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MODERNISMO: GERAÇÃO DE 1930 NA POESIA 1 - CECÍLIA MEIRELES ( )

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(1)

GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ SECRETARIA DO ESTADO DE EDUCAÇÃO

A.O.S. DIOCESE DE ABAETETUBA EEEFM SÃO FRANCISCO XAVIER

COMPONENTE CURRICULAR: LITERATURA ANO: 3º ANO – ENSINO MÉDIO 01/06/2021 PROFESSOR: VALDIR NEGRÃO DA SILVA E-mail: valdir.nsilva@escola.seduc.pa.gov.br

COMPÊNDIO DO MÊS DE JUNHO

MODERNISMO: GERAÇÃO DE 1930

– NA POESIA

1 - CECÍLIA MEIRELES (1901

– 1964)

Cecília Meireles Eternidade (1931), Ismael Nery

Foi escritora, jornalista, professora e pintora, considerada uma das mais importantes poetisas do Brasil.

Sua obra de caráter intimista possui forte influência da psicanálise com foco na temática social.

Embora sua obra apresente características simbolistas, Cecília destacou-se na segunda fase do modernismo no Brasil, no grupo de poetas que consolidaram a "Poesia de 30".

Cecília Benevides de Carvalho Meireles nasceu no Rio de Janeiro, dia 7 de novembro de 1901.

Foi criada pela sua avó católica e portuguesa da ilha dos Açores. Isso porque seu pai havia morrido três meses antes de seu nascimento e sua mãe quando tinha apenas 3 anos.

(2)

Desde pequena recebeu uma educação religiosa e demonstrou grande interesse pela literatura, escrevendo poesias a partir dos 9 anos de idade. Cursou a Escola Estácio de Sá, concluindo com ―distinção e louvor‖ o curso primário em 1910. Tornou-se professora diplomando-se no ―Curso Normal do Instituto de Educação do Rio de Janeiro‖.

Em 1919, com apenas 18 anos, publicou sua primeira obra de caráter simbolista, ―Espectros‖. Com 21 anos, casa-se com o pintos português Fernando Correa Dias que sofria de depressão e suicidou-se em 1935.

Casa-se novamente com o engenheiro agrônomo Heitor Vinícius da Silveira Grilo, cinco anos depois da morte de seu primeiro marido e com quem teve três filhas.

Sua atuação na área da educação não ficou restrita às salas de aula. Isso porque de 1930 a 1931, Cecília trabalhou como jornalista no "Diário de Notícias" contribuindo com textos sobre problemas da educação.

Cecília ficou reconhecida mundialmente, uma vez que suas obras foram traduzidas para muitas línguas.

Pelo trabalho realizado na literatura ela recebeu diversos prêmios, dos quais se destacam:

 Prêmio de Poesia Olavo Bilac  Prêmio Jabuti

 Prêmio Machado de Assis

Além disso, realizou palestras e conferências sobre educação, literatura brasileira, teoria literária e folclore, em diversos países do mundo.

Cecília falece ao entardecer na sua cidade natal, dia 9 de novembro de 1964, com 63 anos, vítima de câncer.

Curiosidades

 Em 1934, Cecília Meireles funda a primeira Biblioteca Infantil do Brasil, no bairro do Botafogo, no Rio de Janeiro.

 No Chile, foi inaugurada a ―Biblioteca Cecília Meireles‖ em 1964 na província de Valparaíso.

Em 1953, Cecília Meireles foi agraciada com o título de ―Doutora Honoris

Causa‖ pela Universidade de Déli, na Índia.

POEMAS:

Retrato

Eu não tinha este rosto de hoje, Assim calmo, assim triste, assim magro,

Nem estes olhos tão vazios, Nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força, Tão paradas e frias e mortas;

Eu não tinha este coração Que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança, Tão simples, tão certa, tão fácil: — Em que espelho ficou perdida a minha face?

(3)

Motivo

Eu canto porque o instante existe e a minha vida está completa. Não sou alegre nem sou triste: sou poeta.

Irmão das coisas fugidias, não sinto gozo nem tormento. Atravesso noites e dias

no vento.

Se desmorono ou se edifico, se permaneço ou me desfaço, — não sei, não sei. Não sei se fico ou passo.

Sei que canto. E a canção é tudo. Tem sangue eterno a asa ritmada. E um dia sei que estarei mudo: — mais nada.

Canção

Pus o meu sonho num navio e o navio em cima do mar;

- depois, abri o mar com as mãos, para o meu sonho naufragar. Minhas mãos ainda estão molhadas

do azul das ondas entreabertas, e a cor que escorre de meus dedos colore as areias desertas.

O vento vem vindo de longe,

a noite se curva de frio;

debaixo da água vai morrendo meu sonho, dentro de um navio... Chorarei quanto for preciso, para fazer com que o mar cresça, e o meu navio chegue ao fundo e o meu sonho desapareça. Depois, tudo estará perfeito; praia lisa, águas ordenadas, meus olhos secos como pedras e as minhas duas mãos quebradas.

2

– VINÍCIUS DE MORAES (1913 – 1980)

Vinícius de Moraes O beijo (1908), de Gustav Klimt

Vinícius de Moraes foi um poeta, dramaturgo, escritor, compositor e diplomata brasileiro. É autor de ―Soneto de Fidelidade‖, uma das mais importantes obras da literatura Brasileira, da peça ―Orfeu da Conceição‖, e ainda, um dos precursores da Bossa Nova no Brasil.

Foi durante a segunda fase do modernismo no Brasil que Vinicius de Moraes teve destaque com suas poesias eróticas e de amor.

(4)

Marcus Vinitius da Cruz de Melo Moraes nasceu em 09 de outubro de 1913 no Rio de Janeiro. Filho de Lydia Cruz de Moraes e Clodoaldo Pereira de Moraes, somente aos nove anos foi registrado como Vinicius de Moraes.

Foi batizado na Maçonaria em 1920 e, aos dez anos, fez a Primeira Comunhão na Igreja da Matriz, no bairro carioca de Botafogo.

Ainda adolescente, iniciou parcerias ao lado dos irmãos Paulo, Haroldo e Oswaldo Tapajós. Com os amigos do colégio Santo Inácio formou, em 1927, um conjunto musical para tocar em festas.

O grupo era composto por Paulo e Haroldo Tapajós, Maurício Joppert e Moacir Veloso Cardoso de Oliveira.

E foi com Haroldo Tapajós que compôs as primeiras canções, ―Loura ou Morena‖ e ―Canção

da Noite‖. Essa última, tendo a participação de Paulo Tapajós.

Em 1929, tornou-se bacharel em Letras pelo Colégio Santo Inácio; e no ano seguinte, ingressa na Faculdade de Direito da Rua do Catete.

O primeiro poema publicado de Vinicius de Moraes, ―A Transfiguração da Montanha‖, foi editado na revista A Ordem, em 1932.

Somente em 1933, no mesmo ano em que se forma em Direito, é publicado o primeiro livro do poeta: ―O Caminho para a Distância‖, pela Schmidt Editora.

Já sua segunda publicação, ―Forma e Exegese‖, publicada pela editora Irmãos Pongetti em 1935, recebe o prêmio Felipe de Oliveira. Também foi reconhecido pelo crítica e obteve comentários elogiosos de Manuel Bandeira.

Estava em Lisboa acompanhado da primeira mulher e de Oswald de Andrade quando compõe ―Soneto de Fidelidade‖, em 1939. O soneto é um dos mais reconhecidos no legado de Vinicius de Moraes.

Em 1941, começa a atuar no jornal A Manhã como crítico cinematográfico. O trabalho é conciliado com os estudos para o concurso de ingresso na carreira diplomática, tendo êxito em 1942.

Consegue conciliar a carreira diplomática e os trabalhos no suplemento literário de O

Jornal até 1946. Naquele ano, assumiu o posto de vice-cônsul em Los Angeles, para onde

viaja com Fernando Sabino.

Nos Estados Unidos, onde permaneceu cinco anos sem regressar ao Brasil, faz contato com músicos brasileiros, como Carmem Miranda e o crítico cinematográfico Alex Vianny.

Em um curso de cinema que decide fazer em 1947, torna-se amigo pessoal de Orson Welles. Vinícius teve uma vida amorosa agitada, casando-se nove vezes.

O artista morre em 9 de julho de 1980, vítima de edema pulmonar.

Parcerias

No período de 1949 a 1951, entra em contato com expoentes da literatura, como o pernambucano João Cabral de Melo Neto – que contribui para a publicação do poema Pátria. Passa a conviver com o chileno Pablo Neruda e o pintor Di Cavalcanti.

No regresso ao Brasil, em 1951, volta a trabalhar no jornalismo, desta vez no Última Hora, onde colabora por meio de crônicas e permanece na crítica cinematográfica.

Vinicius de Moraes lança sua antologia poética, ―A Noite‖, trabalho que conta com a atuação de Manuel Bandeira na organização.

No mesmo ano, uma de suas peças mais conhecidas ―Orfeu da Conceição‖ é premiada no concurso do IV Centenário do Estado de São Paulo. A peça foi publicada na revista Anhembi. A peça é uma adaptação da obra grega ao cotidiano carioca. Faz várias tentativas de financiamento para o formato de filme, o que ocorre somente em 1956, com ―Orfeu Negro‖. Antes, contudo, a peça percorre o País.

(5)

Bossa Nova

Vinícius e Tom Vinícius e Toquinho

As parcerias com João Gilberto e Tom Jobim se revelam promissoras em 1959 com o movimento denominado ―Bossa Nova‖.

As composições de Vinicius e Tom são interpretadas por João Gilberto no disco ―Chega de

Saudade‖. O intérprete inova e marca um dos movimentos mais importantes da história da

cultura brasileira.

Em 1964, depois do golpe militar, após um longo período atuando nos trabalhos administrativos do Itamaraty no Uruguai, retorna ao Brasil. Passa, então, a colaborar com a revista Fatos e Fotos do jornal Diário Carioca.

Sua canção ―Arrastão‖ é interpretada por Elis Regina no Festival Nacional da Música Popular Brasileira da TV Excelsior.

Os festivais dividiram a produção musical brasileira e a canção de Vinicius foi eleita a melhor música da edição de 1965.

No mesmo ano, com a música ―Valsa do Amor que não Vem‖, leva o segundo lugar. A canção foi interpretada por Elizeth Cardoso.

Em momento de intensa produção cultural, permanece no Brasil, sendo transferido pelo Itamaraty para Ouro Preto em 1967, onde organiza um festival de arte.

No ano seguinte, por conta da instauração do Ato Institucional n.º 5, lê o poema ―Pátria

Minha‖, na ocasião de shows em Portugal. O protesto resultou na exoneração de Vinicius de

Moraes por ordem do presidente Arthur da Costa Silva.

POEMAS:

Soneto de Fidelidade

De tudo ao meu amor serei atento Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto

Que mesmo em face do maior encanto

Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento

E em seu louvor hei de espalhar meu canto

E rir meu riso e derramar meu

pranto

Ao seu pesar ou seu contentamento E assim, quando mais tarde me procure

Quem sabe a morte, angústia de quem vive

Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):

Que não seja imortal, posto que é chama

(6)

Soneto de separação

De repente do riso fez-se o pranto Silencioso e branco como a bruma E das bocas unidas fez-se a

espuma

E das mãos espalmadas fez-se o espanto.

De repente da calma fez-se o vento Que dos olhos desfez a última chama

E da paixão fez-se o pressentimento E do momento imóvel fez-se o

drama.

De repente, não mais que de repente

Fez-se de triste o que se fez amante E de sozinho o que se fez contente. Fez-se do amigo próximo o distante Fez-se da vida uma aventura

errante

De repente, não mais que de repente.

POEMAS-CANÇÃO DE VINÍCIUS DE MORAES SEUS PARCEIROS: 1 – Eu sei que vou te amar (Vinícius e Tom)

https://www.youtube.com/watch?v=yHLJQfQUJUQ 2 – Rosa de Hiroshima (Vinícius)

https://www.youtube.com/watch?v=7Y1GTadiCyY 3 – Garota de Ipanema (Tom Jobim)

https://www.youtube.com/watch?v=yC2jWjGg90g 4 – Soneto de Fidelidade (Vinícius)

https://www.youtube.com/watch?v=eHgU4ERc7Nc 5 – Onde anda você (Toquinho e Vinícius)

https://www.youtube.com/watch?v=Gb5sbORA62w 6 – Chega de saudade (João Gilberto)

https://www.youtube.com/watch?v=dpiOKqZcXG0 7 – Arrastão (Vinícius e Edu Lobo)

https://www.youtube.com/watch?v=O80tshw68yM

ATIVIDADE 1 1 – Leia o texto a seguir.

Reinvenção

A vida só é possível reinventada.

Anda o sol pelas campinas e passeia a mão dourada pelas águas, pelas folhas ...

Ah! tudo bolhas

que vêm de fundas piscinas de ilusionismo ... - mais nada.

Mas a vida, a vida , a vida a vida só é possível

reinventada. […]

(7)

Podemos dizer que, nesse trecho de um poema de Cecília Meireles, encontramos traços de seu estilo a) sempre marcado pelo momento histórico.

b) ligado ao vanguardismo da geração de 22.

c) inspirado em temas genuinamente brasileiros.

d) vinculado à estética simbolista. e) de caráter épico, com inspiração camoniana.

2 - Leia o poema abaixo:

Retrato

Eu não tinha este rosto de hoje, assim calmo, assim triste, assim

magro,

nem estes olhos tão vazios, nem o lábio tão amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força, tão paradas e frias e mortas,

eu não tinha este coração que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança, tão simples, tão certa e fácil: - Em que espelho ficou perdida

a minha face?"

(Cecília Meireles)

Assinale a alternativa INCORRETA de acordo com o poema:

a) A expressão "mãos sem força", que aparece no primeiro verso da segunda estrofe, indica um lado fragilizado e impotente do "eu" poético diante de sua postura existencial.

b) As palavras mais sugerem do que escrevem, resultando, daí, a

força das impressões sensoriais. Imagens visuais e auditivas, em outros poemas, sucedem-se a todo momento.

c) O tema revela uma busca da percepção de si mesmo. Antes de um simples retrato, o que se mostra é um autorretrato, por meio do qual o "eu" poético olha-se no presente, comparando-se com aquilo que foi no passado.

d) Não há no poema o registro de estados de ânimo vagos e quase incorpóreos, nem a noção de perda amorosa, abandono e solidão.

3 – Leia o texto.

Canção

Pus o meu sonho num navio e o navio em cima do mar; - depois, abri o mar com as mãos,

para o meu sonho naufragar Minhas mãos ainda estão molhadas

do azul das ondas entreabertas, e a cor que escorre de meus dedos

colore as areias desertas. O vento vem vindo de longe,

a noite se curva de frio; debaixo da água vai morrendo meu sonho, dentro de um navio...

Chorarei quanto for preciso, para fazer com que o mar cresça,

e o meu navio chegue ao fundo e o meu sonho desapareça. Depois, tudo estará perfeito; praia lisa, águas ordenadas, meus olhos secos como pedras e as minhas duas mãos quebradas.

(Cecília Meireles) A partir da leitura do poema ―Canção‖, de Cecília Meireles, podemos notar a presença dos seguintes elementos nos versos da poeta:

a) inclinação para a estética

(8)

da utilização de elementos como mar, sonho, ondas, areias, águas, conferindo ao poema um caráter fluido e etéreo.

b) Presença do monólogo interior, digressão e fragmentação dos versos que contribuem para a temática da existência.

c) Preocupação com a reflexão filosófica, com os modelos clássicos, além de uma temática notadamente pessimista.

d) Proximidade com o mundo material, temas relacionados com o cotidiano, sobretudo com as

questões sociais.

Texto para as questões de 4 a 6. ANOITECER

Ao longo do bazar brilham pequenas luzes.

A roda do último carro faz a sua última volta.

Os búfalos entram pela sombra da noite,

onde se dispersam.

As crianças fecham os olhos sedosos.

As cabanas são como pessoas muito antigas,

sentadas, pensando.

Uma pequena música toca no fim do mundo.

Uma pequena lua desenha-se no alto céu.

Uma pequena brisa cálida flutua sobre a árvore da aldeia como o sonho de um pássaro. Oh, eu queria ficar aqui, pequenina.

(Cecília Meireles)

4 - Na caracterização do cenário apresentado nos versos acima, predomina uma

a) descrição objetiva com excesso de adjetivos.

b) descrição subjetiva com ênfase nas impressões visuais.

c) descrição objetiva marcada pelo emprego de figuras de linguagem. d) narração em primeira pessoa: narrador-personagem.

e) dissertação com exposição crítica de um assunto.

5 - Sobre os versos de Cecília Meireles, assinale a alternativa incorreta.

a) Em ―As cabanas são como pessoas muito antigas‖, há comparação.

b) Em ―Uma pequena lua desenha-se no alto céu‖, há metáfora.

c) No verso ―As crianças fecham os olhos sedosos‖, há sinestesia.

d) Em ―como o sonho de um pássaro‖, há comparação.

e) Em ―Uma pequena brisa cálida‖, há hipérbole.

6 - Sobre o texto, assinale a incorreta.

a) Além do título, há no texto várias indicações de que a situação descrita se encontra em seus momentos finais.

b) O uso reiterado do adjetivo pequeno (a, as), além de sugerir a distância do espaço físico caracterizado, exprime a identificação do eu lírico (―pequenina‖) com a paisagem descrita.

c) A imagem do cair da noite associa-se a outras imagens da mesma área de sentido, referentes a sono e sonho.

d) Do início ao fim do poema, o eu lírico se refere a si e a suas emoções, sem para isso fazer qualquer referência à primeira pessoa gramatical.

e) A paisagem descrita apresenta um quadro de movimentos suaves, que sugerem tranquilidade e paz.

(9)

ATIVIDADE 2 (REVISÃO) Leia atentamente o poema abaixo para

resolver as questões de 01 a 05. Coração numeroso

Foi no Rio.

Eu passava na Avenida quase meia-noite. Bicos de seio batiam nos bicos de luz estrelas inumeráveis.

Havia a promessa do mar e bondes tilintavam, abafando o calor que soprava no vento e o vento vinha de Minas.

Meus paralíticos sonhos desgosto de viver (a vida para mim é vontade de morrer) faziam de mim homem-realejo

impertubavelmente

na Galeria Cruzeiro quente quente

e como não conhecia ninguém a não ser o doce vento mineiro,

nenhuma vontade de beber, eu disse: Acabemos com isso. (...)

O mar batia em meu peito, já não batia no cais.

A rua acabou, quede as árvores? a cidade sou eu

a cidade sou eu sou eu a cidade meu amor.

(Carlos Drummond de Andrade) 01 – Marque a alternativa que indicam o local e o tempo retratado pelo eu lírico.

a) abafando o calor que soprava no vento

b) Mas tremia na cidade uma fascinação casas compridas

c) Foi no Rio. Eu passava na Avenida quase meia-noite.

d) Impertubavelmente na Galeria Cruzeiro quente quente

e) O mar batia em meu peito, já não batia no cais.

02 – Na segunda parte do poema. Indique como o eu lírico começa a ver e sentir a cidade.

a) De forma esquisita e estranha. b) Sem interesse e triste.

c) De forma temerosa e feia.

d) De forma triste e decadente. e) De forma vibrante, sedutora e

sensual.

03 – Marque o verso da segunda parte que indica a mudança de sentimentos do eu lírico em relação à cidade do Rio de Janeiro.

a) mil presentes da vida aos homens indiferentes,

b) que meu coração bateu forte, meus c) a cidade sou eu sou eu a cidade

meu amor.

d) olhos inúteis choraram. e) Acabemos com isso.

04 – Indique como se sentia o eu lírico na cidade do Rio de Janeiro.

a) faziam de mim homem-realejo

b) Bicos de seio batiam nos bicos de luz c) Eu passava na Avenida quase

meia-noite.

d) a vida para mim é vontade de morrer e) nenhuma vontade de beber, eu

disse:

05 – Na análise do poema, ocorre com o eu lírico, um (a):

a) decepção pela cidade b) antipatia pela cidade c) raiva pela cidade d) desgosto pela cidade

e) mudança de sentimento pela cidade 06 – Analise o texto abaixo.

Eu não tinha este rosto de hoje,

assim calmo, assim triste, assim magro, nem estes olhos tão vazios,

nem o lábio amargo. (...)

Eu não tinha estas mãos sem força, Eu não dei por esta mudança, tão simples, tão certa, tão fácil: – Em que espelho ficou perdida a minha face?

(Retrato - Cecília Meireles)

A partir do poema é possível compreender que a palavra mudança em destaque, está indicando:

(10)

Analise as afirmativas abaixo: I - Mudança possui o sentido de transferência de moradia ou casa. II - Mudança está indicando que a poeta tenta desvendar quando foi que a sua vividez, a sua alegria, quando a sua essência se perdeu, ao longo da vida. III - Mudança foi a palavra escolhida pela autora para retratar a si mesma, mostrando o antes e o depois do passar do tempo. IV - A autora ilustra as mudanças ocorridas com o passar do tempo fazendo descrições das partes do corpo como se estivesse desenhado para o leitor. Descreve seu rosto, suas mãos, seus lábios e até mesmo seu coração.

a) Todas as alternativas estão corretas. b) Apenas as alternativas I e II estão

corretas.

c) Todas as alternativas estão corretas, exceto a alternativa I.

d) Todas as alternativas estão corretas, exceto a alternativa IV.

e) Apenas as alternativas III e IV estão corretas.

07 – Do que trata Cecília Meireles, no seu poema Retrato ?

R=_________________________________ ___________________________________ 08 – Para o eu lírico do poema Retrato. O que é essa coisa ―tão simples, certa e fácil‖ que chegou e ele nem percebeu ?

R=

___________________________________ ___________________________________ Leia o poema de Vinícius de Morais, para resolver as questões 09 e 12.

Soneto de fidelidade De tudo, ao meu amor serei atento Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meu pensamento. Quero vivê-lo em cada vão momento E em seu louvor hei de espalhar meu canto E rir meu riso e derramar meu pranto Ao seu pesar ou seu contentamento. E assim, quando mais tarde me procure Quem sabe a morte, angústia de quem vive

Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive): Que não seja imortal, posto que é chama Mas que seja infinito enquanto dure.

09 - Nos dois primeiros quartetos do soneto de Vinicius de Moraes, delineia-se a ideia de que o poeta

a) não acredita no amor como entrega total entre duas pessoas.

b) acredita que, mesmo amando muito uma pessoa, é possível apaixonar-se por outra e trocar de amor.

c) entende que somente a morte é capaz de findar com o amor de duas pessoas.

d) concebe o amor como um sentimento intenso a ser compartilhado, tanto na alegria quanto na tristeza.

e) vê, na angústia causada pela ideia da morte, o impedimento para as pessoas se entregarem ao amor.

10 – O eu lírico imagina a possibilidade de futuramente ocorrem duas situações adversas na vida do casal. Marque a alternativa correta com os versos abaixo:

a) ―Eu possa me dizer do amor (que tive):

Que não seja imortal, posto que é chama‖

b) ―De tudo, ao meu amor serei atento Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto‖

c) ―E rir meu riso e derramar meu pranto Ao seu pesar ou seu

contentamento.‖

d) ―Quero vivê-lo em cada vão momento E em seu louvor hei de espalhar meu canto‖

e) ―Quem sabe a morte, angústia de quem vive

Quem sabe a solidão, fim de quem ama‖

11 – Na primeira estrofe do soneto. O que o eu lírico fará pelo seu amor ?

R=

___________________________________ ___________________________________ 12 – Na segunda estrofe do soneto. Em que momentos o eu lírico vai viver o seu amor ? R=

___________________________________ ___________________________________ ___________________________________

Referências

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