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Descripção do branqueamento dos tecidos, e fiados de linho, e algodão, pelo acido muriatico oxigenado, e de outras suas propriedades, relativas as artes

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Academic year: 2021

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D E S C R I P Ç A O D O

BRANQUEAMENTO DOS TECIDOS,

E FIADOS DE LINHO, E ALGODÃO,

PELO ÁCIDO MURIATICO Ç^IGENEApO, B /

DB OUTRAS SUAS PROPRIEDADES , RELATIVAS AS ARTES , P O R B E R T H O Í / _ E T DO FRANCEZ EM LI, P O EM PORTUGUEZA. E M / S U P E R I O R . L I S B O A ,

NA TYPOGRAPIIIA CHALCOGRAPHICA , TYFOPLAS-TICA , E LITTERARIA DO ARCO DO CEGO.

M. DCCCI.

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D E S C R I P Ç A O

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BRANQUEAMENTO DOS TECIDOS*

E FIADOS DE LINH0, E ALQODAQ

PELO ÁCIDO MURlATJtCO QXIGÉIíEADO.

IM Aè somente devemos a Schéele o descoí-ri* mento do ácido muriaiíjoo oxigeneado, mas tam-* ht.m o dos efüfeites, que produz nas partas çoio-r rantes dos vegetaes. 33 No estado elástico, djges-3* te grande C&yjwiQõ, he que se descobrem me-33 lbor as qualidades deste ar (gaz ácido rnuriati-» co oxigeneado). Pòem-so em banho de, aréa » huma retorta de vidro, depois de se. ter nella 19 deitado ácido inuriatiçQ $M>n*e manganéz j ada-» ptajêhse-lhe pequeno® ballôes do theor de qua-33 si doze ouças d'agua, nos quaes se lançaõ a 3» oitavas de agüia pouco mais , ou menos sem » outro, luto, que hiama; tira de papel pardo no 30, gaugalio da retorta. Passado hum quarto de ho-» ra appareoe o ar amarello no Ballaô; o qual 33 então se tira para fora , e se põem de parte. « S e a tóm de papel foi bem posta, o ar sahe » com força.; e ©umprfí entaõ feolaar logo o Bal« 33 laô> e pôr outro de novo. Desta Arte podem-se podem-se encher outros muitos ballôes de ácido m u . a> riatieo dephlogisticado ; convém porém arra<*

33 «&ar a retorta de m o d o , que as gotas , que pos-33 sgjô, alsar-se até o gairgaüo, hafaO de recahir Í» n«lle. A «gua. serve de reter os vapores do

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» , d o . 3) T o m o muitos ballo.es de h u m a v e z , por m e naõ vér obrigado a repetir huma semelhante distilliçaõ em cada experiência ; naõ ha preci-são de empré^ar grandes bálldes , ^porque estes tem o inconveniente de dissiparem ao ar h u m a bqa porçaô do á c i d o , todas as vezes que os desr tapamos.

33 O que eu submetti ao e x a m e neste ácido 33 muriatico dephlogisticado , estava no gargal-33 Io do bíillaò, que eu tapara. »

33 A rolha a m a r e l l e c e o , como acontece com 33 a água forte. O papel azul de torna sol tornou-se 33 quasi b r a n c o ; todas as flores vermelhas, azues, 33 amãrellas, e até as plantas v e r d e s , amarelle-33 cérao em pouco tempo ; e a água do ballaô 33 passou ao estado d e puro ácido muriatico fra-33 CO. fra-33

33 N e m os alkalis, nem os ácidos puderaô 33 reestabelecer as cores das flores, e plantas. 33 :

Repeti as experiências de S c h é e i e , e e s f o rr

ceime por fazer conhecer mais cabalmente a n a -tureza do ácido muriatico oxigeneado , e suas principaes propriedades. Fiz v é r , que huma por-ção do ácido muriatico dissolvia o oxido de man-ga néz , e expellindo huma parte do ar vital ou oxigeneo , que havia em excesso no oxido de m a n g a n é z , a fim de poder effeituar-se esta dis-solução , q u e este oxigeneo privado do estado elástico , em que se a c h a v a , segundo a expres-são de Mr. Priestley , no estado n a s c e n t e , e sen-do por esse meio mui disposto a formar novas combinaçòes , unia-se com a outra porçaô do áci-do m u r i a t i c o , e que esta combinação constituía o g a z ácido muriatico oxigeneado. Desenvolvi es-ta theoria em muies-tas Memórias , q u e se achaò na Collecçaõ da Academia do anno d e 1785 e se-guintes , e no Jornal de Physica d e J u n h o de

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1785, 6 de Agosto de 1786. Más para que, as pes-soas , que se naõ deraõ ao estudo da Ghymica , estejaõ no estado , naõ só de executar o proees-, s o , que vou descrever, porém áté de o modihV car e ampliar , passo á recordar algumas expe-riências , que já referi m i u d a m e n t e , perdendo de vista as outras partes da theoria , e insistindo sobre a composição do ácido muriatico oxigenea-, d o , e sobre a a c ç a õ , que tem nas moléculas c o -lorantes.

33 Segundo S c h é e l e , o ácido muriatico des-pojado do phlogisto, huma de suas partes cons-tituentes , naõ se combina com a agua;, senaô

em mui pequena quantidade , e a naõ faz muito,

ácida. 33 t

H e crivei, que Schéele se contentou com examinar a água ,' que estivera em contacto com. d g a z , somente durante o tempo da o p e r a ç ã o , e daqui concluio, que este gaz se dissolvia nel-la em mui pouca quantidade ; de maneira que lhe pareceo preferível o submetter ás suas expe-riências este gaz em p e s s o a , e naõ a água, que

delle devia ser fracamente impregnada, e que ao mesmo tempo devia conter hum pouco de ácido muriatico , q u e pas,sa na distülaçaô, quan-do se naõ tomaõ as precauções necessárias para o r e t e r n'huma redoma intermedia.

O primeiro objecto, á que me propuz_, foi o examinar a dissolubilidade do gaz ácido mu-riatico oxigeneado pela água , porque.-me: per-suadi , d e que sé eu pudesse obter .daqui huma dissolução algum .tanto concentrada , me seria, mais fácil submetter á.differentes ensayos,este l i q u i d o , rdo. q u e hum simples gaz.

Immediata-merite vi , que este gaz> s,e dissolvia n'agua com mais facilidade, e em maior * quantidade, do que ga^ ácido carbônico, ou ar fixo, e . q u e a água,,

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delle s a t u r a d a , adquiria h u m cheiro muito a c t i v o , huma cor amareliada , e propriedades m u i -to características. Eu tinha fei-to estas primeiras tentativas , agitando a água em contacto com o gaz do mesmo modo , porque ordinariamente so carrega a água de ácido c a r b ô n i c o ; mas o vapor suffocante, que se e x h a l a v a , m e obrigou a subs-tituir o apparelho de Mr. Woiilfe á este processo. Puz entre a re torta , e as garrafas, ou r e d o -mas destinadas á se impregnarem do g a z , huma. pequena redoma rodeada d e g e l o para poder deste modo redester o vapor m u r i a t i c o , que senaò t i -vesse oxigeneado ; cerquei igualmente d e gelo as garrafas cheias d e água. Observei nesta opera-ção , que quando a água se tinha saturado d o g a z , este tomava huma fôrma concreta , e len-t a m e n len-t e se precipilen-tava no fundo d'agua.

Enchendo-se d e água carregada do gaz se-parado , isto h e , de ácido muriatico oxigenea-do , huma reoxigenea-doma , da qual h u m t u b o , ou gar-Sallo prolongado , ou recurvado , se mergulhe

entro de hum recipiente cheio d'água , e e x -pondo-se esta redoma á luz do S o l , em pouco tempo se vem separar bolhas de ar p u r o , de ar v i t a l , ou gaz oxigeneo, que passaõ para o reci-piente. Quando as bolhas deixarão de desenvolverse , o liquido perdeo o c h e i r o , a c o r , e t o -das as suas propriedades distinctivas , ficando simples a água impregnada de ácido muriatico ordinário. Esta experiência deve bastar para nos convencer-mos, de que o ácido muriatico oxi-geneado he realmente huma combinação do áci-do muriatico com a base d o ar v i t a l , ou oxige-n e o , o qual se acha em tal quaoxige-ntidade oxige-no oxi-do negro de m a n g a n e z , que basta expollo á hum grande fogo, para lhe tirar huma grande quan-tidade ; e neste caso n a ô gosa mais da

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da-dade d e formar ácido muriatico oxigeneado; por ter perdido esta porçaô d e o x i g e n e o , que devia combinar-se c o m huma parte do ácido muriati-co.

N o t e m o s , que a luz tem a propriedade d e separar o o x i g e n e o , que estava combinado com o ácido muriatico , restituindo lhe a elasticida-de , elasticida-de que era em parte privado , o que naò f>óde fazer o simples calor. Parece m e , que a

az se combina com o e x i g e n e o , que á esta com-binação he devido o estado elástico do ar vital; o q u a l , perdendo de novo a elasticidade pela c o m b u s t ã o , quero dizer, por huma Combinação rápida com algum c o r p o , deixa fugir também o principio da l u z , e ao mesmo tempo desprehde-se muito c a l o r , cujas verdadeiras relações com a luz até agora ignoramos.

As cores v e g e t a e s , sendo mergulhadas n o ácido muriatico oxigeneado, desapparecem mais ou menos prompta , e completaanente ; quando nelíe se acha huma mistura de differentes par-tes coloranpar-tes, humas desapparecem com mais facilidade, deixando vir unicamente as que r e -sistem mais , bem qne estas naõ deixem com t u d o de soffrer m a i o r , ou menor alteração .' ás partes amarellas saô ordinariamente as q u e r e -sistem por mais t e m p o , mas por ultimo desap-p a r e c e m t o d a s ; e o ácido muriatico, dedesap-pois d e t e r esgotado toda*a sua a c ç a õ , passa ao estado d e ácido muriatico ordinário: logo as partes co-lorantes roubáraõ-lhe o oxigeneo , e adquirirão por esta combinação novas propriedades , per--dendo a d e produzir cores. Naõ tratarei agora das propriedades destas partes oxigeneadas. P©r tanto e ácido muriatico oxigeneado» deve a

pro-priedade de destruir cores ao oxigeneo , o qual naõ s ô se acha c o m elle combinado em

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dán-dancía , mas até" está taõ pouco ligado , que pas-sa facilmente á combinar-se c o m as substan-cias , que t e m com elle alguma affinidade. As r e l a ç õ e s , que as partes c o l o r a n t e s , taõ variadas em a natureza , tem com o o x i g e n e o , com a l u z , com os alkalis, e outros agentes chymi-cos , devem formar huma parte da Physica d e certo interessantíssima , e quasi inteiramente nova.

Depois d e ter observado a a c ç á õ , que em geral o ácido muriatico oxigeneado t e m sobre as partes colorantes, p e n s e i , que o mesmo ef*feito poderia produzir sobre as que coraõ Os t e -c i d o s , e fiados, e q u e no branqueamento per-tendemos d e s t r u i r , ou separar ; porém eu naõ me limitarei á descrever o processo tal , qual he hoje praticado. Pois naõ será i n ú t i l , aos que o quizerem e x e c u t a r , que aqui refira a historia dos ensaios imperfeitos, por onde comecei.

Servia-me no principio de hum liquido mui c o n c e n t r a d o , que eu renovava, sendo p r e c i s o , acé que os fiados , ou tecidos m e parecessem b r a n c o s ; mas dentro de pouco tempo r e c o n h e -ci , que se enfraque-ciaô consideravelmente , e ainda perdiaõ de todo a sua solidez ; entaõ en-fraqueci algum tanto o liquido , e consegui bran-quear o t e c i d o , sem o ídterar. Mas elle amrellecia depressa, guardando-o, e m o r m e n t e a-quecendo-o , ou m e t t e n d o - o em alguma lixivia, ou cenrada alkalina. Reflecti nas circunstancias do branqueamento o r d i n á r i o , e procurei imitar-lhe os processos; por quanto p e n s e i , que o áci-do muriatico oxigeneaáci-do devia obrar áci-do mesmo m o d o , que a exposição dos tecidos sobre a rel-v a , a qual per si só rtaõ b a s t a , mas p a r e c e unic a m e n t e dispor as partes unicolorantes do teunicido -serem dissolvidas pelo alkali das lexivias.

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minei o o r v a l h o , tanto o precipitado da atmosp h e r a , como o atmosproveniente da transatmospiráçáõ, n o -cturna das p l a n t a s , e observei ,. que ambos es-tavaõ saturados de oxigeneo, a p o n t o de destrui-,

rem a cor do papel fracamente tinto d e tornasol. Talvez, que os antigos prejuízos sobre o orvalho do mez. de Maio , estação em que. a.transpira-çaõ das plantas he a b u n d a n t e , dependaò de .al-guma observação desta espécie*

Usei pois alternativamente das. lixivias, e da acçaõ do ácido muriatico oxigeneado , obtive entaò huma cor branca constante ; e como no fim do branqueamento' passaõ-se os tecidos por leite-azedo , ou por ácido sulfurico diluído em grande quantidade de água ; por isso tratei tam-bém de passart os tecidos por huma dissolução

mui diluída de ácido sulfurico, e observei, que, a cor branca se avivava mais. . o

Logo que me servi das lixivias intermedias, vim no conhecimento , de que naõ era preciso usar de hum liquido concentrado , e;deixar, os tecidos por muito t e m p o eiíi cada immersaõ. Ppr-esse meio evitei dous i n c o n v e n i e n t e s , que, fariaq este processo impossível na práticçi e m grande .• o primeiro he o cheiro suífocado do l i q u i d o , que seria mui i n c o m m o d o \ e até peri-goso respirar por longo tempo ; c h e i r o , , que des-animou a muitas pessoas ,. que deste methodo pretenderão servir-se : o segundo he o perigo de enfraquecer os pannos de linho , ,e algodão. Nesta occasiaõ renunciei também á mistura do alkali com o ácido muriatico o x i g e n e a d o , assim c o m o tinha praticado, na, maior parte de^meus primeiros e n s a y o s , ( Jornal de Physiça ç(e 1 7 8 5 ) .

_<. Eis pouco mais , Jou menos o termo , e m

quê se achavaõ minhas experiências , quando "Kz os e n s a y o s e m presença do celebre M r r W ã l t .

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H u m golpe de vista bastou » esto>Phy>s.oo, csifof genro se exerceo tanto, t e m p o n^s artes. Passado pouco tempo M». W a l t m e escreveo de Ingla* terra participando-me, de que n ' h u m a primeira operação tinha b r a n q u e a d o quinhentas poças de

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íuma grande b r a n q u e a r i a , e continua a usar d o irmno com Mr. Grigor , q u e poss-ue e m Glaseow mesmo processo.

No entretanto Mr. Bomjour , que- m o tinha). abadado ate* entaõ nos meus e n s a y o s , e quo u n e muita sagacidade á luzes mui amplas em chymi-ca , «tssociOu-se á Mr. Gonsrant, preparador d o parwios ( i ) e m V a l e n c i e n n e s , para nesta Cidade formar num estabelecimento. Este projecto foi impedido peíos prejuízos, e interesse dos b r a n -queadores , que temiaõ a concurreneis* de hun* methodo novo. Naô foi mesmo possível á Mr. Constant o achar h u m t e r r e n o em Valenciennes £ mas Mr. o Conde d e Bellaing favoreceo esta empresa , e cedeo hum t e r r e n o com todas as c o m -iftódidides precisas, o q u a l , estando á huma cer-ta discer-tancia de Yalenciennes , terá naô obscer-tante tudo mais 0 incorttmodo da d i s t a n c i a , se pelo tenipo adiante se vier á estabelecer huma fabri-ca dentro de Valenciennes. Mr. Bomjour tinha deixado as bem ftmctadis esperanças , que lhe davaô ern Pariz seus c o n h e c i m e n t o s , e t a l e n t o s ; e n i empreza , á que se sacrificara , só achou Os desgostos, que ordinariamente acompanhaô os novos processos das artes. Dirlgio-se á Junta do c o m m e r c i o , n a ô para t i r a r proveito dos ser-viços, que havia de Fazer , mas para pedir hum abrigo contra os i n c o m m o d o s , e obstáculos, que lhe tinhaô preparado Os prejuízos . e interesses

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(i) Preparador ,de pannos de lirflio , e algodão ,

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©ppostos, q u e achará em V a l e n c i e n n e s , c o n ç e -derçdo-lhe h u m termo de duas léguas nas vizi-«ihainaas de Valenciennes , e Çaa»br ay > «onde

«pudesse &ó , durante alguns annos , exercitai a .nova arte , sem violôntnr em nada a .-liberdade daqueiles , que quizessem contentar-se com *çs •ptrocessos pntágos, ou tentar n o v o s , rios quaes cse naõ fizesse uso do ácido muriatico oxigenea--«do. Offerecia-se para em. seu eistftbeiecimehto.en--sinr.r t»da>s as imiudèza* (deste p r o c e s s o , aos q u e

delle quizessem usar , e fossem authorizados çxeia adwinistraçaõ. Se suas tsupplicas fossem te a c o l h i d a s , e o u v i d a s , talvez que o estabe--leúimento de Vaáenciennes inspirasse anais con-,fiança , aos que se encarregarão de fazer os ave.n-iços inecessardos; talvez limitassem aqíii suas ten--taiDiv^s, em vez de estabelecerem o processo em

Courtray, como acabaõ de f a z e r ; talvez se fòr-<mrissem muitos artistas sobre a direcçaõ de Mr. Bomjour, <e tivessem já feito grande numero de estafeélecirnenDOs era «nossas Províncias , evitan-do íàtetíte moevitan-do ias 'teiitaitivats infructuosas , que poderàó desacreditar huma arte taõ útil.

Concebida a esperança , de poder e x e c u -tar-se o processo e m ; g r a n d e , procurei diminuir o valor doúiqfuido , ídecoinpondo o s;>l marit&ho «a Op^rsiçaõ mesma que servia de. o formar ; po-r é m , e t me sepo-rvisse Üe>acido sulfupo-rico Jtnui con-c e n t r a d o , ou as proporções dos ingredientes fos-sem -mel escolhidas ^ obiive huma pequena por-'çaô de líquido, que me fez julgar ser jpraferivel b uso do aqido muriatico; e eu JO empregava mas doses indicadas nas minhas primeiras ' m e m ó r i a s , quero dizer , distillava «três partes d e ácido muriatico c o n c e n t r a d o com huma de oxido de m a n -ga„ez. Porém h u m hábil chymico de Boam Mr. "Decroisilie, q u e tambe-m fazia experiências com

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intuitos de formar hum estabelecimento mesta Cidade' (1), publicou na gazetta de noticias paiv ticulares da Normtindia , que descubrira h u m methodo d e obter o ácido muriatico oxigeneado por hum preço 'muito mais comoiodo., e b a i x o ,

do que o por mim indicado. T o r n e i

immediata-m e n t e á immediata-minha priimmediata-meira tentativa ; e delia en-carreguei á Mr. W e l t e r , n o v o , mas engenhoso chymico , O qual m e advertio , que devia ser vantajoso enfraquecer o ácido sulfurico, e a ope-ração sahio satisfactoria. D e i parte disso á Mus. Bomjour e W a t t . O ultimo me respondeo, que desde Os seus primeiros ensayos tinha feito esta mudança .• muito tempo depois Mr. Chaptal des-creveu também esta operação n ' h u m a j M e m ó r i a , que mandou á Academia ;das Sciencias. Naõ foi a única m u d a n ç a , q u e Mr. W a t t fez; alem. dis-to tinha substituído ao apparelho de Mr. =Woül-f e , de que me servirá, num tonei, ou pipa; cu-ja construcçaô ignoro : mas antes de M r . W a t t m e ter fallado do seu apparelho , Mr. W e l t e r imaginou hum , que naôt só he mui commodo~ para a preparação do ácido murintico oxigenea-d o , mas a t é mui próprio para outras muitas ope-rações c h y m i c a s , cuja.construcçaô vou mencio-<nar com algumas mudanças vantajosas., qiie H.e

fez Mr; Molat*. Achar-se-ha no fim deste volu-m e a descripçaô circuinstanciada deste appare-l h o , e sua expappare-licação. , u, >

' I O fim deste apparelho consisto em multipli-car as superfícies, pelas quaes se acha o gaz em contacto com a á g u a , por ser nas pontos de con-tacto , que se pôde fazer a combinação .• a por-çaô de g a z , que naô pôde pois combinarrse no lugar inferior , para onde foi conduzido , ..passa

pa* l " *: ""--' \ t - .HJl'3^ L "

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.Jsaraa e e l h a , ©lurpeq^eíntffCUtba, superior peloftyt%

,bo, destinado!'atjdf>t''lhe jsahída. • . ,' .O víjLSoiíinteímedíO entre,q tonej.pne.umàtj-co,, e'O iriatraz.disíillaijQrio,. serve decretei a por--çaõ de.ácido-muriatico, q u e , a j n d a - s e naô açhà oxigeneada : d e i t í - e neste vaso hum pouco "de á g u a , e nella :se mergulha hum tubo de v i d r o ,

que deve exceder, era altura a, coluinna d ' á g u a , que teni de, vencer^ no tònel...O gaz i, que, vem do m a t r a z , comprime a a g u f i , contida nesté( vaso ^

com humá força igual á força' çpposta ,á súá. d e -senvoluçaõ ; de feiçaò que a agíia sobe ao tubo ide segurança , e entaõ fôrma húma çolumna igual iá da. água, que carrega sobre o t p b ò , pelo qual

o gaz çheíga a o t o n e i ; porém; se durante a ope-ração ha hum esfriamento súbito, ou húmá ííb~-sorpçaõ rápida-do gaz, torna a água a descer pá-ra o t u b o , e o ar. atmpspherico e n t r a , e impede o fprmar-se hum, v á c u o , o quaÍrproduziria a r e

-absorpçaô do liquido, e faria .esjçàlár p yãsq dis-tillatoriò. Este» tubo d e segurança , que he igual-mente,, devido, ao engenhosq' Mr. Welter',: pôde

ápplicar.-se' com proveito„àoutras di.sfitíaçôes pneü-matipas, como se pôde vér hum éxeínplo na es-tampa, . ; ; , , . , - .'" --•,

Havendo hum bom oxido de manghnez, for-madp de pequenos,, cnsta.es , e contendo muito pouca matéria e s t r a n h a , as-proporções ,' que nie parecerão mais convenientes ás substancias, que se ,devem jrijstillar, saõ as seguintes.

Q. Qqças de oxido d e m á n g a n é z em pó.

1 Arrajrel ,de sal marinho igualmente e m p o . l»i% -Onças de ácido sulfurico, Ou vitriolico con-c e n t r a d o . *"'

o Até i a onças de água.

Se o oxido de mangarréz- contiver t e r r a s , ou substancias lüerallicas heterogêneas;, ,entaõ

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ctímprírá^aügmentar _ qtiatttida-é proporcioíiafr. m e n t e á sua impureza. Vá^se depois da operação, se á quantidade tíniôrégada foi sufficiente, pois que deve testar hum pouco de oxido , que « a ô tenha sido d e c o m p o s t o , e què c o n s e r v e a côr negra ; jóor esta operação se roguln a quantidade, que se deve empregar nas operações seguintes.

Q u a n d o se acha spatho calcareo misturado feorti oxido* de m a n g n n é z , ò que se coobéete pe-Ia effervescencia produzida , logo t^ütí sobre elle se déítá nutri potico de ácido sulfurico , convém iavallõ antes da operação coíh ácido swlfi.rico di-luído para delle separar a p a r t e Calcarea, a qual séria hum embaraço , ou obstacitíO de mais pela. effervescencia, que h o u v e s s e ; feito i s t o poera-sè a poera-sèccar este oxido ( i ) .

He mister ajuntár mais , Ou menos água , naõ só segundo o gráo de Concentração áo á-ci-do sulfurico, mas támberh seguná-ci-do a de da matéria posta a distrllsrr; sè esta quantida-d e he consiquantida-derável, o áciquantida-do quantida-deve ser imiis quantida- diluí-do. Seria mais vantajoso empregar hum ácido naõ Concentrado, porque a o p e r a ç ã o , para o c o n centrar , augmentalhe o Valor e nos he n e c e s sário tornar a deitar água nelle ; porém seria p r e -ciso para i s s o , que ò l u g a r , em que se fabrica, fosse vizinho , porque sendo o transporte consi-d e r á v e l , pôconsi-de à concentração ser consi-de economia.

Depois de assim preparadas as matérias , convára misturar cuid idosamente o oxido de man-ganéz com o sal marinho , introduzir no vaso dis-tillatorio , posto em b i n h o de aréa , vasáT sobre esta mistura õ ácido sulfurico , q a e antes se

di-luio ,

( i ) PnrecRo-mo , qae o oxido de manganês , quando

cAHtiiiha muito azote , er,i pouco próprio para a formação

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è.

IHÍO , depois de se ter dçjxfldo. dissjpar o cajor

desprendidp pela mistura á' «g«4 ; e appjíca-fse

prQmptamente ap gargallo do matraz o tubo , que conduz p gaz para o yaso intermédio. JSJaõ

deve-mps passar em s ü e n ç i p , de que nesta operação os lulos requerem toda. a attençap,.

As propprções dos yasos devem ser t a e s , que o matraz distjllatorip tenha perto de huma terça parte vasia, e que o t o n e i , para a quanti-dade a p o n t a d a , contenha i p o canadas (françe-zas ) d' água , e tenha demais hum yqsio do theor quasi de 10 canadas; p o r q u e , quando p gaz pas-sa ás eelhas ou pequenas cubas destinadas a con-t e l l o , a água deve con-ter hum espaço livre, aonde possa subir.

Antes de começar a operação , cumpre en-cher de água o tonei pneumatiço. Feita a mistu-ra , o gaz , que logo depois principia a despren-der-se , expeíle primeiram<Efrite p ar atmospheri» c o existente no a p p a r e l h o : se julgamos, que p ar atmosphericp passou todo para as celbas, ou cubas , evaeuanio-Jo por meio de hum tubo re-« curvado , introduzido alternativamente debaixo, d e cada.;, eelha ou cuba ; -é para lançar fora a ag,ua, q u e entrou ne§te t u b o , naô ha m a i s q q e sopnd. Io muito bem : deixa-se depois continuar a ope-r raçaõ sem fogo até perceber-se , q u e as bplhas diminuirão ; entaõ aMgmenía-se algum tanto p gráo de fogo, este augrrtento naõ deve s e r g r a n r de nos coíiieços , pofém lento ; e no fim da oper raçaõ cumpre chegar ao gráo de fervura,. Conher •ce-se, q u e a operação está próxima a findar-se , q u a n d o . o t u b o , por onde passa o gaz, e o vaso intermédio se a q u e c e m . Q u a n d o se naõ desen-volve mais do q u e em pequena quantidade , pa-ra-se com o fogo, e s p e r a - s e , que o vaso distiljar torio conserve .somente hum gráp pequeno de

(24)

ca-© i6 é

calor pnra o d e s l u t a r ; e entaô se lança nelle água* q u e n t e , para que o resíduo fique em dissolução,' eseja mais faeií tirallo d a h i ; lança-se depois es-, te resíduo n ' h u m grande vaso, destinado a c o n -servallo para o u s o , que indicarei. A operação^ leva mnis ou menos tempo conforme a quantidade quantidade matéria; com a quantidaquantidade prescripta d e -ve durar cinco até seis horas ; naõ convém apressalla em demasia, se quizermosobter maior p o r -çaô de gaz. H u m a só pessoa basta para dirigir» muitos apparelhos , aos quaes se podem dar pro-porções muito maiores, que as-acima indicadas.'

1 Enche-se pouco e pouco o vaso i n t e r m é d i o

de hum liquido, que h e ácido muriatico puro , porém fraco ; com tudo podem-se fazer muitas operações sem o tirar fora ; mas julgando-se, que naõ ha mais bastante espaço vasio , tira-se este ácido por meio de hum s i p h a ô , e l, 'havendo d e

-masiada quantidade d e l l e , he possível substitui..-Io á mistura de ácido sulfurico e muriatico de so. da!, se acaso se n a ô ' e m p r e g a r em outro uso.

Pa-ra que passe u n i c a m e n t e huma p e q u e n a quanti-dade* de á c i d o ' m u r i a t i c o naô o x i g e n e a d o , deve o primeiro'tubo fazer h u m angulo recto , ou o b -tuso com o corpo do matraz. He mister duran-te a operação mover de duran-tempos em duran-tempos o agi-tador para favorecer a absorpçaô do gaz na água; acabada e l l a , o liquido tem a força conveniente ao uso do b r a n q u e a m e n t o . Pôde* deitar-se.huma porçaô menor d' água no t o n e i , e diluir-se depois o liquido nas proporções indicadas. ,H.» >

Bem que o liquido no estado de concentra-ção tenha hum cheiro b a s t a n t e m e n t e activo , naô pódé c o m tudo ser prejudicial, nem mesmo mui incomtnodo aos que delle fizerem uso ; naô obs-t a n obs-t e i s obs-t o , h e c o n v e n i e n obs-t e conduzillo para ascâ-l h a s , em que se arranjarão os tecidos por meio

(25)

© -7 #

áe bicas de'majdeira ápplícadas ao c a n u d o , que se acha na parte inferior do tonei.

Logo que o liquido está p r e p a r a d o . Cum-pre tirallo do tonei > porque tem acçaõ sobre a

m a d e i r a , e por essa razaõ nàõ só se enfraque-c e , mas também-apressa a destruição do t o n e i ; porém quando elle acha tecidos n l i u m a c e l h a , estes o enfraquecem promptámènte , de feiçaõ que naõ ataca mais sensivelmente a madeira.

Cumpre preparar o t e c i d o , deixandoo h a medecer n'agua por espaço de 24 h o r a s , ou a n -tes na velha iixívia, ou cenráda , para lhe 0x7 trahir o piieparo>, ou {parou ) ,- depois submet-tello á huma ou duas boas lixivias, pôr quanto tpdá-a parto,possível ;deextrahir-se por meio das lixivias destruiria s.eir. proveito algum o liquido, euj« quiautid^dot convém poupar. Feito: i s s o , la-va-se cüm, cuidadoii o -tecido ,. depois arranja-se nas celhas' em maneira , que possa ser impreg-r nada do liquido, que por ahi;deve c o r r e r , sem que, pgrto..al:gumaqse ospremo , ou aperte.. As ce-wgasy.e.ÂgualrÀente, ©• tonei, naô devem levar era sua cpuSit^Usceap ferro de qualidade;ajguma-,

por-qpe,este;ínletalj reduzido- a o x i d o pelo ácido

mu-riatico oxigeneado , produziria manchas de fer-rugem , que senaõ poderiaõ tirar ao tecido , sengârppr meio do sal de azedinha <{ oxalato d e p p -tassa ) . >

on>:A primeira immersáôpdeve d u r a r mais t e m -pp , que. as seguintes, isto he , três horas ; depois .'tirase para fora o t e c i d o ; lixiviase de n p -yp , ,e torna-sé a pôr n'h.umai.celha, para por el-i p s e ^fa&erjpMsat^nov^ b a s t a , q u e esta imm^çsaò.,;,e,asiseguin.tes duremr meia hora. Tor-najs^pjjjiirar para: fora:, o' tecido êspremendo-lhe

o liquido, lixivia-se , e mergulhai se de novo. O mosmor/liquidi) p ó d e í e r y i r até.haver perdido sua

(26)

for-&> f* Ô

força ; no caso de estar f r a c o , p ô d e ia juntai-sé» huma porçaô de liquido novo.

Quando o tecido apparece .branco, naõ met-tendo nessa conta alguns fios n e g r o s , e as oure-l a s , impregna-se d e sabaõnegro , esfrega se c o m força, e depois passa-se pelas ultimas lixivias, e immersaõ.

t Bem que seja indeterminado o n u m e r o das lixivias , e immersôes n e c e s s á r i a s , por v a r i a r , segundo a natureza do tecido ; todavia os limites deste n u m e r o estaõ e n t r e quatro e oito para o s pannos de l i n h o , e canamo.

•-Naõ posso indicar o melhor methodo de fazer as lixivias; esta arte taõ útil está ainda a b a n -donada á prática c e g a , e usos variados dos dif» ferentes lugares ; direi somente , que me par&f ceo vantajoso fazer cáustico o alkali, misturando com elle hum terço dè cal viva, porém n e s -t e caso deve haver o cuidado d e cOar a lixivia por hum panno , a fim de que a terra calcarea senaõ mistwre com o t e c i d o , por quanto as mo^-leculas , que nelle estivereni' i n t e r p o s t a s , podo-* riaõ corroello pela sua d u r e z a ; por esto meio ti lixivia , tornando-se mais activa , naô necessita de taõ grande quantidade de alkali : e com t u -do huma vez que naô seja mui forte , o teci-do naõ se altera á pezar da preoccupaçaõ c o n t r a -ria , que he bastantemente geral.

Notei também , q u e era inútil , e mesmo prejudicial, que a lixiviaçaõ d u r e muito t e m p o / mas he preciso , que as lixivias estejaô muito q u e n t e s , e assás fortes, porque de outro modo Os tecidos h r a n q u e ã d o s peto aoido muriatico oxi-geneado oóraôMae , e torrJaõ-se ruèvos , quando se submettetn á novas lixivias : accidenre e s t e , que sucoedeo nos e n s a i o s , d e q u e vou fallar.

Mr. Cúlloau fez e m Pariz g r a n d e n u m e r o d e

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# *9 #

«te- ensayos «em písquenoj sobre •# n^isé BrtiiifiiHMií

jnento ; mas a mór parte destes tinhaâ 'shà® ;&% tos com o algodão, que be^mií*tojrá«í^í|ííi^-l^ branquear , e naõ necessita de lüivias: taô nu*

merosas,. 11 e fortes, eomo; o Unho 43 © jt çàniamo.

Fo> á S. tQtíintin;,oom o fim de fazer operações

sobre 04 íe^dios'deste paiz; mas. expígrímonto^ j que todos os lépidos, que tinha branqueadô com satisfação dos ençeudidos da< arte , tQrhavaô*s# ruívos , .submettendp-os á huma lixivia ordinaf ria:, ou! ainda deixando-os por algum t-empo\n'hura armazém.

Mr. Decroisille experimentou? em Boaò 0

mesmo aecidente nos tecidos, que tinha bran-queado ; finalmente eu observei o mesmo defei-to n,asi amostras , que branqueeí em meu labor ratorio. Com tudo Mr. Bomjpiur4 em

Valencíen-i*es,, e;.M;E. Welter em Lilje, susteqtavaõ, /que os tecidos, e fiados, que, tinha branqueadô, copa» servavaõ perfeitamente a cor branca em todos os ensayos,\á que ioraõ subm,ettid0£.áEm,:bi?ey;£

Jempo m e convOnci ,vde que a imperleiçáõ- (dó tnen branqueamento provinha do modo,;iporqu.e Administrava as lixivias. Coritentei-nrêijijftóís.eaíí^ s^yos em pequeno, que repeti em meu' labora-tório , com o deitar a dissolução alkalina quentíí n'hú,ín.'vaso, aonde punhadas í%mQ&m$; -.ellaah*

©sfria^j-píoq-píftmente , e cipâv ©brava dthHm»

•niane>íraq su.ffjeien£e •,-. mas do4do qneH tive estais ía-nioSiijpasi no liquido, , entreridõ n^hujn gráo,de _alor vizinho tdo da fervura, por (espaço dedua*

*>u>tres horas, naõ: soffrèraô mais os mesmos in.

•convenientes : ilogo era unicamente _aT fraque-za,, >das lixivias , quem tinha causado os acci-.dentes;é2Lpejime.ntadps por M.rs. J&aÂUsiMl .*.

JDo-croisille, e por mim., Cumpre pois, que os te-cidos ha© mudem de côr na tíliima lixivia j

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t e h e o indicio mais'soguf**j< d e que esta comK pleto o b r a n q u e a m e n t o : com tudo depois desta.. ultima lixivia h e ainda útil d e i x a r o tecido no liquido por alguns instantes. !

-L. Depois desta ulttjrn» i r a m e s s a ô , h e preciso; mergulhar os tecidos e m ' l e i t e azedo , . ou e n v água acidulada , com ácido «ulfurieo; N a ô co*. niieço a mais conveniente proporção do aci.-. d o sulfurico; mas p a r e c e o - m e , que se podia era-, pregar com feliz s u c c e s s o , e sem «perigo h u m a p a r t e em pezo de ácido sobre cincbonta d e água.. C u m p r e conservar os tecidos perto de meia-ho»

va. neste liquido t e p i d o , depois esprerriellos mui?

hem , e mergulhados immediatamente em água

o r d i n á r i a ; porque se houver evaporação, o aci-' d o sulfurico concentrado entaõ ataòaílos-ha.« Os» tecidos b e m lavados necessitaô somente de se-r e m s e c c o s , e pse-repase-rados ao mòdd ose-rdináse-rio s e i gundo suas diffèrentes espécies ( 1 ) . •1

Deve-se ter O maior c u i d a d o , em que a a* gua naõ seja niuito carregada- d e ácido sulfuri-c o ; á huma falta d e a t t è n ç a õ desta espeteie h e i q u e eu «ttribuo h u m ' accidênte acontecido â M r . 'Bomjour. -> TirihAÔ-se4he enviado tecidos p a i •ra verificar a bondade d o branqueamento ;

elle fez duas o p e r a ç õ e s , h u m a das quaes foi d e s -tinada aos tecidos mais finos > 'como- esetínwlhas^ « a m b r a i a s ' , e a outra aos ptiaib grosseiros. O .ibfanqueamento dos primeiros•] sanio perfeito ç

m a s a pessoa , á quem elle tinha encarregado d e acidular a a g ü a , tendo deitado para "huma pe-i quena* quantidade de tecido a mesma d o s e , que tinha de costume empregar para h u m a muito

maior^

~"»ilil i r i jm I I n i T • . a i • •' i . ps * " l i ' - m - - i. • T - -• - P * ( t ; Reconheci, que hum dos usos do ácido sulfurico, érfipregíido depois do. branqucnmehto dos ácidos , Mie P roubaç a porçaô de ferro que elles contém.

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© âi #

maior , os tecidos ficaráõ mui enfraquecidos; accidente., que já mais tinha acontecido nas operações, que elle dirigira, havia mais d'hum anno.

O bránqueaíriento dos tecidos de algodão'he muito mais fácil, e b r e v e ; duas lixivias, quan-do muito t r ê s , e outras tantas immersões n o liquido lhes bastaõ ; e eonjô estas se e m b r a n q u e -cem, muito mais facilmente, h e vantajoso, quan-do ao. mesmo'tempo temos d é b r a n q u e a r teciquan-dos de linho y canamo ,-' e algodão, reservar para os tecidos de algodão os líquidos já enfraquecidos pelos de linho , ou canamo ; porque he mui con-veniente enfraquecer, quanto>he possível, estes líquidos ," e os consideravelmente enfraquecidos saõ ainda* bastantes , bem qüe<naõ tènhãõ mais acçaõ alguma sobre O ç a n a m ó , e linho. .**,

Os fiados ofjerecem no branqueamento ordinário muito mais,, diffieuldades , que os t e -cidos , e m r a z a õ das superfícies multiplicadas, que devem successivamente apresentar á ac-çaõ dá atmosphera ; parte, destas mesmas dif-^* ficuldades se encontra ,no branqueamento pelo ácido muriatico oxigeneado : com tudo em ul-timo resultado tira-se mais proveito no bran-queamento1 dos fiados , que nó dos tecidos.

Mr. W e l t e r formou em Lille , com dous sócios c huma bràrtquearia de fiados, que vai muito bem , e começou' de novo outras. A experiência lhe mostrou a "necessidade de d e z , ou doze lixivias , e outras tantas immersões para algumas castas de fiados. Para que o liquido cerque os-fiados por toda a parte , cumpre mèttellos, sem os es-p r e m e r , n'hum c a b a s , o qual es-permitta ao liqui-do o perietrallôs-por todas as superfícies. Quan-do eile estás já fraco , igualmente o podemos em-pregar com vantagem no branqueamento do

(30)

® 22 ^

N o começo d e minhas e x p e r i ê n c i a s , eu t i -nha tentado saber., ee o vapor seria preferível ao ácido muriatico oxigeneado em e s t a d o liqui-do , e tinha observaliqui-do , que branqueava c o m m is promptidaõ; p o r é m , por mais p r e c a u ç õ e s , que eu tomasâe , pareceo-me , que havia n e s t e m e t h p d o huma perda c o n s i d e r á v e l , que as par-tes do t e c i d o , mais expostas ao v a p o r , estavaô sujeitas á se enfraquecerem , e que era mais dif-ficultoso o b t e r . a igu.ddade do branqueamento.

Para prescrever todos , os a c c i d e n t e s , q u e podem resultar^da nimia energia do liquido, era importante ter meios; de lhe medir a força. Pa-ra conseguir este fim., Mr. Decroisille imaginou Q. uso da dissolução,dp anil no ácido sulfurico. Mistura-se huma p a r t e . d e a n i l , reduzido a pó fi-n o , com oito partes de ácido sulfurico cofi-ncefi-n- concen-trado ; mette-se esta mistura n ' h u m matraz , q u e se põem em banho-maria por algumas h o r a s ; feita a dissolução, dilue-se em mil p a r t e s d ' a g u a . Para experimentar a força do ácido muriatico oxigeneado, introduz-se huma medida desta dis-solução em hum tubo de Vidro g r a d u a d o , e vai-se-lhe ajuntando liquido até destruir-se a çôr do anil. Cumpre d e t e r m i n a r , quantas m e d i d a s , ou porções do liquido , cuja bondade foi j á avalia^ da por experiências directas sobre o t e c i d o , saô precisas para destruir huma medida , ou porçaô da dissolução de a n i l , e este n u m e r o servirá d e determinar a força respectiva d e todos os líqui-dos , que com elle se quizeçem comparar. Mr. W a t t servio-se para o mesmo fim de h u m a disso* luçaô de cochonilha.

No principio de miphas tentativas , pediraõ-m e fosse á Javelle e n s i n a r , o c o pediraõ-m o se devia pre-parar o ácido muriatico oxigeneado , e empre^ gallo no branqueamento. E u naõ fazia difficgi*'

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da-© a3 $

dade alguma em ensinar hran processo , Cuja propagação desejava ; fui pois duas vezes á Ja-velle. ; fiz ahi a distillaçaõ do ácido muriatico

oxigeneado nos vasos ,M que> comigo l e v e i , ebran-queei algumas amostras de tecido. Entaõi eu m e serviarainda de hum Jiquido comeentrado , em que misturava hum pouco de alkali. Algum tem-po detem-pois os manufactureiros de Javelle publi-carão em differentes jornaes a sua descuberta d e ' h u m liquido particular, á que deraô o n o m e de lixivia de Javelle, a qual tinha a propriedade de branquear os tecidos ^ pela só immersaõ de poucas horas. A mudança^ feita, por elles ao pro-; cesso , que , em sua presença , eu tinha executad o , consistia em'executadeitar alkali na á g u a , que r e -cebia p g a z ; o que faz concentrar-se muito mais ©líquido',' em maneirai que sé pôde ao depois diluillocom muitas partes d'agüa, parafusar del-le.

Eis as proporçõesJ, que me déraõ hum li-' quido igual á pretendida lixivia de Javelle: duas Onças e» meia de sal, • _• ôwças d e ácido.sulfurico, b" oitavas de oxido de marigâMiez-y e na r e d o m a , cftííqüe se corrcèni?rou o gaz, humpt libra d'agua, e 5 onças1 de p o t a s s a ,1 que nella Sé devem

dis-solver.1 O liqüido de Javelle" tem huma

apparen-cia avermelhada, proveniente de hum pouco de manganez, a qual y<ou passa na distillaçaõ ,. por sé n a ô ' t e í usado de vaSo intermédio f ou porque

a>m.iior parte das potassas a conténs, assim- co-mo disso me certifiquei. Este liquido pôde ser diluído com dez até doze partes d e água, e naõ obstante iissO branquea mais depressa , que o

Simples liquido ; mas sem fa-lkr das imperfeições d o methodo descripüO no JornaL de Javelle *, o qual methodo he só sufficíeritê para o algodão, de mais a mais naõ se pôde hranquear com o

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aci-„* 24 &

ácido .moriatio?» oxigeneado", c o m b i n a d o déstè modo com o alkali, senaõ .huma p e q u e n a quan-tidade de teciüo muito menos c o n s i d e r á v e l , q u e a embranquecida com a mesma quantidade, de ácido muriatico oxigeneado,: que estivesse sim-plesmente combinada com a água , par se for-m a r hufor-ma porçaô deste sal n e u t r o , conhecido presentemente pelo n o m e d e muríato oxigeneado de .potassa , no qual o oxigeneo se c o n c e n tra. Ora todo o oxigeneo,..que.<entua na c o m p o -sição deste s a l , fez-se i n ú t i l ao b r a n q u e a m e n t o ; por que o muriatico oxigeneado de»potassa n a õ destroe as cores ,: Como e u o dásse em m i n h a M e m ó r i a , sobre algumas combinações do ácido muriatico o x i g e n e a d o .v na qual referi miúda-»

m e n t e os phenomenos , que offerece a. potassa* cOm este ácido •( Memória da, Academiar,de T u -rim). Accrescente*;©, á :escas: coasideraçôes., o augmento de p r e ç o , proveniente da quantidade de potassa, em quer se recebe o gaz ; e todavia h u m dos antigos impreiteiros de Javelle pedio á Inglaterra hum privilegio, oxçlusivo para este n&-,

uo processo \de sua invenção.i ! : ;. ..a ; ,v;;iíf« 0

«n |£spero;, q u e i o q u o acabo ide,:expor

mduda-m e n t e , pódera g u i a r , os que qujzeremduda-m eropre-hender o novo branqueamento. A observação sem duvida nos fornecerá.* meios de o aperfei-çoar , e eu instruirei o publico d a q u i ü o .{.que souber. H a , por exemplo , huma parte impor-t a n impor-t e , á respeiimpor-to da qual naõ posso ainda avan-çar cousa alguma em particular ; he o meio de extrahir a soda do resíduo das distillações , que o r d e n e i , se njuntasse em h u m vaso para.es.t* uso. Fiz sobre este. resíduo h u m processo , q u e Mr. de Mor.veau m e c o m m u u i c o u seu p r ó p r i o , e extrahi a soda. Mr. de Morveau dignou-se, por peditorio m e u , de fazer também experiências

(33)

so-m

~5 a

sobre o resíduo i eifresutóie dds fseu£> primeiros

jensayos , qup; o líieneíici©;, i. possiválí: d ó tirar-se daqjii H cubrirá <pouco .nâjais, aou hwjtios todas < ;as

despesas d© ácido niuriarico oxigeneado:?!de sori-t e , que essori-te liquido,. virá k&gsori-t; aaõí cussori-tara qüasima*-da , e ificaráô somente os gastes qüasima*-das livixias. Cç>-3ahe)ÇOí muitos, processos próprios paia conseguir este fim; mas naõ posso dispor de_es,i p o r mfe terem' sido <eónfiados etnrs-Kgredpv^boq .miiV

Se pi fabrico do acidío sulfurico} se reunisse a o processso o do; branqueamento*, ;j lesta; substan-cia , á que, se • dever a maior parte; i do valor, do liquido, viria áicustar p o r l i u m preço muitoimáis baixo , do que o p o r q u e (sé) vr«nde, qniôrmente poupando,-. ,os^ gastos? i éajconcentração.! Oremos a esperança dej ver: aperfeiçoar o fabrico d e s t e aj-eádibí.pelatsuppressaõ do'nitítô,' e diminuição dá perdaj dos vapores ( E n e y c l o p . m e t h . pag. 3LYJ. ). E s t a reunião fariã^ coni que o liquido naõ cus-tasse, nada.

Finalmente ipoderíamos aperfeiçoar'»a.n arte

das lixivias , c o m o ^occorro; d a s , m á q u i n a s , . e , esgotada a acçaõ do alkali, por estar s a t u r a d o , ou d e partes, colorantes>,ç poderíamos., ao m e n o s nós l u g a r e s , q m , q u e o combustivel custa bara*: t o , i ^ivapoplallasi; até, a cáeccura >. é .arfesçítuiiiíua actividade ao alkali ,3calcinando a s m a t e r i a s , q u e os saturassem.

Se pois. p r e s e n t e m e n t e , que a canada- d e Pariz de acidó muriatico oxigeneado anda", pou-c o m a i s o u ' m e n o s , ' por três dmh e i r ó s nas Prp.-:

^iitiófas, "qué1 naõ sáõ/s^üjeita^ap imposto dp saj^

já dá lucro , ó hpyò b r a n q u e a m é h t o , mesmo, par-r a a despesa dipar-recta^ quando h e b e m dipar-rigido, n i n g u é m d u v i d a r á , que naô possa vir á s e r mui-t p mais lucramui-tivo pelas -economias , que acábd

ãQindicar ; "grjjçémem quando o1 líquidq.çu^táx

(34)

.$

afi

®

alguma çousa , haverá sempre humá g r a n d e des-águaldadtíjá.'bem rdps,tecidos finos ,spowpie com

.superfijdie igual t e m . m u i t o menos massa ,. e se •breuiquea !.ma.s> f a c i l m e n t e ; tdeste''• modo huma •vara ide tecido., fino exige •muito menos l i q u i d o , •que huma'-de tecido grosso , e demais hum

ar-ratel de tecido fino,í<requer m e n o s , que hum de

tecido ,gr,asso... ; « Para podermos porém aproveitar- a s vanta»

ajens deste processo, rhe necessário estabelecel-ío em paizes naõ sujeitos ao imposto d o s a i ; por-q u e he evidente., por-q u e por-quando o sal naõ custa

b a r a t o , o ácido muriatico oxigeneado , torna-se muito dispendioso ( - ) _

M >iCom tudo» naô he pelas -despesasodo novo

E

rocessosi comparadas rigorosamente^cojn; as d o ranqueamerito o r d i n á r i o , q u e deyemósajulgai d e suas vantagens ; elle goza de outras particu-l a r e s , que;seriaôo próprias, á compensar maiores gastos. Os tecidos , e fiados , que em- alguns lu-gares lexigeih muitos mezea para se bran(|uea-r e m , , podem-no sebran(|uea-r facihnente dentbran(|uea-ro de cinco até seis d i a s , ainda em hum grande estabeleci*-m e n t o ; porque huestabeleci*-ma o p e r a ç ã o , q u e se ífaz uni-: c a m e n t e i s o b r e . a l g u m a s p e ç a s , , pôde sem d i f i -culdade-Í_idur-*se em dous ou-.três dias. O novo

branqueamentofpóde fazer-se, tanto no i n v e r n o ,

co- >

. . . , • ' , 1 . — : — — 1 — — _ }

(i) A junta de fomento' d e Roam , jA propoz o mis-turar com, o sal , qqe se vendesse. par/» o branqueamen-» to porrbaixo preço , huma .Kw*. do aulfoto , ,,ou vhriojtv de f e r r o , por qnintaT. O ' s a í com esta mistura toma:Iiu->

xnn c ò r , que facilmente o diFferença , e .mm sabor , qiiét s a ô consente n fazer-se 'hum uso fraudulento íte*^ ,* ò» m e i o s , , porque se poderia obter a p u r e ? » , , saü .mui

dis*-S

endiosos ; e, lie difíicil evitar os abusos resultantes •1\nPft' ér-sq-hiaG ajtintar á isto iaspecçôes ,. „e outros m_flfT 4e»

rtgurançá , • q u e ' Tiái) deíias^èinJ tth.Hr wjjjum. béni flmaí.dõ

(35)

$ 27 Ô

eoáncJ n ó verão ;ó!sómemo«com»» dífferença', rà®, que no inverno a dessicaçaõ requer mais tem-*

po.

m. O q a m p o n e z , cuja fâmiliavoocupa o t e m p o ,

q u e lhe- r e s t a , em fiar,* v&selobrigado 'k esperar pela estação favorável uparaoenviar seuffxteftidos,}

e fiados,'muitas víezèsA;'hurrfa«grande discaJàoía-í

onde se lhe faz soffrer h u m longO>íbrariqueamen.to ; entretanlongO>íbrariqueamen.to ias necessidades o apertaõ., e v ê -se obrigado, á •vemeellos.com íporda 4 negocia»-* tes i n t e r m é d i o s , cjque põem h u m ' i m p o s t o em s u a indigencia. Porém se : abaso.se, multiplicarem ses*

tabelecimentos d e s t i n a d o s r á prepayáçítõ' d ó ' m U do muriatico oxigeneado , o q u e tiver tecido ihu-ma teia, poderá hranqueàlla elle< m e s m o , e po-d e r á gozar po-detopo-do1. o f r u e t è d o seu 'trabalho , *á*

penas sàhrtlo de? suas mãos.'i''iBí> "' : ---'

- Í . ; . Q-conimerciarite-vi^huma estãçaõ n á ô favo-rável ao; branqueameniol, i s o m e n t e com d a m a ô seu h e , que pôde cumprir os seus ajustes , vê-se pbrigado á empr^gátocabedaes consideráveis pa-r a n e n c h e pa-r seus 'apa-rmazéns!jna estação do bpa-raní* queamen-to. H e d h e í itopossível 'muitas vezes - ú dar-se iá espeeuíaoõ^S-fehces ,'piei'O aproveitar Jàs

occasiõesí favoráveis, que n'hum momento ines-^ perado se apresentaõ . p o r q u e seria preciso mui> to. .tempo para branquear os, t e c i d o s , de q u e ne^ cessitasse. >'..:'••/. •-< < >•: :.' u ^ ^ , ' ; ; « : , . •/:. 'HYÚ

O consumidor também achará lucros nisfOj pois q u e naõ só em ultima analySe deve dimi-nuir o preço dos t e c i d o s , e fiados, mas também o novo branqueamento administrado, como de-'-ve s e r , idôninue m u i t o - m e n o s aqsoíidez Prigina-1

ria do linho., e canamo ,'.< do>que$ as operações longas y e multiplicadas' dõ branqueamento or-dinário. As experiências de iRlr. Decroisíile< fa-•aem até suspeitar . q u e o ácido muriatico

(36)

ge-® 28 @

g è n e a d o ; a p e r t a n d o os poros do;á3god^®r^*lb© mais solidez, e «o m e s m o tempo lb© c ó m m u n i -ca a propriedade d e tomar cores mais vivas. D e ficarem neste novo m e t h o d o ps.tecidos, átenos g a s t o s , seguio-se. hum i n c o n v e n i e n t e aosiolhos de alguns negociantes; q u e h e o p a r e c e r e m me-nos fime-nos t que os teoidos da mesma qualidade $

branqueados ao modo usual. Por conseguinte Mn Bomjour vio-se na obrigação de indagar os meios de fazer usados os t e c i d o s , q u e se tiáhaõ bran-* queado no. e s t a b e l e c i m e n t o , por elle dirigido. H e fácil s a b e r , ?> que a descuberta,destes meios naòhedüfioilç masjos.quequizerem d i s p e n s a i ,

lu-crarão em ter maior solidez., i a r oq E estes vastos p r a d o s , que nos paizes mais férteis, saõ abandonados aos tecidos , que sòbrè elles h e mister estender em toda > a bella esta-j çaõ? chegarei!eu á conquistallos p a r a . a agricul-tura , diminuída pela falta da m a i o rf parte d e

produççaõ delles? '«*?> Se me náô illudo, o p r o c e s s o , que d e s c r e v i , deve ser distincto d a q u e l l e s , q u e c o n t r i b u e m pa-> ra os simples progressos das a r t e s ; elle m e r e c e récoramendaçaô .da parte d o s q u e velaõ na prós-: peridade publica; pois q u e , além dos interesses do commercio , pôde contribuir directamente pa-ra aviventar 05 c a m p o s , p r i m e i r a i o n t e d e nos-sas r i q u e z a s , que tantos direitos tem de nos in-teressar, úrn 5r ; t<>'

-i Passemos agora á descripçaõ de outros usos, para que podo 6ervir o ácido muriatico oxige-n e a d o . Parece-me . que delle se pôde usar para destruir o campo em q u e se e m p r e g a nas xitas a ruiva , ou garança dos tintureiros. Depois d$ estampadas estas xitas; com differentes morden-t e s , passaõ-se pela morden-tinmorden-ta de ruiva, onde os de-senhos toraaô differentes visos conforme a

(37)

© m S

-z ã d ò s mordente&pmafflsõ campo,:,' Ou fundoT

des-tas teias r e c e b e t a m b é m a cor da ruiva ; "está h e m u i t o m e n o s sólida, que a cor fixada pelos m o r d e n t e s - e -he necessário* destruillsá 'por meio d e bosta de b o i , e s e m e á s > expondo-as por lon-go tempo na relva. Examinei', se o acídó5

trra-riatíeo oxigeneado poderia sup^rir á'estes m e i o s ; mas observei , q u e a s cores , que deviâõ con-> servar-se , alteravaõ-se demasiadamente. ' Mr.1

H e n r i , sabió chymâco de M a n c h e s t e r , experi-m e n t o u , que os carbonates de potassa, ou d é soda ,-t impediaõ este m á o ieffeito *~do liqüido * é desde entaõ se servio delles com bom suecesso. Ignoro as cireumstancias particulares do proces-so por elle seguido.. No mesmo tempo com poui ca differença éscreveo-rae Mr.>Deeroisille; par-ticipando-me ; de que (tinha feít©; a mesma^ob-servaçaõ , e eu a verifiquei.pouco t e m p o depois , servindome do: processo , que descrevi por o c -casiaõ da lixivia de Javelle , diluindo em muita água o liquido .obtido» por esse meio. :Mr; Obera-hampf', á . q u e m camnauniquei.este processo -'<_ que' se naõ .esqqesEèi. dei cousaTialgun.a:, iquO'pós*

sa; contribuir para a perfeição ^de; sua bella iífô.

nufactura de Jouy { deo logo principio á e n -sayos , que agora c o n t i n u a r e m companhia d ê M r . Hoyer , e que^prómettera.í h u m êxito feliz para as c o r e s , em q u e naô .entra o ifèrrq:j9 pób*-q u e >estas se enfrapób*-quecem ;.1 as cores vormeihaá pelo contrario ficaõ mais vivas , dó que pelo processo o r d i n á r i o : mas corno, o c o n h e c i m e n t o , qiie tenho desta a r t e , naô he ainda assás per-feito, por isso o naô refiro Jfnmd^raente ( i ^ ) .

N a s

(i) Segundo o que acaba* de noticiar-me Mr. Tagkos", célebre manufactureiro; de Man&hester j aonde se daò Co-meço á estes novos estabelecimentos ,•• parece, queWnèth

(38)

@ 3o m

Nas tentativas d e Jouy os gastosVforaô

mui-to mais consideráveis , que os do processo ordi-»

nario em razaô do preço do s a l ; e h e h u m novo prejuizo para as x i t a s , e outras fazendas análogas , estabelecidas em paizes , e m que ha o imposto

d o s a l . ,-j; .. v, • i •'.

Será provavelmente mais importante ao pro-cesso das x i t a s , que ao b r a n q u e a m e n t o , o po-der determinar a força comparativa dos líqui-dos ; mas a dissolução do anil n a õ pôde. servir para istp ; porque naô se descora perfeitament e , quandofha misperfeitamentura de alkali , segundo, a o b -servação , que me communicou Mr. W a t t ; pelo contrario a dissolução da cochonilha p r e e n c h e completamente este objecto. **'•

Mrs. Henri e Decroisille observarão tam-» b e m , que se podia empregar com, proveito O li* quido composto muriatico o x i g e n e a d o , e alkali para avivar a cor do algodão, t i n t o d e vermelho

de Andrinopoli. .> Fiz v e r , que se podia branquear por meio

do .ácido, muriatico oxigeneado a cera vegetal verde ; de n e n h u m modo lhe pude dar huma cor branca; igual, á que toma a cera o r d i n á r i a ; verdade h(f, que conservava somente h u n s fra-cos visos de amarello , e se assemelhava, muito á cera ordinária nas outras propriedades. E u t i -n h a experime-ntado , que a cera amarella podia brãnquear-se por este m e i o ; mas era-me preciso tornar á fundir esta c e r a , e repetir por muitas vezes a o p e r a ç ã o , para b e m a branquear , e eu

t i

-sempre ha precisão de a juntar «lkahi ao ácido muriatico oxigeneado; e true as cores, em qae entra o ferro, nem sempre se tornaô menos vivas. Estes effeitos variados po*-dem provavelmente dos diversos processos, usados pata estampar os tecidos.

(39)

$ Si . $

tinha julgado , que pára substituir este processo ao de que se faz u s o , era augmentar muito mais âs despezas. Mr. oiCavalleiro Landriani iflè- és» creveoo, que jMa».i o Baraô de> fidfn desCubfiràí,

q u e a cera amarella se branqüêava mui bem , quando 'èrifttxposta ao vapor do ácido muriatico oxigeneado , e q u e pertendia fazer hum estabeleci-m e n t o deste b r a n q u e a estabeleci-m e n t o . O vapor aqui naô offerece os principaes inconvenientes , de que fallei, por occasiaõ dos tecidos , e naõ m e ad-mirarei , que se possa usar deste processo com vantagem.

Vimos no primeiro volume dos annaes d e Chymica , que Mr. Chaptal fez huma feliz a p -plicaçáõ do ácido muriatico oxigeneado p a r a re-estabelecer asv estampas velhas , e os livros já

algum tanto deteriorados.

E u annunciei nas minhas primeiras M e m ó rias , que se podia usar deste liquido para e x p e -rimentar a solidez das cores , e para descubrir em pqucos instantes , que estrago o decurso do tempo lhes podia causar. Grande n u m e r o de e x -periências m e convencerão desta p r o p r i e d a d e , e até o presente achei apenas hum numero m u i diminuto de e x c e p ç õ e s ; creio m e s m o , que naõ c o m m e t t e r e m o s huui erro , quando deitarmos no mesmo liquido , para servir de objecto d e comparação, huma amostra da mesma c o r , d e cuja bondade estivermos seguros..

Mr. o Baraõ de Dietrich me avisou, que Mr. Hausman de Colmar e x p e r i m e n t o u , que se p o -dia destruir qualquer cor de hum^panno de laã por meio do ácido muriatico pxigeneado , pas-i sando-o depois por h u m a leve dissolução de áci-do sulfurico , com o fim de dissolver as partes ínetallicas, que se achaõ em muitas tintas. To-davia devemos a d v e r t i r , ( a h e h u m a proprieda-d e ,

(40)

6 3a 0

d e , da qual podemos também tirar lucro), que o ácido muriatico oxigeneado cora em amarei!o as substancias animaes , como se pôde ver no decurso de minhas experiências sobre o ácido sulfuroso , inseridas neste volume. Por isso in?; clino-me á c r e r , que o processo de Mr. Haus-man he applícavel, principalmente ás substan-. ciais vegetaes.

(41)

é

33 #

U — — w-~ —i :^$':

• " 3 . .

P P L I CAj O

jDo apparelho destinado para preparar o ácido

muriatico oxigeneado.

F Í / G U R A I .

pastai, do apparelho em sua elevação , jté promi pto para o uso.

P-CÍSTE apparelho mostra h u m forno ordinário

de reverberio A B CD , o qual tem em B m u i -tas aberturas f na s u a c i r c u m f e r e n c i a , para ser-virem de c h a m i n é , pbz-se h o interior , em ba-n h o de aréa B hum matraz C, cujo ga,rgalo sa-: h e para fora dõ forno por entre a abertura D, que se tapa de todo com greda. O orifício F do gargalo d e j m a t r a z h e tapado pôr huma rolha d e c o r t i ç a . G , pelo meio da qual passa h u m t u b o / / , que communica o interior do matraz ,B com o yaso intermédio K , onde igualmente atravessa h u m a rolha d e c o r t i ç a / , que. tapa hum d o s t r e s gargallos deste vaso. As rolhas de eortiça ,G, J, d e v e m estar preparadas d'antemão , e bem a p

plicadas á cada h u m a das extremidades do t u -b o de communicaçaõ / f / q u e se dispõem de mo-do , que possaõ introduzir-se , apenas se faz a ^mistura no matraz.

O vaso intermédio. K leva de água quasi a oitava p a r t e de sua capacidade interior , onde

(42)

# 34 ©

«e introduz h u m tubo de segurança _ , , para im4 pedir a absorpçaõ. Este tubo deve s e r

bastante-mente, alto ', a fim d e que o peso d'agua , q u e

abi entrar em virtude da pressão do g a z , seja t a n t o , que o possa fazer passar para o tonei pneu-matico NOP pelo tubo de c o m m u n i c a c a õ M\ que está mergulhado até o fundo do t o n e i , a o n -de -de novo se curva h o r i s o n t a l m e n t e , para q u e a sahida do gaz se faça debaixo da primeira das três celhas, ou pequenas cubas de páo , ou d e grés ( s e as h o u v e r ) , que estaó postas no i n t e -rior do t o n e i , huma por cima da outra.

O h e huma manivella , ou manublio , q u e

servo de fazer girar hum agitador E, cujo m o -vimento facilita a combinação do gaz com a a-gua. P h e h u m canudo para tirar fora o liquido.

F I G U R A I I .

Vista da parte superior do tonei pneumatico. QRS T saõ q u a t r o aduellas mais grossas,.

que as o u t r a s , e que se extendem i n t e r i o r m e n -te , onde saõ e n t a l h a d a s , em m a n e i r a , que re-í cebaõ as extremidades das duas barras de páo

W , que firmaõ , ou seguraô o fundo de cada

celha , ou p e q u e n a cuba X»

(43)

35 $

F I G U R A -Ili

Vista do perfil do tonei pneurhatico Ho meio de sua elèi>acaÕ.

Cada cuba X h e construída f dè h u m modo

r

próprio á conter o g a z , ao passo que sahe em/

Y do tubo de communicáçaõ M; elle fôrma

pri-m e i r a pri-m e n t e hupri-ma capri-mada debaixo da pripri-meira cuba , que se augmenta cada vez mais até p a s -sar 'pelo funil ,Z para a segunda cütía', e depois para a terceira. A 'abertura', que dá'passagem ao agitador E no meio de cada cuba X, tem a fôr-m a do funil , que ifôr-mpede a sahida do gaz pelo agitador fora , o qual he formado de três c a i m -bas p , seguras cada huma por huma cunha q 'r rs representa huma destas eaimbas no sentido

horisontal. / O tubo rêcurvado tv serve dê extrahir o ar atmospherico , contido debaixo de cada c u b a , depois que se e n c h e o d'agua o tonei pneumati-eo. Para fazer uso désíe t u b o , . introdüz-se a parte recurvada debaixo de cada cuba , como se vê em 6; depois sopra-se pela extremidade v,

para fazer sahir a agüa de dentro do tubo t w, entaõ o ar , com tudo debaixo da cuba , sahe

com facilidade.

(44)

Fl-© 3 6 ~k

F I G U R A PT.

Apparelho para. a distillaçaõ do ácido muriati-y

ço ordinário.

A h e h u m a retorta posta sobre h u m forno

de r e v e r b e r i o ; o orifício do bico desta r e t o r t a h e tapada por huma rolha d e cortiça B com dous b u r a c o s , por hum dos quaes passa o t u b o

D recurvado em E. ; e terminado na parte

su-perior por hum funil F, por meio do qual s e deita o ácido, na retorta. O outro buraco da r o -lha B recebe a extremidade de h u m tubo G, q u e communica a retorta com o vaso H de três gargalos , o qual c o n t é m d e água quasi a oitava parte de sua capacidade i n t e r i o r , na qual se mergulha h u m tubo de segurança K. para i m p e -dir a absorpçaõ : este vaso H c o m m u n i c a c o m h u m segundo vaso P por meio do tubo i\T; este segundo vaso t e m a a m e t a d e d e água , e com-: munica com h u m terceiro v a s o , o n d e está o tu-; bo de segurança , e este terceiro c o m hum quar-to.

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