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CONVIVENDO COM A TECNOLOGIA NA ESCOLA MUNICIPAL CECÍLIA MEIRELES

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Academic year: 2021

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Revista Eletrônica da Faculdade Metodista Granbery http://re.granbery.edu.br - ISSN 1981 0377

Curso de Pedagogia - N. 9, JUL/DEZ 2010

CONVIVENDO COM A TECNOLOGIA NA ESCOLA MUNICIPAL CECÍLIA MEIRELES

Cristiane Campos de Oliveira Moraes1

RESUMO

No presente artigo, relata-se sobre o projeto "Convivendo com a Tecnologia" vivenciado na Escola Municipal Cecília Meireles, localizada em Nova Era, periferia de Juiz de Fora, Minas Gerais. Neste, procura-se questionar como o computador pode ser utilizado a partir de uma ética humanista, possibilitando a criação de uma nova dinâmica na construção do conhecimento e a formação para uma educação global.

PALAVRAS-CHAVE: Informática na educação. Projeto político pedagógico.

Projetos. Formação do educador.

ABSTRACT

In this issue, we report about the “Convivendo com a Tecnologia” (Living with the Technology) project which was adopted at Cecília Meireles Municipal School, situated in Nova Era, the periphery of Juiz de Fora, Minas Gerais. In this issue, we intend to question how the computer can be used from humanistic ethics, making possible the development of a new dynamics in the building of knowledge and the formation to a global education.

KEY WORDS: Computers in education. Political and pedagogical project.

Projects. Formation of educators.

1 INTRODUÇÃO

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Mestre em Engenharia de Produção - área de concentração em Gestão da Informática na Educação - UFSC (2001), pós-graduada em Ciências - área de concentração em Informática na Educação - UFMG (1999), pedagoga - UFJF (1994), Tecnóloga em Processamento de Dados (Curso Superior) - CES/JF (1999), professora facilitadora do laboratório de informática da Escola Municipal Cecília Meireles e coordenadora pedagógica da Escola Municipal Theodoro Frederico Mussel.

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2 Os recursos tecnológicos estão presentes em todos os setores da sociedade. Gradativamente, o computador vem se tornando o “volante” que direciona as atividades do mundo moderno. O uso da informática na escola é uma realidade que não se pode negar.

No entanto, é importante adotá-los de forma consciente, tendo a clareza dos objetivos amplos da Educação e do tipo de aluno que se pretende formar. Todos os responsáveis pelo destino do sistema escolar e a sociedade como um todo estão se abrindo às novas tecnologias. Almeida, M. e Almeida, F. (1998) vão mais além ao afirmarem que se deve questionar o papel da Educação e o espaço da informática na luta para transformar a sociedade.

É dentro deste contexto que acontece o projeto "Convivendo com a Tecnologia" na Escola Municipal Cecília Meireles, localizada no bairro Nova Era, na periferia de Juiz de Fora, Minas Gerais.

2 APRENDENDO PARA A VIDA: O COMPUTADOR NA SALA DE AULA

O projeto "Convivendo com a Tecnologia" na Escola Municipal Cecília Meireles procura responder a seguinte questão: Como utilizar os recursos tecnológicos, em especial o computador, a partir de uma ética humanista, possibilitando a criação de uma nova dinâmica na construção do conhecimento e a formação para uma educação global.

A seguir pretende-se relatar, de forma sucinta, como os computadores são utilizados na escola de forma a responder a questão anterior.

A proposta do uso educacional do computador, como defende Veiga (1995), originou-se de uma construção coletiva e tornou-se parte integrante da vivência cotidiana de todos os envolvidos com o processo educativo.

Pelo fato de a escola possuir sua identidade educacional, suas características específicas e ter clareza do seu papel, o projeto pedagógico voltado para o uso de computadores vem facilitando as mudanças organizacionais e pessoais, incentivado a criatividade e proporcionado maiores transformações.

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3 Os computadores (e seus programas) são utilizados para problematizar e implementar projetos. São criados ambientes de aprendizagem interdisciplinares e multidisciplinares, propostos desafios e explorações que conduzem a descobertas e promovem a construção do conhecimento (ALMEIDA, M.; ALMEIDA, F. J., 2000).

Os projetos de trabalho surgem a partir de indagações sobre os problemas reais, próximos às preocupações dos alunos, e da busca autônoma de respostas para elas (HERNÁNDEZ, 1998). Portanto, ocorre dentro de uma estrutura flexível, permitindo que os aprendizes construam seus conhecimentos em cooperação com professores, colegas e a sociedade em geral (MAGDALENA; COSTA, 2000).

A permanente formação e atuação do educador para utilizar o computador é outro aspecto que a escola leva em conta. Isto porque este deve assumir diferentes papéis na sociedade da informação e da comunicação, preparando-se para saber como e quando utilizar este recurso tecnológico.

Neste contexto, o professor assume um novo papel, ou seja, de criador de ambientes de aprendizagem, de orientador, de colaborador, de coordenador, de facilitador e de incentivador do processo de formação do aprendiz. Já o educando é visto na sua totalidade como um sujeito ativo, participante e construtor do seu próprio conhecimento.

Assim sendo, o computador é considerado uma ferramenta de potencial, sendo usado de forma a possibilitar o desenvolvimento de uma educação relacionada ao aprender para a vida, o que favorece um ambiente de construção de conhecimento em que cada aprendiz desenvolve suas potencialidades e todos aprendem juntos.

Outro ponto favorável é o fato da escola ter acesso à Internet, por ser uma tecnologia facilitadora da motivação dos alunos, pela novidade e pelas possibilidades inesgotáveis que oferece.

A conexão simultânea dos internautas a uma mesma rede traz uma nova relação com os conceitos de contexto, espaço e temporalidade. O tempo é fragmentado numa sucessão de presentes ininterruptos, que existem simultaneamente, em tempo real, com inúmeras intensidades que variam

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4 conforme o momento. O espaço é todo reconfigurado pelo megadesign hipertextual. Refere-se a um ciberespaço, interativo e receptivo a todos que estão conectados e pretendem escrever parte do megatexto produzido pela inteligência coletiva (RAMAL, 2000).

As aulas são planejadas pelos professores e pelos alunos, conforme as suas necessidades, os projetos ou os conteúdos significativos que estão sendo trabalhados. Portanto, o horário para usar a sala de informática é flexível.

Pelo fato da curiosidade, da inventividade, da participação e da vontade de aprender serem elementos essenciais na vivência com os computadores, a dinâmica das aulas é variada. As atividades têm durações diversificadas (não necessariamente cinquenta minutos), em que cada aluno realiza as suas atividades, ou um grupo termina o trabalho do outro grupo, ou alunos corrigem os trabalhos dos outros, ou determinadas turmas enriquecem o trabalho das outras. O número de alunos por computador também modifica conforme a proposta, não necessariamente dois por computador.

O trabalho desenvolvido com a utilização dos computadores e por meio de projetos geram produtos que, conforme afirmam Almeida e Fonseca Júnior (2000), podem ser tocados, transportados, vistos, guardados e divulgados além da sala de aula. Um exemplo é o projeto "O saber com sabor na construção de livros no laboratório de informática", em que já foram criados vários livros, como fruto do trabalho desenvolvido. Um deles intitula-se "Em busca de um ambiente melhor", o qual foi publicado em 2008; e outros estão a caminho de serem publicados também.

É interessante observar a motivação e a alegria dos educandos por saberem que seus trabalhos farão parte de um livro ou terão um outro destino concreto. Inclusive, o fato de serem autores, gera uma maior responsabilidade, o que faz com que se esforcem para escrever bem, comunicar melhor as suas ideias e usar muita imaginação e criatividade.

Nestes livros, os educandos atuam como protagonistas, ou seja, criam o texto-base (que ligam as atividades), as ilustrações e o título, ajudam na seleção dos trabalhos a serem inseridos, corrigem-nos e até o formatam. A professora Cristiane Campos de Oliveira Moraes, facilitadora no uso dos

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5 computadores, organiza todo o trabalho. No entanto, não para por aí. Os livros costumam ser apresentados à comunidade escolar por meio da contação de histórias realizada pelos próprios alunos.

Percebe-se que o uso do computador na escola vem a confirmar as afirmações de Moraes (1997), que destaca os seguintes aspectos com relação à melhoria da qualidade nesse processo: equidade com qualidade, aperfeiçoamento da linguagem e da escrita, favorecimento da interdisciplinaridade, desenvolvimento da criatividade, da autonomia, da cooperação e da criticidade, entre outros.

Cabe ressaltar que o trabalho vivenciado na Escola Municipal Cecília Meireles, com a utilização dos computadores, é avaliado pela comunidade escolar durante todo o ano. O seu sucesso deve-se aos aspectos referendados, de forma sucinta, no presente artigo.

REFERÊNCIAS:

ALMEIDA, Fernando José; FONSECA JÚNIOR, Fernando Moraes. ProInfo: Projetos e Ambientes Inovadores. Série de Estudos Educação a Distância. Brasília: Ministério da Educação, Seed, 2000.

ALMEIDA, Maria Elisabeth Bianconcini de; ALMEIDA, Fernando José. Uma zona de conflitos e muitos interesses. In: Salto para o Futuro: TV e

Informática na Educação. Série de Estudos Educação a Distância. Brasília: Ministério da Educação e do Desporto, Seed, 1998. p. 49-54.

HERNÁNDEZ, Fernando. Transgressão e mudança na educação: os projetos de trabalho. Porto Alegre: Ed. Artes Médicas, 1998.

MAGDALENA, Beatriz Corso; COSTA, Íris E. Tempel. ProInfo: Conteúdos: Para quê? Por quê? In: ____. Multiplicadores-L: Confrajolas no Palco. 2000. Disponível em: <http://www.proinfo.gov.br>. Acesso em: 05 jan. 2002.

MORAES, Maria Cândida. ProInfo: Subsídios para Fundamentação do

Programa Nacional de Informática na Educação. Brasília: Ministério da

Educação, Seed. Jan. 1997. Disponível em: <http://www.proinfo.gov.br>. Acesso em: 06 fev. 2002.

RAMAL, Andrea Cecília. Ler e escrever na cultura digital. Porto Alegre:

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6 VEIGA, Ilma Passos Alencastro. (org.). Projeto político-pedagógico da escola: uma construção coletiva. In: _____. Projeto político-pedagógico: uma construção possível. 7. ed. Campinas, SP: Editora Papirus, 1995. p. 11-35.

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