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53 - atividades didaticas

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Academic year: 2021

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II Jornada de Debates sobre Ensino de Ciências e Educação Matemática I Encontro Nacional de Distúrbios de Aprendizagem na Perspectiva Multidisciplinar

“Recursos Didáticos e Tecnologias de Ensino”

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Construção de atividades didáticas para um software educacional:

experiências com ensino de Matemática para o ensino fundamental

1

Teaching activities for educational software: experiences with teaching mathematics for

elementary school ______________________________________________

VANESSA MENESES COSTA2

ROBSON CLEDSON DE JESUS DIAS3

ACÁCIO ALEXANDRE PAGAN4

FÁBIO THEOTO ROCHA5 Resumo

O uso das novas tecnologias (em especial o uso do computador) é de fundamental importância na educação. Fazer uso de recursos como softwares educacionais auxiliam na evolução e melhoria no processo ensino-aprendizagem de matemática. Com o objetivo de avaliar o desempenho escolar dos alunos do ensino fundamental, um software educacional tem sido criado pelos integrantes do projeto “Desempenho escolar inclusivo na perspectiva multidisciplinar”. Esse software conta com um bloco de atividades elaboradas e revisadas pelos professores da educação básica.

Palavras-chave: novas tecnologias; software educacional; ensino-aprendizagem de

matemática. Abstract

The use of new technologies (especially computer use) is of fundamental importance in education. Make use of resources such as educational software assist in the development and improvement in the teaching-learning of mathematics. In order to evaluate the academic performance of elementary students, educational software has been created by members of the project “School performance in exclusive multidisciplinary perspective”. This software has a block of activities prepared and reviewed by teachers of basic education.

Keywords: new technologies; educational software; teaching and learning of mathematics.

1 Apoio: OBEDUC/CAPES/INEP

2 Graduanda em matemática Universidade Federal de Sergipe- vanessamenesescosta@hotmail.com 3 Professor/pesquisador (CAPES)- diasrobson@ymail.com

4 Coordenador geral e do Núcleo UFS (OBEDUC/CAPES/INEP)- apagan.ufs@gmail.com 5 Universidade de são Paulo- fabio@enscer.com.br

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II Jornada de Debates de Ensino de Ciências e Educação Matemática.

INTRODUÇÃO

Cada vez mais as tecnologias têm participado do dia-a-dia das pessoas. Nesse contexto, de acordo com os PCN (1998) embora pareça desafiador, é importante que a Educação acompanhe essa Era inserindo as tecnologias nos seus diversos campos dando-lhe espaço no processo ensino-aprendizagem.

Segundo Monteiro (et al.,2007) as novas tecnologias constituem um material importante no processo ensino-aprendizagem. Esses recursos propõem novas e diferentes formas de fazer as coisas, além de possibilitar uma abertura para o diálogo entre alunos e professores, uma maior interação e consequentemente uma mudança no cenário pedagógico. Dessa forma o ensino torna-se mais eficaz.

Com o Movimento da Matemática Moderna a partir de 1950, o ensino da matemática passa a ser mais abstrato, isto é, o aluno trabalha com símbolos e regras sem perceber o significado dos mesmos, especialmente no que se refere à geometria. Nesse momento é onde entra a importância das tecnologias, especificamente o computador. Segundo Morelatti e Souza (2006) quando a aluno utiliza esse recurso, nota que a partir de uma ideia inicial o computador fornece um resultado que leva o indivíduo à reflexão, e aos questionamentos se o resultado era o que se esperava. Caso não seja, ele autonomamente tenta entender o erro cometido e começa a pensar em possíveis soluções. Dessa forma é possibilitado ao aluno construir o próprio conhecimento. Assim, a utilização das tecnologias leva o aluno à experimentação, descoberta de informações e consequentemente, dá mais autonomia a aprendizagem do aluno. Existem vários softwares que possibilitam o ensino-aprendizagem de matemática. Podemos citar: o Winplot, programa gratuito utilizado para fazer gráficos em 2 e 3 dimensões; SLogoW, ajuda na aquisição do conceito de ângulos (classificações e representações), cálculo de áreas; Cabri-Géométri II, estudo da congruência de ângulos e triângulos; além do Geogebra, que trabalha a álgebra e a geometria e suas relações, simultaneamente. (MORELATTI e SOUZA, 2006).

Compreendendo a importância da tecnologia no ensino, o Projeto “Desempenho escolar inclusivo na perspectiva multidisciplinar” contará com um Software Educacional desenvolvido pelos integrantes do projeto. Esse software será composto de atividades didáticas construídas a partir de conteúdos do ensino fundamental (EF). As atividades criadas em matemática, têm sido baseadas nos livros didáticos aprovados pelo PNLD (Plano Nacional do Livro Didático), na Prova Brasil, além de experiências pessoais.

Para o 5° ano do EF de matemática, as atividades já foram criadas utilizando os descritores da Prova Brasil. Ao passo que essas atividades são criadas, vão sendo cadastradas no portal http://www.enscer.com.br/synapse/index.php e darão subsídio ao software em construção. Ao criar tais atividades pensamos no público alvo, e analisamos atentamente o descritor que a define. Cada atividade contempla exatamente a habilidade que deve ser apresentada pelo aluno que será testado.

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II Jornada de Debates de Ensino de Ciências e Educação Matemática.

1. METODOLOGIA

O projeto “Desempenho escolar inclusivo na perspectiva multidisciplinar” tem sido desenvolvido em cinco instituições: Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Universidade Federal de Sergipe (UFS) e a Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). As pesquisas serão desenvolvidas dentro de quatro eixos temáticos (objetivos específicos):

1. Estimativa da influência dos Distúrbios de Aprendizagem nos índices de Desempenho escolar em Língua, Matemática e Iniciação à Ciência;

2. Estudo da influência da Tecnologia dos Meios de Testagem no resultado final de testes de desempenho em Língua, Matemática e Iniciação à Ciência- influência da Tecnologia em testes de avaliações padronizadas;

3. Estudo da relação entre desempenho escolar em Língua, Matemática e Iniciação à Ciência-desempenho escolar e livro didático;

4. Produção de materiais formativos e instrucionais que contemplem o enfrentamento das dificuldades de aprendizagem, como Dislexia, Discalculia, déficit de Atenção e hiperatividade, no processo de formação do professor pesquisador.

O projeto proposto aqui em Sergipe tem a participação de alunas de Iniciação científica, professores da educação básica e mestrandas de matemática, química, linguagem e biologia. Afim de que todos trabalhem em conjunto, cada integrante recebeu uma função específica para desenvolver.

O trabalho de elaboração das atividades se dará em duas etapas, da seguinte forma: Primeira etapa

1. O professor elabora as atividades (com imagens propostas) e manda para a Aluna de Iniciação Científica (AIC) justificando como cada atividade foi pensada;

2. Feito isso, a AIC fica responsável por inserir as atividades recebidas no software; 3. Depois é avisado ao professor da inserção das atividades, ele acessa o portal para

analisar como ficaram as atividades no programa, sugerindo as devidas modificações;

4. São acionadas duas mestrandas (Marcela e Gardênia) para avaliarem as atividades. Discutem entre si sobre o material criado e dão o parecer final com possíveis sugestões.

Segunda etapa

5. Os professores avaliam as sugestões dadas pelas mestrandas, e se for preciso alguma mudança, a AIC será solicitada para fazê-lo.

6. Os professores fazem uma última análise das atividades. Entra em contato com os coordenadores do projeto (Acácio e Fábio) avisando da conclusão das duas rodadas de avaliação;

7. Por fim, os coordenadores acompanham a organização das atividades e fecham o bloco de atividades. Esse roteiro com as duas etapas será seguido para toda remessa de atividades.

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II Jornada de Debates de Ensino de Ciências e Educação Matemática.

Para cada atividade deve haver um descritor. Os descritores/objetivos são habilidades/capacidades que o aluno deve apresentar diante de determinado conteúdo matemático. Cada objetivo deve conter no mínimo uma atividade ou mais de uma diferenciando apenas no nível.

Para elaboração das atividades tomamos como base livros didáticos, os PCN, além da experiência obtida pelos professores em sala de aula. Os livros didáticos nos dão com precisão os conteúdos atualizados que estão sendo ensinados nas escolas. Os PCN indicam como podemos criar atividades significativas. As experiências pessoais contribuem muito no que se refere a como os alunos estão aprendendo, em quais conteúdos apresentam mais dificuldade, além de conhecer a linguagem dos alunos.

A inserção das atividades é feita no portal www.enscer.com.br/synapse/index.php. O cadastro se dá da seguinte forma: a aluna de iniciação científica entra no site; clica no link da sua disciplina; esse link dá alista de descritores/objetivos já criados; clica-se no descritor referente à atividade que será inserida e uma nova janela será aberta onde se dará o cadastro da atividade; feito o cadastro, seleciona o link executar para verificar se ocorreu tudo bem com o cadastro.

2. RESULTADOS

A seguir, um conjunto de atividades elaboradas para o software, e suas respectivas descrições: 1. Das crianças que estão mais longe da horta, qual delas está mais perto da árvore de pêras?

a) A menina loira b) O menino ruivo c) O menino de boné

A atividade acima do tipo múltipla escolha foi criada baseada no conteúdo “localização no espaço” e tem como objetivo avaliar se o aluno é capaz de identificar a localização/movimentação de objeto em mapas, croquis e outras representações gráficas. Para resolver este tipo de atividade o aluno deve apresentar a habilidade de “Identificar”.

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II Jornada de Debates de Ensino de Ciências e Educação Matemática.

Sobre os conteúdos geometria e corpos redondos, essa atividade foi elaborada visando a capacidade do aluno em identificar propriedades comuns entre poliedros e corpos redondos. Para realizar com êxito esse tipo de atividade o aluno deve apresentar habilidade em “Identificar”.

3. Qual figura tem os quatro lados de mesma medida?

Aqui o aluno deve ter as noções acerca de figuras bidimensionais e suas propriedades. O objetivo nessa atividade é identificar propriedades comuns e diferenças entre figuras bidimensionais pelo número de lados. Para executá-la o aluno deve ter a habilidade de “Identificar”.

4. 5 maças pesam 800 gramas. Quanto pesam 8 maças aproximadamente?

a) 500 gramas b) 800 gramas c) 1600 gramas d) 1350 gramas e) 1150 gramas

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II Jornada de Debates de Ensino de Ciências e Educação Matemática.

Para a criação dessa atividade foi pensado no conteúdo unidades de medida. Tem como objetivo que o aluno estime a medida de grandezas utilizando unidades de medida (peso) convencionais ou não. Para isso, ele deve ser capaz de “estimar”.

5. Cada caminhão-tanque contém 8.000 litros de álcool. No primeiro posto de gasolina foram despejados 3.500 litros de álcool. Quantos litros de álcool ficaram no caminhão-tanque?

a) 5000 litros b) 4.500 litros c) 3.500 litros d) 5.500 litros

Aqui, com base no conteúdo subtração de números naturais, essa atividade requer que o aluno calcule o resultado de uma subtração de números naturais. Par a isso, deve apresentar a habilidade de “Calcular”.

O conjunto de atividades que está sendo criado será de grande importância no ensino de matemática do ensino fundamental. Isso porque, as atividades têm sido criadas baseadas em fontes que propõem a melhoria do ensino. Notamos nos exemplos acima citados, que essas atividades avaliam não só o conhecimento técnico do aluno, mas também suas habilidades mediante situações-problema.

Após a realização dos testes com este material, o software será disponibilizado ao público. Isso contribuirá muito para um ensino de matemática diferenciado e significativo.

CONCLUSÕES

Participar de um projeto de pesquisa nos dá a oportunidade de desenvolver um pensamento científico e crítico, além da criatividade para elaborar materiais didáticos que auxiliam no ensino aprendizagem. Assim, as experiências adquiridas com o projeto que tem sido desenvolvido proporcionarão uma “maturidade” enquanto futura profissional de matemática.

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II Jornada de Debates de Ensino de Ciências e Educação Matemática.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares Nacionais: Matemática /Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC /SEF, 1998. Disponível em < http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/matematica.pdf> acesso em 09/05/2012.

MONTEIRO, D. M.; RIBEIRO, V. M. B. e STRUCHINER, M. As tecnologias da informação e da comunicação nas práticas educativas: espaços de interação? Estudo de um fórum virtual. Educ. Soc., Dez 2007, vol.28, no.101, p.1435-1454. Disponível em <http://www.scielo.br/pdf/es/v28n101/a0928101.pdf> acesso em 10/05/2012.

MORELATTI, M. R. M.; SOUZA, L. H. G. Aprendizagem de conceitos geométricos pelo futuro professor das séries iniciais do ensino fundamental e as novas tecnologias. Educar,

Curitiba, n. 28, p. 263-275, 2006. Editora UFPR. Disponível em <

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