UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARA CENTRO DE CIÊNCIAS AGRARIAS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PESCA
ESTUDO DA DIVERSIDADE DAB ESPÉCIES CAPTURADAS FOR CURRAIS DE PESCA NA PRAIA DE ALNOFALA-CE,
DURANTE OS ANDS DE 1990, 1991 E 1992.
João Felipe Nogueira Matias
Dissertação apresentada ao Departamento de Engenharia de Pesca da Universidade Federal do Ceará como parte das exigências para a obtenção do titulo de Engenheiro de Pesca.
FORTALEZA - CE JULHO/1994
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação Universidade Federal do Ceará
Biblioteca Universitária
Gerada automaticamente pelo módulo Catalog, mediante os dados fornecidos pelo(a) autor(a) M38e Matias, João Felipe Nogueira.
Estudo de diversidades das espécies capturadas por currais de pesca na praia de Almofala - Ce, durante os anos de 1990, 1991 e 1992 / João Felipe Nogueira Matias. – 1994.
36 f. : il.
Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) – Universidade Federal do Ceará, Centro de Ciências Agrárias, Curso de Engenharia de Pesca, Fortaleza, 1994.
Orientação: Prof. Dr. Carlos Artur Sobreira Rocha. 1. Pescados. I. Título.
ORIENTADOR :
Prof. Dr. Carlos Artur Sobreira Rocha, Ph.d
COMISSÃO EXAMINADORA :
Prof. Dr. Carlos Artur Sobreira Rocha, Ph.d
Prof. Adjunto ( Presidente )
Prof. Dr. Antônio Adauto Fonteles Filho, Ph.d
Prof. Titular
Prof. Dr. Cassiano Monteiro Neto, Ph.d
Prof. Adjunto
VISTO :
Prof. Luis Pessoa AragAo, M. Sc.
Prof. Adjunto ( Chefe de Departamento )
Prof. Moisés Almeida de Oliveira, M. Sc.
flan=
1. INTRODUÇÃO 1
2. MATERIAL E MÉTODOS .3
2.1 DESCRIÇÃO DOS CURRAIS DE PESCA 3
2.2 OPERAÇÃO DE DESPESCA 4 2.3 DADOS UTILIZADOS 5 2.4 ÍNDICES DE DIVERSIDADE 5 3. RESULTADOS E DISCUSSÕES a 4. CONCLUSÕES 11 5. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 13 6. ANEXO 16
ESTUDO DA DIVERSIDADE DAS ESPÉCIES CAPTURADAS EM
CURRAIS DE PESCA NA PRAIA DE ALMOFALA-CE, DURANTE
OS ANOS DE 1990,1991 E 1992.
J0110
FELIPE NOGUEIRA MATIAS1. INTRODUÇÃO
O Estado do Ceará possui aproximadamente 600 Km de extensão costeira, ficando situado no Nordeste do Brasil, tendo na pesca, uma grande fonte geradora de renda e emprego. A pesca artesanal marítima tem uma grande importância na produção pesqueira do estado do Ceará, respondendo por cerca de 60 % da produção estadual em 1992 (ESTA1PESCA-IBAMA, 1993), a14m de servir de subsisténcia para populage5es de baixa renda. Dentre os municípios costeiros de grande produção pesqueira merecem destaque : Camocim, Acarad e Itarema, devido A significativa produção dos currais de pesca ali existentes.
A praia de Almofala, onde ficam localizados os currais de pesca analisados nesse trabalho, está situada no município de Itarema, 40° 09' longitude Oeste , 20° 50' latitude Sul (Figura 1), distante aproximadamente 230 Km de Fortaleza - Ceará. Tem cerca de 40 Km de extensão costeira, possuindo trds comunidades pesqueiras : Porto do Barco, Tornes e Guajirú. Segundo o IBGE(1980) a população da praia de Almofala é de aproximadamente 5000 habitantes, quase todos descendentes dos índios Tremembés, grandes nadadores e pescadores, HARROS0(1962), e que,
2
nadadores e pescadores, RARROS0(1962), e que,
economicamente dependem basicamente da pesca e da cultura de cbco.
Os currais de pesca, COMO citam OSóRIO(1985) e TARIM(1990), são aparelhos de pesca fixos não seletivos quanto ao tamanho das espécies a serem capturadas, construidos com mourões, varas e esteiras de arame. Ficam dispostos em fila indiana em relação ao mar, sendo bastante encontrados em Almofala devido A plataforma continental da
area ser bastante larga e com pequena declividade,
condições ideais para a construção dessas armadilhas SERAINE(1958). 0 fato dos currais serem não seletivos quanto ao tamanho dos indivíduos a serem capturados é que os tornam apropriados para o estudo da diversidade de espécies ROCRA(1980), pois torna a composição das espécies capturadas representativa da comunidade em estudo.
PIELOU(1977), usa a palavra comunidade COMO todos os
organismos numa Area escolhida que pertencem ao grupo
taxonómico que os ecologistas estão estudando. Sendo assim,os organismos despescados nos currais de pesca na praia de Almofala-Ce, durante os anos de 1990,1991 e 1992, formam a comunidade em estudo nesse trabalho.
A maioria das comunidades ecológicas contém muitas espécies de organismos e as espécies podem variar enormemente em suas abundâncias, desde muito comuns até muito raras. A diversidade sugere algo mais que o número de espécies presente na amostra. Uma comunidade na qual todos os indivíduos pertencem a uma mesma espécie não tem diversidade; já uma comunidade em que cada indivíduo pertence a uma espécie diferente tem diversidade máxima
PIELOU(1966 a). Já POOLE(1974), diz que UMA comunidade com
todas as espécies de igual densidade populacional é mais diversa que outra comunidade com o mesmo número de
3 quando se estuda uma comunidade temos que identificar os dois elementos, que segundo LUDWIG e REYNOLDS(1988), são a base da diversidade: 0 número de espécies existentes (riqueza), e a relação entre as abundâncias de cada espécie(eqUitabilidade).
Este trabalho discorre sobre a determinação da estrutura da comunidade de peixes capturados em currais de pesca na praia de Almofala-CE, durante os anos de 1990, 1991 e 1992, destacando-se a diversidade, riqueza e abundância das espécies e levando-se em consideração alguns fatores citados por XIMENES(1980), tais como:
- Profundidade de despesca - Época do ano
- CPUE(Dada em número de indivíduos por dia de despesca)
- CPUE(Dada em Kg por dia de despesca)
- Fatores climAticos(chuvas, secas, aportes dos rios, ventos, etc).
2.MATERIAL E MÉTODOS
2.1
Dzsougio
DOS CURRAIS DE PESCA
São armadilhas fixas, que ficam dispostas em fila indiana em direção ao mar(figura 2), com a distância entre cada curral de aproximadamente 150 m(Figura 3). Segundo TAHIM(1990), dependendo do tipo de curral, são construidos de mourões,varas e esteiras de arame, alguns sendo implantados a uma distância de até 7 milhas da costa. Compõem-se de :
espia,
uma estrutura em linha reta obliqua4
A costa e paralela ao movimento da mare. Quando a mare está
cheia, os peixes são direcionados pela espia ate a Baia
grande, uma estrutura em forma de coração, que tem esse
formato para evitar que os peixes consigam nadar para fora
do curral. Salinha, que é uma versão menor da sala grande,.
0 último compartimento é chamado de chiqueiro, tendo um
formato redondo e 6 a parte mais importante do curral, visto que é nele que vai ser realizada a despesca. 0 tamanho da malha vai diminuindo da sala grande (14 cm de diametro) para o chiqueiro(5 cm), permitindo que os peixes fiquem presos somente no chiqueiro e salinha(7 cm).
2.2 OPERAÇÃO DE DESPESCA
A despesca dos currais é feita durante a mare baixa
(vazante) e segundo TAHIN(1990), os pescadores utilizam uma pequena embarcação A vela ou remo variando de 6 a 11 m de comprimento e uma rede feita de uma fibra de material vegetal conhecida por tucum (Bactris setosa), medindo cerca de 6m de comprimento, por 3,5m de altura e variando o tamanho da malha de 2 a 4 cm. Cerca de 10 pescadores participam desta operação. Ao chegar nos currais, a embarcação 6 dirigida pela espia ate a sala grande, ultrapassando-a ate atingir a salinha, e dai , A entrada do chiqueiro,onde a embarcação é colocada de maneira a obstruir a saida do mesmo. A partir deste momento, os pescadores fixam uma das partes da rede e a nado livre vão circundando todo o chiqueiro, ate encontrar a outra extremidade da rede, quando a mesma é levantada e puxada para dentro da embarcação.
2.3 DADOS UTILIZADOS
Para a execução desse estudo, os dados sobre a produção dos currais foram anotados diariamente, durante os três anos estudados. Contamos com a ajuda de um amostrador, o qual dispunha de fichas, nas quais eram anotadas, para cada curral, as espécies capturadas, a produção em número de individuos e peso e a data da despesca. As espécies de maior tamanho eram pesadas em balanças ao serem descarregadas do barco, enquanto para as menores eram feitas estimativas de peso pelos próprios pescadores. 0 acompanhamento da produção era feito sempre por ocasião do desembarque na praia.
De posse dos dados da produção, os mesmos foram encaminhados para o LABOMAR (Laboratório de Ciências do Mar) da Universidade Federal do Ceará, onde foram processados utilizando-se a planilha eletrônica Quattro-
Pro. Obtivemos, assim, o número de dias de despesca; a
produção(dada em número de individuos e em Kg); a CPUE(captura por unidade de esforço), dada em número de individuos/dia de despesca e em Kg/por dia de despesca, o número de espécies por curral, bem como calculamos os
indices de diversidade, riqueza e eqUitabilidade para cada
curral, por mês e ano. A tabela 1 nos mostra as espécies capturadas, ordenadas por familia, com seus respectivos nomes vulgares e cientificos. Para efeito de simplicidade,
adotamos um código numérico para cada espécie, que sera
utilizado neste trabalho.
2.4 ÍNDICES DE DIVERSIDADE
Atualmente na literatura cientifica existem diversos
6 compõem (Riqueza e EqUitabilidade). Neste trabalho foram utilizados os indices de "SHANNON-WIENER" ( 1949 )- H', Pois é o que melhor representa a diversidade de grandes comunidades, como é o caso do presente estudo; o índice de Riqueza de das espécies de MARGALEF - D, que diz respeito ao número de espécies existentes em uma amostra e o índice de EqUitabilidade de PIELOU (1975,1977) - J', que nos indica a distribuição da abundância entre as espécies. Esses indices foram calculados para cada curral, a fim de se verificar a influência da profundidade (variação espacial).Foram também estimados os indices anuais para se verificar a variação temporal na estrutura da comunidade. As expressões matemáticas desses indices são apresentadas a seguir:
1. DIVERSIDADE DE SHANNON-WIENER :
H' = - E pi in (pi)2
ONDE :
pi = Proporção da iésima espécie:
..7_) pi = ni/N (i = 1, 2, 3, ..., S) S = Número de espécies
ni = Número dos indivíduos de uma determinada espécie contida na amostra(curral)
N = Número total de indivíduos em uma determinada amostra (curral).
7 2. EQUITABILIDADE :
J' = W/ln(S)
ONDE :
H' = Diversidade de Shannon-Wiener.
in(S) = Logaritimo neperiano do número de espécies.
3.RIQUEZA DE ESPÉCIES :
D = ( S-1 )/1n( N )
ONDE :
S = Número de espécies.
N = Número total de individuos em uma determinada amostra (curral).
Os indices de diversidade para cada curral foram comparados através do teste t , proposto por BOWMAN et al. (1969), para se determinar se houve diferença estatística entre os indices dos currais que apresentaram maior e menor diversidade em cada ano (análise espacial). Testou-se também os indices anuais de maior e menor diversidade.
S 0 teste t é dado pelas seguintes estatísticas :
TESTE t = H'num -
[VAR (Hrmax) + VAR (E'') ]'12
com os respectivos graus de liberdade:
GRAUS DE LIBERDADE = [VAR H'num+VAR
VAR (Hrmax) 2 + VAR (H'tftim) 2
Minim onde:
VARIÂNCIA (H') = 1 IN [Ei(lnPi)2]- (H') 2
foram sugeridas as seguintes hipóteses: Ho: Hi m =
Ha : H' H r min
3 .REStTLTADOS E DISCUSSÕES
Um total de 63 espécies de 32 famílias foram capturadas pelos currais de pesca, durante os anos de 1990, 1991, e 1992. Registrou-se um total de 10.617.679 individuos, cujo peso alcançou 470.945 Kg. Na tabela 1 encontram-se as espécies ordenadas por família, nomes cientifico e vulgar, bem como por seus respectivos códigos numéricos. Estas espécies foram classificadas por família, a partir dos trabalhos de LIMA(1969), LIMA E OLIVEIRA(1978), NOMURA(1984) E SUZUKI(1986).
9 As duas espécies mais abundantes em número de individuos capturados representaram cerca de 90% do total de individuos capturados e foram ppistonema oglinum - SARDINHA(80%)e Choloscombrus chrysurus - RALOMBETA(10%).Em relação A produção em Kg, qpistonema oglinum - SARDINHA, Choloscombrus chrysurus - PALOMETA , Tarpon atlanticus -
CAMURUPIM, Trichlurys lepturus - ESPADA, Scomberomorus
brasiliensis - SERRA, Caranx hippos - XARÉU, Cara= latus - GARAXIMBORA, corresponderam a cerca de 80 % do peso total em Kg. Esses dados confirmam as observaçõe de alguns trabalhos anteriores: PAIVA E NOMURA(1965), RAIVA E FONTELES FILHO(1968) E COLLYER E AGUIAR(1972), os quais identificaram também as mesmas espécies em destaque. A serra e o camurupim destacam-se, também pelo alto valor comercial que atingem.
Na tabela 2 encontra-se a produção anual de cada espécie em número de individuos e quilogramas, que tenham tido uma participação igual ou superior a 2 % do total capturado em Kg, assim como sua respectiva participação relativa.
Observou-se para os três anos em estudo que a produção em número de individuos e em Kg sempre foi maior nos currais de maior profundidade, como mostram as tabelas 3 e 4. Observou-se também que em 1991 ocorreu a maior produção em número de individuos e em peso (Kg), enquanto que em
1990 ocorreu a menor produção. O period() anual de maior
produção concentrou-se nos meses de março a julho em todos os currais, enquanto de setembro a dezembro foi muito baixa, chegando até a desativação dos currais, fatos estes que XIMENES(1980) também observou relacionando-os a fatores
ambientais diversos, COMO ventos e marés fortes.
O número de espécies capturadas entre os currais variou, de 38 a 57 espécies por curral. Apesar de trair-mn
10 de um grande número de espécies(alta riqueza) a tabela 5 mostra que há uma estabilização no número de espécies, ou seja, os currais tiveram, de ilma forma geral, pouca variação entre o número de espécies capturadas, corroborando com os resultados obtidos por JACINTO(1982).
Os valores para a CPUE (Captura por unidade de
esforço) foram obtidos em números de individuos e em Kg por dia de despesca. Esses valores, apresentados nas tabelas 6 e 7, mostraram que os currais de pesca de maior
profundidade apresentaram, em geral, uma CPUE bem mais
elevada que os currais de pesca mais próximos a costa (mais
rasos). Através dos resultados da CPUE, novamente
observa-se que o ano de 1991 apreobserva-sentou a produção mais elevada durante os três anos em estudo, enquanto 1990 apresentou a produção mais baixa.
A tabela 2 mostra que os valores dos indices de
diversidade utilizados nesse trabalho, ou sejam :
- ÍNDICE DE RIQUEZA DE MARGALEF (D), indicou pouca variação entre o número de espécies capturadas em cada curral(Figura 11), o que se confirma ao observarmos a tabela 5, que nos mostra o número de espécies por curral de pesca.
- ÍNDICE DE EWITABILIDADE DE PIELOU (J'), mostra que os currais mais profundos tendem a apresentar uma menor distribuição das abundâncias entre as espécies(Figura 10), ou seja, poucas espécies se fizeram representar com muitos indivíduos (Sardinha e Palombeta com 90 % do total de indivíduos) e muitas espécies se fizeram representar por poucos indivíduos (outras espécies com 10 % do total de individuos).
- ÍNDICE DE SHANNON (H') - Figura 9, indica que a diversidade tende a diminuir com a profundidade. Segundo
11 PIELOU(1974),uma comunidade com todas as espécies de igual densidade populacional é mais diversa que outra comunidade com o mesmo número de espécies, mas com algumas espécies comuns e outras raras. Os currais de maior profundidade tendem a ter um maior número de espécies e lima menor distribuição de abundância entre essas espécies, portanto tendem a ter uma menor diversidade do que os currais mais rasos, que possuem uma melhor distribuição de abundância entre as espécies. Esses resultados de análise da diversidade coincidem com o trabalho de PtRES(1981).
Foi observado também, que houve diferença estatistica entre os currais e anos de maior e menor diversidade, confirmando a influência da profundidade (análise espacial) e da época(andlise temporal) na diversidade das espécies.
4. CONCLUSÕES
1. Sessenta e três espécies de peixes de 32 familias
diferentes foram encontradas durante o period° estudado.
2. A sardinha (qpistonema oglinum ) e a palombeta (Chloroscambrus chrysurus) responderam por cerca de 90 % do total de individuos capturados.
3. A família que apresentou maior número de representantes foi a CARANGIDAE, com 12 espécies, seguida da SCIANIDAE, com 7 espécies. e LUTJANIDAE, com 5 espécies.
4. A captura em número de individuos e peso (Kg) foi
maior nos currais situados nas maiores profundidades.
5. A CPUE, dada em número de individuos e em Kg por
dia de despesca foi maior nos currais situados nas maiores profundidades.
12
6. 0 número de espécies capturadas durante os três
anos estudados apresentou pouca variagão(minimo de 57 e máximo de 61 espécies) , significando que a captura dos currais de pesca é representativa da comunidade de peixes
daquela Area.
7. Os currais situados mais distantes da costa apresentaram um menor índice de diversidade, o que sugere que as altas profundidades implicam em baixa diversidade e vice-versa. Este fato é corroborado pelo índice de eqUitabilidade de PIELOU(Jr), uma vez que este índice apresentou tendência decrescente A medida que a população aumenta.
8. De acordo com os indices de eqUitabilidade houve
uma tendência dos currais que mais produziram, terem uma menor distribuição de abundância entre as espécies.
9. Através do teste t, observou-se que ha uma
diferença estatística entre os indices de diversidade
calculados para os currais de maior e menor diversidade em cada ano. Para o ano de 1990 o curral 11 apresentou a maior diversidade, enquanto o curral 16 apresentou a menor. Em 1991, a maior diversidade pertenceu ao curral 11 , enquanto
o curral 18 apresentou a menor. JA para 1992, o curral 16
teve a maior diversidade e o curral 18 a menor.
10. Através do teste t, observou-se que ha uma
diferença estatística entre os indices de diversidade
:alculados para os anos de maior e menor diversidade, sendo que 1990 apresentou a menor diversidade e 1991 apresentou a
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
De acordo com a NBR-6023, da ABNT.
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IGURA 3: Esquema dos co imentos de um curral de pesca
SALINHA MOURA-0 ESTEIRA DE ARAME VARA ESTEIRA DE VARAS ESPIA CINTA DE VARA
TABELA 1- CLASSIFICAÇÃO DAB ESPÉCIES ,CAPTURADAS POR CURRAIS DE PESCA NA PRAIA DE ALMOFALA-CE, DURANTE OS ANOS DE 1990,1991 E 1992, COM OS RESPECTIVOS NOMEROS
DE IDENTIFICAÇÃO.
NOME DA FAMILIA NOME CIENTIFICO NUMERO DE
IDENTIFICAÇÃO NOME COMUM EXOCOETIDAE Hemiramphus brasiliensis 1 AGULHA
BELONIDAE nlosurus martnus 2 AGULHAO BELONIDAE Strongilura timucu 3 AGULHAO ROLICO
LUTJANIDAE LuYanus synagris , 4 ARIACO
RA.TIDAE Raja castelnavi 5 ARRAIA PINTADA
DASYATIDAE Dasycats guttata 6 ARRAIA COURO DE
LIXA
AMMAR Bagre marinus 7 BAGRE
ARIMAE Netuma barba 8 BAGRE B
SPHYRNIDAE Sphirna zigaena 9 BAGRE CAMBEBA
ARIIDAE Bagre bagre 10 BAGRE COSTEIRO
RACHYCENTRIDAE Rachiocentrus canadus 11 BEIJUPIRA
SPHYRAEN1DAE Sphyraena picudilla 12 BICUDA
THUNNIDAE Euthinnus alleteratus 13 BONITO
CARCHARHINIDAE Galeocerdo cuvieri 14 CAÇÃO JAGUARA
GYNGLYMOSTOMATIDAE Ginglimostoma cirraturn 15 CAÇÃO LIXA.
CARCHARHINIDAE Carcharhtnus limbatus 16 CAÇÃO SICURI
CENTROPOMIDAE Centropomus ensiferus 17 CAMURIM
MEGALOPIDAE Tarpon atlanticus 18 CAMURUPIM
BALISTIDAE Balistes carolinensis 19 CANGULO
LUTJANIDAE LuVanus grtseus 20 CARANHA
GERREIDAE Diapterus rhombeus 21 CARAPEBA
LUTJANIDAE Rhomboplites auroru bens 22 CARAPITANGA
SCOMBRIDAE Scomberomorus cavalla 23 CAVALA
CARANGIDAE Caranx chrysos 24 CHARELETE
SCIANIDAE Micropogonias uncluiatus 25 CURURUCA
POMADASYIDAE Geniatremus luteus 26 CORO BRANCO
LUTJANIDAE Lutjanus vivanus 27 DENTÃO
POMATOMIDAE Pomatomus saltator 28 ENXOVA
T1UCHIURIDAE Trichittrus lepturus 29 ESPADA
ZEIDAE Zenopsis conchifer 30 GALO
CARANGIDAE Alectis ciliaris 31 GALO DO ALTO
CARANGIDAE Trachtnotus falcatus 32 GARABEBEL
CARANGIDAE Selar crumenophthalmus 33 GARAJUBA
CARANGIDAE Caranx latus 34 GARAXIMBORA
SERRANIDAE Epinephelus itaiara 35 MERO
CARANGIDAE Decapterus macarellus 36 OLHAO
CARANGIDAE Seriola lalandi 37 OLHO DE BOI
CARANGIDAE Chloroscombrus chrysurus
CONTINUAÇÃO DA TABELA 1.
NOME DA FAMILIA NOME CIENTIFICO NUMERO DE I NOME COMUM I , IDENTIFICAÇÃO AMBLYRHYNCHUS Hemicaranx amblyrhynchus 39 PALOMBETA DO ALTO CARANGIDAE Trachinotus carolinus 40 PAMPO CHAETODONTIDAE Chaetodon striatus 41 PARUM
EPHIPPIDAE Chaetodtpterus faber 42 PARUM B
SCIANIDAE Lonchiurus lanceolatus 43 PESCADA
SCIANIDAE Cvnoscton letarchus 44 PESCADA B
SCIANIDAE Cynoscion microlepiclotus 45 PESCADA DENTAO
SCIANIDAE Clnoseton vtrestens 46 PESCADA CRUVINA
SCLANIDAE Cinoscion acoupa 47 PESCADA
CASCUDA POMADMAYEDAE .,41.1ilianSMOY virginteus , 48 SALEMA
SERRANIDAE Epine_phelus adscensionis , 49 SALEMA P
CLUPEIDAE Optstonema oglinum 50 SARDINHA
CLUPEIDAE Sardinella brasidensis 51 SARDINHA V
P01,21ADASYMAE Anysotremos surinamensis 52 SARGO SCOMBR1DAE Scomberomorus tirasiliensis 53 SERRA
LUTJANIDAE Lia/anus analis 54 SIOIBA
BOTHIDAE Bothus ocellatus 55 SOLHA
BOTHIDAE Paraitchthys braziliensts 56 SOLHA COMPRIDA
MUOILIDAE Mugil liza 57 TAINHA
CARANGIDAE Parona signata 58 TIBIRO
CARANGIDAE Oligoplites saliens 59 TIBIRO V
ELOPIDAE Mops S'clUITS 60 UBARANA
ALBULIDAE Aibula vuipes 61 UBARANA BOCA
DE RATO LOBOTTDAE Lobotes YurItiamensly 62 XANCARRONA
TABELA 2- PRODUÇÂO ANUAL EM NUMERO DE NDIVhDIJOS E PESO EM
Kg DE CADA ESPEClE COM PARTICIPAÇÃO IGUAL OU SUPERIOR A 2% DO TOTAL CAPTURADO EM Kg BEM COMO SUAS PARTICIPAÇÕES RELATIVAS.
ANO: 1990
ESPÉCIE 41 N. DE IND. (%) INDS PESO(KG) (%) KG P
MED(g) 38 r 388.088 25,.6 15.065 11,3 38,8 50 930.584 61,3 47.252 35,5 50,8 51 72.960 4,8 2.909 2,18 39,8 18 183 0,012 4.652 3,5 25.420,7 29 30.192 1,99 6.542 4,92 216,6 53 29.639 1.95 16.968 12,7 572,5 63 5.126 0,33 9.337 7,02 182,.59 34 1.241 0,08 4.131 3,10 3.328,7 33 7.097 0,46 5.023 3,77 707,7 9 3.940 0,25 3,802 2,86 964,9 44 2.386 0,15 2.930 , 2,2 1.227.9 OUTRAS 38.764 2,55 9.979 7,5 257,4 TOTAL 1.517.975 100 132.891 100 87.5 ANO;1991 38 379.031 5,4 17.672 8,85 46,6 50 6.521.878 93,08 108.904 54,5 ' 16,7 18 309 0,004 14.329 7,17 46.372,2 29 40.650 0,58 9,049 4,53 222,6 53 14.836 0,21 8.364 4,18 563,8 63 8.571 0,12 13.123 6,57 1.531,09 34 1.574 0,02 5.087 2,54 3.231,9 13 7.946 0,13 6.380 3,19 802,95 OUTRAS 22.066 0,3 14.512 7,26 657,6 TOTAL 7.006.587 100 199.639 100 28,5 ANO: 1992 38 732.593 35,00 26,963 19,5 36,7 50 1.266.339 60,5 61.698 44,5 48,7 18 125 0,005 3.128 2,25 25.024 29 19.389 0,92 3.852 2,78 198,7 53 r 11.276 0,53 8.562 6,18 759,3 63 5.086 r 0,24 13.055 9,43 2366,8 34 15.198 0,72 5.839 4,21 384,2 OUTRAS 43.117 ' 2,1 9.241 6,67 273,7 TOTAL 2.093.123 100 138,417 100 66,2
TABELA 3.
PRODUÇÃO EM NÚMERO DE INDIVÍDUOS DAS
ESPÉCIES CAPTURADAS POR CURRAIS DE PESCA NA PRAIA DE
AMOFALA-CE DURANTE OS ANOS DE 1990, 1991 E 1992.
1990 1991 1992
CURRAL NUMERO DE
INDrviDuos CURRAL NUMERO DE
INDrviDuos
CURRAL NÚMERO DE INDIVÍDUOS10
99374
10
-
10
-
11
113111
11
266958
11
319160
12
126336
12
154241
12
6070
13
114256
13
284140
13
156947
15
115565
15
24543
15
190243
16
216416
16
664488
16
277228
18
' 436589
18
4752755
18
533008
19
295046
19
699500
19
512843
20
-
20
-
20
82862
FIGURA 4 -
N° DE INDIViDUOS CAPTLTRADOS POR CURRAL DE PESCA NA PRAIA DE ALMOFALA-CE DURANTE OS ANOS DE 1990, 1991 E 1992TABELA 4.
PRODUÇÃO EM Kg DAS ESPÉCIES CAPTURADAS POR
CURRAIS DE PESCA NA PRAIA DE ALMOFALA-CE DURANTE OS
ANOS DE 1990, 1991 E 1992.
1990 1991 1992
CURRAL PESO ( Kg ) CURRAL PESO ( Kg ) CURRAL PESO ( Kg )
10 7781 10 - 10 11 10841 11 19566 11 16244 12 12633 12 15164 12 211 13 12570 13 19541 13 9978 15 14112 15 19742 15 10222 16 17036 16 41844 16 18647 18 32113 18 38899 18 37114 19 26983 19 47299 19 40537 20 - 20 - 20 5571
FIGURA
5- PRODUÇÃO EM Kg POR CURRAL DE PESCA NA PRAIA DE ALMOFALA-CE DURANTE OS ANOS DE 1990,1991 E 1992TABELA 5. NÚMERO DE ESPÉCIES CAPTURADAS POR CURRAIS
DE PESCA NA PRAIA DE ALMOFALA-CE DURANTE OS ANOS DE
1990, 1991 E 1992.
1990
1991
1992
CURRAL NÚMERO
DE
ESPÉCIES
CURRAL NÚMERO
DE
ESPÉCIES
CURRAL NÚMERO
DE
ESPÉCIES
10
44
10
-
10
-
11
49
11
49
11
40
12
51
12
46
12
5
13
45
13
45
13
42
15
45
15
45
15
38
16
45
16
'
57
16
52
18
54
18
56
18
57
19
49
19
48
19
41
20
-
20
-
20
42
FIGURA 6
- NÚMERO DE ESPEClES CAPTURADAS POR CURRAL DE PESCA NA PRAIA DE ALMOFALA-CE DURANTE OS ANOS DE 1990, 1991 E 1992.TABELA 6. CPUE EM NÚMERO DE INDIVÍDUOS POR DIA DE
DESPESCA DAS ESPÉCIES CAPTURADAS POR CURRAIS DE
PESCA NA PRAIA DE ALMOFALA-CE DURANTE OS ANOS DE
1990, 1991 E 1992.
1990
1991
1992
CURRAL CPUE
( ni )
CURRAL
CPUE
(in)
CURRAL
CPUE
(iii)
10
504
10
-
10
-
11
512
11
12191
11
1707
12
658
12
799
12
6070
13
601
13
1347
13
1039
15
572
15
1272
15
189
16
1244
16
2746
16
1346
18
2109
18
23298
18
2776
19
2049
19
50974
19
36890
20
-
20
-
20
1594
FIGURA 7 -
CPUE EM N° DE INDIViDUOS / DIA DE DESPE SCA POR CURRAL DE PESCA DURANTE OS ANOS DE 1990, 1991E 1992.TABELA 7.
CPUE EM Kg POR DIA DE DESPES CA DAS ESPÉCIES
CAPTURADAS POR CURRAIS DE PESCA NA PRAIA DE
ALMOFALA-CE DURANTE OS ANOS DE 1990, 1991 E 1992.
1990
1991
1992
CURRAL CPUE
( Kg )
CURRAL CPUE
( Kg )
CURRAL CPUE
( Kg )
10
39.3
10
-
10
-
11
49
11
89.3
11
86.9
12
' 65.8
12
78.6
12
211
13
66.15
13
92.6
13
661
15
69.9
15
102.3
15
63.9
16
.97.9
16
172.9
16
90.5
18
155.1
18
190.7
18
193.3
19
187.4
19
651.2
19
291.6
20
-
20
-
20
107.1
(CPUE kg)
1990
TOO 600 600 400 300 200 100 0 10 11 12 13 16 16 18 19 20 (CPUE kg) TOO - 600 - 500 - 400 - 300 - 200 -currais
1991
100 - 111111101111.1t1 1 i 0 10 11 12 13 15 16 18 19 20currais
(CPUE kg)1992
700 600 500 400 300 200 100 I111III111IElI1111 I11111 0 10 11 12 13 16 16 18 19 20currais
FIGURA 8-
CPUE EM KG / DIA DE DESPESCA POR CURRAL DE PESCA DURANTE OS ANOS DE 1990,1991 E 1992.TABELA 8.
VALORES DOS ÍNDICES DE DIVERSIDADE DE SHANNON (IT),
ÍNDICES DE RIQUEZA DE ESPÉCIES ( D ) E ÍNDICES DE EQOITABILIDADE
DE PIELOU ( J' ) POR CURRAL DE PESCA.
1990
1991
1992
CURRAL
H'
J'
D
CURRAL
H'
J'
D
CURRAL
10
1.19
0.31
3.73
10
10
11
1.42
0.36
4.12
11
0.90 0.23 3.84
11
12
1.20
0.30
4.25
12
0.66 0.17 3.76
12
13
0.96
0.25
3.77
13
0.54 0.14
3.5
13
15
1.17
0.30
3.77
15
0.55 0.14 3.54
15
16
0.82
0.21
3.58
16
0.77 0.19 4.17
16
18
1.21
0.30
4.08
18
0.11 0.02 3.57
18
19
0.91
0.23
3.81
19
0.44 0.11 3.49
19
20
20
20
(FF) 1990 1,5 - 1,4 1,2 1 0,8 0,6 0,4 0,2 0 1 1 1 1 1 1 1 1 10 11 12 13 15 16 18 19 currais
(Fr)
1991 1,6 1,4 1,2 1 0,8 N.,... 0,6 0,4 0,2 0 milli! 11 12 13 16 16 18 19 currais (if) 1992 1,6 1,4 1,2 1 0,8 0,6 0,4 0,2 0 11 12 13 16 16 18 19 20 curraisFIGURA 9 - INDICE DE DIVERSIDADE DE SHANNON-WIENERM,POR CURRAL DE PESCA NA PRAIA DE ALMOPALA-CE, DURANTE OS ANOS DE 1990, 1991 E 1992.
(Y) 1990 0,4 0,36 0,3 0,26 0,2 0,16 0,1 0,05 0 iiiii t 1 10 11 12 13 16 16 18 19 currais
(r)
1991 0,4 0,35 0,3 0,26 0,2 0,16 0,1 0,06 0 11 12 13 16 16 18 19 (J') currais 1992 0,4 0,36 0,3 0,26 0,2 ...„....--""- 0,16 0,1 0,06 0 milli 11 12 13 16 16 11 19 20 curraisFIGURA 10-
ÍNDICE DE EQÜITABILIDADE DE PIELOU (T) POR CURRAL DE PESCA NA PRAIA DE ALMOFALA - CE DURANTE OS ANOS DE 1990, 1991 E 1992.FIGURA 11 - INDICE DE RIQUEZA DE ESPÉCIES DE MARGALEF (D) POR CURRAL DE PESCA NA PRAIA DE ALMOFALA - CE DURANTE OS ANOS DE