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RESOLUÇÃO Nº 274-COGRAD/UFMS, DE 4 DE DEZEMBRO DE 2020.

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Academic year: 2021

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O PRESIDENTE DO CONSELHO DE GRADUAÇÃO da Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, no uso de suas atribuições legais, e tendo em vista o disposto na Resolução nº 105, Coeg, de 4 de março de 2016 e na Resolução nº 16, Cograd, de 16 de janeiro de 2018, e considerando o contido no Processo nº 23104.009117/2011-57, resolve, ad referendum:

Art. 1º Fica aprovado o Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia Civil - Bacharelado, da Faculdade de Engenharias, Arquitetura e Urbanismo e Geografia, na forma do Anexo a esta Resolução.

Art. 2º O referido Curso, em respeito às normas superiores pertinentes à integralização curricular, obedecerá aos seguintes indicativos:

I - carga horária mínima:

a) mínima do CNE: 3.600 horas; e b) mínima UFMS: 3.956 horas. II - tempo de duração:

a) proposto para integralização curricular: dez semestres; b) mínimo CNE: dez semestres; e

c) máximo UFMS: quinze semestres.

III - turno de funcionamento: integral (matutino e vespertino) e sábado, manhã e tarde para o curso 2102; integral (vespertino e noturno) e sábado, manhã e tarde, para o curso 2111.

Art. 3º O Projeto Pedagógico será implantado a partir do primeiro semestre do ano letivo de 2021, para todos os estudantes do Curso, exceto para os casos em que o estudante tiver condições de concluir o curso na estrutura antiga, nos dois semestres posteriores à implantação da nova Estrutura Curricular.

Art. 4° Esta Resolução entra em vigor em 4 de janeiro de 2021.

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A autenticidade deste documento pode ser conferida no site

https://sei.ufms.br/sei/controlador_externo.php?

acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0, informando o código verificador 2294740 e o código CRC

DFDB129C.

CONSELHO DE ENSINO DE GRADUAÇÃO

Av Costa e Silva, s/nº - Cidade Universitária Fone:

CEP 79070-900 - Campo Grande - MS

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1. IDENTIFICAÇÃO DO CURSO

1.1. Denominação do Curso: Engenharia Civil 1.2. Código E-mec: 15837/1128355

1.3. Habilitação: Não se aplica

1.4. Grau Acadêmico Conferido: Bacharelado 1.5. Modalidade de Ensino: Presencial

1.6. Regime de Matrícula: Semestral 1.7. Tempo de Duração (em semestres):

a) Proposto para Integralização Curricular: 10 Semestres b) Mínimo CNE: 10 Semestres

c) Máximo UFMS: 15 Semestres 1.8. Carga Horária Mínima (em horas):

a) Mínima CNE: 3600 Horas b) Mínima UFMS: 3956 Horas

1.9. Número de Vagas Ofertadas por Ingresso: 50 vagas para o curso 2102 e 50 vagas para o curso 2111

1.10. Número de Entradas: 2

1.11. Turno de Funcionamento: Matutino, Vespertino, Sábado pela manhã e Sábado à tarde para o curso 2102; Vespertino, Noturno, Sábado pela manhã e Sábado à tarde para o curso 2111

1.12. Local de Funcionamento:

1.12.1. Unidade de Administração Setorial de Lotação: FACULDADE DE ENGENHARIAS, ARQUITETURA E URBANISMO E GEOGRAFIA

1.12.2. Endereço da Unidade de Administração Setorial de Lotação do Curso: Av. Costa e Silva, s/nº, Bairro Universitário, CEP 79070-900

1.13. Forma de ingresso: As Formas de Ingresso nos Cursos de Graduação da UFMS são regidas pela Resolução n° 550, Cograd, de 20 de novembro de 2018; Capítulo IV, Seção I – Art. 34: O ingresso nos cursos de graduação da UFMS ocorre por meio de: I - processos seletivos para portadores de certificado de conclusão do ensino médio ou equivalente, sendo eles: a) Sistema de Seleção Unificada; b) Vestibular; c) Programa de Avaliação Seriada Seletiva; d) Seleção para Vagas remanescentes; e) Seleção para Portadores de visto de refugiado, visto humanitário ou visto de reunião familiar. II - convênios ou outros instrumentos jurídicos de mesma natureza, firmados com outros países para portadores de certificado de

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conclusão do ensino médio ou equivalente; III - processos seletivos para portadores de diploma de curso de graduação, condicionado à existência de vagas; IV -matrícula cortesia, para estrangeiros que estejam em missões diplomáticas ou atuem em repartições consulares e organismos internacionais e seus dependentes, independentemente da existência de vagas, conforme legislação específica; V -processo seletivo para transferência de estudantes regulares de outras instituições nacionais de ensino superior, para cursos da mesma área de conhecimento, e condicionado à existência de vagas; VI - transferência compulsória de estudantes de outras instituições nacionais de ensino superior, para cursos da mesma área de conhecimento, independentemente da existência de vagas, conforme legislação específica; VII – seleção para movimentação interna de estudantes regulares da UFMS para mudança de curso, condicionado à existência de vagas; VIII - permuta interna para troca permanente entre estudantes do mesmo curso no âmbito da UFMS; IX - convênios ou outros instrumentos jurídicos de mesma natureza, firmados com instituições nacionais ou internacionais de ensino, para mobilidade de estudantes regulares de outras instituições; X - matrícula para complementação de estudos, para os candidatos que optaram por revalidar o diploma na UFMS, de acordo com a legislação específica; e XI – seleção de reingresso para os estudantes excluídos que tenham interesse em dar continuidade aos estudos no mesmo curso, habilitação, modalidade, turno e Unidade de origem, condicionado à existência de vagas. Os critérios e procedimentos que regulamentam o ingresso são definidos em Regulamentos e em editais específicos, condicionado à existência de vagas e às especificidades dos cursos.

2. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

O presente Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia Civil da Faculdade de Engenharias, Arquitetura e Urbanismo e Geografia (Faeng) tem como base a seguinte legislação:

Lei Federal nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB);

Lei Federal nº 9.795, de 27 de abril de 1999, que dispõe sobre a Educação Ambiental e institui a Política Nacional de Educação Ambiental;

Lei Federal nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida; Lei Federal nº 10.861, de 14 de abril de 2004, que institui o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes);

Lei Federal nº 11.788, de 25 de setembro de 2008, que dispõe sobre o estágio de estudantes e dá outras providências;

Lei Federal nº 12.764, de 27 de dezembro de 2012, que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista;

Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014, que aprova o Plano Nacional de Educação (PNE) e dá outras providências;

Decreto Federal nº 4.281, de 25 de junho de 2002, que regulamenta a Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999, que institui a Política Nacional de Educação Ambiental, e dá outras providências;

Decreto Federal nº 5.296, de 2 de dezembro de 2004, que regulamenta as Leis nº 10.048, de 8 de novembro de 2000, que dá prioridade de

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atendimento às pessoas que especifica, e nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências;

Decreto Federal nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005, que regulamenta a Lei Federal nº 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais—Libras, e o art. 18 da Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000;

Decreto Federal nº 8.368, de 2 de dezembro de 2014, que regulamenta a Lei nº 12.764, de 27 de dezembro de 2012, que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista;

Decreto Federal nº 9.057, de 25 de maio de 2017, Regulamenta o art. 80 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional;

Portaria nº 3.284, Ministério da Educação (MEC), de 7 de novembro de 2003, que dispõe sobre requisitos de acessibilidade de pessoas portadoras de deficiências, para instruir os processos de autorização e de reconhecimento de cursos, e de credenciamento de instituições; Portaria nº 2.117, de 6 de dezembro de 2019, que dispõe sobre a oferta de carga horária na modalidade de Ensino a Distância (EaD) em cursos de graduação presenciais ofertados por Instituições de Educação Superior (IES) pertencentes ao Sistema Federal de Ensino;

Resolução nº 1, Conselho Nacional da Educação (CNE) / Conselho Pleno (CP), de 17 de junho de 2004, que institui diretrizes curriculares nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana;

Resolução nº 2, CNE/ Câmara de Educação superior (CES), de 18 de junho de 2007, que dispõe sobre carga horária mínima e procedimentos relativos à integralização e duração dos cursos de graduação, bacharelados, na modalidade presencial;

Resolução nº 3, CNE/CP, de 2 de julho de 2007, que dispõe sobre procedimentos a serem adotados quanto ao conceito de hora-aula; Resolução nº 1, CNE/CP, de 30 de maio de 2012, que estabelece Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos;

Resolução nº 2, CNE/CP, de 15 de junho de 2012, que Estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental;

Resolução nº 7, CNE/CES, de 18 de dezembro de 2018, que estabelece as Diretrizes para a Extensão na Educação Superior Brasileira e regimenta o disposto na Meta 12.7 da Lei nº 13.005/2014, que aprova o Plano Nacional de Educação —PNE 2014-2024— e dá outras providências;

Resolução n° 1, Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (Conaes), de 17 de junho de 2010, que Normatiza o Núcleo Docente Estruturante (NDE) e dá outras providências;

Resolução CNE/CES Nº 2, de 24 DE abril de 2019, que dispõe sobre as diretrizes curriculares de cursos de Engenharia.

Resolução nº 35, Conselho Universitário (Coun), de 13 de maio de 2011, que aprova o Estatuto da Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul;

Resolução nº 78, Coun, de 22 de setembro de 2011, que aprova o Regimento Geral da Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul;

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da Resolução nº 78, Coun, de 22 de setembro de 2011;

Resolução nº 107, Conselho de Ensino de Graduação (Coeg), de 16 de junho de 2010, que aprova o Regulamento de Estágio para os acadêmicos dos Cursos de Graduação, presenciais, da UFMS;

Resolução nº 106, Coeg, de 4 de março de 2016, que aprova as Orientações Gerais para a Elaboração de Projeto Pedagógico de Curso de Graduação da UFMS;

Resolução nº 105, Coeg, de 4 de março de 2016, que aprova as Regras de Transição para Alterações Curriculares originadas de alterações na normatização interna da UFMS ou atendimento a normativa legal;

Resolução nº 16, Conselho de Graduação (Cograd), de 16 de janeiro de 2018, que altera o art. 4° da Resolução nº 105, Coeg, de 4 de março de 2016;

Resolução nº 550, Cograd, de 20 de novembro de 2018, que aprova o Regulamento Geral dos Cursos de Graduação da Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul;

Resolução nº 537, Cograd, de 18 de outubro de 2019, que aprova o Regulamento do Núcleo Docente Estruturante (NDE), dos cursos de graduação da UFMS.

3. CONTEXTUALIZAÇÃO 3.1. HISTÓRICO DA UFMS

A Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) teve origem com a criação das Faculdades de Farmácia e de Odontologia, em 1962, na cidade de Campo Grande, embrião do ensino superior público no sul do então Estado de Mato Grosso.

Em 26-07-1966, pela Lei Estadual nº 2.620, esses cursos foram absorvidos pelo Instituto de Ciências Biológicas de Campo Grande (ICBCG), que reformulou a estrutura anterior, instituiu departamentos e criou o primeiro curso de Medicina.

No ano de 1967, o Governo do Estado criou o Instituto Superior de Pedagogia, em Corumbá, e o Instituto de Ciências Humanas e Letras, em Três Lagoas, ampliando assim a rede pública estadual de ensino superior.

Integrando os Institutos de Campo Grande, Corumbá e Três Lagoas, a Lei Estadual nº 2.947, de 16-09-1969, criou a Universidade Estadual de Mato Grosso (UEMT). Em 1970, foram criados e incorporados à UEMT, os Centros Pedagógicos de Aquidauana e Dourados.

Com a divisão do Estado de Mato Grosso, a UEMT foi federalizada pela Lei Federal nº 6.674, de 05-07-1979, passando a denominar-se Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). O então Centro Pedagógico de Rondonópolis, sediado em Rondonópolis/MT, passou a integrar a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

Atualmente, além da sede na Cidade Universitária em Campo Grande, onde funcionam as unidades setoriais: Escola de Administração e Negócios (Esan), Faculdade de Artes, Letras e Comunicação (Faalc), Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Alimentos e Nutrição (Facfan), Faculdade de Ciências Humanas (Fach), Faculdade de Computação (Facom), Faculdade de Educação (Faed), Faculdade de Engenharias, Arquitetura e Urbanismo e Geografia (Faeng), Faculdade de Medicina (Famed), Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (Famez), Faculdade de Odontologia (Faodo), Instituto de Biociências (Inbio), Faculdade de Direito (Fadir), Instituto de Física (Infi), Instituto de Matemática (Inma), Instituto de Química (Inqui) Instituto Integrado de Saúde (Inisa), a UFMS mantém

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unidades setoriais nas cidades de Aquidauana, Bonito, Chapadão do Sul, Corumbá, Coxim, Naviraí, Nova Andradina, Paranaíba, Ponta Porã e Três Lagoas, descentralizando o ensino para atender aos principais polos de desenvolvimento do Estado.

O Câmpus de Dourados (CPDO) foi transformado na Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), com a sua instalação realizada em 01-01-2006, de acordo com a Lei nº 11.153, de 29-07-2005.

A UFMS possui cursos de graduação e pós-graduação, presenciais e a distância. Os cursos de pós-graduação englobam especializações e programas de mestrado e doutorado.

3.2. HISTÓRICO DA UNIDADE DA ADMINISTRAÇÃO SETORIAL DE LOTAÇÃO DO CURSO (PRESENCIAIS) OU DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NA UFMS (CURSOS A DISTÂNCIA)

Com a implantação do Curso de Engenharia Civil pela Universidade Estadual de Mato Grosso (UEMT), na Cidade Universitária de Campo Grande em 1972, criou-se o Centro de Estudos Gerais (CEG) constituído pelos Departamentos de Engenharia, Matemática, Química, Física e Biologia.

Com a divisão do Estado de Mato Grosso e a federalização da antiga UEMT, houve uma reestruturação administrativa da Universidade, criando-se novos centros.

Em Campo Grande a UFMS foi constituída pelos Centros de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), Ciências Exatas e Tecnologia (CCET) e Ciências Humanas e Sociais (CCHS). O Curso de Arquitetura e Urbanismo funcionou, desde a sua criação, no CCET vinculado ao Departamento de Estruturas e Construção Civil (DEC), até o ano de 2013.

Em 16 de abril de 2013, o CCET foi desmembrado criando a Faculdade de Engenharias, Arquitetura e Urbanismo e Geografia (Faeng), Instituto de Matemática (Inma), Instituto de Química (Inqui) e Instituto de Física (Infi). A Faeng congrega os seguintes cursos de graduação: Arquitetura e Urbanismo - bacharelado (integral); Tecnologia de Construção de Edifícios (noturno); Tecnologia de Eletrotécnica Industrial (noturno); Engenharia Ambiental - bacharelado (Integral); Engenharia Civil - bacharelado (integral); Engenharia de Produção - bacharelado (integral); Engenharia Elétrica - bacharelado (integral); Geografia - bacharelado (noturno); Tecnologia em Saneamento Ambiental (noturno). A Faeng ainda oferece os seguintes cursos de pós-graduação: Tecnologias Ambientais (Mestrado e Doutorado), Engenharia Elétrica (Mestrado), Eficiência Energética e Sustentabilidade (Mestrado).

Atualmente, a Faeng tem uma estrutura contendo um Conselho de Faculdade; Coordenadoria de Gestão Administrativa; Coordenadoria de Gestão Acadêmica; secretaria acadêmica e secretaria de apoio pedagógico e administra quase 2.000 alunos em seus cursos de graduação e pós-graduação.

3.3. HISTÓRICO DO CURSO

O Curso de Engenharia Civil da então Universidade Estadual de Mato Grosso (UEMT) foi autorizado a funcionar pela Resolução n.º 28, do Conselho Estadual de Educação, de 4 de abril de 1970, tendo iniciado as suas atividades no 2º semestre daquele ano, constituindo-se no primeiro dos cursos da área tecnológica.

O pedido de reconhecimento foi enviado ao Conselho Federal de Educação, em 1975, tendo sido concedido através do Decreto n.º 78.889, de 6 de dezembro 1976, publicado no DOU, de 7 de dezembro de 1976. Nessa ocasião o Curso oferecia 278 créditos distribuídos em 4.170 horas aula, e é, desde então, oferecido nos períodos matutino e vespertino.

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Federal de Mato Grosso do Sul, e o Curso foi lotado no Centro de Ciências Exatas e Tecnologia (CCET). A partir de maio de 2013, com a criação da Faculdade de Engenharia, Arquitetura e Urbanismo e Geografia (Faeng), o Curso passou a integrar essa Faculdade.

Em 2010, por meio da Resolução n.° 73, de 29 de setembro de 2010, o Conselho Universitário aprovou a criação e implantação do Curso de Engenharia Civil - vespertino e noturno, que foi oferecido a partir do primeiro período letivo de 2011. O Curso foi reconhecido por meio da Portaria n.° 305, de 16 de abril de 2015.

Em 50 anos de existência, o Curso matutino e vespertino já formou cerca de 1510 engenheiros civis, e o Curso vespertino e noturno, em 6 anos de existência, já formou 28 engenheiros civis.

Os acadêmicos do Curso matutino/vespertino participaram da Avaliação do Exame Nacional de Cursos (ENC), e da Avaliação do Exame de Desempenho de Estudantes (Enade), obtendo as notas apresentadas a seguir.

ENC: 1996 - A ; 1997 - A ; 1998 - B ; 1999 - B; 2000 - B; 2001 - B; 2002 - B; 2003 - A

Enade: 2005 - 4; 2008 - 5; 2011 - 4; 2014 - 4; 2017 - 4; 2019 - 5

Com o resultado do Enade 2019, o curso matutino/vespertino se coloca como o melhor Curso de Engenharia Civil do Estado do Mato Grosso do Sul, o segundo melhor curso do Centro-Oeste, o 35º do ranking nacional e o 28º dentre as universidades federais.

Os acadêmicos do Curso vespertino e noturno participaram do Enade 2017 e 2019 obtendo conceito 4 em ambos os anos.

Com o resultado do Enade 2019, o curso matutino/vespertino se coloca como o segundo melhor curso de Engenharia Civil do Estado do Mato Grosso do Sul, o sétimo melhor curso do Centro-Oeste, o 70º do ranking nacional e o 55º dentre as universidades federais.

O Curso vespertino e noturno recebeu Comissão de Avaliação Externa para Reconhecimento de Curso em 2015, obtendo como resultado o conceito 4. Em 2019, recebeu Comissão de Avaliação Externa para Renovação de Reconhecimento de Curso, recebendo novamente conceito 4.

Devido ao progresso científico e tecnológico e as exigências do desenvolvimento regional, desde a criação do Curso, ocorreram diversas revisões da estrutura curricular. Desde então, professores ligados à área têm sido contratados e os diversos laboratórios foram implantados e modernizados: laboratórios de ensino para hidráulica, saneamento, mecânica dos solos, transportes, materiais de construção civil e estruturas, atendendo também às solicitações de pesquisa.

Atualmente, o Curso de Engenharia Civil conta com 77 professores, sendo 65 doutores em tempo integral, um doutor em tempo parcial, 11 mestres em tempo integral, 4 mestres em tempo parcial e um especialista em tempo parcial, totalizando 85% de doutores, 15% de mestres e 93% dos docentes em tempo integral.

Com a política de capacitação docente da UFMS, desde os anos iniciais do curso, professores já se afastavam para a pós-graduação. No retorno dos primeiros afastados, foram oferecidos alguns cursos de pós-graduação, em convênio com o Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com o CNPq e com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Primeiramente, foram criados os cursos de pós-graduação lato sensu, em caráter temporário: Especialização em Engenharia Sanitária (1996-1998); Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho (1990-1991 e 1998-2000); Especialização em Engenharia de Saneamento Ambiental (1999-2000); Especialização em Planejamento e Gerenciamento de Recursos Hídricos (2002-2003); Especialização em Qualidade da Água (2002-2003); Especialização em

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Construção Civil (1999-2000); Especialização em Gestão de Recursos Hídricos (2002-2004) e Especialização em Segurança do Trabalho (2003–2005).

Em 1999, foi criado o primeiro Programa de Pós-graduação stricto sensu: o Mestrado em Construção Civil em convênio com a UFSC.

Ainda em 1999, foi criado o Programa de Pós-Graduação em Tecnologias Ambientais (PGTA). Em 2001, foi credenciado na Capes/MEC o Curso de Mestrado em Tecnologias Ambientais (Portaria n.° 1741, de 8 de agosto de 2001 – DOU no 152 de 09/08/2001). Em outubro de 2009, o Conselho Técnico-Científico da Educação Superior (CTC-ES/Capes) recomendou o Curso de Doutorado em Tecnologias Ambientais para o PGTA, que foi implementado em março de 2010.

Em 2012, foi criado o Mestrado Profissional em Eficiência Energética e Sustentabilidade, que tem interação com outras engenharias, arquitetura, engenharias e física.

Em 2014, motivada pela Resolução n.º 269, Coeg, de 1° de agosto de 2013, da UFMS, reformulou-se o projeto pedagógico, mantendo o atendimento às exigências da Resolução n.° 11, CNE/CES, de 11 de Março de 2002 e do Parecer n.° 1.362, CNE/CES, de 12 de Dezembro de 2001. A nova estrutura contemplou também as sugestões encaminhadas pelos docentes do Curso e dos diversos Institutos e Faculdades da UFMS, que ministram disciplinas no Curso.

A Resolução n.º 269/2013, Coeg, modificou a duração da hora-aula em cursos presenciais, que passou a ser de sessenta minutos, exigindo a adequação da matriz curricular que estava baseada em horas-aula de cinquenta minutos.

O Colegiado do Curso de Engenharia Civil, em conjunto com o Núcleo Docente Estruturante (NDE), realizou o estudo da nova matriz, aproveitando para fazer alterações que proporcionassem a melhoria de qualidade do Curso e a adequação ao perfil do egresso desejado que vem evoluindo com a evolução tecnológica do mercado de trabalho. Esse estudo compreendeu ajustes na lotação das disciplinas nas Faculdades e Institutos recém-criados; alteração no semestre de oferecimento de algumas disciplinas; introdução de novas disciplinas; alteração de carga horária e ementa de algumas disciplinas para melhor formação do egresso, ou também para tornarem-se similares às de outros cursos da FAENG e assim facilitar a oferta para alunos reprovados; introdução de novas disciplinas optativas pertencentes a outros cursos para ampliar as opções de escolha dos alunos. Além disso, o Colegiado procedeu alterações nas normas de Trabalho de Conclusão de Curso, Estágio e de Atividades Complementares.

Em 2017 e 2018, com a migração do Projeto Pedagógico para o sistema on-line da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, o Colegiado do Curso de Engenharia Civil, em conjunto com o Núcleo Docente Estruturante (NDE), realizou as adequações necessárias para o atendimento das legislações que tratam dos Direitos Humanos, da Educação das Relações étnico-raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena (Lei nº 9394/96) e da Educação Ambiental (Lei nº 9795/99 e Decreto nº 4281/02). Foram também revistas e realizadas as adequações na locação das disciplinas nos eixos dos conteúdos Básicos, Profissionalizantes e Específicos.

Em 2020, houve nova revisão do Projeto Pedagógico do Curso em atendimento às novas diretrizes curriculares das Engenharias definidas pela Resolução nº 2 de 24 de abril de 2019 CNE/MEC.

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4.1. INDICADORES SOCIOECONÔMICOS DA POPULAÇÃO DA MESORREGIÃO A inserção regional da UFMS vai muito além dos valores legitimados pelos processos históricos, critérios quantitativos ou espaciais. Sua inserção está materializada pela política de ampliação do acesso, permanência e interiorização da educação superior adotada nos últimos anos pela instituição com o objetivo de combater o êxodo de estudantes para outras regiões.

É certo que a abrangência geográfica da UFMS tem atendido a uma demanda existente em todo o Estado de Mato Grosso do Sul, parte do oeste do Estado de São Paulo e uma boa parcela dos Estados de Mato Grosso, de Goiás, de Minas Gerais e do Paraná, além de países com que nosso Estado faz fronteira (Paraguai e Bolívia). Ao fator “região” vem agregar-se uma gama variada de aspectos de ordem cultural, científica, econômica, educacional e social concretizados nos cursos que oferece.

Mato Grosso do Sul constitui-se num espaço que vem sendo mapeado em sua diversidade linguístico-cultural e étnica decorrente de um processo dinâmico de povoamento determinante do desenvolvimento de variantes linguísticas e de práticas artístico-culturais heterogêneas, cujo estudo é propiciado pelos cursos da UFMS.

Vista essa inserção de outras perspectivas, além do critério geográfico, podemos mencionar o fato de ser uma universidade pública que oferece também ensino, pesquisa e extensão na área da saúde. Essas ações demonstram o relevante papel da UFMS no cenário da região Centro-Oeste e do Estado de Mato Grosso do Sul que, por sua extensão e localização geográfica, é um polo de desenvolvimento e promissor mercado de trabalho.

Condicionantes de ordem geográfica, econômica, política e cultural do estado de Mato Grosso do Sul demonstram a abertura de um leque de possibilidades de atuação profissional aos graduados (licenciados, bacharéis ou tecnólogos) nos diversos campos. Citam-se, nesse sentido, o intercâmbio direto do estado com países vizinhos componentes do Mercosul, o intercâmbio com estados vizinhos e os esforços para inserir o Estado no circuito turístico nacional e internacional.

No campo das Ciências Exatas e Tecnológicas, deve-se levar em consideração o fato de que a formação de mão-de-obra qualificada na área das engenharias, da computação e informática para o domínio das novas tecnologias é, atualmente, fundamental e estratégica para o desenvolvimento de qualquer região do país e do mundo.

Em suma, a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul concentra a expansão da universidade pública em regiões do Centro-Oeste, suprindo a demanda regional de ensino superior público na formação de profissionais qualificados e na promoção da inclusão social.

Como indicadores socioeconômicos da população do Estado de Mato Grosso do Sul, apresentamos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE):

População estimada (Ano 2020): 2.809.394 pessoas

População no último CENSO (Ano 2010): 2.449.024 pessoas (21º colocado comparado a outros estados brasileiros), sendo 14,4% dessa população domiciliada em área rural, e 85,6% em área urbana Rendimento nominal mensal domiciliar per capita (2019): R$ 1.514,00 (7º colocado comparado a outros estados brasileiros)

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) (2010): 0,729 (10º colocado comparado a outros estados brasileiros)

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), na Sinopse estatística do Educação Básica, apresenta o número de

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matrículas no Ensino Médio Regular (Ano 2019), totalizando 103.482 matrículas no Estado de Mato Grosso do Sul, sendo 35.884 no município de Campo Grande.

O município de Campo Grande, sede do curso, é a capital do Estado com população estimada pelo IBGE (Ano 2020) de 906.092 pessoas, 32,2% da população do Estado. O PIB de Campo Grande representa grande parte do PIB estadual, com valor de R$27.034.851.040,00 (IBGE, 2017). A principal atividade econômica do município é o setor de serviços (excluídos administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social), onde se colocam principalmente os egressos do Curso, seguido do setor de serviços (administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social), onde se enquadra o Curso.

O Índice de Desenvolvimento Municipal Sustentável (IDMS), publicado pela Confederação Nacional de Municípios, indica o grau de desenvolvimento de um território. O IDMS do município de Campo Grande é 0,681, composto por índices: Sociocultural (0,742), Econômico (0,663), Ambiental (0,805), e Político Institucional (0,605). O índice médio é maior que a média dos municípios do Estado (0,552) e maior que a média dos municípios do Brasil (0,508)

4.2. INDICADORES SOCIOAMBIENTAIS DA REGIÃO

O Estado de Mato Grosso do Sul é um estado localizado na região Centro-Oeste, e tem grande potencial ecoturístico, extensas áreas agricultáveis, um dos maiores rebanhos bovinos do País, reservas minerais, política de incentivos à expansão industrial, centros de pesquisa de tecnologia e inovação da cadeia do agronegócio, solidez fiscal e eixos rodoviários que ligam o Estado aos principais centros consumidores do mercado interno e terminais de exportação.

O agronegócio responde por 30% do Produto Interno Bruto (PIB) de Mato Grosso do Sul, constituindo o motor da economia sul-mato-grossense. O Estado é o 5º maior produtor de grãos do País. No ranking do Agronegócio, MS detém, ainda, a 4ª posição na produção de milho e 3ª no abate de gado. Polo mundial de celulose, produz 5,3 milhões de toneladas ao ano, dispõe de 1,056 milhão de hectares de florestas plantadas, 615 mil hectares de cana-de-açúcar e 18 milhões de hectares de pastagens.

Mato Grosso do Sul é um estado rico em diversidade ambiental, pois abriga 70% do Pantanal. São 89.318 km² de planície alagada. O Pantanal é um dos mais delicados e valiosos patrimônios naturais do Brasil. O Estado tem também um extraordinário patrimônio hídrico, formado pelas bacias do rio Paraguai, do rio Paraná e pelo Aquífero Guarani.

Conforme a Confederação Nacional de Municípios, com data de referência de 2018, a média dos Índices de Desenvolvimento Municipal Sustentável (IDMS) dos munícios do Estado é 0,552, um pouco maior que o índice médio dos municípios do Brasil (0,508). Faz parte da composição desse índice, o Índice Ambiental, que para os municípios do Estado é 0,443, também um pouco maior que a média do Brasil (0,437). Campo Grande destaca-se isoladamente como município com índice acima de 0,8 (0,805).

O índice Ambiental pode ser desmembrado em três subíndices: Cobertura de Saneamento Básico (0,395), Gestão Ambiental (0,202), e Preservação Ambiental (0,733). Chama a atenção o índice de Cobertura de Saneamento Básico quando desmembrado novamente: Domicílios Atendidos por Rede Pública de Água (0,591), Domicílios Atendidos Direta ou Indiretamente por Coleta de Lixo(0,548), Domicílios com Acesso à Rede Geral de Esgoto ou Fossa Séptica (0,046). Ressalta-se o baixíssimo índice de domicílios com acesso a esgotamento sanitário.

A partir dos dados apresentados, pode-se perceber que o Engenheiro Civil, egresso da UFMS, tem possibilidade de atuação em todas as áreas de sua

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formação, trabalhando para o desenvolvimento sustentável do Estado no mercado da construção civil, na melhoria da infra-estrutura de transportes tão necessária para escoar sua produção e possibilitar a entrada do turismo e na melhoria da infra-estrutura de saneamento básico (água e esgoto) que tem os baixos índices apresentados acima.

4.3. ANÁLISE DA OFERTA DO CURSO NA REGIÃO

O Curso de Engenharia Civil é ofertado pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul no período diurno (manhã/tarde) e no período noturno (tarde/noite) com oferta de 50 vagas anuais para cada período, totalizando 100 vagas anuais.

Além da UFMS, o Curso de Engenharia Civil é ofertado no período diurno pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) com 140 vagas anuais, pela Universidade Anhanguera (UNIDERP) com 920 vagas anuais, pelo Centro Universitário da Grande Dourados (UNIGRAN), com 250 vagas anuais, pela Faculdade Estácio de Sá de Campo Grande (FESCG), com vagas 100 anuais, pelo Centro Universitário Anhanguera de Campo Grande, com 150 vagas anuais, pela Faculdades Integradas de Três Lagoas (AEMS), com 100 vagas anuais, pela Faculdade de Tecnologia de Ponta Porã (FATEP), com 100 vagas anuais, pela Faculdade Mato Grosso do Sul (FACSUL), com 100 vagas anuais, pela Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) com 60 vagas anuais, pela Faculdade Anhangüera de Dourados, com 200 vagas anuais, e pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso Do Sul (IFMS), com 40 vagas anuais.

Dentre os 12 cursos oferecidos, apenas 3 são gratuitos oferecidos por universidades públicas. Destes, o curso de Engenharia Civil da UFMS é o único na cidade de Campo Grande. O da UFGD é oferecido em Dourados, e o do IFMS é oferecido em Aquidauana.

5. CONCEPÇÃO DO CURSO 5.1. DIMENSÕES FORMATIVAS

O papel de qualquer elemento no sistema educacional é o de oferecer oportunidades para que o humano seja construído. Na visão da UFMS, o humano é um construto social, historicamente construído, e não natural. O processo de construção do humano se dá no contexto social e é por ele guiado, em um processo que começa na intersubjetividade, mediada, principalmente, pela linguagem em direção ao intrasubjetivo, pela construção de significados pelos sujeitos. Estes significados são construídos a partir da interação de significados já construídos pelo sujeito com os significados de outros sujeitos compartilhados nas relações sociais, de caráter intersubjetivo (VYGOTSKY, 1991; BAKTHIN, 2006).

O humano compreende diferentes dimensões formativas, não excludentes, mas em permanente tensão e complementaridade, gerando sinergias de modo que a totalidade exceda a simples soma das partes.

As competências relacionadas às dimensões formativas a serem alcançadas serão desenvolvidas ao longo do Curso através de componentes curriculares não disciplinares, de conteúdos ministrados e de projetos e atividades práticas elaboradas nas disciplinas curriculares. O Curso de Engenharia Civil proporcionará ao egresso ampliar e aperfeiçoar as suas competências relacionadas às dimensões formativas, o capacitando a absorver e desenvolver novas tecnologias, estimulando a sua atuação crítica e criativa na identificação e resolução de problemas, considerando seus aspectos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais, com visão ética e humanística, em atendimento às demandas

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da sociedade. 5.1.1. TÉCNICA

As habilidades e competências desejadas no campo técnico, o campo do saber fazer profissional do egresso, estão coerentes com os objetivos e com as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso, atendendo aos critérios de clareza e coerência em relação às necessidades profissionais. No Curso de Engenharia Civil, os aspectos ligados aos fundamentos profissionais, os conceitos estruturantes de um campo, são privilegiados em relação à especialização precoce. O Curso privilegia estratégias que permitam a seus egressos desenvolverem processos adaptativos no mundo do trabalho e desenvolve a autonomia dos estudantes para aprendizagem de novos conteúdos.

A formação do Engenheiro Civil tem por objetivo dotar o profissional dos conhecimentos necessários para o exercício das seguintes competências e habilidades:

I - Conceber soluções de engenharia, analisando e compreendendo os usuários dessas soluções e seu contexto: a) ser capaz de aplicar técnicas adequadas de observação, compreensão, registro e análise das necessidades dos usuários e de seus contextos sociais, culturais, legais, ambientais e econômicos; b) formular os problemas de engenharia de maneira estruturada criando soluções com a aplicação de técnicas adequadas e considerando o usuário e seu contexto;

II - Analisar e compreender os fenômenos físico-químicos por meio de modelos verificados e validados por experimentação: a) ser capaz de modelar os fenômenos e os sistemas físico-químicos utilizando as ferramentas matemáticas, estatísticas, computacionais e de simulação, dentre outras. b) ser capaz de prever os resultados dos sistemas por meio dos modelos aplicados; c) criar experimentos que gerem resultados reais para o comportamento dos fenômenos e sistemas estudados. d) verificar e validar os modelos criados por meio de técnicas adequadas; III - Conceber, projetar e analisar sistemas, produtos (bens e serviços), componentes ou processos: a) ser capaz de conceber e projetar soluções criativas e viáveis técnica e economicamente nos contextos em que serão aplicadas; b) projetar e definir os parâmetros construtivos e operacionais para as soluções de Engenharia Civil; c) aplicar os conceitos de gestão para planejar, supervisionar, elaborar e coordenar projetos e serviços de Engenharia Civil;

IV - Implantar, supervisionar e controlar as soluções de Engenharia: a) ser capaz de aplicar os conceitos de gestão para planejar, supervisionar, elaborar e coordenar a implementação das soluções de Engenharia. b) ser capaz de gerenciar a equipe de trabalho e os recursos físicos com relação aos materiais e à informação; c) desenvolver sensibilidade global nas organizações; d) projetar e desenvolver estruturas empreendedoras e soluções inovadoras para os problemas de engenharia; e) realizar a análise crítica dos impactos social, legal, econômico e ambiental das soluções de Engenharia;

V - Comunicar-se com eficácia nas formas escrita, oral e gráfica: a) ser capaz de expressar-se adequadamente, seja na língua pátria ou em outra língua, inclusive por meio do uso das tecnologias digitais de informação e comunicação (TDICs), mantendo-se sempre atualizado com relação aos métodos e tecnologias disponíveis;

VI – Liderar e trabalhar em equipes multidisciplinares: a) ser capaz de se relacionar com pessoas de diferentes culturas e formação no trabalho em equipe, seja presencialmente ou à distância; b) atuar de forma colaborativa, ética e profissional em equipes multidisciplinares; c) gerenciar projetos com liderança, de forma proativa e colaborativa, definindo as estratégias e construindo o consenso nos grupos; d) reconhecer e conviver com as diferenças socioculturais nos mais diversos níveis em todos os contextos em que atua, sejam globais ou locais; e) ser capaz de liderar empreendimentos em todos os seus aspectos de produção, de finanças, de

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pessoal e de mercado;

VII - Conhecer e aplicar com ética a legislação e os atos normativos no âmbito do exercício profissional: a) ser capaz de compreender a legislação, a ética e a responsabilidade profissional e avaliar os impactos sociais e ambientais das atividades de Engenharia; b) atuar sempre com ética, respeitando a legislação e zelando para que isto ocorra dentro do seu círculo de influência;

VIII - Ser autodidata ao lidar com situações e contextos complexos, atualizando-se em relação aos avanços da ciência, da tecnologia e aos desafios da inovação: a) assumir atitude investigativa com objetivo de se auto aperfeiçoar, de produzir de novos conhecimentos e de desenvolver novas tecnologias. b) aprender a aprender.

Alicerçada nas disciplinas do núcleo de conteúdos básicos, que representam fundamental importância para o desenvolvimento contínuo do egresso, a dimensão formativa técnica será alcançada ao longo do curso por meio da integração do currículo das disciplinas dos conteúdos profissionalizantes que caracterizam o Curso de Engenharia Civil e de seus aprofundamentos e extensões constituídas pelas disciplinas do núcleo de conteúdos específicos, minimizando o número de disciplinas isoladas e incentivando o emprego de métodos de ensino baseado em projetos, em problemas e projetos inter e multidisciplinares que proporcionam redução do tempo em sala de aula, favorecendo o trabalho individual e em grupo dos estudantes.

Tem ainda por objetivo dotar o profissional do conhecimento e competências requeridos para o exercício das seguintes atividades específicas do Engenheiro Civil referentes a edificações, estradas, pistas de rolamentos e aeroportos; sistema de transportes, de abastecimento de água e de saneamento; portos, rios, canais, barragens e diques; drenagem e irrigação; pontes e grandes estruturas; seus serviços afins e correlatos.

1. Supervisão, coordenação e orientação técnica; 2. Estudo, planejamento, projeto e especificação; 3. Estudo de viabilidade técnico-econômica; 4. Assistência, assessoria e consultoria; 5. Direção de obra e serviço técnico;

6. Vistoria, perícia, avaliação, arbitramento, laudo e parecer técnico; 7. Desempenho de cargo e função técnica;

8. Ensino, pesquisa, análise, experimentação, ensaio e divulgação técnica; extensão;

9. Elaboração de orçamento;

10. Padronização, mensuração e controle de qualidade; 11. Execução de obra e serviço técnico;

12. Fiscalização de obra e serviço técnico; 13. Produção técnica e especializada; 14. Condução de trabalho técnico;

15. Condução de equipe de instalação, montagem, operação, reparo ou manutenção;

16. Execução de instalação, montagem e reparo;

17. Operação e manutenção de equipamento e instalação; 18. Execução de desenho técnico.

5.1.2. POLÍTICA

O Curso de Engenharia Civil proporciona ao egresso a formação de um profissional capaz de compreender as relações de poder, de natureza ideológica, que regulam o ambiente social e o ambiente do trabalho. Possibilitando-o a

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compreender os processos de exploração, dominação e subordinação que se estabelecem no convívio social e as diferentes formas de manipulação para a consecução dos objetivos de classe. Bem como levar em conta que não existe o natural, o dado pela natureza, mas que todos os processos decisórios são guiados pelas ideologias em disputa em torno daquela decisão. Sendo a decisão técnica apenas uma das possibilidades de decisão.

Por meio das relações que se estabelecem durante o processo de formação dos acadêmicos, através de trabalhos coordenados entre os vários docentes envolvidos no Curso e métodos de ensino baseado em projetos, em problemas, e projetos multidisciplinares, bem como por meio do trabalho em equipe dos alunos, o Curso propicia aos acadêmicos uma postura reflexiva, que o leva a repensar suas posturas, tanto no curso, quanto na vida em sociedade.

Tal dimensão é tratada também por meio da integração do currículo, através de componentes curriculares não disciplinares e de conteúdos ministrados nas disciplinas curriculares, que tratam de alguns temas que levam a um processo de reflexão permanente no curso, como por exemplo, a história do desenvolvimento das teorias políticas, dando ênfase à Engenharia Civil e ao ensino da Engenharia Civil no Brasil e sua relação com o desenvolvimento econômico e social.

No contexto das reflexões proporcionadas a partir da Dimensão Política está a Dimensão Ética. Assim, o Curso de Engenharia Civil não deixará de trabalhar, em todos os níveis, o respeito à Ética e o desenvolvimento de ações eticamente justificadas.

5.1.3. DESENVOLVIMENTO PESSOAL

É privilegiado no Curso o desenvolvimento de capacidades cognitivas que permitam ao egresso a formação continuada autônoma também.

O Curso de Engenharia Civil possibilita ao indivíduo o desenvolvimento de sua capacidade de gerar conhecimentos a partir de uma postura dialógica com a realidade.

A política de ensino do Curso fundamenta-se, principalmente na interdisciplinaridade e formação da cidadania, tendo como principais indicadores a articulação entre as áreas do conhecimento e a qualidade das relações interpessoais, resultando na socialização do conhecimento.

Com ênfase em tais pressupostos, essas políticas baseiam-se em princípios de cientificidade, criatividade, criticidade, iniciativa, dinamicidade, inspirando e agilizando ações que possibilitem a oferta de uma educação que proporcione ao homem melhores condições de agir diante dos desafios que se lhe apresentam a cada circunstância de vida.

Através da prática de visitas técnicas aos laboratórios do Curso e à empresas de Engenharia Civil, bem como por meio do trabalho em equipe dos acadêmicos para a solução de problemas em atividades práticas e projetos multidisciplinares, o curso, além de experiências prazerosas que contribuem para a diminuição do estresse e para o desenvolvimento da própria atividade laboral, propicia ao egresso experiências que lhe permitam uma formação continuada autônoma.

As componentes curriculares não disciplinares, como Trabalho de Conclusão de Curso e Atividades Complementares, são também fundamentais para o desenvolvimento pessoal, pois são atividades enriquecedoras e implementadoras do perfil do formando e possibilitam o desenvolvimento de habilidades, conhecimentos, competências e atitudes do acadêmico fora do ambiente acadêmico. Contribuindo assim também para as dimensões formativas Técnica e Política.

O Desenvolvimento Pessoal no Curso de Engenharia Civil visa também propiciar uma formação ampla, que leve o acadêmico a refletir sobre sua própria

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pessoa para muito além de sua formação profissional, principalmente em situações que envolvam sua vida pessoal. Buscando contribuir e dinamizar esse processo reflexivo, o Curso incentiva ações como:

a) Semanas Tecnológicas, realizadas muitas vezes em parceria com outros cursos da Faculdade de Engenharias, Arquitetura e Urbanismo e Geografia, onde são oferecidos Mini Cursos e palestras proferidas por profissionais da Engenharia Civil. São apresentadas também inovações tecnológicas e pesquisas desenvolvidas pesquisadores das diversas áreas da Engenharia;

b) participação em Atividades de Extensão que envolvam o desenvolvimento de ações ligadas às habilidades e centros de interesse dos estudantes.

c) Empresa Junior

A participação em cursos complementares, como os oferecidos nas semanas tecnológicas e no desenvolvimento de Atividades Complementares visam desenvolver no futuro profissional uma capacidade de se adaptar ao ambiente convivendo social e politicamente como a organização além de abrir os horizontes com relação ao seu querer aprender e o interesse por desenvolver ideias e contribuir para a organização e para o desenvolvimento do ambiente onde está inserido.

A formação acadêmica é um conjunto de ações que além de desenvolver os conhecimentos técnicos deve-se preocupar com a formação da pessoa e do caráter do futuro profissional.

5.1.4. CULTURAL

A cultura é o principal elemento mediador da formação do humano. As interações entre seres humanos no ambiente cultural é que permitem a intrasubjetividade a partir da intersubjetividade, com o desenvolvimento de conceitos, crenças e ideias. O espaço educativo no Curso de Engenharia Civil oferece oportunidades aos acadêmicos de terem contato com outros aspectos da cultura que não sejam aqueles do seu ambiente natural, permitindo-lhes o desenvolvimento de outras perspectivas de mundo.

O Curso de Engenharia Civil promove a divulgação e incentiva a participação dos acadêmicos nos projetos e eventos da Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Esporte da UFMS, cuja missão é fomentar uma extensão universitária socialmente relevante e fortalecer a prática esportiva e artístico-cultural no âmbito interno.

Algumas atividades culturais que serão desenvolvidas ou estimuladas pelo Curso de Engenharia de Civil ou de caráter Institucional são:

Sarau;

Café Filosófico; Shows musicais; Teatros.

Além das atividades culturais, o Curso de Engenharia Civil tem na ementa de disciplina obrigatória o estudo das Relações étnico-raciais e da História e cultura afro-brasileira e africana; que contribuem também para a formação cultural do acadêmico.

5.1.5. ÉTICA

O Curso de Engenharia Civil proporciona aos acadêmicos a formação fundamentada nos princípios éticos e nas condutas necessárias ao comportamento ético durante sua permanência enquanto discente do Curso e a boa e honesta prática da profissão.

Na disciplina Introdução à Engenharia Civil, são apresentados aos alunos os regulamentos que regem a UFMS, dentre eles Regulamento Disciplinar Discente.

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Os alunos recebem o conceito de ética e são orientados a se portarem eticamente em todos os espaços sociais, desde a maneira como são preparados e apresentados seus trabalhos acadêmicos, como são conduzidas suas relações com professores e outras pessoas dentro e fora do ambiente acadêmico, seja em atividades desenvolvidas em disciplinas, em projetos de pesquisa, ensino e extensão ou em seus estágios profissionais.

Os acadêmicos são orientados pelos professores e tutores ao longo do desenvolvimento de suas atividades disciplinares e não disciplinares à produção de trabalhos de pesquisa com a correta citação de referências bibliográficas, respeito aos prazos, realização de atividades e avaliações acadêmicas sem fraudes tais como plágio e cópia ilegal de respostas. São orientados a agirem com responsabilidade em cada atividade acadêmica, tendo em vista que o Engenheiro Civil é o agente capaz de exercer sua profissão como bem social da humanidade para o desenvolvimento harmônico do ser humano, de seu ambiente e de seus valores, sendo essa profissão alto título de honra que exige conduta honesta, digna e cidadã

Ao longo de todo o Curso, os alunos são esclarecidos e alertados da grave responsabilidade do Engenheiro Civil dentro de suas competências no que se refere a segurança, economia, sustentabilidade e desenvolvimento do conhecimento científico e tecnológico visando o conforto e desenvolvimento da Humanidade.

De forma mais específica, os princípios éticos são abordados na disciplina Legislação, Ética Profissional e Cidadania.

O Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul foi criado no âmbito desta Instituição pela Instrução de Serviço nº 005, de 18 de fevereiro 1997, estando credenciado para exercer suas finalidades junto à Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) do Ministério da Saúde desde o dia 18 de março de 1997. Conforme Resolução CNS nº 466, de 12 de dezembro de 2012, pesquisas envolvendo seres humanos devem ser submetidas à apreciação do Sistema CEP/Conep, que, ao analisar e decidir, se torna corresponsável por garantir a proteção dos participantes. Os CEPs são colegiados interdisciplinares e independentes, de relevância pública, de caráter consultivo, deliberativo e educativo, criados para defender os interesses dos participantes da pesquisa em sua integridade e dignidade e para contribuir no desenvolvimento da pesquisa dentro de padrões éticos. O CEP é um órgão consultivo, educativo e fiscalizador. Os trâmites e processos dentro do Comitê de Ética seguem as normas estabelecidas nas resoluções e regulamentos próprios do comitê.

5.1.6. SOCIAL

Considerando a especificidade da formação do bacharel em Engenharia Civil, o desenvolvimento de competências e habilidades sociais é condição indispensável para seu desempenho profissional. Dentre as competências que o Curso pretende desenvolver nesta dimensão estão àquelas ligadas as suas relações pessoais, interpessoais, convivência em grupos, autodomínio, autoconhecimento, capacidade de concentração, respeito, iniciativa, determinação, autoestima, gerenciar conflitos, visão organizacional, respeito às diferenças, etc.

Por meio das relações que se estabelecem durante o processo de formação dos acadêmicos, principalmente através do trabalho em equipe dos acadêmicos para a solução de problemas em atividades práticas e projetos multidisciplinares, e, através do desenvolvimento das disciplinas e das Atividades Complementares e práticas o aluno será exposto ao convívio de muitas pessoas e terá, a partir de sua visão e suas pesquisas uma análise crítica com relação ao seu papel na sociedade. Os professores do Curso irão fomentar a discussão e a descrição dessa visão, construindo um profissional preocupado não apenas com o resultado mas também com a sociedade onde está inserido, buscando desenvolver

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ações e agindo em prol desse desenvolvimento social.

5.2. ESTRATÉGIAS PARA O DESENVOLVIMENTO DE AÇÕES INTERDISCIPLINARES

O Curso de Engenharia Civil, por meio da sua estrutura curricular que é composta de três grandes núcleos: conteúdos básicos; conteúdos profissionalizantes e conteúdos específicos, e se complementa com o Núcleo de Atividades Práticas, as disciplinas Complementares Optativas e Componentes Curriculares Não Disciplinares, que se permeiam ao longo das dez séries de duração do curso; promove interlocução entre os diferentes saberes necessários à formação.

A interdisciplinaridade está no cerne da concepção do Curso. Neste projeto, não há disciplinas isoladas, mas os conteúdos curriculares serão desenvolvidos a partir de uma abordagem centrada em problemas e temáticas. Deste modo, os conteúdos tradicionalmente trabalhados em disciplinas isoladas serão automaticamente interligados e o conjunto conectado a conteúdos disciplinares de outros campos do conhecimento.

As problematizações propostas nas disciplinas do Curso serão estruturadas a partir das seguintes temáticas:

BIM (Building Information Modeling); Projeto baseado em desempenho (PBD);

Abordagem probabilística em modelos computacionais; Desenvolvimento de produtos na construção civil;

Desenvolvimento científico e tecnológico e seus impactos; O uso ético do conhecimento;

Sustentabilidade; Gestão de processos; Gestão de pessoas; Gestão de projetos; Empreendedorismo e inovação; Comunicação.

Observe-se que estes eixos não serão trabalhados de forma isolada. As atividades formativas trabalharão vários deles ao mesmo tempo, de modo a integrá-los no processo de construção conceitual.

O processo formativo acontecerá a partir de uma visão contextualizada do conhecimento. As temáticas Direitos Humanos, Educação Ambiental, História Africana, Indígena e Afro-brasileira, Relações Étnico Raciais, Relações entre Ciência e Tecnologia e Sociedade e Ética serão tratadas por meio da abordagem direta em disciplinas específicas, mas também em todas as disciplinas do Curso por meio da contextualização do conhecimento utilizando-se situações problematizadoras nas quais estes aspectos sejam discutidos. Esta discussão se dará nos exemplos, exercícios, situações de ensino, trabalhos produzidos pelos alunos e assim por diante.

5.3. ESTRATÉGIAS PARA INTEGRAÇÃO DAS DIFERENTES COMPONENTES CURRICULARES

No Curso, são realizadas reuniões periódicas para promover o diálogo entre docentes, bem como o trabalho cooperativo entre os mesmos. O Colegiado do curso, busca continuamente constituir Comissões de apoio, buscando promover a ampla participação de Docentes, privilegiando assim o trabalho cooperativo.

O Colegiado de Curso do Curso de Engenharia Civil promoverá as seguintes ações para promover a integração entre as componentes curriculares:

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- Semana de Organização Pedagógica a ser realizada no início de cada ano letivo com as seguintes atividades: apresentação e análise dos resultados obtidos e dificuldades enfrentadas nos semestres anteriores; sugestão e definição de temáticas e ações interdisciplinares que subsidiarão a preparação dos planos de ensino das disciplinas; sugestão de melhoria do currículo. Essa semana visa a melhoria contínua da interação entre disciplinas alocadas no mesmo semestre letivo e/ou disciplinas que compõem as diferentes áreas de concentração: Construção Civil, Estruturas, Geotecnia, Transportes, Hidráulica e Saneamento.

- Análise dos Resultados da Avaliação Institucional pelo Colegiado, NDE e demais docentes interessados. A partir dessa análise, fazer a reflexão sobre o andamento do Curso e o que precisa ser ajustado nas componentes curriculares e entre as componentes curriculares.

5.4. PERFIL DESEJADO DO EGRESSO

O egresso do Curso de Engenharia Civil deve ser consciente dos princípios éticos, científicos e de cidadania que necessitam ser constantemente aprimorados e praticados no exercício profissional. No sentido amplo, deve possuir visão globalizada dos aspectos sociais, culturais e administrativos relacionados à área sua de formação. Deve ser capaz de exercer sua profissão, inserido no contexto social, de acompanhar a evolução do conhecimento em sua área, ser comprometido com o desenvolvimento regional e com as questões ligadas à sustentabilidade ambiental e responsabilidade social. Deve também ser capaz de identificar e exercer sua profissão de acordo com as demandas locais, regionais e nacionais, bem como trabalhar em equipe interdisciplinar e multiprofissional.

O profissional egresso deve ter forte formação técnica nas áreas de construção civil, estruturas, geotecnia, transportes, hidráulica e saneamento. Deve ser capacitado para absorver, pesquisar, adaptar e desenvolver novas tecnologias atuando com iniciativa inovadora e empreendedora na resolução de problemas de engenharia relacionados com sua área de atuação. Deve ser capaz de identificar as necessidades dos usuários e formular, analisar e resolver criativamente os problemas de engenharia que se apresentem ao longo de sua carreira profissional. Deve ter boa comunicação interpessoal, ser dinâmico, objetivo, crítico, reflexivo, criativo, capaz liderar equipes e adotar perspectivas multi e transdisciplinares em sua prática profissional. Deve ter competência na realização de planejamento estratégico e de execução das atividades que lhe são impostas em seu exercício profissional. Deve, em suas decisões, considerar os aspectos políticos, econômicos, sociais, ambientais, culturais, de segurança e saúde no trabalho com postura ética, humanística e de sustentabilidade em atendimento às demandas da sociedade e com vistas no progresso e desenvolvimento global da comunidade, junto à qual ele deverá interferir e modificar.

5.5. OBJETIVOS

Ao concluírem o Curso de Engenharia Civil, os egressos devem ser capazes de atuar cooperativamente em equipes multiprofissionais, inclusive em posição de liderança. Devem ser capazes de formular, analisar e resolver criativamente os problemas de engenharia, de acordo com as necessidades dos usuários e as demandas locais, regionais e nacionais. Também devem ser capazes de realizar escolhas a respeito de sua carreira que lhes permitam o desenvolvimento profissional acompanhando, utilizando e participando do desenvolvimento das novas tecnologias. Devem ser capazes de inovar e empreender soluções, considerando os aspectos técnicos, éticos, políticos, econômicos, sociais, ambientais, culturais, de segurança e saúde no trabalho para atender as demandas do mercado e da sociedade.

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cuidar do meio ambiente local, regional e global, em busca do equilíbrio do meio e a agir em defesa da dignidade humana em busca da igualdade de direitos, do reconhecimento e valorização das diferenças e das diversidades. (Resolução nº 2/2012, CNE/CP; Resolução nº 1/2012, CNE/CP).

5.6. METODOLOGIAS DE ENSINO

Para a estruturação da matriz curricular, decidiu-se por estabelecer as seguintes premissas:

a) o currículo deve ser integrado, de forma a reduzir o número de disciplinas isoladas;

b) deve-se priorizar os trabalhos coordenados entre os vários docentes envolvidos no curso;

c) o currículo deve permitir flexibilização das práticas de ensino e aprendizagem;

d) incentivar o emprego de métodos de ensino baseado em problemas e em projetos uni e multidisciplinares, introduzindo ferramentas computacionais quando possível;

e) o currículo deve estimular e permitir a integração entre ensino, pesquisa e extensão;

f) o desempenho do estudante deverá ser acompanhado, o qual deverá compreender os conteúdos e apresentar competências essenciais necessárias para a prática profissional;

g) Promover a Educação Ambiental, propiciando ao desenvolvimento individual do acadêmico um caráter social em sua relação com a natureza e com os outros seres humanos, visando potencializar essa atividade humana com a finalidade de torná-la plena de prática social e de ética ambiental.".

O Projeto Pedagógico de Curso (PPC) contempla um conjunto de metodologias que permite aos professores atender as especificidades dos componentes curriculares, considerando as necessidades dos acadêmicos. No Curso de Engenharia Civil são utilizadas metodologias de ensino que combinam uma ou mais formas:

a) Aula expositiva; b) Trabalhos em equipe;

c) Estudos Dirigidos individuais;

d) Execução de projetos (individuais ou em grupo); e) Apresentação de seminários e trabalhos orais; f) Grupos de Discussão;

g) Colóquios;

h) Estudos de Caso;

i) Estudo de simulações computacionais; j) Leitura e análise de artigos científicos;

k) Participação em eventos acadêmicos científicos; l) Elaboração de artigos científicos;

m) Visitas técnicas;

n) Atividades práticas em laboratório; o) Trabalho de Conclusão de Curso; p) Monitoria.

q) Metodologias de aprendizagem ativa, tais como, Aprendizagem Baseada em Problemas e sala de aula invertida.

As diversas metodologias de ensino poderão ser apoiadas em Tecnologias de Informação e Comunicação. Os docentes serão motivados a criarem suas salas virtuais no Ambiente Virtual de Aprendizagem ou Google Class para disponibilizarem seus materiais de aula e outros materiais pertinentes à disciplina, bem como para estabelecerem comunicação com os alunos fora da sala de aula

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presencial. Outras TICs poderão ser utilizadas para realização das atividades da disciplina a critério do professor de acordo com o Plano de Ensino aprovado pelo Colegiado a cada semestre.

Três variáveis importantes do componente organizacional são: o regime, o horário e o calendário. Considerando-se a matriz curricular obrigatória dos Cursos de Engenharia Civil, a carga horária mínima exigida pelo Ministério da Educação é de 3600 horas. Sendo a carga horária total do máxima do Curso, o processo de acompanhamento e o processo avaliativo regido pelas normas vigentes da instituição

Todas as disciplinas serão desenvolvidas em regime semestral, de segunda a sábado.

A formação complementar, pelo Núcleo das Atividades Práticas e pelas Componentes Curriculares Não Disciplinares, favorece uma experiência acadêmica que articula o conhecimento adquirido em sala de aula e nos laboratórios de ensino e pesquisa com a prática. As Atividades Complementares, o Estágio Supervisionado e o Trabalho de Conclusão de Curso compõem esse núcleo, e são desenvolvidos de acordo com os seus respectivos regulamentos.

A atividade curricular denominada Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), prevista nas Diretrizes Curriculares dos Cursos de Graduação em Engenharia Civil, tem como objetivos avaliar e aprofundar os conhecimentos científicos adquiridos pelo aluno, bem como as habilidades desenvolvidas durante o curso, demonstrando sua capacidade de identificar, analisar, definir questões de pesquisa e, no conhecimento técnico, desenvolvendo e aprimorando o saber necessário para o planejamento, elaboração e execução de projetos. O aluno poderá realizar o TCC em qualquer tempo, sendo recomendável a partir do momento que completar 70% da carga horária total do curso. A realização do TCC deve atender ao disposto em regulamento específico aprovado pelo Colegiado do Curso.

Atividades Complementares são atividades enriquecedoras e implementadoras do perfil do egresso e deverão possibilitar o desenvolvimento de habilidades, conhecimentos, competências e atitudes do acadêmico, inclusive as adquiridas fora do ambiente acadêmico, que serão reconhecidas mediante processo avaliativo de acordo com regulamento específico aprovado pelo Colegiado do Curso. Têm por objetivo proporcionar, ao acadêmico, conhecimentos mais abrangentes e aprofundamento de seus estudos, ampliando-lhe as oportunidades no desenvolvimento de suas competências e habilidades.

Os estágios são atividades técnico-científicas sob supervisão, realizadas por estudantes dentro e/ou fora da UFMS, visando à aplicação dos conhecimentos teóricos e práticos desenvolvidos no Curso vinculados à formação acadêmico-profissional. O aluno poderá fazer o estágio obrigatório quando tiver completado 60% da carga horária total de disciplinas obrigatórias. As atividades de estágio devem ser realizadas de acordo com o disposto no regulamento específico aprovado pelo Colegiado do Curso.

Os estágios são atividades técnico-científicas sob supervisão, realizadas por estudantes dentro e/ou fora da UFMS, visando à aplicação dos conhecimentos teóricos e práticos desenvolvidos no Curso vinculados à formação acadêmico-profissional. O aluno poderá fazer o estágio obrigatório quando tiver completado 60% da carga horária total de disciplinas obrigatórias. As atividades de estágio devem ser realizadas de acordo com o disposto no regulamento específico aprovado pelo Colegiado do Curso.

Os conteúdos das disciplinas da matriz curricular são ministrados com vistas no desenvolvimento das habilidades e competências para formar um profissional que atenda ao perfil do egresso do Curso de Engenharia Civil.

Além das metodologias já listadas, algumas metodologias deverão ser desenvolvidas pelo professor para atender aos acadêmicos com deficiências, dentre

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as quais devem:

a) definir uma ambientação da sala de aula com foco no aprendizado do acadêmico com deficiência;

b) trabalhar com direcionamento para atividades que requeiram atendimento especial;

c) Desenvolver projetos de integração que monitore a participação de todos no processo e o desenvolvimento individual do aluno com deficiência.

A política de inclusão da pessoa com deficiência envolve a eliminação de barreiras físicas/arquitetônicas e atitudinais; adaptação de mobiliário; e acessibilidade nos serviços, sistemas e páginas eletrônicas da UFMS. Evidentemente, este é um trabalho extenso e que ainda se encontra em andamento na instituição.

Cabe-se também esclarecer que a Divisão de Acessibilidade e Ações Afirmativas (Diaaf) colabora com a acessibilidade física/arquitetônica na UFMS por meio de destinação de recursos (quando disponíveis) e encaminhamentos à Comissão Permanente de Acessibilidade. A equipe da Coordenadoria de Projetos e Obras (CPO)/Proadi é responsável pela adequação dos prédios da UFMS.

O acesso aos materiais pedagógicos utilizados pelos acadêmicos do público-alvo da Educação Especial (estudantes com deficiências, altas habilidades e/ou TGD) pode ser adaptado das seguintes formas: com impressões em Braille, uso de lupas, uso de audiolivros e interpretação/tradução dos materiais para a Língua Brasileira de Sinais – Libras. Estes serviços são prestados pela Diaaf, quando solicitados.

Em alguns casos de deficiência física os acadêmicos utilizam gravadores e/ou aplicativos para que consigam registrar os conteúdos apresentados oralmente pelos professores em sala de aula.

Por outro lado, deve-se considerar nos aspectos de aprendizagem os alunos com dificuldades de aprendizagem e os que apresentam transtorno do Espectro Autista, em atendimento à lei n.° 12.764/2012. Nesse caso, tem se como objetivo a inclusão e como metodologia para atendimento:

a) desenvolvimento de pequenos projetos com a participação e movimentação direta do professor na ação;

b) tornar o material didático mais acessível, de fácil compreensão para os mesmos;

c) utilizar material específico e concreto que de uma noção de espaço e utilidades;

d) diversificação das atividades, direcionando à essas especificações. Além da metodologia exposta outras metodologias deverão ser desenvolvidas visando atender ao aluno autista como:

a) preparo do docente para lidar com a situação; b) incentivar atividades de aprendizado visual; c) redução de ruídos que possam irritar o autista;

d) aplicação e uso de computadores como ferramenta para acesso e aprendizado do autista;

e) uso de jogos ou atividades lúdicas.

No que se refere à metodologias para alunos com necessidade de atendimento especial (permanente ou momentaneamente), bem como alunos com dificuldades de aprendizagem ou alunos superdotados. Quando necessário, o Colegiado do Curso constituirá comissão de docentes para acompanhamento de tais alunos.

Todas as disciplinas do Curso poderão ter uma parte (módulos de 17h) ou o total de sua carga horária ofertada na modalidade a distância, observadas as normativas pertinentes. As disciplinas ofertadas a distância poderão prever algumas atividades necessariamente presenciais.

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As disciplinas ofertadas parcial ou totalmente a distância, além de utilizar as metodologias propostas para todo o curso, utilizarão o Ambiente Virtual de Aprendizagem da UFMS - Moodle (AVA UFMS), regulamentado pela instituição. Nesse sentido poderão ser utilizados recursos tecnológicos e educacionais abertos, em diferentes suportes de mídia, visando o desenvolvimento da aprendizagem autônoma dos estudantes: livros, e-books, tutoriais, guias, vídeos, vídeo aulas, documentários, podcasts, revistas, periódicos científicos, jogos, simuladores, programas de computador, apps para celular, apresentações, infográficos, filmes, entre outros.

Para ofertar disciplinas parcial ou totalmente a distância o professor responsável deverá estar credenciado pela Secretaria Especial de Educação a Distância (Sead).

A tutoria nas disciplinas parcial ou totalmente a distância no curso tem o objetivo de proporcionar aos estudantes um acompanhamento personalizado e continuado de seus estudos, utilizando diferentes tecnologias digitais para orientação, motivação, avaliação e mediação do processo de ensino e aprendizagem, em constante articulação com a Coordenação de Curso, com outros docentes e com outros tutores, quando for o caso. A tutoria poderá ser exercida pelo próprio professor da disciplina.

A frequência na carga horária a distância nas disciplinas será computada de acordo com as atividades realizadas pelos estudantes. Para cada 17h de carga horária a distância da disciplina, o estudante deve desenvolver, no mínimo, uma atividade avaliativa a distância.

5.7. AVALIAÇÃO

Os processos avaliativos atendem a normatização específica da UFMS e são desenvolvidos para acompanhamento do desempenho acadêmico e, ao mesmo tempo, subsidiam decisões relacionadas às estratégias do Curso e seus caminhos. Cabe ao Colegiado de Curso e aos docentes estabelecer mecanismos de avaliação que permitam o efetivo acompanhamento do acadêmico.

Do ponto de vista pedagógico, a avaliação constitui um importante mecanismo de aprendizagem que pode contribuir para que docente e discente possam refletir sobre as práticas e sobre o técnico dos conteúdos se debruçando sobre os obstáculos. Deve ser entendido sempre como um processo e não como um produto ou resultado.

Desta forma, os discentes do Curso de Engenharia Civil são avaliados quanto ao aprendizado do conteúdo e o desenvolvimento das capacidades intelectuais. O processo de avaliação utilizará as seguintes atividades:

a) avaliações escritas e/ou orais sobre os conteúdos desenvolvidos no nível do conceito (síntese e análise) e da aplicação quando for o caso na solução de problemas;

b) trabalhos e projetos em equipe sobre os conteúdos desenvolvidos; c) trabalhos e projetos individuais sobre tópicos desenvolvidos;

d) seminários individuais ou em grupo;

e) elaboração, apresentação e submissão de artigos científicos em eventos periódicos.

O processo avaliativo adotado na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul tem como objetivo identificar o aprendizado e desenvolvimento do acadêmico em relação a disciplina cursada e conteúdos explorados, quer seja na dimensão de assimilação de conteúdo, quer seja nos aspectos de desenvolvimento pessoal. Entende-se por desenvolvimentos pessoais as competências desenvolvidas e adquiridas bem como sua capacidade de adaptação e aplicação perante os meios organizacionais ou social.

Referências

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