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ASSiCNATURAS PARA A fÜHITÈ SiiMES'1

Anno . 123000

PAGAMENTO ADIANTADO ' '"•-'MERO AVULSO 40 KS. Escriptorio— Rua do Ouvidor n. 70

RIO DE JANEIRO

ASSINATURAS PARA AS PROVÍNCIAS

Semestre 8RO0O

AW)» 168000

• .." 1'AGAMlítÇTO ADIANTADO

^

"ffiFT

_H8A«E»B ií-S.OOO EX_,311>«

Typographia — Rua Sete de Setembro n. 72

RIO DE JANEIRO

As assignaturas começam em qualquer dia e terminam seiÁpfe

em fins de março, junho, setembro ou dezembro ¦M. Stereotypada « impresso nas maenínas rotativas de Marinoni, na typographia da «Gazeta de Noticias», de \ A.RAUJO & MENDES, rua Sete de Setembro n. 72 propriedade 9_g__g______j_ggggÉawJ3fÍS5E_3E5e_E a_SJ___Ba 3E_____IH3n_B~3___S_BS5IS'_l

EXPEDIENTE

Resolvemos não receber as cartas o jornaes qua nos forem remettidos sem porte, on com o porte insufficiente.

Pedimos aos nossos correspondentes a

.máxima cautela com a exactidão do

porte de suas cartas»

:- ' ¦ ' - É ¦ __8B

TELEGRAMAS

LONDRES, 9 da julho. • ãCeisia Rramle inovluiento dc dr»>B>ns» russas na lilesarabla. Cor esto facto tia uaoruic aiicicdado na Europa.

A Turquln" ji.Sííni provável iimia guerra entro n KSsisisia vs a Anuiria.

<S «Siandart» diz qae sum giret-iiçõcs da ItusMla.acerca dc Kliainial) não duo esperan-ças dc uni accordo na questão das fronteiras russo-afgli-auiatau-.

(Gazeta dc Noticias,)-LONDRES, 9 de julho. Cfllão eleitos SOO favoráveis c 319 (Icputados adversários no projecto Cl«ulstí!»ne.

PARIZ, 9 de julho. I Vm iíidlyiiluo, que se achava «ia triltuua aMnistlinto au» dc-|»fi»lea da «amara do- deputa-tio» dtaparoti, com direccão ao recinto, um tiro dc revói-ver, que fclixuientc uão acer-4i)«i em pciüsoa nl^usbia.

O liontem foi preso cai Aa-gra aí te.

Foi votada pejo parlauiento uma prorogação dc dous a»-nos para a !ei,<pic malida co-Itrar a taxa addiclontal dc iliroitos aduaneiro» sobre os aeüntacarcs Importados.

-Pernambuco, 10 de julho. Com destino ao Rio de Janeiro e es-caias, partiu hoje d'aqui o paquete '/rait, da Royal Mail.

Santos, 10 de julho. Seguem para o Rio da Janeiro o pa-.tuoie austríaco Tilior e o allemão Rio, «Ia linha de Hamburgo.

(Agencia Ilavas.)

CHRONICA DA SEMANA

Invertendo a ordom natural dos factos, ti, despresando as regras chronologicas, comecemos pelo flm. K'qus o assumpto

que se prende n este flm da semana

— o assumpto Sauah Bernhardt — ê

«em discussão o mnis importante da

aotualidade ; e assim, este [nn ainda nma vez justifica os meios.

» ,-' * *

Ja sa sabe que ha quarenta o oito

horas o enthusiasmo apossou-se da

po-pulação fluminense, cnm as suas mais

yalentes garras, arrastando-a ao theatro ¦3. Pedro.

Entliusiasmo cominunicado, é certo,

pelas caudas noticias que nos udvieram do S. Paulo, d'essa terra onde a

ther-mometro Farenheit está sempre om

inteiro dosaccordo com o quo dá a justa

medida do amor ã arte; mas

enthu-Biasmo real, sincero, verdadeiro. A mocidade acadêmica de S. Paulo, essa geração que se suecede ininterrom-pidamcnle, legando os que sabem, aos

quo vêm mais tarde, intactos todos os

estos de generosidade, todos os enthu-siasmos pelo que é grande o elevado e bello, todos cs sentimentos grandiosos e puros,—essa mocidade acaba de realisar uma brilhante conquista: despertou o Rio de Janeiro da sua apathia o fel-o inlhusiasmar-se por Sarah Bernhardt.

As festas por oceasião das duas ul-timas recitas da eximia artista, forçoso

d confessnl-o, tiveram por origem o

onthusiasmo d'asse bando de jovens que Atravessam mais de cem léguas, sobra-çando grandes cestos de flores e guiados pelo mais fervoroso culto pela arte, alim de vir recolher a ultima, a mais vibrante ou a mais delicada nota dramática, ja-mais soluçada no palco brazileiro, o es-tender aos pés da grande actriz um tapeto de escolhidos bouquets.

Admiradores do grande gênio, quo, na phrase de um d^llcs, «sendo fillio tie um paiz de glorias, fez-se a gloria d'esse paiz», os acadêmicos paulistas rufaram alto o seu enthusiasmo, —e tão alto que conseguiram conimunical-o á nossa po-pularão, que alé aporá apenas admirava em silencio a grande diva.

Iiuplo triumpho, pois, o dn noito

de sexta-feira: o de Sarah Bernhardt a

o da mocidade acadêmica. '

Para qifa não falte a nota cômica om casos taes, incidente houve que bem des-toou do acto, tendo apenas por jusüíl-cação a irrellexão de quem uo calor do -entliusiasmo pouco attende

ásconvenien-cias da boa sociedade,

Viu-se em um ou outro ponto do theatro. cntlinsiasta enrrigé. despir o pa-ictot c atiral-o á scena, para em seguida romper em calorosas salvas do palmas.., Modo singularissimo da patentear ad-mi ração o enthusiar.mo, qual o do em primeiro logar e antes de tudo pòr-se cm mangas'de camisa para deixar correr á larga os seus sentimentos I

Olhar observador refere que viu nas mangas- üo um dos paletots atirados ao palco, presos, os punhos da camisa que se deixou ficar no corpo do cnthu9iasta: por pouco, pois, esse admirador de Sarah Bernhardt remontava-se aos tempos ede-licos c deixava-se ficar em trajes de Adão, para mais á vontade exprimir o que lhe ia n'alma.

.Salvo esses excessos do enthusiasmo, salvo um ou outro tropo de rhetorica, não extreme de viaio, forçoso 6 convir que a mocidade acadêmica de 8, Paulo mais

conseguiu despertando o enthusiasmo

adormecido dos cariocas do quo man!» testando o seu próprio enthusiasmo pela grande actriz, que veiu deslumbrar-nos com o brilho do seu gênio.

Volvendo ao n'e3ta chronica

* • dia anterior,

faz-33 hoje a pois quo

recapltu-lação dos factos do flm para o principio, — também nma homenagem a Sarah Bernhardt—, vemos quo a commissão de inquérito da câmara dos deputados acana de propor a anb.nlla.g3o do diploma de Josá Marianno, que foi eleito duas vezes pelo 2* districto de Pernambuco, em ia» vor do candidato Tlieodoro Machado, que, em compensação, não chegou a ser eleito nem meia' vez.

Comprehende-Ba o escrúpulo da com missão annolladora.

A lei de 9 da janeiro, que reformou o processo eleitoral, exige apenas que um candidato obtenha maioria de votos em

um ou dous escrutínios; jamaií em

ambos.

José' Marianno fora eleito em primeiro

escrutínio, convidaram-n'o a

submet-ter-se a segundo j a elle, tão Ingênuo em

tricas quão valente na tribuna

parla-montar, acceitou o convite o

submet-teu-se a segunda prova.

Era exactamente o que desejavam : eleito cm segundo escrutínio, e por grando maioria—por numero superior de y,otos do que da primeira voz—, tornou-se clie um deputado eleito fdra das regras da lei Saraiva. Esta du muito claramente que os deputados devem ter maioria de votos em um de dois escrutinios-jamais em dois.

Ora, olle a tevs em ambos. Logo, qual o deputado?

— O Sr. Tlieodoro Machado, que não foi eleito nem no primeiro nem no

se-gundo escrutínio. N

Se a primeira commissão de inque-rito não teve razão, se não está justifi-cado-o seu parecer, então ê preciso que se faça uma cousa, antes de tudo...

(... não é rezar por alma da Sra. Mo-ralidada Parlamentar, porque essa exha-lou de ha muito o ultimo suspiro)

... 6 rasgar a lei dos dous escruti-nios, que bastante clara se mostra a res-peito : deputado degitimo d o eleito em um dos escrutínios ou am nenhum — jamais nos dous.

Um abraço, um viva o um hurrah 1 pela

primeira commissão de inquérito da

câmara dos Srs' deputados, cujo parecer é o maior padrão de gloria do nosso systema de governo e a mais rospeitavol

manifestação da seriedade dos nossos

parlamentares.

¦Sj_Bjjg_gjMgMÉMÍMajjjM

Os artigos enviados á redacção não serão restituidos aindi que não sejam publicados

tendo effectuado; qne havondo sido ac-ousado pelo modo por que procedeu ua commissão, vence forçosamente a monsa-lidade de 1:0008,' e, para que se não

perca essa mensalidade, aproveita-se o

supradito engenheiro encarr6gandó-o de estudar cousa inteiraraento diversa d'a-quella da qua está incumbido I

Emflm, é coherenta o governo; o Sr. Revy não conseguiu fazer os pequenos

açudes no Ceará; veremos se agora

ao menos elle apresentará um bom

plano de estudos para abrir açudes

grandes... no Thesouro Nacional. Que Deus o ajude — a mais os nossos governantes..

Remontando a outro dia da semana, vemos, nos jornaes a noticia de manifa3-tações obrigadas a copos d'agua, feitas a dous cavalheiros eleitos nas recentes eleições para vereadores da nossa Illus-trissima e Malsinadissimn Gamara Mu-nicipal.

Referem ossas nqticías bem informadas quo os dous cavalheiros acima alludidos foram cumprimentados por grande nn-mero de eleitores (nunn-mero quasi sempro superior ao dos votos por olles candidatos recolhidos), aos quaos os eleitos, commo-vido3, offoreceram lauto banquete, du-rante o qual foram trocados calorosos brindes e ésvasiadás escolhidas garrafas de finíssimos vinhos.

EIVectivãmente, nada mais justo do que essos adoráveis eleitores iram revor-se nas suas obras, e uada mais natural do que essas obras agradecidas ollerecerem um banquete aos seus croadores...

Demais, o caso d'aquella mulher que lia oito mezes vivo som comer, na

po-voação da Cachoeira, conforme

noti-ciaram os jornaes, é caso único, rarls-simo. Nem consta mesmo que tal mulher soja, tenha sido ou venha a ser eleitor.

Simplesmente, o que; .houve de

des-gosto apés a festa, de' verdadeiro

dis-sabor e desmancha-prazeres apds os

copos d'água e brindes correlativos,—foi a'noticia de quo taes candidatos ainda

não eram vereadores a valer, e .que

ainda deviam correr os riscos e os sustos dc um segundo éscrutinio!

Oh! tremenda sorte e misarrimos

trues elaitdracs, qne, poi' tçausa de um candidato qno apresentoii-so em nome da suas iddas adiantadas e do seu espi-rito do resistência; vencera tudo o con-seguira ser eleito, fazem preciso sacrificar tantos innocentos por causa de um poc-cador !

Ita.'.ão do sobra tôm os vereadores manifestados, mas não eleitos, em gritar contra a partida quo se lhes prepara: se o governo tem interessa om sacrificar

o único candidato que se apresontou

em nome de suas idéas e só para

reivindicar os direitos do municipio

que so pretende escravisar, — que o

sacrifique a olle só. Levar, porém,

na mesma canoa quem já deu banquete, já deu bailo, já ouviu discursos o já ra-cebeu vivas entrninciando parabéns...

Ora. somos uns seus criados 1 —emais, não fomos candidatos !

* * *

Volvamos ainda um dia na semana, e encontraremos um discurso do Sr. Jun-queira, no senado, em o qual discurso o

illustre ex-ministro diz, a propósito

da falia do throno, que 6 preciso

fundarmos coudelarias e desenvolver as já existentes, afim do empregarmos os

moços,que por ahi andam

desaprovei-tados...

Mns nada diremos sobre tal discurso, mesmo porque ainda não foi publicado, entrogue como se acha ao cadinho da-purador do Sr. conselheiro Correia.

Resta fallar do discurso do Sr. Mamoré

na câmara dos deputados, a no ponto

em qua H. Ex. se refere ao Sr. Rovy, de gloriosa e açudica memória.

No seu discurso o Sr.*ministro do

Império declarou, aos que o haviam

intorpellado, que o Sr. Revy fora

incumbido do estudar os meios de

sanear a cidade do Rio de Janeiro,

porque vencendo essa engenhoiro a men-salidade de 1:0008000, ara praciso quo os

seus vencimentos fossem aproveitados

da qualquer modo, desde que olla esta-va incumbido de fazer agüdes qua não fez, nem laz, nem ha de fazer uo fJeará... Eis ahi uma brilhante explicação

go-veriiâHjental e um excelleute final

para esti Chronica 1 Que se

regis-tra para todo 3 sempre ° singularissimo

caso: ha um engenhara qua «ando

in-cumbido de o- 'utar uris obra, e não a

Hontem, sabbado, houve sessão na

câmara. A cousa não foi fácil; mas

afinal sempre se arranjou.

O dia estava chuvoso o humido e os

augustos representantes temporários

chegaram ao edifício da soberania

po-pular um pouco tarda. Não fizeram falta,

porque a chamada esperava

paciente-mente pela presença de suas excellen-cias.

A sessão começou pelas explicações do Sr. ministro da fazenda, em resposta ao que disse o Sr. Affonso Penna, relativa-mente ao artigo do regulamento da lei do elemento servil, que mandou contar a dedução do valor do escravo da data da matricula.

Com «fundamento de provar que 5 governo não fez mais do qua interpretar

rigorosamente a lei, o Sr. conselheiro

Belisário fez revelnçõos

importantis-simas.

Quando se tratou na commissão espe-ciai, composta da conservadores o libe-raes, do ponto hoje atacado, o Sr. Ulysses Vianna apresentou uma emenda escripta pelaIcllra do Sr.Sarafvu, estatuindo qua.

a dedução devia começa» ¦ da data da

promulgação da lei. _

. Esta emenda, em virtude de accordos

anteriores, não foi acceita pela

com-missão e, depois de alguns dias de demora, foi retirada e nem o Sr. Ulysses Vianna, o membro da commissão mais abolido-nista, ou melhor, monos escravocrata, insistiu na apresentação da emenda.

Esta explicação do Sr. ministro da

fazenda, que não foi contestada em ne-nhuma das suas partes, prova a evi-dencia que o Sr. Saraiva, quando a sua lei foi votada, já sabia perfeitumente a

interpretação que os seus suecessores

lhe dariam.

Se S. Ex. tivesse insistido na sua

emenda, e ainda n'esse ;ponto não se en-tregasse dc mãos atadas aos seus aluados oceasionaes, naturalmente a emenda teria passado a hoje o procodimento do go-verno não seria objeeto da menor du-vida.

M».s S. Ex. assim não procedeu o o sou procedimento dc hoje resonte-se da fra-qiioza com que então se deixou dominar. Que os abolicionist;i3 como nós e como outros censurem o governo pola

inter-protação que dá á lei é perfeitamente

lógico e natural. Nós queremos tudo

para a liberdade: S. Ex. quando ponde, não quiz para a liberdade senão o que lhe dictaram os amigos da escravidão. A sua attitude hoje é mais uma contra-dicção.

A interpretação quo o governo deu á lei 6 contraria ao aboliçjiünismo, atraza a emancipação dos escravos; mas essa erro do governo 6 ainda uma conseqüência

do procedimento do Sr. Saraiva, que

não quiz attender ás justas roclamaçõos

que lhe foram feitas, por oceasião da

elaboração da lei.

Na ordem do dia continuou a 3" dis-cussão do orçamonto do império.

Fallou o Sr. C. de Oliveira.

O Sr. deputado oecupou-so

especial-mante com o regulamento sanitário,

sendo de opinião que elle invadiu attri-buiçues municipaes e até violou a cons-titiiição, permittirido quo os agentes do governo varejem as casas dos cidadãos. Com muito fundamento o Sr. deputado

censurou o acto do Sr. ministro do

império, quo applicou á organisação do seu sorviço sanitário parto da verba — soecorms públicos—, verba eventual e susceptível de credito, ao jiasso que a outra não era.

No ponto de vista de opposicionista e

de theorico, o Sr. deputado explorou

com muita habilidade esses dous pontos. Ma3 a realidade é que o Sr. ministro do império tem prestado bons serviços á hygione da capital. E' possível, ú até mesmo natural, porque esse é o vezo do todos os governos, que S. Ex. tenha pra-ticado algumas illogalidades, a opposição tem o dever de as apontar e censurar; mas, sob o ponto de vista do interesso do publico, ellas devem ser attenuadas na proporção do beneficio recebido.

Tove dopois a palavra o Sr. Mattoso da Câmara, relator do orçamento.

O Sr. deputado tinha sobre si a pa-sada tarefa de explicar aquella manobra das emendas, que voltaram para o bu-raco d'onde haviam sahido.

Foi a cousa mais simples d'este mundo.

O Sr. ministro do império disse ao

Sr. Mattoso que se entendesse com

o director da secretaria acerca das

emendas'.

O Sr. Mattoso assim fez; mas, quando oa emendas foram apresontadas, o Sr. mi-nistro do império pediu que ellas vol-tassem á commissão. Voltaram o com uma circumstanciu, muito mais magras do que tinham ido.

Primitivamente a economia no orça-mento d'esta repartição era da mil e tantos contos, agora é apenas do quatro-centos ou quinheutos.

O Sr. Mattcso aílirniou que a com-missão está identificada com o governo no programma do economias; mas o qua é fora de duvida 6 que, alem do governo eda commissão, ha alguém, que se oppõo ás economias projectadas.

Q que se nos afigura é que nas altas regiões não se acredita-muito no nosso estado flnancoiro e confla-se demais na Divina Pio i'ideada para encher as arcas do thesouro

O que é verdade é que os actos da ca-mara não estão cm harmonia com as palavras do governo a as exigeucias fl-naueciras do paia.

A commissão, estudando o orçamento, propoz economias- no valor de mais de mil contos. Qual a razão por que essas economias ficaram reduzidas amenos de metade?

Não o disso o Sr. relator, nem opo-dia dizer. O mais que S. Ex. avançou ó que, se o Sr. ministro não quisesse nenhuma emenda suppressiva, elle não ns apresentaria.

Do tudo isto resulta que o programma econômico do Sr. ministro da fazenda, máu grado seu, ha de ficar reduzido aos seua bons desejos.

No senado não houvo sessão. O rheuraatlsmo vitalício ficon envol-vido nas suas flanellas.

Não é fácil dizer o que foi o especta-culo de ante-hontem. \

Houve de tudo: empreza, artist s, pu-blico, fizeram como as medalhas, que têm verso e reverso.

A empreza andou a prometter-nos a Thcodora, com dois dos interpretes que tinham tido em Pariz, e com scenario e accessorios tão deslumbrantes como os da Porto Saint Martin: chegou-se a espalhar que Sarah Bernhardt exigia duzentos figurantes no acto do circo, tapeçarias o ouro a valer.

Mas o Ciara não chegou, esteve a chegar desdo o dia 1 d'este mez e uão chegou, e a empreza deu-nos Theodora, com os dois artistas do Pariz, mag sem os diizoutos figurantes, com um scenario de fantasia, em que os bastidores oram do Egypto e o panno do fundo repre-sentava o terreiro do paço, em Lisboa; com uns artistas, que aram em um quadro ofliciaes do palácio de Justiniano, promptos a se deixarom matar em ifefi/.a do imperador, e no quadro se-guinte mudavam de barbas, trocavam as roupas das Mil.e uma noites pelas do Ali-Babá, e passavam a dizer de Justi» niano o que no quadro anterior tinham dito dos conspiradores; a Porta do Thebas dava entrada para uma praça de Cons-tantinopla, e nos muros do palácio de Justinjano appareciam as gloriosas qui-nas lusitaqui-nas, illuminadas a gaz. Uma verdadeira orgia, que os Srs. empre-zarios so perniittiram, porque p nome de Sarah Bernhardt se prestou a lançar sobre ella a gaze do sou talento, '

Entre os artistas, Sarah.a fazer, pro-digios. E' preciso ser a "creatura ex-copcional que olla é, para achar em sl, em meio d'aqnella desordem de rnise-en-scène, (Vaquella fadiga que lho impunha o publico, parte por enthusiasmo, parte por inconveniência, a força precisa para representar, como representou, algumas scenas. í*

Quanta magestade no 1' acto, quanta verdade na scena intima com o esposo, em quo um e outro se lançam em rosto os seus erros, as suas fraquezas, quanta paixão nas scenas com Ar.dreas, a que soberba transição de um gesto de ameaçv aos conspiradores, que a insult mi can-tando estrophes obscenas, para um gesto de ternura ao despedir-se do amante I'

O Sr. Pliilippe Oarnior fez em Pariz este mosmo papel de Justiniano. lillo tem, como nenhum outro, le physiquc du rale; mas a sua voz não tem nuances, para subir tem de dar saltos, não so exalta gradualmente, irrompe era gritos roucos, e ás mais das vozes não se lhe percebo a phrase, porque a sua dicção não é clara.

O papel do Justiniano é certamente o que está mais r.as suas cordas, mí.s não é aquello em quo mais agradou.

O Sr. Ângelo andou a noite inteira acabrunhado ao peso do papel dc An-dreas; não tem voz, não tem calor, não sente o quo diz. Mai3 do que olle vale o Sr. Décori, que ain Ia assim é apenas regular no de Mareei lus.«CP

Discreta a distineto, como Bempro, a

Sra. Malvau em Antonia: comedido o

Sr. Lacroix nos cinco ou seis papeis que teve de fazer.

O publico encheu litteralmente o thea-tro e, á entrada de Sarah Bernhardt cm scena no 1' acto, fez-lhe a mais brilhante

ovação, cobrindo o palco de flores.

Via-se na physionomia da artista que aquelles applausos a alegravam. No lim do 1° acto, foi um dclirio; a partir do

2' acto, as repelidas chamadas

pas3a-vam a ser uma massada e por flm

tornaram-se uma verdadeira inconve-niencia.

Era visível a fadiga da grande actriz; os intervallos prolongaram-se desmedi-damento, foi preciso cortar parte do quadro do circo, e, ás 2 horas da noite, o Sr. Ângelo foi ao proscênio dizer que Mme. Sarah estava fatigada e doente, e não podia representar o ultimo quadro. Toda a gente applaudiu essa solução,

não obstante o pezar de sermos

pri-vados de ver esse quadro, om que é

ma-gniflco o trabalho de Sarah, porque

todos, como provavelmente a grando actriz, já faziam idéa do que seria o barulho no flm do espectaculo, e na rua, a julgar pelo grau de exaltação a que as galerias tinham levado o que talvez ellas sUppunham ser entliusiasmo.

O velho meio convencional de appluu-dir furiosamente um artista, atirando-lhe chapéus, teve uma innovação : dous ou troa piiletots, provavelmente ríclames da Estrella do Brazil, on da Águia de Ouro, foram ter ao palco, naturalmente para mostrar a Sarah quo alguns espec-(adores eslavam alli a suar em bicas por amord'ella. E' preciso quoos enthusins-tas não so esqueçam de que, no geoeio projectís para a scena, as flores tòm sobre os paletots á vantagom de sorem

mais bonitas a, principalmente, mais

cheirosas ; e çn9 um paletot atirado á scena tem, além de outros, o Inconvo-nienta de deixar o proprietário em man-gas de camisa, liberdade que sd 6 per-mtttida a cada um no sou quarto do dormir.

Em summa, a empreza Abbey-Giau?

Ciacchi dou-nos aiitã-hontem um espe-ctaculo de que Sarah Bernhardt era a única desculpa; em compensação, uma parte do nosso publico deu a Sarah

Bernhardt outro espectaculo, que

outra parte deseja que alia nos levo em

desconto dos nossos peccados, e nos

perdoe como nós perdoamos á empreza

o Egypto, c Terreiro do Paço e os

Quarenta ladrões, que andaram a fazer mascaradas no palácio da Justiniano.

Foram agraciados com os seguintes graus di ordem da Rosa:

Grã-oruz honorário, Or. D. Domingo Gana, enviado extraordinário e ministro plenipotenciario do Chile.

Cavalleiro, Heüri Tournay, cônsul

geral do Brazil em Bruxellas.'

O Sr, senador Dantas recebeu o se

guinte telegramma:

« Cruz-Alta, 9 de julho.— O Olub Aurora da Serra applaude a vossa atti-tude, na questão abolicionista. Em lu-ctadores como vó3 está a salvação' da pátria. »

A musica do 7" batalhão de infantaria vai tocar hoje, durante a tarde, uo jar-dim da praça da Acclamação»

A Nova Palria, no seu numero,de hon tem, oecupando-se dos serviços presta-dos pola Sociedade Central de Immigra çjSo, diz, entre outras cousas, o seguinte: « Trabalhassem todos como essa grupo intelligehte e enérgico da Sociedade Cen-trai, e outro seria o futuro d'este im perio, que a anarchia intellectual, ou a indolência criminosa de muitos gover-nantes, persiste om deixar estaoionario, sem um forte solavanco qua impulsione a fibra trabalhadora da nação. »

O 2' regimento de artilharia a cavallo dará uma guarda de honra para acom panhar a procissão deCorpus-Christi, que sahirá hojo a tarde da igreja matriz do Engenho-Velho.

Foi-nos hontem romettido o seguinte telegramma:

« Oüro-Preto, 10 de julho.—Inaugu-rou-se hojo a linha telephonica ligando o palácio do governo ás repartições pu-blicas. O êxito foi completo. Agrade-cemos ao presidente mais este malho-ramento.— Ninas Altiva. »

Foi concedida ao professor da escola da cidade do Valcnça, Joaquim Pereira de Moraes, a gratificação extraordinária de 2008 animaes, a contar de 1 de íe-veiro do corrente anno, por ter no dia anterior completado 20 annos do serviço,

Hontem, depois da leitura do

expe-dieute, o Sr. Vieira da Silva remotteu á mesa, para ter o devido destino, um exemplar do jornal ollicial dóT\iaríinhão, contendo a lei do orçamonto provincial, conlra a qual reclama, por'incoustitu-cionalidade de alguns impostos, o

com-morcio da provincia. .

O Sr.. Olympio de Campos manda

tam-bem á mesa uma representação do

commercio de Aracaju, sobre o mesmo assumpto.

Fallamlo sobre e regulamento da lei de 23 de setembro, o Sr. Belisário, mi-nistro da fazenda, responde ás

observa-ções feitas pelo Sr. Affonso Penna.

S. Ex. recorda o elemento histórico da questão servil. até á votação da lei, cujo

regulamento tem sido discutido, e diz

quo sempre, quer pelo projecto do Sr. Felioio dos Santos, quer pelo que tinha a aquiescência do gabinete de 6 de maio, quer polo parecer da commissão

espe-ciai, quer pdo voto em separado do

actual ministro da agricultura— sempre foi pensamento de todos que o prazo da

escravidão terminasse no flm do

so-culo.

Peranto a commissão especial foi mes-mo apresentada pelo Sr. Ulysses Vianna

uma emenda escripta pelo*Sr. Saraiva,

então presidente do consellio, para que a depreciação fosso feita da data da lei. Essa emenda, porém, não encontrando acquiesconcia . completa entra a colliga-ção formada para a passagem do

pro-jecto, foi retirada e certamente com

accordo do Sr. presidente do

con-solho.

Não ha, pois, razão para censurar-se

que n depreciação seja feita da data da matricula.

Quanto á questão de território do mu-nicipio noutro o da provincia do Rio, diz o orador quo o governo não podia ter em vista qualquer razão, por mais generosa que fosso, fora da execução dn lei. e quo a lei não faz essa divisão ter-vitoriai. Recorda que ha tempos a

ca-mara municipal da còrtc propoz uma

postura do imposto sobre escravos, quo entrassem no municipio neutro ; o

go-verno não approvou esla postura,

por-quanto a câmara só tem competência

para votar impostos destinados á renda e não para applicações sociaes: além disto o exemplo podia ser imitado por outras câmaras, contrariando o pensa-mento da lei.

Essa proposta da câmara municipal mereceu, entretanto, os applausos do par-tido abolicionista,que os não dispensaria se o espirito da postura estivesse na lei, porque então a postura se tornaria des-necessária.

Na discussão do orçamento do império orou durante longo tempo o Sr. Cândido de Oliveira, que censurou o regulamento de hygieno,porserattontr,torio dos direi-tos garantidos pela constituição ao

ci-dadão brazileiro. O orador diz que o

Sr. minislro ultrapassou a auetorisação que lhe foi dada pelo parlamento, au-gmentando muito a despeza respectiva. Vô ifessa regulamento um grave pe-rigo, nâo para a corte onde ha a publi-cidade o o movimento publico, mas para o interior, onde este regulamento será uma terrível arma de perseguição.

O Sr. Mattoso Câmara, relator do or-camento, começa a sua resposta ao Sr, do-putado por Minas, defendendo o regu-lamento sobre hygiene e contestando

que o governo fizesse n'este serviço

maiores despezas do que aquellas para que recebeu auetorisação.

Passa n tratar das emendas. O orador

aceitou como baso a proposta que se

discute, reservanrio-se. porém, o direito de apresentar emendas restrictivas no correr do debato.

O Sr. ministro disse ao orador que

conforonciassè com o director da secre-taria. Combinou as" emendas om audiência

com este funecionario e apresentou-as

á câmara sem uma ultima conferência

com o ministro, conferência que está

nos estylos da casa, mas" quo o orador, doputulo novo, i-;noi'a\'a_i

As-iim, o minisiro sd soube das cmen-das quando as viu publicacmen-das. Pediu, pelos meios regulares, quo essas emendas

voltassem á commissão, e assim

acon-teceu, Foram postas do p»He> cinco

(Passas emendas, qua so relerem a

en-sino, para, serem considoradas ua

ocoa-sião da apiei.3nt.icao das respectivas

reformas.

O orador, porém, entendeu quaanoss*

situaçuo econômica exige economias

desde já o assigtiòü vencido no parecer

em qua a maioria concordou com aquella delonga.

O orador jiiBtiflca as emendas adiadas

pelo voto da maioria da commissfio,

mostrando o largo dispendio inútil que se fez actualmento, em verdadeiro dis-perdido, com o serviço de ensino bu-perlor.

Pede a maior attenção para as finanças do Estado, para que não cortemos dentro em pouco o necessário, por não termos querido cortar hoje o luxuoso. Os que estimarem a monarchia devem tratar das finanças, porque salvar uma é salvar a outra.

A discussão fica adiada.

No senado não houve sessão por falta de numero.

Compareceram apenas 25 Srs. eona-dores.

Consta-nos que são candidatos ãs novas cadeiras de direito marítimo e interna, cional e publico constitucional, creadas

com a ultima reforma das escolas de

marinha e naval, os Srs. Drs. Fernando Mendes de Almoida, João Manuel Carlos de Gusmão o Carlos França.

Falleceu ante-hontem om Braga, se gundo telegramma recebido, o Sr. José Custodio da Silva Ferreira, interessado da casa commercial do Sr. Eduardo •lohnston, d'osta praça, e á qual se achava ligado ha 25 annos.

Poi elle um dos fuudadores do club de Regatas e o seu primeiro presidonte. Aa suas qualidades pessones grangea-ram-lhe sempre numerosos amigos, como

haviam grangeado a estima da

impor-tante casa commercial de que fazia parte. Foi pormittido á8 professoras D. Maria Leonor da Matta Vianna e D. Maria da Fonseca Machado de Faria, esta da es-cola da Villa da Barra do S. João e aquella da da Lapa em _ Campos, per-imitarem entre si as respectivas escolas. Pelo Dr. Monteiro de Azevedo juiz de direito do 10' districto criminal foi jul-gado nullo o processo de Injurias

ver-baes em que 'é auetor Manuel Lopes

Brazão a réo Manuel de Souza Dias.

Deu causa a essa nullidade não ter o

Dr. subdelegado da freguezia deS.Chris-tovão e o escrivão Azevedo Oosta cum-prido e observado as formulas prescritas

por loi, visto terem sido propáradoreo

do processos, sendo o auetor condem nado nas custas.

No mosteiro do S. Bento realisa-so hoje, ás 9 1/2 lioras da manhã, a sagra-ção do abba.de frei José de Santa Maria, um dos ornamentos da ordem dos reli-gioBos bonedictinos.

A' solomnidade, segundo nos

infor-mam, assistirão SS. MM. o AA.

Im-periaes. , ,

-o luovi.oanio iio iioi|iiui ,ia SaaiiCájà daMljj. ricordia, dos Indícios ia Pe.lro (I, ila fíosia Senliora ila Saude, da S. -loão Haptista, tia Nona Sonhora do Soccorro o do-Pfossa Senhora dai Dóio;, om Caícitiliirá, ("oi no ,li:i 0 d,, jullto o Rügiiinlo: eiUljmil 1.707, entraram 38, sauiram '.lil, laÜocorain lu a o»is!em

1,703.-O movimento ila Sala ,1,1 llanoo o dos tortos público* foi. no míüiio dia. do 29'. cônsul-laiilcü, para oi iiuaoi sn aviar.uu 3?»3 rei-oitas.

fraiiraram-so lÜtfiilraMpés do iIjiiIcs.

O Sr. vereador Dr. Silva Rabello

apresentará na primeira sessão da ca -mara uma proposta para que se leve a effeito a fundação de uma escola no ma-tadouro de Santa Cruz, sendo inaugu-rada uo dia 2'J do corrente mez, em ho-monagem á Princeza Imperial.

A escola terá a denominação de a Es-cola de Santa Izabol», sendo a abertura e a benção da escola feitas no dia em que for designado pela Princeza Ira-perial.

JTXJ _?_-_?

O honrado Sr, Dr. desembargador

Calmou ostá seguindo n'esta sessão um systema digno dos maiores oncomios.

S. Ex. fez recahir as nomeaç.Oes de defensores dos réos exclusivamente em pessoas dc reconhecida competência e

critério, evitando assim a continuação

do tristíssimo espectaculo, que se tem dado n*aquelle tribunal, credor de geral respeito, de ver-se a tribuna da defeza oecupada por gente que nem se quer tem bom senso.

Ainda liontem, tendo comparecido sem defensor os réos Procopio José dos Santos e Anacleto Ferreira da Cunha, o honrado

magistrado nomeou para defender o

primeiro o Sr. Quintino Bocayuva e

para defender o segundo,, o Sr. Dr. Au-gusto Saturnino da'Silva Dinlz.

Procopio era aceusado da haver

pro-vocado o esbofeteado um francez, que

estava n'um botequim da rua do Ria-chuelo, ferindo depois, com um canivete, Cesario Jorge da Costa, que estava no

mesmo estabelecimento, precedendo a

aggrossão das.seguintes palavras— Eu te mato.

Gomo sevS, a causa era-mnito odiosa quanlo á sua natureza, e o facto estava exhubernntemetite provado paios depoi-mentos uniformes das testemunhas.

E' conhecido, porém, o prestigio da palavra de "Quintino Bocavuva. O emi-nente jornalista a correetíssimo orador fez nm brilhante discurso, tirando dos setiS vastíssimos recursos oratórios os elementos qua falhavam em causa tão ingrata.

O réo foi condemnado apenas a nm moz do prisão simples e multa corres* pondente á metade do tempo.

O segundo' rè"ó", Anacleto Ferreira da Cunha, era aceusado do haver tentado arrombar a porta de uma loja da rua da Quitanda.

^eve também uma defeza que nada deixou a desejar por parte do seu illus-trado defensor.

Foi condemnado a um anno de pri3lo com trabalho.

Tem exercido o ministério publico o Sr. Dr. Sampaio Ferraz, segundo pro-motor que tem eleva'do, com o costu-mado brilhantismo, a tribuna da aceu-sação.

S. Ex., começando hontem o seu pri-meiro discurso aceusatorio, dirigiu a Quintino Bocayuva palavras de justo reconhecimento dos méritos do illustre jornalista.

AmanhS, serão julgados: Rafacle Fi-na, por cstellioiiato ; Victor Fernandes de Almeida o Isidoro Josd do Bomílm, por homicídio; e José Escardini, por oflbnsas- physicas leves.

O conselho que liontem funxionou ficou composto dos Srs. Raymundo José de Menezes Eroes. Dr. Manuel Rodrigues de Oliveira Filho, Domingos Alves Meira, Dr. Antônio Maria Teixeira, Manuel Vcnaucio Campos da Paz, Bibiano Sérgio Macedo dc Freitas Costalat, Augusto Cosar Guimarães, Luiz Marques Leitão, Dr. Antônio José da Costa, João Duarte Carneiro Monteiro, Bartholomeu José Lobão a Honrlqua Valladares.

Os libertos e mais Sofios da Caixa Libertadora José do Patrocínio sahem hoje, is 7 lioras da noita, encorpados, em jrasseiata pelas ruas da S. Chris-tovão, dirigindo-se em seguida fi casa do nosso collega da Gazela da Tarde, o Sr. José da IMrocinio, aflm de com-primenUl-o pela victoria qua alcançou na oleição municipal a 1 do corranta,

A EMPREZA SARAH BERNHARDT

Por mais.de uma vez a Êtoile du Sud,

que nos merece a maior consideração,

como . representante da imprensa fran-ceza, n'esta capital, a pelas qualidades possoaes de seu digno redactor, o nosso estimado confrade Ch. Morei, estranhou que o publico fluminense não enchesse o theatro do S. Pedro de Aloantara, todas as noites de espectaculo da grande actriz; o nosso, collega, porém, verificou o facto som lhe estudar as causas, e esse estudo

parecé-nos bastante interessante para

que o tentemoso.

O nosso colloga não sabe, a a maior parte do publico ignora, qua a empreza Abbcy-Grau-Ciacchi ganhou muito (li-nheiro n'csta excursão ao Brazil, apezar das casas fracas, e Isso porque os preços que exigiu e aquillo que nos deu—Sarah Bernhardt a parte—não guardavam na-nhuma proporção com as despezas que fez para nos trazer a eminente artista. Os preços dos logares no theatro om que representou Sarah Bernhardt só tèm comparação com o t quo oxigiu uma ou duas vezes o maestro Ferrari, que nos traz todos os annos companhias lyricas tão boas como as melhores que lia na Europa.

D'essa vez, ou d'assas duas vezes, o Sr. Ferrari levou I3S por uma cadeira, com abatimento de 10 % para os assignantes, isto é, alguma cousa menos do que eus-tou a cada assignante uma cadeira para os espectaculos de Sarah, c 50<{ por um camarote, o mesmo ca temporad.i.

Grau-Ciacchi. Os logares inferiores foram

mais baratos na empreza Ferrari que na empreza dramática.

Agora vejamos os compromissos de

uma e de outra. Ferrari tinha uma des-peza mensal de 320,000 francos, 'rama-guo ganhava 80,000, isto é, mais ou me-nos o que ganha Sarah Bernhardt; Mar-coni (tenor),30,000; Borghi-Mamo, 20.000; Stahl e sua irmã, 18,000; Adini, 8,000; o barvtono Broggi, 15,000; outro bary

tono,'8,000; Tnmburlini (baixo), 9,000;

Limonta e Visconti, 3.000 cada um; re-gente da orchestra, 4,000; coristas, 40.000; 60 professores da orchestra, dos quaes a maior parte vem do Rio da Prata e

Eu-ropa, 40,000; bailarinas, 10,000. Com

os direitos de auetor, theatro, • etc,

chega-se á cifra que apresentamos, e

que sabemos sor rigorosamente exacto,

320,000 francos por mez. .;:'

A empreza Abbey-Grau-Oiacchi dá à Sarah Bernhardt 2.500 francos ua noite de espectaculo, 4.000 francos por n\ez para I despezas de hotel e 25 % do que exceder em cada noite a 10 mil francos

do receita. Basta esta cláusula para

provar que, rendendo cada espectaculo 10 mil francos, a empreza tem lucro; porque, se uão fosse assim, não daria tão .elevado interessa á actriz sobre o exeasso d'essa quantia.

Os ordenados de todos os outros' ar-tistas da companhia montam a 25 mil francos por mez.

A empreza Abbey-Grau deu ao Sr. Ciacchi quinze por cento da receita bruta para todas as despezas no Rio de Janeiro: theatro, movimento, annuncios, bilhetes, etc.

O theatro S. Pedro de- Alcântara, aos preços d'esta empreza, rende, quando cheio, quantia superior a dez contos do réis, isto ó, vinte a vinte e dois mil francos, mais "do dobro do que os om-prezados consideraram ronda suíliciente para lhes dar bom lucro.

A -empreza deu no Rio de Janeiro

IS espectaculos, cinco em S. Paulo, um

om Santos e um em Campinas; esteve

aqui mez e maio. A renda foi a seguinte: 1* representação— Fedora,

2' dita—Dama das

Carne-lias 3' dita—Fedora 4' dita— Dama 5' dita—Fedora 6* dita—Frim-1'rou 7" dita—Adriájine Lecou-vreur 8' dita-—-Dama. 0" dita—Frou-Fran 10' dita—Adrianne 11" dita—Frou-frou... 12' dita-Phedra 13? dita—Adrianne H' dita-Pliwira .*» 15' dita—Pivmiií, Jcan- Ma-rie '...

1(5' dita—Mestre de Forjas.. 17' dita—neodóra 18' dita—Tlieodora As sete recitas cm S. Paulo

renderam 10:1603000 8:S20R000 5.320.HUOO 5:80018)00 4:000|j00i) 5:800801)0 6:5008000 2:7008000 5:2:i0íj000 4:3108000 3:4008000 5:5208000 3:470gO0O 4:1208000 5:?50S000 TidOORÜOO 10:2008000 10:20'-'8000 51:3008000 Total.. 100:7908000

Esta foi a receita. A despeza, em mez meio, deve ter sido:

Companhia 37.500 frs.

Sarah (25 espectaculos a

2.500 francos) 62.500 »

Sarah (despeza de hotel)... 6.000 »

Sarah C25 % s bre as noi-tos em quo ° recita ex-cedeu a 10^000 francos) Ciacchi (15% sobre

are-ceita bruta, 21:000g000r ao cambio de 500 rs

inúteis, ao qua nos consta, e a corres-pondancia complicada n'ossas mudanças lá ostá detida á espera das informaçffa» da câmara.

Como o caso é de chrisma, talvez fosso melhor que o correio pedisse as infor-mações ao bispo.

O thermometro marcou hontem 20,0 graus nojmaxlmo do dia, e marcou 16J0 no niinlmo da noite da ante-hontem.

Ro.-iniMinidiloj dospacliaitoá! '- Pelo nilnisloiio do iinnorio:

Carlos Gonçalves dc Mattos.—Requeira por ín» Icrmcilio do ivitor do ostabolocimeuto, na wufw-miiindo das disposiçõos vigonlM.

Pelo da jnsliça:

Aiiiünio Manuel Ayrosa.—,1a foi oípcdido ariw ao lliesonro, cm 10 de novembro do anno passada, para o pagamento da divida a que se refere o

eun-pheante. '

Polo da agricultura:

G. Fogllani, director do periódico ttLTtalia».— Complete o sollo. ¦

Pompeu Antônio do Mondonça Compareça o» iuspcclori» Roral das olil-as Publicas.

Companhia llio ds Janeiro Cily ImprovcmenUi, pedindo o pagamento de obras oxtiaordiuarias rea-usadas no 4- disiriclo.—Reformo a conla.

Em 8 do corrente, pela secretaria ds Estado dos negocias da justiça, passou-' se diploma habilitando o bacharel Au-gusto Frederico de Siqueira Cavalcante ao cargo de juiz do direito.

ESTRADA DE FERRO D. PEDRO li

Por aviso de 8 do corrente, o minis-terio da agricultura approvou o seguinte horário para o serviço dos trens da estrada do forro D. Pedro II:

O expresso S—1 continuará a partir dn corte ás 5 horas da manhã, levando os passageiros da linha do Centro, ramal de S. Paulo e dc Porto Novo. EmBclom o expresso será dividido em dois trens: um que conduzirá os passageiros da linha do Centro o ramal do Porto Novo;

e outro que seguirá, cinco minutei í

depois, levanda os passageiros do rama de S. Paulo. Esta medida foi adoptada com o fim de se prescindir do auxilio dã segunda machina, na segunda soeção.

O expresso S-2 passará a chegar 1 corte ás 8 lioras 1a noite, por cònvanlan-cia do serviço das estradas de ferro em trafego mutuo com áD. Pedro II, espa-cialmenta a Leopoldina, era consequenci* das ultimas que foram ha pouco tempu inauguradas,

Na 1' secção augmontaram-se dons

trens mixlos.

O trem S—3, que partia da corte áa 8

horas da manhã, partirá d'ora avante

ás 7. da manhã, devendo chegar a Ma-riano Procopio, ás 6 horas e 58 minutos da tarde. '

O trem S-4, que chegava á corta Ss

5 horas e 30 minutos, chegará d'ara

avante ãs 5 horas e 10 minutos. G mixto para o ramal de Santa Crur, ás 8 horas da manhã, passa a partir &a 7 horas e 30 minutos.

Os t''ens de subúrbios foram augmec-tados a 42 diários, ficando estabelecida o horário de modo a satisfazer os passa-. geiros, que os terão com poquenos lutar valos,

A Sociedade BeneflcaQte Memória aa

Marechal Duque de Saldanha roalisi

hojo uma sessão solemne, commemora-tiva do seu terceiro anniversario.

Do programma da festa co.nsta uma

excelleute parte do concerto. i>

Os olliciaes do 1* batalhão de artilha-ria a pé, em sessão solemne, commemo-raram ante-hontem, na fortaleza de Santa Cm/, o 1' anniversario da fundação d» bibliothoca do môsmo batalhão.

Sob a presidência do coronel Policio o perante seleeto auditório foi empossada a nova direetoria, oecupando a- tribima vários Srs. ofliciaes e o seadedico.fêr^ -Alfredo Normanha, que saudou os fun-dadores do curso creado no batalhão. Terminada a sessão, roalisou-se na residência do coronel Policio animada snirée que so prolongou até pela manblw

Falleceu em Cantagallo D.

Maria da Silveira Lima. Carolina

Total.

4S.000 »

-_ >

151.000 »

qua, deduzidos os 320. mil francos da receita, deixam om mez e moio 160 mil francos. Daduza-se aiuda d'isto os 25 "/.

que tem Sarah sobre o excesso de 10

mil trancos, e ouo .pela renda que acima inserimos calculamos em 37,500 (ranços, e temos 12S a 130 mil francos de lucro liquido para' os Srs. Abbey '& Grau. Isto é, sessenta e tantos contos de réis, digamos 50 contos, para lhes dar mar-gein para despezas, que... não .fizeram. A parte que tocou a Sarah foi 100 mil francos, cincoenta contos de réis.

Se toda a tournde dor o mesmo resut-tado quo deu o Rio de Janeiro, os Srs. Grau e Abbey ganharão uma vordadeira fortuna.

E houve casas fracas, e disse-se qne o publico não freqüentou bastante o theatro.

Se a empreza nos tivesse trazido uma companhia mafs regular, se tivesse tra-zido ropertorio, o que annunciou e não cumpriu ; se, com o pouco que trouxe, tivesse aberto uma assignatura para seis ou oito recitas, eni vez de quinze ; ou tivesse feito preços mais razoáveis que os seus compromissos lhe permittiam, o theatro estaria cheio todas as noites, porque, apezar de tudo, teve cinco on-clientes reaes aqui e seto nas cidades paulistas,

Os assignantes, que pagaram tão caro, tiveram a mesma .peça duas e-tres ve-zes; tiveram o Sr. Garnier a fazer de Armand Duval, viram uma enfiada de cabolins, máu scenario; accessorios po-brissimos, isto 6, viram Sarah Bernhardt nas peiores condições, o aiuda assim a empreza ganhou muito dinheiro.

Achando o nosso collega da Étoile âu Sud que é prova de máu gosto não ir vêr tres vezes a Fedora, tres vezes a uama das Camelias, quatro vezes Frcju-Frou, tres vezes Adrienne Lecouvrenr, lias

condições o pelos preços que deixamos indicados?

Pese bem o nosso colloga o qua ahi fica dito e verá que o Brazil rendeu o devido pralto á grande actriz franceza. A continuada mudança doS nomes das ruas causa grandes embaraços a difli-cu!dade3 ao serviço postal, e d'ahi pro-vem ficar multa correspondência detida no correio por alli se ignorarem assas mudanças e por faltar uma ,repartição incumbida d'esse trabalho.

Ora, na falta d'esta, o correio perliii á camal's municipal para que lhe d'esse uma nota oílieial das ruas que mudaram de nome, mas tís seus esforços tem aiilo

Tomaram posse dos cargos de directo-res da Caixa Beuoflconte dos Empregados de Fundição o Fundidores do Arsenal-da Marinha da còrtc, os Srs.: director, Luii .Tose>Alves dc Aguiar; secretario, Pedro Ribeiro Machado; thesoureiro, Manual Simões das Neves; conselho (Iscai; Fran-cisco de Paula Souza Louzada, Antônio C. Bouças, João Peixoto da Costa Maia, Manuel Vieira Cardoso e José Francisco Alves.

PAK_AM5EWTO

A ordem do dia para a sessão da ama-nhã, no sanado, é a seguinte:

1' parle (até ás 2 horas ou antos).— . Votação das matérias, cuja discussãa ficou encerrada,

2' discussão das proposições da câmara ' dos deputados:

N. 15, do corrente anno. auetorisando o governo a conceder ao í)r. Gracili.tna de Paula Baptista, lente cathedratic» da Faculdade de Direito do Recuo, um anno de licença j

N. 5, do corrente armo, nnprovando aa pensões concedidas aos soldados Ra-mualdo Peroira Gome3 e José Joaquim da Silva;

N. 0, do corrente anno, approvaiido a pensão concedida ao musico reformada do extineto 2° corpo de voluntários da pátria João Felix Martins de Mendonça; 3' discussão da proposição da mesma câmara n. 3, do corrente anno, alíctori-sando o governo a conceder jubilaçãs aa protonotârio apostólico Ernesto Camilla Barreto, lente de theologia dogmática do seminário episcopal da Conceição, dadio-cese dc Cuyabâ.

2' discussão da proposição da mesma câmara n. 67. de 1S32. relevando a pra- . scripção 6m que incorreu D. Marcolina -Furtado de Mendonça, viuva do capita» Francisco de Oliveira Cabral, para per-ceber a pensão que lhe foi concedida, a contar da data do decreto do conceesã» até 11 de setembro de 1871.

1* discussão da indicação do Sr. Cor-rêa, letra C, de 1882, para que se altera o regimento no sontido de não podere.n ser aceitas na 3* discussão emendas con-tendo matéria nova ou augmento de des-peza publica. .

2' parte (ás 2 horas da tarde, ou antes, até ás 4):

2' (lisenssão da proposta do poder ex» cutivo, convertida em projecto do lei pala câmara dos deputados, sob n. II, do cor-rente anno, concedendo ao ministério ds ; império croditos supplementares par* '•' pagamento de subsidio de seuadores * _ deputados, publicação de debates e ou-tros.

Acerca da contradição entre asid^da» constantes da matricula ou averl-açã» de alguns escravos a as que constam da documentos exhibidos perante a pi_Sdencia da provincia de ftíiiíísGaraa^ -declarou o ministério da agricultura:

Que, nos termos do regulamento,•«» declarações da matricula consideram certas para todos os eiíeiios da lei, salva sentença passada em julgado (art. ó , S 2') com a cláusula ostabelecula ns final do art. 10 § 0', quando se tratw 'de arrolamento de sexagenários. Relatt-vãmente ás averbucõés pôde exigir-sa certidão das matrículas primitivas, pra» cedendo á vista d'estas os juizís e col- v

lectores conforme a lei, mas taúde em víbta que as declarações devom ser rigá-rosamente cotejadas entre si» para qns» ae não dò substituição de posso,».

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