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DUPLA NECESSIDADE EDUCATIVA ESPECIAL - A COMUNICAÇÃO MEDIADA E O ESTÍMULO AO DESENVOLVIMENTO DE POTENCIALIDADES.

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DUPLA NECESSIDADE EDUCATIVA ESPECIAL - A COMUNICAÇÃO MEDIADA E O ESTÍMULO AO DESENVOLVIMENTO DE POTENCIALIDADES.

Joicy Alves QUINTELLA¹, UEL-PR,

Marcio Ferri DUTRA², UEL-PR, Rosana PIZZOL³, UEL- PR, Rose Aparecida GONZALES, UEL - PR Introdução

Este relato trata-se de uma experiência de atendimento a um aluno surdo que foi encaminhado para o NAAH/S (Núcleo de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação) por apresentar habilidade superior a de seus pares na área artística.

O NAAH/S é um serviço de apoio às Altas Habilidades implantado pelo Ministério de Educação (MEC) em parceria com as Secretarias Estaduais de Educação em todo país. Tem seu funcionamento em Londrina, no Colégio Estadual Vicente Rijo e está organizado com uma equipe multidisciplinar que presta atendimento em Salas de Recursos do Ensino Fundamental ao Ensino Médio, promovendo suporte pedagógico aos professores e orientação às famílias de alunos atendidos pelo projeto. Sua implantação está regimentada sob o suporte legal das Diretrizes Nacionais para Educação Especial na Educação Básica, instituída pela Resolução nº 02 de 11 de setembro de 2001 no artigo 5º que considera: “educando com necessidades educacionais especiais, os que durante o processo educacional, apresentarem: (...) inciso III – altas habilidades/superdotação, grande facilidade de aprendizagem que os leve a dominar rapidamente conceitos, procedimentos e atitudes” (Brasília 2005, p. 19).

A identificação de pessoas com Altas Habilidades/Superdotação esbarra em uma série de dificuldades, entre elas o rótulo de indivíduos que sabem tudo, as cobranças das melhores notas em provas, ou mesmo a relação de características divergentes em seu comportamento, como isolamentos ou dificuldades em fazer amigos. Apesar dos muitos comentários gerarem os mitos, não é sem nenhum fundamento que isto acontece.

Por muito tempo o processo de identificação do superdotado esteve vinculado aos testes psicométricos (QI), ao excelente desempenho acadêmico, bem como ao sucesso em áreas socialmente supervalorizadas.

Os testes psicométricos são organizados com tabelas numéricas e são capazes de medir somente as inteligências lógico-matemática, lingüística e espacial e ultimamente vêm sofrendo críticas referentes à sua abrangência, tendo em vista que são aplicados isoladamente, sem levar em conta a realidade do aluno e mesmo as demais capacidades humanas (FREITAS, 2010; GARDNER, 2001; STERNBERG, 2003; VEIGA, 2006).

Em meio a avanços e retrocessos nos embasamentos legais e nas pesquisas referentes a identificação e das necessidades educativas de alunos superdotados, encontramos contribuições fundamentais para a compreensão do que seja esta clientela.

Nas últimas décadas, os avanços nas pesquisas neurocientíficas possibilitaram uma nova visão sobre conceitos que definem inteligência. Entre as pesquisas que atualmente servem como respaldo, encontra-se a teoria dos psicólogos cognitivistas Howard Gardner (2001) e Robert J. Sternberg (2003) que fundamentam a identificação de outras áreas de inteligências além das que podem ser constatadas pelos testes psicométricos.

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1586 2010; VEIGA, 2006; VIRGOLIM, 2007) sugere um modelo teórico que apresenta nove competências (Linguística;lógico-matemática; espacial; corporal-cinestésica; inteligência intrapessoal; interpessoal; musical; naturalista; existencial ) e conceitua inteligência como “(...) um potencial biopsicológico para processar informações que pode ser ativado num cenário cultural para solucionar problemas ou criar produtos que sejam valorizados numa cultura” (GARDNER 2001, p. 47).

Gardner extrapola o conceito de inteligência como sendo única e quantificável. Baseado na neuropsicologia propõe “(...) um cérebro modular, ou seja, com sistemas de funcionamento relativamente independentes e especializados que processam informação em paralelo e que muitas vezes são inacessíveis a consciência” (VEIGA 2006, p. 33 ).

Outra definição de inteligência que esclarece a revisão dos conceitos comumente aceitos trata-se da Teoria Triárquica de R. J Sternberg (2003) que exemplifica os tipos de condutas usadas na resolução de tarefas como sendo Inteligência Analítica; Prática e Criativa: “A capacidade analítica é usada quando a pessoa analisa, avalia compara ou contrasta. A capacidade criativa é utilizada quando a pessoa cria, inventa ou descobre. A capacidade prática é empregada quando a pessoa (...) aplica ou usa aquilo que aprendeu.” (STERNBERG 2003,p.21) A teoria sugere que é necessário um equilíbrio destas condutas para o desenvolvimento de uma Inteligência Plena (VEIGA, 2006; STERNBERG, 2003).

Como referência na identificação dos alunos com Altas Habilidades/Superdotação a Teoria dos Três Anéis de Renzulli (2004) tem sido constantemente citada como modelo (FREITAS, 2010; VIRGOLIM, 2007). Para Renzulli o comportamento de Superdotação se dá na confluência de três indicadores: Habilidades Acima da média em alguma área do conhecimento - qualidade de respostas superiores em qualquer campo do saber percebidos em repetidas situações; Envolvimento com a tarefa - expressivo nível de interesse e motivação; e Criatividade: - comportamentos visíveis através de respostas inusitadas.

Fonte: RENZULLI, 2004.

Se já é difícil identificar a Superdotação em indivíduos que se comunicam através da oralidade, a dificuldade para a identificação do surdo que se comunica por língua de sinais

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1587 (LIBRAS) é ainda mais acentuada.

Desde sua implantação o NAAH/S vem trabalhando na divulgação dos critérios de identificação dos superdotados e como resultado desses esforços as escolas de Londrina já apresentam um aumento significativo nos índices de encaminhamentos e interesse pela temática.

O aluno em questão, que será tratado por W, é um exemplo de mudanças no cenário educacional, uma vez que a política de educação inclusiva proporcionou a identificação de uma área de necessidade educativa especial, que vai além da sua deficiência e contempla a necessidade de proporcionar ao aluno sua necessidade de enriquecimento curricular, em função do desenvolvimento de seus talentos.

Para sua identificação W, contou com o olhar atento de uma professora capacitada no reconhecimento das características de uma pessoa com Altas Habilidades.

Dentre as características citada pela professora e os critérios adotados como referência, foi possível, inicialmente, identificar no aluno indícios de uma inteligência espacial que se caracteriza por: capacidade de perceber informações visuais ou espaciais que são própria de indivíduos que conseguem transformar estas informações recriando imagens, considerando a relação entre formas, linhas,configurações e espaços (GARDNER, 2001; FREITAS, 2010; VEIGA, 2006; VIRGOLIM, 2007), como é o caso de pessoas que dominam o desenho, pelo qual o aluno em questão manifestou suas habilidades.

Em sua escola de origem não havia relato anterior de encaminhamento de alunos com Altas Habilidades, pois não se tinha informações de atendimentos com estes fins. Do mesmo modo não houve atendimento anterior de aluno surdo na Sala de Recursos em questão. A expectativa de atendimento foi permeada de ansiedade e insegurança, sendo que estes sentimentos vêm acompanhando o sistema de educação inclusiva desde o início de sua implantação.

A peculiaridade deste caso é o fato deste aluno já ser atendido na sua necessidade específica de deficiência auditiva, sendo um desafio a sua dupla necessidade de atendimento para as instituições envolvidas.

Os profissionais envolvidos neste atendimento percorreram os difíceis momentos iniciais de adaptações e se encontram em pleno ritmo de desenvolvimento na construção de estratégias para lidar com a diversidade.

Método

O aluno foi indicado por uma professora de sua escola de origem (ILES) capacitada no reconhecimento dos indicadores de superdotação.

O encaminhamento para o atendimento na Sala de Recursos prevê que seja realizada uma avaliação no contexto escolar pelos professores de ensino regular e posteriormente a partir das informações coletadas, a pedagoga responsável realize uma síntese dos indicadores percebidos pelos professores. Em relato da avaliação no contexto, a pedagoga da escola afirma que W tem talento especial para artes plásticas, elevado grau de criatividade e envolvimento com a tarefa, apresenta como características cognitivas: concentração e memória altamente desenvolvidas, grande bagagem de informações sobre muitos temas, e características afetivas como auto-imposição ao bom desempenho; paixão por aprender, perseverança e concentração em atividades do interesse, que no seu caso é a produção de História em Quadrinhos.

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1588 Para identificação inicial do aluno e ingresso no programa, foi realizada, uma entrevista semi dirigida com a Professora da Sala de Recursos e uma professora intérprete, que voluntariamente prestou este serviço.

O aluno levou consigo sua produção de desenhos e na presença das professoras demonstrou seu talento através de um desenho livre, que é parte da proposta de identificação.

Durante esta entrevista foi confirmado alguns comportamentos de superdotação que constavam no seu encaminhamento e que seguem os critérios baseados na teoria de Renzulli (FREITAS, 2010; VIRGOLIM, 2007) entre eles a Habilidade Acima da Média na produção de desenhos, facilmente identificável na qualidade técnica e expressiva que se destaca entre a média da população; o Envolvimento Com a Tarefa identificado na grande quantidade de desenhos apresentados como produção voluntária e “Criatividade” identificada através da fluência e expressividade em suas produções que não se limitam a copiar o estilo Mangá de história em quadrinhos, mas serve-se deste estilo para elaboração de suas próprias criações. Após este primeiro contato, o aluno passou a ser atendido em Sala de Recursos, seguindo os procedimentos de análise de confirmação dos indicadores, que se dá através da própria dinâmica do atendimento.

A metodologia utilizada no atendimento da Sala de Recursos, baseia-se no modelo Triádico de Enriquecimento sugerida por Renzulli (2004) adotada pelo MEC como referencial de orientação (VIRGOLIM, 2007) que são:

Fonte: Fleith 2007

Atividades de Enriquecimento Tipo I: experiências destinadas a colocar o aluno em contato com uma ampla variedade de tópicos ou área de conhecimento não contempladas no currículo regular. Ex: Visitas a museus bibliotecas, universidades, parques, eventos como exposições, feiras científicas, shows e, entrevistas e palestras com profissionais de diversas áreas do conhecimento

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1589 instrumentais que colaborem para o desenvolvimento de níveis superiores de pensamento. Ex: Questionários, roteiros de entrevistas, técnicas de pesquisa, tabulações e estatísticas.

Atividades de Enriquecimento Tipo III: visam a investigação de problemas reais, por meio da utilização de métodos adequados para a produção de conhecimento novo, a solução de problemas e ou apresentação de um produto. Ex: fazer uma exposição de pinturas; uma peça de teatro, compor uma música, escrever história em quadrinhos; fazer um documentário; gerenciar uma página na web.

Através da análise de sua produção voluntária, foi identificado no aluno um interesse acentuado por histórias de ficção científica, com referência a fenômenos climáticos, bastante freqüentes em temas cinematográficos contemporâneos. Baseado neste interesse foi proposto ao aluno participar de um trabalho já em andamento por outro grupo de alunos superdotados, que pesquisavam o ciclo de vida das estrelas e que tinham como objetivo transformar a pesquisa em uma explicação de linguagem acessível a um público infanto-juvenil. Para tanto, formularam desde simulações da força da gravidade, até o fenômeno descrito como buraco negro, como também criaram uma história de linguagem infanto-juvenil que exemplificava os fenômenos pesquisados.

Foi proposto ao aluno W que se inteirasse do assunto para que através de seu talento, fosse o ilustrador da história. A proposta foi aceita pelo aluno que se interessou pelo tema e demonstrou conhecimento prévio e autonomia na exploração deste conteúdo de elevado nível de complexidade.

Para a transmissão do conteúdo pesquisado, foi feito uma parceria com o professor de Física da escola de origem do aluno (ILES) que se propôs organizar um material áudio-visual e interpretar suas explicações através da linguagem de sinais (LIBRAS).

A apresentação do conteúdo planejado foi feita através de Data show na escola de origem do aluno (ILES), que se prontificou em fornecer a aparelhagem necessária. No caso desta apresentação, o professor de Física exerceu uma dupla função, ou seja, a de professor de área específica e intérprete de linguagem de sinais, de acordo com a necessidade de interação entre os envolvidos, (QUADROS, 2007), sendo o professor com o papel fundamental associado ao ensino e, o intérprete como mediador entre pessoas que não dominam a mesma língua abstendo-se, de interferir no processo comunicativo.

A aula expositiva preparada pelo professor de Física foi proposta como Atividade Tipo l (FREITAS, 2010; VIRGOLIM, 2007) a vários alunos atendidos pelo programa de enriquecimento curricular, o que também possibilitou a socialização de W com os outros alunos do grupo da pesquisa entre outros pares. Para o aluno W a proposta tinha não somente o caráter de Atividade Tipo I, mas como instrumentalização de Atividade Tipo II, pois simultaneamente a apresentação das imagens, era feita a relação do fenômeno explicado com a história produzida na linguagem figurada. Após a explicação, o aluno fazia uma síntese visual, um croqui da imagem mental do que tinha sido explicado, demonstrando o aprofundamento do conteúdo abordado. Através da mediação do professor de Física, que pelo seu domínio da linguagem de sinais, fez também o papel de intérprete entre os professores da Sala de Recursos e os alunos pesquisadores, foram feitas as devidas interferências para que os desenhos expressassem exatamente o que o grupo queria transmitir.

Estes procedimentos se repetiram em encontros posteriores, na Sala de Recursos, com o engajamento voluntário do professor de Física e da professora responsável pela indicação inicial do aluno W, que se dispuseram voluntariamente a mediar à comunicação entre os envolvidos na produção do trabalho, alunos e professores.

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1590 quadro da história. Posteriormente os desenhos foram afixados, com sua sequência, em um painel de 1,95 m de largura por 2,50 m de altura, confeccionados com cartolinas pretas. Aproximadamente dois meses após o seu ingresso na Sala de Recursos e seu envolvimento no trabalho, o aluno W teve a oportunidade de ver sua produção exposta em uma Mostra Científica e de apresentá-lo para os alunos deficientes auditivos que visitaram a mostra. Após a realização deste trabalho, o aluno manifestou o interesse em produzir uma revista de História em Quadrinhos com texto e personagens de sua criação, o que indica seu engajamento em Atividade Tipo III (FREITAS, 2010; VIRGOLIM, 2007), conforme é intuito do programa que aconteça na sequência dos atendimentos.

Resultado

É certo que a indicação de W para atendimento em Sala de Recursos de Altas Habilidades causou o impasse frente às dificuldades que seriam encontradas na comunicação do aluno com os professores e colegas ouvintes, uma vez que oficialmente não haveria a contratação do intérprete como fator condicionante. A princípio, só havia a voluntariedade da professora que o indicara inicialmente e a consciência de que a proposta de educação inclusiva deve contemplar o atendimento de qualidade aos alunos sejam quais forem às necessidades por eles apresentadas. W já recebia atendimento educacional especializado direcionado a sua deficiência, os qual segue o currículo básico pertinente ao seu nível de escolaridade, mas os indícios de seu comportamento evidenciaram outras necessidades.

O atendimento aos superdotados ainda é um tema de pouco domínio na Educação, mas sua divulgação e o crescimento das pesquisas em torno de sua importância têm colaborado para a compreensão do que seja esta clientela e a responsabilidade que a sociedade tem de investir nos seus talentos, como forma de produzir aumento na qualidade de vida (FREITAS, 2010; VIRGOLIM, 2007). “A inteligência, a criatividade, o entusiasmo e a habilidade das crianças constituem-se não só no bem maior de uma nação, como também são uma fonte revigorante, duradoura e infindável.” (VIRGOLIM,2007 pag 15)

O rápido desenvolvimento do trabalho e sua qualidade expressiva, não deixaram dúvidas quanto às habilidades do aluno W e evidenciaram a necessidade de atenção que deve ser mais direcionada em estimular o desenvolvimento de talentos do que em considerar as dificuldades como fatores decisivos. (STERNBERG, 2003).

Durante a continuidade do processo de identificação que se dá através da participação das atividades propostas pelo atendimento, W evidenciou que apresenta também características de Altas Habilidades na área Interpessoal (GARDNER, 2001; FREITAS, 2010; VEIGA, 2006; VIRGOLIM, 2007), que pôde ser facilmente observada em sua facilidade em se relacionar com seus pares e professores, superando as dificuldades de comunicação com os indivíduos ouvintes. Sendo assim, a inclusão do aluno nos atendimentos foi positiva também na questão social, uma vez que amplia o círculo de convivência tanto do aluno W, quanto dos alunos ouvintes, quebrando os conceitos pré-estabelecidos de possibilidades comunicativas. Lopes conclui que: A comunicação com indivíduos surdos segue a mesma dificuldade encontrada entre nacionalidades de línguas diferentes, que só podem ser contornadas a partir da necessidade de seu confrontamento. No entanto, ficou evidente que a complexidade do tema pesquisado pelos alunos para a realização do trabalho em questão e sua transmissão para o aluno W, só foi possível com a presença dos intérpretes sem os quais, o trabalho de integração com os alunos e professores ouvintes, provavelmente levaria um tempo muito extenso, do qual a Educação não dispõe para a divulgação do conhecimento e privaria todos os envolvidos

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1591 desta importante experiência.

Muitos problemas da Educação ficaram mais evidentes nas últimas décadas, entre as várias dificuldades, constatou-se uma necessidade de reciclagem na capacitação profissional, que vai desde o conhecimento de inovações tecnológicas à compreensão dos processos cognitivos aplicados na aprendizagem, mas sobretudo na responsabilidade de atender os alunos com necessidade educativas especiais, contemplando as ferramentas corretas para o devido atendimento, sem as quais ficará evidente a inconsistência da proposta.

Discussões e Conclusões

Esta experiência evidencia a necessidade de aprofundamento nas questões relacionadas à inclusão do indivíduo surdo e suas necessidade educativas especiais, que não se limitam ao campo da dificuldade de comunicação com o mundo ouvinte, mas vai de encontro aos anseios causados pela avidez do conhecimento e a necessidade do desenvolvimento de potenciais. A educação inclusiva em seu percurso histórico vem construindo os caminhos através de constatações conflituosas de possibilidades e impedimentos. Desafios que só podem ser enfrentados a partir de passos corajosos em sua direção que muitas vezes encontram respaldo somente em fatores subjetivos, como coragem, intuição; desprendimento e voluntariedade, que são próprios de uma admirável conduta humana, mas que sozinha não pode garantir a continuidade de sua aplicação, pois é necessário embasamento científico que sustente a legitimidade desta demanda de maneira a alcançar, não somente alguns afortunados pela sorte, mas todos os indivíduos que apresentarem necessidades semelhantes as que foram constatadas por esta experiência.

Referências Bibliográficas:

BRASIL. Ministério da Educação Diretrizes Nacionais para a educação especial na

educação básica/ Secretaria de Educação Especial- MEC/SEESP. 2001

FLEITH, Denise de Souza (org.). A construção de práticas educacionais para alunos com

altas habilidades/superdotação: volume 1: Orientação a professores potenciais – Brasília:

Ministério da educação, Secretaria de Educação Especial, 2007

FREITAS, Soraia Napoleão. Educação e Altas Habilidades/Superdotação: a ousadia de rever

conceitos e práticas. Santa Maria, RS: Editora da UFSM, 2006

GARDNER, Howard. Inteligência: um conceito reformulado – Rio de Janeiro: Objetiva,2001

______. Orientação de Implantação de Núcleos de Atividades de Altas Habilidades/

Superdotação: 1ª Ed. Brasília: MEC, SEESP, 2005. (a)

QUADROS, Ronice Müller de. O tradutor e intérprete de língua brasileira de sinais e língua

portuguesa. 2. ed. Secretaria de Educação especial. Brasília: MEC/SEESP, 2007. RENZULLI, J. O que é esta coisa chamada superdotação, e como a desenvolvemos? Uma retrospectiva de vinte e cinco anos. Trad. de Susana Graciela Pérez Barrera Pérez Educação,

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Porto Alegre – RS, n.1, ano XXVII, p.75-131, jan./abr. 2004.

STERNBERG, R.J. e GRIGORENKO,E.L. Inteligência plena: ensinando e incentivando a

aprendizagem e a realização dos alunos. Porto Alegre: Artmed, 2003.

VEIGA, E.C. e G.,E G.Psicopedagogia e a teoria modular da mente: uma a nova perspectiva

para a aprendizagem. São José dos Campos: Pulso, 2006.

VIRGOLIM, Angela M. R. Altas Habilidades/superdotação: encorajando potenciais – Brasí-lia: Ministério da educação, Secretaria de Educação Especial, 2007.

Referências

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