U n i v e r s i d a d e f e d e r a l da . f a r a f b a . Centre- de Formacao de i r o f e s s o r e s .
F r a n c i s c a fteuma MagalhSes do ^ a s c i m e n t o 0 A l f a b e t i z a d o r e os seus Problemas L i n g u f s t i c o s . T r a b a l h o de a p r o v e i t a m e n t o da d i s c i -p l i n a L i n g u i s t i c a , P o r f c u g u e s VI,do -p r o grama de L i c e n c i a t u r a em L e t r a s da U n i v e r s i d a d e da P a r a i b a , sob a o r i e n i a c a o do p r o f e s s o r Aderson. C a j a z e i r a s - Fb - 1991•
/ U M i K I O •^ntrodugao 1 . 0 s problemas ao A l f a b e t i z a d o r 7 1.1 C A l f a b e t i z a n t e e o conhecimento e m p i r i c o ... 8 2. 0 que e" A l f a b e t i z a r 9 2.1 D i f i c u l d a d e s da F a l a e da E s c r i t a 9
3» 0 que deve s e r mudado 12
Gonclusao... .•• 13
14"osso t r a b a l h o tern como o b j e t i v o c i t a r a l -guns problemas que tern e n f r e n t a d o a m a i o r i a dos a l f a b e t i z a d o r e s .
Detectarmos a i n d a o que s e j a conhecimento e m p l r i c o de que t a n t o se f a l a , quando da v i n d a dos a l f a b e t i z a n t e s p a r a a e s c o l a , uma vez que sabemos s e r uma v e r d a d e i r a b a r r e i r a que se depara os a l f a b e t i z a d o r e s , quando ao r e c e b e r alguem p a r a a l f a -b e t i z a r , s e j a c r i a n g a ou a d u l t o j a t r a z uma gama de conhecimentos, os q u a i s m u i t a das vezes 6 castrado pelo professor.
Veremos a i n d a o que £ a l f a b e t i z a r , q u a i s sao as d i f i c u l d a d e s em relaga*o a f a l a e a e s c r i t a e p o r f i m tentaremos c o n t r i b u i r c i t a n d o algumas sugestoes p a r a que h a j a uma mudanga no que tange a educagao da c r i a n g a ou a d u l t o que p e l a p r i m e i r a vez v a i a e s c o l a como a p r e n d i z das p r i m e i r a s l e t r a s .
7
1 . Os Problemmas do A l f a b e t i z a d o r
Os problemas do a l f a b e t i z a d o r de h o j e em relagSo as questoes l i n g u i s t i c a s , n2o sao nem l o n g e com parados com os de v i n t e anos a t r a s , 'onae o p r o f e s s o r que t e r m i n a -v a urn p e d a g 6 g i c o , nao tendo r e c e b i d o noc8es de l i n g u i s t i c a c o m e t i ^ a as maiores a b e r r a c o e s no que d i z r e s p e i t o a f a l a e a e s c r i t a , u -ma vez que os a l u n o s SOD sua d i r e g a o , estavam fadados a a c e i t a r a i m p o s i g a o do m e s t r e , nas suas mais v a r i a d a s d i s t o r g o e s l i n g u i s t i c a .
A l f a b e t i z a r e r a t a r e f a de quern t i -nha m u i t a s vezes s6 o g i n a s i o ^ a l f a b e t i z a r e r a apenas m o s t r a r ao pe-queno a l u n o sob sua o r i e n t a g a o que 15 + A e r a i g u a l a BA.
.r Fazer a a s s o l e t r a g a o 'nao e r a t a r e f a d i f l c i i ; quern nao t i n h a j e i t o p a r a e n s i n a i ^ i a p a r a a s a l a de a l f a b e t i z a g a o , num t o t a l d e s r e s p e i t o a c r i a n g a , sem m a t e r i a l d i d a t i -c o , sem nenhuma a t r a g a o paaa -chamar a atengSo do a l u n o *
E r a pop assim d i z e r uma t o t a l i n c o n preengao, urn t o t a l a n a l f a b e t i s m o em r e l a g a o a a l f a b e t i z a g a o .
H o j e , estudando l i n g u i s t i c a e" f a c i l a v a l i a r os e r r o s c o m e t i d o s , as i n j u s t i g a s p r a t i c a d a s n e s t e a s p e c t o .
Os problemas de h o j e como os de ou t r o r a , e r a m aiem da questao da f a l t a de o r i e n t a g a o p o r p a r t e e do p r o f e s s o r a i n d a m a i o r , porque nao tfnhamos nenliuma o p o r t u n i d a d e de f r e q u e n t a r as u n i v e r s i d a d e s , de f a z e r r e c i c l a g e m , de r e n o v a r os conhec i m e n t o s a d q u i r l d o s na e s conhec o l a de segundo g r a u , conhecomo te"conhecniconheco do ma -g i s t e ' r i o .
Fassar semanas a f i o ensinando a mesma l i c a o , s o l e t r a n a o as mesmas p a l a v r a s , p a r a que o a l u n o deco
-r a -r e -r a t a -r e f a p a -r a o a l f a b e t i z a d o -r , cue se dava p o -r s a t i s f e i t o se ao menos issrn c o n s e g u i s s e a t i n g i r no d e c o r r e r do semestre.
Acreditamos que a i n d a 6 tempo de r e pararmos e s t e s e r r o s , e p a s s a r a o r i e n t a r melhor os p r o f e s s o r e s do segundo e t e r c e i r o g r a u ^ p a r a que a a l f a b e t i z a g a o nao chegue a s e r u ma amolacao, mas uma necessidade i m p e r a t i v a p a r a acabar com o a n a l -f a b e t i s m o no p a i s como urn t o o o .
8
1.1 0 a l f a b e t i z a n t e e o conhecimento empirico
E'boin lembraaos que o a l u n o que yem p a r a as nossas e s c o l a s , sejam e l a s de c l a s s e m£dia, pobre ou r i c a e
af e bom f r i z a r m o s , t o d a s e l a s , sem nbahaaa d i s t i n g a o ae c l a s s e , se
j a p a r a q u a l q u e r e s c o l a - m u n i c i p a l - e s t a d u a l - p a r t i c u l a r , ja" nos chega com uma gama de conhecimentos em r e l a c a o a v i d a , ao c o t i d i -ano, ao seu d i a a d i a que deve s e r r e s p e i t a d o , e nao s6 r e s p e i t a d o , mas s o b r e t u d o a p r o v e i t a d o porque a l f a b e t i z a r taiabe'm e ' r e n o v a r a v i -da em t o d o s os a s p e c t o s que e l a nos a p r e s e n t e .
Devemos r e s p e i t a r , os s e u sj c o n h e c i -mentos a p r o v e i t a - los,mesmo na s a l a de a u l a , e n r i q u e c e n d o assim o que chamamos conhecimento e i s t o mais p r e c i s a m e n t e se o a l i ' a b e t i -z a n t e £ urn s e r a d u l t o , a i s i m , d e v e s e r o u v i d o ; e x p e r i f i n c i a de v i d a , de t r a b a l h o , como p r o f i s s i o n a l , s e j a q u a l t o r a sua p r o i i s s a o r p e -d r e i r o , a l f a i a t e , m a r c e n e i r o , l i m p a -d o r -de c a r r o , vara?e-dor -de r u afa cada um deve s e r dado a o p o r t u n i d a d e de f a l a r , de e x p p r e s s a r seus s e n t i m e n t o s , suas e x p e r i e n c i a s , devem s e r c o i o c a d a s como m o t i v o a uma a u l a d i n a m i c a , p a r t i n c o d a i a p r 6 p r i a a l f a b e t i z a g a o , das suas e x p e r i e n c i a s , da sua v i d a , o a l u n o v a i o b s e r v a r que e g e n t e , que o que f a z , s e r v e nao so como meio ae v i d a , mas como i n i c i o da sua a l -f a b e t i z a g a o , t o r n a n d o assim uma a l -f a b e t i z a g a o c o m p l e t a , p a r t i n d o da p r 6 p r i a v i d a do a l f a b e t i z a n t e .
0 a l f a b e t i z a n t e c r i a n g a , como a d u l t o n e c e s s i t a p o r demais de s e r o u v i d o , e n t e n d i d o , p a r a i s s o e necessd r i o que o a l f a b e t i z a d o r t e n h a conhecimento nao s6 na a r e a da edu cagao,conhecimentos g e r a i s , mas p r e c i s a m e n t e conhecimento l i n g u i A -t i c o p a r a melhor compreender o a l u n o , que em suas maos, sob sua o r i e n t a g a o p a s s a r a a s e r a l f a b e t i z a d o .
9
2. 0 que <§ A l i a b e t i z a r ...
E ' i a n t e s de t u d o e mais p r e c i s a
-mente mudar a s i t u a g S o das nossas e s c o l a s de magist£rio.
E'adotar medidas p a r a b e n e f i c i a r s o b r e t u d o o t 6 c n i c o em educag&o, que h o j e 6 mal preparado.
K'buscar as r a z o e s , as causas do grande i n d i c e de a n a l g a b e t i s m o s no p a i s .
E ' t e n t a r c r i a r l e i s nossas, com -p a t i v e i s com a nossa r e a l i d a d e , com as nossas necessiaades que sao as mais c r u e i a n t e s do mundo.
E ' r e c i c l a r os nossos t£cnicos em educagsio que nao conseguiram chegar a u n i v e r s i d a d e e d a l nao t i v e -ram a o p u r t u n i d a d e de r e n o v a r os seus conhecimentos.
E'dar c o n d i c o e s ao p r o f e s s o r que a l f a b e t i z a , de t e r meios p a r a e n s i n a r , ensinando a f a z e r t'azendo,,©^ que p r e c i s a s e r r e i t o <§ uma mudanga t o t a l , no que a i z r e s p e i t o a a l r a b e t i z a g S o , desde as p r i m e i r a s l e t r a s , como m o s t r d - l a s aos nos sos a l u n o s sejam c r i a n g a s ou adultos,ambos sao cegos nas l e t r a s , a m -bos teia sede de a p r e n d e r e p r e c i s o s i m , tomar c o n s c i e n c i a d i s s o , a u t o r i d a d e s , p r o f e s s o r e s da educagao,roestres na l i n g u i s t i c a , t o d o s de uma maneira ou de o u t r a sao r e s p o n s a v e i s p o r e s t a p r a g a que <§ o ana
i a b e t i s m o .
2* 1 D i f i c u l d a d e s da f a l a e da e s c r i t a .
Uma d i v e r s i a t a d e , m u i t o d e l i c a d a £ que e x i s t e e n t r e a f a l a e a e s c r i t a . E'a e s c r i t a que as g r a m d t i c a s n o r m a t i v a s e s c o l a r e s focalizam,esquecendo que ojk e s t u d a n t e j a vem p a r a a e s c o l a f a l a n d o s a t i s f a t o r i a m e n t e , embora nao s e j a deacordo com as normas f o r m a i s do uso c u l t o . ' »
E l e predomina a linguagem do con-v f con-v i o f a m i l i a r , a t£cnica da e s c r i t a e" d i f e r e n t e , d a i a d i f i c u l d a d e que tern o a l f a b e t i z a d o r de e n t e n d e r , a t r a n s m i s s a o dos conhecimento
E'bom l e m b r a r que a l i n g u a e s c r i t a £ m u i t o c t i f e r e t e d a fa&a&aa, d a i o meu e r r o como a l f a b e t i z a d o r a , quando q u e r i a a f i n a f o r g a ' q u e os a l u n o s pronunciassem c o r r e t a m e n t e as p a l a v r a s que e l e s pronunciavam no dia. a _ d i a , no c o n v f v i o do seu l a r .
Quando f a z i a pequenos d i t a d o s com os pequenos,bus cava p r o n u n c i a r c o r r e t a m e n t e na c e r t e z a de que e s t v a fazendo o me
--— \A il (I
l h o r . quando na verdade e s t a v a c a s t r a n d o o a l u n o na sua f a l a .
i v. i i
Quando d i z i a :banana, as vezes p e r c e b i a que as c r ( ancas em sua m a i o r i a colocavam enes a m a i s , i a assim p r o n i i n c i a r ba na - n a , sem p r e o c u p a r - me com as d i f i c u l d a d e s que e s t e s a l u n o s po deriam t e r . C o p o . escreviam cotm, l a i a f a z e r a c o r r e g a o ditandoCO -p o , sem e x -p l i c a - l o s a r a z a o , mesmo -porqiie nem eu mesma s a b e r i a es p l i c a r . E s c r e v e r CASA com K no i n i c i o e 2 no f i n a l e r a comum, assim como tamb£m r o a a com Z e nao s.E i s s a a c o n t e c i a com todas as o u t r a p a l a v r a s d e r i v a d a s d e s t a s . Como nao t i n h a eu c o n h e c i m e n t t o de l i n -g u i s t a , o que f a z i a e r a simplesmente condenar os a l u n o s p o r nao a p r e n d e r e apreender o que d i z i a , e ate" pensar que e s t i v e s s e l i d a n -do com b u r r o s ou c o i s a p a r e c i d a , num t o i a l d e s r e s p e i t o aos a l u n o s e i g n o r a n c i a minha sobre a l i n g u i s t i c a .
Hoje 6 p o s s f v e l a mim saber o que 6 um simb&lo n l i n g u f s t a , o que a n t e s nao sabia,como tambem nao e r a p o s s f v e l meus a l u n o s saberem. Us r i s c o que h o j e sao s i m b o l o s , nSo passavam de l e %
t r a s , porque como a l f a b e t i z a d o r a que era1 o r g u l h a v a de d i z e r aos a l u n o s que eram l e t r a s do a l f a b e t o da l i n g u a p o r t u g u e s a .
Quanto a forma das l e t r a s , g e r a i m e n t e se o u v i a d i z e r que h a v i a alguma semelhanca'dai a s p e r g u n t a s das c r i a n g a s n a
/ -* e s c o l a de a l f a b e t i z a g a o £ um m de duas pernas ou de t r f i s ? B i n
-c r f v e l e" que a i n d a h o j e , nao s e i responder -com -c o n s -c i S n -c i a e s t a / questSo. A i n d a em r e l a g a o a forma das l e t r a s podemos o b s e r v a r como 6$ d i f i c i l para o aluno d i s t i n g u f - l a s por exemplo : p e b,sendo / l numa f i c h a , v i r a d a s sao i d S n t i c a s , o d e o b,o a m a n u s c r i t o com a l e t r a o tambem m a n u s c r i t o s6 d i f e r e a perninha.O g do q tamb£m manuse c r i t o v a i depender do buchinho de ambos p a r a s e r r e c o n h e c i d o s .
Ainda ha a semelhanga na e s c r i t a m a n u s c r i t a em r e l a g a o ao Q m a i u s c u l o e o Q c u j a d i f e r e n g a £ apenas um r a b i n h o .
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Quanto ao s i g n o l i n g u i s t i c o ao q u a l todos n6s nos a-poiamos e" p o r demais coinplicado - " une nao uma c o i s a e uma p a l a v r a mas um c o n c e i t o e uma imagem acustica»0 c a r a t e r p s i q u i c o de nossas/ imagens a c d s t i c a s aparece quando observamos nossa p r 6 p r i a linguagem.
Uma o u t r a d i f i c u l d a d e que nos a p r e s e n t a £ quanto a p o s i c S o da l e t r a na p a l a v r a como p o r exemplo na p a l a v r a : r a t o <§ o o que temos no f i n a l , mas lemos como se f o s s e u , assim acontece com todas as p a l a v r a s que u t i l i z a m o s na s a l a de aula.A p a l a v r a Sal o 1 6 pronunciado como u,hoje sei a:razao de toda i s s o , mas antigamente nao, sSo as r e l a c o e s e n t r e som — l e t r a que p o r s i n a l sao inumeras , i n c a l c u l a v e i s . V e r i f i c a m o s que um s e n t r e duas v o g a i s tern som de z, mas i s s o tambem suas v a r i a c o e s , nem sempre i s s o acontece.Ha o caso do v a r i a d o numero de casamento das l e t r a s em r e l a c & o a posigSo em que se e n c o n t r a .
Por t u d o i s s o sabemos que o mais i m p o r t a n t e £ que o a l f a b e t i z a d o r entenda a mensagem que o a l f a b e t i z a n t e e s t a a l h e / t r a n s m i t i r o r a l m e n t e p o r exemplo : p r o f e s o r a ontem comi d o i s ovaou a i n d a minha v6tem q u a r e n t a anu e t a n t o s o u t r o s que estamos a c o s t u -mados a o u v i r e sabemos o que e l e s i g n i f i c a .
0 que nos d e i x a c o n t e n t e <§ que sabendo h o j e que a t r a n s missao das p a l a v r a s a t r a v ^ s da r i m a e" a c o n s e l h a v e l , i s t o i o i a preocupagao m a i o r como a l f a b e t i z a d o r a , sem t e r t i d o a o r i e n t a c S o pa-r a t a l , d a i t e pa-r t i d o semppa-re pa-r e s u l t a d o n e s t e a s p e c t o .
A i n d a chegamos a o b s e r v a r o que nos d i z aiguns l i n -g u i s t a s em r e l a -g a o a f a l a na e s c r i t a 6 que existedos v a r i o s t i p o s de casamentos e n t r e os sons, que a l e t r a pode r e p r e s e n t a r em v a r i a s posieoes em que se apresentam, t o r n a n d o a s s i m , m u i t o d i f i c i i paca o a l f a b e t i z a d o r , quanto m a i o r p a r a quem esta'sendo a l f a b e t i z a d o . E ' o que nos m o s t r a M i r i a m Leme no seu l i v r o : Guia T e 6 r i c o do A l f a b e t i
-z a d o r .
"A p r i m e i r a 6 a relagao i d e a l denominada monogami ca em que uma l e t r a c o r r e s p o n d e a um som e um som 6 representaao por uma s6 l e t r a . P o l i g a m i a uma mes ma l e t r a r e p r e s e n t a o r a um t i p o de som da f a l a , d e pendendo do c o n t e x t o no q u a l e s t a colocada»M
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3» 0 que deve ser mudado ....
Nao s e r i a o u s a d i a da nossa p a r t e t e n t a r s u g e r i r algumas mudancas ao que t a n g e as d i s o i p l i n a s o f e r e c i d a s nos c u r s o s que formaia p r o f e s s o r e s como o pedag6gico e o p r 6 p r i o c u r s o de pedagogia em n f -v e l de t e r c e i r o g r a u , quando a d i s c i p l i n a - i i n g u i s t a nao chegamos a saber o que s e i a . ^ ?
V e r i f i c a m o s que em ambos os c u r s o s nao ha e s t a p r e o c u -pacao p o r p a r t e dos e l a b o r a d o r e s das o f e r t a s de d i s c i p l i n a , quando na verdade p a r a s e r um bom educador, p r i n c i p a l m e n t e em a l f a b e t i z a r £ p o r demais n e c e s s a r i o o conhecimento da l i n g u f s t i c a , p a r a d s m i n u i r os e r -r o s a b e -r -r a n t e s que se comete com os a l f a b e t i z a n t e s .
S e r i a de bom a l v i t r e que a I i n g u i s t a no p o r t u g u f i s e em pedagogiay porque nao, f o s s e repensadc|_, p a r a n^o se p e r d e r t a n t o em p a r t e s que nao sao t a o n e c e s s a r i a s p a r a o d i a «r a - d i a do p r o f e s s o r como t r a n s f o r m a d o r da educagao.
Como a m a i o r i a dos nqssos c u r s o s pedag6gicos sSo os ma I s a c e i t o s e os que mais convocados p a r a a area de a l f a b e t i z a $ 3 p , su -geriamos que houvesse p o r p a r t e da u n i v e r s i d a d e um i n t r o s a m e n t o com os d i r i g e n t e s d e s t e s c u r s o s p a r a i n t r o d u z i r l i n g u i s t i c a nos mesmos p r a f a c i l i t a r a compreengao dos e s t u d a n t e s em c u r s o Te"cnico Pedag6gico nao s6 nogoes,mas o que r e a l m e n t e e p r e c i s o , e" i m p o r t a n t e p a r a se p r a t i c a r uma boa a l f a b e t i z a g a o , uma vez que em tempos I d o s nao h a v i a es -t a preocupagao.
A c r d i t o o u t r o s s i m que a grande d i f i c u l d a d e em a l f a b e t i z a r e s t a j u s t a m e n t e n e s t a f a l t a de conhecimento p o r p a r t e do a l f a b e t i z a d o r n e s t e s aspectos l i n g u f s t i c o , colocando em r i s c a a e f i c i e ' n -c i a dos a l f a b e t i z a n t e s , quando de -casa j a vem t r a z e n d o -conhe-cimentos que poderiam s e r a p r o v e i t a d o s , d i m i n u i n d o em grande p a r t e a grande e vasao e s c o l a r n e s t e p e r i o d o , e s o b r e t u d o m u i t a d e s i s t e n c i a p o r p a r -t e dos p r o f e s s o r e s em a l f a b e -t i z a r .
13
C O N C L U f i / 1 0
Klaborado o t r a b a l h o de I i n g u i s t a , d e p o i s de a l g u n s estudos e s o b r e t u d o p e l a experi£ncia de v i n t e anos / de a l f a b e t i z a g a o , chegamos a s e g u i n t e conclusSo *
E' p o r demais i m p o r t a m t e a d i s c i p l i n a que nos r e f e r i m o s em todos os seus aspectos e mais p r e c i s a m e n t e pa -r a o p -r o f e s s o -r de a l f a b e t i z a g a o s e j a e l a de c -r i a n g a pu a d u l t o uma vez que ambos como i n i c i a n t e s das p r i m e i r a s l e t r a s , tern as mesmas d i f i c u l d a d e s e n e c e s s i d a d e s .
Que o conhecimentos de algumas t£cnicas tarn bem e p r e c i s o s e r v i s t o p a r a e n r i q u e c e r quern v a i a l f a b e t i z a r .u -ma vez que a i n d a se tem a t r i s t e id£ia de que p a r a a l f a b e t i z a r 6 p r e c i s o se t e r s6 o BA como conhecimento, e sabemos que e f a l -sa es-sa id£ia, que p a r a a l f a b e t i z a r e" mais se"rio do que pen-samos.
Por f i m t i v e m o s a p r e t e n g a o de s u g e r i r alguma c o i s a p a r a que s e j a repensado, r e v i s t o , r e f e i t o , o que se tem f e i t o p e l a c l a s s e de a l f a b e t i z a g a o *
1 B L I U G fi A ];• l A
CAMARA JUttIOtt# Joaquim Matoso, E s t r u t u r a da l i n g u a portugu£sa,Petr6polis, Yozes, 1986.
LEML&j w i r i a m . Guia t e 6 r i c o do A l f a b e t i z a d o r , S a o P a u l o , e d i t o r a a t i c a , 1990*
