• Nenhum resultado encontrado

Os últimos 10 anos de Entomologia Forense no Brasil: avanços e perspectivas

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Os últimos 10 anos de Entomologia Forense no Brasil: avanços e perspectivas"

Copied!
41
0
0

Texto

(1)

Universidade Federal de Santa Catarina

Isabela Farias Macedo

Os últimos 10 anos de Entomologia Forense no Brasil:

Avanços e perspectivas

Florianópolis 2019

(2)

Isabela Farias Macedo

Os últimos 10 anos de Entomologia Forense no Brasil:

Avanços e perspectivas

Trabalho Conclusão do Curso de Graduação em Ciências Biológicas do Centro de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Santa Catarina como requisito para a obtenção do Título de Bacharel em Ciências Biológicas

Orientador: Prof. Dr. Carlos José de Carvalho Pinto

(3)
(4)

Isabela Farias Macedo

OS ÚLTIMOS 10 ANOS DE ENTOMOLOGIA FORENSE: AVANÇOS E PERSPECTIVAS

Este Trabalho Conclusão de Curso foi julgado adequado para obtenção do Título de “Bacharel” e aprovado em sua forma final pelo Curso Ciências Biológicas

Florianópolis, 02 de Julho de 2019.

_______________________ Prof. Dr. Carlos Roberto Zanetti,

Coordenador do Curso

Banca Examinadora:

________________________ Prof. Dr. Carlos José de Carvalho Pinto,

Orientador

Universidade Federal de Santa Catarina

________________________ Msc. Ana Letícia Trivia

________________________ Prof. Dr. Alex Sandro Poltronieri

(5)

AGRADECIMENTOS

O principal agradecimento, como sempre, é dedicado aos meus pais, Silvana e Altamir, por todo apoio e suporte durante toda a minha caminhada. A confiança de vocês em mim sempre me inspirou a superar as expectativas. Faltam-me palavras pra descrever tamanha gratidão e amor que eu sinto por ambos. E, principalmente, obrigada por terem atendido ao meu pedido de ter um irmãozinho, sem o Fran eu não seria metade do que eu sou.

Agradeço também a minha família, como um todo, por me fazerem ter certeza de que eu sempre terei pra onde voltar e por serem meu porto seguro. Em especial a minha Avó, Dona Madalena, por ser a minha maior referência de amor e cuidado, você é a melhor parte de mim, sem dúvidas, te amo além do que posso expressar. E as minhas primas Isadora, que é minha metade e minha cúmplice (eu por ti e tu por mim, sempre), a Nathasha, por ser o nosso ponto de equilíbrio e refúgio, a Mariana, por me ensinar todo dia sobre bondade e amor, e não importa onde estejamos nesse mundo, sempre estaremos juntas, e a Rafaella, que não é prima, mas é minha família, você me inspira a ser cada dia melhor. Eu amo vocês demais.

As minhas amigas de anos, Alana, Grazyelle, Isabela, Julia S, Julia L, Larissa, Luriany, Maria Eduarda, Rosane, Sabrina e Yazmin, por dividirem tantos momentos comigo e serem meu colo quando eu precisava. Vocês são foda e eu tenho um orgulho gigante das mulheres lindas que são. Tenho um pouquinho de cada uma em quem eu sou. Obrigada por tudo, vocês são as melhores que eu poderia pedir.

A minha amiga, Isis, que é o meu presente do curso e que dividiu comigo muitas provas, dias de estudos, PPCCs infinitos, almoços no RU, seminários e algumas horas felizes. Obrigada por tornar a UFSC e a bio ainda mais incríveis.

Aos meus meninos, Diego, Leonardo, Lucas, Mateus, Matheus, Valter e Victor, que são a alegria dos meus dias. Obrigada pela parceria de sempre, seja em casa, em festas ou na lagoinha e principalmente, por cuidarem de mim, mesmo que vocês não admitam. Seria muito mais difícil se eu não os tivesse na minha vida.

(6)

Ao meu namorado, Rodrigo, meu parceiro da vida. Obrigada por me ensinar todos os dias alguma coisa sobre amor, respeito, confiança e tolerância. Por ser meu confidente e acreditar mais em mim do que eu mesma. Você é incrível, te amo pretinho. Ao meu orientador, Carlos, por toda a paciência e generosidade. Grata por nos incentivar tanto. E aos meus amigos do LTH, principalmente André, Gabriel, Thais e Caio.

As minhas maiores motivações, meu avô Ziminho e minha avó Inês, que não estão mais presentes fisicamente, mas que serão pra sempre amados. Obrigada por se orgulharem de mim em cada conquista durante o tempo em que estivemos juntos, essa eu sei que não seria diferente. Eu amarei vocês pra sempre.

Na primeira fase eu li os agradecimentos de uma colega de curso e no fim tinha uma frase que me marcou muito e descreve um pouco do motivo de ter escolhido Biologia: “Por fim agradeço à vida, por ela ser tão maravilhosa que decidi estudá-la.”

(7)

“[...] precisamos recorrer aos insetos porque eles contam toda a história.”

(8)

RESUMO

Depois de 10 anos do artigo “Cem anos de Entomologia Forense no Brasil” o presente trabalho busca reconhecer os avanços e dificuldades que a mesma ainda enfrenta, além de analisar trabalhos empíricos sobre Entomologia Forense entre 2008 a 2018 a fim de reconhecer os avanços da ciência no Brasil. Para a pesquisa foram escolhidas duas bases de dados; PubMed e SciELO. Em seguida escolheu-se as palavras-chave que foram utilizadas em português e em inglês em ambas as bases. O ano de publicação foi limitado de 1º de janeiro de 2008 até 31 de dezembro de 2018. Definiu-se critérios de inclusão e exclusão para os trabalhos que foram encontrados. A pesquisa resultou em 69 publicações. E, de acordo com os critérios, 32 delas foram incluídas no presente trabalho. A região que mais publicou durante os 10 anos foi a região Sudeste, pois a parceria entre a polícia científica e a academia é bem definida, além de possuir o maior percentual de pesquisadores que trabalham com Entomologia Forense no Brasil (36%). Apesar do cenário não ser o ideal, essa ciência vem ganhando espaço e olhares de ambas as partes, fazendo com que o fomento a pesquisa nessa área também aumente.

(9)

ABSTRACT

After 10 years of the article "One hundred years of Forensic Entomology in Brazil" the present work seeks to recognize the advances and difficulties that it still faces, besides analyzing empirical work on Forensic Entomology between 2008 and 2018 in order to recognize the advances of this science in Brazil. Two databases were chosen for the research; PubMed and SciELO. Next we chose the keywords that were used in Portuguese and English in both bases. The year of publication was limited from January 1st, 2008 to December 31st, 2018. Inclusion and exclusion criteria were defined for the works that were found. The search resulted in 69 publications, and according to the criteria, 32 of them were included in the present study. The region that published the most during the 10 years was the Southeast region, because the partnership between the scientific police and the academy is well defined, in addition to having the highest percentage of researchers working with Forensic Entomology in Brazil (36%). Although the scenario is not ideal, this science has been gaining space and looks from both parties, this makes the promotion of research in this area also increase.

Keywords: Insets. Search. Progress.

(10)

LISTA DE FIGURAS

(11)

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 Número de publicações sobre Entomologia Forense por região. ... 30 Gráfico 2 Número de publicações sobre Entomologia Forense nos últimos 10 anos no Brasil. ... 30 Gráfico 3 Porcentagem de pesquisadores por região... 31 Gráfico 4 Número de profissionais por UF. ... 32

(12)

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Relação dos critérios de inclusão e exclusão e status dos artigos pesquisados na base de dados PubMed utilizando as palavras-chave em português. ... 25 Tabela 2 Relação dos critérios de inclusão e exclusão e status dos artigos pesquisados na base de dados PubMed utilizando as palavras-chave em inglês. ... 25 Tabela 3 Relação dos critérios de inclusão e exclusão e status dos artigos pesquisados na base de dados SciELO utilizando as palavras-chave em português. ... 26 Tabela 4 Relação dos critérios de inclusão e exclusão e status dos artigos pesquisados na base de dados SciELO utilizando as palavras-chave em inglês... 26 Tabela 5 Região, subárea e grupo de interesse dos artigos pesquisados na base de dados PubMed utilizando as palavras-chave em português. ... 27 Tabela 6 Região, subárea e grupo de interesse dos artigos pesquisados na base de dados PubMed utilizando as palavras-chave em inglês. ... 27 Tabela 7 Região, subárea e grupo de interesse dos artigos pesquisados na base de dados SciELO utilizando as palavras-chave em português. ... 28 Tabela 8 Região, subárea e grupo de interesse dos artigos pesquisados na base de dados SciELO utilizando as palavras-chave em português. ... 28

(13)

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

EF Entomologia Forense

LTH Laboratório de Transmissores de Hematozoários IPM Interevalo Post-mortem

BD Base de Dados

SciELO Scientific Eletronic Library Online UF Unidade Federativa

(14)

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 15

1.1 Introdução à Entomologia Forense ... 15

1.2 Insetos de Interesse Forense ... 17

1.3 Entomologia Forense no Mundo ... 18

1.4 Entomologia Forense no Brasil ... 19

2 OBJETIVOS ... 21 2.1 Objetivos gerais ... 21 2.2 Objetivos específicos ... 21 3 MATERIAIS E MÉTODOS ... 22 4 RESULTADOS ... 25 5 DISCUSSÃO ... 33

5.1 Entomologia Forense nas regiões brasileiras... 35

6 CONCLUSÃO ... 38

(15)

15

1 INTRODUÇÃO

1.1 Introdução à Entomologia Forense

Entomologia é a ciência que estuda os insetos (grego: entomon – insetos e logos – estudo). Este é o táxon mais numeroso e diverso (GOMES, 2010), evoluiu e se diversificou de tal maneira que podem ser encontrado na maioria dos ecossistemas. O corpo pequeno, ciclo de vida curto, reprodução rápida, ampla capacidade de dispersão, metabolismo energético elevado, sistema traqueal independente do sistema circulatório, exoesqueleto que evita a dessecação, entre outras qualidades adaptativas, são algumas atribuições responsáveis pelo êxito evolutivo do grupo. A principal delas: a presença de asas e o voo determinaram esse sucesso, pois permitiu que o grupo se espalhasse por quase todos os habitats garantindo a diversidade do mesmo (GOMES, 2010).

Além disso, apresentam inúmeras funções ecológicas, tais como: polinizadores, ciclagem de nutrientes, pragas agrícolas e controle biológico, por exemplo. Portanto a vasta diversidade de insetos faz com que ocupem o mais variados ecossistemas tornando-os, além de tudo, de grande importância econômica(GOMES, 2010). Dessa forma, a Entomologia é uma ciência multidisciplinar, tendo em vista que insetos são ótimos modelos para inúmeros estudos das mais variadas áreas e suas relações ecológicas com os outros seres dá vida aos seguimentos como Entomologia Médica, Veterinária, Forense, entre outras.

O presente trabalho tem como foco a Entomologia Forense, que aplica estudos de Entomologia na resolução de questões legais (PUJOL-LUZ; ARANTES; CONSTANTINO, 2008), podendo auxiliar em infestações de imóveis, alimentos contaminados, tráfico de drogas, identificação de cadáver, do local da morte, em alguns casos pode auxiliar até mesmo na descoberta da causa e a principal e mais recorrente colaboração é a estimativa do tempo entre a morte e o encontro do cadáver por profissionais, chamada de intervalo post-mortem (GOMES, 2010).

De acordo com Lord e Stevenson (1986) e adaptado por PUJOL-LUZ; ARANTES; CONSTANTINO (2008), a EF se divide em três grandes áreas, sendo elas: urbana (1) que consiste na investigação de danos em imóveis, móveis e patrimônios públicos causados por insetos; produtos estocados (2) que se refere à contaminação de

(16)

16

produtos e alimentos estocados por insetos; e a médico-legal (3) que tem por objetivo utilizar os insetos na resolução de crimes contra a vida.

Segundo o desenvolvimento, os insetos podem ser classificados em três grupos: (1) ametábolos, aqueles que não sofrem quase nenhuma mudança durante esse período; (2) hemimetábolos, aqueles que sofrem metamorfose incompleta, ou ainda os (3) holometábolos, os que sofrem metamorfose completa. Dessa maneira, o desenvolvimento desse grupo é dividido em estágios, dos quais são estabelecidos por pelas mudas (GOMES, 2010). O momento entre as mudas se denomina instar, a partir da eclosão até a primeira muda é chamado, portanto, de primeiro instar e assim sucessivamente até o adulto. Na Ordem Diptera o número de instares larvais varia entre 3 a 6 e na Ordem Coleoptera é de 3 a 5 (GOMES, 2010).

Os insetos são os primeiros animais a colonizar um cadáver, dentre eles, a ordem Diptera, principalmente os representantes da família Calliphoridae, são os primeiros (AMENDT; KRETTEK; ZEHNER, 2004). Já nas primeiras horas da morte as moscas ovipositam no substrato, o que segundo CATTS & GOFF (1992), gera um relógio biológico, no qual a determinação da idade da larva mais velha presente na carcaça justifica a estimativa do IPM. Ademais, os insetos são o grupo predominante nesse substrato e seguem uma sequência de sucessão previsível conforme a decomposição. Apesar de previsível, esse processo depende de algumas premissas além da própria decomposição, como o tamanho do corpo, o clima e a sazonalidade.

Nesse meio o cadáver se torna além de um importante recurso, um abrigo para esses animais. Portanto, a fauna que habita esses cadáveres pode ser classificada em quatro grupos, determinados por CATTS & GOFF (1992), sendo necrófagos (1) aqueles que se alimentam do cadáver representados especialmente por Diptera e Coleoptera. Onívoros (2) aqueles que se alimentam tanto do corpo quanto da fauna associada, constituído por Hymenoptera, Coleoptera. Parasitas e predadores (3) são aqueles que têm necessidade de outro animal para o seu desenvolvimento e predam a fauna associada, tanto imaturos quanto adultos. Coleoptera, Diptera e Hymenoptera se incluem nessa categoria. E ainda os acidentais (4) que são aqueles que utilizam a carcaça como extensão do seu habitat, tais como: Acaridae e Lardoglyphidae.

(17)

17

Calliphoridae, são encontradas em maior abundância ainda nas primeiras horas do óbito (MISE; ALMEIDA; MOURA, 2007). Os besouros (Coleopteras) que fazem um trabalho importante de sucessão faunística e aparece no decorrer da decomposição. As vespas, abelhas e formigas (Hymenoptera) interferindo como necrófagos, oportunistas, ou ainda, predadores e parasitas. E ainda borboletas e mariposas (Lepidoptera) consumindo os fluídos do corpo (CANEPARO et al., 2012).

1.2 Insetos de Interesse Forense

Os insetos necrófagos, geralmente, são os primeiros invertebrados a colonizarem um corpo em decomposição, a fim de utilizar o substrato para o desenvolvimento de seus imaturos, para estimular a oviposição e também para alimentação. Dentre as ordens de Insetos, as principais dentro da EF são (GOMES, 2016):

• Ordem Diptera:

Ordem muito diversa e de maior importância quando se trata de EF. Tem como principal característica o segundo par de asas modificadas em estrutura chamada halteres, que funcionam como uma estrutura de equilíbrio, além de possuir o aparelho bucal sugador. São excelentes voadores e por isso são encontrados em inúmeros habitats (GOMES, 2010). É dividida em duas subordens: Nematocera, popularmente conhecidos como mosquitos, são delicados, com tamanho reduzido e com antenas longas, além de serem os dípteros mais antigos; e Brachycera, comumente chamados de moscas, tendo as antenas pequenas e aristadas (GOMES, 2010). A ordem utiliza as carcaças, principalmente, para alimentação e desenvolvimento de sua progênie. São os primeiros a chegar aos cadáveres e estão presentes, principalmente, nas fases iniciais de decomposição. Esse grupo vive em grande interação com os seres humanos, tendo grande relevância na Entomologia Médica, já que são importantes vetores de doenças como dengue e febre amarela. Suas principais famílias de interesse forense são Calliphoridae, Sarcophagidae e Muscidae (CATTS; GOFF, 1992).

• Ordem Coleoptera:

Coleoptera representa o segundo grupo de maior importância nos estudos que envolvem EF. São popularmente conhecidos como besouros e é a maior ordem de insetos em números de espécies descritas. Possui aparelho bucal do tipo mastigador,

(18)

18

prótorax grande e as asas anteriores são modificadas em estruturas rígidas chamadas de élitros (GOMES, 2010). Essa tem representantes na maioria das categorias de animais que fazem parte da fauna cadavérica, portanto se alimentam dos tecidos da carcaça ou das larvas, pupas e adultos ou, ainda, de ambos (CATTS; GOFF, 1992). Esses animais são geralmente encontrados nas fases mais avançadas, o que por vezes podem ser a única evidência entomológica presente para determinar o IPM. Além de sua importância para EF, são grandes decompositores e colaboradores no processo da ciclagem de nutrientes (GOMES, 2010). As principais famílias de interesse forense são Silphidae, Dermestidae, Cleridae, Histeridae e Scarabaeidae (CATTS; GOFF, 1992).

• Ordem Hymenoptera:

É um grupo que frequenta menos carcaças, no entanto são comuns nesse tipo de substrato por conta dos variados hábitos alimentares dentro da ordem, podendo se alimentar dos fluídos corporais, do próprio tecido ou das larvas e outros insetos pertencentes à fauna cadavérica. As características diagnósticas é o par de asas membranosas, da qual dá nome a ordem, além de possuir aparelho bucal mastigador ou sugador (GOMES, 2010).

1.3 Entomologia Forense no Mundo

O primeiro registro da aplicação da EF, envolvendo a área médico-legal, foi o livro “The washing away of wrongs” escrito pelo advogado e investigador chinês Sung Tz’u, em 1235. Descreve um caso onde um lavrador foi degolado por uma foice numa plantação de arroz. Para solucionar a morte o investigador pediu para que os outros lavradores dispusessem suas foices sob o sol, isso fez com que as moscas fossem atraídas pelos resquícios de sangue na lâmina. Desta forma o dono da mesma foi questionado e acabou confessando o crime (BENECKE, 2001).

Em âmbito mundial, se tornou conhecida apenas em 1894 com o livro “La faune dês cadavres” do francês Mégnin. Neste foi feito um trabalho mais completo, com fundamentação teórica, relatos de casos e até mesmo descrição dos insetos que compunham a fauna cadavérica (OLIVEIRA-COSTA, 2008). Segundo Pujol-Luz e colaboradores (2008), apesar desses estudos a EF não avançou por falta de profissionais

(19)

19

meados do século XX a ciência voltou a ser publicada pelos autores Leclerq (1969) e Smith (1986) com os livros “Entomology and legal medicine” e “A manual of forensic entomology”, respectivamente. Esses estudos fizeram com que a EF fosse efetivamente utilizada a partir do final do século XX até os dias de hoje.

1.4 Entomologia Forense no Brasil

Em 1908, Oscar Freire inicia os trabalhos na área com a apresentação para Sociedade Médica da Bahia de sua coleção de insetos necrófagos da região da Mata Atlântica, junto a suas investigações realizadas em cadáveres humanos e não humanos. Contudo, só após a sua morte em 1923, seu trabalho sobre a fauna cadavérica foi publicado como “Fauna Cadavérica Brasileira”. Edgar Roquette-Pinto no mesmo ano (1908) publica “Nota sobre a fauna cadavérica no Rio de Janeiro”, esses trabalhos, inspirados por Mégnin, buscaram ajustar os estudos com as condições do clima e da biodiversidade da fauna cadavérica brasileira. Dessa forma se tornaram referência se tratando de Entomologia Forense no país. A principal contribuição de Freire sobre o tema se dá pela discussão do emprego de conhecimentos e técnicas estudadas em outros países aqui no Brasil, tendo em vista a vasta diferença de clima, biodiversidade, entre tantas outras coisas (PUJOL-LUZ; ARANTES; CONSTANTINO, 2008).

Depois de um breve período de produções escassas sobre o assunto, em 1941 Samuel Pessôa e Frederico Lane, voltaram a publicar estudos sobre EF, com ênfase nos besouros necrófagos do estado de São Paulo. Com isso, segundo PUJOL-LUZ; ARANTES; CONSTANTINO (2008) o primeiro período de estudo de EF no Brasil se encerra. Entre as décadas de 1940 e 1980 não houve progresso algum nessa área. A partir do ano 1987 aconteceu uma evolução nos estudos relacionados à EF, tendo como marco de retorno a pesquisa sobre sucessão de insetos em uma carcaça no Estado de São Paulo, de autoria de Monteiro-Filho & Penereiro (1987) (PUJOL-LUZ; ARANTES; CONSTANTINO, 2008).

Autores como Arício Xavier Linhares e Claudio José Barros de Carvalho foram responsáveis pelo início dos estudos mais detalhado em diversos aspectos sobre EF, para que a mesma se tornasse aplicável no Brasil. Até o ano de 2008 para PUJOL-LUZ;

(20)

20

ARANTES; CONSTANTINO (2008) a EF não era amplamente utilizada pela polícia, pois a interação entre a polícia e a academia era muito primária.

Em 2008, Pujol-Luz e colaboradores desenvolveram um trabalho chamado “Cem anos da Entomologia Forense no Brasil (1908-2008)” que conta o início da EF no Brasil e a evolução da mesma durante esses 100 anos. Entre outras coisas, elenca as principais dificuldades que os profissionais enfrentam para trabalhar com EF no país e apresenta algumas soluções. Desde a publicação desse artigo já se passaram 10 anos, nessa lógica, o presente trabalho pretende descobrir se houveram mudanças e avanços no cenário descrito por Pujol-Luz e colaboradores.

(21)

21

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivos gerais

O presente trabalho tem como objetivo analisar trabalhos empíricos sobre Entomologia Forense entre 2008 a 2018 a fim de reconhecer as áreas de estudo, grupos de pesquisa e profissionais e as ordens mais estudadas.

2.2 Objetivos específicos

- Verificar qual subárea da EF é mais publicada;

- Identificar se as pesquisas publicadas são contínuas ou eventuais, além de pontuar pesquisadores responsáveis por grupos de pesquisas;

- Observar se existe parceria entre os pesquisadores e as autoridades competentes; - Analisar quais grupos de insetos são mais utilizados como objeto de estudo; - Verificar quais regiões contribuem mais com publicações.

(22)

22

3 MATERIAIS E MÉTODOS

Para o início das buscas se fez necessário selecionar as bases de dados. Sendo assim foram escolhidas duas BD e a seleção teve como justificativa o amplo uso das plataformas para pesquisas sobre o assunto no Laboratório de Transmissores de Hematozoários (LTH), são elas: PubMed e Scientific Electronic Library Online (SciELO). As palavras-chave foram determinadas pela autora com intuito de restringir os resultados aos trabalhos empíricos de EF no Brasil, as pesquisas foram feitas em português e inglês. Dessa forma as palavras utilizadas foram: Entomologia Forense (Forensic Entomology), pesquisa (research) e Brasil (Brazil). Além disso, as pesquisas foram limitadas entre os anos de 2008 a 2018.

Após definir BD, palavras-chave e os critérios, os artigos. Resultados da pesquisa foram todos copiados e transferidos para um documento no Microsoft Word 2007 do mesmo jeito que se encontravam nas BD, com título, autores, código dos artigos, onde tinha sido publicado e ano da publicação, para que fosse preservado os resultados das pesquisas.

Os critérios foram empregados em três fases (Figura 1). A partir do título (1), quando o título estava explícito que os artigos não se encaixavam nos objetivos da pesquisa eram excluídos já nessa primeira etapa. Do mesmo modo era feito nas demais fases, quando no resumo (2) não fosse possível identificar os critérios para excluí-los, lia-se os artigos na integra (3).

Os critérios empregados foram os seguintes: Critérios de inclusão:

(a) Serão incluídos artigos que tratem de trabalhos empíricos na área de entomologia forense;

(b) Serão incluídos trabalhos pertencentes a quaisquer subáreas de entomologia forense;

(c) Serão incluídos trabalhos apresentados em Congressos da área de interesse; (d) Serão incluídos trabalhos conduzidos no Brasil;

(e) Serão incluídas chaves de identificação; (f) Serão incluídos estudos de caso;

(g) Serão incluídos trabalhos de taxonomia.

Critérios de exclusão:

(23)

23

(c) Serão excluídos trabalhos conduzidos fora do Brasil;

(d) Serão excluídos trabalhos que não falam sobre entomologia forense; (e) Serão excluídos títulos não disponíveis para download na base de dados; (f) Serão excluídos artigos descrevendo espécie nova;

(g) Serão excluídos trabalhos não publicados entre janeiro de 2008 e dezembro de 2018.

Figura 1 Processo de exclusão e inclusão dos artigos

Fonte: Autora

Depois de categorizados entre Excluídos e Incluídos conforme os critérios acima, os artigos foram analisados. Verificou-se a data de publicação (2008 a 2018), qual a região da pesquisa (Norte, Nordeste, Centroeste, Sudeste e Sul) e a Unidade Federativa, qual a ordem estudada (Diptera, Coleoptera, Hymenoptera ou Geral, quando abrangia dois grupos ou mais) e qual a subárea de interesse (Médico-Legal, Produtos Estocados ou Urbana).

Por fim, para descobrir quais são os profissionais que trabalham com pesquisa em EF no Brasil fez-se uma investigação no currículo Lattes. Buscando pelo assunto “Entomologia Forense” e sendo doutores de nacionalidades brasileiras, com os filtros: “Atuação Profissional” restringindo somente a grande área “Ciências Biológicas”, “Atividade Profissional (instituição)” restringindo por região e UF, “Atividade de

(24)

24 Orientação” e por fim a preferência no período de produção a partir de 2008. Os profissionais seriam selecionados se fossem orientadores em qualquer modalidade de orientação, com linha de pesquisa interessada em EF e publicassem com certa frequência sobre o assunto. Dos respectivos currículos foram extraídas as seguintes informações: prática de orientação, qual instituição atua, se possui linha de pesquisa e se as publicações sobre EF são frequentes ou ainda se têm orientações em andamento. E ainda, quando apareciam peritos criminais que atuassem na área de EF eram classificados do mesmo modo.

(25)

25

4 RESULTADOS

As pesquisas nas duas BD (SciELO e PubMed) resultaram num total de 69 publicações em inglês e português, sendo que 46,38% foram classificados como “Incluído” de acordo com os critérios (Tabelas 1, 2, 3 e 4).

Tabela 1 Relação dos critérios de inclusão e exclusão e status dos artigos pesquisados na base de dados PubMed utilizando as palavras-chave em português, tendo como critérios de inclusão (a) os artigos são trabalhos empíricos de EF; (b) pertencem a pelo menos uma subárea da EF; e (d) foram

conduzidos no Brasil. Já o motivo para serem excluídos foi pois os artigos (d) não tinham como tema EF .

Artigos Critérios de inclusão atendidos Critérios de exclusão atendidos Status

1, 2, 3 e 4 (d) Excluídos

5, 6 e 7 (a) (b) (d) Incluídos

Em relação à pesquisa na BD PubMed com as palavras chaves em português quatro artigos dos sete que resultaram foram excluídos em razão do trabalho não ter como tema sobre EF.

Tabela 2 Relação dos critérios de inclusão e exclusão e status dos artigos pesquisados na base de dados PubMed utilizando as palavras-chave em inglês, tendo como critérios de inclusão (a) os artigos são trabalhos empíricos de EF; (b) pertencem a pelo menos uma subárea da EF; e (d) foram

conduzidos no Brasil. Já os motivos para serem excluídos são quando os artigos (b) eram revisões bibliográficas; (c) quando não foram conduzidos no Brasil; e ainda (d) não tinham como tema EF .

Artigos Critérios de inclusão atendidos Critérios de exclusão atendidos Status 1, 4, 7, 11, 12, 15, 17, 20 e 22 (c) Excluídos 2 e 6 (a) (b) (d) Incluídos 3, 5, 8, 12 e 14 (b) Excluídos 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21 e 22 (d) Excluídos

Ainda na base de dados PubMed (Tabela 2), a pesquisa utilizando as palavras-chave em inglês tiveram como resultado 22 artigos. No entanto, apenas dois atenderam aos critérios de inclusão. Os outros 20 foram excluídos por ser revisão bibliográfica, não terem sido executados no Brasil ou, não ter como tema EF.

(26)

26

Tabela 3 Relação dos critérios de inclusão e exclusão e status dos artigos pesquisados na base de dados SciELO utilizando as palavras-chave em português, tendo como critérios de inclusão (a) os

artigos são trabalhos empíricos de EF; (b) pertencem a pelo menos uma subárea da EF.

Artigos Critérios de inclusão atendidos Critérios de exclusão atendidos Status

1 (b) Excluídos

2 e 3 (a) (b) (d) Incluídos

Na base de dados SciELO, usando as palavras-chave em português (Tabela 3) o resultado encontrado foi de apenas três artigos, sendo dois deles incluídos segundo os critérios de inclusão. O artigo que teve o status de excluído ocorreu por ser uma revisão bibliográfica. Já quando se utilizou as palavras-chave em inglês (Tabela 4) obtiveram-se trinta e sete artigos de resultado. Atenderam aos critérios de inclusão 24 artigos e 12 foram excluídos por ser revisão bibliográfica, não ter como tema EF, descrever espécie nova ou não ter sido publicado entre janeiro de 2008 e dezembro de 2018.

Tabela 4 Relação dos critérios de inclusão e exclusão e status dos artigos pesquisados na base de dados Scielo utilizando as palavras-chave em inglês, tendo como critérios de inclusão (a) os artigos

são trabalhos empíricos de EF; (b) pertencem a pelo menos uma subárea da EF; (d) foram conduzidos no Brasil; (e) foram chaves de identificação; e (g) trabalhos de taxonomia. Já os motivos

para serem excluídos (b) eram por ser revisões bibliográficas; (d) não tinham como tema EF; (e) não estarem disponível pra download; (f) descrever espécie nova; e ainda (g) não serem publicados

entre 2008 e 2018

Artigos Critérios de inclusão atendidos Critérios de exclusão atendidos Status 1, 2, 3, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 18, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 30 e 31 (a) (b) (d) Incluídos 4, 5 (d) Excluídos 6 (d) (g) Incluídos 7, 17 e 29 (b) Excluídos 27 (b) (e) Incluídos 28 (f) Excluídos 32, 33, 34, 36 e 37 (g) Excluídos 35 (e) Excluídos

Os artigos de status “incluído” na pesquisa na base de dados PubMed têm como objeto de estudo a Ordem Diptera e a subárea de interesse dos cinco artigos é Médico Legal. Os estudos se deram nas regiões Centroeste (Distrito Federal), Sudeste (estados do Rio de Janeiro e São Paulo) e Nordeste (estados de Pernambuco e Maranhão) (Tabelas 5 e 6).

(27)

27

Tabela 5 Região, subárea e grupo de interesse dos artigos pesquisados na base de dados PubMed utilizando as palavras-chave em português.

Artigos Região Qual subárea de interesse Grupo

1 - - -

2 - - -

3 - - -

4 - - -

5 Centroeste (DF) Médico Legal Diptera

6 Sudeste (RJ) Médico Legal Diptera

7 Nordeste (MA) Médico Legal Diptera

Tabela 6 Região, subárea e grupo de interesse dos artigos pesquisados na base de dados PubMed utilizando as palavras-chave em inglês.

Artigos Região Qual subárea de interesse Qual grupo

1 - - -

2 Nordeste (PE) Médico Legal Diptera

3 - - -

4 - - -

5 - - -

6 Sudeste (SP) Médico Legal Diptera

7 - - - 8 - - - 9 - - - 10 - - - 11 - - - 12 - - - 13 - - - 14 - - - 15 - - - 16 - - - 17 - - - 18 - - - 19 - - - 20 - - - 21 - - -

(28)

28

22 - - -

Dentre os 27 artigos com o status “Incluído” resultado das pesquisas na base de dados Scielo (Tabela 7 e 8) 19 (70,37%) dos artigos têm como objeto de estudo a Ordem Diptera, cinco (18,52% ) a Ordem Coleoptera e três (11,11%) têm duas ou mais ordens de interesse. 23 (85,18%) artigos são de interesse Médico Legal, um (3,70%) pertence a Produtos Estocados e três (11,11%) foram classificados como “Geral”. Nenhum artigo encontrado se encaixou na subárea EF Urbana.

Tabela 7 Região, subárea e grupo de interesse dos artigos pesquisados na base de dados SciELO utilizando as palavras-chave em português.

Artigos Região Qual subárea de interesse Grupo

1 - - -

2 Sudeste (MG) Médico Legal Diptera

3 Centroeste (DF) Médico Legal Diptera

Tabela 8 Região, subárea e grupo de interesse dos artigos pesquisados na base de dados SciELO utilizando as palavras-chave em inglês.

Artigos Região Qual subárea de interesse Grupo

1 Nordeste Médico Legal Diptera

2 Sul (PR) Médico Legal Diptera

3 Sudeste (ES) Geral Diptera

4 - - -

5 - - -

6 Sul (PR) Médico Legal Coleoptera

7 - - -

8 Sul Geral Diptera

9 Sudeste Médico Legal Diptera

10 Nordeste Médico Legal Coleoptera

11 Sudeste (MG) Médico Legal Diptera

12 Nordeste (PB) Médico Legal Diptera

13 Sul (PR) Médico Legal Coleoptera

14 Sudeste (DF) Produtos Estocados Geral

15 Centroeste (MS) Médico Legal Diptera

16 Sudeste (DF) Médico Legal Diptera

(29)

29

19 Sudeste (MG) Médico Legal Geral

20 Sul Geral Diptera

21 Sudeste Médico Legal Diptera

22 Norte (AM) Médico Legal Coleoptera

23 Sudeste (SP) Médico Legal Diptera

24 Sudeste (MG) Médico Legal Diptera

25 Sudeste (RJ) Médico Legal Diptera

26 Sudeste Médico Legal Diptera

27 Sul (PR) Médico Legal Coleoptera

28 - - -

29 - - -

30 Centroeste (DF) Médico Legal Diptera

31 Sul (PR) Médico Legal Geral

32 - - - 33 - - - 34 - - - 35 - - - 36 - - - 37 - - -

As publicações são distribuídas por todas as regiões do país (Gráfico1), predominando as produzidas no Sudeste, em seguida o Sul e Centroeste, Nordeste e por fim Norte.

(30)

30

.

Gráfico 1 Número de publicações sobre Entomologia Forense por região.

Nos últimos 10 anos, conforme as pesquisas feitas nas duas bases de dados citadas acima, 33 artigos foram publicados e estão disponíveis nas mesmas (Gráfico 2). O ano em que maior tiveram publicações foi 2009 com 7 artigos. A partir daí as publicações se mantiveram estáveis, apresentando pelo menos 2 por ano, quando em 2014 voltou a subir com 5 publicações. Em 2016 não houve nenhuma publicação. Na sequência, 2017 teve 2 publicações e 2018 encerrou apenas com 1.

,

Gráfico 2 Número de publicações sobre Entomologia Forense nos últimos 10 anos no Brasil.

Segundo as pesquisas na Plataforma Lattes no Brasil existem 30 profissionais que se caracterizam como orientadores e possuem uma linha de pesquisa em EF bem definida, além de publicações com certa frequência e alguns ainda têm orientações de graduação, mestrado e doutorado em andamento, além de participações em congressos

0 2 4 6 8 10 12 14 16

Norte Nordeste Centroeste Sudeste Sul

N ú m e ro d e p u b lic õ e s Região 0 1 2 3 4 5 6 7 8 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 N ú m e ro d e p ú b lic õ e s Ano

(31)

31

Tocantins, Rondônia, Roraima, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Sergipe e Alagoas não apresentaram nenhum pesquisador que trabalhe com o assunto, alguns faziam pesquisas pontuais, ou participação em trabalhos de terceiros. A região Sudeste do país é a região com maior número de pesquisadores registrados no Currículo Lattes, representando 36% do total e a região Centroeste possui apenas 2 pesquisadores totalizando 7% (Gráfico 3).

Além da procura feita para os pesquisadores, os profissionais que estavam dispostos nessa mesma plataforma também foram contabilizados (Gráfico 4). Apenas 6 estados tem representantes desses profissionais elencados na plataforma, sendo 2 do Estado do Amazonas e apenas 1 do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Amapá, Bahia e Paraíba.

Gráfico 3 Porcentagem de pesquisadores por região.

20% 36% 7% 17% 20% Região Sul Região Sudeste Região Centroeste Região Norte Região Nordeste

(32)

32

Gráfico 4 Número de profissionais por UF. Os estados não representados no gráfico não tiveram profissionais como resultados da pesquisa, são eles: Espírito Santo, Mato Grosso do Sul. Mato Grosso, Acre, Tocantins, Rondônia, Roraima, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte,

Sergipe e Alagoas.

0 2 4 6 8

Santa Catarina Rio Grande do Sul

Paraná São Paulo Rio de Janeiro Minas Gerais Goias Distrito Federal Amazonas Pará Amapá Bahia Pernanbuco Paraíba Profissionais com experiência em EF Pesquisadores

(33)

33

5 DISCUSSÃO

Dos 32 artigos considerados incluídos nas pesquisas, em ambas BD, 24 desses têm como objeto de estudo a Ordem Diptera, ou seja, 75% dos artigos publicados se interessam pela Ordem. Os dípteros, usualmente, são os primeiros animais a entrar em contato com o cadáver (AMENDT; KRETTEK; ZEHNER, 2004). Por essa razão são bons instrumentos para indicar o IPM.

Nos últimos 10 anos as publicações referentes ao tema que foram encontradas nas BD as moscas foram utilizadas para aferir o IPM, e na maioria dos artigos os indivíduos usados para esse fim eram da família Calliphoridae. Além disso esses estudos em sua maioria são estudos de caso, como o que conta KOSMANN et al., (2011). O caso reporta a morte de um homem adulto encontrado morto na marginal de uma estrada na zona de transição entre o ambiente urbano com o rural no Estado de Minas Gerais, no local do crime algumas larvas foram coletadas e transportadas para o laboratório para o seu desenvolvimento. Das 10 larvas coletadas, 8 delas eram pré-pupa identificadas como Chrysomya albiceps (Wiedemann, 1819) e as demais coletadas em no último estádio larval, que foram identificadas como Hemilucilia segmentaria (Fabricius, 1805). Desta forma, conhecendo o tempo de desenvolvimento de ambas as espécies, foi possível aferir o IPM mínimo. O trabalho aconteceu em parceria com a Polícia Civil e Universidade de Brasília.

A estimativa de IPM foi utilizada também em um caso envolvendo um cachorro (Canis lupus familiaris Linnaeus 1758) na cidade de Cadebelo, Paraíba. Os espécimes coletados pertenciam à espécie Chrysomya albiceps (Wiedemann, 1819) (Diptera: Calliphoridae) e as análises aconteceram na Universidade Federal da Paraíba (MARTINS et al., 2013).

Para calcular o IPM é muito importante que se saiba todo o processo de desenvolvimento do ovo até o adulto, por isso é importante levar em conta a metamorfose sofrida durante todo o processo, sob esse ponto de vista que BARROS-CORDEIRO; BÁO; PUJOL-LUZ, (2014) estudaram o desenvolvimento intrapuparial de Hermetia illucens pela Universidade de Brasília.

A grande maioria dos estudos que envolvem IPM são feitos com espécies pertencentes a família Calliphoridae, todavia também é possível utilizar-se da família Sarcophagidae na estimativa de IPM no Brasil, apesar dos poucos estudos de taxonomia e comportamento das espécies deste grupo. Além disso, há poucos entomologistas forenses especializados, pouca colaboração entre polícia cientifica e universidades e consequentemente pouca informação sobre as espécies, incluindo a morfologia externa, que geralmente não é suficiente para fins de identificação, sendo possível somente por meio da genitália masculina (VAIRO; MELLO-PATIU; CARVALHO, 2011) (VAIRO; MOURA; MELLO-PATIU, 2015). O primeiro caso reportado em que se utiliza Sarcophagidae para a determinação do IPM aconteceu em Curitiba, Paraná. O corpo de uma senhora foi encontrado no chão de casa. Larvas de califorídeos e da espécie da família Sarcophagidae, Microcerella halli (Engel, 1931), foram identificadas. Neste caso M. halli chegou antes que os califorídeos, por essa razão puderam ser referência para essa estimativa. As coletas foram realizadas por

(34)

34

profissionais do Instituto de Criminalística do Paraná e as análises aconteceram na Universidade Federal do Paraná (PINTO VAIRO et al., 2017).

Além da M. halli mais 3 espécies da família se destacaram na ocorrência de machos no Cerrado. São elas: Dexosarcophaga carvalhoi (Lopes, 1980), Oxysarcodexia thornax (Walker, 1849), Tricharea (Sarcophagula) occidua (Frabricius, 1794). As espécies tem preferência pelas variações de fases de inchamento (BARROS, 2008). Nephochaetopteryx cyaneiventris (Lopes, 1936) foi registrada pela primeira vez na Região Sul do país (Paraná) por VAIRO; MELLO-PATIU; CARVALHO (2011) e três anos depois a ocorrência dela foi documentada por MELLO-PATIU et al.,(2014).

A identificação de insetos precisa e correta é imprescindível para que haja uma estimativa assertiva de IPM, para isso o responsável por isso deve ser treinado e familiarizado com as chaves de identificação como as CELLI et al., (2015), VAIRO; MELLO-PATIU; CARVALHO (2011) e VAIRO; MOURA; MELLO-PATIU (2015). No entanto, o trabalho fica mais complicado quando se trata de indivíduos imaturos, diante dessas fragilidades, VIANA OLIVEIRA e colaboradores (2017) sugere a ampliação do método de identificação por DNA barcoding. Dessa forma cria-se um banco de dados para identificar qualquer tipo de amostra a fim de comparar regiões específicas do DNA que caracterizem as espécies de interesse.

Há muitas variáveis que podem alterar a estimativa do IPM. Das que podemos chamar de naturais, a temperatura tem grande relevância, por ser um fator determinante para o desenvolvimento dos insetos imaturos. De maneira geral as temperaturas mais baixas desaceleram esse processo enquanto as mais altas aceleram. Além disso, a temperatura é responsável pelo comportamento de dispersão dessas larvas, sendo assim GOMES; GOMES; VON ZUBEN, (2009) investigaram qual a influencia dessa variável sobre Lucilia cuprina (Wiedemann 1830) (Diptera: Calliphoridae) e Chrysomya albiceps (Wiedemann 1819). Verificou-se o peso corporal e a profundidade que a larva se enterrava em decorrência do abandono da dieta. As duas espécies estudadas foram afetadas pela temperatura, mas L. cuprina é mais suscetível a mudanças em temperaturas mais altas que C. albiceps.

Além das variáveis naturais existem as provocadas, no caso de consumo de alguma droga que, frequentemente, altera o desenvolvimento. FERRAZ e colaboradores, (2014) investigaram o efeito do Gentamicina (um antibiótico) no desenvolvimento pós-embrionário de Chrysomya putoria (Wiedemann), mas não encontrou nenhuma alteração significativa no desenvolvimento total, portanto não há problemas em utilizar a espécie para calcular o IPM caso o antibiótico tenha sido administrado.

A Família Muscidae, porque possui hábitos necrófagos, é de importância forense mesmo que seja considerada coadjuvante nesse cenário (DOS SANTOS, 2018). De acordo com LUIZ; TAIRA; KOLLER (2012) Muscidae representa uma boa parcela das espécies encontradas nas iscas utilizadas para simular os cadáveres no estudo em questão, representando aproximadamente 16% do total de moscas capturadas. As espécies mais recorrentes são Atherigona orientalis (Schiner) e Musca domestica (Linnaeus) (BARBOSA; VASCONCELOS, 2018; LUIZ; TAIRA; KOLLER, 2012). Synthesiomyia nudiseta e Ophyra aenescens também são frequentes em carcaças animais (BARBOSA et al., 2009).

(35)

35

Apesar de ser uma espécie tardia e considerada uma necrófaga secundária, Hermetia illucens (Linneaus 1758) da família Stratiomyidae (Diptera), possui relevância em questões forenses, principalmente para estimar IPM de óbitos que ocorreram a mais de 15 dias, que é quando muitas das moscas pertencentes às outras famílias estão abandonando o substrato (FERRARI et al., 2009).

A Ordem Coleoptera é a segunda ordem de maior importância quando nos referimos à EF Médico Legal. Os besouros necrófagos em sua maioria são predadores, podendo mudar de hábito dependendo do seu estágio de vida (ALMEIDA; MISE, 2009). Apesar de sua grande relevância para EF, a ordem ainda é pouco estudada. Conforme ALMEIDA; MISE (2009), isso se dá pela dificuldade de identificação das espécies. Existem 6 famílias necrófagas, sendo Scarabaeidae e Histeridae as mais ricas (VASCONCELOS; ARAUJO, 2012) e Staphylinidae e Histeridae mais abundantes (SANTOS; ALVES; CREÃO-DUARTE, 2014) no Nordeste brasileiro. Já no Norte (AM) do país Staphylinidae e Histeridae foram as famílias com maior riqueza de espécies. No Cerrado (MG) a configuração muda e Scarabaeidae é a família mais rica (ROSA et al., 2009). Alguns coleópteros demonstram preferência por estágios específicos de decomposição, geralmente os mais avançados. Desta forma torna-se crucial os estudos com os mais diversos besouros de interesse forense, bem como ampliar para as mais diversas partes do país, a fim de gerar mais alternativas para calcular o IPM em fases mais avançadas da decomposição, onde geralmente são os únicos representantes.

É fundamental para um calculo de IPM preciso, que os primeiros indivíduos a chegar a um corpo sejam conhecidos, para que não haja erro no laudo. Por esse motivo, estudos sobre a fauna cadavérica exclusiva de regiões específicas são tão importantes, tendo em vista o quanto a biodiversidade da fauna brasileira é grande. Dessa forma, é possível reconhecer quando algum inseto é exclusivo de algum lugar e quais são mais abrangentes. Isso pode ajudar a descobrir se houve deslocamento de cadáver, por exemplo. Esse tipo de trabalho tem como objetivo conhecer os insetos que percorrem aquele substrato ao longo de sua decomposição. (DE SOUSA et al., 2015; MISE; ALMEIDA; MOURA, 2007; SOUZA; KIRST; KRÜGER, 2008; VASCONCELOS et al., 2013)

A subárea Médico Legal é, indiscutivelmente, a área da EF mais estudada (Tabela 5, 6, 7 e 8), no entanto durante a pesquisa foi encontrado um artigo pertencente a subárea de Produtos Estocados (Tabela 8). O trabalho teve como objetivo verificar se é possível, utilizando fragmentos entomológicos, descobrir a origem da Cannabis sativa que chega no Brasil. Foram analisados 7 quilogramas da droga prensada. A técnica utilizada exige experiência em taxonomia e paciência, mas é segura e importante. Por fim, apesar de não conseguir determinar a origem exata da droga é possível confrontar com outra amostra para saber se são da mesma região. Desta forma, MACEDO; KOSMANN; PUJOL-LUZ, (2013) concluem que são necessários mais experimentos com amostragens de origens diferentes.

(36)

36

Segundo GOMES (2010) os principais pesquisadores em Entomologia Forense brasileiros são: Patrícia Jacqueline Thyssen (SP), Jose Roberto Pujol-Luz (DF), Rodrigo Ferreira Krüger (MG), Claudio José Von Zuben (SP), Arício Xavier Linhares (SP), José Albertino Rafael (AM), Margareth Maria de Carvalho Queiroz (RJ), Lucia Massutti de Almeida (PR) e Claudio Jose Barros de Carvalho (PR). Todos os profissionais citados estão compreendidos no Gráfico 4. Além desses grandes nomes, segundo a plataforma Lattes, Carlos José de Carvalho Pinto (SC), Maurício Osvaldo Moura (PR), Edion Caron (PR), Marcia Regina Brochetto Braga (SP), Jacenir Reis dos Santos Mallet (RJ), Célia Antunes de Mello Patiu (RJ), Sonia Maria Lopes Fraga (RJ), Marcia Souto Couri (RJ), Viviane Zahner (RJ), Júlio Mendes (MG), Fernando de Freitas Fernandes (GO), Ruth Leila Ferreira Keppler (AM), Maria Cristina Esposito (PA), Leonardo Gomes (PA), Raimundo Nonato Pianço Souto (AP), Favízia Freitas de Oliveira (BA), Freddy Ruben Bravo Quijano (BA), Simão Dias de Vasconcelos Filho (PE), Kaynara Cecília Nery Rabêlo Almendra (PE), Tatiana Costa de Oliveira (PE), Antonio José Creao-Duarte (PB), são pesquisadores com linhas de pesquisa bem definida em EF. Dentro os peritos com algum tipo de especialização na área estão: Janyra Oliveira da Costa (RJ), grande divulgadora da EF no país, Evandro Gomes da Silva (RS) Torriceli Souza The (BA), Cinthia Barreto Chagas Vieira (AM), Valdeana Linard Sírio Oliveira (AM), Rodrigo Cesar Azevedo Pereira Farias (PB) e Janyra Oliveira da Costa (RJ) que além de ser perita é, também, uma das pesquisadoras mais influentes dentro da EF.

Percebe-se que a região Sudeste conta com 36% do total de pesquisadores do Brasil e o número faz jus ao tanto que publica sobre o assunto. Isso pode ser justificado pela forte parceria que os Entomologistas Forenses dentro das universidades têm com a polícia cientifica que além de produzir muito, é responsável por grande parte da inserção da EF no meio jurídico.

Na região Sul e Nordeste onde essa associação não é tão incipiente e não tem tanta tradição as publicações são menores e correspondem a 17% do total de pesquisadores, no entanto o núcleo de EF no sul dentro da área acadêmica, principalmente no Paraná é forte e bem estabelecida. Em Santa Catarina a relação entre cientistas e a policia ainda é bem limitada, se comparada a outros estados, mas caminha para solidificação dessa parceria.

No Centroeste, onde não há grandes números de pesquisadores catalogados pela plataforma Lattes, as publicações são de certo modo frequentes. Isso acontece porque no Distrito Federal há cooperação entre meio acadêmico e policial que contribui fortemente para que a EF se consolide em âmbito nacional. O DF é referencia nesse aspecto, assim como o RJ.

Comparados com os resultados da ABEF e adaptado por PUJOL-LUZ; ARANTES; CONSTANTINO (2008) o número de pesquisadores no Nordeste do país cresceu e os peritos que foram classificados nesse trabalho são peritos que fazem um trabalho em conjunto com a universidade dessa forma construindo a força da EF na região. Embora o número de peritos e pesquisadores na região tenha grande divergência quando comparados com os números da ABEF citados por PUJOL-LUZ; ARANTES; CONSTANTINO (2008), temos que nos a ter ao fato de que essa associação não tem seus dados atualizados desde 2008, quando foi a ultima atualização no site da mesma

(37)

37

não tem interesse em utilizar como dados àqueles que não são pesquisadores efetivos na área, ou seja, àqueles que são estudantes e fizeram suas monografias ou teses em EF, por exemplo.

No Norte, apesar das poucas publicações essa região está em crescente evolução. O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) é o grande responsável pelas principais publicações e fomento a EF na região. Em 2013 aconteceu o V PUXIRUM Entomológico pelo Programa de Pós-Graduação em Entomologia do INPA, nesse encontro aconteceram palestras, mesas-redondas, mini-cursos, apresentações de trabalhos e concurso de fotografia. Entomologia Forense foi um dos tópicos abordados no evento devido a grande demanda de trabalhos acadêmicos e científicos na região.

No Congresso Nacional de Criminalística de 2013, em Brasília, DF, foram apresentados oito trabalhos, sendo três do Rio de Janeiro, um do Maranhão, um de Santa Catarina, quatro do Distrito Federal e um em Manaus. No ultimo Congresso Nacional de Criminalística, que aconteceu em Outubro de 2017 em Florianópolis, SC, seis trabalho sobre Entomologia Forense foram apresentados de forma oral e em pôster. Os trabalhos são de autores do Rio de Janeiro, Santa Catarina, Mato Grosso e São Paulo. Os Congressos acontecem a cada 2 anos, em 2011 aconteceu em Gramado, RS, o de 2013 foi em Brasília, DF, 2015 em Búzios, RJ e o último foi em Florianópolis, SC. As informações dos anos que faltaram não foram registradas, pois a página oficial do evento já tinha sido excluída no momento da pesquisa.

(38)

38

6 CONCLUSÃO

Os resultados reportados por esse trabalho vão de encontro com os números de trabalhos apresentados no Congresso Nacional, por exemplo. Mostra que a pesquisa em EF no Brasil é executada principalmente no Sudeste do país, apesar da crescente nas demais regiões. Isso ocorre, principalmente, em virtude da parceria entre pesquisadores e polícia nas regiões em questão, tirando como exemplo Rio de Janeiro e Distrito Federal que a parceria é longa e consolidada, profissionais de ambas as partes são treinados para exercer funções que não prejudiquem a elucidação do crime e as respostas para questões que surgem durante o trabalho em campo tendem a ser resolvidas com a experiência no laboratório. Dessa forma a pesquisa torna-se necessária e é fomentada pela própria polícia.

Mesmo que essa ainda seja uma dificuldade, os trabalhos nas demais regiões são fundamentais para conhecermos a diversidade, tanto na biologia quanto na ecologia dos insetos encontrados nas diferentes regiões. A Entomologia Forense ainda precisa percorrer um longo caminho, a fim de se firmar no âmbito criminal no meio de tantas outras ciências. Por isso, as principais metas e diretrizes de PUJOL-LUZ; ARANTES; CONSTANTINO (2008) se fazem valer ainda nos dias de hoje. Estudos básicos de taxonomia, chaves de identificação, ecologia, padrões de sucessão faunística, biologia, ciclo de vida dos insetos de interesse são importantes para o desenvolvimento e fortalecimento da EF. Portanto se faz necessário que ainda mais estudantes se formem interessados nessa área, além de mais fomento e financiamento.

Passaram-se 110 anos desde que a Entomologia Forense começou a ser enxergada pelos cientistas brasileiros, e desde então, o interesse por essa ciência foi ganhando espaço no meio acadêmico e as pesquisas sobre o tema, principalmente sobre diversidade, taxonomia e biologia, aumentaram. No entanto, falta uma maior de proximidade entre meio acadêmico e polícia científica, para que os resultados dos estudos tenham uma finalidade real. Apesar de não ser o ideal, comparado com os resultados de PUJOL-LUZ; ARANTES; CONSTANTINO (2008), alguns profissionais da área têm parcerias com universidades e grupos de pesquisa interessado em EF bem determinados e em alguns estados, como Santa Catarina essa troca vem ganhando força e interesse de ambas as partes. Portanto, a perspectiva para o futuro é que mais pesquisadores se juntem aos peritos para aumentar o conhecimento a cerca das diversas vertentes da EF, com o objetivo de que a mesma se torne funcional em todas as regiões

(39)

39

7 REFERÊNCIAS

ALMEIDA, L. M.; MISE, K. M. Diagnosis and key of the main families and species of South American Coleoptera of forensic importance. Revista Brasileira de

Entomologia, v. 53, n. 2, p. 227–244, 2009.

AMENDT, J.; KRETTEK, R.; ZEHNER, R. Forensic entomology. Die

Naturwissenschaften, v. 91, n. 2, p. 51–65, fev. 2004.

BARBOSA, R. R. et al. New records of calyptrate dipterans (Fanniidae, Muscidae and Sarcophagidae) associated with the decomposition of domestic pigs in Brazil.

Memorias do Instituto Oswaldo Cruz, v. 104, n. 6, p. 923–926, 2009.

BARBOSA, T. M.; VASCONCELOS, S. D. Muscidae (Diptera) of medico-legal importance associated with ephemeral organic substrates in seasonally dry tropical forests. Papéis Avulsos de Zoologia, v. 58, p. 26, 2018.

BARROS-CORDEIRO, K. B. REND.; BÁO, S. N.; PUJOL-LUZ, J. R. Intra-puparial development of the black soldier-fly, Hermetia illucens. Journal of insect

science (Online), v. 14, n. 83, p. 83, 2014.

BARROS, R. M. DE. Sarcophagidae (Insecta, Diptera) associados à decomposição de carcaças de. Cochrane Database of Systematic Reviews, v. 52, n. 1986, p. 606– 609, 2008.

BENECKE, M. A brief history of forensic entomology. Forensic Science

International, v. 120, n. 1–2, p. 2–14, 2001.

CANEPARO, M. F. DA C. et al. Entomologia médico-criminal. Estudos de

Biologia, v. 34, n. 421, p. 215, 2012.

CATTS, E.; GOFF, M. Forensic Entomology in. Ann. Rev. Entomol, 1992.

CELLI, N. G. R. et al. Chave de identificação e diagnose dos Histeridae (Insecta: Coleoptera) de interesse forense do Brasil. Iheringia. Série Zoologia, v. 105, n. 4, p. 461–473, 2015.

DE SOUSA, J. R. P. et al. Distribution and abundance of Necrophagous Flies (Diptera: Calliphoridae and Sarcophagidae) in Maranhão, Northeastern Brazil.

Journal of Insect Science, v. 15, n. 1, 2015.

DOS SANTOS, W. E. Papel das moscas (Insecta, Diptera) na Entomologia Forense.

Pesquisa e Ensino em Ciências Exatas e da Natureza, v. 2, n. 1, p. 28, 2018.

FERRARI, A. C. et al. Comparação dos padrões de atratividade de Hermetia illucens (Diptera, Stratiomyidae) associada a carcaças de Rattus norvergicus enterradas e tratadas com hormônios esteróides. Revista Brasileira de Entomologia, p. 565–569, 2009.

(40)

40

FERRAZ, A. C. P. et al. Effects of the antibiotics gentamicin on the postembryonic development of Chrysomya putoria (Diptera: Calliphoridae). Journal of Insect

Science, v. 14, n. 1, p. 1–5, 2014.

GOMES, L. Entomologia Forense: novas tendências e tecnologias nas ciências

criminais. [s.l.] Technical Books Editora, 2010.

GOMES, L.; GOMES, G.; VON ZUBEN, C. J. The Influence of Temperature on the Behavior of Burrowing in Larvae of the Blowflies, Chrysomya albiceps and Lucilia cuprina , Under Controlled Conditions . Journal of Insect Science, v. 9, n. 14, p. 1– 5, 2009.

GOMES, M. V. ENTOMOLOGIA FORENSE : CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO SAZONAL DA ARTROPODOFA UNA. 2016.

KOSMANN, C. et al. Chrysomya albiceps (Wiedemann) and Hemilucilia segmentaria (Fabricius) (Diptera, Calliphoridae) used to estimate the postmortem interval in a forensic case in Minas Gerais, Brazil. Revista Brasileira de

Entomologia, v. 55, n. 4, p. 621–623, 2011.

LUIZ, H. L.; TAIRA, T. L.; KOLLER, W. W. New records of Muscidae (Diptera) in Campo Grande, MS, Brazil. Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária, v. 21, n. 4, p. 412–414, 2012.

MACEDO, M. P.; KOSMANN, C.; PUJOL-LUZ, J. R. Origin of samples of Cannabis sativa through insect fragments associated with compacted hemp drug in South America. Revista Brasileira de Entomologia, v. 57, n. 2, p. 197–201, 2013. MARTINS, G. et al. Estimativa do intervalo pós-morte em um canino (Canis lupus familiaris Linnaeus 1758) pela entomologia forense em Cabedelo-PB, Brasil: Relato de caso. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinaria e Zootecnia, v. 65, n. 4, p. 1107–1110, 2013.

MELLO-PATIU, C. A. et al. Sarchophagid flies (Insecta, Diptera) from pig carcasses in Minas Gerais, Brazil, with nine new records from the Cerrado, a threatened Neotropical biome. Revista Brasileira de Entomologia, v. 58, n. 2, p. 142–146, 2014.

MISE, K. M.; ALMEIDA, L. M.; MOURA, M. O. Levantamento da fauna de Coleoptera que habita a carcaça de. Revista Brasileira de Entomologia, v. 51, n. 3, p. 358–368, 2007.

OLIVEIRA-COSTA, J. Entomologia forense: quando os insetos são os vestígios. In:

Entomologia forense: quando os insetos são os vestígios. [s.l: s.n.].

PINTO VAIRO, K. et al. Entomologia A Journal on Insect Diversity and Evolution Can Sarcophagidae (Diptera) be the most important entomological evidence at a death scene? Microcerella halli as a forensic indicator. Revista Brasileira de

(41)

41

PUJOL-LUZ, J. R.; ARANTES, L. C.; CONSTANTINO, R. Cem anos da Entomologia Forense no Brasil (1908-2008). Revista Brasileira de Entomologia, 2008.

ROSA, T. A. et al. Dípteros de interesse forense em dois perfis de vegetação de cerrado em Uberlândia, MG. Neotropical Entomology, v. 38, n. 6, p. 859–866, 2009.

SANTOS, W.; ALVES, A.; CREÃO-DUARTE, A. Beetles (Insecta, Coleoptera) associated with pig carcasses exposed in a Caatinga area, Northeastern Brazil.

Brazilian Journal of Biology, v. 74, n. 3, p. 649–655, 2014.

SOUZA, A. S. B. DE; KIRST, F. D.; KRÜGER, R. F. Insects of forensic importance from Rio Grande do Sul state in southern Brazil. Revista Brasileira de

Entomologia, v. 52, n. 4, p. 641–646, 2008.

VAIRO, K. P. E; MELLO-PATIU, C. A. DE; CARVALHO, C. J. B. DE. Pictorial identification key for species of Sarcophagidae (Diptera) of potential forensic importance in southern Brazil. Revista Brasileira de Entomologia, v. 55, n. 3, p. 333–347, 2011.

VAIRO, K. P.; MOURA, M. O.; MELLO-PATIU, C. A. DE. Comparative morphology and identification key for females of nine Sarcophagidae species (Diptera) with forensic importance in Southern Brazil. Revista Brasileira de

Entomologia, v. 59, n. 3, p. 177–187, 2015.

VASCONCELOS, S. D. et al. Dipterans associated with a decomposing animal carcass in a rainforest fragment in Brazil: notes on the early arrival and colonization by necrophagous species. Journal of Insect Science, v. 13, n. 1, p. 145, 2013. VASCONCELOS, S. D.; ARAUJO, M. C. S. Necrophagous species of Diptera and Coleoptera in northeastern Brazil : state of the art and challenges for the Forensic Entomologist. v. 56, n. 1, p. 7–14, 2012.

VIANA OLIVEIRA, P. et al. Using DNA barcodes to identify forensically

Referências

Documentos relacionados

*No mesmo dia, saindo da sala do segundo ano, fomos a sala do primeiro ano, quando entramos os alunos já estavam em sala, depois de nos acomodarmos a professora pediu que

2001, foi dada ênfase apenas ao alongamento dos músculos isquiotibiais, enquanto o tratamento por meio da RPG alongou todos os músculos da cadeia posterior e, por meio do

hospitalizados, ou de lactantes que queiram solicitar tratamento especial deverão enviar a solicitação pelo Fale Conosco, no site da FACINE , até 72 horas antes da realização

Os Autores dispõem de 20 dias para submeter a nova versão revista do manuscrito, contemplando as modifica- ções recomendadas pelos peritos e pelo Conselho Editorial. Quando

Analisando-se os resultados, observou-se que, logo na primeira avaliação aos 8 dias de armazenamento, em ambiente refrigerado, o tratamento testemunha já

Considerando que as variáveis da análise química apresentam diferenças não significativas conforme zonas de coleta, o que pode ter ocorrido em função da variabilidade das

Direitos de propriedade mais seguros podem também contribuir para solucionar alguns dos problemas mais enraizados do Brasil rural, tais como violência e conflitos relacionados

An analysis of the link between property rights and deforestation in the Amazon shows that a 10% decrease in insecurity, measured by an index that combines number of homicides