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3° estágio_RESPONSABILIDADE CIVIL

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(1)

RESPONSABILIDADE CIVIL

Professor.

Manuel Maria Antunes de

Melo

Especialista em Processo

Civil

Juiz de Direito – 3ª Vara

Cível

(2)

1. CONCEITO DE RESPONSABILIDADE CIVIL

A palavra "responsabilidade", segundo o

vocabulário

jurídico

origina-se

do

vocábulo responsável, do verbo responder,

do latim respondere, que tem o significado

de

responsabilizar-se,

vir

garantindo,

assegurar, assumir o pagamento do que se

obrigou, ou do ato que praticou.

De Plácido e Silva: “[...] Designa a

obrigação de reparar o dano quando

injustamente causado a outrem. Resulta da

ofensa ou da violação de direito, que redunda

em dano ou prejuízo a outrem.”

(3)

2. INTRODUÇÃO À RESPONSABILIDADE CIVIL

2.1. Imputabilidade e responsabilidade:

a)

Responsabilidade

dos

incapazes;

b)

Responsabilidade dos menores

2.2.

Espécies

de

responsabilidade:

a)Responsabilidade

civil

e

responsabilidade

penal

Interdependência

(Art. 935 do CCB: A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo criminal).

b)Responsabilidade contratual

(Nasce da

inexecução de negócio jurídico bilateral ou

unilateral, correspondente a um ilícito

contratual)

e

responsabilidade

extracontratual ou aquiliana: Lex Aquilia

(4)

2. CONT. ESPÉCIES DE RESP. CIVIL

a)Responsabilidade subjetiva

Art. 186.

Aquele que, por ação ou omissão

voluntária, negligência ou imprudência, violar

direito e causar dano a outrem, ainda que

exclusivamente moral, comete ato ilícito.

Art. 187.

Também comete ato ilícito o titular de um

direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente

os limites impostos pelo seu fim econômico ou

social, pela boa-fé ou pelos bons costumes) – teoria

do abuso do direito.

b) responsabilidade objetiva

Art. 927 (...) Parágrafo único

. Haverá obrigação

de reparar o dano,

independentemente de

culpa: a)

nos casos especificados em lei ou

b)

quando a atividade normalmente desenvolvida pelo

autor do dano implicar, por sua natureza, risco para

os direitos de outrem.

(5)

3. RESUMO

Art. 186 do CCB: Aquele que, por ação ou omissão voluntária,

negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”.

Art. 927 do CCB: Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.

Art. 927 (...) Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano,

independentemente de culpa: a) nos casos especificados em lei ou b) quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem”

Art. 14 do CDC. O fornecedor de serviços responde, independentemente da

existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.

1) RESPONSABILIDADE

SUBJETIVA

1. Fundada na teoria da culpa

2. Elementos) ato danoso; b)

culpa; c) nexo de causalidade

3. Tem por fonte apenas o

delito

2) RESPONSABILIDADE

OBJETIVA

1. Funda-se na teoria do risco

2. Elementos: a) Evento danoso b) Nexo de causalidade

3. Tem por fonte a lei, o delito ou

(6)

1. Origina-se sempre do delito.

2. Pressupõe: a) ato ilícito; b) culpa e c) nexo de

causalidade

3. Tem origem na Lex Aquilia Damnum.

4. Funda-se na teoria da culpa “latu sensu” ( =

dolo + culpa stricto sensu = ilícito penal + ilícito civil).

Art. 186 do CCB: Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou

imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”.

1. Origina-se do contrato

2. Pressupõe: a) violação da obrigação contratual b)

culpa do contratante; c) nexo de causalidade; d)

prejuízo ao credor;

3. Admite pacto de atenuação ou exclusão da

responsabili-dade.

4. O inadimplemento pode ser: a) total ou b) parcial

(= mora).

Art. 14 do CDC. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de

culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos (vide art. 12 do CDC).

1) RESPONSABILIDADE EXTRACONTRATUAL

(7)

1. Origina-se tanto do ilícito penal quanto do ilícito civil (quase-delito).

2. Não se aplica o princípio da tipicidade, mas uma fórmula geral (art. 186 e 927 do CCB).

3. A resposta civil (indenização) mede-se pela extensão do dano

(art. 944 do CCB).

4. Admite-se o uso abusivo de um direito (excesso) – art. 187 do CCB

5. Prevê causas de exclusão da ilicitude (art. 188 do CCB)

Art. 188. Não constituem atos ilícitos:

I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito reconhecido;

II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente

1. Origina-se sempre do ilícito penal 2. Rege-se pelo princípio da tipicidade.

3. A resposta penal (pena) tem por base o grau de culpa ou a intensidade do dolo.

4. O princípio geral é o da independência das instâncias civil e

penal

5. Exclusão de ilicitude

Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato:

I - em estado de necessidade; II - em legítima defesa;

III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito

1) RESPONSABILIDADE CIVIL

2) RESPONSABILIDADE

PENAL

(8)

Art. 63 - Transitada em julgado a sentença condenatória, poderão promover-lhe a

execução, no juízo cível, para o efeito da reparação do dano, o ofendido, seu representante legal ou seus herdeiros (Título Executivo Judicial – art. 475-N, inc. II do CPC: Liquidação de sentença: Art. 475-C, inc. II, do CPC).

Art. 64 - Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, a ação para ressarcimento do dano poderá ser proposta no juízo cível, contra o autor do crime e, se for caso, contra o responsável civil.

Parágrafo único - Intentada a ação penal, o juiz da ação civil poderá suspender o

curso desta, até o julgamento definitivo daquela. Pelo prazo máximo de 1 ano (art. 265, inc. V, letra “a” e § 5º, do CPC).

Art. 65 - Faz coisa julgada no cível a sentença penal que reconhecer ter sido o ato praticado em estado de necessidade, em legítima defesa, em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.

Art. 66 - Não obstante a sentença absolutória no juízo criminal, a ação civil poderá

ser proposta quando não tiver sido, categoricamente, reconhecida a inexistência material do fato.

Art. 67 - Não impedirão igualmente a propositura da ação civil:

I - o despacho de arquivamento do inquérito ou das peças de informação; II - a decisão que julgar extinta a punibilidade;

III - a sentença absolutória que decidir que o fato imputado não constitui crime.

Art. 68 - Quando o titular do direito à reparação do dano for pobre (Art. 32, §§ 1º e 2º), a

execução da sentença condenatória (Art. 63) ou a ação civil (Art. 64) será promovida, a seu requerimento, pelo Ministério Público.

(9)

4. Elementos da Responsabilidade Civil

a) AÇÃO

Ato humano, comissivo ou omissivo, lícito ou

ilícito, do próprio agente ou de terceiro, ou o

fato de animal ou coisa inanimada,

que

cause dano a outrem, gerando o dever de

satisfazer os direitos do lesado.

b) DANO

Não pode haver responsabilidade civil sem

dano certo, a um bem ou interesse

jurídico do ofendido. O dano consiste na

diminuição ou na destruição de um

bem jurídico do ofendido, material ou

simplesmente moral. O dano moral é o

dano extrapatrimonial ou imaterial.

O dano

material compreende os danos emergentes

e os lucros cessantes (art. 402 do CCB).

(10)

c) NEXO DE CAUSALIDADE ENTRE O

DANO

E

AÇÃO

Consiste no vínculo, no liame ou na relação

de causa e efeito existente entre a ação e o

dano, sem o qual a responsabilidade civil

não se caracteriza.

c1. Rompimento do nexo causal

: Não haverá

dever de indenizar quando o evento danoso

decorrer de: a) caso fortuito, b) força maior

e c) culpa exclusiva da vítima.

(11)

Teoria da Culpa

Teoria do risco

Direto ou Indireto

Teoria da Culpa

Teoria do risco

Direto ou Indireto

Teoria da Culpa

Teoria do risco

Direto ou Indireto

Teoria da Culpa

Teoria do risco

Direto ou Indireto

Teoria da Culpa

Teoria do risco

Direto ou Indireto

Teoria da Culpa

Teoria do risco

Direto ou Indireto

Teoria da Culpa

Teoria do risco

Direto ou Indireto

Teoria da Culpa

Teoria do risco

Direto ou Indireto

(12)

RESPONSABILIDADE PENAL x

RESPONSABILIDADE CIVIL

a) REGRA GERAL:

INDEPENDÊNCIA DAS INSTÂNCIAS

Art. 935 do CCB: “A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo

questionar mais sobre a existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas

questões se acharem decididas no juízo criminal”.

b) EXCEÇÃO:

VINCULAÇÃO OU NÃO DO JUÍZO CÍVEL PELA DECISÃO CRIMINAL

I – CASOS DE

VINCULAÇÃO

a) Sentença penal condenatória transitada em julgado (art. 475-N, nº II, do CPC c/c o art. 63 do CPP);

b) Absolvição penal por inexistência material do fato

(art. 935 do CCB c/c o arts. 66 e 386, inc. I, do CPP); c) Absolvição penal por negativa de autoria de

autoria (art. 935 do CCB).

d) Absolvição penal por excludente da ilicitude ou da antijuridicidade (estado de necessidade, legítima defesa, estrito cumprimento de dever legal e exercício regular de direito (art. 65 do CPP).

(13)

Cont... Responsabilidade penal x

responsabilidade civil

II – CASOS DE

NÃO

VINCULAÇÃO

a) Absolvição por

falta de provas

da autoria

ou da materialidade (art. 386, incs. II e IV,

do CPP).

b) Absolvição pela

atipicidade do fato

c) Absolvição pela

extinção da punibilidade

(art. 107 do Código Penal e 67 e 386, inc.

V do CPP):

I - Morte do agente

II – Anistia, graça ou indulto

III – Abolitio criminis

IV – Prescrição, decadência e perempção;

V – Renúncia (queixa) perdão do ofendido

;

VI – Retração do agente

(14)

QUANTIFICAÇÃO DO

DANO

a) DANO MATERIAL:

DANOS EMERGENTES E LUCROS CESSANTES

Art. 402. Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar”.

a) Danos EMERGENTES: Diminuição patrimonial

EFETIVA – Despesas efetivamente realizadas: Se

comprovam, em regra, com notas fiscais, recibos de pagamentos, comprovantes de depósitos bancários, etc.

b) Lucros CESSANTES: Frustração da expectativa de

LUCRO – Depende de perícia judicial em processo de LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA (art. 475-A do CPC).

LIQUIDAÇÃO DOS DANOS: Expressão monetária

do dano

C R IT É R I O S O B JE T IV O S

b) DANOS MORAL E ESTÉTICO

CRITÉRIO SUBJETIVO: Prudente arbítrio do juiz

Variáveis

- Grau de culpa /intensidade do dolo - Extensão do dano - Contribuição da vítima

-Condição econômica das

partes

- Minoração das

consequências do dano (arts. 15/16 do Código Penal)

(15)

EXCLUDENTES DA ILICITUDE:

a)Legítima defesa (art. 25 do

Código Penal)

b)Estado de necessidade (art. 24 do

Código Penal)

c)Exercício

regula

r de um direito

d)Estrito

cumprimento do dever

legal

ROMPIMENTO DO NEXO DE

CAUSALIDADE

e) Caso fortuito:

Greve, motim, guerra,

incêndio, etc.

f) Força maior: Act of God: Evento da

natureza: raio, inundação, terremoto,

tsunami, catástrofes naturais.

(16)

Art. 188 do CCB:.Não constituem atos ilícitos

I - os praticados em legítima defesa ou no exercício

regular de um direito reconhecido;

II - a deterioração ou destruição da

coisa alheia

, ou a

lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente

(Estado de necessidade).

Parágrafo único

. No caso do inciso II, o ato será

legítimo somente quando as circunstâncias o tornarem

absolutamente necessário, não excedendo os

limites do indispensável para a remoção do perigo.

CASO

FORTUITO

E

FORÇA

MAIOR:

EVENTO

IMPREVISÍVEL

E

IRRESTÍVEL/INVENCÍVEL:

QUE ESTÁ

FORA DO ALCANDE DO PODER HUMANO.

Art. 393 do CCB:. O devedor não responde pelos prejuízos

resultantes de caso fortuito ou força maior, se

expressamente não se houver por eles responsabilizado.

Parágrafo único. O caso fortuito ou de força maior verifica-se

no fato necessário, cujos efeitos não era possível evitar

ou impedir.

(17)

ESTADO DE NECESSIDADE: REGRAS ESPECÍFICAS: CCB

Art. 929. Se nem o

ofendido

nem o

dono da coisa

forem culpados

do perigo, assistir-lhes-á direito à indenização do prejuízo que

sofreram.

Art. 930. Se o perigo ocorrer por

culpa de terceiro

, contra este terá

o autor do dano ação regressiva para haver a importância que tiver

ressarcido ao lesado.

Parágrafo único. A mesma ação competirá

contra aquele em

defesa

de quem se causou o dano.

CULPA CONCORRENTE DA VÍTIMA

Art. 945. Se a vítima tiver concorrido

culposamente para o evento danoso, a sua

indenização será fixada tendo-se em conta a

gravidade de sua culpa em confronto com a do

autor do dano.

(18)

RESPONSABILIDADE POR FATO DE TERCEIRO

Alguém responderá, indiretamente, por

prejuízo resultante da prática de um ato

ilícito por outra pessoa.

A responsabilidade do terceiro é solidária e

objetiva (art. 933 do CCB).

CASOS – ART. 932 DO CCB

a) DOS PAIS PELOS ATOS DOS

FILHOS MENORES

1) Filho menor de 18 anos;

2) Que esteja sob a autoridade e em companhia

dos pais

(19)

b) DO TUTOR E DO CURADOR POR ATOS

DOS

PUPILO

CURATELADO

Que se achem nas mesmas condições dos filhos menores

c) DO EMPREGADOR OU COMITENTE POR

ATOS LESIVOS

1)Empregado

2)Serviçal

3)Preposto

a) Prejuízo causado a terceiro;

b) Fato lesivo no exercício do trabalho

ou em razão dele;

c) Relação de emprego, dependência ou

subordinação.

d) DONOS HOTÉIS, HOSPEDARIAS E EDUCANDÁRIOS

1)Hóspedes

2)Moradores

3)Educandos

a) Dano causado a terceiro ou a outro

hóspede, morador ou educando;

b) Dever de zelar pela conduta dos

hóspedes, moradores e educandos;

c) Manter certa disciplina.

(20)

d) DOS PARTICIPANTES, A TÍTULO

GRATUITO, EM PRODUTO DE CRIME

a) Até a concorrente quantia;

b) O caso é de ação de

in rem verso

;

c) Combate o locupletamento indevido.

e) DO LOCADOR DE VEÍCULOS PELOS DANOS

Causados a TERCEIROS pelo LOCATÁRIO

STF 492: “A empresa locadora de veículos responde

civil e solidariamente com o locatário pelos danos por este causado a terceiros, no uso do carro locado”

f) CONSEQUENCIAS JURÍDICAS

Aquele que pagou terá ação regressiva contra o

terceiro causador do dano, salvo se for descendente

absoluta ou relativamente incapaz (art. 934 do

(21)

RESPONSABILIDADE PELO FATO DA COISA

É aquela resultante de dano ocasionado por

coisa animada ou inanimada,

sem a

concorrência direta da conduta humana

.

1.

FUNDAMENT

OS

Funda-se ora no risco [objetiva] ora na culpa [subjetiva]

2. RESPONSABILIDADE PELO FATO DO

ANIMAL

a) Baseia-se na presunção de culpa [in vigilando / in custodiendo] do dono ou detentor do animal, que tem o dever de guarda e fiscalização.

b) Presunção de culpa juris tantum. Podendo ser elida pelas

excludentes: I) culpa exclusiva da vítima ou II) força maior.

c) Art. 936 do CCB: “O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o

dano por este causado, se não provar culpa da vítima ou força maior”

(22)

3. RESPONSABILIDAE PELO FATO DA

COISA INANIMADA

Deriva dos deveres de guarda e controle da coisa.

Resulta de conduta culposa de quem tem a guarda do

objeto por meio do qual o prejuízo foi produzido.

3.1. Casos de responsabilidade pelo

fato da coisa

a) Ruína, parcial ou total, de edifício, que cause dano a outrem. Art. 937 do CCB: “O dono de edifício ou construção responde pelos danos que resultarem de sua ruína, se esta provier de falta de

reparos, cuja necessidade fosse manifesta”. b) Danos causados por queda de árvores.

c) Instalações domésticas lesivas a terceiros; d) Queda de elevador, por falta de manutenção; e) Danos acarretados por energia elétrica.

3.2. Responsabilidade de effusis et

dejectis

Art. 938 do CCB: Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido. Esta responsabilidade é objetiva.

(23)

3.3. Responsabilidade por queda de

objetos espaciais

Aquele que promover lançamento de objetos espaciais

será responsável pelos danos que sua queda causar.

(24)

NEXO DE CAUSALIDADE

2) EXPRESSÕES SINÔMIAS

Liame de causalidade

Relação de causa e efeito

Nexo causal

3) TEORIAS

(A)Teoria da EQUIVALÊNCIA das condições ou da condição sine

qua non. (Von Buri) Para essa teoria, toda e qualquer circunstância

que haja concorrido para produzir o dano é considerada como causa. Considera-se CAUSA a ação ou omissão sem a qual o RESULTADO não teria ocorrido (art. 13 do CP).

(B)Teoria da causalidade ADEQUADA (Von Kries): Considera como CAUSA do dano a tão somente condição por si só (individualmente considerada) APTA a produzi-lo. Assim, nem TODAS as condições serão consideradas CAUSA, mas tão-somente aquela que for a mais apropriada / adequada / suficiente / idônea a produzir o resultado danoso.

1) DEFINIÇÃO: Constitui um dos elementos essenciais da

responsabilidade civil. É o vínculo entre a conduta e o resultado. Sua determinação, todavia, traduz em quaestio facti e não questão jurídica.

(25)

3) TEORIAS – Cont.

(C)Teoria dos DANOS DIRETOS E IMEDIATOS. É uma compilação

das duas primeiras. Requer que haja, entre a conduta e o dano, uma relação de causa e efeito DIRETA E IMEDIATA. “É preciso esteja certo que, sem este fato o dano não teria acontecido. Não basta que a pessoa tenha infringido certas regras; é

preciso que sem esta contravenção o dano não ocorreria” (René Demogue).

É aquela que não INICIA nem INTERROMPE o processo causal, apenas o reforça, tal como um rio menor que deságua em outro maior, aumentando-lhe o caudal (CAVALIERI FILHO). Em regra, o nexo causal não é interrompido nem excluído pela interferência cooperativa de outras concausas.

4) CONCAUSA

4.1 – CLASSIFICAÇÃO:

a) Preexistentes; (b) Concomitantes; ou (c) Supervenientes

b) Relativamente independentes (Não interferem no nexo causal) c) Absolutamente independentes (Rompem o nexo causal)

(26)

RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DO INCAPAZ

1) O incapaz responde pelos prejuízos que causar, SE:

(a) as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação

de fazê-lo (isto é o curador: art. 932, inc. II) ou

(b) as pessoas por ele responsáveis não dispuserem de

meios suficientes.

2) A indenização, que deverá ser eqüitativa, não terá lugar se

privar do necessário (mínimo existencial) o incapaz ou as

(27)

RESPONSABILIDADE CIVIL POR COBRANÇA INDEVIDA

1) Aquele que cobrar, judicialmente, a dívida ainda não

vencida, fora dos casos em que a lei o permita, ficará obrigado

(Art. 939 do CCB):

(a) a esperar o tempo que faltava para o vencimento,

(b) a descontar os juros correspondentes,

(c) a pagar as custas em dobro (Art. 939).

2) Aquele que cobrar, judicialmente, a dívida já paga (total) ou

deixar de ressalvar as quantias recebidas ou pedir mais do

que for devido (quitação parcial) (Art. 940 do CCB)

(a) ficará obrigado a pagar ao devedor, no primeiro caso, o dobro

do que houver cobrado e, no segundo, o equivalente do que dele

exigir, salvo se houver prescrição.

3) As penas não se aplicarão quando o autor desistir da ação

antes de contestada a lide, salvo ao réu o direito de haver

(28)

COBRANÇA INDEVIDA – Cont...

4) RELAÇÃO DE CONSUMO = Art. 42 do CDC

1) Na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente não será

exposto a ridículo, nem será submetido a qualquer tipo de

constrangimento ou ameaça (dano extrapatrimonial).

2) O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à

repetição do indébito, por valor igual ao dobro do que

pagou

em excesso

, acrescido de correção monetária e juros legais,

salvo hipótese de engano justificável.

(29)

PATRIMONIALIDADE, SOLIDARIEDADE e

TRANSMISSIBILIDADE DA REPARAÇÃO

(A) PATRIMONIALIDADE

1) “Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de

outrem ficam sujeitos à reparação do dano causado” (Art. 942, 1ª

parte, do CCB).

2) “O devedor responde, para o cumprimento de suas obrigações,

com todos os seus bens presentes e futuros, salvo as restrições

estabelecidas em lei” (Art. 591 do CPC)

(B) SOLIDARIEDADE

1) “Se a ofensa tiver mais de um autor, todos responderão

solidariamente pela reparação (Art. 942, 2ª parte, do CCB).

2) “São solidariamente responsáveis com os autores os co-autores e as pessoas designadas no art. 932” (Art. 942, par. ún., do CCB). 3) “Havendo mais de um responsável pela causação do dano, todos responderão solidariamente pela reparação prevista nesta e nas seções anteriores” (Art. 25, § 1º, do CDC).

(30)

(C) TRANSMISSIBILIDADE

1)

“O

direito de exigir

reparação e a obrigação de prestá-la

transmitem-se com a herança” (Art. 943 do CCB).

2)

“O espólio responde pelas dívidas do falecido; mas, feita

a partilha, cada herdeiro responde por elas na

proporção da parte que na herança Ihe coube” (Art. 597

do CPC);

3) “O herdeiro não responde por encargos superiores às

forças da herança;” (Art. 1.792, 1ª parte, do CCB)

(31)

RESP. NO CONTRATO DE TRANSPORTE

1) CONCEITO:

É aquele em que uma pessoa ou

empresa se obriga, mediante retribuição, a

transportar, de um local para outro, pessoas ou

coisas animadas ou inanimadas

.

ART. 734 DO CCB: “

O transportador responde

pelos

danos

causados

às

PESSOAS

transportadas e SUAS BAGAGENS, salvo motivo

de força maior, sendo nula qualquer cláusula

excludente da responsabilidade”.

2) DISPOSIÇÕES GERAIS DO CÓDIGO

CIVIL

(A) Pode o transportador exigir a declaração do

valor da bagagem a fim de fixar o limite da

indenização. (Art. 734, pár. ún.)

(B) A responsabilidade do transportador por

acidente com o passageiro não é elidida por culpa

de terceiro, contra o qual tem ação regressiva

(Art. 735).

(C) O transportador está sujeito aos horários e

itinerários previstos, salvo motivo de força maior

(32)

3) RESPONSABILIDADE DO

EXPEDIDOR

(a) Pela entrega da mercadoria a ser transportada; (b) Pelo pagamento do FRETE;

(c) Pela falta / defeito de acondicionamento (embalagem)

(d) Pela declaração FALSA quanto à natureza e ao valor das mercadorias entregues em invólucros lacrados

(e) Pelos RISCOS oriundos de: a) vício da própria coisa; b) caso fortuito e c) força maior;

4) RESPONSABILIDADE DO

TRANSPORTADOR

(a) Receber e transportar a mercadoria no TEMPO e LUGAR ajustados;

(b) Transportar as mercadorias com diligência,

seguindo o itinerário ajustado;

(c) Expedir o CONHECIMENTO de frete /carga, com os requisitos legais;

(d) Pela PERDA, EXTRAVIO, FURTO OU AVARIA da

mercadoria transportada, salvo se oriunda de: a) vício da própria coisa; b) caso fortuito, e c) força maior;

(e) Depositar a mercadoria em juízo, ou vendê-la, no caso do art. 755 do CCB

(33)

RESP. EXTRACONTRATUAL TRANSPORTE

1) RESP.

CIVIL

NO

TRANSPORTE

GRATUITO

[Benévolo, amigável ou de

cortesia).

(A)

Responsabilidade

tanto

do

TRANSPORTADOR

quanto

da

pessoa

TRANSPORTADA;

(B) Só em casos de DOLO ou CULPA GRAVE.

(C) Havendo culpa concorrente na produção

do

desastre,

a

indenização

será

proporcional às respectivas culpas.

ART. 736 DO CCB:

Não se subordina às normas

do

contrato

de

transporte

o

feito

gratuitamente, por amizade ou cortesia.

Não se considera gratuito o transporte

quando, embora feito sem remuneração, o

transportador auferir vantagens indiretas

SÚMULA

145

do

STJ:

No

transporte

desinteressado,

de

simples

cortesia,

o

transportador só será civilmente responsável

por danos causados ao transportado quando

incorrer em dolo ou culpa grave.

(34)

2) RESP. CIVIL ACIDENTES DE TRÂNSITO

É subjetiva, salvo quanto ao seguro DPVAT, em

relação ao qual é objetiva.

Dever objetivo de cuidado:

Art. 28 do CTB: O

condutor deverá, a todo momento, ter domínio

de seu veículo, dirigindo-o com atenção e

cuidados indispensáveis à segurança do trânsito.

3) RESP. CIVIL DAS ESTRADAS DE FERRO

(A)Pelos danos causados aos proprietários

marginais: Objetiva: art. 17 do CDC c/c art.

942, parágrafo único, do CCB).

(B)Pelos prejuízos causados à terceiros : Idem

4) RESP. TRANSPORTE

AÉREO

(A)Pelos prejuízos causados a terceiros;

(B)Danos causados a terceiros na superfície do

solo;

(C)Danos resultantes de abalroamento aéreo

ou colisão.

(35)

RESPONSABILIDADE CIVIL POR ABUSO DE DIREITO

1) CONCEITO:

Abuso de Direito é, segundo

Antunes,

o

mau

exercício

dos

direitos

subjetivos. Como não há direito absoluto em nosso

ordenamento jurídico, todo exercício de direitos e

prerrogativas devem respeitar os fins sociais e

econômicos,

os

bons

costumes

e,

principalmente, a boa-fé.

2) FUNDAMENTO LEGAL:

“Também comete ato

ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede

manifestamente os limites impostos pelo seu fim

econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons

costumes” (Art. 187 CCB).

Todavia,

“Não se considera coação a ameaça do exercício

normal de um direito, nem o simples temor

reverencial” (Art. 153 do CCB).

(36)

3) EFEITOS DO EXERCICIO ABUSIVO DE

DIREITO

(A)

Obrigação de ressarcir os danos causados a outrem;

(B) Verificação da condição ou consideração da condição como

não preenchida, se decorrente da malícia da parte contrária

(art. 129 do CCB).

(C) Demolição de obra construída, se nociva à propriedade

vizinha;

(D) Dano processual: O juiz ou tribunal, de ofício ou a

requerimento, condenará o litigante de má-fé a pagar a parte

contrária: (a) multa de até 1% do valor da causa; (b)

indenização de até 20% do valor da causa, pelos prejuízos

causados; (c) honorários advocatícios sucumbenciais e

contratuais e (d) todas as despesas que efetuou.

(37)

4) CRITÉRIOS IDENTIFICADORES DA

ABUSIVIDADE

(A)

Quando houver manifesta intenção de lesar outrem;

(B) Ato praticado com ausência de interesse sério e legítimo;

(C) Exercício do direito fora de sua finalidade econômica e social

;

5) CASOS DE RESPONSABILIDADE POR

EXERCÍCIO ABUSIVO DO DIREITO

(A) Atos ad emulationem

(B) Atos ofensivos aos bons costumes ou contrários à boa-fe;

(C) Atos contrários ao fim social ou econômico do direito

Referências

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