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ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL COMPLEXO COMERCIAL NASSICA VILA DO CONDE

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ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL

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COMPLEXO COMERCIAL NASSICA

VILA DO CONDE

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HENUP INVESTIMENTOS, SA

Resumo Não Técnico do Complexo Comercial NASSICA Outubro de 2005

Í

ÍÍNNNDDDIIICCCEEE

Em que Consiste o Projecto?...1

Qual o Enquadramento legal? ...2

Dono do Projecto? ...3

Porque Surge Este Projecto?...3

Local Seleccionado Para a Construção? ...3

Caracterização do Local Para Implantação do Complexo Comercial...4

Quais os Efeitos Resultantes da Implementação do Complexo Comercial? ...9

Que Medidas Serão Tomadas Para Diminuir os Efeitos Negativos?...12

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HENUP INVESTIMENTOS, SA

Resumo Não Técnico do Complexo Comercial NASSICA Outubro de 2005

1 E

EEMMMQQQUUUEEECCCOOONNNSSSIIISSSTTTEEEOOOPPRPRROOOJJJEEECCCTTTOOO???

O projecto apresentado neste relatório refere-se à ampliação de uma zona comercial pela implantação de um Complexo Comercial, denominado NASSICA. Esta unidade comercial terá

por objectivo dar resposta ao novo conceito comercial onde são tidos em conta a compatibilização do comércio em espaços aprazíveis e de lazer. Com esta ampliação o Complexo Comercial NASSICA será composto por:

• Outlet (denominado Factory)

Trata-se de um conjunto de lojas de marcas conhecidas, essencialmente marcas de vestuário, calçado e acessórios. As colecções aí vendidas são o escoamento de peças não vendidas nos mercados tradicionais. O edifício Factory já está parcialmente construído e tem cerca de 16 277 m2, prevendo-se a sua ampliação com mais 15 544 m2.

Espaço NASSICA

Este espaço consistirá em locais de restauração e zonas de lazer. Este espaço irá ter um hipermercado, 20

salas de cinema, restaurantes e áreas de lazer. A futura paragem do metro de superfície da linha da Póvoa de Varzim (Estação de Modivas) irá permitir o acesso ao espaço Nassica pela zona de restauração e lazer. O hipermercado ocupará uma área de 15 569 m2, a zona de restaurantes terá

5 190 m2 e zona de lazer ocupará no total, 12 141 m2. Os cinemas terão uma

área de 10 479 m2.

Retail park

Um retail park são conjuntos de

unidades de grandes dimensões onde se vendem a retalho artigos de decoração, mobiliário, electrodoméstico s, informática, bricolage, entre outros. A área de construção afecta ao espaço

retail park é de 25 804 m2.

Stand alone

Esta unidade comercial caracteriza-se principalmente pela marca que lhe está associada, que pode ser uma grande marca de desporto, de artigos para casa ou mesmo da área da cultura e lazer.

Este edifício, como o nome indica, estará separado das restantes unidades referidas anteriormente mas em termos paisagístico e urbanístico

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HENUP INVESTIMENTOS, SA

Resumo Não Técnico do Complexo Comercial NASSICA Outubro de 2005

2 encontrar-se-á perfeitamente

enquadrado.

Trata-se de uma construção que funcionará de modo independente das restantes, tipo armazém. Este espaço comercial irá desenvolver-se em dois pisos e com uma área total de 26 967 m2.

• Parques de estacionamento Para uma unidade deste tipo, que irá atrair bastantes visitantes, um parque de estacionamento com capacidade suficiente de recepção é essencial. Como tal o parque de estacionamento foi dimensionado com base num estudo de tráfego. Neste estudo estão previstos na hora mais carregada de Sábado que entrem no Complexo Comercial cerca de 1 837 veículos e que possam sair 1 865 veículos.

O parque de estacionamento será construído na zona central dos edifícios a construir e com uma capacidade de 4 781 lugares. A partir desta zona central serão distribuídos para os estacionamentos específicos de cada uma das zonas comerciais, que podem ser cobertos ou não.

A área afecta ao parque corresponde no total a 141 350 m2.

Q

QQUUUAAALLLOOOEEENNNQQQUUUAAADDDRRRAAAMMMEEENNNTTTOOOLLLEEEGGGAAALLL???

O Decreto – Lei n.º 69/2000, de 3 de Maio, refere-se a processos de Avaliação de Impacte Ambiental (AIA) e identifica quais os projectos que são sujeitos a AIA.

Segundo este Decreto operações de loteamento urbano, incluindo a construção de unidades comerciais de dimensão relevante (ucdr) e parques de estacionamento, não abrangidos por plano municipal de ordenamento do território necessitam de avaliação de impacte ambiental quando:

• ocupem uma área > 10 ha

(100 000 m2) ou construção

superior a 500 fogos; ucdr com uma área > 1,5 ha (15 000 m2) e parques de

estacionamento com uma área > 2 ha (20 000 m2).

A área afecta ao projecto em análise é de 164 882 m2 considerando somente a área a intervencionar ao nível da implantação. Desta área será afecta ao parque de estacionamento 89 000 m2. Face a estes valores e conforme referido anteriormente este projecto necessita de avaliação de impacte ambiental.

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HENUP INVESTIMENTOS, SA

Resumo Não Técnico do Complexo Comercial NASSICA Outubro de 2005 3 D DDOOONNNOOODDDOOOPPRPRROOOJJJEEECCCTTTOOO??? O projecto é da responsabilidade da HENUP INVESTIMENTOS, SA e o

investimento associado é cerca de 120 milhões de euros.

P

PPOOORRRQQQUUUEEESSSUUURRRGGGEEEEESESSTTTEEEPPPRRROOOJJJEEECCCTTTOOO???

A HENUP INVESTIMENTOS, SA sendo

proprietária de um conjunto de terrenos na área em estudo apresentou junto da Câmara Municipal um projecto para instalar um outlet denominado Factory, e que já existe actualmente, o qual foi bem aceite por parte da Câmara Municipal já que era um projecto com dimensão suficiente para ocupar toda esta área.

Face ao sucesso do Factory e ao potencial da área para receber este tipo de projectos de comércio e lazer e devido aos investimentos já efectuados ao nível das infra-estruturas necessárias o dono do projecto decidiu ampliá-lo, denominando-o de Complexo Comercial NASSICA.

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LLOOOCCCAAALLLSSSEEELLLEEECCCCCCIIIOOONNNAAADDDOOOPPPAAARRRAAAAAA

C

CCOOONNNSSSTTTRRRUUUÇÇÇÃÃÃOOO???

A área prevista para localização do projecto em estudo, tem um conjunto de condições que a tornam interessante para este tipo de projecto:

• Bons acessos pelo IC1/A28; • Próximo do nó de Modivas

que permite a ligação entre o IC1/A28 e a EN13;

• Próximo ao aeroporto;

• Existência de uma estação da

linha de metro de superfície no próprio Complexo Comercial;

• Próximo do 2º maior centro

urbano de Portugal, a cidade do Porto;

• Face aos novos acessos

criados pela ligação da A7 ao IC1/A28 permite acesso fácil a quem vem de Espanha e da zona do Minho sem ter que entrar na área do Porto.

Assim face a estas sinergias este local apresenta-se bastante favorável à instalação de empreendimentos que requeiram boas acessibilidades como acontece com este projecto.

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HENUP INVESTIMENTOS, SA

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Localização do Complexo Comercial NASSICA Escala 1:350 000

Figura 1 – Localização do Complexo Comercial NASSICA

C CCAAARRRAAACCCTTTEEERRRIIIZZZAAAÇÇÇÃÃÃOOODDDOOOLLLOOOCCCAAALLLPPPAAARRRAAA I IIMMMPPPLLLAAANNNTTTAAAÇÇÇÃÃÃOOODDDOOOCCOCOOMMMPPPLLLEEEXXXOOO C CCOOOMMMEEERRRCCCIIIAAALLL

O local em estudo está localizado, nas freguesias de Vila Chã/Modivas, do concelho de Vila do Conde. Esta região apresenta um clima fortemente influenciado pelas massas de ar marítimo provenientes do Atlântico, deste modo os Verões são frescos e os Invernos moderados (temperatura média anual 14ºC).

Em termos geológicos este local é formado por antigos depósitos de areias que tem uma característica cor amarelada. Em termos de relevo esta área apresenta uma morfologia suave com cotas entre os 47 e os 50 metros. A reposição de água no solo deve-se essencialmente às águas pluviais, no entanto dada a baixa permeabilidade a recarga dos aquíferos subterrâneos é demorada.

Na envolvente do local de instalação do Complexo Comercial NASSICA a nível

hidrológico a linha de água mais

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5 Chã e é designada por ribeiro da

Gândara. Parte das diferentes linhas de água existentes e que confluem para o ribeiro da Gândara encontram-se entubados e limitados por construções em zonas residenciais. Estas linhas de água caracterizam-se por terem um caudal pouco uniforme e serem irregulares.

Em termos de abastecimento de água só algumas zonas da área em estudo beneficiam de rede de abastecimento de água para consumo humano da Câmara de Vila do Conde pelo que os restantes utilizam água de captações próprias.

A área em estudo não se encontra abrangida por nenhuma área classificada em termos de conservação da natureza, quer seja de Área Protegida ou Sítio da Lista Nacional de Sítios para a Rede Natura 2000. A Reserva Ornitológica do Mindelo localiza-se a poucos quilómetros da área da futura implantação do Complexo Comercial pelo que dada a natureza do empreendimento e a distância, esta não sofre qualquer tipo de influência pelo projecto em estudo. A unidade comercial existente (Factory) e respectivo parque de estacionamento, confronta a Oeste e a

Sul com áreas desmatadas, logo ao nível da flora (vegetação) sem interesse biológico. Contudo, imediatamente a seguir aparecem povoamentos florestais dominados por salgueiros, eucaliptos e pinheiros. A Norte desta zona comercial existente, aparece uma região húmida, depressão húmida dominada por juncos e salgueiros, revelando algum interesse florístico.

Em termos de fauna (vida animal), as espécies referenciadas para a área em estudo, as quais em grande parte são de origem comum em território nacional e, evidenciam a profunda humanização do meio e a genérica degradação das comunidades. Esta situação é o reflexo da intensa actividade humana aí presente, nomeadamente devido ao tráfego intenso que existe na zona envolvente.

Este local devido aos seus terrenos férteis foi em tempos utilizado para a prática agrícola sendo, ao nível das

áreas regulamentares, integrado parte

da área afecta ao Complexo Comercial NASSICA em Reserva Agrícola Nacional

aquando da elaboração do Plano Director Municipal do concelho de Vila do Conde. No entanto, actualmente a prática agrícola foi abandonada não

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6 sendo esta a actual ocupação dada ao

solo.

Ainda segundo o PDM da Câmara de Vila do Conde a área em estudo é designada por zona industrial condicionada. De forma resumida verifica-se que a área em estudo caracteriza-se por locais de reserva agrícola, espaços industriais, urbanos ou urbanizáveis.

Em termos de qualidade do ar, numa análise temporal de 1999 até Março de 2005, na Estação de Vila Nova da Telha, verifica-se que a área em estudo ao nível de partículas (PM) regista pontualmente valores superiores aos legislados assim como de dióxido de enxofre (SO2).

Pelo facto das vias rodoviárias circundantes terem tráfego elevado verifica-se que na área em estudo os níveis de ruído são bastante elevados, quer durante o dia como durante a noite. O facto de algumas vias serem de paralelo e os carros circularem com alguma velocidade também tem implicações nos níveis sonoros.

Em termos de valores patrimoniais estes são escassos, ficando, a sua maior parte, fora ou nos limites da zona prevista para construção.

Não foi identificado qualquer tipo de património classificado, nem edificado nem arqueológico, embora, quanto a este último haja a possibilidade de a EM 531 seguir o mesmo traçado da estrada antiga que atravessava o concelho vinda do Porto, indo para Azurara e Vila do Conde, passando por Barca.

A área em estudo situa-se numa extensa planície, próxima da orla marítima, de terrenos de elevada fertilidade atravessados e/ou influenciados pelas bacias hidrográficas da ribeira da Lage (a Nascente), e pelo ribeiro da Gândara (a Poente), conferindo a estas áreas suaves ondulações, onde se interpenetram os vários usos, agrícolas, florestais e urbanos, traduzindo-se numa paisagem

fortemente compartimentada.

Actualmente grande parte da área de intervenção foi já sujeita a acções de descaracterização da paisagem, nomeadamente abate de grande parte do coberto arbóreo e terraplanagens com remoção de solo. A mancha urbana desenvolve-se ao longo de grande parte dos eixos viários (EN13 e CM1071), manifestando-se num contínuo de edifícios de habitação e/ou moradias isoladas, ou

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Figura 2 – Área de implantação do futuro Complexo Comercial NASSICA com edifício Factory do

lado direito

ainda num conjunto disperso e desorganizado de unidades industriais que, na sua grande maioria, são factores de degradação da paisagem. O Complexo Comercial abrange duas freguesias distintas: Vila Chã e Modivas. Ao nível das características

socio-económicas das freguesias,

Vila Chã tem uma maior área e também maior número de habitantes que representam 4% do total de residentes do concelho de Vila do

Conde face aos 2,6% da população de Modivas. Relativamente ao número de residentes comparando dados dos Censos 1991 e 2001 verificou-se que as freguesias apresentam comportamentos opostos. Enquanto Modivas aumentou a sua população em 10 anos, em cerca de 0,58%, Vila Chã diminui cerca de 2,12%. De facto a diminuição da população em Vila Chã pode ser indicativo de ausência de motivos de atracção da população.

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Figura 3 – Localização do futuro Complexo Comercial NASSICA, entre as duas freguesias

No entanto em termos de alojamentos Vila Chã obteve uma taxa de crescimento de 20% em relação a 2% de Modivas. O tipo de uso dos alojamentos ajuda a explicar esta situação. Pois em Vila Chã 32,4% dos alojamentos são de utilização sazonal ou secundária. Em Modivas este valor assume 2%.

As tendências demográficas e comparando as duas freguesias Vila Chã apresenta um envelhecimento mais acentuado da sua população residente.

Em termos de população activa as freguesias apresentam registos semelhantes residindo a maior diferença em termos de motivos da atracção da população e em termos do

sector secundário que é mais representativo em Vila Chã.

A nível de área das freguesias abrangida pelo Complexo Comercial cerca de 63% situa-se na freguesia de Modivas, numa área de pinhal. Em termos de actividade ambas as freguesias dedicam-se à agricultura e pecuária. A população de Vila Chã dedica-se ainda à actividade de pesca e outras actividades relacionadas, como a recolha do sargaço.

Em termos de tráfego e acessibilidades a área em estudo

encontra-se bem servida, como já referido anteriormente. Após uma análise do tráfego existente em diversos pontos na envolvente do projecto em estudo verificou-se que

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9 actualmente mesmo nos períodos de

maior procura as redes viárias são em geral satisfatórias. Na rotunda existente na EN13 que serve também de acesso a uma indústria de lacticínios aí existente, verificou-se que a utilização actual excede a capacidade desse local, provocando atrasos e criação de filas de espera. Q QQUUUAAAIIISSSOOOSSSEEFEFFEEEIIITTTOOOSSSRRREEESSSUUULLLTTTAAANNNTTTEEESSSDDDAAA I IIMMMPPPLLLEEEMMMEEENNNTTTAAAÇÇÇÃÃÃOOODDDOOOCCOCOOMMMPPPLLLEEEXXXOOO C CCOOOMMMEEERRRCCCIIIAAALLL???

Tal como toda a acção do Homem sobre o meio natural a construção e o funcionamento do Complexo Comercial NASSICA provocará efeitos quer

positivos como negativos sobre o meio ambiente.

Por forma a levar a cabo um projecto, mesmo que necessário, para o desenvolvimento sócio-económico há que fazer a previsão do seu efeito sobre o meio ambiente antes que este aconteça para intervir de modo a eliminar ou reduzir os efeitos negativos e aumentar os positivos, promovendo-se assim o desenvolvimento sustentável.

Os efeitos deste projecto a nível

geológico devem-se essencialmente

aos trabalhos de desmonte e implantação das estruturas aquando da construção que permitirão aproximar a superfície dos níveis freáticos e aumentar a probabilidade de infiltrações contaminadas. Na fase de funcionamento há a destacar a afectação das características já de si fracas em termos de permeabilidade e portanto infiltração no solo.

A nível dos solos durante a construção do Complexo Comercial vai-se proceder a escavações, remoção de solos, podendo existir derrames de óleos e/ou combustíveis de maquinaria e veículos afectos à obra.

A água para consumo do Complexo Comercial NASSICA vai ser abastecida,

na sua totalidade, pela rede de distribuição de água da Câmara Municipal de Vila do Conde, o que não constitui qualquer impacte sobre as reservas de água, tanto subterrâneas como superficiais.

O efluente doméstico, proveniente das instalações sanitárias e restauração será conduzido para o sistema de saneamento da Câmara Municipal de Vila do Conde, o qual conduz o efluente para a Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de

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10 Matosinhos, onde receberá tratamento

antes de ser lançado no meio receptor. Em relação às águas pluviais, estas terão duas alternativas de descarga. A primeira alternativa é a descarga no mar, através de um emissário subterrâneo, onde não se prevê qualquer impacte para a qualidade da água. Esta alternativa terá impacte positivo visto que está previsto fazer a requalificação da duna da praia da Laderça, onde será instalada a conduta e que já está rasgada. A segunda terá o ponto de descarga no ribeiro Gândara, onde se prevê a requalificação desta linha de água, para jusante da descarga. Pois, actualmente, este rio já sofre problemas de caudal em alturas de enxurradas, alagando os terrenos marginais devido à quantidade de lixos que se encontra ao longo da linha de água.

Durante a fase de construção as principais acções susceptíveis de causar impactes sobre a vegetação e

vida animal estão associadas à

necessidade de efectuar as obras das quais depende a implantação do Complexo Comercial, nomeadamente: movimentação de terras relacionado com o nivelamento do terreno para a construção de todas as infraestruturas,

instalação de estaleiros de apoio às obras e movimentação de veículos. Os principais impactes inerentes a estas acções resultarão da destruição/degradação localizada da vegetação e consequentemente dos biótopos. Dado que grande parte da área já se encontra aterrada, logo desmatada e dado o reduzido valor conservacionista da área de estudo, estes impactes serão pouco significativos.

Durante a fase de funcionamento, dado o actual factor perturbação associado à intensa circulação rodoviária na estrada nacional e municipal adjacentes, avalia-se que os impactes resultantes desta fase, nomeadamente a eventual perturbação causada quer pelo ruído produzido quer pela circulação de pessoas e veículos associados à laboração do espaço comercial, não terá efeitos quer sobre a vegetação quer sobre a vida animal.

Em termos de impactes nas áreas

regulamentares descritas no PDM da

Câmara de Vila do Conde verificou-se que parte do terreno de implantação da ampliação do Complexo Comercial NASSICA se encontra afecto a área de

RAN. Esta área de RAN encontra-se no entanto emparcelada, e portanto

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11 dividida em várias parcelas dispersas.

Estas não são utilizadas actualmente para actividade agrícola. A existência de um outlet na área em estudo conferem-lhe baixo interesse agrícola. Relativamente à qualidade do ar devido ao tráfego associado na fase de construção e aos trabalhos de escavação e movimentação de terras é de considerar o aumento de poeiras nesta fase. Face ao tráfego esperado na fase de funcionamento do Complexo Comercial é de referir as emissões gasosas associados ao tráfego automóvel.

Em termos de fontes fixas de poluição do ar, a existir, no projecto em estudo, serão as chaminés dos fogões de cozinha dos restaurantes.

A circulação de veículos pesados na fase de construção e de passageiros na fase de funcionamento do Complexo Comercial poderá contribuir para um aumento de ruído.

A afectação visual do Complexo Comercial faz-se sentir em algumas infra-estruturas viárias principais, nomeadamente em trechos do IC1/A28, pelo facto desta apresentar uma implantação sobrelevada relativamente ao terreno natural, e em

trechos da EN13, CM1071 e linha de metro Porto /Póvoa por terem grande proximidade à área afecta ao empreendimento.

Os terrenos afectos ao empreendimento apresentam-se em termos de paisagem bastante degradados, pelo que diminuem a qualidade visual do território.

O Complexo Comercial será localizado no enfiamento (e grande proximidade), do ponto de maior amplitude visual, (IC1/A28), a sua implementação virá a constituir uma barreira alterando o espaço visual, obstruindo as actuais leituras da paisagem.

Em termos sócio-económicos devido aos trabalhos de construção perspectiva-se uma dinamização das empresas construtoras locais, seus trabalhadores e consequentemente as entidades que lhes fornecem material e equipamentos.

Nas características do Complexo Comercial destacam-se a novidade e diversidade, expectativa de produtos a preços mais acessíveis e portanto à consequente dinamização económica da região, melhoria do rendimento e novos postos de trabalho. Estes factores podem vir a colmatar a

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12 tendência deste concelho, Vila de

Conde, de ser uma zona dormitório da cidade mais próxima.

Face à componente turística existente na região a instalação do Complexo Comercial será um apoio a esta componente uma vez que serve de suporte e diversificação dos atractivos turísticos já existentes para além de potenciar a fixação de população na região.

Em termos da componente social existe por parte dos residentes algum ressentimento pelo facto de não terem acesso a muita informação sobre o Complexo Comercial e o seu desenvolvimento. Existe também algum receio por parte dos residentes das consequências em termos ambientais do Complexo Comercial para além do aumento de tráfego associado.

Por parte da população é também percepcionado que o Complexo trará desenvolvimento para a região, aumentará a diversidade de bens e serviços e irá potencializar o emprego directo e indirecto na área de Vila do Conde.

Em termos de tráfego perspectiva-se que o Complexo Comercial apresentará uma atracção máxima na

tarde de Sábado onde são gerados 3 702 veículos, 1 837 entrada e 1 865 de saída. A situação mais carregada em termos de tráfego será na tarde de sábado. Verifica-se que de um modo geral os acessos ao Complexo Comercial na EN13 já apresentam uma situação de fluidez do trânsito complicada principalmente em horas de ponta de dias úteis. Face ao estudo efectuado a nível de tráfego tomando um conjunto de medidas que são apresentadas neste estudo prevê-se uma capacidade de recepção suficiente sem atrasos e filas de espera. Em termos de estacionamento a oferta é superior às necessidades identificadas. Da análise realizada no estudo de tráfego, verifica-se que o tráfego gerado pelo Complexo Comercial NASSICA não é susceptível de criar

significativos aumentos de procura de tráfego nas vias envolventes nem atrasos na circulação.

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QQUUUEEEMMEMEEDDDIIIDDDAAASSSSSESEERRRÃÃÃOOOTTOTOOMMMAAADDDAAASSSPPAPAARRRAAA

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No que concerne aos efeitos sobre a

geologia durante a fase de construção

serão tomadas as diligências necessárias ao acondicionamento de

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13 óleos e demais materiais poluidores e

encaminhamento correcto das escorrências de superfície.

Relativamente aos solos, a elaboração do projecto e implantação do Complexo Comercial teve em conta estudos do terreno por forma a aproveitar os seus declives e formas naturais, minimizando movimentos de terra. Os maiores movimentos de terra previstos são para a construção de parques de estacionamento subterrâneos. As terras sobrantes serão encaminhadas a privados que o solicitem para utilização em jardins e/ou para requalificação de pedreiras existentes na envolvente. Deve ainda ser criado um espaço próprio para acondicionamento de combustíveis e lubrificantes novos e rejeitados assim como um local próprio para manutenção das máquinas na fase de construção para minorar os problemas de contaminação dos solos por derrames de combustíveis e/ou lubrificantes.

Esta e outras acções devem constar do plano de gestão de resíduos na fase de construção. Este plano consiste num acompanhamento e monitorização dos resíduos produzidos nessa fase desde a sua utilização no local até ao destino final.

As principais medidas em termos de

recursos hídricos passam por uma

correcta drenagem das águas de escorrência no limite da construção do Complexo Comercial minimizando o arraste de sólidos em suspensão, em particular na fase de construção onde devem existir bacias de retenção antes de ser enviada para circulação natural minorando a quantidade de sólidos. Devido à impermeabilização da área do Complexo Comercial a escorrência superficial poderá ser diminuída pela condução das águas pluviais para o mar ou a jusante na linha de água. Sempre que nas operações de desmatação, com destaque para as acções de movimentação de terras, se detectarem alguns animais em risco de vida, sobretudo répteis e anfíbios, estes deverão ser capturados e libertados de imediato nos campos não intervencionados da área envolvente. Com o objectivo de minimizar ainda os impactes sobre a fauna, mantendo a possibilidade de fomentar a biodiversidade durante a fase de construção recomenda-se a manutenção do juncal existente junto ao viaduto sobre a linha de metro de superfície.

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14 Após a construção do Complexo

Comercial, e com o objectivo de contribuir para o enriquecimento da biodiversidade da área, deverão ser criados, sempre que possível, espaços verdes dentro e na zona envolvente, de modo a aumentar a biodiversidade na área em estudo.

Em termos de qualidade do ar para minimizar o alastramento de poeiras e de partículas em suspensão com origem na fase de construção, os veículos de transporte de inertes devem ser cobertos, deve-se proceder à aspersão com água do local de armazenamento de solos e areias. Os veículos utilizados nesta fase devem ser inspeccionados periodicamente para além de ser imposto um limite de velocidade.

Existe legislação específica para fontes fixas de poluição do ar com determinadas características. Caso os restaurantes do Complexo Comercial reunam essas características será seguida a legislação, nomeadamente em termos de descarga de poluentes, cálculo de altura de chaminés, entre outros requisitos legais aí exigidos. De modo a diminuir os níveis de ruído sobre a envolvente, os trabalhos de construção civil serão realizados

durante o período diurno mas caso se verifique necessário dar continuação aos trabalhos deverá ser solicitada a respectiva autorização. O estaleiro deverá ser localizado o mais afastado possível de habitações e devem ser afixados cartazes informativos à população sobre o cronograma, horário e objectivo da obra.

Após terminar os trabalhos de construção e após a entrada em funcionamento do Complexo Comercial serão efectuados ensaios de medição de ruído de modo a avaliar o efeito do tráfego sobre os níveis de ruído e optimizar os movimentos dos veículos pesados caso se justifique.

Em termos de património foram propostas como medidas de minimização, o acompanhamento arqueológico dos trabalhos por um arqueólogo e a possibilidade de intervenções arqueológicas (escavações) resultantes do trabalho de acompanhamento anteriormente referido.

Considera-se, porém, que, uma vez executadas as medidas de minimização propostas, ficará salvaguardada, de forma satisfatória, a informação arqueológica que estes solos poderão conter.

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15 Sobre a paisagem, durante a fase de

construção, serão tomadas medidas ao nível da delimitação da área de intervenção e depósito de materiais sendo no final desta efectuada a integração paisagística com a organização dos espaços envolventes. Devem ser utilizados critérios de integração paisagística do novo elemento de modo a se garantir uma transição adequada entre este e a paisagem rural envolvente. Esta integração deverá ter em consideração a flora existente no local e caracterizadora da região para um desenvolvimento rápido do coberto vegetal e uniformização no meio existente do novo elemento, Complexo Comercial.

Em termos sócio-económicos

destaca-se a divulgação em diversos locais públicos do projecto Complexo Comercial NASSICA e também do

conteúdo da obra e respectiva duração. Assim pretende-se melhorar a comunicação entre a empresa promotora e a população.

Por forma a minorar a questão do desemprego local a entidade promotora do projecto deverá colaborar com centros de emprego locais para recrutamento e formação para

ocupação de postos de trabalho no Complexo.

Em termos de tráfego com o objectivo de melhorar as condições de acesso na zona envolvente são propostas várias alterações à rede viária existente, nomeadamente, aumento de largura de algumas entradas da rotunda da EN13 de acesso à Avenida Nassica, a abertura ao tráfego do novo ramo do Nó do IC1/A28 com a EN13 no sentido Norte, entre outras medidas.

Q QQUUUAAAIIISSSOOOSSSEEFEFFEEEIIITTTOOOSSSDDEDEECCCOOORRRRRREEENNNTTTEEESSSDDDAAA N NÃÃOOOIIIMMMPPPLLLEEEMMMEEENNNTTTAAAÇÇÇÃÃÃOOODDDEEESSSTTTEEE P PPRRROOOJJJEEECCCTTTOOO???

As implicações que poderão existir, caso o Complexo Comercial NASSICA

não seja implementado, são ao nível do desenvolvimento da região. Este desenvolvimento pressupõe um aumento de bens e serviços, diversidade económica com consequentes investimentos externos, um maior número de postos de trabalho com consequências ao nível da fixação da população na região. Este projecto iria, portanto, imprimir factores dinamizadores à região, com diversidade de actividades, aumentando para 5 000 os postos de

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16 trabalho na região, já que poucas

indústrias conseguem a criação desta quantidade de postos de trabalho. Em termos dos terrenos de implantação do projecto, caso este não seja implementado, poderá vir a ser instalada uma unidade industrial que à partida é mais poluente.

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HENUP INVESTIMENTOS, SA

Resumo Não Técnico do Complexo Comercial NASSICA

Outubro de 2005 Anexo

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Referências

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Ficou com a impressão de estar na presença de um compositor ( Clique aqui para introduzir texto. ), de um guitarrista ( Clique aqui para introduzir texto. ), de um director

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