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Academic year: 2021

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CATEGORIA: CONCLUÍDO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE ÁREA:

SUBÁREA: Enfermagem SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO(ÕES): CENTRO UNIVERSITÁRIO ÍTALO-BRASILEIRO - UNIÍTALO INSTITUIÇÃO(ÕES):

AUTOR(ES): MIRIÃ BATISTA DOS SANTOS, DANIELLE BRITOS SILVA, MARCELLA BORGES DA SILVA, LEONILDO DOS SANTOS SILVA, RENATA APARECIDA RIBEIRO, ANA CLÁUDIA DA SILVA AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): ANA BEATRIZ BEVILACQUA TRIGO ROCHA ORIENTADOR(ES):

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RELATO DE EXPERIÊNCIA NA MANOBRA DE RCP

DURANTE A VIDA ACADÊMICA

RESUMO

Introdução: A RCP é uma técnica simples que é realizada por Primeiros-socorristas

no atendimento a vítima em Parada Cardíaca. Envolve uma série de medidas realizadas com o fim de promover a circulação do sangue oxigenado ao coração, cérebro e outros órgãos vitais. Para que sejam realizados os procedimentos necessários para o atendimento de vítimas de PCR é preciso que os enfermeiros sejam capacitados, tenham conhecimentos variados e utilizem os equipamentos necessários, sempre visando o alcance do sucesso. Objetivo: Relatar a experiência dos alunos de enfermagem, no processo ensino-aprendizagem na pratica, por meio de simulações de atendimento em primeiros socorros, enfatizando a manobra de RCP. Metodologia: Este estudo consiste em um relato de experiência das acadêmicas referente a uma prática simulada sobre primeiros socorros, com ênfase na manobra de RCP realizada durante o ensino teórico-prático da disciplina de Processo de Cuidar em Urgência e Emergência do curso de bacharelado em Enfermagem de uma instituição de ensino superior da zona sul de São Paulo, desenvolvida no período entre outubro e novembro de 2017.

Desenvolvimento/resultados: As simulações têm como objetivo despertar o

interesse do aluno, desenvolver aperfeiçoar as habilidades com a capacidade de resolver problemas, colocando em situações diferenciadas que não seriam possíveis em sala de aula. Os simulados fazem parte do aprendizado e da atuação do acadêmico, aumentado a autoconfiança na realização de procedimentos e técnicas, sendo muitas vezes a sua primeira experiência no processo de cuidar. Conclusão: O que nos leva a concluir que o uso de técnicas de simulação além de melhorarem as habilidades e competências técnicas dos alunos, tem papel importante no que tange ao aspecto ético-legal e de segurança do paciente. Acredita-se que haverá diminuição de eventos adversos, portanto, o risco do paciente diante da inexperiência do estudante.

Palavras-chave: Ressuscitação Cardiopulmonar, Parada Cardíaca, enfermagem,

simulação.

1. INTRODUÇÃO

O acelerado processo de transição demográfica e epidemiológica tem contribuído para a mudança no perfil de adoecimento populacional, no qual se observa um aumento das doenças crônicas, destacando-se as do aparelho circulatório, que embora mais frequentes em adultos e idosos, manifestam-se também em crianças (ALMEIDA, 2013).

Dados epidemiológicos nacionais apontam que, entre as doenças cardíacas, a insufiência cardíaca e o infarto agudo miocárdio foram as principais causas de morte em 2014, especialmente nas regiões sudeste e nordeste. Dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) referem ainda que do total de

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mortes por doenças cardíacas, 9,7% ocorrem no território brasileiro, representando um problema substancial de saúde pública (BRASIL, 2015).

A parada cardiorrespiratória (PCR) constitui-se numa condição de emergência mais severa que pode acometer um ser humano. É definida como a interrupção das atividades respiratórias e circulatórias efetivas. A intervenção para reverter o quadro tem como princípios fundamentais a aplicação de um conjunto de procedimentos para restabelecer a circulação e a oxigenação (SILVA et al., 2013).

Para um diagnóstico precoce da PCR, é primordial que haja uma avalição sistematizada, sendo importante levar em consideração três fatores essenciais no paciente: responsividade, respiração e pulso. Portanto, o enfermeiro em seu ambiente de trabalho, deve ter conhecimento sobre a PCR e sobre as ações que compõem a Reanimação Cardiopulmonar (RCP), é necessário que sejam tomadas decisões rápidas, seguras, evitando estresse e pânico para que o atendimento ocorra com tranquilidade e eficácia (VIERA et al., 2011).

Segundo LIMA et al. (2009) os profissionais de enfermagem são em geral, os primeiros a presenciarem uma PCR no hospital. São eles quem mais frequentemente acionam a equipe de atendimento. Assim, esses profissionais necessitam ter o conhecimento técnico atualizado e as habilidades práticas desenvolvidas para contribuírem de forma mais efetiva nas manobras de Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP).

A reanimação cardiopulmonar (RCP) é definida como o conjunto de manobras realizadas após uma PCR com o objetivo de manter artificialmente o fluxo arterial ao cérebro e a outros órgãos vitais, até que ocorra o retorno da circulação espontânea (RCE). As manobras de RCP constituem-se na melhor chance de restauração da função cardiopulmonar e cerebral das vítimas de PCR (TALLO et al. 2012).

A RCP é uma técnica simples que é realizada por Primeiros-socorristas no atendimento a vítima em Parada Cardíaca. Envolve uma série de medidas realizadas com o fim de promover a circulação do sangue oxigenado ao coração, cérebro e outros órgãos vitais. Para que sejam realizados os procedimentos necessários para o atendimento de vítimas de PCR é preciso que os enfermeiros sejam capacitados, tenham conhecimentos variados e utilizem os equipamentos necessários, sempre visando o alcance do sucesso no atendimento do paciente (ALMEIDA et al., 2011).

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Para realização correta da RCP, devem estar disponíveis materiais e equipamentos mínimos considerados como essências, tais como: monitor, eletrocardiógrafo, desfibrilador, tubos endotraqueais, cânulas para traqueostomia, laringoscópio, aspirador, bolsa valva-mascara (ambú), máscara de oxigênio, e material cirúrgico. É necessário ter disponíveis medicações como adrenalina, atropina, bicarbonato de sódio, dopamina, dobutamina, amiodarona e xilocaína (SILVA et al., 2013).

A terapia farmacológica desempenha importante papel em busca do salvamento da vítima, pois enquanto a reanimação tem continuidade, drogas são utilizadas, até que haja um bom pulso e fique mantida uma oxigenação cerebral eficiente. As drogas utilizadas visam: a correção da hipóxia, a correção da acidose metabólica, o aumento da perfusão durante a compressão torácica, o estímulo da contração miocárdica, do ritmo cardíaco e da suspensão das atividades ventriculares ectópicas (GOMES, 2008).

Segundo LUGON et al. (2014) a parada cárdica pode acarreta alguns ritmos: fibrilação ventricular (FV) ou taquicardia ventricular (TV) sem pulso (ritmos que merecem choque imediato determinando cerca de 73% de reversão desde que o desfibrilador seja utilizado nos 3 a 4 primeiros minutos de PCR) ou ritmos de assistolia ou atividade elétrica sem pulso (ritmos que não devem receber desfibrilação). Entretanto, uma vez constatada estas condições, devem-se iniciar com brevidade, as manobras de reanimação cardiopulmonar (RCP), já que o cérebro não suporta a hipóxia por um período superior a 5 minutos, correndo o risco de sofrer lesões irreversíveis.

Serviços de urgência são unidades referência para pacientes críticos, como também são portas de entrada hospitalares do sistema de saúde brasileiro. São conhecidas igualmente pelas grandes demandas, superlotações, grande desgaste de paciente na buscar por atendimento, e do profissional, na tentativa de proporcionar atendimento digno. Essas particularidades tomam-nas unidades de grande fluxo de pessoas e de atendimento e resolução rápida (SIMÕES et al., 2013).

Assim, formar o aluno de graduação na área da saúde com domínio teórico-prático em RCP é fundamental importância para um melhor enfrentamento das situações de emergências no desenvolvimento das suas futuras atividades

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profissionais em hospitais, ambulatório, consultório, clinicas entre outros estabelecimentos de assistência à saúde (LINDELMA et al.,2016).

Em 2000, foram criadas as primeiras diretrizes internacionais de RCP, que promoveram uma visão mais ampla, com base em evidências científicas. Assim, a enfermagem tem o dever de se atualizar através dos cursos de Suporte Básico de Vida (SBV) e Suporte Avançando de Vida (SAV). Estes foram criados pela American Heart Association (AHA) em meados dos anos 70, com o objetivo de ensinar técnicas de Suporte Básico de Vida e Suporte Avançado de Vida em cardiologia, no ambiente hospitalar, para os profissionais da área de saúde (MENEZES et al. 2009).

As habilidades teóricas e práticas da equipe de suporte avançado de vida (SAV), contribuem para o sucesso em RCP, logo uma equipe bem treinada é indispensável, já que nessas situações é necessário ações rápidas, eficazes e integradas (LIMA., et al. 2009).

Os cursos SBV e SAV são oferecidos regularmente no Brasil, hoje sob a permissão e supervisão da American Heart Association. Eles propiciam conhecimento com tecnologia adequada e certificação da atuação dos profissionais. Fornecem a padronização das condutas na Reanimação Cardiopulmonar, favorecendo assim, na adoção de linguagem única dos profissionais de saúde para executar as manobras com eficácia (BELLAN., et al. 2010).

O enfermeiro é responsável pelo planejamento da assistência de enfermagem, cabendo-lhe privativamente, cuidados diretos de enfermagem ao paciente grave com risco de morte, conforme descrito no artigo 11 da lei 7.498/86, regulamentada pelo Decreto 94.406/87 (COFEN, 1987). E é incumbência de sua equipe prestar assistência aos pacientes, oferecendo ventilação e circulação artificiais até a chegada do médico. Reforçando assim a necessidade destes profissionais realizarem capacitações contínuas na assertiva de adquirir habilidades para prestar a assistência necessária. Pois quanto menos frequente as atualizações/capacitações, menor a detenção do conhecimento/ habilidades, uma vez que “os conhecimentos teóricos e as habilidades tendem a declinar com o passar do tempo” (ALMEIDA., et al. 2011).

2. OBJETIVO

Relatar a experiência dos alunos de enfermagem, no processo ensino-aprendizagem na pratica em laboratório, por meio de simulações de atendimento em primeiros socorros, enfatizando a manobra de RCP.

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3. METODOLOGIA

O presente estudo caracteriza- se por ser um relato de experiência descritivo, realizado durante o ensino teórico-prático da disciplina de processo de cuidar em Urgência e Emergência do 6º semestre do curso bacharelado de enfermagem de uma Instituição de Ensino Superior (IES) da Zona Sul de São Paulo.

As atividades teórico-práticas foram desenvolvidas em sala de aula e no laboratório de enfermagem da IES no período entre outubro e novembro de 2017, por meio de aula expositiva seguida de aula prática supervisionada em laboratório, pelo docente responsável da disciplina.

Na sala de aula o docente apresentou slides em sala de aula e foi abordado vários conceitos sobre diversas situações em que os Primeiros Sorrocos são aplicados, como os (6H), Hipotermia, Hipovolemia, Hipóxia, Hidrogênio, Hipo-potassemia, Hiper-Hipo-potassemia, (5T), Trauma – ATLS (Advanced Trauma Life Support) Adequado, Tóxicos, Tamponamento Cardíaco, Tensão Tórax, Trombose Coronariana – IAM. Já no laboratório de enfermagem, foi demonstrado pelo o docente, por meio de simulações, as técnicas empregadas.

A fim de manter a particularidade do relato da visão dos acadêmicos em ralação a simulação como estratégia de ensino-aprendizagem na prática em laboratório, foi utilizado no corpo do texto, alguns trechos da fala dos participantes, nomeados como alfabeta fonético internacional, com a finalidade de evitar a identificação dos participantes.

Vale advertir que este trabalho se trata de um relato de experiência e, os próprios sujeitos do estudo também são os autores, sendo que todos eles deram o seu consentimento para participar do estudo, bem como para divulgar os resultados.

4. DESENVOLVIMENTO/RESULTADOS

O sucesso da ressuscitação cardiopulmonar (RCP) depende da qualidade do atendimento que a equipe oferece ao paciente, tanto do suporte básico de vida quando do suporte avançado de vida. O conhecimento e atualização quanto às novas diretrizes da RCP são essências para reduzir a mortalidade dos pacientes de qualquer faixa etária, bem como, as consequências neurológicas acarretadas pela demora ou ineficiência do atendimento. O conhecimento do profissional de enfermagem é

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imprescindível, pois sua competência é um fator crítico na determinação do sucesso do atendimento (BRASIL., 2013).

O contato com dor e o sofrimento inerentes à profissão de enfermeiro sujeitam o discente a situações de angústia e impotência ao exercer suas funções. Entretanto, estudos afirmam que os acadêmicos ainda têm pouco contato com a dor e o sofrimento, o que acaba formando profissionais muitas vezes despreparados para o cuidado (PERBONE; CARVALHO; 2011).

A utilização do treinamento com o uso da simulação realística é de grande valia principalmente na RCP, devido a vivência na prática do atendimento emergencial ao paciente com PCR, pois, neste momento de simulação eu quanto aluno incorporo toda a responsabilidade e ansiedade imposta pela situação. Permite também o meu aperfeiçoamento das práticas atualizadas em consensos internacionais, favorecendo melhor e maior sucesso na resolução e prognóstico do paciente (Mike 01).

Nas aulas de laboratório de pratica de PCR, tive uma experiência muito boa. Como era dividido em grupos e cada um da equipe tinha uma função, tive a sensação que era realmente real devido ao nervosismo e a preocupação por estar sendo avaliado pelo docente e colegas, e um pouco de insegurança por não estar confiante naquele momento que estava nas ventilações, que era muito importante estar alerta (Alfa).

Podemos caracterizar tais atividades fundamentais para a construção do caráter profissional, pois o contato gradual com o exercício prático da profissão além de aproximar os acadêmicos da realidade profissional, aguça o desenvolvimento das competências e habilidades que lhes serão exigidas enquanto futuros enfermeiros (UNIVERSIDADE., 2008; GUEDES.,2009).

Foi uma experiência impactante, despertou o desejo de ajudar cada vez mais o próximo, principalmente pessoas que em uma hora de emergência não sabe o que fazer, e nós estaremos ali ajudando. Nas simulações feita no laboratório era sentido o peso da responsabilidade, que cada um tem seu papel ali na hora de socorrer, não é simplesmente ir fazendo, tem todo um preparo, sequência (Delta).

Um estudo que analisa o nível de estresse em acadêmicos enfermagem perante o primeiro contato com atividade teórico-prática mostra que: 9% dos estudantes sentem angústia e, depois deste, o número aumenta para 36,3%. Já o nível sudorese

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mostra uma alta de 18,1% para 45,4%. O cansaço constante cresce de 63,6% para 72,7%. Sobretudo, o estresse do discente de Enfermagem é percebido, não chega a induzir mudanças na Variabilidade da Frequência Cardíaca (VFC) (GERVÁSIO et al., 2012).

Segundo a AHA (2015) a sequência recomendada para um único socorrista deve iniciar as compressões torácicas antes d aplicar as ventilações de resgate (C-A-B em vez A-B-C), para reduzir o tempo até a primeira compressão. O único socorrista deve iniciar a RCP com 30 compressão torácicas seguidas por duas ventilações.

Foi muito importante para a minha vivência acadêmica e no dia-a-dia, pois pude agir de forma mais eficaz na hora de realizar a manobra, me deixando com mais confiança (Lima).

Mais complicada que a aplicação das técnicas aprendidas em laboratório é relação do acadêmico com seus sentimentos. Mesmo que, como nas demais situações, o tempo e a prática levem a facilitar o entendimento dos sentimentos e o (im)possível bloqueio das emoções, lidar com o que se sente é uma tarefa difícil para os discentes (JESUS., 2015).

Para realização desse procedimento as mãos devem ser colocadas no meio do externo, uma e m cima da outra, a depressão a ser realizada no tórax deve ser de aproximadamente 5 ou 6 cm. O retorno total do tórax proporciona um retorno venoso ao coração fundamental para uma compressão torácica efetiva, o mesmo tempo que levou fazendo as compressões deve-se ter para retorno total do tórax (CHEREGATTI; AMORIN., 2010).

Nas aulas no laboratório foi visto a manobra de RCP de qualidade, que as compressões têm o tempo certo, a velocidade e a profundidade ideal para uma boa qualidade nas compressões torácicas, para dar uma melhor assistência às vítimas de PCR (Lima).

O ensino de enfermagem no campo clínico é uma questão importante, uma vez que possibilita ao acadêmico refletir sobre a atuação. Além disso, é uma etapa em que se aplica o conhecimento teórico apreendido, possibilitando a união entre o saber e o fazer (GUEDES et al., 2009).

Por mais que a universidade busque levantar elementos conceituais, teóricos e práticas sobre a atividade profissional no campo de prática, a habilidade será somente

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adquirida e aperfeiçoada no próprio campo. A preparação do acadêmico ao longo da graduação como ferramenta ao avanço pessoal-profissional não é somente um destaque do conhecimento técnico-cientifico, e sim somada com a perspectiva do autoconhecimento (GERVÁSIO et al., 2012).

Foi uma experiência muito importante na simulação no laboratório, naquele momento deu para sentir o tamanho da responsabilidade, e que tenho que ter conhecimento e habilidade para direcionar o andamento da manobra, para prestar o melhor atendimento possível (Mike 02).

Durante as aulas práticas, o docente pode nos apresentar um pouco a realidade de uma RCP, a tensão e o papel fundamental do enfermeiro, possibilitando o entendimento de possíveis rítmicos chocáveis, e o que levou à uma RCP (Romeu).

5. CONCLUSÃO

O aprendizado que ocorreu no laboratório com as simulações, foi considerado pelos discentes/docentes de alta qualidade, porque os alunos tiveram tempo e vontade para cometer erros e aprender com eles em um ambiente seguro, sem o medo de prejudicar os usuários do serviço de saúde, ou saírem prejudicados com uma avaliação docente desfavorável sobre as atividades realizadas em estágio Nesta situação, os estudantes receberam retroalimentação do educador e dos colegas, e refletiram sobre seus conhecimentos, habilidades e pensamento crítico em relação à simulação.

Neste processo, o papel do educador foi o de criar experiências de aprendizagem que articulassem os fundamentos teóricos de enfermagem à experiência prática. Assim, percebeu-se que somente quando o educador em enfermagem é capaz de fazer a ligação entre a informação didática e a experiência prática, o aluno atingirá o nível de competência exigido por meio de uma aprendizagem significativa, gerando assim benefícios na prática assistencial em saúde, conforme o que ocorreu nessa experiência.

As práticas de ensino de simulação constituíram recurso primordial para o ensino-aprendizagem, vislumbrando o que deverá ser a educação no futuro. No laboratório a simulação realística foi um facilitador para o ensino-aprendizagem do processo do cuidar em enfermagem, foi um recurso pedagógico para o desenvolvimento das competências e habilidades inerentes à profissão, além de ter

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possibilitado o respeito ao ritmo da aprendizagem do aluno individualmente, facilitando o processo ensinar/aprender. Contribuiu ainda na superação da questão da ética no trato com os usuários que procuram o atendimento de saúde, tanto na rede pública quanto na privada.

Para a maioria das pessoas, incluindo os profissionais de Enfermagem, o laboratório é conhecido simplesmente como Laboratório de Enfermagem ou Laboratório de Práticas de Enfermagem. Vale ressaltar que o laboratório acompanha o indivíduo na escola durante a sua formação e durante a sua vida profissional, tendo em vista que a maioria das instituições hospitalares utiliza este recurso nos programas de Educação Continuada (MELO, 2011).

Como é de saber comum, as simulações de casos têm a grande vantagem de preparar os alunos para situações-problema que serão encontradas na realidade assistencial.

É de conhecimento que algumas situações são geradoras de estresse para o acadêmico, uma delas é a Parada Cardiorrespiratória (PCR). O estresse inibe e dificulta o desempenho profissional e a aprendizagem, levando a erros, eventos adversos e frustação no atendimento.

O que nos leva a concluir que o uso de técnicas de simulação além de melhorarem as habilidades e competências técnicas dos alunos, tem papel importante no que tange ao aspecto ético-legal e de segurança do paciente. Acredita-se que haverá diminuição de eventos adversos, portanto, o risco do paciente diante da inexperiência do estudante.

REFERÊNCIAS

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