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BALANÇO FITOSSANITÁRIO DO ANO AGRÍCOLA DE 2005

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(1)

DIRECÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA DA BEIRA LITORAL

Direcção de Serviços de Agricultura – Divisão de Protecção das culturas

ESTAÇÃO DE AVISOS DA BAIRRADA

BALANÇO FITOSSANITÁRIO

DO ANO AGRÍCOLA DE 2005

António Francisco Ferreira

Dolores Ribeiro Dias

Madalena Neves (consultora externa)

(2)

ÍNDICE

ÍNDICE ... 1

BALANÇO DO MÍLDIO DA BATATEIRA NO ANO DE 2005 ... 3

BALANÇO FITOSSANITÁRIO DAS POMOÍDEAS 2005... 5

BALANÇO FITOSSANITÁRIO DA CULTURA DA OLIVEIRA 2005 ... 8

(3)

BALANÇO DO MÍLDIO DA BATATEIRA NO ANO DE 2005

O Inverno de 2004/05 caracterizou-se pela ausência de pluviosidade o que contribuiu

para que as plantações de batata se realizassem mais cedo que o habitual verificando-se

esta situação essencialmente nas zonas de regadio.

Este facto, veio reflectir-se como é óbvio na emergência dos batatais também mais cedo

e duma forma mais homogénea na cultura em geral. Dada a impossibilidade, de se

efectuar uma prospecção rigorosa para detecção de sintomas de míldio e na falta de

observação das primeiras manchas, optou-se pelo seguinte procedimento:

A 18 de Abril de 2005 ( circular nº4 ) recomendou-se a realização do 1º tratamento face

ao desenvolvimento da cultura, à ocorrência de vários períodos críticos anteriores e uma

vez que estava prevista a queda pluviométrica para os dias seguintes.

A precipitação ocorrida no dia 1 de Maio já encontrou os batatais desprotegidos, face a

esta situação e porque se previa condições de instabilidade para os primeiros dias do

mês, levou-nos à emissão do circular nº5 em 2 de Maio e na qual se aconselhava novo

tratamento próximo do dia 6 de Maio.

Nos dias 15 e 16 do mesmo mês, verificaram-se condições favoráveis à ocorrência de

contaminações que, embora não muito graves, nos mereceram contudo alguma atenção,

pois mais uma vez e como anteriormente a cultura já se encontrava desprotegida. Daí o

facto, de sugerirmos novo tratamento antes do dia 22 na circular nº 6 de 18 de Maio.

QUADRO RESUMO DA PREVISÃO -

MÍLDIO DA BATATEIRA - 2005

DATA PREVISTA DE APARECIMENTO DE MANCHAS POSTOS DE APLICAÇÃO DA METODOLOGIA DE PREVISÃO -

MÉTODO GUNTZ-DIVOUX Data de

infecção Bencanta Oliveirinha Quinta do Cedro

20-Mar 25-Mar 25-Mar 26-Mar 21-Mar 26-Mar 27-Mar 27-Mar 25-Mar 30-Mar 31-Mar 31-Mar 26-Mar 31-Mar - - 28-Mar 01-Abr 02-Abr 03-Abr 02-Abr 06-Abr 07-Abr 07-Abr 15-Abr 21-Abr 21-Abr 22-Abr 23-Abr 28-Abr 29-Abr 29-Abr 01-Mai 05-Mai - - 09-Mai - 14-Mai - 11-Mai 15-Mai - 16-Mai 12-Mai - 17-Mai - 15-Mai 20-Mai 21-Mai 20-Mai

Embora não se observasse inóculo na natureza e como mera medida de acautelar a

cultura, a 8 de Junho (circular nº 7) foi recomendado a realização de um tratamento

preventivo face às condições de instabilidade previstas para os dias seguintes.

(4)

Nº da

circular Data da circular Recomendação Situação na Região

4 18/4 Nos batatais mais desenvolvidos, recomenda-se a realização de um

tratamento o mais próximo possível do dia 21 de Abril.

Ausência de ataque

5 2/5 A precipitação ocorrida durante o fim de semana e as condições de

instabilidade previstas para os primeiros dias desta semana encontraram as culturas desprotegidas.

Face ao exposto, aconselha-se a renovação do tratamento próximo do dia 6 de Maio.

Ausência de ataque

6 18/5

Nos dias 15 e 16 , verificaram-se condições favoráveis à ocorrência de contaminações que, embora não muito graves, devem merecer atenção. Deste modo, aconselha-se a realizar um novo tratamento o mais próximo possível do dia 22.

Ausência de ataque

7 8/6 Proteja a cultura antes das chuvas. Ausência de

ataque

CONSIDERAÇÕES GERAIS

:

As condições climáticas favoráveis que se fizeram sentir durante o ano de 2005,

contribuíram duma forma significativa para que a campanha tenha sido excepcional,

face à inexistência de focos de míldio, vindo a reflectir-se não apenas nas boas

produções obtidas como também na redução do nº de tratamentos realizados

(5)

BALANÇO FITOSSANITÁRIO DAS POMOÍDEAS 2005

PEDRADO

Em toda a campanha de 2005 foram emitidos 6 tratamentos, sendo 5 generalizados e 1

localizado.

Não se detectaram problemas de maior, a não ser já no mês de Julho em algumas

variedades mais sensíveis, como por exemplo a Royal Gala.

Por motivos alheios à nossa vontade não foi possível este ano recomendar o tratamento

ao estado fenológico C3-D (abrolhamento/aparecimento da ponta verde das folhas).

Pedrado

Nº da

circular Data da circular Recomendação Situação na Região

3 31/03 Encontram-se reunidas as condições biológicas e fenológicas para o

desenvolvimento deste inimigo. Uma vez que o Instituto de Meteorologia prevê a ocorrência de chuva para os próximos dias, recomenda-se a realização imediata de um tratamento preferencialmente antes das chuvas. Caso contrário, trate logo a seguir com um produto de acção curativa.

Ausência de sintomas.

4 18/4 A precipitação ocorrida no passado dia 15 encontrou já os pomares

desprotegidos, prevendo-se o aparecimento de manchas a partir do dia

25 de Abril. Assim sendo, aconselha-se a realização de um tratamento o

mais próximo possível desta data.

Ausência de sintomas.

5 2/5

Já foram observadas manchas de pedrado em macieiras. Dado que está a terminar a persistência do último tratamento preconizado e que as previsões climatéricas são de instabilidade, afigura-se oportuno a realização de novo tratamento.

Ataque ligeiro.

6 18/5 A ocorrência de precipitação nestes últimos dias já encontrou os

pomares desprotegidos. Embora não se verifiquem ataques significativos de pedrado, temos observado o aparecimento de manchas recentes em locais bem definidos e em árvores mal tratadas. Por isso, recomenda-se o tratamento do pomar antes do dia 25.

Ataque ligeiro.

7 8/6

Face ao último boletim a cultura já se encontra desprotegida, continuando a observar-se manchas de pedrado. Deve por isso proceder à realização imediata de um novo tratamento.

Ataque ligeiro.

10 28/7 Face às condições meteorológicas, nos pomares onde persistem sintomas

é conveniente efectuar um tratamento para evitar o desenvolvimento da doença.

Ataque ligeiro.

Estando reunidas as condições biológicas e fenológicas ao desenvolvimento do fungo e

visto o Instituto de Meteorologia prever a ocorrência de chuva, recomendou-se na

circular nº3 de 31 de Março, a realização imediata de um tratamento preferencialmente

antes das chuvas. Caso não fosse possível, tratar imediatamente logo a seguir com um

produto de acção curativa.

A precipitação ocorrida a 15 de Abril já encontrou os pomares completamente

desprotegidos. Assim sendo, a 18 de Abril na circular nº4, aconselhou-se novo

tratamento a realizar antes do dia 25.

(6)

QUADRO RESUMO DA PREVISÃO - PEDRADO DAS

POMÓIDEAS - 2005

Bencanta Anadia/Tamengos Data de

infecção Ascósporos Conídios Ascósporos Conídios

21-Mar 07-Abr - 05-Abr -

25-Mar 10-Abr - 09-Abr -

02-Abr 20-Abr - 17-Abr -

1º Tratamento a 4 de Abril

15-Abr 06-Mai 29-Abr 04-Mai 27-Abr

18-Abr 08-Mai 01-Mai 05-Mai 29-Abr

2º Tratamento a 23 de Abril

24-Abr 11-Mai 05-Mai 09-Mai 04-Mai

02-Mai 16-Mai 11-Mai 11-Mai 08-Mai

3º Tratamento de 4 a 8 de Maio

11-Mai 27-Mai 21-Mai 26-Mai 21-Mai

16-Mai 01-Jun 27-Mai 31-Mai 26-Mai

A 2 de Maio já tinham sido observadas manchas recentes de pedrado. A persistência do

último tratamento preconizado estava a terminar e as previsões climatéricas de

instabilidade, levaram-nos a sugerir uma nova intervenção na circular nº 5 de 2/05.

Embora não fossem observados ataques generalizados da doença, havia contudo locais

bem delimitados onde ela se encontrava presente, razão pela qual na circular nº6, de 18

de Maio, se ter sugerido nova protecção do pomar antes do dia 25.

As previsões do Instituto de Meteorologia apontavam no sentido da ocorrência de chuva

a partir do dia 12 de Junho. Os pomares já se encontravam completamente

desprotegidos nesta data e face à existência de pequenos focos da doença, achou-se

oportuno recomendar a realização de um novo tratamento a 8 de Junho na circular nº7.

A 28 de Julho na circular nº 10, apenas nos pomares onde persistiam alguns sintomas e

uma vez que o tempo se mantinha instável, aconselhou-se a efectuar uma nova

intervenção a fim de evitar o desenvolvimento da doença.

PRAGAS

Durante o ano de 2005 foram emitidas as seguintes recomendações para as principais

pragas das pomóideas.

Pragas

Nº da

circular Data da circular Inimigo Recomendação

6 18/5 Bichado Já foram observados os primeiros frutos atacados. Deve tratar

nesta altura, com uma das seguintes substâncias activas de acção larvicida, homologadas: alfa-cipermetrina; azinfos- metilo;beta-ciflutrina;carbaril;ciflutrina;clorpirifos;clorpirifos-metilo+deltametrina deltametrina; diazinão;fosalona; fosmete;

lambda-cialotrina; malatião; metidatião; tau-fluvalinato;

(7)

Cochonilha

de S. José Nos pomares habitualmente atacados por esta praga, realize um tratamento. Utilize preferencialmente uma das substâncias

activas homologadas para o efeito e que combata em simultâneo o bichado e a cochonilha de S. José: clorpirifos; malatião; metidatião.

8 27/6 Bichado Recomenda-se a realização de um tratamento com um produto

de acção larvicida.

Aranhiço

Vermelho As condições têm sido favoráveis ao desenvolvimento da praga. Por isso, observe 100 folhas ao acaso (2 folhas por árvore em

50 árvores), e se encontrar 50 a 75 folhas ocupadas por, deve tratar com um acaricida homologado e a alto volume.

9 13/7 Bichado Realize novo tratamento logo que termine a acção do

insecticida aplicado.

Mosca do

Mediterrâneo Já observámos a presença deste inimigo em pessegueiros.

Proteja as variedades à medida que se vão aproximando da maturação.

Cochonilha

(8)

BALANÇO FITOSSANITÁRIO DA CULTURA DA OLIVEIRA 2005

PRAGAS E DOENÇAS

Durante a campanha de 2005 foram emitidas 5 circulares com recomendações para os

seguintes inimigos da cultura da oliveira: olho de pavão, gafa , cercosporiose, traça da

oliveira e mosca da azeitona.

Nº da

circular Data da circular Inimigo Recomendação

2 21/3

Olho de Pavão Desde que se inicia o ciclo vegetativo até ao aparecimento dos botões florais, a oliveira encontra-se muito sensível a este fungo. Por esta razão deve manter a sua cultura protegida, sempre que as condições climatéricas sejam propícias ao desenvolvimento da doença (ocorrência de chuva). Utilize produto à base de uma das seguintes substâncias activas: hidróxido de cobre, óxido cuproso, oxicloreto de cobre ou zirame.

8 27/6

Traça da

oliveira A geração carpófaga da traça da oliveira ataca os jovens frutos provocando a sua queda prematura. Uma vez que o número de capturas é significativo, aconselha-se a realização imediata de um tratamento com uma das seguintes substâncias activas: carbaril, dimetoato, fentião ou malatião.

11 29/8 Mosca da

azeitona Observámos a presença de frutos recém atacados. Alguns olivais estão próximos de atingir o nível económico de ataque (8 a 12% de frutos com larvas vivas). Uma vez que as

condições climatéricas continuam favoráveis ao

desenvolvimento da praga, aconselha-se a realização de um tratamento com uma das seguintes substâncias activas.

12 12/9

Gafa, Olho de Pavão e Cercosporiose

A precipitação e as neblinas matinais que se têm verificado favorecem o desenvolvimento destes fungos, pelo que deve ser efectuado um tratamento com um produto à base de uma das seguintes substâncias activas: hidróxido de cobre, oxicloreto de cobre ou sulfato de cobre.

Mosca da

azeitona O vôo continua intenso, tendo-se observado em alguns olivais um número elevado de frutos picados. Aconselha-se a realização de um novo tratamento, logo que termine a persistência do produto aplicado anteriormente.

13 12/10

Mosca da

Azeitona O número de insectos capturados nas armadilhas sexuais justificam a realização de um tratamento fitossanitário.

Gafa, Olho de Pavão

As condições meteorológicas que se têm verificado ultimamente, e as previsões de chuva para os próximos dias, favorecem o desenvolvimento destes fungos pelo que deve efectuar um tratamento com um produto à base de uma das seguintes substâncias activas: hidróxido de cobre, oxicloreto de cobre ou sulfato de cobre.

(9)

BALANÇO FITOSSANITÁRIO DA VINHA 2005

Durante o ano de 2005 foram acompanhados 7 postos de observação biológica e

fenológica e aplicada a metodologia de previsão clássica para o míldio da videira em 5

postos.

Em 7 dos 13 boletins fitossanitários emitidos foram feitas referências a inimigos da

cultura da vinha. No quadro que se segue regista-se o número de tratamentos

recomendados por inimigo e, muito resumidamente, a justificação da recomendação:

Inimigo

Nº de tratamentos

recomendado

Justificação da recomendação

míldio

6

2 – aplicação da metodologia de previsão

4 - preventivos

oídio

7

3 – estados fenológicos sensíveis

4 - preventivos

podridão

cinzenta

4

4 – esquema Standard

escoriose

1

Tratamento de Inverno

cochonilhas

2

1 – tratamento de Inverno

1 – tratamento de Primavera/Verão

traça da uva

3

2 – tratamentos 2ª geração (ovicida e

larvicida)

1 - tratamento 3ª geração (ovicida)

Durante o ano de 2005 observaram-se sintomas de todos os inimigos para os quais

foram feitas recomendações de tratamentos. No entanto, apenas nas cochonilhas foram

observados ataques médios a fortes nos nossos postos biológicos e em outras vinhas da

Região.

O míldio esteve presente em quase todos os postos a partir do mês de Maio mas sempre

com uma intensidade de ataque muito baixa, não tendo originado prejuízos.

A precipitação ocorrida nos primeiros dias de Abril foi suficiente para que ocorresse a

infecção primária, com o aparecimento de manchas a partir do dia 17, data para qual

estava prevista nova queda pluviométrica. Face a esta situação e à fase de

desenvolvimento em que já se encontravam algumas vinhas (cachos separados-botões

florais separados) foi aconselhado na circular nº 4, de 18 de Abril, a realização imediata

de um tratamento, sendo detectadas as primeiras manchas na casta Fernão Pires a 26 de

Abril. Este tratamento veio a revelar-se de grande importância, uma vez que os focos

detectados no início de Maio apareceram em parcelas onde não se efectuou esta

intervenção e persistiram ao longo do ciclo vegetativo.

A metodologia de previsão começou a ser implementada logo que se observaram todas

as condições para a ocorrência da infecção primária, à excepção dos 10 cm

desenvolvimento do pâmpano. Considerou-se logo que houvesse videiras abrolhadas.

(10)

QUADRO RESUMO DA PREVISÃO - MÍLDIO DA VINHA

- 2005

Data prevista de aparecimento de manchas

POSTOS BIOLÓGICOS

Data de

infecção Aguieira Bencanta Quinta do Cedro Tamengos Vilarinho do Bairro

Oósporos maduros a 22 de Março

25-Mar 07-Abr 06-Abr 07-Abr 07-Abr 07-Abr

02-Abr 14-Abr 14-Abr 16-Abr 17-Abr 16-Abr

14-Abr 01-Mai 01-Mai 02-Mai 02-Mai 01-Mai

17-Abr 03-Mai 03-Mai 05-Mai 05-Mai 04-Mai

21-Abr 06-Mai 04-Mai 06-Mai 06-Mai 05-Mai

1º Tratamento a 20/21 de Abril

23-Abr 06-Mai 05-Mai 07-Mai 08-Mai 06-Mai

Detectadas as primeiras manchas a 25/4

02-Mai 12-Mai 12-Mai 13-Mai 14-Mai 12-Mai

09-Mai 22-Mai 21-Mai 23-Mai 22-Mai 21-Mai

2º Tratamento a 10/11 de Maio

11-Mai 24-Mai 23-Mai 25-Mai 25-Mai 24-Mai

14-Mai 27-Mai 26-Mai 29-Mai 29-Mai 28-Mai

3º Tratamento a 25/26 de Maio 4º Tratamento a 10/11 de Junho

13-Jun 19-Jun 17-Jun 22-Jun 19-Jun 18-Jun

27-Jun 05-Jul 03-Jul 07-Jul 05-Jul 05-Jul

5º Tratamento a 28/29 de Junho com tolifluanida

12-Jul 18-Jul 16-Jul 18-Jul 17-Jul 16-Jul

6º Tratamento a 28/29 de Julho com calda bordalesa

Míldio da Vinha - 2005

Nº da

circular circular Data da Recomendação Situação na Região 4 18/4 A precipitação ocorrida no final da semana passada,

coincidiu com a previsão de aparecimento de manchas primárias de míldio. Face a esta situação, à previsão de instabilidade climática para os próximos dias e ao heterogéneo desenvolvimento vegetativo que se tem observado, aconselha-se a IMEDIATA realização de

um tratamento, dando preferência a produtos com

acção curativa.

Ataque inexistente

5 2/5 Conforme previsto, já foram detectadas as manchas

resultantes da infecção primária. Recomenda-se a realização de um tratamento o mais próximo possível do dia 12 de Maio.

Ataque ligeiro

6 18/5 As previsões meteorológicas apontam para alguma instabilidade nos próximos dias e as manhãs apresentam-se com bastante humidade. Temos obapresentam-servado também alguns focos de míldio sobretudo nas castas Fernão Pires ( Maria Gomes ) e Camarate (Castelão ). Por isso, aconselha-se os senhores viticultores a realizarem um tratamento o mais próximo possível do dia 27 utilizando um produto de acção sistémica ou penetrante.

(11)

7 8/6 Embora as condições não se apresentem propícias ao desenvolvimento deste inimigo, temos observado o aparecimento de pequenos focos em algumas vinhas. Uma vez que o Instituto de Meteorologia prevê a possibilidade de ocorrência de precipitação a partir do dia 12, aconselha-se a realização de um tratamento antes das chuvas. Caso contrário, realize o tratamento logo após com um produto que possua acção curativa (ver lista em anexo).

Ataque ligeiro

8 27/6

A previsão do Instituto Nacional de Meteorologia é de neblinas ou nevoeiros matinais, o que para além de favorecer a podridão cinzenta, pode também favorecer o aparecimento de míldio em algumas parcelas. Por isso, sugere-se que opte pela aplicação de produtos que

combatam em simultâneo, quer directa quer

indirectamente, estes dois inimigos tais como a tolifluanida (EUPARENE MULTI) ou os produtos cúpricos.

Ataque ligeiro

10 28/7 A precipitação ocorrida durante a noite e a que está

prevista ocorrer nos próximos dias são propícias à instalação e desenvolvimento de algumas doenças, tais como o míldio (nas vinhas que ainda não estão em fase de maturação) e podridões cinzenta e acética. Face ao exposto, aconselha-se, logo que possível, a realização de um tratamento com sulfato de cobre, tirando partido das suas potencialidades no controlo/combate de vários inimigos da vinha.

Ataque ligeiro

Quanto ao oídio e a escoriose não apresentaram problemas de maior.

Oídio da vinha – 2005

Nº da

circular circular Data da Recomendação Situação na Região 4 18/4

A cultura encontra-se num estado fenológico sensível a este inimigo, adicione um anti-oídio à calda.

Ataque inexistente

5 2/5 À medida que as vinhas forem atingindo o estado

fenológico I-J (floração-alimpa) proceda à aplicação de um anti-oídio, optando preferencialmente pelo enxofre na formulação de pó polvilhável.

Ataque inexistente

6 18/5 Tenha em atenção o referido no boletim anterior. Ataque inexistente

7 8/6 A vinha encontra-se numa fase sensível à instalação e

desenvolvimento deste fungo, mantenha a cultura protegida.

Ataque inexistente

8 27/6 Estão reunidas as condições favoráveis ao

desenvolvimento da doença, sendo importante que as videiras se mantenham protegidas até ao fecho dos cachos. Deve por isso manter a sua vinha protegida, sem descurar as medidas culturais, particularmente todas as que promovam o arejamento do cacho.

Ataque inexistente

9 13/7

Temos observado a presença de focos desta doença, alguns de grande intensidade. Deve manter a cultura protegida.

Ataque ligeiro

(12)

A escoriose foi observada nas varas de poda enquanto que o oídio foram detectados

alguns sintomas nos cachos no mês de Julho, associados a um deficiente arejamento, e

nas folhas a partir do final do mês de Setembro.

Escoriose

Nº da

circular Data da circular Recomendação Situação na Região 2 21/3 Nas parcelas que apresentem sintomas desta doença,

varas esbranquiçadas com pontuações pretas, varas rachadas nos entre-nós ou onde se tenha observado no ano anterior um fácil desprendimento dos pâmpanos , aconselha-se a adopção de uma das seguintes estratégias de luta:

• • •

ESTRATÉGIA 1 : Realização de duas aplicações: uma com 30 a 40% dos gomos no estado

fenológico D (saída das folhas) e outra com 40%

dos gomos no estado fenológico E (folhas livres), utilizando uma das seguintes substâncias activas: enxofre, folpete, mancozebe, metirame, propinebe ou fosetil de alumínio + mancozebe.

ou

• • •

ESTRATÉGIA 2 : Realização de uma única

aplicação no estado fenológico D (saída das folhas) utilizando a mistura do fungicida

sistémico fosetil de alumínio com folpete.

Ataque médio

No que se refere à podridão cinzenta começou por ter uma expressão ligeira nas folhas

durante a 1ª semana de Maio. Posteriormente apareceram alguns focos na primeira

quinzena de Julho que não evoluíram, voltando a aparecer novos focos a partir dos

meados do mês de Agosto, com as castas tintas já em maturação. Nas castas brancas

mais tardias apenas se observaram sintomas ligeiros, já nas castas tintas à colheita

verificou-se um ataque ligeiro a médio.

Podridão cinzenta – 2005

Nº da circular

Data da circular

Recomendação Situação na Região

5 2/5 Têm-se observado alguns focos, sobretudo em folhas.

Uma vez que a cultura se aproxima da floração (fase sensível a esta doença), recomenda-se a realização de um tratamento, em particular nas parcelas que apresentem sintomas ou onde habitualmente ocorrem estragos provocados por este inimigo.

Ataque ligeiro

8 27/6 As condições climatéricas, a vegetação densa e fase de desenvolvimento em que as videiras se encontram, representam um risco para a instalação e desenvolvimento deste inimigo. Assim sendo, afigura-se oportuna a adopção de medidas culturais que promovam o arejamento da vegetação, em particular dos cachos, e a realização de um tratamento.

A previsão do Instituto Nacional de Meteorologia é de neblinas ou nevoeiros matinais, o que para além de favorecer a podridão cinzenta, pode também favorecer o aparecimento de míldio em algumas parcelas. Por isso,

(13)

sugere-se que opte pela aplicação de produtos que

combatam em simultâneo, quer directa quer

indirectamente, estes dois inimigos tais como a tolifluanida (EUPARENE MULTI) ou os produtos

cúpricos

.

9 13/7 A presença de alguns focos, a proximidade do pintor e a existência de neblinas matinais, são factores propícios à instalação e desenvolvimento da podridão. Assim sendo, recomenda-se a realização de um tratamento.

Tão importante quanto a realização dos tratamentos, nesta fase de desenvolvimento da videira, é a adopção de medidas culturais que promovam o arejamento dos cachos.

Ataque ligeiro

10 28/7 A precipitação ocorrida durante a noite e a que está prevista ocorrer nos próximos dias são propícias à instalação e desenvolvimento de algumas doenças, tais como o míldio (nas vinhas que ainda não estão em fase de maturação) e podridões cinzenta e acética. Face ao exposto, aconselha-se, logo que possível, a realização de um tratamento com sulfato de cobre, tirando partido das suas potencialidades no controlo/combate de vários inimigos da vinha.

Nas parcelas onde habitualmente surgem problemas e que se encontrem a 3-4 semanas da vindima (castas brancas), deve efectuar um tratamento. Para as castas tintas, que se encontram em pintor, é válida a recomendação do boletim anterior, tratar à medida que se aproxima a maturação.

Tão importante quanto a realização dos tratamentos, nesta fase de desenvolvimento da videira, é a adopção de medidas culturais que promovam o arejamento dos cachos.

Ataque inexistente que evoluiu para ataque ligeiro a médio a partir dos finais do mês de Agosto até à vindima.

Quanto às pragas foram as cochonilhas, quer lecanídeas quer pseudococcídeas, as que

causaram mais estragos e prejuízos. A traça da uva (Eudémis) embora presente em

todos os postos biológicos, só nos da zona de Cantanhede se apresentou com valores

acima do NEA, não se tendo verificado estragos directos nem indirectos com

significado, nem mesmo nestes postos. A cigarrinha verde e a áltica, embora

presentes, não causaram danos.

Traça da uva

Nº da

circular Data da circular Recomendação Situação na Região

7 8/6 Já teve início o vôo da 2ª geração. Caso opte por uma

estratégia ovicida, deve proceder agora à aplicação de um dos seguintes insecticidas : fenoxicarbe (INSEGAR), flufenoxurão (CASCADE); indoxacarbe (STEWARD), lufenurão (MATCH O5O) e tebufenozida (MIMIC).

8 27/6 Já foram observados os primeiros bagos perfurados.

Caso tenha optado por uma estratégia larvicida, pode agora realizar o tratamento com uma das seguintes substâncias activas: alfa-cipermetrina; azinfos-metilo; Bacillus thuringiensis, beta-ciflutrina; carbaril; ciflutrina; cipermetrina; cipermetrina + clorpirifos; clorpirifos-metilo + deltametrina; deltametrina; fosalona; lambda-cialotrina; malatião; metidatião; metomil ou triclorfão.

(14)

10 28/7 Iniciou-se o vôo da 3ª geração, tendo-se detectado já

algumas posturas. Se pretende adoptar uma estratégia ovicida no controlo deste inimigo, deve efectuar o tratamento na próxima semana.

Ataque ligeiro, com menor expressão que o da 2ª geração.

A traça da uva teve 3 vôos nem sempre bem definidos

e o inicio de um 4º voo, apenas

nos postos onde a colheita se realizou já nos finais de Setembro.

O 1º voo foi muito longo e irregular, com início em meados de Março com a vinha a

iniciar o abrolhamento nas castas brancas, e com terminus nos finais de Maio. No

entanto não se verificaram intensidades de ataque com valores superiores aos do NEA.

O 2º voo decorreu, sensivelmente, durante os meses de Junho e Julho, tendo dado

origem a intensidades de ataque superiores ao NEA nos postos da zona de Cantanhede.

No entanto não se verificaram estragos significativos nestes postos, nem na Região em

geral, podendo-se afirmar que o ataque foi ligeiro. O 3º voo, com duração nos meses de

Agosto e Setembro, não foi tão intenso como o 2ª voo e não se foi além de um ataque

muito ligeiro mesmo nos postos onde habitualmente causa significativos estragos.

TRAÇA DA UVA - OURENTÃ 2005

0 50 100 150 200 250 300 350 400 0 1-M ar 0 7-M ar 2 1-M ar 3 0-M ar 06 -A br 13 -A br 20 -A br 26 -A br 0 3-M a i 1 0-M a i 1 9-M a i 2 4-M a i 3 1-M a i 0 9-Ju n 1 3-Ju n 2 1-Ju n 2 8-Ju n 0 6-Ju l 1 3-Ju l 2 0-Ju l 2 7-Ju l 11 -A g o 18 -A g o 24 -A g o 30 -A g o 08 -S et 26 -S et Data N º ca p tu ra s

Cochonilhas

Desde 2003 que as cochonilhas têm boas condições de desenvolvimento, deixando uma

população potencial muito elevada para os anos seguintes, voltando a manifestar-se com

grande intensidade na fase final do ciclo vegetativo da vinha. Desde Junho foram

observados sintomas intensos (melada e fumagina intensas) e colónias de adultos e

larvas, que se localizavam quer em folhas quer em pâmpanos, netas e nos cachos junto à

zona de inserção do bago ou no próprio bago. Observou-se, ainda, um aumento dos

focos já existentes, um aumento do número de focos por parcela e do número de

parcelas atacadas por este inimigo.

(15)

Cochonilhas

Nº da

circular circular Data da Recomendação Situação na Região 1 24/1 MEDIDAS PROFILÁCTICAS - As cochonilhas hibernam sob

a casca das videiras. As videiras que apresentam aspecto enegrecido (ferrujão) ou nas quais tenha sido detectado a presença da praga, é conveniente proceder ao descasque do tronco da planta de modo a melhorar a eficácia do tratamento de Inverno. Esteja atento aos próximos boletins.

2 21/3 Nas vinhas/videiras onde se tenham observado sintomas desta praga no ano passado, aconselha-se a realização de

um tratamento com MALATIÃO + ÓLEO MINERAL ou

ÓLEO DE VERÃO o mais próximo possível da rebentação, preferencialmente entre o entumescimento do gomo e a ponta verde, deixando a totalidade da videira molhada.

7 8/6 Já se observaram as primeiras eclosões dos ovos deste

inimigo. Se esta praga está presente na sua parcela deve efectuar um tratamento, de preferência localizado, com uma das seguintes substâncias activas : azinfos-metilo; clorpirifos; malatião; metidatião, deixando as plantas bem molhadas.

Ataque médio a intenso.

A cigarrinha verde foi detectada nas armadilhas em finais de Março, com um máximo

de 32 adultos capturados em meados de Maio. Não se observando videiras com

sintomas nem número de ninfas que justificasse uma intervenção.

Como conclusão podemos afirmar que o ano de 2005 na cultura da vinha na

Região da Bairrada ficou marcado pelo desenvolvimento de forma significativa

das cochonilhas, não se evidenciando entre elas nem as lecanídeas nem as

pseudococcídeas.

Referências

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