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FERRONATO_Estudo técnico da adição de detergente no concreto

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO – UNEMAT

PAULO HENRIQUE FERRONATO NUNES

ESTUDO TÉCNICO DA ADIÇÃO DE DETERGENTE NO CONCRETO

Sinop – MT

2017/2

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO – UNEMAT

ESTUDO TÉCNICO DA ADIÇÃO DE DETERGENTE NO CONCRETO

Projeto de Pesquisa apresentado à Banca Examinadora do Curso de Engenharia Civil – UNEMAT, Campus Universitário de Sinop-MT, como pré-requisito para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil.

Prof. Orientador: Dr. André Luiz Nonato Ferraz. Prof. Coorientador: Esp. Vinicius Gonsales Dias.

Sinop

2017/2

(3)

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Tolerância para realização do ensaio ... 17 Tabela 2 – Valores de abatimento ... 18 Tabela 3 – Consumo de água ... 18

(4)

II

LISTA DE EQUAÇÕES

𝑓𝑐 = 4𝐹 𝜋×𝐷2 Equação 1 ... 17 𝐶𝑐 = 𝑄(𝐾𝑔/𝑚𝑎/𝑐 3) Equação 2 ... 19 𝑉𝑚 = 1 − (𝐶𝑐 𝛾𝑐+ 𝐶𝑏 𝛾𝑏+ 𝐶𝑎 𝛾𝑎) Equação 3 ... 20

(5)

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Influência do atrito na compressão dos corpos de prova ... 13

Figura 2 – Cone e haste utilizados no ensaio de abatimento ... 16

Figura 3 – Curva de Walz ... 19

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IV

LISTA DE ABREVIATURAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária ABCP – Associação Brasileira de Cimento Portland ACI – American Concrete Institute

CPs – Corpos de prova

DECIM – Departamento de Cimento e Concreto IBRACON – Instituto Brasileiro de Concreto NBR – Norma Brasileira

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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

1. Título: Estudo técnico da adição de detergente no concreto 2. Tema: Engenharia Civil

3. Delimitação do Tema: Materiais e componentes da construção 4. Proponente: Paulo Henrique Ferronato Nunes

5. Orientador: Profº Drº André Luiz Nonato Ferraz 6. Coorientador: Profº Esp. Vinicius Gonsales Dias

7. Estabelecimento de Ensino: UNEMAT – Universidade do Estado de Mato

Grosso

8. Público Alvo: Instituições de ensino, atuantes na área de engenharia e

pesquisadores

9. Localização: Av. dos Ingás, Nº 3001, Jardim Imperial, Sinop-MT, CEP

78.555-000

(8)

VI

SUMÁRIO

LISTA DE TABELAS ... I LISTA DE EQUAÇÕES ... II LISTA DE FIGURAS ... III LISTA DE ABREVIATURAS ... IV DADOS DE IDENTIFICAÇÃO ... V 1 INTRODUÇÃO ... 7 2 PROBLEMATIZAÇÃO ... 9 3 JUSTIFICATIVA... 10 4 OBJETIVOS ... 11 4.1 OBJETIVO GERAL ... 11 4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ... 11 5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ... 12 5.1 CONCRETO ... 12 5.1.1 Estado fresco ... 12 5.1.2 Estado endurecido ... 13 5.2 ADITIVOS ... 13 5.2.1 Aditivo plastificante ... 14 5.3 ENSAIOS ... 14 5.3.1 Cura e moldagem... 14

5.3.2 Abatimento (slump test) ... 15

5.3.3 Ensaio de resistência à compressão ... 16

5.4 TRAÇO DO CONCRETO ... 17

6 METODOLOGIA ... 21

7 CRONOGRAMA ... 23

(9)

1 INTRODUÇÃO

A busca por novas tecnologias que possam beneficiar a produção e melhorar o desempenho do concreto estão em constante desenvolvimento, essas pesquisas vem se tornando cada vez mais corriqueiras no meio acadêmico para que em um futuro próximo possam se disseminar e se concretizar no mercado brasileiro.

De acordo com Coutinho (1997), o povo romano já utilizava e empregava alternativas rudimentares para um melhor desempenho do concreto, adicionando sangue, clara de ovo, banha ou leite, a fim de melhorar a fluidez e plasticidade do concreto.

O concreto é o material estrutural mais importante e mais utilizado na construção civil da atualidade, se define por uma mistura de água, cimento e agregados (graúdos e miúdos). As propriedades mecânicas do concreto são conhecidas por possuírem uma elevada resistência à compressão comparada com sua baixa resistência à tração. (NEVILLE, 2013).

Segundo Petrucci (2005), trabalhabilidade é a propriedade do concreto que identifica sua aptidão para ser empregado de acordo com sua finalidade, sem perda de homogeneidade.

Aditivo é algum material adicionado ao concreto (exceto água, cimento e agregados) com a finalidade de alterar específicas propriedades do mesmo no sentido de melhorar seu desempenho a determinadas situações. (MEHTA & MONTEIRO, 2008).

O emprego de aditivos no concreto foi e está sendo um grande avanço na engenharia, pois é uma tecnologia que permite o desenvolvimento de concretos com desempenhos superiores.

Ainda de acordo com Mehta & Monteiro (2008), existem mais de 20 tipos diferentes de aditivos com diversas finalidades, por exemplo, reduzir a exsudação, reduzir a segregação, aumentar a trabalhabilidade e plasticidade, acelerar ou retardar o tempo de pega, diminuir a retração. Hoje pelo mundo é estimado que 80 a 90% de todo concreto produzido contém algum tipo de aditivo.

De acordo com a ABNT – NBR 11768 (2011), o aditivo plastificante é aquele que consegue, sem modificar a quantidade de água do traço do concreto, aumentar a trabalhabilidade e plasticidade; ou que, consiga manter a trabalhabilidade e consistência do concreto reduzindo a quantidade de água.

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8

O detergente é um produto biodegradável, pois não possui cadeia carbônica linear. Atualmente, a grande maioria dos detergentes comercializados possuem tensoativos aniônicos biodegradáveis, respeitando a regulamentação da ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária (2013).

Dessa forma esse estudo busca avaliar o desempenho do concreto que terá o detergente como aditivo plastificante, verificando sua resistência à compressão e sua trabalhabilidade.

(11)

2 PROBLEMATIZAÇÃO

Em alguns países o uso de pelo menos um aditivo na produção do concreto, ultrapassam 80%, isso é devido ao fato do aditivo modificar propriedades do mesmo a fim de melhorar seu desempenho. No Brasil essa porcentagem ainda está distante de um nível desejado e esperado iguais aos de outros países mais desenvolvidos.

O futuro das cidades é o crescimento vertical, sendo os edifícios altos uma melhor alternativa para um melhor aproveitamento do espaço, o que demanda um concreto com uma melhor fluidez, a fim de que o processo de bombeamento à alturas elevadas não se torne um problema.

Um concreto com resistência elevada aliado com uma boa trabalhabilidade, se torna raro quando estamos tratando de um concreto sem adição de algum aditivo. A fim de melhorar sua trabalhabilidade, seria possível adotar um substituto ao aditivo plastificante, mais barato e de fácil acesso que os atuais aditivos plastificantes comercializados?

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3 JUSTIFICATIVA

A construção civil vem se desenvolvendo muito nos últimos anos, necessitando novas tecnologias e metodologias para um melhor desempenho das propriedades do concreto.

A realidade tecnológica da produção de concreto no Brasil está a um nível inferior à de países mais desenvolvidos. O processo de produção de concreto pode ter alternativas mais simples do que um aditivo complexo comercializado.

Segundo a ABNT – NBR 11768 (2011), o aditivo busca modificar algumas propriedades variadas do concreto no estado fresco e/ou no estado endurecido, de acordo com sua necessidade.

Este trabalho propõe um aditivo plastificante relativamente mais barato, mais acessível e com menos impactos ambientais devido ao fato dele ser biodegradável. O aditivo proposto tem o objetivo de melhorar as características do concreto e diminuir seu custo de produção.

(13)

4 OBJETIVOS

4.1 OBJETIVO GERAL

Avaliar o uso de detergente como substituto do aditivo plastificante comercial em traços de concreto.

4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Avaliar a resistência à compressão do concreto com adição do aditivo plastificante proposto e comparar com um aditivo plastificante comercial. • Observar a plasticidade do concreto com adição de aditivo plastificante

proposto e comercial.

• Estabelecer um traço seguro e eficiente para que não tenha queda brusca de resistência do concreto após a adição do detergente como aditivo plastificante. • Analisar o custo em se utilizar detergente como aditivo plastificante comparado

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12

5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

5.1 CONCRETO

A mistura do aglomerante com a água forma a pasta de cimento, se adicionarmos agregado miúdo (areia), se obtém a argamassa de cimento. Se adicionarmos o agregado graúdo à essa pasta de cimento, tem-se o concreto. (FUSCO, 2008).

De acordo com Mehta & Monteiro (2008), o concreto é conhecido por ter a resistência à compressão como sua principal e mais relevante propriedade mecânica, essa resistência é definida como a capacidade de suportar uma carga sem apresentar ruptura.

De acordo com Neville (1997), quanto menor for a relação água/cimento, maior será a resistência à compressão do concreto, sendo que essa resistência depende de vários fatores, como o uso de diferentes agregados e aditivos.

O uso de diferente agregados e aditivos variam de acordo com a necessidade atual ou futura do fabricante, existem diferentes aditivos e agregados no mercado com variadas finalidades.

A resistência do concreto é encontrada a partir de ensaios realizados de acordo com a NBR 5739 (2007), de onde se define sua classe e características.

5.1.1 Estado fresco

O estado fresco do concreto se dá até a o momento que se tem o início da pega da mistura, após o término desse processo se tem o concreto endurecido. O concreto no estado fresco possui algumas características que interferem em seu completo processo, como trabalhabilidade e exsudação.

A trabalhabilidade é entendida como a capacidade do concreto se adensar e se moldar em determinados locais e como o esforço necessário para se adensar, sem perder sua homogeneidade (PETRUCCI, 2005).

A exsudação é o fenômeno em que a água presente na mistura do concreto, migra para sua borda superior, o que acarreta a levada de nata de cimento, podendo provocar patologias no mesmo.

A consistência do concreto juntamente com sua trabalhabilidade depende muito da composição da mistura do concreto, como a quantidade de água em sua mistura, diâmetro dos agregados e presença ou não de aditivos.

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5.1.2 Estado endurecido

O estado endurecido do concreto ocorre após o tempo de pega em que o concreto perdeu completamente sua trabalhabilidade.

De acordo com Almeida (2002), a resistência à compressão é a propriedade mais importante do concreto no estado endurecido. Essa propriedade depende de alguns fatores como a idade do concreto, o fator água/cimento e qualidade dos materiais.

No ensaio de compressão normatizado pela ABNT – NBR 5739 (2007), o atrito influencia que a deformação seja igual à da figura 1-B, o que influencia também que força aplicada é mais elevada do que se deformasse igual à figura 1-A.

Figura 1 – Influência do atrito na compressão dos corpos de prova Fonte: Almeida (2002)

Ainda de acordo com Almeida (2002) a forma e dimensão do corpo de prova também tem uma grande influência sobre essa característica, se o corpo de prova é cilíndrico, prismático ou cúbico, entretanto a forma do corpo de prova tem uma maior influência do que suas dimensões.

5.2 ADITIVOS

De acordo com o Manual técnico de aditivos para concreto e argamassas (5ª Edição) no Brasil, em construções históricas como igrejas e pontes, foi utilizado óleo de baleia com a finalidade de aumentar a plasticidade da mistura. No final do século XX, em alguns países europeus, misturava-se graxa de cal com a mesma finalidade.

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Os aditivos são definidos pela NBR 11768 (2011), como produtos adicionados em pequenas proporções no processo de mistura do concreto, a fim de modificar no sentido favorável as propriedades do mesmo, seja no estado fresco e/ou endurecido.

A norma também define a nomenclatura e abreviações de acordo com suas finalidades, são eles:

• Aditivo redutor de água/plastificante (PN)

• Aditivo superplastificante tipo I e II (SP-I e SP-II) • Aditivo incorporador de ar (IA)

• Aditivo acelerador de pega (AP) • Aditivo acelerador de resistência (AR) • Aditivo retardador de pega (RP)

No entanto, tem que se deixar claro que os aditivos não têm o poder de transformar um concreto mal trabalhado e mal dosado em um bom concreto.

5.2.1 Aditivo plastificante

O aditivo plastificante reduz a quantidade de água necessária para produzir o concreto de determinada consistência e pode aumentar sua plasticidade quando se mantém o fator água/cimento.

Com a adição de aditivo plastificante no concreto, se obtém excelentes propriedades; maior resistência mecânica à compressão, maior plasticidade, menor porosidade e como consequência um concreto com maior durabilidade.

5.3 ENSAIOS

5.3.1 Cura e moldagem

A moldagem dos corpos de prova deve ser realizada obedecendo a ABNT – NBR 5738 (2015), o molde não pode ser de material que reaja com concreto e deve ser resistente a fim de aguentar todo o processo de moldagem e cura do concreto.

Para uma melhor realização do processo de moldagem dos corpos de provas, os moldes devem ser revestidos com uma fina camada de óleo que não tenha reações químicas com o concreto, a fim de facilitar o processo de retirada dos corpos de prova endurecidos.

Bauer (2005), define como cura do concreto o processo que é realizado a fim de se evitar a evaporação da água utilizada na produção do mesmo.

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Os corpos de prova devem ser retirados dos moldes após 24 horas da moldagem e devem ser levados até o local de cura.

Ainda de acordo com a ABNT – NBR 5738 (2015), para realizar a cura do concreto, os moldes devem estar em uma superfície rígida e livre de vibrações e perturbações. As intempéries devem ser evitadas nas primeiras 24 horas.

5.3.2 Abatimento (slump test)

O ensaio de abatimento realizado durante o processo de fabricação do concreto é regulamentado pela ABNT NBR NM 67 (1998) – Determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone, e consiste em introduzir o concreto em um molde cônico oco de interior liso, com as seguintes especificações:

• Diâmetro da base inferior: 200mm; • Diâmetro da base superior: 100mm; • Altura: 300mm.

Ainda obedecendo a norma, o cone na parte superior deve ter 2 alças posicionadas a dois terços de sua altura para facilitar a retirada do molde e duas aletas em seu inferior a fim do cone se manter estável.

A haste de adensamento deve ser de seção circular, reta, lisa, com diâmetro de 16 mm, comprimento de 600 mm e deve ter suas extremidades arredondadas. A placa de base utilizada com a finalidade de apoiar o molde, deve ser plana, quadrada ou retangular e não deve possuir lados com dimensões inferiores a 500 mm. Sua espessura deve possuir 3 mm ou mais. (ABNT NBR NM 67, 1998)

Para uma melhor compreensão, a norma ABNT NBR NM 67 (1998) disponibiliza uma imagem (figura 2) com as dimensões e especificações do molde e da haste de adensamento.

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Figura 2 – Cone e haste utilizados no ensaio de abatimento Fonte: ABNT – NBR NM 67 (1998)

O cone deve preenchido rapidamente com o concreto fabricado, em 3 camadas

com aproximadamente um terço da altura do cone. Cada camada deve ser adensada com 25 golpes realizados com a haste de adensamento, os movimentos devem ser feitos em forma de espirais até o centro. Ao fim do adensamento deve se regularizar o topo do cone, com movimento circulares feitos com uma desempenadeira ou com uma colher de pedreiro. (ABNT – NBR NM 67, 1998)

Ainda seguindo a norma, a operação de retirada do cone deve ser concluída em um tempo de 5 a 10 segundos, com um movimento constante para cima, evitando submeter a amostra a movimento de torção.

5.3.3 Ensaio de resistência à compressão

Segundo a ABNT – NBR 5739 (2007), quando se deseja obter a resistência à compressão do concreto é necessário que se realize o ensaio de rompimento dos corpos de prova.

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Os corpos de prova devem seguir as especificações da ABNT – NBR 5738 (2015), devem estar limpos e também ter suas faces secas e regularizadas de acordo com a ABNT – NBR 5739 (2007).

A tabela 1 descreve a tolerância de tempo para a realização do ensaio, conforme a idade do corpo de prova.

Tabela 1 – Tolerância para realização do ensaio

Idade do ensaio Tolerância permitida

1 dia 30 minutos 3 dias 2 horas 7 dias 6 horas 28 dias 24 horas 63 dias 36 horas 91 dias 48 horas Fonte: ABNT – NBR 5739 (2007)

Ainda de acordo com a ABNT – NBR 5739 (2007), a resistência à compressão deve ser calculada seguindo a equação:

𝑓𝑐 =

4𝐹

𝜋×𝐷2

Equação 1

Onde:

𝑓𝑐: Resistência à compressão, em MPa;

F: Força máxima aplicada sobre o corpo de prova, em newton (N); D: Diâmetro do corpo de prova, em milímetros (mm).

5.4 TRAÇO DO CONCRETO

De acordo com Dafico (1993), as principais execuções em uma dosagem de concreto são: a composição de uma mistura sólida, consumo de cimento e dosagem de água.

(20)

18

Esse método consiste em se realizar uma sequência de procedimentos com auxílio de ábacos e tabela para se evitar interferência por processos interativos. (Boggio, 2000).

A resistência mecânica do concreto está diretamente ligada com a relação água cimento. Para fixação dessa relação tem que se observar a finalidade do concreto e qual melhor se encaixa na pesquisa.

Segundo Boggio (2000), primeiramente deve-se fixar a consistência que mais se aproxima ao trabalho realizado, observando a ABNT – NBR NM 67 (1998) e norma ACI 211.1-81. A tabela 2 apresenta os valores máximos e mínimos do abatimento para fixação do mesmo.

Tabela 2 – Valores de abatimento

Tipo de Obra Abatimento (mm)

Máximo Mínimo

Paredes de fundações e sapatas armadas 75 25

Sapatas planas, caixões e paredes de infraestrutura 75 25

Vigas e parede armadas 100 25

Pilares de edifícios 100 25

Pavimentos e lajes 75 25

Construções de concreto massa 50 25

Fonte: ACI 211.1-81 apud Boggio (2000)

Após esse procedimento deve-se obter a quantidade de água de acordo com a Tabela 3, que mostra uma relação com a granulometria do agregado graúdo juntamente com o valor de abatimento.

Tabela 3 – Consumo de água

Abatimento (mm)

Dimensão do agregado graúdo (mm)

9,5 19 25 32 38 40 a 60 220 kg/m³ 195 kg/m³ 190 kg/m³ 185 kg/m³ 180 kg/m³ 60 a 80 225 kg/m³ 200 kg/m³ 195 kg/m³ 190 kg/m³ 185 kg/m³ 80 a 100 230 kg/m³ 205 kg/m³ 200 kg/m³ 195 kg/m³ 190 kg/m³

Fonte: Rodrigues (1990)

A escolha do fator água/cimento é estabelecida com auxílio da curva de Walz, desenvolvida pelo DECIM – Departamento de Cimento e Concreto, da ABCP. A figura 3 representa essa curva que relaciona a resistência à compressão do concreto com a relação água cimento.

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A quantidade de cimento que será consumido pode se descobrir após o fator água/cimento ser estabelecido e se dá pela equação 2:

𝐶𝑐 =

𝑄(𝐾𝑔/𝑚3)

𝑎/𝑐

Equação 2

Onde:

Cc: Consumo de cimento por metro cúbico (m³); Q: Consumo de água por metro cúbico de concreto; a/c: Fator água/cimento.

De acordo com Rodrigues (1990), para se obter a quantidade de agregado graúdo a ser utilizada na dosagem do concreto é necessário fazer o uso dos dados presentes na Figura 4, que relaciona a granulometria dos agregados graúdos e miúdos e fornece o valor do volume compactado seco do agregado graúdo por m³ de concreto que deve-se multiplicar pelo valor da massa unitária do agregado a fim de se descobrir a massa a ser utilizada na mistura.

Figura 3 – Curva de Walz Fonte: Rodrigues (1998)

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Figura 4 – Volume compactado seco do agregado graúdo Fonte: Rodrigues (1990)

Por fim para se obter a quantidade de agregado miúdo deve-se utilizar a seguinte equação:

𝑉𝑚 = 1 − (

𝐶𝑐 𝛾𝑐

+

𝐶𝑏 𝛾𝑏

+

𝐶𝑎 𝛾𝑎

)

Equação 3 Onde: Vm = Volume de areia (m³); Cc = Consumo de cimento (kg); Cb = Consumo de brita (kg); Ca = Consumo de água (kg);

𝛾𝑐

= Massa específica da cimento (kg/m³);

𝛾𝑏

= Massa específica da brita (kg/m³);

𝛾𝑎

= Massa específica da água (kg/m³).

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6 METODOLOGIA

Após o estudo e conhecimento aprofundado de normas técnicas, serão iniciados os experimentos a fim de se encontrar conclusões e analisar os resultados.

Os experimentos serão realizados nas dependências do laboratório de solos e concreto da UNEMAT – Campus Sinop, com seus respectivos passos e execuções descritos nos próximos parágrafos.

Serão preparados 48 Corpos de Prova - CPs seguindo as especificações da NBR 5738 (2015), cujas medidas dos CPs serão 10cm de diâmetro por 20cm de altura (10x20cm). O adensamento será manual, com o concreto sendo introduzido em 2 camadas igualmente divididas, aplicando 12 golpes em cada camada utilizando uma haste de adensamento. Os CPs serão revestidos com uma fina camada de óleo, a fim de facilitar o desenforme dos mesmos.

A fabricação do concreto será composta pelos seguintes materiais: • Cimento Portland Composto com Pozolana – CP II-Z 32 • Agregados graúdos (brita 1 com granulometria de 19mm) • Agregados miúdos (areia fina)

• Água

• Aditivo plastificante encontrado em comércio local • Detergente

Serão estabelecidos 3 traços para produção de 3 diferentes grupos com 16 CPs cada.

• Grupo 1 (concreto referência)

• Grupo 2 (concreto com aditivo plastificante comercializado) • Grupo 3 (concreto com adição do detergente)

O traço de concreto para a produção do mesmo, será estabelecido pelo método da Associação Brasileira de Cimento Portland – ABCP / American Concrete Institute – ACI e a quantidade de aditivo plastificante adicionado será de acordo com as especificações do fabricante para que não tenha superdosagem e consequentemente uma forte exsudação, segregação e retardo de pega excessivo.

O detergente adicionado na produção do grupo 3 será estabelecido a fim de conseguir manter a consistência do concreto referência, reduzindo o volume de água introduzido na produção do mesmo inicialmente estabelecido pelo método ABCP / ACI.

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A determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone, também conhecido como slump test, será realizado de acordo com a NBR NM 67 (1998), sendo este realizado durante o processo de fabricação do concreto.

A cura dos CPs será realizada por imersão em água, utilizando uma caixa d’água presente no laboratório do campus.

O último ensaio será o de compressão de corpos de provas obedecendo a NBR 5739 (2007), o mesmo será realizado em 2 etapas:

• 1ª Etapa - 7 dias após o desenforme, 8 CPs de cada grupo. • 2ª Etapa - 28 dias após o desenforme, 8 CPs de cada grupo.

A partir dos resultados obtidos serão iniciados os estudos a fim de se analisar a resistência e plasticidade do concreto.

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7 CRONOGRAMA

ATIVIDADES

2018

MAR ABR MAI JUN JUL AGO Encontros com o

orientador Pesquisa Bibliográfica

Obtenção dos materiais Moldagem dos corpos

de prova Cura dos corpos de

prova Rompimento dos

corpos de prova Análise e estudo dos

resultados obtidos Redação do trabalho Revisão e entrega oficial do trabalho Apresentação do trabalho em banca

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8 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

ALMEIDA, L. C. Estruturas IV – Concreto armado AU414. UNICAMP, Campinas, 2002.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND. A versatilidade do

cimento brasileiro. Disponível em:

<http://www.abcp.org.br/cms/basico-sobre-cimento/tipos/a-versatilidade-do-cimento-brasileiro/>. Acesso em: 27 nov. 2017.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 11768 –

aditivos para concreto de cimento Portland. Rio de janeiro, 2011.

_________.NBR 5738 – Concreto - Procedimento para moldagem e cura de

corpos-de-prova. Rio de Janeiro, 2008.

_________.NBR 5739 – Concreto - Ensaio de compressão de corpos-de-prova

cilíndricos. Rio de Janeiro, 2007.

_________.NBR NM 67 - Concreto - Determinação da consistência pelo

abatimento do tronco de cone. Rio de janeiro, 1998.

BAUER, L. A. F. Materiais de Construção. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, v. 1, 2005.

BOGGIO, A. J. Estudo Comparativo de Métodos de Dosagem de Concreto. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2000.

COUTINHO, A. S. Fabrico e Propriedades do Betão. Vol. I. ed. LNEC. Lisboa: Laboratório Nacional de Engenharia Civil. 1997. 610 p.

DAFICO, J. A. Manual de tecnologia do concreto. 3ª Ed. Goiânia: UFG, 1993.

(27)

HELENE, P.; TERZIAN, P. Manual de dosagem e controle do concreto. São Paulo: Pini, 1993.

MEHTA, P. K.; MONTEIRO, P. J. M. Concreto: microestrutura, propriedades e

materiais. 3a ed. São Paulo: Ibracon, 2008.

NEVILLE, A. M. Propriedades do Concreto. São Paulo, SP. Ed. PINI, 1997.

NEVILLE, A. M. Tecnologia do concreto. 2ª edição. São Paulo: Bookman, 2013. 2p.

PETRUCCI, E. G. R. Concreto de cimento Portland. 14ª Ed. São Paulo: Globo, 2005.

RODRIGUES, P. P. F. Parâmetros de dosagem de concreto. ET-67. 3ª Ed. São Paulo: Ibracon, 1998.

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