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JESUS CRISTO: o seu tempo e a sua mensagem

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Academic year: 2021

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JESUS CRISTO: o seu tempo e a sua mensagem

1. O país de Jesus.

No tempo de Jesus a Palestina estava dividida em 5 regiões: Galileia; Samaria; Decápolis; Judeia; Pereia.

Politicamente estava dominada pelos romanos.

Ao longo da História o povo judeu tinha sido dominado por vários povos (ver quadro) mas manteve sempre um grande sentido de independência.

Era um povo com uma identidade bastante definida.

Tinha consciência da sua grandeza de povo eleito e sentia orgulho na sua raça. A religião (judaica) constituía o fator mais importante da sua vida.

2.Sociedade: Classes sociais e grupos religiosos.

No tempo de Jesus Cristo havia aldeias formadas por camponeses em regime de autossubsistência. Com a conquista de Roma, desenvolveram-se os latifúndios, onde trabalhavam assalariados e escravos. Nas cidades (ex. Jerusalém) havia artesãos e comerciantes.

2.1. A Aristocracia Leiga e Sacerdotal. 2.1.1. Aristocracia Leiga.

Composta por latifundiários, comerciantes, cobradores de impostos, que não eram sacerdotes. Eram os chamados “chefes do povo” (Sinédrio).

2.1.1.1. Latifundiários.

Compravam as terras a baixo preço ou roubavam-nas; tinham rebanhos, cultivavam os campos, usando os assalariados e escravos, porque havia homens desempregados que trabalhavam um dia por um denário (insuficiente para uma família com 2 filhos). Muitos entregavam as terras a administradores, que procuravam enriquecer

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explorando os assalariados e roubando o patrão.

2.1.1.2. Grandes comerciantes.

Viviam nas cidades. Comerciantes de gado, trigo, vinho, azeite, frutos secos, madeiras, joias e matérias-primas para revenda a pequenos comerciantes.

2.1.1.3. Cobradores de impostos.

Os impostos eram: a César (anual), para o templo, caixa do senado, pensões militares, de venda de escravos e propriedades, alfândega, entrada nas cidades, passar pontes e rios, dízimos, primícias, taxas diversas, etc., etc., etc...

Havia postos em todas as cidades para cobrar, nas fronteiras, nas portas da cidade e mercados.

2.1.2. Aristocracia Sacerdotal.

Composta pelo sumo-sacerdote em função e os anteriores; chefe do templo, 7 vigias e 3 tesoureiros. Chamados “sumos-sacerdotes”.

2.2. Como vivia a Aristocracia Leiga e Sacerdotal. 2.2.1. Economicamente.

Dedicava-se à acumulação de dinheiro pagando salários baixos; subindo o preço das matérias-primas e impostos; apropriando-se dos campos dos camponeses endividados.

2.2.2. O Consumo.

Vida de luxo e ostentação, pois queriam competir com a corte. Verificava-se isto: no vestir, nas casas e palácios, banquetes diários com música e dança.

2.2.3. Política.

Praticavam a opressão política; coação; cada qual tinha métodos de coação e capatazes.

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São os que sofrem a dominação exercida pela aristocracia leiga e sacerdotal. São os discriminados e marginalizados, analfabetos e sem formação religiosa. Não conheciam a Lei e, como era de esperar, não a cumpriam.

Quem contactasse com eles contraía a impureza legal.

Eram desprezados pelas autoridades religiosas e considerados sem possibilidade de salvação.

2.3.1. Camponeses.

Tinham que trabalhar também como assalariados para poderem subsistir.

2.3.2. Assalariados (pessoas que recebiam salário)

Havia desemprego por causa da instabilidade política; em poucos dias encontravam-se na miséria.

2.3.3. Escravos.

Trabalhos domésticos e agricultura.

2.3.4. Artesãos de aldeia.

Fabricavam instrumentos agrícolas, móveis e coisas para o lar. Cobravam em géneros.

2.3.5. Pescadores.

Organizados em cooperativas, com vários barcos. Trabalhavam para subsistência.

2.3.6. Mendigos.

Eram um enorme grupo de pessoas: com deficiência, doença, desemprego, etc..

O que acontecia na vida deles era consequência do seu pecado, por isso ninguém tinha pena deles pois foram castigados por Deus por serem grandes pecadores.

Não se podia contactar com eles pois eram impuros. Era-lhes vedado o acesso ao Templo.

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2.4. Marginalizados e discriminados sociais. 2.4.1. Crianças.

A situação da criança era semelhante à da mulher. Só se entende no contexto familiar:

- Não eram mimadas.

- O menino é mais apreciado que a menina por causa da sucessão.

- A instrução das meninas, em geral, é dada pela mãe. Aprendem a exercer bem os trabalhos domésticos e a ser futuras e férteis mães.

- A instrução dos meninos, em geral, é dada pela mãe até aos quatro anos. Continuam a ser educado pelo pai até aos seis anos, podendo chegar à Sinagoga onde aprendem a Torá, os Profetas e os Salmos, de cor. Aprendem o ofício do pai.

- O pai é senhor absoluto. Dá ordens. Castiga. Faz a oração. É mestre.

2.4.2. Mulheres.

A Mulher é honrada quando Mãe. A esterilidade é tida como vergonha imposta por Deus. Para Flávio Josefo “é inferior em tudo ao varão”.

2.4.2.1. No Culto.

No templo há um átrio para as mulheres; nas sinagogas estão separadas dos homens e a entrada é distinta; não podiam ler na liturgia.

2.4.2.2. Perante a lei.

Era tida como pouco ajuizada e incapaz de receber instrução; Tem menos mandamentos a cumprir.

2.4.2.3. No lar.

Quando solteira, os seus direitos pertencem ao pai, quando casada, ao marido; quando viúva fica sem proteção em seus direitos;

Até aos 12 anos não tem nenhum direito: está sob o poder do pai que a pode casar com quem quiser; com o casamento passa ao domínio do marido.

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Era permitida a poligamia e o repúdio; Tratava da comida; moía, tecia e lavava;

Tinha o dever de lavar o rosto, pés e mãos ao marido.

2.4.2.4. Na vida pública.

Não participa; é só para o lar.

Quando saía: com o rosto coberto e não podia parar e conversar com um homem, nem mesmo com o marido. O seu testemunho não tinha valor jurídico.

2.4.3. Profissões discriminadas.

Os curtidores de peles por cheirarem mal; os fabricantes de tecidos por serem mentirosos;

os pastores por serem ladrões e invadirem os campos alheios com os seus rebanhos. Mas de todas as profissões, a mais odiada era a dos publicanos ou cobradores de impostos, por três razões:

- ninguém gosta de pagar impostos;

- era dinheiro que ia para a potência invasora. Não bastava a invasão mas tinham também de suportar economicamente os invasores;

- para além do estipulado pelo Império, os cobradores podiam exigir uma quantia muitíssimo mais alta, que ficaria para proveito próprio, o que habitualmente acontecia. Eram gente muitíssimo abastada.

3. Grupos político-religiosos.

3.1. - Os Saduceus.

Grupo composto por latifundiários, membros da elite sacerdotal, comerciantes, mercadores e cobradores de impostos.

Controlavam o Sinédrio (o senado de Israel) e o Templo de Jerusalém.

Mais do que qualquer outro grupo, foram os saduceus os principais responsáveis pela condenação de Jesus.

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3.2. – Fariseus.

Fariseu significa separado. Fanáticos da lei, do Sábado, da pureza legal e ritual, do jejum.

Em várias ocasiões, foram admoestados por Jesus, que os criticava por se apegarem aos detalhes superficiais da Torá, enquanto negligenciavam seu conteúdo profundo.

3.3. – Zelotas.

Ou fanáticos. Pensavam que o Reino de Deus era um poder terreno. Nacionalistas radicais. Viviam nas montanhas e preparavam-se para a luta armada contra os

romanos. Praticavam assassinatos, sequestros de pessoas, roubavam os ricos e armas. Eram chamados: zelotas, ladrões, bandidos, galileus, os terroristas da época..

3.4. – Escribas.

Eram os intérpretes das Sagradas Escrituras. Homens de grande erudição, eram consultados em assuntos polémicos e influenciavam as decisões do Sinédrio, onde estavam representados - por isso, tiveram também sua parte na condenação de Jesus.

4. A Educação de Jesus.

Da sua vida oculta sabemos: “Em Nazaré, o Menino crescia em estatura e em sabedoria. A graça de Deus Estava n’Ele” (Lc 2, 40).

4.1. Casa. Cubo branco de tijolo. Único compartimento. Terraço. Pequena cerca e

alpendre. Podia ser uma gruta escavada na encosta de um monte.

4.2. Alimentação. Legumes, leite, queijo, figos, mel. Em dias de festa carne de

cabrito. Peixe poucas vezes. Quase sempre bebiam água.

4.3. Escola. Era anexa à Sinagoga. Não havia livros: tinham de decorar. Para escrever:

tábua de cera.

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refeições.

4.5. Sábados: Culto na Sinagoga de Nazaré.

4.6. Festas: festas nacionais em Jerusalém: Páscoa, Pentecostes, Tabernáculos.

5. A mensagem de Jesus: o ‘Reino de Deus’.

Reino de Deus ou Reino dos Céus: ver 2101.

- Jesus tem uma personalidade admirável que encanta quem contacta com Ele. - É um homem livre, sem preocupação de agradar a ninguém.

- Livre em contrariar preconceitos sociais, na escolha dos amigos, em relação à família, às tradições religiosas, à interpretação que outros fazem da lei. Livre, sobretudo, em levar ao fim o projeto que escolheu, em cumprir a vontade do Pai. - Sendo pobre de nascimento, optou pelos pobres do seu tempo. É chamado

“carpinteiro”: deve ter feito utensílios agrícolas e móveis e deve ter sido assalariado no campo (Lc 4, 18-21).

- Convida os pobres a segui-l’O. Vê o entusiasmo e a simpatia destes.

- Aceita as mulheres entre os seus seguidores e ensina-lhes a Palavra de Deus. Perante Deus são pessoas.

- Defende a igualdade do homem e da mulher no casamento. Condena a poligamia e o repúdio.

- Ensinava a não desprezar as crianças. Sublinha a sua simplicidade e candura. - Suscitou nas massas a esperança de que era possível um homem novo e uma sociedade nova.

- Critica a exploração económica, a opressão política, a dominação ideológica, o luxo, a ostentação, a hipocrisia...

- Denuncia a hipocrisia dos dirigentes. Critica Herodes. Não aceita o domínio romano sobre Israel.

- Denunciando os sacerdotes, diz que as pessoas de má fama e as prostitutas estão mais próximas do Reino de Deus do que eles.

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- Resume a lei: Amar a Deus e ao próximo.

- Acolhe os pecadores, perdoa-os e come com eles. - Não guarda o Sábado...

- Refuta a teoria farisaica do mérito perante Deus. - Etc..., etc..., etc...

6. A Morte de Jesus: uma consequência da Sua vida.

6.1. Recusa da Sua mensagem e maneira de atuar

7. A Ressurreição de Jesus.

7.1. Uma verdade difícil: só a fé nos dá a certeza 8.2. O testemunho dos apóstolos:

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Referências

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