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Direcção de Serviços de Agricultura e Pescas. Divisão de Protecção e Qualidade da Produção

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Direcção de Serviços de Agricultura e Pescas

Divisão de Protecção e Qualidade da Produção

ESTAÇÃO DE AVISOS AGRICOLAS DE CASTELO BRANCO

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2010

Ana Maria Manteigas Manuel Sequeira Ricardo Monteiro

(2)

ÍNDICE

Pág.

INTRODUÇÃO 1

1- Rede de Postos Meteorológicos 3

1.1 – Registos meteorológicos – Cálculo das horas de frio 5

1.2 - Registos meteorológicos das EMAs – Climatogramas 7

2 - Rede de Postos de Observação Fenologica 10

3 - Rede de Postos de Observação Biológica 14

4 - VINHA 18

4.1 - Pragas 18

4.1.1 - Traça da uva (Lobesia botrana) 18

4.1.2 - Cicadelídeos ou cigarrinha verde (Empoasca vitis) 19

4.2 - Doenças 20

4.2.1 - Escoriose (Phomopsis vitícola) 20

4.2.2 - Oídio (Erysiphe necator) 21

4.2.3 - Mídio (Plasmopara vitícola) 22

5 - POMÓIDEAS – Macieiras e Pereiras 23

5.1 - Pragas 23

5.1.1 - Aranhiço vermelho (Panonychus ulmi) 25

5.1.2 - Bichado (Cydia pomonella) 29

5.1.3 - Afídeos ( Aphis pomi e Dysaphis plantagineae) 33

5.1.4 - Mosca do Mediterrâneo (Ceratitis capitata) 34

5.1.5 - Cochonilha de São José (Quadrispidiotus perniciosus) 34

5.2 - Doenças 35

5.2.1 – Pedrado (Venturia inaequalis e Venturia pirina) 35

6. - OLIVAL 37

6.1 - Pragas 37

6 1.1 - Traça da oliveira (Prays oleae) 37

(3)

Pág.

6.1.3 – Euzophera pingüis 42

6.1.4 - Traça verde (Palpita vitrealis) 43

6.2 - Doenças 45

6.2.1 - Gafa (Colletotrichum acutatum) 45

6.2.2 - Olho de pavão (Spilocaea oleagina) 46

7 - PRUNÓIDEAS – Amendoeiras, Cerejeiras, Pessegueiros 48

7.1 - Pessegueiros 48

7.1.1 - Pragas 48

7.1.1.1 - Mosca da Fruta ou do Mediterrâneo (Ceratitis capitata) 48

7.1.1.2 - Anarsia (Anarsia lineatella) 50

7.1.1.3 - Afídeo verde (Mysus persicae) 51

7.1.2 – Doenças 51

7.1.2.1 - Lepra (Taphrina deformans) 51

7.1.2.2 - Oídio (Sphaerotheca pannosa) 51

7.2 – Cerejeiras 52

7.2.1 – Pragas 52

7.2.1.1 - Mosca da cereja (Rhagoletis cerasi) 52

8 - CITRINOS 61

8.1 – Pragas 61

8.1.1 - Afídeos (Toxoptera aurantii) 61

8.1.2 - Mineira dos citrinos (Phyllocnistis citrella) 62

8.1.3 - Cochonilhas 62

8.1.4 - Mosca da Fruta ou Mosca do Mediterrâneo (Ceratitis capitata) 62

8.2 – Doenças 64

8.2.1 – Míldio (Phytophthora spp) 64

9 – RESUMO DAS CIRCULARES DE AVISOS EMITIDAS EM 2010 65

10 – ANEXOS 69

I – Resultados do Inquérito aos utentes do serviço de Avisos de Castelo Branco 72 II – Poster apresentado no 2º Simpósio Nacional de Fruticultura 79

III – Artigo publicado na revista Agroforum 80

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ÍNDICE DE FIGURAS

Pág. Fig.1 – Estação Meteorológica Automática instalada em Fadagosa, concelho do Fundão, modelo ADCON A733 GSM equipado com sensores de Temperatura, Humidade Relativa, Precipitação,

Folha Molhada, Direcção e Velocidade do Vento e Radiação Solar 3

Fig.2 – Localização das Estações Meteorológicas Automáticas no Distrito de Castelo Branco 5

Fig.3 – Gráfico dos registos meteorológicos de Alcains em 2010 7

Fig.4 – Gráfico dos registos meteorológicos de Cernache de Bonjardim em 2010 7

Fig.5 – Gráfico dos registos meteorológicos de Chão Galego em 2010 8

Fig.6 – Gráfico dos registos meteorológicos de Envendos em 2010 8

Fig.7 – Gráfico dos registos meteorológicos de Vila Velha de Rodão em 2010 8

Fig.8 – Gráfico dos registos meteorológicos da Soalheira em 2010 9

Fig.9 – Gráfico dos registos meteorológicos do Teixoso em 2010 9

Fig.10 – Gráfico dos registos meteorológicos de Belmonte em 2010 9

Fig.11 – Representação gráfica dos avisos emitidos para a cultura da vinha 18 Fig.12 – Monitorização da Lobesia botrana, nos POB de Cernache, Envendos, Sarzedas, Sobreira 19 Fig.13 – Monitorização da Lobesia botrana, nos POB de Soalheira, Lamaçais, Belmonte 19 Fig.14 – Monitorização dos Cicadelideos nos POB de Cernache, Envendos, Sarzedas, Sobreira 20 Fig.15 – Monitorização dos Cicadelideos nos POB de Soalheira, Lamaçais, Belmonte 20 Fig.16 – Monitorização de Míldio (Plasmopara vitícola) no POB de Cernache de Bonjardim 23 Fig.17 – Monitorização de Míldio (Plasmopara vitícola) no POB de Soalheira 23

Fig.18 – Monitorização de Míldio (Plasmopara vitícola) no POB de Belmonte 24

Fig.19 – Representação gráfica dos avisos emitidos para a cultura das pomóideas 25 Fig.20 – Monitorização da eclosão das larvas de Panonychus ulmi no POB de Cernache de Bonjardim 27 Fig.21 – Monitorização da eclosão das larvas de Panonychus ulmi provenientes de ovos de Inverno

nos POB de Soalheira, Teixoso, Belmonte e Casteleiro 28

Fig.22 – O gráfico representa a curva de voo de bichado, as eclosões em insectário das pupas do

ano anterior, em macieiras na Qtª da Fadagosa, em 2010 30

Fig.23 – O gráfico representa a curva de voo de bichado, as eclosões em insectário das pupas do ano anterior, e as capturas de larvas e pupas em cintas armadilhas em macieiras

na Qtª de Lamaçais, em 2010 30

Fig.24 – Gráfico da curva de voo de bichado em macieira, em quatro postos biológicos, a sul da Serra da Gardunha Qtª da Fadagosa, e a norte da serra na Cova da Beira Qtª de Lamaçais, Qtª da Torre e

na zona do Sabugal Qtªs do Espinhal 31

Fig.25 – Gráfico da curva de voo de bichado em macieiras e pereiras no POB de

(5)

Pág.

Fig.26 – Gráfico da curva de voo de bichado em pereiras no POB de Lamaçais 32 Fig.27 – Gráfico da curva de voo de adultos de bichado e as capturas de larvas e pupas em

cintas armadilhas em macieiras, na POB da Qtª de Lamaçais. 32

Fig.28 – Gráfico da evolução das ninfoses, em caixas de eclosão, no insectário do POB da

Qtª de Lamaçais 32

Fig.29 – Monitorização da Ceratitis capitata em macieiras no POB de Cernache de Bonjardim 34

Fig.30 – Monitorização de Venturia pirina no POB da Soalheira 36

Fig.31 – Monitorização de Venturia pirina no POB de Belmonte 36

Fig.32 – Representação gráfica dos avisos emitidos para a cultura do olival. 37 Fig.33 – Monitorização da Prays oleae em armadilhas sexuais nos POB de Perais, Sarzedas, Sobreira 38 Fig.34 – Monitorização da Prays oleae em armadilhas sexuais nos POB da E.S.A. Castelo Branco

S. Miguel d`Acha e Pedrogão de S. Pedro 38

Fig.35 – Evolução do ataque de Bactrocera oleae no POB de Sarzedas 39

Fig.36 – Evolução do ataque de Bactrocera oleae no POB de Sobreira 40

Fig.37 – Evolução do ataque de Bactrocera oleae no POB de Perais 40

Fig.38 – Monitorização da Bactrocera oleae em garrafas mosqueiras, nos POBs de

Sarzedas, Sobreira, Perais e Perdigão 40

Fig.39 – Monitorização da Bactrocera oleae em placas cromotrópicas, nos POBs de

Sarzedas, Sobreira, Perais e Perdigão 41

Fig.40 – Monitorização da Mosca da azeitona em placas cromotrópicas e garrafas mosqueiras e

% de ataque de mosca no POB de Castelo Branco 41

Fig.41 – Monitorização da Mosca da azeitona em placas cromotrópicas e garrafas mosqueiras e

% de ataque de mosca e gafa no POB de S. Miguel D`Acha 41

Fig.42 – Monitorização da Mosca da azeitona em placas cromotrópicas e garrafas mosqueiras e

% de ataque de mosca e gafa no POB de Pedrógão de S. Pedro 42

Fig.43 – Monitorização da Euzophera pingüis no POB de Perdigão. 43

Fig.44 – Monitorização da Euzophera pingüis no POB de Belmonte. 43

Fig.45 – Monitorização da Palpita vitrealis no POB de Perdigão. 44

Fig.46 – Monitorização da Palpita vitrealis no POB de Belmonte. 44

(6)

Pág.

Fig.48 – Gráfico termopluviométrico do POB de Sobreira Formosa. 45

Fig.49 – Gráfico termopluviométrico do POB de Perais. 46

Fig. 50 – Evolução do olho de pavão nos diferentes POBs da região 47

Fig.51 – Representação gráfica dos avisos emitidos para a cultura das prunóideas 48 Fig.52 – Monitorização da Ceratitis capitata em pessegueiros no POB de Cernache de Bonjardim 49 Fig.53 – Monitorização da Ceratitis capitata em pessegueiros nos POB da Soalheira, Teixoso,

Belmonte 49

Fig.54 – Monitorização da Anarsia lineatella em pessegueiros no POB de Cernache de Bonjardim 50 Fig.55 – Monitorização da Anarsia lineatella em pessegueiros nos POB da Soalheira, Teixoso,

Belmonte 50

Fig.56 – Monitorização da Rhagoletis cerasi em placa cromotrópica no POB de Proença -a- Nova. 52 Fig.57 – Monitorização da Rhagoletis cerasi em garrafas mosqueiras no POB de Proença - a -Nova 52 Fig.58 – Monitorização da Mosca da Cereja em garrafas mosqueiras com hidrolisado de proteína (g.m.h.p.) e placas cromotrópicas com placas amónio (P.c.p.a.) nos POB da região da Cova da Beira 53 Fig.59 – Representação gráfica dos avisos emitidos para a cultura dos citrinos 62 Fig.60 – Monitorização da Mosca da Fruta (Ceratitis capitata) em garrafas mosqueiras nos POB

de Alcains, Cernache do Bonjardim, e Sobreira Formosa 64

Fig.61 – Monitorização da Ceratitis capitata em garrafas mosqueiras no POB de Alcains, avaliação

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ÍNDICE QUADROS

Pág. Quadro 1 - Localização das Estações Meteorológicas Automáticas (EMA) em 2010 4

Quadro 2 - Horas de frio acumulado abaixo do 7o C a partir de 01-11-2009 6

Quadro 3 - ESTADOS FENOLÓGICOS DE MACIEIRAS / 2010 10

Quadro 4 - ESTADOS FENOLÓGICOS DE PEREIRAS / 2010 11

Quadro 5 - ESTADOS FENOLÓGICOS DE PESSEGUEIROS / 2010 11

Quadro 6 - ESTADOS FENOLÓGICOS DE CEREJEIRAS / 2010 12

Quadro 7 - ESTADOS FENOLÓGICOS DE AMENDOEIRAS / 2010 12

Quadro 8 - ESTADOS FENOLÓGICOS DE CITRINOS / 2010 13

Quadro 9 - ESTADOS FENOLÓGICOS DA VIDEIRA / 2010 13

Quadro 10 - ESTADOS FENOLÓGICOS DA OLIVEIRA / 2010 14

Quadro 11 -Identificação dos Postos de Observação Fenológica (POF) e

Postos de Observação Biológica (POB) 15

Quadro 12 - Posto Biológico Q.tª do Ribeiro -- Cernache -- 2010 26

Quadro 13 - Posto Biológico Q.tª da Fadagosa -- Soalheira -- 2010 26

Quadro 14 - Posto Biológico Q.tª de Lamaçais -- Teixoso -- 2010 26

Quadro 15 - Posto Biológico Q.tª da Torre – Belmonte -- 2010 27

Quadro 16 - Posto Biológico Q.tª do Espinhal – Casteleiro -- 2010 27

Quadro 17 – Fases de desenvolvimento e somatório de temperaturas de Bichado em 2010 29

Quadro 18 – Metodologia de avaliação da Prays oleae. 37

Quadro 19 – Metodologia de avaliação da Bactrocera oleae 39

Quadro 20 – Acumulação de graus - dia para cada estádio de desenvolvimento de Rhagoletis cerasi

Para a Qtª da Fadagosa – Soalheira com data de início: 1 de Março 53

Quadro 21 – Acumulação de graus - dia para cada estádio de desenvolvimento de Rhagoletis cerasi

Para a Qtª da S. Macário – Alcongosta com data de início: 1 de Março 54

Quadro 22 – Registos Acumulados ( > 7ºC) de Temperatura de Solo da EMA de Chão Galego 55 Quadro 23 – Registos Acumulados ( > 5ºC) de Temperatura de Solo da EMA de Chão Galego 56 Quadro 24 – Cálculo de graus dia de Rhagoletis cerasi para o posto biológico da

Qtª da Fadagosa Soalheira Sul da Serra da Gardunha.

57 Quadro 25 – Cálculo de graus dia de Rhagoletis cerasi para o posto biológico da

Qtª de S. Macário Alcongosta Norte da Serra da Gardunha.

59 Quadro 26 – Circulares emitidas em 2010 pela Estação de Avisos de Castelo Branco 65

(8)

INTRODUÇÃO

A Estação de Avisos Agrícolas de Castelo Branco (EACB) enquadra-se na Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Centro e está afecta à Direcção de Serviços de Agricultura e Pescas – Divisão de Protecção e Qualidade da Produção, localizada na sede da DRAP Centro em Castelo Branco, integrando a rede do Serviço Nacional de Avisos Agrícolas do Ministério da Agricultura do Desenvolvimento Rural e das Pescas.

Este serviço tem como objectivo a nível regional a correcta cobertura dos inimigos das principais culturas, permitindo um apoio ao agricultor relativamente à necessidade de intervenção fitossanitária, contribuindo para o uso sustentável dos produtos fitofarmacêuticos e para a protecção do meio ambiente, visando o equilíbrio do ecossistema agrário.

A EACB emite avisos para pomóideas, prunóideas, olival, vinha e citrinos e divulga diversas informações de interesse para os agricultores.

O acompanhamento fitossanitário das culturas é feito pelos técnicos da EACB semanalmente, com observações no campo, muitas vezes completadas em laboratório, e análise simultânea dos dados meteorológicos, fenológicos e biológicos para que a informação recolhida seja tratada e divulgada em tempo útil ao agricultor.

A EACB tem uma rede meteorológica de apoio constituída por 16 Estações Meteorológicas Automáticas (EMA), distribuídas no distrito de Castelo Branco em locais previamente estudados, junto das quais estão instalados grande parte dos nossos postos de observação fenológica (POF) e biológica (POB). O apoio técnico às EMA é realizado pelo assistente técnico Ricardo Monteiro, que mantém operacional toda a rede meteorológica afecta à EACB e EAG, no total de 30 EMA, distribuídas na área de intervenção dos distritos de Castelo Branco e Guarda.

A EACB conta também com a colaboração na parte laboratorial, do assistente técnico Rui Martins, do Laboratório Regional de Alcains, para a execução de algumas análises referentes ao material vegetal recolhido nos postos de observação biológica pelos técnicos dos Avisos.

A emissão de circulares implica a actualização da base de dados de utentes e a preparação dos envelopes para a expedição via correio.

A divulgação das circulares é feita via postal, via correio electrónico para quem optou na inscrição por esta opção, envio de mensagem escrita por SMS no caso de alertas para os utentes beneficiários desta modalidade e via INTERNET na página do SNAA e da DRAP Centro.

O envio de circulares para as entidades oficiais passou a ser feito exclusivamente por correio electrónico o que permitiu uma redução de 10% na emissão de envelopes.

Os Avisos e informações também foram dirigidos aos utentes do Serviço de Avisos pelo envio das circulares por e-mail, por solicitação de 132 utentes e sempre que a urgência dos

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tratamentos justificava, caso de tratamentos para o pedrado e míldio, o Aviso foi enviado por SMS.

Em 2010 a EACB emitiu 18 avisos e diversas informações num total de 3312 circulares para 184 utentes inscritos. Salientamos que deste universo fazem parte as Associações de Protecção/Produção Integrada, Cooperativas de Fruticultores, Adegas e Lagares Cooperativos que se responsabilizam pela divulgação do aviso junto dos seus associados, contribuindo assim para aumentar o número de beneficiários com acesso a este serviço. A equipa técnica da EACB realizou cinco acções de divulgação sobre o Decreto-Lei 173/2005 “ Lei da Aplicação de Produtos Fitofarmacêuticos”, das quais duas acções decorreram na sede da DRAPC em Castelo Branco, uma terceira no Centro Cultural Raiano com a colaboração da Câmara Municipal de Idanha - a - Nova, uma quarta na Adega Cooperativa da Covilhã e por ultimo uma quinta acção na Cooperativa de Fruticultores da Cova da Beira, entidades que prontamente disponibilizaram os seus meios para a divulgação das acções.

A EACB deu continuação ao estudo do método de temperaturas de solo acumuladas para detectar o aparecimento dos primeiros adultos da mosca da cereja, utilizando o termómetro de solo instalado em na Estação Meteorológica Automática do Chão do Galego no concelho de Proença-a-Nova.

Em termos de divulgação de trabalhos a EACB esteve presente no 2º Simpósio Nacional de Fruticultura que decorreu nos dias 4 e 5 de Fevereiro de 2010 na Escola Superior Agrária de Castelo Branco, com um Poster sobre o tema relacionado com o trabalho do estágio realizado no ano anterior neste serviço. O resumo deste trabalho também foi divulgado em artigo na revista Agroforum da ESACB, nº 24 - Ano 18 de 2010, (ver Anexo).

No 2º Encontro do Serviço Nacional de Avisos Agrícolas – 40 Anos da Estação de Avisos da Bairrada, que decorreu nos dias 25 e 26 de Novembro na Anadia, foi apresentada uma comunicação oral relativa ao tema “O estudo da bioecologia do Capnodis tenebrionis na região de Castelo Branco”.

Em 2010 a EACB realizou um Inquérito aos seus utentes com o objectivo de melhorar o serviço da Estação de Avisos de Castelo Branco. Os resultados obtidos foram analisados e estão apresentados em Anexo.

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CARACTERIZAÇÃO DA ESTAÇÃO DE AVISOS DE CASTELO BRANCO A EACB é constituída por uma rede de postos meteorológicos, uma rede de postos de observação fenológica e uma rede de postos de observação biológica.

1- Rede de Postos Meteorológicos

A Estação de Avisos de Castelo Branco tem uma rede meteorológica constituída por 16 Estações Meteorológicas Automáticas (EMA) distribuídas pela área de intervenção da Estação de Avisos e localizadas de acordo com as especificações e características climáticas previamente definidas.

Elementos que compõem uma EMA:

Sistema de aquisição armazenamento e transmissão de dados (GSM) modelo A733 add WAVE;

Painel solar Mastro de 2m em inox;

Sensor combinado de temperatura e humidade relativa Sensor de folha molhada

Sensor de precipitação

Sensor combinado de velocidade e direcção do vento Sensor de radiação solar

Sensor de temperatura do solo

Fig.1 – Estação Meteorológica Automática instalada em Fadagosa, concelho do Fundão, modelo ADCON-A733 GSM equipado com sensores de Temperatura, Humidade Relativa, Precipitação, Folha Molhada, Direcção e Velocidade do Vento e Radiação Solar.

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A recolha de dados é feita diariamente de forma automática sendo a transmissão efectuada através de modem GSM.

O servidor da base de dados meteorológicos está na rede interna da DRAP Centro podendo ser acedido a qualquer momento pelos técnicos das Estações de Avisos de Castelo Branco e da Guarda, pelo Núcleo Informático da Delegação de Coimbra e Serviço Nacional de Avisos Agrícolas da DGADR.

Segue-se o Quadro nº 1 com a localização das 16 Estações Meteorológicas Automáticas do Distrito de Castelo Branco.

Quadro 1 - Localização das Estações Meteorológicas Automáticas (EMA) em 2010

ESTAÇÃO FREGUESIA CONCELHO

Alcains Alcains Castelo Branco

Alcongosta Alcongosta Fundão

Belmonte Colmeal da Torre Belmonte

Brejo Peroviseu Fundão

Capinha Capinha Fundão

Cernache Cabeçudo Sertã

Chão do Galego Montes da Senhora Proença-a-Nova

Envendos Envendos Mação

Fadagosa Castelo Novo Fundão

Lamaçais Teixoso Covilhã

Malpica Malpica do Tejo Castelo Branco

Oleiros Estreito Oleiros

Pedrogão Pedrógão de São

Pedro Penamacor

Penamacor Benquerença Penamacor

Ródão Perais Vila Velha de Ródão

Várzea Idanha-a-Nova Idanha-a-Nova

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Mapa da localização das Estações Meteorológicas Automáticas em 2010

Estação central de recolha de dados Estação Meteorológica Automática

Fig.2 – Localização das Estações Meteorológicas Automáticas no Distrito de Castelo Branco.

1.1 - Registos meteorológicos – Cálculo das horas de frio

Os registos meteorológicos fornecidos pelas estações permitem calcular diferentes modelos de somas de temperaturas acumuladas para diversas pragas e acompanhar os modelos do pedrado das pomóideas e míldio da vinha. Este ano continuou-se com o modelo do somatório de temperatura de solo para a mosca da cereja e o cálculo das horas de frio.

(13)

Cálculo das horas de frio

As espécies fruteiras necessitam de um período de repouso vegetativo para poder vegetar e florescer adequadamente.

As necessidades de frio para um bom abrolhamento, romper a dormência dos gomos e florescerem uniformemente, variam segundo as espécies fruteiras e as variedades. Medem-se pelo nº de horas de frio abaixo de 7ºC acumuladas a partir de 1 de Novembro.

A EACB divulgou os valores acumulados de horas de frio de 1 de Novembro até 28 de Fevereiro, segundo os registos obtidos nas estações automáticas da nossa rede meteorológica, aplicando para o cálculo das horas de frio a fórmula de Crossa-Raynaud:

Y= [(7-tmin ) / (Tmax- tmin)] x 24

{Y= nº de horas de frio diárias, T= Temperatura máxima diária, t = Temperatura mínima diária}

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1.2 - Registos das Estações Meteorológicas Automáticas - Climatogramas

As condições meteorológicas constituem um dos principais factores que condicionam o desenvolvimento e a produção agrícolas.

As estações meteorológicas automáticas estão instaladas em parcelas onde são acompanhados os postos de observação fenológica e os postos de observação biológica ou localizadas muito perto da área da sua influência.

Apresentamos os gráficos com os registos obtidos dos diferentes locais onde estão instalados alguns dos nossos postos biológicos na zona do Pinhal Interior Sul, Campo Albicastrense e Cova da Beira.

Neles estão representados as médias das temperaturas máximas, mínima e média e precipitação total mensal registados no respectivo posto meteorológico.

De salientar no ano de 2010 as temperaturas mínimas muito baixas, tanto no Inverno como na Primavera, o final do Verão com alguns dias muito quentes e secos e o início do Inverno muito chuvoso.

Fig.3 –Gráfico dos registos meteorológicos de Alcains em 2010.

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Fig.5 –Gráficodos registos meteorológicos de Chão Galego em 2010.

Fig.6 – Gráfico dos registos meteorológicos de Envendos em 2010.

(16)

Temperaturas Médias Mensais e Pluviosidade Total Qtª Fadagosa 2010 0 5 10 15 20 25 30 35 40 J a n F e v M a r A br M a i J un J ul A go S e t O ut N o v D e z T ( C ) º P ( m m ) 0 50 100 150 200 250 300 P ( m m ) M e d. T º m a x M e d.T º nin M e d.T º m e d

Fig.8 – Gráfico dos registos meteorológicos da Soalheira em 2010.

Temperaturas Médias Mensais e Pluviosidade Total Qtª Lamaçais 2010 0 5 10 15 20 25 30 35 40 J a n F e v M a r A br M a i J un J ul A go S e t O ut N o v D e z T ( C ) º P ( m m ) 0 50 100 150 200 250 300 350 400 Σ P ( mm ) M e d. T º m a x M e d.T º nin M e d.T º m e d

Fig.9 – Gráfico dos registos meteorológicos do Teixoso em 2010.

Temperaturas Médias Mensais e Pluviosidade Total Qtª Torre 2010 0 5 10 15 20 25 30 35 40 J a n F e v M a r A br M a i J un J ul A go S e t O ut N o v D e z T ( C ) º P ( m m ) 0 50 100 150 200 250 300 350 Σ P ( mm ) M e d. T º m a x M e d.T º nin M e d.T º m e d

Fig.10 – Gráfico dos registos meteorológicos de Belmonte em 2010.

(17)

2 – Rede de Postos de Observação Fenológica

A observação dos estados fenológicos foi efectuada em plantas representativas do estado de desenvolvimento médio da cultura nos nossos postos de observação fenológica (POF). Podemos considerar que este ano, comparando com o ano anterior, algumas culturas atrasaram cerca de uma a duas semanas os seus estados fenológicos.

A periodicidade das observações foi semanal e de acordo com as diferentes escalas de orientação para cada cultura (Bagiollini, Lausanne, Fleckinger, Colbrant, etc.). Os registos reportam-se ao estado precoce, dominante e tardio no entanto nos quadros que se seguem apenas estão registadas as datas do estado fenológico dominante da cultura.

Quadro 3 - ESTADOS FENOLÓGICOS DE MACIEIRAS / 2010

Estado Fenológico Macieiras A B C C3 D E E2 F2 G H I J Cernache Bonjardim Gala 3-3-10 10-3-10 17-3-10 25-3-10 30-3-10 6-4-10 14-4-10 21-4-10 27-4-10 30-4-10 4-5-10 10-5-10 Cernache Bonjardim Starking 10-3-10 17-3-10 25-3-10 30-3-10 6-4-10 14-4-10 21-4-10 27-4-10 30-4-10 4-5-10 10-5-10 19-5-10 Cernache Bonjardim B. de Esmolfe 17-3-10 30-3-10 6-4-10 10-4-10 16-4-10 21-4-10 26-4-10 30-4-10 4-5-10 10-5-10 19-5-10 27-5-10 Qtª Fadagosa B. de Esmolfe 9-3-10 16-3-10 23-3-10 30-3-10 6-4-10 9-4-10 13- 4-10 21-4-10 27-4-10 4-5-10 11-5-10 18-5-10 Qtª Lamaçais B. de Esmolfe 16-3-10 23-3-10 26-3-10 30-3-10 6-4-10 13-4-10 21-4-10 27-4-10 4-5-10 11-5-10 18-5-10 25-5-10 Qtª Lamaçais de baixo, Golden 9-3-10 16-3-10 23-3-10 30-3-10 6-4-10 13-4-10 21-4-10 27-4-10 30-4-10 4-5-10 11-5-10 18-5-10 Qtª da Torre Golden 9-3-10 16-3-10 26-3-10 30-3-10 6-4-10 13-4-10 21-4-10 27-4-10 30-4-10 4-5-10 11-5-10 18-5-10 Qtª da Torre Spur 2-3-10 9-3-10 16-3-10 23-3-10 30-3-10 6-4-10 13-4-10 21-4-10 27-4-10 4-5-10 11-5-10 18-5-10 Qtª Espinhal Golden 9-3-10 16-3-10 26-3-10 30-3-10 6-4-10 9-4-10 13-4-10 21-4-10 27-4-10 4-5-10 11-5-10 25-5-10

Fotos: DPC / DRABL e DPC / DRARO

Fonte: DGPC – SNAA; Métodos de Previsão e Evolução dos Inimigos das Culturas POMÓIDEAS

A – Botão de inverno/B – Botão inchado/C- C 3 – Inchamento aparente/D – Aparecimento dos botões florais/E- E 2 – Sépalas deixam ver

as pétalas/F – Primeira Flor/F 2 – Plena floração/G – Queda das pétalas/H – Queda da última pétala/I -- Vingamento

J – Engrossamento do fruto

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Quadro 4 - ESTADOS FENOLÓGICOS DE PEREIRAS / 2010 Estado Fenológico Pereiras A B C3 D E E3 F2 G H I J Cernache Rocha 3-3-10 10-3-10 17-3-10 25-3-10 30-3-10 6-4-10 14-4-10 22-4-10 28-4-10 4-5-10 10-5-10 Qtª Lamaçais Rocha 2-3-10 9-3-10 23-3-10 30-3-10 3-4-10 6-4-10 13-4-10 21-4-10 27-4-10 4-5-10 18-5-10 Qtª Lamaçais Pass. Crassane 9-3-10 16-3-10 23-3-10 30-3-10 3-4-10 6-4-10 13-4-10 21-4-10 4-5-10 11-5-10 18-5-10 Qtª da Torre Precosse 9-3-10 16-3-10 23-3-10 26-3-10 30-3-10 6-4-10 13-4-10 21-4-10 29-4-10 4-5-10 11-5-10 Qtª da Torre Tardia 9-3-10 16-3-10 23-3-10 30-3-10 6-4-10 8-4-10 13-4-10 21-4-10 4-5-10 6-5-10 11-5-10 Qtª do Espinhal Rocha 2-3-10 9-3-10 16-3-10 23-3-10 30-3-10 6-4-10 13-4-10 21-4-10 27-4-10 4-5-10 11-5-10

Fotos: DPC / DRABL e DPC / DRARO /Fonte: DGPC – SNAA; Métodos de Previsão e Evolução dos Inimigos das Culturas POMÓIDEAS

A – Botão de inverno/B – Botão inchado C- C 3 – Inchamento aparente/D -D 3 – Aparecimento dos botões florais/E- E 2 – Sépalas deixam ver as pétalas/F – Primeira flor/F 2 – Plena floração/G – Queda das pétalas/H – Queda da última pétala/I – Vingamento/ J- Engrossamento do fruto

(Segundo: Fleckinger, INRA)

Quadro 5 - ESTADOS FENOLÓGICOS DE PESSEGUEIROS / 2010

Estado Fenológico Pessegueiro A B C D E F G H I J M Cernache (Pessegueiros) 24-2-10 3-3-10 10-3-10 15-3-10 18-3-10 25-3-10 6-4-10 14-4-10 4-5-10 10-5-10 Qtª Fadagosa (Pêssegos) 9-2-10 17-2-10 2-3-10 9-3-10 16-3-10 23-3-10 30-3-10 6-4-10 21-4-10 27-4-10 Qtª Fadagosa (Nectarinas) 9-2-10 17-2-10 2-3-10 9-3-10 16-3-10 23-3-10 30-3-10 6-4-10 21-4-10 27-4-10 Qtª Fadagosa (Pavias) 9-2-10 9-3-10 16-3-10 23-3-10 30-3-10 6-4-10 13-4-10 21-4-10 27-4-10 4-5-10 Qtª Lamaçais (Pessegos) 17-2-10 23-2-10 9-3-10 16-3-10 23-3-10 30-3-10 6-4-10 13-4-10 23-4-10 27-4-10 Qtª Lamaçais (Nectarinas) 17-2-10 2-3-10 16-3-10 23-3-10 30-3-10 6-4-10 9-4-10 13-4-10 23-4-10 27-4-10 Qtª da Torre (Pessegos) 17-2-10 23-2-10 9-3-10 19-3-10 23-3-10 30-6-10 6-4-10 13-4-10 23-4-10 27-4-10

Estados fenológicos (Fotos) Originais – AZAFRA / (Escala segundo Baggiolini, Lausanne)

A – Botão de inverno/B – Botão inchado/C – Cálice à vista/D – Corola à vista/E – Estames à vista /F – Flor aberta/G – Queda das

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Quadro 6 - ESTADOS FENOLÓGICOS DE CEREJEIRAS / 2010 Estado Fenológico Cerejeiras A B C D E F G H I J M Catraia Cimeira 10-3-10 17-3-10 25-3-10 30-3-10 6-4-10 14-4-10 21-4-10 28-4-10 4-5-10 11-5-10 20-5-10 Chão do Galego 3-3-10 17-3-10 25-3-10 25-3-10 30-3-10 7-4-10 14-4-10 21-4-10 28-4-10 4-5-10 15-5-10 Montes da Senhora (Burlat) 10-3-10 17-3-10 25-3-10 30-3-10 7-4-10 14-4-10 21-4-10 28-4-10 4-5-10 16-5-10 26-5-10 Montes da Senhora (Saco) 17-3-10 25-3-10 30-3-10 7-4-10 14-4-10 21-4-10 28-4-10 2-5-10 14-5-10 2-6-10 19-6-10 Qtª Fadagosa Var. Precoce 23-2-10 2-3-10 9-3-10 13-3-10 16-3-10 23-3-10 30-3-10 6-4-10 13-4-10 27-4-10 11-5-10 Qtª Fadagosa Var. Estação 23-2-10 9-3-10 23-3-10 30-3-10 3-4-10 6-4-10 13-4-10 21-4-10 27-4-10 4-5-10 18-5-10 Qtª Fadagosa Var. Tardia 16-3-10 23-3-10 30-3-10 6-4-10 3-4-10 13-4-10 21-4-10 27-4-10 4-5-10 11-5-10 8-6-10 Castelo Novo 2-3-10 16-3-10 23-3-10 30-3-10 6-4-10 13-4-10 16-4-10 21-4-10 27-4-10 4-5-10 18-5-10 Alcongosta 9-3-10 16-3-10 23-3-10 30-3-10 6-4-10 13-4-10 16-4-10 21-4-10 27-4-10 4-5-10 8-6-10 Lamaçais 2-3-10 16-3-10 23-3-10 30-3-10 3-4-10 6-4-10 13-4-10 21-4-10 27-4-10 4-5-10 18-5-10

Estados fenológicos (fotos) Azafra / (A – Botão de inverno/B – Botão inchado/C – Botões visíveis/D – Botões separados/

E – Estames à vista/F – Flor aberta/G – Queda das pétalas/H – Vingamento/I – Cálice tombado/J – Jovem fruto)

Quadro 7 - ESTADOS FENOLÓGICOS DE AMENDOEIRAS / 2010

Estado Fenológico Amendoeira A B C D I D3 E F I G C1 H I J Lamaçais 2-3-10 9-3-10 16-3-10 19-3-10 23-3-10 30-3-10 6-4-10 13-4-10 27-4-10 4-5-10 11-5-10 Catraia 11-2-10 24-2-10 3-3-10 11-3-10 11-3-10 18-3-10 18-3-10 25-3-10 30-3-10 7-4-10 14-4-10 21-4-10

Estados fenológicos originais - AZAFRA

A – Botão de inverno/B – Botão inchado/C – Cálice à vista/D1 – Botão aberto, ver as folhas/D3 – Flores c/ sépalas abertas ver as pétalas/E

– Começam a ver os estames/F – Flor aberta/G – Queda das pétalas/C1 – Início do desenvolvimento das folhas/

H - Ovário em desenvolvimento desprendimento das sépalas/I - Frutos com 50% de desenvolvimento/J - Frutos atingem o tamanho

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Quadro 8 - ESTADOS FENOLÓGICOS DE CITRINOS / 2010 Estado Fenológicos Citrinos B C C1 D E F G H I J Cernache Bonjardim 3-3-10 17-3-10 30-3-10 14-4-10 22-4-10 4-5-10 10-5-10 17-5-10 2-6-10 11-6-10 Sobreira Formosa 17-3-10 30-3-10 14-4-10 22-4-10 4-5-10 10-5-10 17-5-10 2-6-10 11-6-10 21-6-10 Vila Velha de Ródão 11-3-10 17-3-10 26-3-10 2-4-10 10-4-10 16-4-10 29-4-10 6-5-10 14-5-10 2-6-10 Alcains 25-2-10 3-3-10 17-3-10 2-4-10 7-4-10 14-4-10 21-4-10 29-4-10 21-5-10 8-6-10

Estados fenológicos (original de DPC / DRAALG)

B – Abrolhamento/C - Crescimento dos gomos mistos/C1 - Crescimento dos gomos foliares/D- Aparecimento da corola/ E- Estames visíveis/F- Primeira flor/G- Plena floração/H -Queda das pétalas /I – Vingamento /J- Crescimento dos frutos

Quadro 9 - ESTADOS FENOLÓGICOS DA VIDEIRA / 2010

Estado Fenológico Vinha A B C D E F G H I J K L M Cernache Bonjardim 3-3-10 25-3-10 6-4-10 14-4-10 28-4-10 4-5-10 17-5-10 26-5-10 2-6-10 11-6-10 30-6-10 7-7-10 20-8-10 Envendos 24-2-10 3-3-10 11-3-10 6-4-10 7-4-10 14-4-10 21-4-10 4-5-10 19-5-10 26-5-10 2-6-10 11-6-10 22-7-10 Sarzedas 11-3-10 30-3-10 6-4-10 14-4-10 21-4-10 28-4-10 5-5-10 19-5-10 26-5-10 2-6-10 11-6-10 1-7-10 17-8-10 Sobreira Formosa 24-2-10 25-3-10 6-4-10 14-4-10 21-4-10 4-5-10 10-5-10 26-5-10 2-6-10 11-6-10 1-7-10 14-7-10 26-7-10 Qtª Vale de Seixo 16-3-10 30-3-10 6-4-10 13-4-10 21-4-10 23-4-10 27-4-10 11-5-10 1-6-10 8-6-10 15-6-10 22-6-10 3-8-10 Qtª Lamaçais 16-3-10 13-4-10 21-4-10 23-4-10 27-4-10 4-5-10 11-5-10 18-5-10 8-6-10 22-6-10 29-6-10 27-6-10 10-8-10 Qtª da Torre 16-3-10 6-4-10 13-4-10 21-4-10 23-4-10 27-4-10 4-5-10 18-5-10 8-6-10 15-6-10 22-6-10 27-6-10 10-8-10

Estados fenológicos originais - DGPC

A – Gomo de inverno/B – Gomo de algodão/C – Ponta verde /E – 2a 3 Folhas livres/F – Cachos visíveis/G – Cachos separados/ H – Flores separadas/I – Floração/J – Alimpa/K – Bago de ervilha/L – Cacho fechado/M – Pintor

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Quadro 10 - ESTADOS FENOLÓGICOS DA OLIVEIRA / 2010 Estado Fenológico Olival A B C D I E F I F II G H I J Sarzedas 18-3-10 7-4-10 21-4-10 10-5-10 19-5-10 26-5-10 2-6-10 11-6-10 1-7-10 6-10-10 11-11-10 Sobreira Formosa 3-3-10 25-3-10 6-4-10 29-4-10 10-5-10 19-5-10 26-5-10 2-6-10 11-6-10 30-9-10 3-11-10 Perais 25-3-10 7-4-10 14-4-10 4-5-10 19-5-10 26-5-10 2-6-10 11-6-10 24-6-10 20-10-10 30-11-10 ESACB 6-4-10 13-4-10 22-4-10 4-5-10 18-5-10 25-5-10 2-6-10 16-6-10 29-6-10 12-6-10 8-11-10 S.M.D`Acha 6-4-10 13-4-10 22-4-10 4-5-10 18-5-10 25-5-10 2-6-10 16-6-10 29-6-10 12-6-10 8-11-10 P.S. Pedro 6-4-10 13-4-10 22-4-10 4-5-10 18-5-10 25-5-10 2-6-10 16-6-10 29-6-10 12-6-10 8-11-10 Estados fenológicos originais – DGPC

A – Gomo de Inverno/B – Abrolhamento/C – Formação da inflorescência/D I – Formação da corola/E – Visualização dos estames F I – Inicio da floração/FII – Plena floração/G – Lenhificação do caroço/H – Vingamento/I – Início da maturação/

J – Maturação do fruto

3 – Rede de Postos de Observação Biológica

A escolha da parcela para instalação do posto de observação fenológico (POF) e posto de observação biológico (POB) teve em conta a representatividade do ponto de vista agronómico da zona onde está inserido e pela existência no local ou de estar instalada nas proximidades uma Estação Meteorológica Automática (EMA) que permita fornecer em tempo útil os dados climáticos, fundamentais para acompanhar os inimigos das culturas e determinar a oportunidade de tratamento.

A Estação de Avisos de Castelo Branco na região faz a cobertura de 47 POF e de 188 POB repartidos por 23 locais de 11 concelhos do distrito de Castelo Branco. Com esta dispersão, pretendemos fazer uma cobertura alargada da região, tão vasta quanto heterogénea, acompanhando diferentes zonas como Pinhal Interior Sul, Campina, Campo Albicastrense e Cova da Beira.

Segue-se o Quadro com a identificação e localização dos postos de observação fenológica (POF) e postos de observação biológica (POB).

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Quadro 11 - Identificação dos Postos de Observação Fenológica (POF) e Postos de Observação Biológica (POB)

CONCELHO LOCAL POF

(cultura)

POB (inimigo)

Pragas Doenças

Mação Envendos Vinha Traça da uva

Cicadelídeos Míldio Oídio Sertã Cernache do Bonjardim (Qtª do Ribeiro) Pomóideas (Macieiras / Pereiras) Afídeos Ácaros Bichado Cocho. de S. José Mosca da fruta Psilas Pedrado Oídio Prunóideas (Pessegueiros) Anársia Mosca da fruta Afídeos Lepra Moniliose Cancro Oídio Vinha Traça da uva Cicadelídeos Míldio Oídio Citrinos Afídeos Mosca da fruta Mosca branca Lagarta mineira Míldio Proença - a - Nova Sobreira Formosa (Giesteiras) Citrinos Afídeos Mosca da fruta Lagarta mineira Míldio

Olival Traça da oliveira Mosca da azeitona

Olho de Pavão Gafa Vinha Traça da uva

Cicadelideos Míldio Oídio Montes da Senhora Prunóideas (Cerejeiras) Afídeos Mosca da cereja Carocho negro Moniliose Cancro Olival Euzophera Margaronia Olho de Pavão Gafa Chão do Galego Prunóideas

(Cerejeiras) Afídeos Mosca da cereja Carocho negro Moniliose Cancro Catraia Cimeira Prunóideas (Cerejeiras) (Amendoeiras) Afídeos Carocho negro Mosca da cereja Carocho negro Moniliose Cancro

(23)

Vila Velha de Rodão

Sra. da Alagada Citrinos

Afídeos Lagarta mineira Mosca branca Mosca da fruta Cochonilhas Míldio Perdigão Olival Euzophera pinguis Palpita vitrealis Traça da oliveira Mosca da Azeitona

Perais Olival Traça da oliveira

Mosca da azeitona

Olho de Pavão Gafa

Castelo Branco

Sarzedas

Olival Traça da oliveira Mosca da azeitona

Olho de Pavão Gafa

Vinha Traça da uva

Cicadelideos

Míldio Oídio Stº André das

Tojeiras Vinha Traça da uva

Cicadelideos

Míldio Oídio E.S.A.C.B.

(Qtº S. Mercules) Olival Traça da oliveira

Mosca da azeitona

Olho de Pavão Gafa Alcains

(Lab. DRAPC) Citrinos

Afídeos Mosca da fruta Louriçal Campo (Qtª da Nave) Pomóideas (Macieiras) Ácaros Afídeos Bichado Cocho. S. José Pedrado Oídio Idanha-a-Nova S. Miguel.D`Acha (Qtª do Arrojado) Olival Traça da oliveira Mosca da azeitona Olho de Pavão Gafa Fundão Soalheira (Qtª Vale de Seixo) Vinha Traça da uva Cicadelideos Míldio Oídio Soalheira (Qtª Fadagosa) Castelo Novo Qtª Valentins Pomóideas (Macieiras) Ácaros Afídeos Bichado Cocho. S. José Pedrado Oídio Prunóideas (Cerejeiras) Afídeos Mosca da cereja Carocho negro Moniliose Cancro Prunóideas (Pessegueiros Nectarinas) Afídeos Anársia Mosca da fruta Lepra Moniliose Cancro Oídio (Cerejeiras) Mosca da cereja Moniliose

Alcongosta (Qtª de S. Macário) Prunóideas (Cerejeiras) Afídeos Mosca da cereja Carocho negro Moniliose Cancro

(24)

Penamacor P.S.Pedro

(Qta Estacal) Olival

Traça da oliveira Mosca da azeitona Olho de Pavão Gafa Covilhã Teixoso (Qtª de Lamaçais) Pomóideas Macieiras / Pereiras Ácaros Afídeos Bichado Cocho. S. José Psilas Ácaros eriofídeos Pedrado Oídio Prunóideas (Pessegueiros Nectarinas) Afídeos Anársia Mosca da fruta Lepra Moniliose Cancro Oídio Prunóideas (Cerejeiras) Afídeos Mosca da cereja Carocho negro Moniliose Cancro

Vinha Traça da uva

Cicadelideos Míldio Oídio Belmonte Colmeal da Torre (Qtª da Torre) Prunóideas (Pessegueiros Nectarinas) Afídeos Anársia Mosca da fruta Lepra Moniliose Cancro Oídio Pomóideas Macieiras / Pereiras Ácaros Afídeos Bichado Cocho. S. José Psilas Ácaros eriofídeos Pedrado Oídio

Vinha Traça da uva

Cicadelideos Míldio

Oídio

(Qtª do Galvão) Olival Euzophera pinguis

Palpita unionalis Sabugal Casteleiro (Qªs do Espinhal) Prunóideas (Pessegueiros Nectarinas) Afídeos Lepra Moniliose Cancro Oídio Prunóideas (Cerejeiras) Afídeos Carocho negro Moniliose Cancro Pomóideas Macieiras / Pereiras Ácaros Afídeos Bichado Cocho. S. José Psilas Ácaros eriofídeos Pedrado Oídio ´

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Culturas Acompanhadas pela Estação de Avisos de Castelo Branco

4 - VINHA

O acompanhamento do estado fenológico da vinha registou-se em 8 POF. A monitorização de pragas e doenças foi seguida em 8 vinhas nas quais foram acompanhados 32 POB.

Para esta cultura foram emitidos 11 aconselhamentos e o maior número foi dirigido para o oídio com 4 recomendações, seguido do míldio com 3 recomendações.

Segue-se o gráfico com a dispersão mensal dos avisos emitidos para a vinha em 2010.

Fig.11 – Representação gráfica dos avisos emitidos para a cultura da vinha.

4.1 - Pragas

4.1.1- Traça da uva (Lobesia botrana) Monitorização da praga:

Colocação de armadilhas sexuais tipo delta com feromona sexual Observação visual (ninhos, ovos e perfurações)

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Fig.12 – Monitorização da Traça da uva nos POB de Cernache, Envendos, Sarzedas, Sobreira.

Fig.13 – Monitorização da Traça da uva, nos POBs de Soalheira, Lamaçais, Belmonte.

Aconselhamento:

Foi seguida a dinâmica populacional da traça da uva mas, tal como se tem registado nos últimos anos, não houve necessidade de se aconselhar uma intervenção contra esta praga, pois o nível economico de ataque (1-10%) ao nível de cachos perfurados, nunca foi atingido nos POB. O nivel populacional da praga nos POB da Soalheira, Lamaçais e Belmonte são sempre muito baixos, não se justificando fazer tratamento, no entanto foram observadas 3 gerações: a 1ª em fins de Maio, a 2ª no início de Julho e a 3ª em meados de Agosto.

4.1.2 - Cicadelídeos ou cigarrinha verde (Empoasca vitis) Monitorização da praga:

Colocação de armadilhas cromotrópicas amarelas Evolução de ninfas

(27)

Fig.14 – Monitorização dos Cicadelideos nos POB de Cernache, Envendos, Sarzedas, Sobreira.

Fig.15 – Monitorização dos Cicadelideos nos POB de Soalheira, Lamaçais, Belmonte.

Aconselhamento:

As armadilhas foram colocadas ao nível da folhagem e as contagens foram semanais. A renovação das placas foi quinzenal.

Esta é uma praga que tem cada vez mais expressão nos POB de Cernache e Envendos no entanto, consideramos este um ano em que a intensidade de ataque foi muito baixa, não só nestes locais mas também na generalidade dos POB.

Nos POB da Soalheira, Lamaçais e Belmonte as capturas registadas em armadilhas sexuais também foram baixas, até inferiores comparando os valores com o ano anterior.

Nas observações realizadas nunca foi atingido o nível económico de ataque, por isso, não se justificou a emissão do aviso para tratamento desta praga.

(28)

4.2 - Doenças

4.2.1 - Escoriose (Phomopsis viticola)

A Estação de Avisos de Castelo Branco recolheu informação regional sobre a doença durante o repouso vegetativo e ao longo de todo o ciclo vegetativo da videira assinalando a existência ou não de sintomas da doença.

Monitorização da doença:

Inverno: detecção da doença (observação de sintomas nas varas, presença de varas esbranquiçadas com picnídeos)

Primavera/Verão: acompanhamento da doença

 registo semanal da intensidade de ataque em parcelas sensíveis desde o abrolhamento até ao atempamento das varas

 avaliação final da intensidade de ataque (incidência e severidade) Aconselhamento:

A estratégia seguida pela EACB foi a protecção preventiva nos períodos de maior sensibilidade da planta à doença. Assim, a emissão das circulares de avisos teve em atenção o seguinte:

 medidas profiláticas (podas, desinfecções, queima de material infectado e selecção de garfos para enxertia)

 períodos de maior sensibilidade: estados fenológicos D ( saída das folhas) e E (folhas separadas)

 chamada de atenção aos viticultores para a realização dos tratamentos à medida que se atingiam os estados fenológicos sensíveis (D/E) nas suas vinhas

Este ano de 2010 a recomendação para tratar saíu um pouco mais tarde que o habitual (19 de Abril) porque houve um atraso considerável de 2 a 3 semanas nas vinhas até ser atingido o estado fenológico mais indicado para o viticultor intervir. As podas também decorreram mais tarde (estava muito frio e as vinhas não se desenvolviam) assim, optámos por esperar para o Aviso só sair quando se estava perto de atingir os 30 a 40% dos gomos no estado fenológico D, saída das folhas.

4.2.2 - Oídio (Erysiphe necator)

A Estação de Avisos de Castelo Branco recolheu informação regional sobre a doença ao longo de todo o ciclo vegetativo da videira: existência ou não de ataques no início do ciclo, originados por micélio hibernante nas escamas dos gomos e presença ou não de cleistotecas nas folhas.

(29)

Monitorização da doença:

Inverno - detecção da doença com observação de sintomas nas varas (presença de varas enegrecidas)

Primavera/Verão - avaliação semanal da intensidade de ataque em parcelas de referência. Previsão do risco: A estratégia seguida pela EACB foi a protecção preventiva baseada nos períodos de maior sensibilidade da planta e nas condições favoráveis à doença.

 Períodos de maior sensibilidade da planta : cachos visíveis, botões florais separados a fecho dos cachos

 Condições favoráveis à doença (HR>25% e entre 10ºC<T<30ºC, neblinas

 Nevoeiros seguidos de períodos de sol Aconselhamento:

A emissão das circulares de avisos teve em atenção:

 Que a chuva impede a germinação dos conídeos mas não dos ascósporos

 Após a floração os tratamentos devem ser dirigidos ao cacho

 Posicionamento dos fungicidas actualmente disponíveis, de acordo com a eficácia determinada pelos diferentes modos de acção

Esta é a doença mais importante e frequente nas vinhas da região o que obriga os viticultores a uma estratégia de tratamentos nos períodos de maior risco, para o seu controlo.

Os tratamentos aconselhados pela EACB conduziram a resultados positivos nos nossos POB com a diminuição da intensidade de ataque da doença. No entanto, este foi um ano em que o oídio esteve presente em quase todas as vinhas da região manifestando-se com grande intensidade naquelas que se encontravam desiquilibradas e com falta de arejamento da sua parte vegetativa.

4.2.3 - Míldio (Plasmopara viticola)

Monitorização da doença: Primavera/Verão

 Detecção das primeiras manchas

 Avaliação semanal da intensidade de ataque em parcelas de referência  Estados fenológicos particularmente sensíveis ao míldio

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Previsão do risco: Previsão das primeiras infecções aplicando-se a regra dos três 10  Periodo de incubação e saída das primeiras manchas

 Previsão das infecções secundárias

[Tratamentos ]

Fig.16 –Monitorização de Míldio (Plasmopara vitícola) no POB de Cernache do Bonjardim.

Previsão de Infecções de Míldio Qtª Vale de Seixo Soalheira 2010 0 5 10 15 2 0 2 5 3 0 3 5 13 -A br 17 -A br 2 1-A br 2 5 -A br 2 9 -A br 3 -M a i 7 -M a i 11-M a i 15 -M a i 19 -M a i 2 3 -M a i 2 7 -M a i 3 1-M a i 4 -J un 8 -J un 12 -J un 16 -J un 2 0 -J un 2 4 -J un Tratamentos T (C)º 0 5 10 15 2 0 2 5 P(m m ) P ( m m ) .T º m a x. ( C º) .T º m in. ( C º) .T ºm e dia ( C º) S é rie 5 S é rie 6

1ºInfecção 2ª Infecção 3ª infecção

Previsão das manchas 25 Abril Previsão das manchas 20 Maio Previsão das manchas 1

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Previsão de Infecções de Míldio Qtª Torre Belmonte 2010 0 5 10 15 2 0 2 5 3 0 3 5 13 -A br 17 -A br 2 1-A br 2 5 -A br 2 9 -A br 3 -M a i 7 -M a i 11-M a i 15 -M a i 19 -M a i 2 3 -M a i 2 7 -M a i 3 1-M a i 4 -J un 8 -J un 12 -J un 16 -J un 2 0 -J un 2 4 -J un Tratamentos T ( C ) º 0 5 10 15 2 0 2 5 P ( m m ) P ( m m ) .T º m a x. ( C º) .T º m in. ( C º) .T ºm e dia ( C º) S é rie 5 S é rie 6

1ºInfecção 2ª Infecção 3ª infecção

Previsão das manchas 25 Abril Previsão das manchas 20 Maio Previsão das manchas 18 Junho

Fig.18 –Monitorização do Míldio (Plasmopara vitícola) no POB de Belmonte.

Aconselhamento:

Na nossa região, tradicionalmente, a pressão da doença é reduzida não havendo necessidade, salvo em anos excepcionais, de realizar tratamentos para além do estado fenológico K (grão de ervilha). I/J ( Floração / Alimpa).

O 1º tratamento foi recomendado a 6 de Maio, com base nas previsões do INMG de precipitação para os dias seguintes, tal como se verificou a partir do dia 8 de Maio, aconselhando a aplicação com um produto de contacto nas vinhas mais desenvolvidas da região. No entanto, como as temperaturas baixaram muito de repente, não houve condições para ocorrer infecções em nenhum dos nossos POBs.

O 2º tratamento, também com produto de contacto, foi aconselhado a 4 de Junho, antes da ocorrência de chuva prevista para 8 de Junho, só para as vinhas localizadas nas proximidades de Cernache de Bonjardim e Envendos, pois nesta altura já tinham sido detectadas manchas de míldio nestas vinhas. Para os restantes locais da região demos indicação de não ser necessário realizar tratamento contra esta doença.

O 3º tratamento foi recomendado a 18 de Junho, com um produto de acção curativa, somente para as vinhas onde aparecessem manchas de míldio a partir de 21 de Junho.

(32)

5 - POMÓIDEAS – Macieiras e Pereiras

O acompanhamento do estado fenológico dos pomares registou-se em 9 POF.

A monitorização de pragas e doenças foi seguida em 10 pomares e foram acompanhados 56 POB.

Para esta cultura foram emitidos 29 aconselhamentos e o maior número foi dirigido para o pedrado com 7, seguindo-se o bichado com 6 recomendações.

Segue-se o gráfico com a dispersão mensal dos avisos emitidos para as pomóideas em 2010.

Fig.19 –Representação gráfica dos avisos emitidos para Pomóideas.

5.1 - Pragas

5.1.1 - Aranhiço vermelho (Panonychus ulmi) Metodologia seguida:

Estudo da eclosão das larvas provenientes dos ovos de Inverno Avaliação da taxa de ocupação das formas móveis

Método: Segmentos ocupados com ovos de Inverno em tábuas com vaselina e efectuar a contagem das larvas eclodidas semanalmente

Amostra: 2 tábuas cada com um ramo de 2 anos com cerca de 20 cm

Apresenta-se no quadro seguinte, para cada tábua e data de observação, o nº de larvas eclodidas entre essa observação e a precedente e o somatório de larvas eclodidas até à referida data; são também referidos os quantitativos relativos à

(33)

totalidade das tábuas e os estados fenológicos das macieiras, referente à variedade Gala, no caso do POB de Cernache do Bonjardim.

Seguem-se os quadros com os dados obtidos nos diferentes postos de observação relativos à eclosão das larvas de aranhiço vermelho.

Quadro 12 - Posto Biológico Q. tª do Ribeiro -- Cernache do Bonjardim- 2010

TÁBUA

N º de larvas eclodidas -a) entre datas de observação -b) Σ até à data de observação

Datas de observação

24/Fev. 3/Março 10/Março 17/Março 24/Março 1/Abril 7/Abril 14/Abril 21/Abril 28/Abril 4 /Maio

1 a) 0 b) 0 0 0 0 0 1 1 9 10 20 30 27 57 10 67 15 82 3 85 0 85 2 a) 0 b) 0 0 0 0 0 4 4 17 21 15 36 16 52 6 58 10 68 3 71 0 71 Σ 0 0 0 5 31 66 109 125 150 156 156 Estado Fenológico Dominante cv.Gala A A B C C3 D E E2 F2 H I

Quadro 13 - Posto Biológico Q.tª da Fadagosa – Soalheira -- 2010

PLACAS

N º de larvas eclodidas (entre datas de observação) Datas de observação

9/ Março 16/Março 23/Março 30/Março 6/Abril 13/Abril 21/Abril 27/Abril

1 0 2 14 32 39 35 31 4

2 2 11 59 71 112 187 152 19

Σ 2 13 73 103 151 222 183 23

E. Fenológico A B C C3 D E2 F G

Quadro 14 - Posto Biológico Q.tª de Lamaçais -- Teixoso -- 2010

PLACAS

N º de larvas eclodidas (entre datas de observação) Datas de observação

9/ Março 16/Março 23/Março 30/Março 6/Abril 13/Abril 21/Abril 27/Abril

1 2 1 2 32 117 252 202 58

2 0 3 2 7 73 193 163 35

Σ 2 4 4 39 190 445 365 93

(34)

Quadro 15 - Posto Biológico Q.tª da Torre – Belmonte -- 2010

PLACAS

N º de larvas eclodidas (entre datas de observação) Datas de observação

9/ Março 16/Março 23/Março 30/Março 6/Abril 13/Abril 21/Abril 27/Abril

1 0 0 9 48 144 183 63 23

2 0 0 19 116 483 213 94 63

Σ 0 0

E. Fenológico A B C C3 D3 E F F2

Quadro 16 - Posto Biológico Q.tª do Espinhal – Casteleiro --2010

PLACAS

N º de larvas eclodidas (entre datas de observação) Datas de observação

9/ Março 16/Março 23/Março 30/Março 6/Abril 13/Abril 21/Abril 27/Abril

1 0 0 0 17 34 49 108 35

2 0 0 0 46 52 63 163 12

Σ 0 0 0 63 86 112 271 47

E. Fenológico A B C C3 D E2 F2 G

Para o estudo da eclosão das larvas foi utilizado o método das tabuinhas o qual consiste em recolher ramos de 2 anos com aproximadamente 20 cm que são observados à lupa binocular para contabilizar os ovos de Inverno neles existentes. Os ramos são colocados em tábuas com vaselina que são colocadas voltadas para baixo numa árvore do pomar. Foram colocadas 2 tábuas por cada posto biológico. As contagens das eclosões das larvas foram efectuadas uma vez por semana e estão registadas nos quadros apresentados. No POB a norte e sul da serra da Gardunha e de Cernache de Bonjardim as primeiras eclosões dos ovos de Inverno iniciaram-se a 9 de Março na Qtª da Fadagosa e Qtª Lamaçais, a 17 de Março na Qtª do Ribeiro e a 23 de Março na Qtª da Torre. O pico das eclosões foi atingido no dia 6 de Abril na Qtª da Torre a 13 de Abril Qtª da Fadagosa e Qtª Lamaçais e a 21 de Abril na Qtª do Espinhal e só a 28 de Abril na Qtª do Ribeiro.

(35)

Fig.21 – Monitorização da eclosão das larvas de Panonychus ulmi provenientes de ovos de Inverno nos POB de Soalheira, Teixoso, Belmonte e Casteleiro.

Estimativa das populações de formas móveis de ácaros fitófagos.

Para este estudo recolhemos semanalmente amostras de 100 folhas no pomar as quais são observadas individualmente à lupa binocular para determinação da percentagem de ocupação. Considera-se folha ocupada quando apresenta pelo menos uma forma móvel. Ao longo do ciclo vegetativo da cultura foi avaliada a intensidade de ataque deste inimigo, não se tendo observado ataques intensos nos pomares com excepção de algumas variedades vermelhas como a Starking e Royal Gala que no fim do ciclo da cultura apresentavam níveis populacionais altos de aranhiço vermelho.

O aranhiço vermelho teve situações onde os níveis populacionais exigiram vigilância e mesmo recurso a mais intervenções para o seu controlo, mas a praga na generalidade dos pomares não atingiu população que provocasse o bronzeamento da folhagem.

Aconselhamento:

O controlo desta praga começou no Inverno com a indicação de tratamento às formas hibernantes. Mais tarde, foi aconselhado um tratamento no dia 26 de Março, quando se deu o início das eclosões das larvas, com um produto de acção ovicida. Os tratamentos com larvicidas foram aconselhados no dia 28 de Abril, depois de atingido o pico de eclosão das larvas. As circulares de 18 de Junho, 26 de Julho e 20 de Agosto tinham a recomendação para os Srs Fruticultores aplicarem nos seus pomares a estimativa de risco e só tratarem se fosse atingido o NEA (50% folhas ocupadas com formas móveis) pois nesta altura a expansão da praga apresentava-se localizada, dependente do histórico de cada pomar.

(36)

5.1.2 - Bichado (Cydia pomonella)

A metodologia utilizada pela EACB para monitorizar esta praga e avaliar a estimativa de risco foi a seguinte:

Avaliação do somatório das temperaturas acumuladas

Determinação da curva de voo utilizando armadilha sexual tipo delta com difusor de

feromona

Métodos de previsão

Métodos de Previsão de Bichado

Os métodos de previsão de bichado servem para estudar a dinâmica das populações. Os métodos de previsão baseiam-se em temperaturas crepusculares, curvas de voo

(utilização de armadilhas sexuais com feromonas), observação de posturas em folhas e frutos e detecção de penetrações, utilização de cintas de cartão canelado, insectário com caixas de eclosão, bem como, a soma das temperaturas de desenvolvimento, que são as seguintes nos POB em acompanhamento.

A periodicidade das observações foi semanal e a mudança de feromona decorreu no período de 5 a 6 semanas. A armadilha foi instalada no POB antes do aparecimento dos primeiros adultos.

Considerando o somatório das temperaturas médias diárias acima de 10ºC (zero de desenvolvimento) nos diversos POB obtivemos os seguintes registos:

Quadro 17 – Fases de desenvolvimento e somatório de temperaturas de Bichado em 2010. Fases de Desenvolvimento Σ Temperatura > 10ºC Qtª do Ribeiro (Cernache) Qtª Fadagosa (Soalheira) Qtª Lamaçais (Teixoso) Qtª da Torre (Belmonte) Início do voo 80-90º C 15/4 a 18/4 15/4 a 18/4 25/4 a 26/4 25/4 a 27/4

Início das penetrações 220-250ºC 19/5 a 22/5 16/5 a 19/5 26/5 a 30/5 27/5 a 31/5

Máximo do 1º voo 350-380ºC 2/6 a 6/6 30/5 a 1/6 9/6 a 14/6 10/6 a 14/6

1ª Larvas que

abandonam os frutos 470º C 20/6 8/6 23/6 24/6

Início do 2º voo 700º C 8/7 29/6 8/7 10/7

(37)

Nº de capturas adultos de bichado e eclosão insectário Qtª da Fadagosa 2010 0 25 50 75 100 125 21-Abr 28-Abr 5-Mai 12-Mai 19-Mai 26-Mai 2-Jun 9-Jun 16-Jun 23-Jun 30-Jun 7-Jul 14-Jul 21-Jul 28-Jul 4-Ago 11-Ago 18-Ago 25-Ago 1-Set 8-Set 15-Set Eclosões insectário Nº de capturas adultos 0 2 4 6 8 10 12 14

Eclosão em insectário Fadagosa Captura adultos arm. delta Fadagosa

Tratam entos

Fig.22 – O gráfico representa a curva de voo de bichado, e as eclosões em insectário de pupas do ano anterior (2009), em macieiras na Qtª da Fadagosa, em 2010.

Fig.23 – O gráfico representa a curva de voo de bichado, e as eclosões em insectário de pupas do ano anterior (2009), e representa as capturas de larvas e pupas em cintas armadilhas em macieiras na Qtª de Lamaçais, em 2010.

Os tratamentos ovicidas são assinalados com setas verdes, os larvicidas a vermelho e a azul a renovação dos tratamentos.

Para determinar a data do 1º tratamento, determina-se o número de dias entre a postura e a saída das larvas, recomenda-se a fórmula de Azzi. O zero de desenvolvimento do embrião situa-se a 10º C, e exige, para se completar, um total de 90º C.

Assim, N=90/Tm-10

A data de tratamento é calculada de maneira, a que quando as larvas eclodirem, os frutos já deverão estar cobertos com um insecticida homologado para o efeito.

(38)

Fig.24 – Gráfico da curva de voo de bichado em macieira, em quatro postos biológicos, a sul da Serra da Gardunha Qtª da Fadagosa, e a norte da serra na Cova da Beira na Qtª de Lamaçais, Qtª da Torre e na zona do Sabugal Qtªs do Espinhal.

Nota: Os tratamentos ovicidas são assinalados com setas verdes, os larvicidas a vermelho e a azul a renovação dos tratamentos.

Fig.25 – Gráfico da curva de voo de bichado em macieiras e pereiras no POB de Cernache do Bonjardim.

Nota: Os tratamentos ovicidas são assinalados com setas verdes, os larvicidas a vermelho e a azul a renovação dos tratamentos.

(39)

Fig.26 – Gráfico da curva de voo de bichado em pereiras no POB de Lamaçais.

Fig.27 – Gráfico da curva de voo de adultos de bichado e as capturas de larvas e pupas em cintas armadilhas em macieiras, no POB da Qtª de Lamaçais.

Fig.28 – Gráfico da evolução das ninfoses, em caixas de eclosão, no insectário do POB da Qtª de Lamaçais.

(40)

Aconselhamento:

Este ano o voo da praga foi baixo, não houve estragos significativos nem foram observadas perfurações importantes nos frutos. As recomendações emitidas tiveram por base o NEA e a indicação do modo de acção dos produtos a utilizar, ovicida ou larvicida, conforme as gerações da praga e em função da dinâmica populacional.

O tratamento ovicida na 1ª geração de bichado foi emitido a 3 Maio, pois já se tinham observado a 27 de Abril as primeiras posturas nas folhas.

O tratamento larvicida contra a 1ª geração de bichado foi emitido quando se verificaram as primeiras penetrações nos frutos a 17 de Maio na Qtª da Fadagosa e Qtª de Lamaçais. Aconselhou-se a renovação do tratamento a 4 de Junho pois o voo mantinha-se elevado. O voo da segunda geração teve início no início de Julho.

O tratamento ovicida na 2ª geração foi recomendado a 7 de Julho e o larvicida a 12 de Julho,

a 1ª renovação foi indicada a 26 de Julho, e a 2ª renovação a 20 de Agosto,

recomendando-se para o agricultor fazer uma amostragem no recomendando-seu pomar e recomendando-se fosrecomendando-sem detectados 0,5 a 1% de frutos atacados deveria renovar o tratamento.

Os tratamentos do Bichado foram indicados segundo os resultados obtidos do acompanhamento e da observação biológica da praga nos POB da região.

Tratamentos --1ª geração 2ª geração

3/5 7/7 - produtos com acção ovicida 17/5 12/7 - * produtos com acção larvicida 4/6 26/7 - renovação tratamento

20/8 - renovação tratamento

* Nota: O tratamento larvicida na 2ª geração foi indicado no mesmo aviso do ovicida (Circular Nº 13/2010).

5.1.3 - Afídeos (Aphis pomi e Dysaphis plantagineae) Metodologia:

Observação visual de 100 órgãos (rebentos, inflorescências, infrutescências) em 50 árvores para seguir a evolução das populações a partir do estado fenológico C e registar a percentagem (%) de órgãos infestados.

A presença de Aphis pomi foi detectada nos POB mais tarde que no ano anterior, só em finais de Abril, aumentando a população a partir dessa data até meados de Junho e consideramos que a praga surgiu este ano com mais intensidade do que no ano anterior. O Dysaphis plantagineae é uma praga muito importante em que há necessidade de intervir assim que são detectados os primeiros indivíduos no pomar. A simples presença do afídeo cinzento no pomar é indicativa de uma intervenção fitossanitária.

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Aconselhamento:

Este ano foram emitidos dois aconselhamentos a 28 de Abril e a18 de Junho onde foi sempre referida a estimativa de risco, (observação de 100 rebentos, ou seja em 50 árvores observar 2 rebentos por árvore) com a indicação para o agricultor fazer a avaliação na sua parcela e tratar em função do nível atingido.

5.1.4 - Mosca do Mediterrâneo (Ceratitis capitata) Metodologia:

Para determinação da curva de voo foram instaladas garrafas mosqueiras com atractivo trimedlure e uma solução de hidrolisado de proteína.

Fig.29 – Monitorização da Ceratitis capitata em macieiras no POB de Cernache de Bonjardim.

Aconselhamento:

Este ano o ataque da mosca foi muito baixo só se justificando a emissão de um aviso para tratamento contra esta praga nas variedades que estavam perto da maturação e com a recomendação para o agricultor optar por um produto que tratasse em simultâneo o bichado.

5.1.5 - Cochonilha de São José (Quadraspidiotus perniciosus) Metodologia:

Determinar o somatório da temperatura com base nas temperaturas médias diárias superiores ao zero de desensolvimento da praga que é 7,3º C desde 1 de Janeiro do ano.

Referências

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