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MINISTÉRIO DO INTERIOR

FUNDAÇÃO NACIONAL DO INDIO - FUNAI

COMISSÃO DE SINDICÂNCIA DESIGNADA PELA PORTARIA N 1172/E, DE 07 DE JANEIRO DE 1982.-

RELÁddRIO

1 - FATOS

Carta assinada pelo ar. JOÃO PEREIRA DA SILVA e

encaminha-da à Presidência encaminha-da Fm' pelo Senador VALDON VARJÃO, denunciando / uma série de possíveis irregularidades, desonestidade e corrupção 1

que estariam ocorrendo na Ajudância Autônoma de Barra do Garças-AJA

BAG, sediada em Barra do Garças, Estado do Mato Grosso.

2 - DESENVOLVIMENTO

O trabalho da Comissão constou de tres fases: identifica-' ção do assinante e autor ou autores da carta; tomada de depoimentos de servidores e não servidores; e levantamento de dados através de documentos e investigações.

2.1- DA AUTORIA DA CARTA DENtNCIA

Foram ouvidos todos os servidores citados na carta e ou-tros que direta ou indiretamente tiveram alguma participação. Tam-'

bém foram ouvidos não servidores, cujos nomes apareceram no decor-' rer das tomadas de declarações.

Conversamos com o Senador Valdon Varjão no início dos nos

soa trabalhos, dando-lhe ciência de nossa missão e de que ao final,

o resultado lhe seria dado a conhecer pela direção do Crgão. Na oca sião, aquele parlamentar disse ter tomPo conhecimento de alglrias ' das irregularidades apontadas, como armazenamento de óleo diesel depósitos particulares, confecção dos tanques e fretamento de acero naves, através do documento denúncia elaborado pelo "Dr.FLORES"

por um servidor, que não sabe o nome, que procurou-o em sua casa muito revoltado por ter sido punido, fazendo denúncias contra a ad-

continua às fls.02. Mod. 126 - 210x297

(2)

MINISTERIO DO INTERIOR

FUNDAÇÃO NACIONAL DO ÍNDIO - FUNAI

o2 'IS

vi<

fls.02 administração da AJABAG. Lembrou entretanto, que o servidor era um indivíduo jovem, claro, estatura mediana e com cabelos preto, liso' e comprido e, como não interessasse pelas denúncias, aconselhou-o a pedir uma audiência. à Presidência da FUNAI para o relato dos fatos. Aconselhou-nos também, a procurar o dono do posto de combustível pa_ ra explicar a transação da compra e depOsito de óleo diesel, resal-tando que várias das irregularidades eram do domínio público.

A descrição do tipo físico do servidor, fornecida pelo Se nador corresponde à do funcionário EDILTON MARTINS RODRIGUES -- Aux. Administrativo, lotado no setor de serviços gerais da AJABAG.

O sr. João Pereira da Silva, assinante da carta, é analfa beto, sabendo apenas copiar seu nome. Afirma que a carta foi elabo-rada peio sr. WALTER NEVES COUTINHO, seu conhecido, que pediu-lhe '

para assiná-la pór ser ele amigo dos índios e o único com coragem para tal. Declarou quep pensou durante três dias se assinava ou não a carta, fazendo-o após uma nova leitura feita por Walter Coutinho, e que não conhece nenhum dos fatos denunciados.

A autoria da carta é atribuida a ANTONIO CARDOSO PIORES , por Walter Neves Coutinho em seu depoimento e por aquele, ao segun-do, também em depoimento. Analisando o depoimento de ambos, nota-se, que procuram culpabilizar um ao outro, no sentido de negar a auto -ria de um documento assinado por um-terceiro, que desconhecia os fa tos narrados. Pelos detalhes existentes no documento, percebe-se 1 que os autores tiveram acesso a informações de dentro da AJABAG, co latadas e armazenadas durante certo período. Quem tinha dita liber-dade, conforme consta em vários depoimentos, era o senhor Antonio ' Cardoso Flores, companheiro de CLEUSA CARMO DA SILVA OLIVEIRA-Agen-te Setorial de Serviços Gerais, setor de onde se originaram a maio-ria das ocorrências citadas. Também lotado neste setor, o servidor Blilton Martins Rodrigues, que em seu. depoimento nega ter procurado o Senador Varjão para fazer denúncias e sim, visitado sua casa, por ser seu amigo, bem como nega ter fornecido dados aos denunciantes ,

continua às fls.03..

(3)

DAII(a.

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1)13

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fis.o3

conforme consta nas declarações de "Flores" e de sua companheira. Cleusa Carmo da Silva Oliveira e informação do Senador.

A servidora Cleusa reconhece algumas das expressões usa-das no texto da carta denúncia tais como: "bel prazer", "cousasq "intocável" e "dulce fax niente", como sendo usadas habitualmente 1

por seu companheiro "Flores" e acha que o mesmo teve participação e

fetiva na elaboração da carta.

Posteriormente, após seu depoimento, o sr. Walter Neves Coutinho encaminhou carta à Comissão (fls./g), confirmando as de-clarações prestadas, onde afi=ou ser o "Sr. Flores" autor da carta denúncia, fazendo ainda outras considerações que serão analisadas ' separadamente, neste relatório.

Concluimos, apCs exame dos termos de declarações presta - das à Comissão e informações obtidas que, participaram da montagem, elaboração e distribuição da denúncia, direta ou indiretamente, as seguintes pessoas:

- WALTER NE 2S COUTINHO - acusado de mentor por "Flores",

levou o documento para ser assinado por João Pereira da Silva,

mon-tou-o e encaminhou-o ao Senador Valdon Varjão, mostrando-o tambáni 1 aos seebccees ANTONIO BORTOLAIA, LUIS CARLOS CAVALCANTI DE ALBUQUER-QUE e WALUIR COSTA, avisando-os que seriam chamados a depor. Tinha (

interesse em ser o chefe da AJABAG, conforme consta nos termos de

111

declarações de alguns servidores e não servidores, sendo que desde

meados do ano passado vinha denegrindo a administração local, para enfraquece-la e posteriormente assumi-la;

- ANTONIO CARDOSO FLORES - companheiro da servidora Cleu sa, tinha livre acesso na sede da AJABAG, privando da confiança do chefe, conhecendo várias ocorrências pelo próprio chefe, por ouviàRk comentários internos e possivelmente, atreves de sela companheira Deixou de aparecer na AJABAG após a licitação 34/80 onde tinha inte , ressoas. Expressões de seu uso habitual aparecem na carta denúncia conforme depoimento de sua companheira. Consta em declarações que Walter Coutinho lhe havia prometido melhoria para Cleusa. Sabia tu-r/

Mod. 126 - 210x297

(4)

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FUNDAÇÃO NACIONAL DO iNDIO - FUNAI tudo que se passava na AJABAG.

CLEUSA CARMO DA SILVA OLIVEIRA -viços gerais, companheira de "Flores", tinha do em seu setor, toda documentação referente

Amt,s`4-,N4)

f ls

chefe do setor de ser- conhecimento e arquiva à aquisição, licitação, controle e distribuição de todo material comprado e estocado. Foi 1 envolvida e-n uma sindicância por suspeita de compra de pneus com va, lores superestimedos, cuja diferença poderia beneficiá-la conforme' consta as fls.31t. Nao foi provado nada, mas permaneceu a dúvida Por coincidência, a denúncia foi encaminhada ao fim da sindicância, quando corria perigo de perder a função gratificada ou o emprego.

- EDILTON MARTINS RODRIGUES - auxiliar administrativo, lo

• tado no setor de serviços gerais. Devido as punições recebidas, de

monstra ate o momento, certa revolta. Sua ida a residência do Sena-dor, coincidentemente, nos dias em que foi punido (17 a 20/12/81) e da data da carta (20/12/81), fls. de n2s.1/R, bem couto seu encontro com o Sr. "Flores", quando este chegou de viagem antes de ser ouvido, o desvio dos livros de protocolo da Casa do Indio para sua casa quan do entrou de férias e suas indagações quando prestou depoimento, re

forçam a idéia de ter participado no documento denúncia.

- Jen PEREIRA DA SILVA - indivíduo que assinou a carta , apesar de analfabeto é amigo de Walter Coutinho, Antonio Bortolaial e Dr. Flores, conforme consta em declarações tomadas e, torna-se • quase impossível que não soubesse dos objetivos dos autores da car-

ta.

2.2-DAS DENtiCIAS

-MAU TRATAMENTO DISPENSADO AOS íNDICS

Mod. 126 - 210x297 continua às fls.05.

-'\ Não foi notada tal forma de tratamento, sendo que ocorreu

'. . ‘ tão somente um disci.olinamento no atendimento de índios, procurando\

atender todos os caciques de um mesmo modo, não dispensando trata - \_, mento diferenciado a nenhum deles. Com essa atitude, foi encerrada`' a

a fase de valentia que os xavantes usavam para pressionar a chefia local, sendo que hoje, os mesmos conversam e discutem seus proble -mas, sem ameaças e atitudes bruscas.

(5)

Mário Juruna tem livre acesso apenas despido do mito político com que ca, não havendo nenhuma humilhação.

O cacique Martinho, da Aldeia invadiu nem quebrou o gabinete do chefe do tal fato de todos, inclusive de quem

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!

4 1l•N 49,

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fls.05

a AJABAG, sendo bem tratado, e visto mela opinião Dali

Nova do PI Xavante, nunca da AJABAG, sendo desconheci falou do caso a Walter Cou- tinho, Luis Carlos Cavalcanti de Albuquerque, compadre de Martinho,

fis.n2s.

_•

-PAGAIUNTOS DE COMISSIO PEIA DROGARIA VIT6RIA

Verificando a forma de aquisição e pagamento de medicamen tos, nas várias declarações tomnias, inclusive do representante da' citada firma, não se notou nenhuma evidencia de pagamento de porcen tagem ao. servidor Walter Gumesson, para que acelerasse o pagamento'

das faturas. Existe norma no Setor Financeiro que estabelece a

rea-lização dos paGamentos,entre os dias 04 a 24 de cada mes, de 34 a 511 feira, a partir das 14,30horas, conforme carimbo aposte nas no-tas de empenho (fls.i5e41 )

Não houve nenhum indicio de pagamento feito fora dessa'

norma, a nao ser com determinaçao do 0,1 OSP

O senhor Jefferson Antonio çOes às fls.

.2/

, afirma receber da lixadas, não sendo possível no caso, ros.

-COMPRA DE BOMBA D'ÁGUA ROCHEFFER PB-51

Teve como ganhadora a firma TA=0-Comercio de Materiais' para Construção, que cotou a bomba a W81.955,00 (oitenta e um mil, \ novecentos e cincoenta e cinco cruzeiros), apesar da firma :.:ULTISO .•

DA

ter cotado a N49.900,00 (quarenta e nove mil e novecentos cru .1 zeiros). Houve erro da Comissão que não foi verificar o material dando ganho a firma Tamoyo, por ter esta, na resposta à carta-convi

te, discriminado o material igual constava na referida carta. Pela análise dos termos de declarações do Presidente da Comissão Perna - continua às fls.06.

Mod. 126 - 210x297

chefe da unidade.

de Figueiredo em suas declara-firma, 4% sobre as vendas rea-a grrea-atificrea-ação de 5% rea-a tercei- ,

(6)

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fia.06

Permanente de Licitação, do chefe do SETAD e da funcionária Leila Maria Camargo dos Reis - Membro da CPL, às fls.120303, e do pro-cesso de licitação às fls. b.r/gf _{perfeitamente realizado do ini} -cio ao fim, só faltando formalizar com o "aprovo" do chefe da AJABAG? verifica-se que ocorreu um erro administrativo e não dolo ou má-f 6.

A diferença de Cr$32.055,00 (trinta e dois mil e cincoenta e cinco cruzeiros) paga a mais pelo referido equipamento será obje-to de recolhimenobje-to proporcional ao salário, de obje-todos os servidores' que tiveram responsabilidade no processo licitat6rio, conforme dis-criminado no item providencias tomadas.

-LICITAÇÃO N2 034/80 PARA AQUISIÇÃO DE SACARIA

A carta convite n2 034/80, foi distribuida na praça de Bar ra do Gar7as, no dia 30/12/80 aos estabelecimentos comerciais: A /5. GRICULTORA Ltda, Agro-Center Comercial Ltda., Agroterra-Com. Prod.A grop. Ltda., CRIAL-Com.„!Repres. Ins. Agrop. Ltda. e Adubarra Com.de Adubos Ltda.. Às 15:00 hrs. do dia 06/01/81, foram abertas as car tas-propostas, não apresaatando cotação de preços as convidadas CRI AL e Adubarra. Os preços cotados por unidade, pelas firmas concorren

tes foram os seguintes:

-AGROTERRA Cr$54,90 p/sacos de lu e 2u viras

-A AGRICULTORA Cr$50,00 p/sacos de 1 e 2u viras

-A AGRICULTORA W45,00 p/sacos de 2u e 33 viras -A AGRICULTORA CrU5,70 p/sacos novos

-AGRO-CENTER C1$60,00 p/sacos de lu vira

-AGRO-CENTER Cs'056,00 p/sacos de 2u vira

-CRUZ DE MALTA W99100 p/sacos novos

O preço mais baixo oferecido para sacos de lu e 2u viras' foi o da A AGRICULTORA, que cotou a W50,00 por unidade, o que da,7 ria um custo total de Cr$2.900.000,00 (dois milhões e novecentos cruzeiros). Nenhuma das concorrentes cotou sacos com capacidade

pa-ra 60kg conforme solicitado na carta-convite. Durante o período de

elaboração do mapa _{comparativo (que não chegou a ser concluido), a}

continua às fls.07.-

(7)

DA,

(?4, 01-) 3

fls.07

a comissão estranhou o interesse exagerado do representante de A A-GRICULTORA em fechar o negócio com a FUNAI, o que levou referida co missão a procurar os estabelecimentos concorrentes para verificação da mercadoria e existência em estoque, cillminando com a constatação de que as concorrentes A AGRICULTORA e AGROTERRA estavam oferecendo a mesma mercadoria, de má qualidade e em quantidade insuficiente (-fls. fin.- ), levando a CPL a lançar parecer contrário à _{compra e ..} propor nova licitação com maior divulgação, assunto este discutido" em reunião com o chefe da Ajudância, chefe do SETAD e membros da Co missão, conforme consta dos termos de declarações prestadas por Val ter Gumesson, Carlos Antonio de Morais e Leila Maria Camargo dos Re is (flu/2030í3), decidindo o chefe da AJAEAG optar por contatos '

junto á GOOPERCANA para obtenção da sacaria por empréstimo, o que foi conseguido com seu aval pessoal em garantia do valor da meana

paralisando em consequência a licitação n2 034780, ate mesmo porque,

já não se dispunha do numerário necessário e suficiente para a aqui síção por compra. No decorrer da comercialização da produção, as de

voluOes se deram normalmente nas aldeias diretamente subordinadas'

à AJABAG, o mesmo não ocorrendo nas aldeias administradas pelas Lis sOes de São Marcos, Meruri e Sangradouro, onde houve muita resisten

cia por parte das lideranças, quem sabe por falta de uma melhor cons cientização, resultando tal fato, na obrigação da FUNAI indenizar à

COOPERCANA, o valor de D11.344.060,00 (hum milhão, trezentos e

qua-renta e quatro mil e sessenta cruzeiros), correspondente a 14.148 ' sacos, ao preço unitário de W95,00 (noventa e cinco cruzeiros), às custas do Projeto 81/82. Com relação às demais alusões feitas à citação n2 034/80, podemos afiançar, com base nas declaraçOes cot das e através de constatações pessoais que: dita licitação não des pareceu, pois a encontramos facilmente nos arquivos da Ajudância; não houve oferta nem procura de propina com a finalidade de favore-cer deslealmente a terceiros e em beneficio próprio; houveram moti-vos de sobra para o seu cancelamento; a modalidade "Convite" foi in

continua às fis.8

(8)

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() 05)

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fls.08

foi incorreta no caso da licitação em questão, já que pelo montante da despesa caberia Tomada de Preços; a licitação foi paralizada e arquivada sem o correto cancelamento, uma vez que o chefe da Ajudãa

cia não se manifestou por escrito a respeito nem os concorrentes à

venda da sacaria foram comunicados por escrito, a respeito do cante larento.

-GRUPO GERADOR DE 40KWS COMPRADO Á MULTISOLDA

A compra desse equipamento no valor de W892.500,00 (oito centos e noventa e dois mil e quinhentos cruzeiros) deveu-se a ne-cessidade de funcionamento do secador do PI AreOes, em plena época' de colheita, pois não tinha como acionar os motores elétricos do se cador e chovia naquela área. Analisando-se o processo de aquisição' às fls. 212, , não se observa indicio de desonestidade por parte de servidores, estando empregada a alínea "h" do parágrafo 22, Art.126 do Decreto-lei 200/67 egt2 propriedade, dispensando neste caso o pro cesso de licitação (concorrência), já que se assim não fosse perder -se-ia grande parte do arroz já colhido.

-COMPRA DE 16 TANQUES PARA ARIIAZENAMINTO DE ÓLEO DIESEL

A encomenda de 16 (dezesseis) tanques para depósito de ó-leo diesel nas áreas indígenas, com capacidade total de 200.000 li

tros, do ponto de vista prático não poderia ser melhor, já que a

partir de tal iniciativa as comunidades Xavante e Bororo passaram a contar com uma capacidade de armazenamento de 267.000 (duzentos e sessenta e sete mil) litros _{de combustível, uma vez que dispunham '} anteriormente, de tanques com capacidade total de 67.000 litros,dei xando ainda de forçar a administração da AJABAG à contratação

fretes contínuos para distribuição de óleo em pequenas quantidades¡ para, na maioria dos casos, ser armazenada em tambores de 200 (du - zentos) litros.

Do ponto de vista administrativo e técnico, várias falhas foram encontradas, una vez que os tanques foram encomendados com ba

se apenas em parecer técnico do angg LUIZ CARLOS MATOS RODRIGUES continua às fls.09.-/-

(9)

-rer Uitifielt..1.1.~11111a,8 EL Nmerk

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(

153

fls.09

•

Chefe da Equipe Volante de Agricultura-EVA, à conta do Projeto Xa-vante/Bororo que não dispunha de recursos para gastos de tal nature za; os tanques adquiridos representam investimento de natureza per manente, no entanto foram custeados com recursos destinados a servi ços de terceiros e encargos (elemento de despesa 3.1.3.2-OSE); o ad ministrador não se preocupou em apresentar ao drgão Central, um estu do detalhado do seu projeto de melhoria da infra-estrutura existen-te, devidamente instruido e acompanhado de pedido de viabilização , dos recursos adequados ao empreendimento.

Quanto as denúncias formuladas a respeito, nada foi apura do de concreto, uma vez que todos os tanques foram entregues e já estão sendo utilizados; a licitação foi dispensada corretamente de acordo com a alínea "d", parágrafo 22, artigo 126 do Decreto-lei n2 200/67, sendo a =TAL-Metalúrgica e Torneadora do Afonso Ltda., a li. nica a possuir máquina apropriada para moldar chapas para confecção

Y.

de tanques, além de ter entregue na AJABAG, carta de exclusividade' no ramo em Barra do Garças, fornecida pela Prefeitura Municipal (- fls. IN ); o pagamento dos tanques, no valor de Cr$2.102.410,00

(-dois milhões, cento e (-dois mil, quatrocentos e dez cruzeiros), não foi, pelo menos em sua totalidade, feito por antecipação, pois, de acordo com declarações prestadas pelo sócio-gerente da LLETAL, o ma terial empregado na confecção dos tanques foi adquirido por compra'

411

a crédito, enfatizando que o fato de ter comprado todo o material a

prazo provava não estar sua firma à beira da falencia, conforme foi

denunciado, e, que somente após a confecção de todos os tanques e'

que recebeu. a importância correspondente aos seus serviços, de qual forma, o administrador afirma que só autorizou o pagamento ap o termino dos serviços e vistoria feita pela servidora Cleusa Carmo da Silva Oliveira Agente Setorial de Serviços Gerais, enquanto que esta servidora em suas declarações, afirma que quando fez a visto - ria, encontrou 7 (sete) tanques já concluídos, 1 (um) em fase de

a-cabamento e 8 (oito) a serem confeccionados, o que não nos foi

pos-sível constatar, Dois quando da chegada da Comissão de Sindicância,

Mod. 126 - 210x297

(10)

fls.10

(Portaria ng 1172/E/82), os serviços já haviam sido concluídosl ape-sar das declaraç3es da agente setorial, responsável pelo recebimen-to do material, contradizer as duas primeiras declaraç6es (fis./2?).

-ROMBO NO PROJE20 XAVANTE

No que diz respeito aos recursos do Projeto Xavante/Bororo

safra 81/82, poderíamos caracterizar como "ROMBO", a utilização não autorizada ou não prevista no Projeto, da importância de 0'

2.102.410,00 para confecção'de tanques para combustível; ... 1.344.060,00 para indenização de 14.148 sacos tomados por empréstimo à COOPERCArA e não devolvidos pelas lideranças indígenas, gastos exa gerados com manutenção e reparos de viaturas e utilização antecipada

de recursos previstos e existentes para aquisição _{de sementes, que '} foram reanejados para a compra de 192.000 litros de óleo _{diesel no}

valor total de N8.064.000,00 o que, inevitávelmante defasou o crono

rrrs= de execução no -4nal do exercício de 1981, enfatizando no en

-tanto que a indenização paga foi inevitável e teve por objeto, cum-prir um compromisso moral assumido, pessoalmente, pelo chefe da

Aju.-dância, em nome da FUNAI, e que a aquisição do combustível, apesar ' de antecipada, seria neceággria até a conclusão da safra 81/82,

res-tando sem amparo legal a utilização de recursos impróprios e não pre vistos no projeto, para aquisição dos tanques. Não ficou caracteryza do nenhum ato de dolo ou má-fé em relação aos gastos do Projeto, po rém ficou caracterizado o quadro administrativo que apresentava a Aj. JABAG pois a atividade fim do Projeto, que era a produção de arroz , quase foi cerceada pela não aquisição do ins= básico para qualquesr lavoura, que no caso j a semente.

-DOCUMENTO "FRIO" PARA UTILIZAÇÃO COMO COnL-À0VANTE DE DESPESAS Ficou comprovada a existência da rota Fiscal de Entrada nº 024, emitida em 05/12/80, pela firma A AGRICULTORA LTDA., a favor de FRANCISCO ASSIS SILVA - Administrador do Parque Indígena do Xingá,no valor de W297.750,00 (duzentos e noventa e sete mil, setecentos e cincoenta oruzeiros).JU5,

continua às fls.11

(11)

•

.§.-4,++..411.41.4.111~11111,0~1-.--A I amen. -

Awase+ e ..~.1.411,4.~~ WdOldgXagiaMi, A 1₁ - D,3

pLo f1

s.111

Tal documento não tem valor como comprovante de despesas _fez f,tas por consumidor, uma vez que se destina a registrar entradas de

mercadorias aa estabelecimentos comerciais, adquiridos, principaImen-kx

(te, de produtor rural.

A nota fiscal em questão encontra-se anexada à prestação de contas do suprimento de fundos n2 055/PQIIN/80, em nome daquele Titu-1,Eir e compõe parte da prestação de contas do PQXfl referente ao mês ,de dezembro de 1980.

-AQUISIÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE 192.000 LITROS DE ÓLEO DIESEL

A aquisição do restante do jleo diesel para o Projeto,"de u- ma s6 vez, teve como objeto aproveitar os preços vigentes na época pois havia notícias de um próximo aumento, que caso ocorresse não per mitiria a3 aquisição de todo Oleo previsto.

Segundo declarações do chefe da AJABAG, a operação foi auto-)` rizada verbalmente pelo,, ex-Presidente da FUNAI, Cel. JOIO CARLOS NO-1 BRE DA VEIGA, conforme fls.161/.

Após adquirido,o óleo foi distribuido em vários depósitos,

conforme documento de fls.507, restando ainda a ser restituído à Aju

Anela, 15.810 (quinze mil, oitocentos e dez) litros que se encontram

depositados na Fazenda Agro-Pecuária Curtui. Na data de 12/03/82 aque-la firma assumiu um compromisso com a FUNAI, cuja ccipia encontra-se ,L

\\\5 às fls.

57- ,

de entregar o restante do óleo dentro do prazo de

ia\

dias.

Não há e não houve indício de m.á fé, por parte de servidores da Ajudância Autônoma de Barra do Barças na citada operação.

2.3-ADLINISTRAÇÃO DA CASA DO ÍNDIO

-DESIGNAÇÃO DE JOSÉ UBAIDINO VEIGA PARA CHEEIAR A CASA DO fNDI0 O PI RIO DAS MORTES

Ubaldino veio transferido da 4s DR - Curitiba, para a AJABAG

na gestão de Rodolfo. Não é um protegido seu, mas sim um colega de

trabalho como tantos outros do queAro da FUNAI. Ubaldino veio transf rido como motorista, s6 assumindo a Casa do Indio posteriormente, por

continua às fls.12

(12)

9,3

E

f3

•

por determinação da chefia e falta de pessoal mais confiável. Posteri ormente, decorrido quase um ano, em 29/09/81, Ubaldino foi designado( para responder pela chefia do PI Rio das Nortes, por permuta, devido' o servidor Antonio Vicente, Chefe daquele posto, encontrar-se ameaça-do de morte e com graves problemas de saúde. Encontra-se naquele PI ' ate: o momento, conseguindo se entrosar bem com a comunidade,(fls. 3

).

-WIPRA E REFORnA DE CASA POR UBALDINO USANDO VERBAS DA FUNAI

A compra dos direitos de uma casa no Conjunto Habitacional do

BNH, nesta cidade, por Ubaldino, segundo seu depoimento às fls. 1"' e depoimento do chefe da AJABAG às fls. iÓ q, foi feita por permuta de

um veiculo Karmanghia TC no valor de W120.000,00 (cento e vinte mil

cruzeiros) mais prestações atrasadas, as quais pagou com W100.000,00 (cem ril cruzeiros) aue trouxe de Curitiba.

Quanto a reforpla da casa, conforme depoimento do prOprio, às fls. I e da odont6loga da EVS, às fls. iyy

,

está sendo feita par-

celadamente, com compra de material financiado na firma Tamoyo, con

-forme fls. /8, e em outras firmas, sendo que o mesmo, várias vezes ,

pediu dinheiro emprestado para tal empreitada.

Após ouvirmos vários servidores que trabalhe e trabalharam' na Casa do Indio, na gestão de José Ubaldino, conforme depoimentos de fls. Ii/V-f /ir", /6,', ?83, /XV, . _{, somente o chefe da EVS (fls.}

ouviu qualquer comentário sobre alguma irregularidade praticada por

ele, sem confirmação, e o Auxiliar Administrativo Roberto N. Zochi aue informou, às fls.12f, ter aquele administrador, em época passada,

preenchido um recibo no valor de Crt3.000,00 quando a despesa era

Cr$500,00. Segundo o declarante, o executor de um serviço na Casa

a

Indio também fez serviço na casa de Ubaldino e, a diferença a mai*

seria para pagar o refeido serviço. Não soube Roberto nominar o bene\N r ficiado, nem a época da execução dos serviços, conforme consta às fls

2,49Y , ficando sem comprovação a deraincia.

-DESVIO DE VERBA E GASTOS EXAGERADOS IÇA CASA DO INDIO

continua às fls.13.-

fV:ad. 126 - 210 x297

(13)

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_,913

MINISTÉRIO 00 INTERIOR

9;3 1 LIA

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Quanto a "SANGRIA" ocorrida na Casa do Indio, na gestão de U baldino, juntamos: quadro demonstrativo de despesas da mesma, relati-vo ao perlode nov/80 a dez/81, fls.

6,0 ;

quadro resumo de índios em trânsito na Casa do índio per iode de nov/80 a jan/82, fie. a" re cação de suprimentos de fundos concedidos para servidores da Casa do

,/mos 4;e*

Indio, durante a gestão José Ubaldino e Antonio Vicente. Observando --se e analisando--se esta documentação, não se evidencia indícios de gastos exagerados na administração passada da OCA/AJABAG, ocorrendo sim, despesa condizente com o número de índios em trânsito, um número muito elevado, pois os Xavantes, cada vez mais afluem a Barra do Gar- ças sem motivoujustificados.

411

No quadro demonstrativo de despesa da Casa do Indio nas duas gest6es, irerifica-se que o gasto médio dij.rio oscila entre Ci12.096,39 e 0412.483,40, em elSocas distintas.

-GRAVAÇÃO DE REMJITNA AJABAG, QUANDO ANTONIO VICEI;TE TERIA CRITI GADO ADMINISTRAÇÃO

Ouvido o servidor Cícero Messias - chefe da Equipe Móvel do DGO, ainda em Brasilia, o mesmo declarou verbalmente que solicitou a servidora Cleusa - chefe do SSG, informaçUs sobre a existência de ala guém em Barra do Garças que gravasse fitas com músicas diversas,de di versos cantores, pois não gostava de comprar fitas gravadas de um 4-6 cantor.

Ouvida a servidora Cleusa az dois depoimentos (fie 4'2-2- .4-,9.15, a mesma confirmou tal versão, negando que tivesse tratado sobre fitas gravadas an reunião na AJABAG. Entretanto, no segundo depoimento, 1cm broa-se que seu companheiro "Flores" estava presente à conversa, e daria ter usado a referida conversa, manipulando-a para citar na de\

núncia (fls. igg ). Constata-se que mais uma vez, fatos do conheci-

mento de Cleusa e Flores, saiu transcrito na referida carta.

Pelos depoimentos de Antonio Vicente, Rodolpho Valentini Jr. e Cleusa Carmo da Silva Oliveira (fls./91/ /bY,M), não consta ter a-quele servidor, declarado em ima reunião na AJABAG, fosse a admirais

Mod. 126 - 2101..297 _{continua às fls.14.}

(14)

FUNDAÇÃO NACIONAL DO INDO - FUNAI

irNtialileié.:~~~§111~111~~~

.0Al t

_{k Q 11110,3:}

,2)2

J.1s.14

a administração de Rodolpho uma "MERDA" e que tal diálogo tenha sido gravado em fita. Vicente afirma em suas declaraçôes, não ter feito " críticas a administração local, ainda mais com palavras de baixo ca-lão.

O relaterio feito por Antonio _{Vicente quando assumiu a OCA/}

149-k

/AJABAG e que teria desaparecido, não faz criticas a administração, e numera as dificuldades para recebimento da carga daquela sub-unidade. Não foi instaurada nenhuma sindicância na OCA/AJABAG, por '

não ter ocorrido nenhum problema de monta, conforme atestam os termos'

de declarações de servidores daquela casa.

-CONTROLE E ESWOUE DE MEDICAMENTOS NA CASA De fXDIO

Em toda Unidade Executiva Regional da FUNAI, o controle físi

co de medicamentos e outros materiais é feito pelo Setor de Serviços'

Gerais (almoxarifado), sob a supervisão e normatização, no presente / caso, do chefe da EVS (médico) e tambm do enfermeiro (nível superior)

Y

conforme declarações do chefe da AJABAG, chefe da EVS e Memorando do SSG (fie. 16 Si / 34/2-

).

Aqui na AJADAG, o medicamento encontra-se estocado e armaze-nado em local próprio, sem acesso de pessoas não autorizadas, total -mente sob controle. Na OCA existe so-mente o medicamento para uso roti neiro. A Equipe Volante de Saúde não é lotada na Casa do Indio, perma\. , nece lá somente no período entre as viagens, como nas outras UERs de acordo com Regimento Interno das EVS.

Uma coincid'ència ocorre nesta parte da denúncia, a expressão "A DIFERENÇA ENTRE MHORAI E XAROPE" usada na carta denúncia

\\\

consta no termo também por ela.

2.4-CONTROLE PELO SETOR DE SERVIÇ PLEMENTOS E VIATSRAS

S GERAIS, DE EZSUMOS, MAQUINÁRIO,IM\N

\\\\ de reinquirição da servidora Cleusa (fls. /91 ) us

Como no item anterior, é normal que o controle físico desses materiais seja atribuição do ASSG, sob a supervisão e normatização do

Eng2 Agrônomo, chefe da Equipe Volante de Saúde, digo, Agricultura

(15)

•

D4‘,57.

‘

Pis

i,3

22 ,4

isa

conforme orientação da Administração Central, não procedend a denún-cia sobre esse fato.

2.5 - CONTRA DE ADUBO, SACARIA E ELABORAÇÃO DE NOTAS DE EMPENHO

Toda compra á feita através do Setor de Serviços Gerais-SSG, por ser norma da FUNAI e consequentemente da AJABAG, conforme consta nos termos de declaraç3es do chefe da AJABAG, chefe do SETAD e chefe do SSG (fls.45///""4 /).

A Nota de Empenho n2 1445/81, emitida para indenização de sa canja à COOPER CANA, no valor de Cr$1.344.060,001 foi minutada no SSG, pelo servidor Edilton Martins Rodrigues, conforme fls.

53 .

Toda Nota

' • •

de Empenho e emitida no setor de origem, recebendo assinatura do ela-borador, passando ap6s pelo Setor Financeiro para atualização de sal-do e contábilização, onde recebe assinatura sal-do responsável pelo setor e apds, vai ao ordenador de despesa para a assinatura final e autori-zativa, não sendo portanto, elaborada por uma única pessoa.

A compra de adubo feita à C00±-ERCANA, sem licitação, foi jus tificada por ser aquela entidade supervisionada pelo Ministério da A-gricultura e não visar lucros em transaç3es comerciais com os associa

des, tratamento este dispensado à FUNAI, A operação comercial foi do

total conhecimento do SSG, conforme carta da Cooperativa, de 28/07/81, confirmando preço do adubo e encaminlialia ao SSG em 23/11/81. Quanto qualidade do adubo, a Cooperativa remeteu carta à AJABAG, em 26/02/8 declarando que o mesmo estava em perfeita estado e não estava vencido conforme constante da denunciante (fls. 55 ). Quanto ao recebímen ' ,./\\

to da mercadoria, a nota fiscal correspondente é atestada (vistoriada) pelo funcionário que recebeu-a, conforme declarações de fls.

/-19-chefe do SSG - servidora Cleusa.

2.6 - PARENTESCO DO CHEFE DA AJABAG COM SERVIDORES E DZJISSIO DE IRIA ,\ '\. RIA DE FÁTIMA GOULART PADILHA

N.o há nenhum parentesco do chefe da AJABAG com servidores que trabalham em sua área, conforme nossa constatação e declarações

dele às fls. /69, bem como as do servidor IALUNDO LIMA às fls.

,

Mod. 126 - 210x297 continua às fls.16.

(16)

MINISTÉRIO DO INTERIOR

FUNDAÇÃO NACIONAL DO ÍNDIO - FUNAI

4)41)4;14161 Q-3

w.L.6

G9~ kw,xda

informando apenas que é amigo da familia da esposa de Rodolpho,

não

coincidindo inclusive os nomes.

Quanto a demissão da mulher do servidor Lima, Maria de Fáti-ma Goulart Padilha, cenforme declarações dele, do chefe da AJABAG, de Ubaldino, da atendente Benedita Rosália Boerato e cópia da Comunica

ção de Serviço n2 223/P, de 10/03/81, deveu-se a problemas administra tivos e técnicos e não aos motivos citados na denlincia (fls. 4n7, 16V,

113 ).,

2.7

— vIrDA DE SERVIDORES DO SUL, ONDE TRABALHOU RODOLPHO E SOBREJAR GA A OUTROS FUNCIONÁRIOS

iça gestão de Rodolpho, somente vieram da 44 DR-Curitiba, os servidores José Ubaldino Veiga-motorista e Niculau Filho-Aux.LaboratO

rio, conf9rme cópias de portarias deles às fls. 3S e declarações de

Rodolpho às fls. /ire de Ubaldino às fls. /4 .

O Chefe de PI,ntonio Vicente e sua companheira Maria Hele-na Pires de Melo-Aux. de Enfermagem, pelas portarias de n2s.665/P e 666/P de 16/06/80, às fls.39tqc , foran transferidos por solicitação, do então Diretor do DGO, Gel.Godinhol como consta nas declarações de

Rodolpho à fls. 0Ye de Vicente às fls. IV4) .

Lucia Magaly Ramos Sendeski-Pro2essora de 12 gráu, lotada

no

CTPCOPI Guarita, da 13g DR/RS, como consta das declarações de Rodolp pho às fls.fig, foi designada inicialmente para prestar serviços ajabag, pelo então chefe da Divisão de Ensino - Jaime de Matos, ainda na.gestão anterior à de Rodolpho, tendo sua situação regularizada em 15/01/81 pela Portaria 031/P, quando a pedido da 134 DR, foi colocada

à disposição da Ajudancia, ver documento de fls. 14 .

Com o cancelamento do curso de monitores bilingues xavante's

Lucia Magaly ficou deslocada, não aceitando bem a subordinação ao

_su\,

pervisor de ensino da AJABAG e não procurououtras atividades para de- sempenhar. Às vezes é ocupada por determinação superior em outras fun çOes para nao ficar parada. Achamos que deva retornar à 132 DR o mais depressa possível, conforme será detalhado nas nossas

sugestões.

Este j um item em que a denúncia

é

verdadeira.

MOD. 1-15

(17)

fls.17

A sobrecarga de servidores, com mais trabalhos para uns do que para outros, deve-se primeiramente ao setor que estão lotados. Fe

la informação do Setor de Pessoal, datada de 05/02/82, às fls. ₁

nota-se que todos os setores, quando tem serviços extraordinários, o

fazem com toda equipe, exceção ao SSG, onde a servidora Cleusa traba-lha constantemente fora do horário de expediente, confirmando declara

çOes do servidor Raimundo Lima às fls. /.1", sobre comentário do compa

nheiro dela, Antonio Cardoso Flores.

2.8 - COA DE BOUTIQUE PELA ESPOSA DO CHEFE DA AJABAG

Trata-se de 'na pequena loja de roupas e enfeites femininos, em prédio alugado, ocupando uma pequena sala, numa rua próxima à Sede do drgão. Tem pouca mercadoria e conforme declarações de Rodolphe às

fls. Me i cOpia do registro da firma às fls. /We cópias de

documen-tos de empréstimos bancários às fls./;i3 , teve seu capital registrado no valor de N,300.000,09 (trezentos mil cruzeiros) integralizado atra

vés de recursos conseguidos por empréstimo. Não há nenhum indicio que

foi montada a partir de "comissOes" recebidas.

O funcionário da AJABAG que fez alguns serviços de reforma , foi o artífice Sebastião, como consta às fls. /J-, em dias que não ha via expediente, recebendo de Rodolphe pagamento pelos serviços execu-tados, pois pediu trabalho devido a situação difícil que passava na época.

2.9 - FALTA DE CAPACIDADE E RESPONSABILIDADE NA DIREÇÃO DA AJABAG

O atual chefe da AJABAG, era chefe do SETAD da 4§ DR e

Dele-gado Substituto, quando foi convidado pelo Cel.Godinho, então Diretor do DGO, para responder pela chefia da Ajudancia. Caso se saisse bem ,

num determinado período de tempo, seria designado chefe, como o fd.i \ y2v, realmente.

‘ \ Durante sua passagem pela 4a DR, podemos afiançar cjue em ne9, nhuma oportunidade, houve modificação no trabalho da Delegacia, para pior.

Sua gestão na AjABAG'transcorreu bem, aproximadamente durant

(18)

MINISTÉRIO DO INTERIOR

FUNDAÇÃO NACIONAL DO (NDIO - FUNAI

,DAA / 1.-1

um ano, ou seja até o inicio da e:,:ecu,:ão do Projeto-safra 81/82. _•A partir desta época, foram tundas decisUs impensadas que compromete- rwl Fon, _{aaminintMçgn, entre} enumeromon:

—revio3ei „ : dc rt9 CO Clor3i L e r"

2

1 em sua estrutua -,.bd;ituiçOes de peças reenperá-

veia por novas, a conselho do representante autorizado, o que onerou enormemente os custos de manutenção das viaturas, sem que a Ajudância dispusesse de recursos suficientes para

tal, forçando o administrador a recorrer aos recursos do ..

projeto agricola Xavante/Eororo.'Este procedimento provocou distorção parcial, além do compronetimento de despesas stWo

riores a W3.000.000,00, sem disponibilidade para saldá-las;

S

. ...aquisição de 192.000 litros de óleo diesel sem local para , armazená-lo. Os tanques ainda não estavam confeccionados;

icnão acolhimento de nucestOes de técnicos e auxiliares, nas

áreas de sua coapet'ència. 2.10- ÇONSIDERAÇOES GERAIS

• Ao longo do nosso trabalho constatamos que houve vazamento de • informac3es de dentro da AM AG, voluntjria ou involuntáriamentel para

ou autores da carta den.áncia.

Quase todos OS fatos cid0n. como procedimento irreíilares'

.

5,, dçnones:tos, ,pao inverictieon. Houve e há, erros administrativos de e,frtagrnvidade, mas não ocrioionn'ion com mg,-fé, de responsabilidade è de servidores e do chefe da AJ=.

,Apenas confirma-no, core :::111:fl f:rwre, a coetidaj?clo

nervá-dev FRAUCISCO ASSIS SILVA---/,( »ev Co :VCIN, que obteve una nota

lill~~~111.1Neemeemo.

fj scal de entrada, n2 024, Clat de 05/12/CO, da firma A AGRIGULT(PA

tdaova .0100, 41u .;ber realizado a citada ar,zu24].,

i

fato esto que além de citado nu denimcia, foi -bambem citado nula nova carta enviada à Comissão, ,pelo sr.Walter Neves Coutinho.

Constatou-se tanibém que o, documento enviado à Presidência da FUNAI, teve como objetivo exclusivo, alijar da chefia da AJABAG, o ..

continua áe fls.19.-

(19)

Ai. • yaki•MOIMA.1., la 1 11.111111~11111111.84. adr,

2/1

fls.18

um ano, ou seja ate o inicio da execução do Projeto-safra 81/82. partir desta época, foram tomadas decisões impensadas que

compromete-ram sua administração, entre as quais enumeramos:

—revisões gerais em viaturas, muitas delas com modificações' em sua estrutura original, substituições de peças recuperá-

veis por novas, a conselho do representante autorizado, o

que onerou enormemente os custos de manutenção das viaturas,

sem que a Ajudância dispusesse de recursos suficientes para tal, forçando o administrador a recorrer aos recursos do .. projeto agriccla Xavante/Bororo. Este procedimento provocou distorção parcial, além do comprometimento de despesas supe riores a a33.000.000l oo, sem disponibilidade para saldá-las; -aquisição de 192.000 litros de óleo diesel sem local para

armazená-lo. Os tanques ainda não estavam confeccionados; -não acolhiment,p de sugestões de técnicos e auxiliares, nas

áreas de sua competência. 2.10- CONSIDERAÇOES GERAIS

Ao longo do nosso trabalho constatamos que houve vazamento de informações de dentro da AJABAG, voluntária ou involuntárianente,para os autores da carta denúncia.

Quase todos os fatos citados como procedimentos irregulares' e desonestos, são inveridicos. Houve e há, erros administrativos de certa gravidade, mas não ocasionados com má-fe, de responsabilidade de servidores e do chefe da AJABAG.

Apenas confirma-se, como falta grave, a cometida pelo servi-dor FRAIMSCO ASSIS SILVA-Administraservi-dor do PQXIN, que obteve uma nota flgoal de entrada, n2 024, datada de 05/12/80, da firma A AGRICULTO Ltda., no valor de Cr$297.750,00, sem ter realizado a citada despesa fato este que além de citado na denUncia, foi também citado numa nova`

carta enviada à Comissão, pelo sr.Walter Neves Coutinho.

Constatou-se tanbém que o documento enviado à Presidência da FUNAI, teve como objetivo exclusivo, alijar da chefia da AJABAG, o ..

(20)

MINISTERIO DO INTERIOR £21/iL

fla.19 I!

e servidor Rodolpno Valentini Junior, substituindo-o por Wdlter

Cou-tinho, pretendente ao cargo como ficou claro, nos depoimentos tomados. testes também ficou evidente, que o comportamento daquele cidadão não

o habilita ao exercício de qualquer cargo pliblico.

3 -

PROVIDUCIAS A SEREM TOMADAS

a)- advertir o servidor Rodolpho Valentini Junior, Chefe da' Ajudância, por decisões precipitavas referentes à execu-ção do Projeto Ãavante/Bororo, que puseram em risco o sucesso ao em-' preendimento;

b)- afastamento da chefia da AJABAG, após a colheita do Pro-jeto, do servidor Rodolpno Valentini Jr., remanejando-o para outra á-róea onde não atuasse independentemente. Como nada fui apurado contra' ele, no que diz respeito a corrupção, desonestidade e outros atos de má-fé, sendo apurado erços aaministrativos, que causaram transtornos' à execução do Projeto, o seu enorme desbaste político na àrea e ter ' possibilitado a terceiros, livre acesso aos problemas do Orgão, sua remoção no momento, prejudicaria o próprio Orgão;

J c)- O chefe do Setor Administrativo, servidor Carlos Antonit

de Morais, necessita fazer uma reciclagem em nossa Sede, por um perk ,

do de 15 dias, aproximadamente, que o habilitará, caso aprovado, a continuar na chefia do Setor; a .aunai arcará com as despesas de passaÀ gem, ficando a estadia por conta do servidor. Sua maior faina tem si-do a indecisão sobre questões de sua esfera de competência, quansi-do .1/, chamado a decidir;

d)- remeter à Procuradoria Jurídica, a N.P. Entrada ,n 2 000024

no valor de CR ò 297.750,00 cópia às lis

9? ,

que segundo a denúncia' foi graciosamente fornecida ao Administrador do PQXIN, para que possa oferecer parecer técnico quanto à ilegalidade da referida Nota, além'

de opinar quanto as sançaes que devam ser impostas, após ouvi-lo;

— _{e)- dispensar da função de ASSG, a sere. Cleusa C. da Silva'}

continua às fls.20

7 ;(

(21)

l fj

fis.20

Oliveira, devido as falhas constatadas em seu trabalho e no seu Setor, Algumas delas graves, bem como a certeza que tenha passado direta ou

indiretamente infornaç3es a terceiros (autores da carta), como expla-nado no corpo da Sindicância;

f)-demitir o servidor Edilton Martins Rodrigues Auxiliar Ad-ministrativo, lotado no SSG, por não ter demonstrado responsabilidade no exercício de suas funções desde a algum tempo, sendo que as puni

4ea sofridas por ele foram merecidas. Por último, cometeu as seguin-tes faltas graves, constatadas ror nós: levou para sua casa, ao entrar de farias, os livros de protocolo da casa do Indio, sé devolvendo-oe

,_ _{mediante admoestação; nos dias de carnaval juntamente com o servidor'}

lel Jová Ribeiro Lima, entraram em um clube da cidade intitulando-se Agen

tos da Policia Federal, sendo-lhes apreendidas as carteiras usadas CO MD identificação; posteriormente, no dia seguinte, Edilton alegou

re-ceber ordens do Delegad9.. do DPF local para novamente entrar no clube, reincidindo na mesma falta;

g)-demissão dos servidores Ivan Furtado de Figueiredo-Auxili ar Administrativo e Jová Ribeiro Lima-Auxiliar de Serviço, ambos lota dos no Setor de Serviços Gerais, por falta de responsabilidade no exer cicio de suas funções, não rendendo o esperado, faltando ao expediente sem motivo justificado, ocupando apenas o lugar de alguém que

de render melhor;

l, _{h)-retorno imediato à 13à DR, da servidora Lucia Llagaly}

mos Sendeski, colocada à disposição da AJABAG pela Portaria 031/P, Úe-\ 15/01/81, por não haver necessidade de seus serviços nesta LER;

i)-dispensar o servidor Eugênio Mario Possamai da função de Agente Setorial de Pessoal e designá-lo para a função de Agente Seto-rial de Serviços Gerais, onde há necessidade de uma chefia mais atuar te. O servidor deverá fazer um estágio de 10 dias, na Divisão de Ser -:e viços Gerais, para melhorar seus conhecimentos sobre o trabalho que irá executar;

j)-seja ouvida a Procuradoria Jurídica para adotar, se poss4 continua às fls.211 A

Mod. 126 - 210x297

, / MINISTÉRIO DO INTERIOR

(22)

MM,51-1{3.

FUNDAÇÃO NACIONAL DO ÍNDIO - FUNAI tt1

119.21

possível, baseada nos documentos existentes, um procedimento judicial contra os senhores WALTER NEVES COUTINHO e AI TONIO CARDOSO FLORES,que se acusam mútuamentõ como autores da carta denúncia, manchando assim, o nome desta Fundação e de seus servidores.

4 -

PROVIDtNCIAS

TOMADAS

a)-Recomendação à chefia da AjAJ-SAG, para um melhor controle, quanto à manutenção de viaturas, no revendedor autorizado da cidade procurando diminuir os custos de manutenção, conforme documentos as fls. /

2,0‘

b)-advertência ao servidor José Ubaldino Veiga-motorista, a-

400 tualmente respondendo pela chefia do PI Rio das Mortes, por

ter,quan-do chefiou a Casa ter,quan-do índio, preenchiter,quan-do recibos com valores após assi-natura dos beneficiados, conforme copia as fis. tio ;

c)-advertência ao servidor 'Walter Gunesson-Presidente da Co-missão Permanente de Licitação para um melhor cuidacie quando do julw,.;

mento das licitações, conforme cópia às fls. ;

d)-advert'ència ao servidor Carlos Antonio de Morais-chefe do

Setor Administrativo para que coordene melhor os setores que lhe são

subordinados; (111"")

e)-advertência ao servidor Luis Carlos Matos RodriEues-chefe da EVA, para que melhore os mecanismos de controle dos projetos, ev

tendo distorçOes na sua execução e um acompanhamento eficiente; 4)% f)-reposição da importância de CK32.055,00 (trinta e dois... mil e cincoenta e cinco cruzeiros) pago a maior a firma Tamoyo, na a-quisição da bomba d'água Rocheffer, proporcionalmente ao saljrio dos servidores envolvidos: Rodolpho Valentiní Júnior-chefe da AJABAG; Car los Antonio de ;,Tarais-chefe do SETAD. Valter Gumesson-Presidente da CPI; Leila Maria Camargo dos Reis-Membro da CPI e Plaviana Oliveira

de Souza-membro da CPI. ( 4 4'))

5 -

CONCLUSÃO

Finalizando o trabalho desenvolvido por esta Comissão, gost ríamos de salientar que a Ajudância Autônoma de Barra do Garças,desde

(23)

DRI )481. ‘q.c\bs

s

42

,52,)

desde sua instalação não foi dotada de uma estrutura que fizesse fren te às atribuiç6es que lhe são confiadas, cumprindo suas missões com tremendo esforço.

Enquanto esta situação permanecer, haverá sempre campo propi

cio a tipos de denúncias como estas. Visando um melhor desempenho e atuação da AJABAG, encaminharemos paralelamente à sinriicância, propo— sição que venha a melhorar a atuação da FUNAI na área.

Barra do Garças,MT, 13 de março de 1982

WALDC DA SILVEIRA BITENCCURT

41,

me 4-1-oro f7

Á2L-

JOSfCARLOS ALVES ' Presidente Moei, 126 - 210x297