINISTRO JOÃO OTÁVIO DE NORONHA
ASSUNTO: REPRESENTAÇÃO ‐ DOAÇÃO DE RECURSOS ACIMA DO LIMITE LEGAL ‐ PESSOA JURÍDICA
LOCALIZAÇÃO: CPRO‐COORDENADORIA DE PROCESSAMENTO
FASE ATUAL: 02/10/2015 17:42‐Entrega em carga/vista (Ministério Público Eleitoral: )
Andamento Distribuição Despachos Decisão Petições Todos 9LVXDOL]DU ,PSULPLU
Andamentos
Seção Data e Hora Andamento
CPRO 02/10/2015 17:42 Entrega em carga/vista (Ministério Público Eleitoral: )
CPRO 02/10/2015 17:42
Interposto Agravo Regimental (Protocolo: 17.282/2015 de 30/09/2015 17:44:25). Por Samucka Incorporações LTDA ‐ ME.
CPRO 30/09/2015 10:41 Disponibilização no Diário da Justiça Eletrônico em29/09/2015 Diário de justiça eletrônico Pag. 70‐72. Decisão Monocrática de 28/09/2015
CPRO 30/09/2015 10:41 Publicação em 30/09/2015 Diário de justiça eletrônico Pag. 70‐72. Decisão Monocrática de 28/09/2015
CPRO 29/09/2015 15:38 Encaminhamento para publicação
CPRO 29/09/2015 11:29 Recebimento
GAB‐JO 28/09/2015 20:53 Com decisão .
GAB‐JO 28/09/2015 20:53 Remessa para CPRO.
GAB‐JO 28/09/2015 20:12 Registrado(a) Decisão Monocrática no(a) REspe Nº 74‐
20.2011.6.20.0029 em 28/09/2015. Com decisão
GAB‐JO 22/09/2015 11:24 Recebimento
KWWSLQWHUWVHMXVEUVDGS3XVK([LELU3DUWHV3URFHVVR-XGGRMVHVVLRQLG 6:;Q0=7(+FE]%0P-I0HGL
CPRO 21/09/2015 17:27 Conclusão.
CPRO 18/09/2015 18:09 Autos devolvidos
CPADI 10/09/2015 14:04 Entrega em carga/vista (Ministério Público Eleitoral: )
CPADI 04/09/2015 16:23 Montagem atualizada
CPADI 03/09/2015 15:47 Enviado para Montagem
CPADI 27/08/2015 15:08 Montagem atualizada
CPADI 26/08/2015 16:38 Recebimento
CPRO 24/08/2015 17:27 Remessa para CPADI.
CPRO 24/08/2015 17:27
Para providências: confecção de anexo sigiloso e, após, fazer vista à PGE em cumprimento ao despacho de fls. 230.
CPRO 24/08/2015 17:25 Desentranhamento de documentos de fls. 54 ‐ 60
CPRO 07/08/2015 16:04 Publicação em 07/08/2015 Diário de justiça eletrônico Pag. 105 ‐ 106. Despacho de 03/08/2015
CPRO 07/08/2015 16:04
Disponibilização no Diário da Justiça Eletrônico em 06/08/2015 Diário de justiça eletrônico Pag. 105 ‐ 106. Despacho de 03/08/2015
CPRO 04/08/2015 17:21 Encaminhamento para publicação
CPRO 03/08/2015 16:38 Recebimento
GAB‐JO 03/08/2015 15:09 Com despacho .
GAB‐JO 03/08/2015 15:09 Remessa para CPRO.
GAB‐JO 03/08/2015 14:16 Registrado(a) Despacho no(a) REspe Nº 74‐
20.2011.6.20.0029 em 03/08/2015. Com despacho
GAB‐JO 27/07/2015 17:16 Recebimento
CPADI 27/07/2015 17:01 Conclusão.
CPADI 27/07/2015 17:01 Remessa
CPADI 27/07/2015 17:00 Liberação da distribuição. Sorteio em 21/07/2015
MINISTRO JOÃO OTÁVIO DE NORONHA
CPADI 23/07/2015 16:10 Montagem concluída
CPADI 22/07/2015 15:32 Enviado para Montagem
CPADI 22/07/2015 15:16 Enviado para Montagem
CPADI 21/07/2015 17:30 Autuado ‐ REspe nº 74‐20.2011.6.20.0029
CPADI 21/07/2015 17:24 Recebimento
SEPROM 14/07/2015 16:56 Encaminhado para CPADI
SEPROM 14/07/2015 16:56 Documento registrado
SEPROM 06/07/2015 13:43 Protocolado
Distribuição/Redistribuição
Data Tipo Relator Justificativa 21/07/2015 às 17:33 Distribuição automática JOÃO OTÁVIO DE NORONHA Despacho
Decisão Monocrática em 28/09/2015 ‐ RESPE Nº 7420 Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA Publicado em 30/09/2015 no Diário de justiça eletrônico, página 70‐72
KWWSLQWHUWVHMXVEUVDGS3XVK([LELU3DUWHV3URFHVVR-XGGRMVHVVLRQLG 6:;Q0=7(+FE]%0P-I0HGL
DECISÃO
Vistos.
Trata‐se de recurso especial eleitoral interposto por Samucka Incorporações Ltda. ‐ ME contra acórdão proferido pelo TRE/RN assim ementado
(fls. 171‐172):
RECURSO ELEITORAL ‐ REPRESENTAÇÃO ‐ DOAÇÃO DE RECURSOS ACIMA DO LIMITE LEGAL ‐ PESSOA JURÍDICA
‐ PRELIMINAR DE INTEMPESTIVIDADE ‐ REJEIÇÃO
‐ PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE PASSIVA DOS DIRIGENTES ‐ REJEIÇÃO ‐ INCIDENTE DE
INCONSTITUCIONALIDADE ‐ REJEIÇÃO ‐ APLICAÇÃO DO ART. 23, § 7º, DA LEI DAS ELEIÇÕES ÀS DOAÇÕES REALIZADAS POR PESSOAS JURÍDICAS ‐ IMPOSSIBILIDADE ‐ NEGAÇÃO DE AUTORIA DAS ASSINATURAS CONSTANTES DOS DOCUMENTOS COMPROBATÓRIOS DA DOAÇÃO
‐ AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO ‐ APLICAÇÃO CUMULATIVA DA PENA DE MULTA E PROIBIÇÃO DE LICITAR E CONTRATAR COM O PODER PÚBLICO
‐ VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS DA PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE ‐ INEXISTÊNCIA ‐ DESPROVIMENTO.
Tendo a sentença sido publicada no DJE durante o período de suspensão do atendimento ao público na zona eleitoral, tem‐se como realizada a publicação no primeiro dia útil
subsequente, nos termos do art. 4°, § 3º, da Lei nº 11.419/2006, devendo ser tido por tempestivo o recurso que observa o aludido regramento.
Embora o Tribunal Superior Eleitoral afirme ser desnecessária a citação dos dirigentes da pessoa jurídica para a incidência da inelegibilidade prevista no art. 1º, I, "p" , da LC nº 64/90, há legitimidade do sócio para figurar no polo passivo da representação, com o fim de defender os seus próprios interesses, sobretudo quando considerada a impossibilidade de discussão de eventuais equívocos na decisão de condenação por ocasião do registro de candidatura.
A edição da Resolução nº 23.217/2010, pelo Tribunal Superior Eleitoral, observou o disposto no art. 1º, parágrafo único e art. 23, IX, ambos do Código Eleitoral, e art. 105 da Lei nº 9.504/97, não havendo a alegada inconstitucionalidade por extrapolação da competência regulamentar, visto que o aludido ato normativo se limitou a reproduzir o conteúdo da Lei das Eleições, no sentido da fixação de limites percentuais às doações de campanha
realizadas por pessoas físicas ou jurídicas.
KWWSLQWHUWVHMXVEUVDGS3XVK([LELU3DUWHV3URFHVVR-XGGRMVHVVLRQLG 6:;Q0=7(+FE]%0P-I0HGL
realizadas por pessoas físicas, não sendo permitida a extensão de sua aplicação às
liberalidade efetivadas por pessoas jurídicas, sob pena de se ampliar de forma ilegítima o alcance da norma, conforme precedentes do TSE e deste Regional.
A prova da alegação incumbe à parte que a fizer, razão pela qual se desconsidera a mera negativa de autoria, apresentada pelos dirigentes, quanto às assinaturas constantes dos documentos que demonstraram a doação realizada pela pessoa jurídica, formulada de forma genérica e sem qualquer embasamento concreto.
O ilícito aqui apurado possui significativa gravidade, superando em muito o limite
estabelecido pela legislação, sendo adequada, necessária e proporcional à sua coibição, a estipulação de multa um pouco acima do mínimo legal, em conjunto com a proibição de licitar e contratar com o poder público.
Recursos desprovidos.
Na espécie, o Ministério Público Eleitoral ajuizou representação em desfavor de Samucka Incorporações Ltda. ‐ ME devido à suposta doação acima do limite legal a campanha eleitoral no pleito de 2010, nos termos do art. 81, § 1º, da
Lei 9.504/97.
Em primeiro grau de jurisdição (fls. 113‐120), o pedido foi julgado procedente, condenando‐ se a empresa ao pagamento de multa no importe de
R$ 88.804,44, equivalente a seis vezes o valor excedido, e à proibição de participar de licitações públicas e de celebrar contratos com o poder público pelo prazo de cinco anos (art. 81, §§ 2º e 3º, da Lei 9.504/97).
Interposto recurso eleitoral, o TRE/RN negou‐lhe provimento e manteve a condenação estabelecida pelo juízo de primeiro grau (fls. 171‐185).
Contra esse acórdão, Samucka Incorporações Ltda. ‐ ME interpôs recurso especial eleitoral (fls. 197‐207), no qual alegou, em resumo:
a) violação aos arts. 2º e 22, I, da CF/88, porquanto inexiste previsão legal prescrevendo que as doações estimáveis em dinheiro feitas por pessoa jurídica também se inserem na
limitação estabelecida pelo
art. 81, § 1º, da Lei 9.504/97, tendo as disposições referentes à matéria constante da Res.‐ TSE 23.217/2010 extrapolado a competência regulamentar do Tribunal Superior Eleitoral;
KWWSLQWHUWVHMXVEUVDGS3XVK([LELU3DUWHV3URFHVVR-XGGRMVHVVLRQLG 6:;Q0=7(+FE]%0P-I0HGL
b) ofensa ao princípio da isonomia e ao art. 5º, X, da CF/88, pois não há fundamento legal que justifique a aplicação do art. 23, § 7º, da
Lei 9.504/97 apenas às pessoas físicas;
c) a elevação do limite estabelecido para doações estimáveis em dinheiro para pessoa física também deve ser aplicada às pessoas jurídicas.
O Ministério Público Eleitoral apresentou contrarrazões ao recurso especial eleitoral às folhas 216‐225.
Por meio do despacho de folha 230, determinei a adoção das providências previstas no art. 7º da Res.‐TSE 23.326/2010, o que foi cumprido, conforme certidão de folha 231.
A Procuradoria‐Geral Eleitoral opinou pelo desprovimento do recurso especial eleitoral (fls. 234‐236).
Relatados, decido.
Primeiramente, no que tange à alegação de que o TSE ‐ ao editar a Res.‐TSE 23.217/2010, que dispõe sobre a arrecadação e os gastos de recursos por partidos políticos, candidatos e comitês financeiros e, ainda, sobre a prestação de contas nas eleições de 2010 ‐ criou limitação a doações estimáveis em dinheiro por pessoa jurídica, usurpando a competência privativa conferida à União para legislar sobre Direito Eleitoral, observa‐se que inexiste extrapolação da competência regulamentar. O que houve foi a infringência pela recorrente ao art. 81, § 1º, da
Lei 9.504/97, revelando‐se no acórdão recorrido a interpretação dada por esta Corte ao mencionado preceito legal, não se ferindo o princípio constitucional da legalidade.
A Samucka Incorporações Ltda. ‐ ME sustentou que a Lei das Eleições não prevê
expressamente parâmetro para doação de bens estimáveis por pessoa jurídica, razão pela qual deveria ser aplicado o art. 23, § 7°, da Lei 9.504/97, que institui o limite de R$ 50.000,00 para doação de bens estimáveis por pessoa física.
KWWSLQWHUWVHMXVEUVDGS3XVK([LELU3DUWHV3URFHVVR-XGGRMVHVVLRQLG 6:;Q0=7(+FE]%0P-I0HGL
O TSE já decidiu que o limite do valor de doações realizadas por pessoas jurídicas segue o regramento do art. 81 da Lei 9.504/97 e inclui doações em dinheiro e as estimáveis em dinheiro. Veja‐se:
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. DOAÇÃO ESTIMÁVEL EM DINHEIRO ACIMA DO LIMITE LEGAL. PESSOA JURÍDICA. ART. 23, § 7º, DA LEI Nº 9.504/97. INAPLICABILIDADE. DECISÃO MANTIDA POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. DESPROVIMENTO.
1. Os limites a doações estimáveis em dinheiro relativas à utilização de bens móveis ou imóveis de propriedade do doador para campanhas eleitorais (i.e., limitadas R$ 50.000,00 cinquenta mil reais), ex vi do art. 23, § 7°, da Lei n° 9.504/97, aplicam‐se apenas e tão somente a pessoas naturais, não incidindo sobre pessoas jurídicas, cuja doação deve observar o limite de 2% do seu faturamento bruto do ano anterior ao da eleição, tal como exige o art. 81, § 1°, da aludida lei. Precedentes: AgR‐AI n° 2110‐57/SP, Rel. Min. Henrique Neves da Silva, DJe de 5.8.2014; AgR‐AI n° 183‐61/PR, Rel. Min. Henrique Neves da Silva, DJe de 4.8.2014; AgR‐AI n° 68‐22/SP, Rel. Min. Luciana Lóssio, DJe de 22.4.2014.
2. O limite do valor de doação por pessoa jurídica previsto no art. 81, § 1°, da Lei n°
9.504/97 inclui tanto as doações em espécie quanto as estimáveis em dinheiro. Precedente: AgR‐Al n°3097‐53, Rel. Min. Arnaldo Versiani, DJe de 6.2.2012.
3. Agravo regimental desprovido.
(AgR‐REspe 2768/GO, Rel. Min. Luiz Fux, DJe 27/10/2014) (sem destaque no original)
Ante o exposto, conheço do recurso especial eleitoral, mas nego‐lhe provimento.
P.I.
Brasília (DF), 28 de setembro de 2015.
MINISTRO JOÃO OTÁVIO DE NORONHA Relator
Despacho em 03/08/2015 ‐ RESPE Nº 7420 Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA Publicado em 07/08/2015 no Diário de justiça eletrônico, página 105 ‐ 106 DESPACHO
KWWSLQWHUWVHMXVEUVDGS3XVK([LELU3DUWHV3URFHVVR-XGGRMVHVVLRQLG 6:;Q0=7(+FE]%0P-I0HGL
Vistos.
Trata‐se de recurso especial eleitoral interposto em sede de representação por doação de recursos acima do limite legal.
Conforme a certidão de folha 229, os autos foram‐me conclusos em cumprimento ao disposto no art. 6º da Res.‐TSE 23.326/2010, que dispõe acerca das diretrizes para a tramitação de documentos e processos sigilosos no âmbito da Justiça Eleitoral.
A Secretaria Judiciária asseverou que "constam dos presentes autos, salvo melhor juízo, documentos protegidos por sigilo, a exemplo daqueles constantes às fls. 54 a 60 [...]" (fl. 229).
Ante o exposto, determino a adoção das providências constantes do art. 7º da Res.‐TSE 23.326/2010 aos documentos de folhas 54‐60.
Após, encaminhem‐se os autos à d. Procuradoria‐Geral Eleitoral para emissão de parecer, nos termos do § 1º do art. 269 do Código Eleitoral.
P.I.
Brasília (DF), 3 de agosto de 2015.
MINISTRO JOÃO OTÁVIO DE NORONHA Relator
Petições
Protocolo Espécie Interessado(s)