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COMITÉ DAS COMUNICAÇÕES ELECTRÓNICAS

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Academic year: 2021

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COMITÉ DAS COMUNICAÇÕES ELECTRÓNICAS 

 

Decisão EEC 

de 1 de Dezembro de 2006 

sobre a harmonização de sistemas GSM a bordo de aeronaves nas faixas de 

frequências 1710‐1785 e 1805‐1880 MHz 

 

(EEC/DEC/(06)07) 

    MEMORANDO EXPLICATIVO    1. INTRODUÇÃO   

O  recurso  às  comunicações  móveis,  qualquer  que  seja  a  localização  do  utilizador,  tem  constituído uma necessidade crescente. Isto inclui igualmente a utilização de telemóveis GSM  a bordo de aeronaves. Não obstante, o bom funcionamento de sistemas que dêem resposta a  esta  situação  depende  do  estabelecimento  de  uma  base  para  a  livre  circulação  deste  equipamento  na  Europa,  bem  como  da  disponibilização  de  acesso  ao  espectro  necessário,  assegurando por outro lado que todas as questões em matéria de segurança aeronáutica são  devidamente abordadas. 

 

2. ÂMBITO 

A  presente  Decisão  abrange  as  questões  que  respeitam  a  regulamentação  das  radiocomunicações  relativamente  ao  funcionamento  destes  sistemas,  e  não  aos  aspectos  de  segurança  de  aviação  (relacionados  tanto  com  factores  técnicos  como  humanos),  que  se  encontram abrangidos nas responsabilidades das autoridades de aviação competentes.    3. HISTORIAL  O Comité das Comunicações Electrónicas (EEC) tem por objectivo facilitar a livre circulação e  utilização de equipamentos de rádio. A presente Decisão pretende ampliar a aplicação deste  objectivo genérico de forma a incluir o campo do transporte aéreo.  O sistema considerado nesta Decisão (isto é, o equipamento necessário para estabelecer um  sistema  GSM  de  pico‐células1,  na  faixa  dos  1800  MHz,  a  bordo  de  aeronaves,  impedindo  o  estabelecimento de comunicação directa dos terminais móveis a bordo com as redes móveis  em  terra,  “o  Sistema”)  pretende  constituir  uma  interface  para  os  terminais  móveis  GSM  a  bordo,  oferendo  uma  vasta  gama  de  serviços  normalmente  prestados  por  redes  GSM.  É  importante garantir que os terminais  móveis a bordo das aeronaves não tentem estabelecer  comunicação directa com Estações Emissoras‐Receptoras de Base em terra (Base Transceiver        

1

  Pico‐células  são  células  utilizadas  principalmente  em  espaços  interiores,  neste  caso  a  bordo  de  aeronaves. 

(2)

Stations  ‐  “BTS”),  comunicando  apenas  com  a  BTS  da  aeronave.  A  ligação  entre  o  sistema  a  bordo  e  o  sistema  em  terra  não  é  abrangida  pelo  âmbito  de  aplicação  da  presente  Decisão.  Esta  ligação  funcionará  em  faixas  de  frequências  distintas,  provavelmente  recorrendo‐se  a  ligações via satélite, as quais devem operar ao abrigo das Decisões EEC relevantes. O Sistema  deve  funcionar  apenas  em  determinadas  fases  do  voo,  excluindo  os  períodos  em  que  a  aeronave se encontra no solo, e as fases de descolagem e aterragem. 

Torna‐se necessária uma abordagem harmonizada ao Sistema, em paralelo com uma utilização  harmonizada  que  garanta  a  prestação  de  um  serviço  sem  interrupções  à  medida  que  a  aeronave  atravessa  as  fronteiras  entre  os  vários  países,  reduzindo  em  simultâneo  a  carga  regulamentar que recai sobre as Administrações, operadores de redes GSM e operadores de  aeronaves. 

Será muito frequente que durante um voo a aeronave percorra o espaço aéreo de mais de um  país, permanecendo durante um curto período apenas no espaço aéreo de um dado país. Por  conseguinte,  é  necessário  adoptar  uma  estratégia  regulamentar  comum  que  garanta  que  o  espectro utilizado pelo Sistema possa ser utilizado independentemente do espaço aéreo que a  aeronave  atravesse,  desde  que  o  Sistema  cumpra  limites  estabelecidos,  de  forma  a  evitar  interferências nocivas. 

Para  efeitos  desta  Decisão  apenas,  assume‐se  que  a  responsabilidade  pela  autorização  do  espectro utilizado a bordo da aeronave como parte do Sistema recai sobre o país de registo da  aeronave. 

A  certificação  de  aeronavegabilidade  do  Sistema  é  uma  responsabilidade  a  assumir  em  separado pelas autoridades de aviação competentes do país de registo da aeronave. 

 

4. NECESSIDADE DE UMA DECISÃO EEC 

Verifica‐se  a  necessidade  de  uma  Decisão  EEC  que  incida  sobre  a  utilização  harmonizada  do  Sistema nas faixas de frequências GSM dos 1800 MHz e ao acesso às mesmas.      Decisão EEC  de 1 de Dezembro de 2006  sobre a harmonização de sistemas GSM a bordo de aeronaves nas faixas de frequências  1710‐1785 e 1805‐1880 MHz    (EEC/DEC/(06)07)     

“A  Conferência  Europeia  das  Administrações  dos  Correios  e  Telecomunicações,   

considerando 

a)   Que todos os Estados gozam de soberania no espaço aéreo2, incluindo o espectro de  radiofrequências, sobre o seu território; 

 

       2

  Definido  como:  espaço  sobre  um  determinado  território  nacional,  que  se  considera  pertencente  ao  Governo do território. Não inclui o espaço exterior, que de acordo com o Tratado do Espaço Exterior de  1967 foi declarado livre e não sujeito a apropriação nacional. 

(3)

b)  A adopção pela EEC do Relatório 093 intitulado “Compatibilidade entre equipamento  GSM a bordo de aeronaves e redes terrestres”; 

c)  Que de acordo com o Regulamento de Radiocomunicações da UIT as faixas dos 1710‐ 1785 e 1805‐1880 MHz estão atribuídas ao serviço móvel numa base co‐primária;  d)  Que  as  faixas  de  frequências  dos  1710‐1785  e  1805‐1880  MHz  foram  atribuídas  ao 

sistema GSM na Europa; 

e)  Que  o  chamado  “Sistema”  (isto  é,  o  equipamento  necessário  para  estabelecer  um  sistema GSM de pico‐células, na faixa dos 1800 MHz, a bordo de aeronaves, impedindo  o estabelecimento de comunicação directa dos terminais móveis a bordo com as redes  móveis  em  terra)  poderia  permitir  a  utilização  de  terminais  móveis  GSM  a  bordo  de  aeronaves durante o voo; 

f)  Que  se  devem  tomar  medidas  adequadas  para  assegurar  que  os  terminais  a  bordo  estão  desligados  quando  o  sistema  GSM  não  estiver  em  funcionamento  e  que  os  terminais  móveis  não  controlados  pelo  Sistema  (tais  como  os  terminais  de  redes  móveis profissionais) permanecem desligados durante todo o voo; 

g)  Que,  desde  que  os  níveis  de  potência  e  faixas  de  frequências  utilizados  pelo  Sistema  estejam  devidamente  controlados  e  que  os  terminais  móveis  a  bordo  da  aeronave  durante o voo sejam impedidos de tentar estabelecer comunicação directa com redes  terrestres  móveis,  podendo  apenas  comunicar  com  o  Sistema  disponível  a  bordo,  é  possível garantir que não ocorrerão interferências nocivas sobre sistemas que operem  no exterior da aeronave; 

h)  Que  o  efeito  do  Sistema  pode  ser  confinado  ao  interior  da  aeronave,  facilitando  a  utilização eficiente do espectro; 

i)  Que  sem  prejuízo  dos  requisitos  mínimos  de  altura  definidos  no  Anexo,  as  Administrações podem impor restrições de altura ou geográficas suplementares para o  funcionamento  do  Sistema  no  território,  quando  justificado  pelas  condições  topográficas nacionais e as condições de implantação das redes terrestres no país;  j)  Que para efeitos da presente Decisão, considera‐se que o espaço no interior da cabina 

da  aeronave  está  sob  o  controlo  do  país  de  registo  da  aeronave  e  que  o  Sistema  é  utilizado apenas na aeronave; 

k)  Que  para  este  efeito  o  país  de  registo  da  aeronave  é  responsável  pelo  espectro  utilizado pelo Sistema a bordo da mesma, de acordo com o regime de autorização do  país; 

l)  Que  a  utilização  das  frequências  em  questão  está  sujeita  à  autorização  de  uma  Administração  apenas,  porém  tais  frequências  podem  ser  utilizadas  no  espaço  aéreo  de outros países; 

m)  Que a instalação e utilização do Sistema na aeronave estão sujeitas à regulamentação,  incluindo  certificação  de  aeronavegabilidade,  por  parte  das  autoridades  de  aviação  competentes,  não  podendo  o  Sistema  entrar  em  funcionamento  sem  que  tais  requisitos sejam cumpridos; 

n)  Que  a  presente  Decisão  não  aborda  as  questões  relacionadas  com  as  ligações  comunicacionais entre o Sistema e as redes terrestres; 

o)  Que se devem tomar todas as medidas necessárias de supervisão do cumprimento dos  parâmetros  técnicos  relevantes  definidos  no  Anexo  pelo  Sistema  e  respectiva  instalação; 

(4)

p)   Que, não obstante as medidas tomadas no sentido de evitar as interferências nocivas  referidas  nos  considerandos  g),  h),  i)  e  o),  poderá  ainda  ser  necessário  que  as  Administrações  prestem  mutuamente  assistência  no  sentido  da  resolução  atempada  de relatórios de interferências, em conformidade com os procedimentos adequados da  UIT; 

q)  Que  o  Sistema  presta  um  serviço  de  comunicações  electrónicas  a  terminais  móveis  GSM no interior de uma aeronave durante um voo; 

r)  Que  a  presente  Decisão  não  impede  os  países  membros  da  UE/EFTA  de  dar  cumprimento às obrigações que lhes são impostas pelas normas comunitárias; 

  DECIDE 

1.  Que  as  Administrações  devem  autorizar  a  utilização  do  Sistema  nas  faixas  de  frequências dos 1710‐1785 e 1805‐1880 MHz, desde que o operador do sistema tenha  sido  autorizado  a  operar  o  Sistema  (incluindo  o  direito  de  utilização  do  espectro  necessário) pelo país de registo da aeronave, de acordo com as restrições referidas no  considerando i); 

2.  Que  o  Sistema  não  deve  causar  qualquer  interferência  nociva  sobre  demais  sistemas  autorizados, nem reivindicar protecção contra os mesmos; 

3.  Que  a  utilização  do  Sistema  deverá  cumprir  os  requisitos  técnicos  e  operacionais  definidos no Anexo; 

4.  Que a presente Decisão entra em vigor a 1 de Dezembro de 2006; 

5.  Que a data de implementação desta Decisão deverá ser preferencialmente 1 de Junho  de 2007; 

6.  Que  as  Administrações  da  CEPT  deverão  comunicar  as  medidas  tomadas  a  nível  nacional para a implementação desta Decisão ao Presidente do EEC e ao ERO; 

7.  Que  as  Administrações  da  CEPT  deverão  comunicar  ao  ERO  todas  a  medidas  suplementares tomadas a nível nacional que completem a presente Decisão de acordo  com  o  considerando  i),  que  devem  ser  publicitadas  no  sítio  do  ERO  (http//:www.ero.dk)”. 

    Nota: 

O  sítio  do  ERO  (http//:www.ero.dk)  contém  uma  actualização  permanente  das  medidas  de  implementação desta e de outras Decisões ECC.               

(5)

ANEXO 

REQUISITOS TÉCNICOS E OPERACIONAIS PARA SISTEMAS GSM A BORDO   

A.1  Descrição do sistema GSM a bordo 

O sistema de comunicações móveis GSM a bordo (o Sistema) permite que os passageiros das  companhias  aéreas  utilizem  os  seus  terminais  móveis  pessoais  durante  fases  de  voo  aprovadas. O acesso GSM a bordo das aeronaves é prestado por uma ou mais pico‐células BTS  (Estação emissora‐receptora de base da aeronave ‐ BTS da aeronave). Os terminais móveis a  bordo devem ser impedidos de tentar estabelecer comunicação directa com as redes móveis  em terra. Isto pode ser garantido:  • Pela instalação de uma unidade de controlo da rede (NCU) que aumenta o patamar de  ruído dentro da cabina nas faixas de recepção das comunicações móveis e/ou;  • Dotando a fuselagem da aeronave de imunidade às RF de forma a atenuar o sinal de  que passa para dentro e fora da fuselagem.  A potência a bordo dos terminais móveis GSM a bordo é controlada pela BTS da aeronave para  que estes transmitam a um nível mínimo. A BTS da aeronave funciona na faixa GSM 1800. Esta  faixa foi escolhida pois a potência de emissão mínima do terminal móvel é menor do que na  faixa GSM 900 e porque a atenuação da transmissão (path loss) é superior na faixa GSM 1800.  A  potência  da  NCU  deve  ser  suficiente  para  impedir  que  as  redes  terrestres  sejam  “perceptíveis” embora não tão forte que cause interferências nocivas a estas mesmas redes.  Da mesma forma, a potência da BTS da aeronave deve ser suficiente para prestar um serviço  fiável, sem causar interferências nocivas às redes terrestres.  As redes terrestres protegidas são as que funcionam nas seguintes faixas de frequências:   • 450‐470 MHz   • 876‐915 MHz  / 921‐960 MHz   • 1710‐1785 MHz  / 1805‐1880 MHz   • 1920‐1980 MHz  / 2110‐2170 MHz 

Poderá  verificar‐se  no  futuro  a  necessidade  de  tratar  de  questões  ligadas  a  outras  faixas  de  frequências (tais como as da faixa 2500‐2690 MHz).  A presente Decisão aplica‐se ao funcionamento do Sistema a uma altura mínima acima do solo  de 3000 metros.                     

(6)

A.2 IMPEDIMENTO DA LIGAÇÃO DOS TERMINAIS MÓVEIS ÀS REDES EM TERRA 

Durante  o  período  em  que  o  funcionamento  dos  terminais  móveis  GSM  é  autorizado  numa  aeronave,  os  terminais  móveis  que  recebem  comunicações  dentro  das  faixas  de  frequências  enumeradas na tabela 2 devem ser impedidos de tentar estabelecer comunicação directa com  as redes móveis em terra.    Faixa de frequências  (MHz)  Sistemas em terra 3  460‐470  CDMA2000, FLASH OFDM  921‐960  GSM, WCDMA  1805‐1880  GSM, WCDMA  2110‐2170  WCDMA  Tabela 1  No caso de se recorrer a uma NCU, o patamar de ruído emitido deverá ser o suficiente para  impedir que os terminais entrem em comunicação directa com as redes terrestres, cumprindo  em simultâneo o limite, descrito na secção A.3, de potência máxima emitida pela aeronave nas  faixas de recepção das comunicações móveis4.    A.3 P.I.R.E. DA NCU/BTS DA AERONAVE, MEDIDA FORA DA AERONAVE  A p.i.r.e. total, medida fora da aeronave, da NCU/BTS da aeronave não deve ultrapassar5:  P.i.r.e. máxima produzida pela NCU/ BTS da aeronave, medida fora da aeronave em  dB/canal 

Faixa: 450 MHz  Faixa: 900 MHz  Faixa: 1800 MHz  Faixa: 2 GHz  Altura  acima 

do solo (m) 

Largura de banda  do canal = 1.25 Hz 

Largura  de  banda  do canal =200 kHz 

Largura  de  banda  do canal =200 kHz 

Largura  de  banda  do  canal =3.84 MHz  3000  ‐17.0  ‐19.0  ‐13.0  1.0  4000  ‐14.5  ‐16.5  ‐10.5  3.5  5000  ‐12.6  ‐14.5  ‐8.5  5.4  6000  ‐11.0  ‐12.9  ‐6.9  7.0  7000  ‐9.6  ‐11.6  ‐5.6  8.3  8000  ‐8.5  ‐10.5  ‐4.4  9.5  Tabela 2 

Deve  notar‐se  que  os  limites  definidos  na  Tabela  2  dependem  do  ângulo  de  elevação  ao  terminal vítima no solo (ver apêndice a este anexo). Os valores indicados na tabela destinam‐ se ao caso de o terminal vítima se encontrar directamente sob a aeronave, e por conseguinte  devem ser considerados valores prudentes.             3Os parâmetros dos sistemas “vítima” tomados em consideração foram utilizados ao definir os limites  descritos neste anexo; ver relatório 93 da EEC para referência dos valores assumidos nos estudos.  4 Se estes dois requisitos não puderem ser cumpridos em simultâneo para uma determinada altura de  aeronave, deve aumentar‐se a altura mínima de funcionamento do Sistema.  5

  Os  valores  referidos  nas  tabelas  2  e  3  correspondem  ao  aumento  máximo  do  patamar  de  ruído  na  recepção 1 dB (i.e. I/N ≤ ‐6 dB), com elevada fiabilidade estatística, utilizando os tipos mais sensíveis de 

(7)

A.4 P.I.R.E. DO TERMINAL A BORDO, MEDIDA FORA DA AERONAVE 

A p.i.r.e  medida fora da aeronave, do terminal  móvel GSM que transmite a 0  dBm não deve  ultrapassar6:    P.i.r.e. máxima, medida fora da  aeronave, do terminal móvel GSM em  dBm/canal  Altura  acima  do solo (m)  1800 MHz  3000  ‐3.3  4000  ‐1.1  5000  0.5  6000  1.8  7000  2.9  8000  3.8  Tabela 3    Deve notar‐se que os limites definidos na Tabela 3 dependem do ângulo de elevação à estação  de  base  vítima  no  solo  (ver  apêndice  a  este  anexo).  Os  valores  indicados  na  tabela  correspondem a um ângulo de elevação de 2º, tratando‐se de dados prudentes.    A.5 ALTURA MÍNIMA ACIMA DO SOLO  A altura mínima acima do solo para qualquer transmissão do sistema em funcionamento deve  ser 3000 metros. No entanto, este requisito de altura mínima poderá ser definido a um nível  mais elevado, nomeadamente: 

• Para  efeitos  de  cumprimento  dos  requisitos  da  BTS  da  aeronave  e  de  emissão  dos  terminais a bordo, estabelecidos nas secções anteriores, 

• Quando  justificado  pelas  condições  topográficas  nacionais  e  as  condições  de  implantação das redes terrestres num dado país. 

 

A.6 REQUISITOS OPERACIONAIS 

A BTS da aeronave deve limitar a potência de emissão de todos os terminais móveis GSM que  emitem  na  faixa  dos  1800  MHz  a  um  valor  nominal  de  0  dBm  em  todas  as  etapas  da  comunicação, incluindo o acesso inicial. 

Devem  ser  tomadas  medidas  adequadas  para  assegurar  que  os  terminais  a  bordo  estão  desligados  sempre  que  o  sistema  GSM  não  estiver  em  funcionamento  e  que  os  terminais  móveis  não  controlados  pelo  Sistema  (tais  como  os  terminais  de  redes  móveis  profissionais)  permanecem desligados durante todo o voo. 

   

       6

  Os  valores  referidos  nas  tabelas  2  e  3  correspondem  ao  aumento  máximo  do  patamar  de  ruído  na  recepção 1 dB (i.e. I/N ≤ ‐6 dB), com elevada fiabilidade estatística, utilizando os tipos mais sensíveis de  estações de base e terminais. 

(8)

 

APÊNDICE AO ANEXO: CONSIDERAÇÕES QUANTO À IMPLEMENTAÇÃO DO SISTEMA   

Considerações sobre a concepção/instalação dos sistemas 

Os  requisitos  de  funcionamento  de  um  sistema  GSM  a  bordo,  que  pretendem  garantir  a  ausência  de  interferências  nas  redes  terrestres,  dependem  fortemente  de  muitos  factores  ligados ao Sistema, incluindo o tamanho e tipo da aeronave, as características de isolamento  de RF, as características de propagação no interior da cabina e a instalação do sistema a bordo.  A  definição  de  requisitos  de  emissão  fora  da  aeronave  (ver  pontos  A.3  e  A.4)  apresenta  as  seguintes vantagens:  • Os limites são independentes do tipo de aeronave e das características técnicas, tais  como tamanho, construção da fuselagem, características de imunidade às RF, etc.;  • Os limites estabelecidos são neutros do ponto de vista tecnológico, na medida em que  não assumem a instalação de um tipo específico de sistema GSM em voo (isto é, se o  sistema utiliza ou não as NCU, que tipo de antenas são usados nas BTS das aeronaves,  etc.)  • Os fabricantes e operadores dos sistemas GSM a bordo têm liberdade para definir um  equilíbrio entre elementos diferentes de concepção de sistema técnico e a escolha de  tipo de instalação que respeite os limites estabelecidos, tais como:  o  Variação da potência de saída da NCU/ BTS da aeronave no interior da cabina  dependendo da atenuação da fuselagem;  o Escolha para a NCU/BTS da aeronave de um tipo de antena e da quantidade e  colocação  apropriados  da  mesma,  que  garanta  o  máximo  de  eficácia  da  cobertura  na  cabina,  limitando  em  simultâneo  a  radiação  para  o  exterior  da  aeronave; 

o Avaliação  mais  precisa  das  características  de  propagação  na  cabina,  por  exemplo,  variação  da  intensidade  do  sinal  consoante  a  disposição  interior  da  cabina,  inserindo  este  dado  na  avaliação  das  emissões  para  o  exterior  da  aeronave. 

As administrações que desejem autorizar o funcionamento de sistemas GSM a bordo podem  incluir  a  documentação  que  inclua  a  descrição  da  avaliação  da  instalação  daqueles  sistemas  nas  formalidades  de  autorização.  Por  outro  lado,  as  Administrações  que  autorizem  sistemas  GSM a bordo podem ainda tomar em consideração diversos factores de mitigação tais como a  distribuição de portadoras nas faixas autorizadas. 

Apresenta‐se  nas  subsecções  seguintes  alguns  factores  que  podem  ser  considerados  como  parte de uma avaliação pormenorizada.  O Relatório 93 da EEC disponibiliza informações adicionais sobre estas questões.           

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Atenuação da fuselagem da aeronave 

A atenuação da aeronave é um factor muito relevante no que respeita à forma como os limites  de  emissão  fora  da  aeronave  se  relacionam  com  os  parâmetros  actuais  do  equipamento  do  sistema GSM instalado a bordo da aeronave (nomeadamente potência de saída da NCU/ BTS  da  aeronave,  o  tipo  de  antena  e  as  características  da  radiação).  No  entanto,  este  factor  depende  fortemente  das  especificidades  da  aeronave,  tais  como  tamanho,  construção  e  material da fuselagem, número de janelas, etc. Por esta razão, é impraticável definir uma única  relação  precisa  (uma  fórmula  analítica  ou  empírica)  que  seja  aplicável  a  todos  os  tipos  de  aeronaves. 

Prevê‐se  que  os  fabricantes/operadores  tenham  a  possibilidade  de  avaliar  com  um  grau  de  precisão razoável a atenuação de fuselagem para cada tipo específico de aeronave em que se  deseje  instalar  o  sistema  GSM  a  bordo,  estabelecendo  a  relação  entre  os  limites  de  emissão  fora  da  aeronave  com  os  parâmetros  do  equipamento  e  limites  de  emissão  no  interior  da  aeronave considerada em específico. 

 

Ângulo de elevação do receptor vítima no solo 

• As pesquisas descritas no Relatório 93 da EEC demonstram que os limites de radiação  máxima  do  sistema  GSM  a  bordo,  de  protecção  das  redes  terrestres,  dependem  do  ângulo de elevação a que o receptor vítima no solo avista a aeronave interferente. Isto  resulta  do  facto  de,  para  uma  dada  altura,  existirem  dois  factores  que  variam  inversamente com o ângulo de elevação da aeronave: quanto menor for o ângulo de  elevação, maior a distância da aeronave e a atenuação da transmissão em espaço livre;  mas  • Quanto menor for o ângulo de elevação, maior é o ganho da antena receptora vítima  do BTS no solo.  Como o ângulo de elevação se modifica à medida que a aeronave passa sobre as estações de  base  terrestres,  deve  assumir‐se  o  pior  cenário  de  ângulo  de  elevação  ao  serem  inferidos  os  limites de radiação definidos no anexo. 

Se  for  conhecido  o  padrão  de  radiação  da  aeronave,  esta  informação  deve  ter  tomada  em  consideração  ao  serem  definidos  os  limites  de  emissão  de  um  tipo  de  aeronave  e  instalação  específicos  (por  exemplo,  posicionamento  das  antenas  de  NCU/  BTS  da  aeronave  relativamente às janelas da aeronave). 

A  secção  8  do  Relatório  93  da  EEC  disponibiliza  informações  adicionais  sobre  esta  questão  (incluindo gráficos sobre limites de emissão como função do ângulo de elevação). 

Referências

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