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TÍTULO: HORTAS URBANAS EM ESPAÇOS INTERSTICIAIS: REQUALIFICAÇÃO AMBIENTAL

URBANA PARA A CIDADE DE SÃO PAULO DE ACORDO COM O PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO DE SÃO PAULO DE 2014

TÍTULO:

CATEGORIA: CONCLUÍDO CATEGORIA:

ÁREA: ENGENHARIAS E ARQUITETURA ÁREA:

SUBÁREA: ARQUITETURA E URBANISMO SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE INSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): MARINA LOUISE DINO GIORGIO AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): PEROLA FELIPETTE BROCANELI ORIENTADOR(ES):

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1. RESUMO

Esta pesquisa visa conceituar a relevância das hortas urbanas contemporâneas através da apropriação de seus espaços intersticiais, ou vazios, centralizando o estudo na cidade de São Paulo em acordo com o Plano Diretor Estratégico de 2014. Para isso, a partir de estudos, é demonstrado a relevância das hortas urbanas para a requalificação ambiental das cidades, que sofrem com poluentes atmosféricos e a falta de espaços verdes, que além de melhorarem a qualidade do ar e o bem-estar humano, funcionam também como espaços de lazer. Outra relevância tratada é a colaboração das hortas nos processos de reeducação alimentar da população, que tem sofrido com problemas de saúde relacionados a uma alimentação considerada não muito saudável. Dessa forma, as hortas urbanas têm a capacidade de proporcionar alimentos ricos em nutrientes e sem agrotóxicos, sendo também uma alternativa de lazer, colaborando na melhoria da saúde mental humana e para a sustentabilidade das cidades, aumentando o número de espaços verdes potenciais para criação de uma infraestrutura verde urbana.

2. INTRODUÇÃO

Os espaços intersticiais na cidade de São Paulo, ou seja, locais considerados como restos ou sobras das construções, originando vazios caracterizados como remanescentes urbanos, áreas ociosas ou espaços residuais, que perderam sua identidade enquanto parte da vida da cidade, são em sua maioria tratados como espaços de uso desqualificado, impróprio e por vezes marginais, como por exemplo, as zonas sob as linhas de alta tensão, canteiros de praças, áreas comuns em condomínios, cobertura de edificações, entre outros (COSTA; CHAVES; NETO; ROMÃO, 2015).

Também, a quantidade de áreas verdes na cidade de São Paulo é escassa pois, os 12 metros quadrados mínimos de área verde por habitante recomendado pela OMS (Organização Mundial de Saúde), estão distribuídos pelo território de forma desigual, fazendo com que a cidade só atenda esse mínimo devido as suas reservas ambientais. Isso por que, os dados de 2014 da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo mostram que, na subprefeitura da Mooca, por exemplo, esse índice é em média de 4%, enquanto na subprefeitura de Parelheiros é de aproximadamente 86% (RODRIGUES, 2014).

Além disso, o número de pessoas com problemas de saúde gerados por uma má alimentação é crescente. Atualmente, dentre as doenças mais comuns em toda a

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população, como hipertensão, diabetes, obesidade, colesterol alto e doenças cardiovasculares, são causadas, além de outros fatores, pelo consumo excessivo de alimentos industrializados, ricos em sódio, açúcares, gorduras, conservantes (SICHIERI, 2000), dentre outros produtos prejudiciais à saúde, e a carência de alimentos fonte de nutrientes como frutas, verduras e legumes, que podem ser produzidos em hortas urbanas.

3. OBJETIVOS

Esta pesquisa desenvolve-se com o objetivo de identificar e evidenciar a importância das hortas urbanas nas cidades contemporâneas e como elas se relacionam com a requalificação ambiental urbana através de sua ocupação em espaços intersticiais na cidade de São Paulo, correlacionando-se com a saúde e qualidade de vida da população, dando acesso a uma agricultura de subsistência com produtos alimentares livre de agrotóxicos, reduzindo seus gastos na compra de itens relacionados ao que foi plantado, funcionando também como uma forma de reeducação alimentar, favorecendo a interação de pessoas em uma comunidade ajudando com a logística de abastecimento das cidades.

4. METODOLOGIA

A metodologia desta pesquisa bibliográfica utilizou o acervo da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie e também pesquisa em ambientes virtuais acadêmicos, tais como: bases de dados, bancos de dissertações e teses, repositórios, Portal Capes, dentre outros.

As etapas elencadas para a construção do texto, abordaram: (a) levantamento de conceitos relativos à relevância de hortas em grandes centros urbanos; (b) conceituação de espaços intersticiais nas grandes cidades; (c) identificação de tipologias de hortas urbanas existentes; (d) identificação de metodologias existentes para implantar hortas urbanas; (e) importância das atividades ao ar livre nos grandes centros urbanos, como formas alternativas de lazer e saúde mental; (f) estudo de caso de hortas urbanas nacionais e internacionais; (g) pesquisas e entrevistas com órgãos municipais de São Paulo sobre programas de hortas de acordo com Plano Diretor Estratégico da Cidade de 2014; (h) visita e registro de hortas urbanas consolidadas na cidade de São Paulo; (i) mapeamento de hortas urbanas existentes no Município de SP a fim de estruturar e organizar os dados relevantes sobre o assunto, de forma a disponibiliza-los aos arquitetos em formação interessados no tema.

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Os espaços intersticiais ou vazios urbanos são popularmente entendidos como espaços vazios, no entanto, são potenciais localizações nas grandes metrópoles para implantação de uma Horta Urbana Comunitária. Contudo, estes devem distinguir-se de um terreno baldio por este se referir a um espaço com ausência de utilidade imediata, enquanto vazios urbanos representam uma possível reocupação futura ditada pelo planejamento urbano e a arquitetura, já que um vazio existe para ser preenchido dando uma nova escala para cidade. (MATOS, 2010)

Ainda segundo Matos (2010) os espaços vazios ou residuais representam lugares residuais ou zonas de transição entre espaços públicos e privados na malha urbana de variadas dimensões como terrenos e edifícios abandonados, degradados ou desocupados, áreas intersticiais, na envolvente do espaço edificado, parques e canteiros, espaços ou estacionamentos inativos e linhas de alta tensão (MATOS, 2010).

Para Gonçalves (2014) há também vazios urbanos de menores dimensões em áreas privadas, como quintais, varandas, telhados e paredes que podem, além de suportar jardins verticais em suas empenas cegas, sustentar recipientes para serem plantadas ervas aromáticas e hortaliças, dando uma tridimensionalidade para agricultura. Saraiva (2011), afirma que as hortas são uma forma espontânea de utilizar os espaços intersticiais, permitindo para quem as utiliza o auto abastecimento, redução dos consumos energéticos, uma alimentação mais saudável ou até um incremento na renda familiar. Tendo em conta que o solo disponível nas cidades é escasso e a horticultura pode ser utilizada para maximizar o uso desse espaço, desta forma sendo necessário apresentar as tipologias de hortas urbanas mais frequentes nas cidades. As Hortas Urbanas, que podem constituir esses vazios, são uma atividade integrante do que é designado por Agricultura Urbana, utilizada para identificar e definir distintas realidades e tipologias. Inicialmente podem-se classificar as hortas como privadas, institucionais ou públicas. A primeira encontrada em quintais ou varandas de habitações privadas. A segunda em instituições como escolas, prisões e hospital. E, a terceira, em terrenos de propriedade pública (GONÇALVES, 2014).

Para Saraiva (2011), o conjunto de tipologias difere-se de acordo com seus objetivos e características do terreno no qual a horta é inserida, reunindo-se em três grupos principais: comunitárias, recreio e pedagógicas caraterizadas conforme abaixo:  hortas comunitárias apresentam um desenvolvimento representativo na componente

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pequenas dimensões, complementando o abastecimento das residências com alimentos nutritivos, aumentando a interatividade de habitantes urbanos com a terra e técnicas básicas rurais de agricultura;

 hortas de recreio são impulsionadas por razões, como o próprio nome diz, de recreio, lazer e educação ambiental em que os alimentos plantados na maioria das vezes não são para consumo próprio e tem destinos como doações para instituições carentes, ONGs e moradores de ruas que não tem condições financeiras para incluir esse tipo de alimento em seu dia a dia;

 hortas pedagógicas constituem espaços que motivam a educação ambiental para escolas, associações e outras organizações, com o objetivo de promover o contato com a terra, divulgando e incentivando o conhecimento de técnicas mais sustentáveis para o plantio, além de estimular crianças, jovens e adultos a incluírem em suas refeições alimentos com mais nutrientes.

Segundo Klemesu (2005, apud ABREU, 2012) os produtos biológicos provenientes da Agricultura Biológica, são mais nutritivos que os de origem convencional por conterem em média 50% mais minerais e vitaminas, além do uso de substâncias tóxicas ser muito agressivo tanto para a saúde humana quanto para o ambiente.

A utilização de substancias tóxicas no cultivo de alimentos, tem sido razão de intoxicações e doenças em especial nos agricultores, causando-os problemas na pele e no sistema digestivo e respiratório (MDRGF, 2011 apud ABREU, 2012), além de existirem indícios que associam as substâncias existentes nos pesticidas a diferentes tipos de cancro, à doença de Parkinson, à infertilidade e à baixa natalidade (PAN UK, 2007 apud ABREU, 2012).

Os pesticidas estão presentes em mais de 50%, dos frutos e legumes produzidos pela agricultura convencional intensiva, podendo entrar em contato com as águas superficiais e subterrâneas, afetando os solos, principalmente pela ação de metais pesados, resultando problemas não só nos seres humanos, mas também em animais silvestres, causando câncer ou alteração em suas células nervosas (MDRGF, 2011 apud ABREU, 2012).

Dessa forma, para o desenvolvimento da Agricultura Biológica é necessário realizar a fertilização do solo através da adição de composto orgânico e da plantação de leguminosas, que vão propiciar o desenvolvimento de organismos como bactérias, fungos e vermes. A matéria orgânica vai atrair organismos, que procedem à sua

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decomposição, criando os húmus do solo e fornecendo os nutrientes necessários ao desenvolvimento das plantas.

Há também outros componentes biológicos que permitem o desenvolvimento da prática agrícola na cidade como sistemas que utilizam o aproveitamento da água da chuva, sistemas de compostagem, utilização de caixas e sacos para o cultivo de alimentos, entre outros (ABREU, 2012).

As hortas urbanas, independente da tipologia utilizada em sua instalação, apresentam algumas funções em comum, tais como: abastecimento alimentar, função social, cultural e ambiental, desenvolvimento econômico local, redução da distância para abastecimento da população, revitalização econômica com a geração de empregos e com o aquecimento das atividades econômicas, além da conservação do solo e da água, atua no controle das cheias e melhoria do microclima urbano local (VAN VEENHUIZEN, 2006).

Em relação ao meio ambiente, hortas urbanas contribuem para sustentabilidade das cidades aumentando o número de espaços verdes, permitindo a melhoria da qualidade do ambiente, proporcionando beleza, recreio, lazer, saúde e bem-estar à população, reduzindo os poluentes atmosféricos como o ozônio, monóxido de carbono, dióxido de azoto e dióxido de enxofre (ABREU, 2012).

A sustentabilidade gerada pelas hortas ocorre também em relação às longas distâncias que os alimentos precisam percorrer a desde o local onde são produzidos até o local que serão comercializados, sendo seu transporte responsável pelo consumo de elevadas quantidades de combustíveis fósseis prejudiciais para o meio ambiente e para saúde humana, além de tornar os alimentos menos frescos, saborosos e nutritivos, precisando de uma maior concentração de agrotóxicos para que sobrevivam (GONÇALVES, 2014).

Abreu (2012) articula sobre o carbono ser utilizado diretamente para a formação de biomassa foliar, minimizando os Gases de Efeito de Estufa (GEE), que variam de acordo com a vegetação. Por exemplo, os jardins domésticos quando em grandes extensões de uma cidade, mesmo que pequenos, promovendo uma espécie de corredor verde, representam um maior valor de sequestro do carbono em relação às áreas verdes de herbáceas ornamentais, como grandes parques que englobam somente uma porção pequena de um território urbano.

As hortas urbanas também podem participar da criação de infraestruturas verdes, constituídas como redes ecológicas que englobam componentes ambientais, sociais

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e econômicos, promovendo a biodiversidade em ambiente urbano (FERREIRA, MACHADO, 2010) e, promover maior equilíbrio ecológico, além de possibilitar melhoria da qualidade de vida, utilizando técnicas naturais de fertilização e de combate de pragas, permitindo uma alimentação diversificada, saudável, de baixo custo e uma maior autonomia da população em tempos de crise econômica, com aumento do preço dos produtos (ABREU, 2012).

Ainda para Abreu (2012), as hortas urbanas, como espaços verdes, também auxiliam na atenuação das temperaturas extremas, criando um microclima favorável, promovendo a redução de ruídos, aumentando a drenagem de águas pluviais, controlando a erosão do solo, além de contribuir para gestão de resíduos orgânicos e a preservação de valores culturais de cada sociedade.

Além dos benefícios ambientais, a agricultura urbana também apresenta efeitos terapêuticos por ser uma atividade pacífica, recarregando energias e proporcionando reequilíbrio, sendo recomendada por alguns médicos à pacientes depressivos como forma de recuperação de saúde física, psíquica e emocional. Desta forma as hortas urbanas contribuem beneficamente prestando serviços ecológicos, sociais e econômicos à população, contribuindo para uma maior qualidade de vida e sustentabilidade das cidades (ABREU, 2012).

Em relação à agricultura e hortas urbanas, a cidade de São Paulo possui o Programa de Agricultura Urbana e Periurbana (PROAURP - Lei 13.727/04) que incentiva a criação de hortas comunitárias e hortas caseiras para autoconsumo em áreas públicas e privadas. São responsáveis por esse programa a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA), a Secretaria do Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo (SDTE) e Secretaria de Coordenação das Subprefeituras (SMPR).

A PROAURP tem como objetivos: combater a fome, incentivar a geração de emprego e renda, promover a inclusão social, incentivar a agricultura familiar, incentivar a produção para o autoconsumo, incentivar o associativismo, incentivar o agro ecoturismo, incentivar a venda direta do produtor e reduzir o custo do acesso ao alimento para os consumidores de baixa renda (BRASIL, 2004).

Recentemente foi aprovado o decreto nº 56.913, de 5 de abril de 2016, que regulamenta a Lei nº 16.140, de 17 de março de 2015, dispondo a obrigatoriedade da inclusão de alimentos orgânicos ou de base agroecológica na alimentação escolar no âmbito do Sistema Municipal de Ensino de São Paulo. Esse decreto estabelece, como uma das ações, a implantação de programas educativos de implantação de hortas

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escolares orgânicas e de base agroecológica, em consonância com a Política Municipal de Educação Ambiental. Incentivando crianças desde pequenas a cultivarem e consumirem alimentos saudáveis e livre de agrotóxicos, fazendo também com que esses hábitos sejam levados para dentro das casas e passados para suas famílias (MARTINS, 2017).

6. RESULTADOS

A fim de apresentar a espacialização das hortas urbanas em São Paulo, foi realizado levantamento de hortas urbanas existentes na cidade de São Paulo, indicando algumas das hortas urbanas consolidadas e reconhecidas pela Prefeitura Municipal de São Paulo. O levantamento das hortas urbanas está apresentado na tabela 01 e a espacialização dos dados segue apresentada na figura 01.

TABELA 01

Horta Nome / localização

01 Horta do Ciclista, Av. Paulista, 2444 - Centro

02 Horta das Corujas, Avenida das Corujas – Zona Oeste

03 Horta do Centro Cultural São Paulo (CCSP), Rua Vergueiro, 1000 – Centro-Sul

04 Horta da Nascente, Praça Homero Silva – Zona Oeste

05 Casa Jaya, Rua Capote Valente, 305 – Zona Oeste

06 Horta das Flores, Av. Alcântara Machado, 2200 – Zona leste

07 É Hora da Horta, Rua Frederico Penteado Jr. 308 – Zona Norte

08 Horta Assim Bem, Praça Acibe Ballan Camasmie – Zona Sul

09 Horta da Glória, Rua General Gurjão, 10 – Zona Sul

10 Viveiro e Horta Zilda Arns, Rua Antônio Pereira Pegas,251 – Zona Leste 11 Horta da Saúde, Rua Paracatu, 66, final da Rua das Uvaias – Zona Sul 12 Horta Beco Cambuci, Rua Antônio Tavares, altura do 474 - Centro

13 Horta Vila Nova Esperança, Av. Eng. Heitor Antônio Eiras Garcia 9.200 – Zona Oeste

14 Horta do BNH, Pça. Maria Noeli Carly Lacerda – Zona Oeste

15 Horta da Faculdade de Medicina da USP, Av. Dr. Arnaldo, 455 – Zona Oeste 16 Hortas da USP (Instituto Oceonagráfico, IEE, Crusp, Psicologia) – Zona Oeste

17 Horta Mario Marques, Escola Mario Marques - Zona Sul

18 Horta Uirapuru, CEU Uirapuru – Zona Oeste

19 Sabor de Fazenda, Av. Nadir Dias de Figueiredo, 395 – Zona Norte

20 Horta Comunitária do Arouche, Largo do Arouche – Centro

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22 Hortão CEU Butantã, Rua Eng. Heitor Antônio Eiras Garcia,1.870 – Zona oeste

23 Horta CEFOPEA, Av. Ariston de Azevedo, 10 – Zona Leste

24 Horta da Praça Kantuta, Praça Kantuta – Zona Leste

25 Horta Boaventura, Av. Monsenhor Manfredo Leite, 5444 – Zona Oeste

26 Horta da Machado de Assis, Praça Rosa Alves – Zona Sul

27 Horta Comunitária Independência, Praça da Independência – Zona Leste

28 Hortão da Casa Verde, Rua Caetano Desco, 123 – Zona Norte

29 Horta da Fábrica de Criatividade, Rua Dr. Luís da Fonseca Galvão, 248 – Zona Sul 30 Horta do SESC Campo Limpo, Rua Nossa Sra. do Bom Conselho, 120 – Zona Sul

FIGURA 01

Espacialização das hortas urbanas existentes na cidade de São Paulo (tabela 01) Fonte: imagem Google Earth, adaptado pela autora.

Apesar de - não serem muito visíveis - para grande parte da população por localizarem-se entre os muros da cidade, foi possível identificar 30 hortas urbanas indicando que a população, mesmo que em alguns casos sem muitos incentivos governamentais, está buscando um meio de se apropriar dos espaços vazios do território em benefício de uma comunidade local.

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através da pesquisa foi possível evidenciar a importância das hortas urbanas nas metrópoles contemporâneas, destacando seu potencial na requalificação ambiental das cidades ao ocuparem os espaços intersticiais disponíveis.

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Destaca-se também as possibilidades de melhoria da saúde e da qualidade de vida das populações, a partir de uma agricultura urbana de subsistência e com capacidade para colaborar na reeducação alimentar, proporcionando alimentos saudáveis, livre de agrotóxicos e reduzindo seus custos na compra de mantimentos oferecidos pelas hortas.

Entretanto, apesar de haver um número aparentemente significativo de hortas espalhadas pela cidade de São Paulo e também em outras grandes metrópoles, há potencial para um número muito maior. O número de espaços intersticiais, com possibilidade para instalação de hortas urbanas é amplo na maioria das grandes cidades e atualmente é crescente a valorização de uma alimentação saudável, de forma que através de maiores incentivos para a formação plantação de hortas urbanas, rapidamente uma rede de hortas urbanas atuaria também como infraestrutura verde, requalificando a vida urbana.

8. FONTES CONSULTADAS

ABREU, Ângela Maria Ribeiro da Silva et al. Hortas urbanas–contributo para a sustentabilidade. Caso de estudo:“Hortas comunitárias de Cascais”. 2012. Dissertação de mestrado. Faculdade de Ciências e Tecnologia.

BRASIL (Município). Constituição (2004). Legislação Municipal nº 13727, de 12 de janeiro de 2004. Lei Nº 13.727, de 12 de Janeiro de 2004. São Paulo, SP.

COSTA, Christiane; CHAVES, Ceceo; NETO, Geraldo; ROMÃO, Mariana. Hortas urbanas. 2015. Disponível em: <http://polis.org.br/wp-content/uploads/Hortas-Urbanas-FINAL-bx-site.pdf>. Acesso em: 03 abr. 2016.

FERREIRA, José Carlos; MACHADO, João Reis. Infra-estruturas verdes para um futuro urbano sustentável. O contributo da estrutura ecológica e dos corredores verdes. Revista LabVerde, n. 1, p. 69-90, 2010.

GONÇALVES, Rita Gonçalves Galvão. Hortas urbanas. Estudo de caso de Lisboa. 2014. Dissertação de Mestrado. ISA

MARTINS, Adão Luiz C. Dúvidas sobre hortas urbanas. [mensagem pessoal] Mensagem recebida por: <cursosescolajardinagem@prefeitura.sp.gov.br>. em: 16 fev. 2017.

MATOS, Rute Sousa. A Reinvenção da Multifuncionalidade da Paisagem em Espaço Urbano-Reflexões. 2010. Tese de Doutorado. Universidade de Évora.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Assembleia Geral das Nações Unidas proclama Década de Ação para Nutrição. 2016. Disponível em:

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ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Os alimentos ultraprocessados estão impulsionando a epidemia de obesidade na América Latina, de acordo com um novo relatório da OPAS/OMS. 2015. Disponível em: <http://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=4905:os- alimentos-ultra-processados-estao-impulsionando-a-epidemia-de-obesidade-na-

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REGO MONTEIRO, Juliana Portela do et al. Hortas comunitárias de Teresina: agricultura urbana e perspectiva de desenvolvimento local. Revibec: revista de la Red Iberoamericana de Economia Ecológica, v. 5, p. 047-60, 2006.

RODRIGUES, Robson. Verde cinza: Reservas ambientais salvam a cidade de reprovação do mínimo de 12 m2 de área verde por habitante recomendado pela OMS; sem considerá-las, a média cai para 2,88 m2. Folha de São Paulo, São Paulo, 21 set. 2014. Disponível em: < http://www1.folha.uol.com.br/saopaulo/2014/09/1518787-reservas-ambientais-salvam-sp-de-reprovar-no-minimo-de-area-verde.shtml>.

Acesso em: 23 abr. 2016.

SARAIVA, Raquel Antunes. As Hortas Urbanas na reconfiguração física, social e ambiental do Concelho de Oeiras. 2011. Tese de Doutorado. Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa.

SICHIERI, Rosely. Recomendações de alimentação e nutrição saudável para a população brasileira. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, v. 44, n. 3, p. 227-232, 2000.

SOUSA, Marcia. Conheça 6 hortas comunitárias espalhadas por São Paulo. 2016. Disponível em: <http://ciclovivo.com.br/noticia/conheca-6-hortas-comunitarias-espalhadas-em-sao-paulo/>. Acesso em: 10 jan. 2017.

VAN VEENHUIZEN, René. Cities Farming for the Future: Urban Agriculture for Green and Productive Cities. Ottawa, Canadá: Idrc And Ruaf Foundation, 2006. 500 p.

Referências

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