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Comportamento de cultivares de tomate de crescimento indeterminado (Lycopersicon esculentum Mill.), em ambiente protegido

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Academic year: 2021

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(1)COMPORTAMENTO DE CULTIVARES DE TOMATE DE CRESCIMENTO INDETERMINADO (Lycopersicon escu1entum Mill.), EM AMBIENTE PROTEGIDO.. LÉA ARAÚJO DE CARVALHO Engenheira Agrônoma. ORIENTADOR: Prof. Dr . JOÃO TESSARIOLI NETO. Tese apresentada à Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", Universidade de São Paulo, para obtenção do Título de Doutor em Agronomia, Área de Concentração: Fitotecnia.. PIRACICABA Estado de São Paulo - Brasil Dezembro-2002.

(2) Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) DIVISÃO DE BIBLIOTECA E DOCUMENTAÇÃO - ESALQ/USP Carvalho, Léa Araújo de Comportamenfo de cultivares de tomate de crescimento indeterminado (Lycopersicon esculentum Mill.), em ambiente protegido/ Léa Araújo de Carvalho. - - Piracicaba, 2002. 96p. :il. Tese (doutorado) - - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, 2002. Bibliografia. l. Crescimento vegetal 2. Densidade populacional 3. Espaçamento 4. Estufo. 5. Tomate 6. Variedades f. Título CDD 635.642.

(3) Deus, Não Vos peço riqueza nem fama, Tampouco Vos peço saúde ou vitória Apenas Vos peço Que me tornai digno das infinitas dádivas, Que de Vós já recebi. Pois, na insensatez deste mundo, O poder e a riqueza tornam-se um peso, O patriota transforma-se num traidor, O rico num infrator, O forte num bruto, Fazendo a alma aniqui lada va guear na escuridão. Deus, Peço-vos apenas: Tornai-me digno das infinitas dádivas Que de Vós já recebi.. Margaret Wheeler Ross.

(4) Aos meus queridos pais atenção,. dedicação. e. Leandro e Eremita pelo amor, compreensão. em. todos. os. momentos da minha atual existência .. Aos. meus. sobrinhos. irmãos Tito,. Leticia Ciro. (in. e. Edson,. memoria). e. carinho, amizade e confiança .. e. queridos. Pedro,. pelo. Ofereço. A. meu. minhas Elaine, ser .. marido. Harry,. filhas essência. e. Aline do. as e meu. Dedico.

(5) AGRADECIMENTOS À. Deus. e. aos. Escola. de. meus. queridos. sem os quais, eu não existiria; À. Federal da Bahia. Agronomia. (EAUFBA),. Antepassados,. da. Universidade. pela liberação de nossas. atividades nesse período de afastamento; Ao. departamento. pertencente de. Queiroz",. à. de. Escola Superior de por. ter. concedido. Produção. Vegetal. Agricultura. a. "Luiz. oportunidade. de. cursar o doutorado e desenvolver este trabalho, À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal. de Nível Superior. (CAPES/PICDT),. pela concessão de. bolsa de estudo;. Ao professor João Tessarioli Neto pela sua. confiança e orientação no decorrer do curso; À estufa. e. empresa a. EUCATEX. SAKATA-AGROFLORA. execução do experimento; Ao. pela. professor. Paulo. doação. pelas. César. do. Rendrnax. sementes. Tavares. de. para Melo. pela amizade e sugestões na elaboração da tese. Aos professores. da Costa, Aranha. João. Camargo. Keigo Minami,. Alexio Scarpare Filho, e. Pedro. Cyro Paulino. Luiz Eduardo. Christoffoloti,. pelos.

(6) VI. transmitidos. ensinamentos ministradas; Ao. Ângelo. professor. as. com. disciplinas. Jacomino. p.. pela. oportunidade em realizar as análises físico-químicas. de pós-colheita; À Piedade,. Sônia. professora. do. Dep� de. Maria. Ciências. de. Exatas. Stefano. ESALQ/USP,. pela amizade e elaboração das análises estatísticas; Aos. funcionários pela. Vegetal,. Produção. do. Departamento. atenção. colaboração na execução desta pesquisa;. especial. Às colegas Valéria Aparecida Modolo, Fonseca. Guimarães. e. Maria. Cecília. amizade e sugestões no trabalho. Aos Estevão. Fernandes. Angélica Azevedo. Almeida,. amigos. Leite. Melo. Cardoso,. Pereira Silva,. Carlos. Filho,. Augusto. Elvis. Manuel. de. Carvalho. Pedro. Louça. juntamente. com. companheirismo e amizade.. e seus. Arruda,. Pereira,. Vieira. Lima,. Oliveira,. Costa,. de e. Thaysa pela Carlos José. Maria. Rosângela. Weliton. Bastos. familiares. de de. pelo.

(7) SUMÁRIO Página. LISTA DE FIGURAS...... ix. LISTA DE TABELAS ..... X. RESUMO... xiii. SUMMARY.. XV. 1 INTRODUÇÃO.. 1. 2 REVISÃO DE LITERATURA.. 2.1 A importância do tomate.. 3. ...... 2.2 Cultivo protegido e a tomaticultura. 2.3 Densidade populacional.. 2.3.1 Efeito no crescimento. 2.3.2 Efeito na produção.. 2. 4 Sistemas de condução. 3 MATERIAL E MÉTODOS. 3.1 Localização ...... 3.2 Instalação e condução.. 3.3 Transplante e cultivares... 3. 4 Colheita e classificação... 3.5 Avaliação do ex perimento.... 3.5.1 Crescimento..... 3.5.2 Produção ....... 3.5.3 Qualidade..... 3. 6 Metodologia estatística...... 3 6 9. 10 14. 19 24 24. 25 29 31. 33. 33 34. 35 36.

(8) viii. 4 RESULTADOS E DISCURSSÃO.. 38. 4.1 Crescimento.. 38. 4.2 Produção ..... 43. 4.2.1 Comercial.. 43. 4.2.2 Classificada.. 48. 4.2.2.1 Frutos grandes... 48. 4.2.2.2 Frutos médios.... 51. 4.2.2. 3 Frutos pequenos............ 53. 4.2. 3 Precoce............. ........ 56. 4.2.4 Não comercializável . ........ 58. 4.4 Qualidade............ .. 64. 4.4.1 Teor de Sólidos solúveis Totais. 4.2.2 Acidez Total Titulável ...... 4.4. 3. Proporção. entre. Sólidos. 67 Solúveis. Totais e Acidez Total Titulável.... 4.4.4 Vitamina C.. 65. ........ 4.4.5 Firmeza.... 5 CONCLUSÕES..... REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. APÊNDICE................................... 68 70 71 72. 74 86.

(9) LISTA DE FIGURAS Página. 1. polietileno de Túnel experimento.. 2. Tutoramento e disposição dos sacos de polietileno sobre os canteiros.. 26. 3. Massa média comercial de cultivares de tomate em função do número de ramos por planta. Piracicaba, ESALQ/USP, 2001.. 46. comercial Produção quinzenal, em tomate porcentagem, de cultivares de submetidos a dois espaçamentos e dois ESALQ/ tipos de condução. Piracicaba, USP, 2001.......... 57. 4. 5. utilizado. no. (a) Inflorescência Andréa, Cultivar no desuniformidade ap�esentando desenvolvimento dos frutos e (b) Frutos com sintomas de Ziper. Piracicaba, ESALQ /USP, 2001............................... 6. Porcentagem de podridão apical, Brocado, Ziper, Rachadura, Manchado e Vira-cabeça de cultivares de tomate submetidas a dois espaçamentos e dois tipos de condução. Piracicaba, ESALQ/USP, 2001.... 7. Deficiência de boro no cultivar Diana, (a)Lóculo aberto, (b) Frutos verdes e (c)Frutos maduros. Piracicaba, ESALQ/ USP, 2001. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. .. .. 26. 60. 61 63.

(10) LISTA DE TABELAS Página 1. Características químicas e granulométricas do substrato. Piracicaba, ESALQ/USP, 2001........ 28. 2. Valores médios, em centímetros, para o comprimento do entrenó, distância entre racimos, altura da planta e altura do primeiro racimo de tomateiro cultivado em túnel de polietileno, no substrato, em função de cultivares. ESALQ-USP, Piracicaba-SP, 2001.... ...... ...... 39. Valores médios, em centímetros, para a altura da planta de tomateiro, cultivado em túnel de polietileno, no substrato, em função de cultivares, espaçamento e número de ramos por planta. ESALQ-USP, Piracicaba-SP, 2001................... 40. Valores médios, em centímetros, para a altura do primeiro racimo do tomateiro, cultivado em túnel de polietileno, no substrato, em função de cultivares e Piracicaba-SP, espaçamento. ESALQ-USP, 2001..................................... 41. Comprimento do entrenó e distância entre racimos, em centímetro, do tomateiro cultivado em túnel de polietileno, no substrato, em função do espaçamento. ESALQ-USP, Piracicaba-SP, 2001......... 42. Características do produto comercial do tomateiro cultivado em túnel de polietileno, no substrato, em função de espaçamento número e de ramos por planta. ESALQ-USP, Piracicaba-SP, 2001... 45. 3. 4. 5. 6.

(11) xi. 7. Produção e massa média de frutos grande do tomateiro cultivado em túnel de polietileno, no substrato, em função de cultivar, espaçamento e número de ramos por planta, ESALQ-USP, Piracicaba-SP,. 2 O O 1 ... • ........ • ....... • ........ • .. • .... 8. Produção e massa média de frutos médios do tomateiro em de cultivado túnel polietileno, no substrato, em função de cultivar, espaçamento e número de ramos por planta, ESALQ-USP, Piracicaba-SP,. 2 O O 1 ....... 9. ...... ....... .. ...... .. 50. 52. Produção e massa média de frutos pequenos do tomateiro cultivado em túnel de polietileno, no substrato, em função de cultivar, espaçamento e número de ramos por planta, ESALQ-USP, PiracicabaSP, 2001............. . ........... 55. em 10 Produção quinzenal, comercial porcentagem, do tomateiro do tomateiro cultivado em túnel de polietileno, no substrato, função de cultivares. em ESALQ-USP, Piracicaba - SP, 2001 ...... 57. 11 Porcentagem de frutos não comercial do tomateiro cultivado em de túnel polietileno, no substrato, em função de cultivares. ESALQ-USP, Piracicaba - SP, 2001. ................... 59. 12 Teor de acidez total titulável, pH e Vitamina C do tomateiro cultivado em túnel de polietileno, no substrato, em função de cultivares. ESALQ-USP, Piracicaba - SP , 2001 ...... ......... 65. 13 Teor de sólidos solúveis totais do tomate cultivado em túnel de polietileno, no substrato, em função do cultivar, espaçamento e número de ramos por planta. ESALQ-USP, Piracicab,a-SP, 2001........... .. .... .. ..... .... 67. 14 Acidez total titulável do tomate cultivado em túnel de polietileno, no substrato, em função cultivar e número ramos por planta. ESALQ-USP, de Piracicaba-SP, 2001 ...................... 68.

(12) xii. 15 Proporção de sólidos solúveis totais e acidez titulável de tomate cultivado em túnel de polietileno, no substrato, em função do cultivar e do número de ramos ESALQ-USP, por planta. Piracicaba-SP, 2001. .. ..... .. ..... ...... . ...... 69. 16 Teor de Vitamina C do tomate cultivado em túnel de polietileno, no substrato, em função do cultivar e do número de ramos por planta. ESALQ-USP, PiracicabaSP, 2001................................. 70. 17 Firmeza do tomate cultivado em túnel de polietileno, no substrato, em função do cultivar e do número de ramos por planta. ESALQ-USP, Piracicaba-SP, 2001... 71.

(13) COMPORTAMENTO DE CULTIVARES DE TOMATE DE CRESCIMENTO INDETERMINADO (Lycopersicon escu1entum Mill.), EM AMBIENTE PROTEGIDO.. Orientador:. Autora: LÉA ARAÚJO DE CARVALHO. Prof Dr. JOÃO TESSARIOLI NETO. RESUMO Altas produtividades de tomate em ambiente. protegido são obtidas através de um manejo adequado.. Avaliou-se produção. qualidade. o. comportamento. comercializável, de. (Lycopersicon. Débora Max,. espaçamentos. quatro. esculentum. quanto. ao. produção. cultivares. crescimento,. classificada de. de. Andréa,. Carmen e Diana) submetidos a diferentes entre. plantas. (30. e. correspondendo a 39.216 e 26.144 plantas números. tomate. híbridos. Mill.,. e. ramos. por. planta. (um. cultivados em sacos de polietileno,. e. 45. ha- 1). dois. cm,. e dois. ramos),. contendo 15 L de. substrato. O delineamento experimental foi em blocos.

(14) XIV. casualizados, quatro frutos sexto.. em. arranjo. repetições. por. Foram. racimo. Altura. fatorial. e. da. as. de. deixados plantas. planta. e. 4x2x2,. apenas. podadas. do. com. quatro. acima. primeiro. do. racimo. dependem do manejo; as plantas dos cultivares Andréa e. Carmen. frutos. foram. mais. mais. tardia. comprimento do. vigorosos. que. Débora. entrenó. e. e Max. a. colheita. e. distância. Diana.. dos. Maior. entre racimos. foram obtidas no espaçamento de 30 cm entre plantas. O crescimento das plantas não foi influenciado pelo número. de. ramos. por. planta.. comercializáveis. totais e. maior. e. ramos, do. densidade porém,. cultivar.. nas. Maiores. produções. por dia foram obtidas na. plantas. conduzidas. com. dois. o efeito do número de ramos dependeu Na. menor. densidade. e. nas. plantas. conduzidas com um ramo obteve-se maior massas médias. de frutos e melhor produção classificada.. Não houve. efeito. de. cultivar. titulável. (ATT),. pH. e. qualidade,. para. Vitamina. diferindo. Débora. diminuição. Max, da. o. acidez. C.. Andréa. dos. demais. sólidos solúveis totais No. a. (SST). total. apresentou quanto. ao. maior teor. e proporção SST/ATT.. teor. de. SST. aumentou. densidade. de. plantas.. As. com. a. plantas. conduzidas com um ramo apresentaram maior proporção. SST/ATT e firmeza,. e. menor ATT,. e para Carmen,. as. plantas com um ramo tiveram maior proporção SST/ATT..

(15) BEHAVIOUR OF INDETERMINATED GROWTH TOMATO CULTIVARS. (Lycopersicon esculentum Mill.), IN PROTECTED ENVIRONMENT.. Author: LÉA ARAÚJO DE CARVALHO. Adviser:Prof.Dr. JOÃO TESSARIOLI NETO. SUMMARY. Tomato high yields in protected environment. are obtained through an adequate management. growth,. yield,. marketable. quality of. four. cultivars. classified. of. tomato. yield. Plant. and. (Lycopersicon. esculentum Mill., hybrid Andréa, Débora Max, Carmen. and Diana) were evaluated at two plant spacings. (30. and 45 cm, corresponding to 39,216 and 26,144 plants ha-1) with different number of branches by plant (one. and two branches), cultiva ted in polyethylene bags, containing. 15. L. of. substrate.. The. experimental. design was randomized blocks in factorial design of.

(16) xvi. with four replications.. 4x2x2,. Only four fruits were. left by raceme and the plants pruned above the sixth Plant. raceme. on. the. more. and first. rnanagement;. vigorous. and. raceme height were depende. Andréa. the. and. fruits. Carmen. were. plants. were. harvested. more. lately than the cultivars Débora Max and Diana.. The. longest internodes length and distance among racemes were. obtained. Plant. growth. branches. in. the. 30. was. not. influenced. by. marketable density. plant.. yields,. and. in. cm. spacing. Larger were. the. among. plants.. by. the. number. total. and. per. obtained. plants. in. with. the. two. of day. highest branches;. however, the effect of number branches depend on the cultivar.. The highest fruit weight were obtained in. the lowest density and i n the plants with a branch. In. the. lowest. density. and. in. the. plants. with. a. branch was obtained larger average fruit weight and better of and. classified production.. cultivars Vitamin. differing solids. of. (SST). the C. the. total. titrable. Andréa. as. for. SST/ATT.. was not effect. acidity. presented. others. and ratio. There. larger. the In. (ATT),. total. pH. quality, soluble. Débora Max,. the. SST increased with decrease of plant densities.. The. plants with a branch presented larger ration SST/ATT and firmness,. and smaller ATT,. and for Carmen,. plants with a branch had larger ratio SST/ATT.. the.

(17) 1 INTRODUÇÃO. é. O tomateiro (Lycopersicon esculentum Mill.). plantado. geográficas. cultivo. e. Contudo,. em. praticamente. do. Brasil. diferentes. sua. sob. todas. diferentes. n íveis. de. regiões. sistemas. manejo. eficiência. máxima. as. de. cultural.. técnica. só. será. que. está. obtida quando houver interação entre o seu potencial. genético,. ambiente. o. submetido. A. utilização. de. vantagens que apresentam, resistência. a. doenças,. produtores.. Porém,. necessário. estudos. a. manejo. o. e. híbridos,. tais como;. precocidade,. apesar. das. produtividade, uniformidade,. entre outras características, se restringe à grandes. híbridos. estão. como. sendo. nos. últimos. l ançados. de. no. avaliação. mesmos sob ambiente protegido. país,. tomate. O. uso. de. objetivando para. estufas a. consumo. de. mercado,. natura,. rendimento mais elevado da produção, nos. períodos. produtos. controle. de. das. de. entressafra.. melhor. Deste. qualidade,. intempéries,. da. faz-se. no. sul. oferta. proporciona. dos do. do. um. principalmente. modo,. devido. geada. novos. agronômica. plástico. regularização. in. anos. e. inverno, e chuvas torrenciais no verão.. obtém-se. ao. melhor. granito. no.

(18) 2. Como no cultivo. em estufas busca-se. produtividade,. qualidade e precocidade,. de. de. técnicas. manejo. densidade ótima de plantio, plantas,. podas,. escalonar. desbastes. colheitas. aproveitamento. da. a utilização. adequadas,. tais. como:. métodos de condução de. e. de. área. maior. e. raleio,. que. permitam. modo. a. maximizar. obter. melhores. o. preços,. assumem particular importância para os produtores. Têm sido demonstrado que a interação entre densidade plantas. populacional. propicia. um. e. números. maior. massa média de frutos.. de. rendimento. Entretanto,. ramos e. uma. por menor. esta redução na. massa média dos frutos pode ser considerada benéfica. para. o. grupo. Salada,. uma. vez. que,. a. maioria. dos. consumidores brasileiro exige frutos do tipo grande. para o grupo Santa Cruz e do tipo médio para o grupo Salada.. de. Com a. alternativa. do. cultivo sob. indeterminado. crescimento. do tomateiro estufa. de. polietileno, e a exigência do mercado quanto à massa média. e. à. necessário. qualidade a. do. realização. fruto de. no. país,. pesquisas. na. faz-se área. de. manejo do tomate cultivado em ambiente protegido. O. presente. trabalho. tem. como. objetivo. avaliar em ambiente protegido o comportamento quanto ao. crescimento,. Andréa,. produção. Débora Max,. espaçamentos. entre. condução de ramos.. e. qualidade. dos. híbridos. Carmen e Diana submetidos a dois plantas. e. dois. sistemas. de.

(19) 2 REVISÃO DE LITERATURA. 2.1 A importância do tomate. a. O tomate. principal. (Lycopersicon esculentum Mill.) é. hortaliça. comercializada. no. tanto no aspecto econômico quanto social. da. América. do. Sul,. mais. precisamente. Brasil,. Originária. do. Norte. do. Chile, Bolívia, Equador, Peru e Colômbia, onde até hoje. espécies. selvagens. são. encontradas.. Sua. domesticação foi realizada pelos Astecas, no México, de. onde. foi. ornamental. 1710, mas. levado. pelos. somente. para. espanhóis. a. a. Europa. Retornou. partir de 1830. como. a. foi. planta. América. em. utilizado. como fonte de alimento nos Estados Unidos. No Brasil a sua introdução foi feita pelos emigrantes europeus. no fim do século passado (Pinto & Casali, 1980). Cultivado. em. quase. todos. os. países,. o. tomate ocupa no mundo o 9 ° lugar em produção. No ano. de. 2000. a. sua. produção. estimada. foi. de. aproximadamente 3,04 milhões de toneladas, numa área. de. 58 mil hectares e uma produtividade média de 52. tha- 1 é a. (FNP, 2002).. No país a região maior produtora. sudeste, com 1,6 milhões de toneladas numa área.

(20) 4. de 26 mil hectares e uma produtividade média de 62 t. h a-1 .. estado. O. de. produtor nacional,. é. Paulo. São. vindo. segundo. o. depois de. Goiás,. maior. com. uma. produtividade de 639 mil toneladas numa área de 10,8. mil hectares (FNP, 2002).. o. cultivar. Santa. que,. Clara. até. 199 7,. detinha mais de 90% do mercado foi substituída pelos híbridos. "longa. retardam por. mais. de. de. depois. frutos. vida",. 15. genes. que. apodrecimento. dos. incorporam. que. dias. o. colhidos.. das. Apesar. reais. vantagens para a maioria dos componentes da cadeia produtiva, a qualidade gustativa destes híbridos tem. sido alvo de conferem. também. a. criticas,. pois,. característica. causam. efeitos. textura. e. natura. inexpressivos. teor. de. os. mesmos. "longa. desejável. d eletérios. licopeno.. no. genes. sabor, a. Devido. que. vida" aroma,. má. essa. qualidade gustativa, tipos de tomate para consumo in. ampliando. sua. até. participação. no. mercado. corno o tipo italiano/saladete.. estão. tempo,. pouco. a cada. ano,. Dentro da tendência. de segmentação do mercado, os híbridos Santa Cruz,. vem. mantendo. espaço. garantido,. pois. assim. como. o. tipo italiano, são produtos versáteis em termos de uso. culinário,. prestando-se. não. apenas. para. o. consumo em salada, mas também para molhos caseiros, além de ser uma matéria-prima de boa qualidade para a fabricação de tomate seco (Melo, 2003). No. fruto. do. tomate o. sabor. é. determinado. pela quantidade de sólidos, principalmente açúcares e. ácidos. orgânicos,. e. os. compostos. voláteis.. No.

(21) 5. tomate maduro 95% da sua constituição é água, apenas a pequena quantidade da matéria sólida determina a sua qualidade. (Morgan,. 2001;. Pierro,. 2002). Porém,. aproximadamente 8% dessa matéria seca são minerais, o restante consiste em vários compostos carbônicos,. metade. dos. quais. e. frutose. um. são. açúcares. de. oitavo. a. como. ácidos. glicose,. orgânicos,. que. contribuem com o típico sabor ácido/doce dos frutos. do tomate. (Morgan, 2001). A porcentagem de sólidos solúveis totais é representada pelo ºBrix, que inclui os açúcares e os ácidos. e. tem. industrial.. influência. Enquanto. o. sobre. que. rendimento. acidez. a. titulável,. representada pelo teor de ácido cítrico, influencia principalmente o sabor dos frutos. (Giordano et al.,. 2000). Winsor 1 citado por Panagiotopoulos &. Fordham. (1995), considera que frutos de tomate com teores de ácido cítrico abaixo de 0,44% são insípidos. Pesquisas. realizadas. supermercados. em. revelam que, para 86% dos entrevistados, o sabor é o aspecto mais importante no momento de decidir qual tipo. de. tomate. consumidores. comprar. (Pierro,. preferem. uma. proporção. quando. alto. teores. açúcar/ácido, combinados. com. baixos. contrário,. quando. apesar de muito doce,. teores. de. Os. 2 O 02). balanceada de. açúcar. ácidos,. o. de são. sabor,. é considerado sem gosto.. temos. alto. teores. de. ácidos. Ao e. WINSOR, G.W., Some factors affecting the composition, flavour and fi rmness of tomatoe s. Scientific Horticulturae, v.18, p.2735, 1966..

(22) 6. baixos teores de açúcares, 2001;. o sabor é azedo. Pierro, 2002).. (Morgan,. 2.2 Cultivo protegido e a tomaticultura. uso. o. de. teve início na década. denominado de plasticultura, de. 40,. mas. de. aplicada. brasileira. essa. forma. na. técnica mais. somente. intensa 80,. de. década. agricultura,. na. agro filmes. passou. na. a. ser. agricultura. na. especialmente. produção de flores e hortaliças (Salvetti, 1983) No Brasil, de. tomate. tem. o cultivo em ambiente protegido. se. expandido. nos. últimos. anos,. principalmente, nas regiões Sul e Sudeste do Brasil.. A. ocorrência de doenças. fúngicas e bacterianas. na. época quente e chuvosa, e geada na época fria e seca para essas regiões,. ocasiona a escassez do produto. no mercado e melhores cotações do tomate oriundos de outras. partes do. país.. Essas limitações ligadas. a. outros fatores fez com que o cultivo protegido tenha basicamente a finalidade de proteção, pesadas. de. prevalecentes. e. verão no. as. final. início da primavera. de. (Lopes. baixas outono,. contra chuvas. temperaturas. inverno. & Stripari,. e. 1998). no. Esta. técnica propicia ao tomateiro um incremento nas suas caracteristicas. de. desenvolvimento. e. de. produção,. devido ao efeito positivo da cobertura plástica na redução. do. período. de. molhamento. foliar,. da. evaporação da água, da amplitude térmica do solo, da.

(23) 7. incidência de pragas e de doenças. que,. a depender do. Produções essas. cultivar e do ano de cultivo ,. podem ser de 4 a 15 vezes superiores àquelas obtidas. em campo (Martins,. 1992).. No sul do Brasil o cultivo do tomateiro em ambiente. protegido,. entressafra, cultivo. visando. à. produção. na. pode ser feito duas vezes por ano. No. de. outono-inverno. o. transplante. é. feito. entre o final de fevereiro e o início de março, colheita ocorre em maio, de inverno-primavera, até. início. dezembro. de. agosto,. (Poerschke. e a. junho e julho. No cultivo. o transplante ocorre de julho. et. e. a. colheita. al.,. 1995;. de. outubro. Streck. et. a. al.,. 1996). Para isso,. os plantios devem ser planejados. no. cultivo. verão. para. o. de. para. outono,. que. o. florescimento termine quando as temperaturas mínimas forem menores que lO º C. e,. no cultivo de primavera, inicie. quando. as. para. uso. que o. temperaturas. patamares superiores a lü º C O. as semeaduras de inverno. intensivo. florescimento. mínimas. (Pereira et al., do. solo. com. atinjam 1989).. uma. mesma. espécie levou ao aumento dos problemas com patógenos do. solo.. Para. resolver. esse. problema. alternativas podem ser utilizadas, local. e do material de. redução. do. inóculo. desinfestação do solo), outros. (Lopes. sua utilização solo. &. no. solo. (revolvimento. rotação de culturas, 1998). não é proibida, é. escolha do. plantio livre do patógeno,. Stripari,. normalmente. como:. algumas. feita. com. e. entre. Em países onde a a desinfestação do brometo. de. metila,.

(24) 8. o. porém,. uso. do. contínuo. problemas de higiene e sanidade,. poluição frutos. das. águas. (Calabretta. de. e. et. causa. brometo. sérios. e possibilidade de de. acúmulo. resíduos. al., 1994). Além. do. em. problema. fitossanitário, a alta salinidade do solo, devido às adubações pesadas associadas á irrigação localizada, principalmente na cultura do tomate,. também afeta o. crescimento e o rendimento da cultura. Razões pelas quais o cultivo no solo,. em ambiente protegido,. pode. ser gradativamente substituídos pelo cultivo fora do solo,. em. especialmente. substrato. apropriado,. por. contendo. plásticos. sacos. permitir. um. manejo. mais. adequado tanto da água como de nutrientes. Diversos materiais orgânicos e inorgânicos podem ser usados para a síntese destes substratos, sendo. a. o. mais. Papadoupolos,. 1994;. perda. irreversível. misturas perlita, na. turfa. com. de. água,. lã. ela. propriedades físicas, &. constataram. que. a. &. muito. C eli k el,. devido usada. a. em. poliestireno,. vermiculita e outros,. Wilson &. Hitchin2 citados por. Loures. utilização. diferentes. com. substratos. (1999).. Barbosa. é. rocha,. de. cascas de vegetais, de. (Abac k. Entretanto,. 1991).. areia,. formulação. Martinez. utilizado. de. et. al.. esterco. (1998), de. suíno. como parte do substrato para a produção de tomate em sacos. plásticos,. em. condições. protegidas. é. tecnicamente viável. WILSON, G.C.S.; HITCHIN, G.M. The developments in hydroponi e s syst ems for the product ion of g lasshous e omatoes. In: INTERNATIONAL CONGRESS ON SOILLESS CULTURE, 6, Lunteren, 1984. Proceedings . Luteren: International Society for Soilless Culture, 1984. p. 793-800..

(25) 9. O. cultivo em. substrato. pode ser. utilizado. como ferramenta de manejo na distribuição da matéria. seca. entre. os. Andriolo et al.. órgãos. da. parte. aérea. da. planta.. (1997),. estudando o crescimento e o. desenvolvimento do tomateiro cultivado em substrato com. fertirrigação,. polietileno, em. linear. do. interior. constataram. substrato. evolução. no. do. com. de. uma. de. de. que as plantas cultivadas. fertirrigação. índice. estufa. área. mostraram. foliar(IAF). uma. do. tipo. Nas últimas semanas do seu ciclo os valores. IAF. das. plantas. aproximadamente,. 50%. mais. cultivadas no solo e a. fertirrigadas baixos. do. foram,. que. aquelas. produção de massa seca dos. frutos foram semelhante nos dois casos,. o que indica. que as plantas cultivadas em substrato fixaram uma maior. proporção. portanto,. mais. de. matéria seca nos frutos,. eficientes. obtenção da mesma. quanto. ao. sendo. rendimento.. produção com menor. área. A. foliar. possibilita a utilização de uma maior densidade de plantas. com. melhor. ventilação,. menor. risco. de. moléstias e um melhor manejo.. 2.3 Densidade populacional Sistemas alta. para. de. produtividade qualquer. precisam espaços. de. produção. por. unidade. cultura,. luz,. para. de. permitam área. entretanto,. temperatura,. adequados. que. água,. seu. é as. o. obter ideal. plantas. nutrientes. crescimento. e e.

(26) 10. desenvolvimento.. No. tomateiro,. as. alterações. na. densidade populacional e no sistema de condução dos ramos. causam. afetando. mudanças. de modo. fisiológicas. favorável. ou. relacionados. aspectos. acentuadas,. desfavorável. vários. desenvolvimento,. ao. crescimento, produção e qualidade dos frutos.. 2.3.1 Efeito no crescimento No desenvolvimento normal de uma cultura, crescimento. das. partes. vegetativas. deve. o. preceder. aquele das partes reprodutivas. A densidade ideal de plantas é aquela necessária para atingir o índice de área. foliar. máximo. de. densidade. (IAF). radiação é. a. fase reprodutiva. fonte. plantas, biomassa. útil. elevada. antes mesmo que de. ótimo, o. a à. por. é. interceptar. atingido. esteja. Por isso,. de. fotossíntese.. IAF. planta. provocada. fim. apta. Quando. mais. o a. cedo,. a iniciar. a. uma modificação na força. diferentes. densidades. de. não altera de maneira direta a alocação de para. os. frutos.. Entretanto,. a. força. de. fonte influencia fortemente o crescimento da planta e,. por conseqüência,. Dessa forma, emissão. de. indiretamente. o número de frutos por planta.. se a densidade de plantas modifica a flores a. e. de. distribuição. frutos,. da. biomassa. influencia entre. as.

(27) 11. partes. vegetativas. e. os. (Heuvelink 3. frutos. por Andriolo 1999). ano. Altas densidades. afetam. (1991),. o. de. crescimento.. plantas. e. a. citado. época. Papadopoulos. &. do. Ormrod. estudando esse efeito na cultura do tomate. (Lycopersicon esculentum Mill.) em casa de vegetação. concluíram que, do. aumentam. entrenó. diminuição. a altura da planta e do comprimento. sucessiva no. significativamente espaçamento. independente da época do ano. foliar,. a. entre plantas,. Enquanto que,. a área. decresce com a redução do espaçamento entre. plantas no outono, o máximo. cm.. com. Estes. valor. mas, na primavera a planta atinge. no. resultados. pequeno suprimento competição. produtividade comparados al.(2001),. espaçamento. por. em. aos. de. sugerem. intermediário de. que,. na. de carboidratos,. 1 uz,. resulta. plantios. outono.. constataram. em. plantas (30x30,. uma. adensadas,. Entretanto,. que. em. o. devido a maior menor quando. Logendra. níveis. (primavera-17, 2 mol.m 2). luminosidade. primavera. 45. alto. et. de. a densidade de. 30x45 e 30x60 cm) não afeta a altura. da planta.. Camargos. espaçamento. e. do. (1998), número. avaliando·. de. cachos. híbrido Carmen cultivado em estufa,. o. por. efeito. planta. do. do. com uma haste,. constatou que a altura final das plantas e a altura de 3. inserção. dos. cachos,. com. exceção. do. primeiro,. HEUVELINK, E. Effect of plant density on biomass allocation to the fruits in tomato (Lycopersícon esculentum Mill.). Scientia Horticulturae, v. 64,p. 193-201, 1995..

(28) 12. foram. superiores. plantas, plantas 112,. no. quando. com. 168. e. espaçamento. comparado. três,. cinco. e. de. Observaram ainda. que,. as. pela. alcançaram,. culturais,. que. como:. espaçamento altura. e. da. de. 30. cm. 60. cachos. entre. cm.. As. alcançaram. respectivamente.. plantas. com sete cachos,. dificultam. desbrotas,. os. tratos. pulverizações. O mesmo comportamento do efeito do. do. número. planta. al. (2002),. altura,. amarrios,. e as colheitas.. os. sete. cm. altura. 218. com. de. foi. de. cachos. observado. por. por. plantas na. Seleguini. em plantas do híbrido Duradouro. et. (Salada). conduzido com duas hastes. do. ano,. Além da alta densidade de plantas e o. tomateiro. Kadá. cultivar. Martins. apresentou,. determina. (1992),. o. crescimento. independente da época de plantio,. maior número de nós até o primeiro cacho, ser uma cultivar mais tardia. Bocaína. do. constatou que o cultivar. maior altura da planta e do primeiro cacho,. de. época. foi,. em. bem como. indicando. Por sua vez,. média,. o. cultivar. Coração. de. menor. altura, apresentando o primeiro cacho mais baixo que os. demais,. menor. número de cachos por planta, uma certa precocidade. No. reprodutivo ciclo. suprimentos frutos,. tomateiro ocorrem. cultural de. senão,. entre. distância. a. o. crescimento. paralelamente. planta. iniciação. e. maior. o que pode representar. fotossintatos a. cachos. vegetativo. Durante. necessita para. floral. a. é. o. e. seu. contínuos. produção. retardada,. de a. planta volta ao crescimento vegetativo e a taxa de.

(29) 13. fixação. de. 1975).. frutos. Altas. densidades. &. (Rodrigues. decresce, têm. sido. Lambeth,. mostradas. como. tendo um efeito determinante na fixação dos frutos ao. devido. tomate. de. suprimento. inadequado. fotossintatos, ocasionado pelo sombreamento. &. (197 3 ), concluí ra m. T imm. que. número. o. de. de. Zahara fr utos. fixados por planta, o número de flores e de folhas,. e. o. diâmetro. do caule. decrescem. em plantas superiores a 96,3 plantas m -2. populações. de. Fery & Janick. (1970) constataram que com o aumento da população de. plantas. o. número. de. de. nós,. inflorescências,. de. flores por planta e a porcentagem de frutos fixados bruscamente.. reduzem obtidos, Lambeth. no. em. de. similares. vegetação,. por. foram. Rodrigues. &. (1975) quanto ao efeito de baixas densidades. número. porcentagem da. depende. casa. Resultados. de. de. de. total. frutos. época. fixados.. do. por. flores. ano,. Porém,. planta. esse. Papadopoulos. &. e. efeito Ormrod. a taxa de fixação dos frutos. (1991), observaram que. (porcentagem do total de flores fixadas em frutos) não. foi. exceto. afetada. em. pelo. condições. espaçamento. extremas. de. entre. plantas,. variação,. como. o. encontrado no espaçamento de 23 cm, para o plantio do outono. diminuiu plantas.. Na primavera a taxa de fixação do fruto com. o. decréscimo. do. espaçamento. entre. Campos et al. (1987), estudando o efeito da. poda da haste (três, cinco e sete cachos por planta) e a população de plantas plantas. sobre. a. (20. 000, 30. 000 e. produção. do. 40. 000. tomateiro. no.

(30) 14. inverno-primavera,. cultivado. em. campo,. concluíram. que houve redução do número de frutos por planta com. o. aumento. foi. da. densidade. atribuída. à. assimilados,. como. populacional.. mudanças. na. Essa. redução. distribuição. resposta. à. de. competição. intraplantas, agravada pela competição interplantas, comprometendo desta maneira, o pegamento dos frutos ou a produção de flores por cachos. Esta redução por planta. foi. compensada. pelo. aumento. do. número. de. é. função. do. plantas por área.. 2.3.2 Efeito na produção No. tomateiro. a. produtividade. número de plantas por unidade de área, do número de frutos. colhidos. frutos &. por. plantas. e da. massa. média. dos. (Campos et al., 1987; Martins, 1992; Maschio. Souza,. 1982;. Papadopoulos. Papadopoulos. &. Yazgan, 1995;. Streck. &. Ormrod,. Pararajasingham,1997; et. al., 1996;. 1990;. Saglam. &. Streck et al.,. 1998). Grandes protegido. produções. podem. densidade. de. devido. maior. a. ser. plantas.. de. obtidas Este. produção. de. tomate. em. cultivo. utilizando. aumento. de. biomassa. alta. produção. causada. é. pelo. aumento da interceptação da luz fotossinteticamente ativa índice. e. da de. fotossíntese área. foliar. no total. dossel, aumenta. com a. o. maior. taxa. de. fixação de frutos. A interceptação de luz não apenas.

(31) 15. estimula. o. crescimento. da. cultura,. mas. também. Pararajasingham,. 1997).. aumenta o total de assimilados disponíveis para os &. (Papadopoulos. frutos. Entretanto, a produção de frutos por unidade de área. cresce assintoticamente, ou seja, aumenta a uma taxa decrescente,. devido. a. maior. competição. por. água,. radiação solar, nutriente e também pelo aumento da sobreposição na. redução. foliar. área. diminuição na taxa (Fery. planta 19 87).. conseqüentemente,. e,. eficiência fotossintética por. e. Janick,1970;. &. com. folhas,. das. sombreamento. do. e. &. Ortolani. Camargo,. O efeito da densidade populacional sobre a. produção por planta e por unidade de área depende da época. do. ano.. Fery. &. Janick. (1970),. constataram,. que, em plantas cultivadas no verão a produção por planta. com. decresce. o. densidade. da. aumento. populacional, devido a c ompetição interplantas luz e intraplanta, por fotoassimilados. al. (2001) observaram que na primavera d- 1). por. Logendra et (17,2 mol m- 2. a produção de frutos por planta foi maior nos. tratamentos com baixa densidade mas, no inverno (7,0 mol. m- 2• d- 1). a. afetada. não. produção. e. por. produção houve planta. do. fruto. efeito e. na. por. do. área. não. foi. espaçamento. na. produção. por. área.. Entretanto, a produção por planta em baixa densidade populacional. pode. ser. maior. quando. as. mesmas. são. submetidas a condições de alta luminosidade, devido a maior interceptação da. 1 uz pelas folhas inferior. do dossel (Papadopoulos & Ormrod, 1988)..

(32) 16. A aumento. massa. da. média. densidade. do. de. fruto. plantas. decresce (Borraz. com et. o. al.,. 1991; Camargos, 1998; Camargos et al.,2000a; Campos et al., 1987; Martins, 1992; Maschio & Papadopoulos. &. Ormrod,. 1990;. Souza, 1982;. Papadopoulos. &. Pararajasingham, 1997; Saglam & Yazgan, 1995; StrecK et al.,. 1996;. StrecK. et. al.,1998;). também depende da época do ano. e. este efeito. (Borraz et al., 1991;. Logendra et al.,2001; Martins, 1992; Papadopoulos & Ormrod,. 1990;. StrecK. et. al.,. 1996;) e da cultivar. (Papadopoulos & Ormrod, 1990; Schmidt et al., 2000). A. produção. comercial. e. a. massa. média. dos. frutos grandes e médios são afetados pelo aumento da densidade. populacional.. Camargos. (1998),. constatou. que com o aumento da população de plantas houve uma redução na produção de. frutos. grandes,. aumento na. produção de frutos médios e pequenos e diminuição da. massa média dos frutos grandes e médios. Entretanto Seleguini et al. cova. com. duas. (2002), utilizando uma planta por hastes,. verificaram. que. houve. um. aumento linear com o aumento da densidade apenas na produção apesar. de de. frutos não. médios. ter. Constataram. havido. ainda. interação. que, entre. espaçamentos e número de cachos para a massa média de frutos, produção por p lanta, número de frutos por plantas,. produção. total. de. frutos,. produção. de. frutos graúdos, produção de frutos médios e produção de frutos pequenos, a maioria das variáveis tiveram um comportamento linear..

(33) 17. No. Brasil,. sobre a massa média do. tomates. Uma. exigência. do. vez. efeito. dos. grupo. benéfico.. frutos para. o. para o grupo. pode. segundo. que,. densidades. principalmente em ser. Martins. brasileiro. consumo Santa. altas. frutos,. Salada,. mercado o. de. em. ( :2:. (1992),. relação. in natura é do. Cruz. considerado. tipo. (:2: 60mm e < 80 mm). do grupo Santa Cruz,. cultivada no campo,. com. Fayad et al. (2O O 1),. aos. grande. 60mm) e do tipo. para o grupo Salada. à. médio. De acordo. para a cultivar Santa Clara as massas. médias dos frutos graúdos AA, graúdo A, médio extra, médio especial e pequeno foram 185; 52. g,. e. respectivamente,. primeiras. são. classes. mercados mais exigentes. grupo. Salada,. da. uma. das. duas. da. protegido,. as. massas. grandes, médios e pequeno. maioria. (1987) e Oliveira. correlação. positiva. fruto e a ocorrência de. do. mercado. consumidor,. (1993) reportaram que, entre. o. maior. rachadura,. tamanho. Outro frutos. do. produzido. componente tomateiro por. al. (1991),. estudando. densidade. populacional em. importante é. a. há do. o que torna os. frutos muito grande não comerciáveis. produtividade. nos. 267; 168 e 84 g, respectivamente. Além. exigência. Campos. 71 e. Já para o híbrido EF-50 do. médias dos frutos gigante,. foram de 415;. 92;. procurados. mais. cultivo. sob. frutos. os. os. 135;. massa. inflorescência.. média Borraz. na dos et. o efeito da poda apical e da. hidroponia,. sobre. duas. variedades. cultivo. de. protegido, verificaram que numa densidade de 16 plantas m -2 ' o. tomate,. sob.

(34) 18. rendimento. por. são menores que plantas. inflorescência na de. submetidas. à. 9. e. diâmetro. m. plantas. alta. -2. do. fruto. Isto porque,. densidade. populacional. competem mais por luz e direcionam um maior gasto de energia nos processos de crescimento celular e menor translocação de açúcares para os frutos,. resultando. numa diminuição no rendimento por inflorescência e diâmetro de fruto, e. rendimento. a. mas n ão à ocasionar prejuízo ao qualidade. do. fruto.. Streck. et. al. (1996) constataram que , quanto menor a redução no tamanho dos frutos nas inflorescências superiores da planta, maior será a produtividade total. No para. o. Rio. tomate. consiste plantas. em. tipo. usar. do. Sul,. salada. a. sob. densidades. prática. cultivo. entre. inflorescência. Streck. planta.. populacional. plantas ha- 1) RS,. inverno, a. protegido,. 30.000. et. al.,. entre. seis. (1996),. produtividade do tomateiro em resposta. Maria,. indicada e. 40.000. ha- 1 e conduzi-las com uma haste e com um. de. número. Grande. (20.000,. 30.000,. e. oito. por. avaliando à. 40.000. a. densidade. e. 50.000. no interior de túnel plástico em Santa. no período de inverno-primavera e outono­. constataram que para o híbrido Monte-carlo. máxima. eficiência. técnica. é. obtida. quando. conduzido com uma haste e com uma densidade próxima a 40.000 plantas ha- 1• A. pouca. luminosidade,. densidade de planta,. ocasionada. por. alta. além de afetar o crescimento,. desenvolvimento e a produção do tomateiro, a sua qualidade. El-Gizawy et al. (1993),. determina. avaliando o.

(35) 19. efeito do sombreamento qualidade. do. concluíram efeito com. tomate,. que,. em. valores. 63%. de. de. 51,. 63% e testemunha) na. cultivado. toàos. significativo. maiores. (35,. níveis. sobre acidez. sombreamento,. sólidos solúveis totais. na. testados. a acidez titulável. decresce com teores. houve. titulável. Os foram. entretanto,. sombreamento. Em relação a vitamina C, os. primavera,. o. o. obtidos. teor. de. aumento do. os resultados. demostraram. que. decrescem. sombreamento.. Verificaram ainda que houve efeito do. cultivar para a acidez titulável e que, ao teor de sólido solúveis totais, foi significativo.. com. o. em relação. esse efeito não. 2.4 Sistemas de condução. Brasil. natura. Os cultivares de tomate mais utilizados no. para são. produção. os. de. de. frutos. hábito. para. in. consumo. indeterminado.. Estes. apresentam ramificações laterais que se desenvolvem a partir de gemas axilares do caule principal. Dos ramos. secundários. sucessivamente, dá. a. um. 1993;. de melhorar o. aspecto. Sonnenberg,. aspecto e. frutos (Campos et al., permitir aumentar. o o. os. terciários. e,. assim,. dependendo do vigor da planta,. planta. (Oliveira,. surgem. rastejante. 1985). Com o objetivo qualidade. comercial. dos. 1987; Jaramillo et al., 1975),. tutoramento tamanho. a. arbustivo. o que. (Campos. dos. et. frutos. al.,. 1987). (Jaramillo. , et.

(36) 20. tratos. al.,. &. Maschio. al.,1975;. (Campos. culturais. 1987),. Souza,. diversos. 1982),. al.,. et. tipos. de. facilitar. 1987;. poda. Fontes. são. os. et. indicados. durante o seu ciclo. A poda de condução ou desbrota, consiste na retirada. das. conduzindo hastes. brotações. a. planta. (Filgueira,. Minami, 1989;. Apesar. axilares. com. uma,. 1982;. Morais, 1997;. deste. sistema. de. ainda. duas,. Lopes. &. Pereira &. condução. três. tenras, e. Stripari,. quatro 1998;. Marchi, 2000).. acarretar. alguns. aspectos negativos no manejo operacional da cultura do tomateiro no interior da estufa, o rendimento e o número de frutos dependem mais do número de hastes m- 2 do. que. al.,1995a;. O. do. número. de. plantas. Poerschke et al., 1995) sistema. de. (Oliveira. m- 2. condução. não. só. afeta. et o. rendimento comercial dos frutos como também o massa média dos mesmos. Poerschke et al. (1995), avaliando o efeito de duas. hastes. sistemas de e. poda. podas. inflorescências). sobre. após. o. (condução 3 ª,. a. rendimento. com. do. 5ª. uma e. e. 7ª. tomateiro. cultivado em estufa de polietileno, constataram que as plantas conduzidas com duas hastes apresentaram maior. rendimento. plantas. com. uma. inflorescência, para. a. de. massa. frutos. haste. as. e. com. diferenças. média. comercializáveis.. dos. poda. foram. frutos. após. a. Nas 3ª. significativas com. diâmetro. transversal entre 50 e 80mm e massa média geral. Uma. das. práticas. utilizadas. pelos. tomaticultores, tanto no cultivo em céu aberto como.

(37) 21. em ambiente protegido, é a poda apical. Este manejo, que. consiste. crescimento. na. remoção. haste(s). da(s). da. gema. deixando. apical ou. duas. de três. folhas acima da última inflorescência desejada, vem sendo. utilizada. indeterminado. na. condução. para. o. do. consumo. tomate. in. de. natura,. hábito. com. o. objetivo de controlar a altura da planta, o número de. cachos. por. (Logendra. et. planta. e. al.,2001;. o. tamanho. Oliveira. dos. et. al.,. frutos 1995a;. P ere-i ra et al., 1 989). No t omate Caqui, esta té cnica dependerá plantio;. de. fatores. sistema. cultura;. tais. de. como,. condução;. desenvolvimento. espaçamento. estado. vegetativo. de. geral. da. (Lopes. &. Stripari, 1998). A utilização da poda apical associada a uma maior. densidade. produção,. deve-se. classificação,. de a. maior. plantio. sem. obtenção. de. prejuízos. frutos. segurança. na. de. na. melhor. aplicação. de. agrotóxicos, possibilidade de utilização de sistemas de tutoramento mais simples. Oliveira et al. (1995a), avaliando o efeito do número de hastes por planta e da poda apical na produção e classificação de frutos de. tomateiro. em. campo,. em. duas. épocas. (julho. e. setembro), constataram que a produção de frutos: com diâmetro. t rans versal. �. 6 0mm,. não. foi afetada. pelo. número de hastes e pelos níveis de poda em ambas as épocas. de. plantio;. plantas. com. duas. hastes. apresentaram produção de frutos graúdos (0 � 52 mm) e. t ota 1. também. (0 nas. �. 33. duas. mm ). s u perior. épocas. de. às. com. plantio. uma. haste,. (julho. e.

(38) 22. setembro). níveis. de. Verificaram poda. que,. ainda. apical. s obre. o. produção. a. dos. efeito de. frutos. graúdos e total variou com a época de plantio. cultivar.. Outro fator a ser considerado é o efeito da et. Oliveira. distribuição. da. al. (1995b),. produção. de. nos. frutos. a. avaliando. de. cachos. cinco cultivares de tomateiro. (Kadá, São Sebastião,. Santa. e. Clara. I-5300,. Rochesso. Ângela. 5100) em dois sistemas de condução. Gigante. I-. (plantas com um e. dois ramos), no campo, c oncluíram que as produções de. frutos. graúdos,. graúdos. mais. médios. e. total,. foram afetados pelo número de ramos por planta e que plantas. conduzidas. com. dois. ramos,. apresentaram. produção superior às plantas com um ramo. Observaram ainda. que houve diferenças entre cultivares apenas. em relação a produção de frutos graúdos, sendo Kadá o mais produtivo e Ângela o menos produtivo. Devido a coincidência da colheita no sul do Brasil. do. cultivo. colheita do no. começa que. protegido. início de. concentrem. a. produção. abastecimento. e. (Sterck at al.,. plantas. com. al.,1991;. com. colheita, a. poda. Logendra. Sterck. preços. técnicas na o. maneira, mais. elevados. 1998). Nesse sentido, trabalhos tem. desenvolvidos de. 1995;. obtendo. a. que. estufas. das desta. com. aberto,. dezembro, buscou-se. regularizando. período. primavera,. tomateiro cultivado a céu. entressafra,. sido. de. at. et. al.,. o. objetivo. a ssociando apical 1998).. a. densidade. drástica. al., 2001;. reduzir. de. (Borraz. Saglam A. adoção. &. o. de. et. Yazgan, da. poda.

(39) 23. drástica mantendo três inflorescências por planta. e. densidade equivalente a 80.000 a 100.000 plantas por hectare possibilita a redução do período de colheita do tomatei ro de sete para quatro a cinco semanas do. tomateiro protegido. (Monte. Carlo). (Sterck at al.,. cultivado. 1998).. em. ambiente.

(40) 3. MATERIAL E MÉTODOS. 3.1 Localização. experimento. o. a. 08/03/2001. foi. 02/10/2001. conduzido no período de. na. área. experimental. do. localizada. em. Departamento de Produção Vegetal da Escola Superior. de. Agricultura. Piracicaba-SP,. 47 º 38'. Segundo. de. a. "Luiz. situado. longitude. de a. Queiroz",. 22 ° 42'. Oeste. classificação. e. de. altitude. altitude. climática. de. Sul,. 540. proposta. m.. por. Koeppen, o clima é do tipo Cwa, ou seja, subtropical úmido. com. agosto),. três. chuvas. meses de. mais. secos. verão,. (junho,. seca. no. julho. e. inverno,. temperatura média do mês mais quente superior a 22 º C. e. a. do. mês. monitoramento. mais. do. frio. ambiente. inferior dentro. a. do. 18 º C.. túnel. O. de. polietileno foi feito com um termoigrômetro digital,. localizado a 1,60 m de altura e em posição central.. As anotações de temperatura e umidade relativa do ar diárias,. realizadas. próximas. às. 11. iniciadas no transplante (Apêndice A).. horas,. foram.

(41) 25. 3.2 Instalação e condução A estrutura. alto com 210 m 2 ,. utilizada foi a. do tipo. túnel. constituída de pé direito com. 2,8. m e antecâmara, coberta com polietileno transparente de. baixa. 150. µm. torno. densidade. de. de. rodapé. espessura. 80%.. de. (PEbd),. As. PEbd,. e. aditivado. transmissividade. laterais. com. anti-UV,. 0,5m. foram. de. com. média. constituídas. altura. e. telas. em por. anti­. afídeo, sendo estas utilizadas nas portas de acesso. da antecâmara Na. (Figura 1) .. parte. interna. foram instalados, a cada Para. completar. o. do. 1O. sistema. esticados arames número 14 das. fileiras. nos. das. polietileno. m, mourões de madeira.. de. mourões. tutoramento. de. tutoramento,. foram. (fixados nas extremidades de. catracas) a 2,20m de altura O. túnel. madeira. através. de. (Figura 2). plantas. na. vertical. foi. realizado utilizando fitilho de plástico, para cada. ramo uma extremidade do fitilho foi amarrado na base. da. planta. e. "tutortec".. a. outra. extremidade. no. arame. com. o. A medida que as plantas foram crescendo,. enrolou-se o ramo no fitilho. as. As plantas conduzidas com um ramo, tiveram. ramificações. laterais. eliminadas. tão. logo. formadas, permanecendo apenas o ramo principal. plantas. conduzidas. com. dois. ramos,. além. do. eram Nas ramo. principal, permitiu-se, o desenvolvimento da segunda. brotação. lateral. (secundário),. enquanto. outros brotos foram retirados ainda tenros.. que. os.

(42) 26. Figura 1 - Túnel de polietileno.. Figura. 2. e disposição dos Tutoramento polietileno sobre os canteiros.. sacos. de.

(43) 27. O. sistema. de. plantio. fileiras duplas, onde o. utilizado. espaçamento. foi. o. de. entre fileiras. duplas foi de 1,10 m e nas linhas dentro da fileira. 0,60 m. O espaçamento entre plantas na linha foi de 0,30. O, 4 5. e. populacional. m,. de. resultando. 39.216. numa. 26.144. e. respectivamente. O. cultivo. foi. em. densidade. plantas. substrato,. ha -1 '. acondicionado. em sacos de polietileno com dimensões de 90 X 40 cm. Os sacos contendo 15 Kg de substrato foram colocados sobre canteiros, previamente de. polietileno. preto,. com. revestidos com filme. objetivo. de. evitar. o. contato com o solo e assegurar a livre drenagem da água. As características. químicas e granulométricas. do substrato estão descritas na Tabela 1, A poda apical ou "capação", que consiste na eliminação da gema apical de crescimento dos ramos,. foi feito acima da terceira folha emitida após 5 ° 6º. racimo. do. respectivamente.. ramo. secundário. e. e. principal,. Fez-se o desbaste dos frutos, para todos os. cultivares,. deixando. quatro. frutos. por. racimo. ao. longo dos ramos e nas extremidades apenas três, os demais frutos. foram. e flores. eliminados,. que surgiram posteriormente. segundo. Pereira & Marchi, (2000).. as. recomendações. de. A polinização artificial foi feita através. da vibração manual dos tutores duas vezes por semana no período de 10 a 1 1 horas da manhã..

(44) 28. Tabela 1.. Características químicas e granulométricas do substrato. Valores. Características. pH. (. M.O (g p (mg. 4, 9 O. Cacl 2 ). dm- 3). 170,00. dm- 3). 57, O O. S-S0 4 (mg. dm- 3). Ca (mmol c. dm- 3). 106,00. K (mmol c dm- 3). Mg (mmol c. 42, O O. Al (mmol c dm- 3). H + Al (mmol c. SB (mmol c. dm- 3). o gotejamento,. V. (% ). m. (% ). B (mg. dm- 3). Fe(mg. dm- 3) 3. 9 8, O O. Silte. (% ). Areia. (% ). sistema. ). 48, 00. 2,00. O, 4 5. O, 50. 187, 00 25,20. ). Zn (mg dm- 3). de. 4, 1 O. 2,00. 5, 00. utilizado. irrigação. foi. o. onde as plantas receberam os nutrientes. para. fertirrigação. estimados. 188, 50. Mn(mgdm-. 9 O,5 O. necessários irrigação. T (mmol c dm. 42, O O. 2, O O. dm- 3). Valores. -. Cu(mg dm- 3). 6,5 O. dm- 3). Características. e. os. de. transpiração. o. seu. desenvolvimento. Kristalon.. com. volumes. a. forma. das. plantas. de. repor. e,. freqüência. A. água ao. através. da. de. fornecidos. foram. consumo. pela. o. mesmo. tempo,. para. restabelecer o volume retido na capacidade máxima de retenção do substrato. A. diariamente elétrica, nível. da. nutritiva. solução. da. através. com um. medição. conduti vímetro. solução. tubulação de saída,. da. caixa. a mesma. acrescentado os adubos. (gL- 1). monitorada. foi da. condutividade. portátil. chegava. Quando. próximo. o. á. foi enchida com água e Medições diárias do pH. foram feitas com um peagâmetro portátil e a solução.

(45) 29. com Kristalon apresentava valores de pH entre 6,3 6,8,. não. havendo. necessidade. de. correção.. à. As. concentrações dos macronutrientes e micronutrientes aplicadas. semanalmente,. desenvolvimento. da. controle. estão. estádios. descritos. fitossanitário. curativamente,. quando. sintomas. doenças. das. diferentes. cultura. Apêndice B.. o. nos. era. apareciam e. os. pragas,. de no. feito,. primeiros. segundo. as. recomendações para a cultura do tomate descritas por Lopes. &. controle. pequena. Santos da. (1994). larva. Andrei. minadora. (Neuleucinodes. absoluta e/ou. e. (Liriomyza. elegantalis). Phthorimaea. aplicações semanais. (1999).. de. e. operculella),. Decis. 25.. Para. o. sp.),. broca. traça. ( Tuta. utilizou-se. Para o controle. das doenças fúngicas, aplicou-se Oxicloreto de cobre e o Benomil, em intervalos de quinze dias. dias. após. aparecimento. o. transplante. de sintomas. cichoracearum),. isto. (DAT). ocorreu. típicos de pó. é,. Aos 100. oídio e. branco. o. (Erysihe fino. na. superfície de cima e de baixo das folhas mais velhas (Filgueira,. 1982;. Lopes. &. Santos,1994;. Sonnenberg,. 1985).. 3.3 Transplante e Cultivares As março, 200. em. células. mudas. foram. bandejas e. semeadas,. no. de. poliestireno. adubadas. semanalmente. dia. 08. expandido com. lgL -i. de com do.

(46) 30. adubo. Plant. solúvel. Prod 20-20-20. com. micronutrientes).. transplantadas folhas. (fertilizante concentrado. para. definitivas.. os. Após. sacos,. 28. dias. foram. apresentando. Durante o transplante as. 4-5 mudas. escolhidas foram as que apresentaram melhor aspecto de. sanidade. e maior. uniformidade,. as. demais. foram. mantidas nas bandejas para eventual replante. Os. híbridos. utilizados. foram. escolhidos. devido a sua aceitação no mercado consumidor e sua representatividade características. dentro. de. cada. de. híbrido. cada. grupo.. estão. As. descritas. a. seguir. a) Andréa - Cultivar do tipo italiano, 110. dias,. fusário, Frutos. resistente. a. raças 1 e 2,. firmes. e. massa. com ciclo de. verticílio,. raça. 1. e. e a nematóide-das-galhas. média de. 150. g.. Segundo. Filgueira (2000), este híbrido é o que se destaca dentro do grupo italiano. b). Carmen - Cultivar do tipo caqui, com ciclo de 115 a 120 dias e resistência a verticílio, fusário. raças. tomateiro 200 g.. 1. (ToMV).. e. 2,. e. Vírus. do. raça 1 e. mosaico-do­. Massa média do fruto de 150 a. Segundo Della Vecchia. (2000),. pertence ao. segmento de tomate longa Vida. c). Débora. Max. Cultivar. do tipo. Santa. Cruz,. ciclo de 120 dias, resistente a verticílio, 1. e. fusário,. galhas;. raças. 1. e. 2,. e. a. com raça. nematóide-das­. apresentando massa média do fruto de 140.

(47) 31. g.. Segundo. Della. Vecchia. (2000),. pertence. ao. segmento de tomate longa vida do tipo estrutural.. d). Diana - Cultivar do tipo caqui, dias. e. resistência. fusário. raças. tomateiro.. 1. a. e. Massa. verticílio,. 2,. e. média. produção precoce.. com ciclo de 100. Vírus. do. Segundo. raça. do. fruto. 1. e. mosaico-do­ de. 200. Della Vecchia. g. e. (2000),. pertence ao segmento de tomate longa vida do tipo estrutural.. 3.4 Colheita e Classificação Os momento. em. frutos que. foram. colhidos. apresentaram. o. a. ápice. partir. com. do. coloração. avermelhada até totalmente vermelhos e ainda firmes. As colheitas foram realizadas a intervalos médios de cinco dias, durante o período de 19 de junho a 02 de outubro, em. que. a depender dos tratamentos.. as. plantas. espaçadas a dias,. 30 e. foram. 45 cm,. respectivamente.. conduzidas. Nos tratamentos com. um. o ciclo foi de. Enquanto que,. 167. ramo e. e. 158. nos tratamentos. em que as plantas foram conduzidas com dois ramos, independente dias.. do. espaçamento,. O início,. o. ciclo. foi. de. 180. fim e a duração da colheita estão. descritas no Apêndice C. O utilizado. critério para. de. classificação. os híbridos. redondos-achatados). e. Débora. Carmen Max. e. dos. frutos. Diana. (frutos. (frutos. oblongos).

(48) 32. foi. o. existe. recomendado. uma. Andréa. recomendação. (Grupo. classificados, oblongos. pela. para. (1998). os. Italiano), Cruz). comercializados. em. Como. frutos. os. devido ao seu formato,. (Santa. expandido,. CEAGESP. Atualmente. b andejas. do. híbrido. mesmos. foram. como os frutos. os. de. com aproximadamente 500g,. não. mesmos. são. poliestireno contendo 4 a 6. frutos com massas médias que variam de 85 g a 125 g. O acordo. critério. com. o. transversal,. de. CEAGESP(1998),. é o seguinte:. mm,. Médio. 40;. Redondos - Grande. 65 mm,. =. classificação. <. 60mm e. Pequeno. =. =. segundo. frutos. o. diâmetro 60. Pequeno. 80 mm, =. Médio. 50 mm.. < 50 mm e. = =. < 80mm e. Os. os. para. híbridos. Carmen. e. (<. miúdos. que 40 mm para os híbridos Andréa e Débora Max,. 50mm. de. Oblongos - Grande. 50 mm,. < 65 mm e. dos. Diana). e <. com. e. defeitos, não foram considerados comercializáveis. Os. frutos. com. defeitos. foram. separados. segundo as seguintes características: a) Frutos brocados causados. Phthorimaea. por. - aqueles com sinais de danos traça. operculella). (Tuta e. (Neuleucinodes elegantalis) b). Frutos rachados radiais e,. aqueles. ou, concêntricas.. absoluta broca. com. e/ou pequena. rachaduras. C) Frutos com sintomas de vira-cabeça - aqueles com áreas. cloróticas. ou. necróticas. irregulares,.

(49) 33. descoloração. marrom. 1994).. d). Frutos. manchados frutos. Os. boro.. e. aqueles coin. (Lopes. anéis. com. lóculo. &. Santos,. deficiência. aberto. não. de. foram. computados, pois, quando a deficiência ocorreu, o. número de frutos por inflorescência já tinha sido limitado e havia poucos. frutos no início do seu. desenvolvimento. e). com. Frutos cicatriz pedunculo cicatriz. "ziper". necrótica e. pode. aqueles. que. inicia. atingir a. longitudinal. é. que na. apresentam. inserção. porção apical.. formada. por. do. Essa. pequenas. cicatrizes transversais.. 3.5. Avaliação do Experimento. 3.5.1 Crescimento Com o objetivo de avaliar o crescimento do tomateiro. determinadas, tomadas. nos. em centímetros,. ao. acaso. características: entre. racimo. transplante racimo,. diferentes por. tratamentos. foram. a partir de 4 plantas. parcela,. as. seguintes. Comprimento do entre nó e distância avaliados. (DAT),. aos. 47. dias. após. o. e altura da planta e do primeiro. medidas do colo até a última folha do ramo.

(50) 34. e. principal. da. inserção. do. primeiro. racimo,. respectivamente, na última colheita. 3.5.2 Produção Avaliaram-se comercial produção. por. de. dia. comercial. comercial,. produção. produção comercial. produção. permanência. por. e. comercial,. comercializável. Produção comercial,. massa. média. classificada,. média. precoce. cultura,. da. planta,. massa. produção. não. produção. e. em tha- 1. Subtração da. -. produção total pela produção não comercializável; Produção. comercial. por. dia. da cultura no túnel de p olietileno,. de. permanência. em kgha- 1 dia- 1. Divisão da produção comercial pelos números de dias. em. que. as. no. p ermaneceram. plantas. túnel. de. polietileno do transplante até as últimas colheitas; Produção comercial por planta - Obtida pela divisão da produção comercial pelo número de plantas (26.144 e 39.216 para os espaçamentos entre plantas de 45 e 30cm, respectivamente). Massa média. comercial,. em. g. Divisão. da. produção comercial pelo números de frutos comercias; Produção classificada,. em. classificada. tha- 1. e. g,. e. massa. respectivamente. média A. classificação dos frutos em grande, médio e pequeno, foi. feita. transversal. através de. cada. de. medições. fruto,. do. diâmetro. determinadas. com.

(51) 35. paquímetro. De cada classe foi obtida a produção, em tha- 1 e a massa média, em grama; Produção. comercial. Obtida. precoce. do. somatório das produções quinzenais. Produção. não. comercializáveis,. em. Calculou-se a porcentagem de frutos refugos, e com defeitos,. % miúdos. em relação a produção total de cada. cultivar.. 3.5.3 Qualidade Aos. 132. DAT foram colhidos. cada tratamento,. seis frutos de. no estádio de maturação totalmente. vermelho e ainda firme,. e fez-se a determinação das. seguintes características qualitativas: a). Teor. de. direta. sólidos. em. solúveis. refratômetro. Palete 101,. totais. digital. (SST):. Atago. Leitura. modelo. utilizando-se polpa homogeneizada em. triturador. doméstico. 'mixer',. tipo. os. e. resultados expressos em ºBrix b). Acidez. total. titulável. (ATT) :. Determinada. acordo com metodologia descrita por al.(1990). e. os. resultados. Carvalho et em. %. de. auxílio. de. expressos. ácido cítrico na polpa;. c). Firmeza. da. penetrômetro. polpa:. Determinado. digital. e. com. ponteira. de. de. 8mm. de.

(52) 36. diâmetro,. tomando-se duas leituras por fruto,. lados opostos de sua região equatorial,. sendo os. resultados expressos em Newton (N);. d). Teor. de. ácido. titulometria, descrita. de. por. resultados. ascórbico: acordo et. Carvalho. expressos. em. por 100g de polpa;. Determinado. com. a. de. por. metodologia. e. al.(1990),. mg. em. ácido. os. ascórbico. e). pH: leitura direta em peagâmetro marca Tecnal.. f). Proporção. entre. ( ºBrix/ATT): sólidos. ºBrix. Obtida. solúveis. acidez. pela. total do. divisão. totais. titulável.. 3.6. e. pela. titulável teor. acidez. de. total. Metodologia estatística O. delineamento. experimental. foi. blocos. ao. acaso, com quatro repetições, em um esquema fatorial 4x2x2,. quatro. Diana),. onde. o. primeiro. cultivares. fator. (Andréa,. foi. Carmen,. constituido Débora. por. Max. e. o segundo pelo número de ramos (um e dois) e. o terceiro espaçamento (30 e 45 cm entre plantas). A. parcela. composta. experimental por. 8. e. 12. com. uma. área. plantas,. de. sendo. 3, O 6m 2 ,. foi. todas. as. características. de. que. plantas foram consideradas úteis. A análise conjunta foi. considerada. apenas. para. as.

(53) 37. crescimento,. desenvolvimento e qualitativa.. características Carmen. e. varietal, foram. Diana,. produção. por. apenas. pertencerem. os. ao. comparados. inicialmente. diferença. fatores cultivar,. pelo. cultivares. mesmo. foram analisados conjuntamente.. constatar-se planta,. de. Para as. Os efeitos. teste. significativa. grupo F.. entre. Ao os. espaçamento e número de ramos por. fez-se a comparação das médias pelo teste de. Tukey ao nível de 5% de probabilidade..

(54) 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO. 4.1 Crescimento Os nas. valores. obtidos. características. de. para. o. cultivar Andréa. crescimento. avaliadas,. à. exceção da altura do primeiro racimo para o cultivar Carmen,. foram. Tabela 2). superiores. aos. demais. O cultivar Débora Max,. diferido. dos. cultivares. Carmen. (Apêndice. D. e. apesar de não ter e. Diana. quanto. a. altura da planta e do Diana quanto o comprimento do entrenó. e. valores. distância. médios. entre. menores. no. racimos,. apresentou. comprimento. do. entrenó,. distância entre racimo e altura do primeiro racimo. Em. relação. cultivar altura. aos. Carmen do. evidente. cultivares diferiu. primeiro. que. os. do. do. grupo. Diana. racimo.. cultivares. Salada,. apenas. Dessa Andréa. quanto. forma, e. o. a. fica. Carmen. por. apresentarem o maior crescimento são mais vigorosos e. tardios. esses. (1992). do. que e. Débora. confirmam Papadopoulos. uma relação primeiro. que. direta. racimo. aqueles &. entre. com. Max. o. precocidade do cultivar.. Ormrod a. e. Diana.. obtidos. (1991),. altura da. vigor,. e. Resultados. por. Martins. que, planta. indireta. existe e com. do a.

(55) 39. 2.. Tabela. Valores. do. comprimento. entre racimos. e. em. médios,. (CE),. entrenó. (DR),. do. altura. centímetros,. primeiro. polietileno,. racimo em. em. ESALQ-USP,. cultivares.. (APR). (AP) do de. túnel. no substrato,. o. distância. altura da planta. c ultivado. tomateiro. para. função. de. Piracicaba-SP,. 2001. Cultivar. DR. CE. AP. APR. 47 DAT. 150 DAT. 11,4 1 A. 32,22 A. 226,33 A. 48,4 O A. Débora Max. 8,86 c. 2 7,22 c. 196,31 B. 4 1, O 2 c. Carmen. 9,78 B. 2 9, 55 B. 196,56 B. 48,5 O A. Diana. 9,31 BC. 2 8, 47 BC. 187,46 B. 44,67 B. Andréa. 9,51 6,99 7,5 3 c.v. (%) 4,9 3 .Médias seguidas pela mesma letra na coluna, não diferem entre si pelo teste de Tukey à 5% de probabilidade.. A uniformidade na altura de plantas para os cultivares função. do. planta. (Tabela 3), por. Entretanto,. o. características para. 30. vários. com cm. o. do. não. aumento para. os. Fery. híbridos. similares. &. (Camargos, Janick,. e. de. Diana ramos. em por. para esses fatores a valor. do. Max. número. afetou. do. decréscimo. são. Débora. sugere que,. luz. autores. al., 2000a;. e. espaçamento. competição. Carmen,. Carmen,. Andréa,. o. crescimento.. médio. Débora. espaçamento. de. dessas Max 45. e. cm. aqueles. verificado. por. 1998;. Camargos. et. 1970 ;. Martins,. 1992;.

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