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Pesquisa Brasileira em Odontopediatria e Clínica Integrada

ISSN: 1519-0501 apesb@terra.com.br

Universidade Federal da Paraíba Brasil

Carvalho FERREIRA, Dennis de; Gonçalves VOLSCHAN, Bartira Cruxên; Cavalcanti PIMENTEL, Elisangela Lins; Hostilio Cervante DIAS, Katia Regina

Estudo in vitro da microinfiltração em fóssulas e fissuras seladas com selante resinoso e compômero

Pesquisa Brasileira em Odontopediatria e Clínica Integrada, vol. 6, núm. 3, septiembre-diciembre, 2006, pp. 249-254

Universidade Federal da Paraíba Paraíba, Brasil

Disponible en: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=63711504007

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Sistema de Información Científica Red de Revistas Científicas de América Latina, el Caribe, España y Portugal

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Prevenção; Selantes de fóssulas e fissura; Compômero. Prevention; Sealant for the pits and fissures; Compomer. Objective: The purpose of this study in vitro was to compair the microleakage in pits and fissures sealed with polyacid modified resin (Dyract™) and resin sealant (Fluoroshield™). Method: In this study, 36 sound permanent premolars were equally distributed into three groups: GI (Flu.), GII (Dyr.) e GC (Control-without sealant). The materials were applied and a DES/RE cycle was processed to simulate a high cariogenic challenge. For immersion in the Silver Nitrate solution (50%), the roots and anatomic crowns (2mm over the margin of the material) were protected with nail enamel. After that, the nail enamel was removed and the teeth included in epoxi resin. Each crown was longitudinally seccioned in vestibular-lingual direction, to evaluate the degree of microleakage in the enamel/sealant interface. The marginal microleakege was classified by three examinators and the scores were: 0-no die penetration, 1-half die penetration, 2-complete die penetration. Results: The results were statistically analised by ANOVA, Kruskal-Wallis and Mann-Whitney (p<0.05), the medium posts were: GI (35.97), GII (37.53), GC (90.00). There were no statistically significant differences between the materials and the control group showed the worst result. Conclusion: We concluded that Dyract™ had no evidence of microleakage. However we can't discarded the need of longitudinal clinical studies to verify resin's proprierties as the resistence and bond strenght and anticariogenics proprieties of glass ionomer cements.

* Especialista em Odontopediatria (UFRJ). Prof. do Departamento de Microbiologia, Setor de DST(MIP/CMB/CCM), Universidade Federal Fluminense (UFF), Niterói/RJ, Brasil.

** Coordenadora da Disciplina de Odontopediatria da Universidade Estácio de Sá (UNESA), Rio de Janeiro/RJ, Brasil. *** Professora da Disciplina de Odontopediatria da Universidade Estácio de Sá (UNESA), Rio de Janeiro/RJ, Brasil. **** Professora da Disciplina de Dentística da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro/RJ, Brasil.

249

Elisangela Lins Cavalcanti PIMENTEL*** Katia Regina Hostilio Cervante DIAS****

Objetivo: O propósito deste trabalho foi comparar, in vitro, a microinfiltração em fossas e fissuras de uma resina composta

®

modificada por poliácido (Dyract ) que foi utilizada como

®

selante e um selante resinoso (Fluoroshield ). Método: Utilizou-se 36 pré-molares íntegros, divididos em três grupos: GI (Flu.), GII (Dyr.) e GC (Controle - sem selante). Após selamento, os dentes foram submetidos a ciclos de DES-RE, e em seguida simulando alto desafio cariogênico. Os dentes foram submersos em solução de Nitrato de Prata a 50% para análise da microinfiltração. Em seguida, foram incluídos em resina epóxica. As coroas foram cortadas no sentido vestibulo-lingual para avaliação do grau de microinfiltração na interface esmalte/selante. Para a classificação da microinfiltração, avaliada por três examinadores, foram utilizados escores 0-ausência de corante, 1-metade do sulco e 2-todo sulco. Resultados: Os resultados foram tratados estatisticamente por ANOVA, Kruskal-Wallis e Mann-Whitney (p<0,05), sendo os Postos Médios: GI (35,97), GII (37,53), GC (90,00). Não houve diferença estatisticamente significante entre os materiais.

®

Conclusão: O Dyract não apresenta, in vitro, evidências de microinfiltração. Porém, não deve-se descartar a necessidade de estudos clínicos longitudinais que comprovem sua resistência e retentividade como a resina composta e suas propriedades anticariogênicas como o ionômero de vidro.

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INTRODUÇÃO

Embora tenha ocorrido a redução na prevalência e severidade da doença cárie a nível mundial e também nacional, esta ainda constitui-se um desfio a odontologia nos dias de hoje. O emprego de medidas preventivas ainda torna-se necessário e envolve desde a orientação sobre controle de dieta, higiene bucal, até o uso de fluoretos e selantes na prática clínica (PIMENTA; PIMENTA, 1996).

Quanto ao desenvolvimento da lesão cariosa, a superfície oclusal foi descrita como a área de maior susceptibilidade a ser atingida pela doença. Sendo assim, os selantes de fossas e fissuras devem ser utilizados como um protetor dessas áreas, sendo empregues concomitantemente com outras técnicas de prevenção, uma vez que são indicados com frequência em pacientes com alta atividade de doença cárie (PIMENTA; PIMENTA, 1996).

Os materiais freqüentemente utilizados para selamento de fóssulas e fissuras podem ser ionoméricos, resinosos e ainda os compômeros. O objetivo deste estudo foi comparar, in vitro, o grau de microinfiltração

marginal em fóssulas e fissuras seladas por um selante

® ®

resinoso (Fluoroshield ) e um compômero (Dyract ), que foram submetidos a ciclos de DES-RE, simulando um alto desafio cariogênico.

REVISÃO DE LITERATURA

Mônico e Tostes (1998) descrevem que os materiais híbridos (compômeros e CIVs modificados por resina) foram introduzidos no mercado a fim de solucionar ou minimizar os problemas físicos e químicos apresentados pelos cimentos de ionômero de vidro convencionais (CIVs) que apresentam como característica bastante significativa a liberação de fluoreto por um longo período de tempo. Estes autores

®

ainda afirmaram que o Dyract (Dentsply) comparado a três CIVs modificados foi o que apresentou menor liberação de fluoreto.

®

O Dyract que é um Compômero apresenta características satisfatórias como: biocompatibilidade, excelente capacidade de manipulação e estética.

Para Villalta et al. (2000) após quantificarem a

®

contração de polimerização do Dyract (Dentsply) e de mais dois materiais restauradores utilizando cinco tempos de fotopolimerização, sendo estes uma resina

®

c o m p o s t a ( Z 1 0 0 / 3 M ) e u m c o m p ô m e r o

®

(Compoglass /Vivadent) verificaram que a contração dos dois compômeros foi significativamente maior que a contração da resina.

Contribuindo também no estudo deste material, outros autores analisaram clinica e radiográficamente a

®

performance do compômero Dyract em restaurações proximais de primeiros molares decíduos em comparação com restaurações classe II em amálgama e consideraram as restaurações avaliadas clinicamente aceitáveis sem fraturas e/ou lesões cariosas

®

secundárias, afirmando assim que o Dyract pode ser um material alternativo adequado para restaurações de primeiros molares decíduos, capazes de permanecer por dois anos em condições satisfatórias na cavidade bucal (MASS; GORDON; FUKS, 1999).

Quando avaliado em relação ao grau de

®

rugosidade, o Dyract (Dentsply) apresentou menor rugosidade ao ser comparado a outro compômero o

®

F2000 (3M) por um período de 6 meses, onde foi avaliado o seu desempenho clínico em restaurações de classe I. Estas restaurações foram avaliadas pelo sistema de avaliação clinica da USPHS modificada, com nova moldagem. Segundo estes autores os materiais apresentaram desempenho clínico similar (PALHA et al., 2000).

Com relação a analisar o grau de infiltração marginal de restaurações classe V de 20 dentes

®

decíduos restaurados com Dyract sob a influência do condicionamento ácido (in vitro) antes da aplicação do

sistema adesivo. Os resultados demonstraram que os dois pré-tratamentos (com e sem condicionamento ácido) realizados promoveram baixos valores de infiltração marginal nas restaurações realizadas com

®

Dyract , em dentes decíduos e que também não ocorreu diferença estatisticamente significante entre estes (MYAKI; LEMOS; FAVA, 2000).

Alguns trabalhos demonstraram que o comportamento de diferentes materiais ionoméricos

® ®

(Vitremer /3M e Compoglass ) foram superiores ao

®

Dyract no que diz respeito à ausência de microinfiltração, porém não foram considerados estatisticamente significantes como foram descritos por Brackett et al.(1998) e Vieira, Almeida e Oliveira (1999).

Já Iwamoto e Puppin-Rontani (2000) discutiram os aspectos envolvidos no desgaste de materiais restauradores empregados em dentes decíduos posteriores através de uma revisão da literatura e descreveram que materiais resino-ionoméricos (Dyract, Vitremer), apresentam altos valores de desgaste, devido à baixa resistência à abrasão, não sendo recomendado para dentes posteriores.

A resistência do Dyract e de outro compomero

®

(Compoglass ) frente à escovação em soluções neutra e ácida, foi avaliada por Attin et al. (1998), uma vez que a maior causa lesões de cervicais por abrasão são causadas por escovação e/ou soluções ácidas. Os resultados demonstraram que nos dois materiais testados a abrasão causada pela escovação no meio ácido foi significativamente maior do que em condições

250

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®

neutras e que o Compoglass demonstrou menor

®

resistência em relação à abrasão do que o Dyract .

®

Quanto ao selante resinoso, o Fluorshield foi utilizado por Borsato e Iost (1995) em comparação com o

® ®

Prismashield e o White sealant-Concise no selamento de superfícies oclusais a fim de avaliar a microinfiltração

in vitro. Os autores afirmaram que estes materiais

demonstraram grau de microinfiltração estatisticamente semelhante.

Entretanto, Rock, Foukes e Perry (1996) realizaram um estudo clínico e laboratorial com

®

Fluroshield para realizar a avaliação ao final de três anos da eficácia de seu efeito anticariogênico. E declararam que a liberação de íons flúor por este material ocorreu por 6 meses de forma constante, sendo que as maiores taxas ocorreram nas primeiras 6 horas após a polimerização.

®

Outro selante resinoso o Alpha-Seal , muito

®

próximo ao Fluoroshield em sua composição, foi

®

comparado ao Ketac-Cem (ionomérico), num estudo feito por Souza et al. (2000). Foram testados para avaliar sua retenção clínica, em 38 molares permanentes semi-erupcionados. Foram observados entre os intervalos de 4, 6 e 8 meses, o grau de retenção se total, parcial ou perda total. O trabalho verificou que o selante

Ketac-®

Cem obteve 42% de retenção total após 8 meses e o

®

Alpha-Seal , 32%; sendo também percebida que a percentagem de retenção total do selante resinoso foi baixa; bem como o selante ionomérico apresentou retenção total maior que o selante resinoso e nenhuma perda total.

De modo a complementar as evidencias científicas relatadas anteriormente, o presente estudo comparou o grau de microinfiltração marginal em fóssulas e fissuras seladas por um selante resinoso

® ®

(Fluoroshield ) e um compômero (Dyract ), que foram submetidos a ciclos de DES-RE, in vitro, simulando um

alto desafio cariogênico.

Foram selecionados 36 dentes pré-molares superiores íntegros, extraídos por razões ortodônticas e armazenados em soro fisiológico por um período de 3 meses. Foi realizada profilaxia da superfície oclusal com escova de Robinson, pasta de pedra-pomes e água. Em seguida os dentes foram secos com seringa tríplice.

Após a profilaxia, foram divididos em 3 grupos: 12 dentes (Grupo I): ataque ácido (ácido fosfórico a 37%) durante 15 segundos, em seguida lavagem e

®

secagem, então foi aplicado o selante Fluoroshield com sonda exploradora e polimerizado por 40 segundos.

12 dentes (Grupo II): condicionamento do esmalte com ácido fosfórico a 37% por 15 segundos, lavagem e secagem, em seguida aplicação do adesivo/primer

(fotopolimerizado por 20 segundos), foi aplicado depois

®

o compômero Dyract com polimerização de 40 segundos;

12 dentes (Grupo Controle), sem tratamento.

Os dentes depois da aplicação dos selantes permaneceram em recipientes úmidos por 48 horas para maturação da polimerização.

Após esta etapa, os dentes foram submetidos a ciclos de desmineralização e remineralização, simulando alto desafio cariogênico por um período de 14 dias (VIEIRA, 1997). Sendo armazenados em tubos de ensaio, previamente identificados, com 2ml de solução desmineralizante, por 6 horas; depois foram lavados com 4ml de água destilada, secos com papel absorvente e transferidos para outro tubo de ensaio também identificado, contendo 2ml de solução remineralizante, onde permaneceu por 17 horas; se repetindo sucessivamente estas ciclagens até o 14º dia. Todos os tubos de ensaio foram vedados com filme de PVC e estocados em temperatura ambiente no laboratório de

o o

Microbiologia da UFF (temperatura entre 18 e 22 C) que variou aleatóriamente.

Para a realização do teste de microinfiltração, as raízes e as coroas anatômicas (2mm além do material) foram protegidas com esmalte, imersos assim em solução de Nitrato de Prata a 50% por 24 horas, em seguida submersos em solução reveladora, sendo também removida a camada de esmalte, lavados em água corrente e então incluídos em resina epóxica, após secagem.

As coroas foram cortadas logitudinalmente no sentido vestíbulo-lingual com micromotor utilizando

®

disco diamantado (KG Sorensen ref. 7020) para avaliação do grau de microinfiltração na interface esmalte selante, sendo corrigida cada parte com lixa d'água.

A classificação do grau de microinfiltração foi realizada por 3 examinadores através de uma lupa com 4 vezes de aumento, utilizando os seguintes escores, ilustrados na Figura 1 (BORSATO; IOST, 1995):

Grau 0 = ausência de penetração do corante; Grau 1 = corante na metade do sulco;

Grau 2 = corante em todo sulco, atingindo o fundo da fissura.

O presente estudo foi previamente avaliado e aprovado pelo comitê de ética em pesquisa da Universidade Estácio de Sá (UNESA, Parecer n°253).

Figura 1. Classificação dos graus de penetração do corante (Borsatto; Lost, 1995).

(5)

Os resultados da comparação entre os grupos após avaliação dos examinadores (posto médio) estão descritos na Tabela 1. Em seguida ocorreu a aplicação dos testes estatísticos ANOVA, Kruskal-Wallis e Mann Whitney (p<0,05), para verificar se havia diferença quanto a microinfiltração dos materiais utilizados quando comparados após a avaliação dos examinadores. A comparação dos valores dos postos médios demonstrou não haver significância estatística entre os grupos I e II. Como foi apresentado também na tabela 1 pelos símbolos, indicando a similaridade dos materiais quanto a sua performance neste estudo de microinfiltração marginal.

Material n Posto m édio Resultado

Fluoroshield 12 35,97 =

Dyract 12 37,53 =

Controle 12 90,00 #

Tabela 1. Posto Médio das avaliações - ANOVA, Teste de Kruskal-Wallis e Mann Whitney.

Na prevenção de cárie oclusal, os selantes de fóssas e fissuras podem ser analisados de diversas formas: o grau de microinfiltração, liberação de flúor até sua capacidade de adesão a estrutura de esmalte. Uma listagem ampla de materiais utilizados para selamento são indicadas constantemente e lançados no mercado como fruto da produção da indústria odontológica, e estes podem ser ionoméricos e resinosos.

A alta liberação de fluoretos dos cimentos ionoméricos convencionais já foi bastante descrita pela literatura, sendo considerada sua principal característica e a presença destes íons confere ao esmalte adjacente um aumento em sua resistência contra cáries recorrentes Leinfelder (1993). Entretanto, os CIVs apresentam desvantagens como a sensibilidade a umidade, baixa resistência ao desgaste oclusal e alta viscosidade (CROLL, 1990; ANUSAVICE, 1998). Já que as características físicas na composição dos compômeros apresentam melhora em relação à resistência dos cimentos de ionômero de vidro tradicionais, o presente trabalho procurou avaliar a

®

microinfiltração do Dyract (Dentsply) que já foi amplamente estudado como material restaurador indicado de modo satisfatório na dentição decídua por Martinho e Vieira (2005).

Em relação aos materiais utilizados, os selantes r e s i n o s o s p o d e m s e r f o t o p o l i m e r i z á v e i s o u

quimicamente polimerizáveis, além de se apresentarem como materiais capazes de prevenir microinfiltração significantemente (ANDRADE, 1998; BORSATO; IOST, 1995). Confirmando mais uma vez esta capacidade de vedamento, outro estudo demonstrou não ocorrer diferença significativa com relação à microinfiltração em

® ®

fissuras seladas com Fluorshield , Delton e

®

Prismashield . Sendo assim, estes materiais também foram considerados satisfatórios em outro estudo realizado por Park, Georgescu e Scherer (1993).

Na literatura corrente, os Compômeros, se encontram como materiais que desfrutam de algumas vantagens tanto das resinas compostas como dos ionômeros de vidro, porém ocorrem algumas desvantagens. A sua característica favorável de liberação de fluoretos foi significativamente menor do que do cimento de ionômero de vidro convencional e do ionômero de vidro modificado por resina. Mesmo assim, ainda possui características favoráveis como biocompatibilidade, fácil manipulação e performance estética (MASS; GORDON; FUCKS, 1999).

® ®

Um estudo avaliou o Dyract e o Compoglass , ambos compômeros, comparando a presença e a ausência de ataque ácido quando aplicados sobre a superfície oclusal e também a diferença de sistema primer/adesivo utilizado. A presença de microinfiltração foi maior para os grupos onde não foi utilizado o ataque ácido em ambos os compômeros. E a menor microinfiltração foi encontrada na associação entre ataque ácido e sistema primer/adesivo (CORTÉS; GARCIA; PEREZ, 1998). Este resultado vem ao encontro do encontrado no presente estudo, pois ocorreu a utilização do sistema primer/adesivo após o

®

condicionamento ácido do esmalte, no grupo Dyract . Os resultados demonstraram que o esmalte que foi

®

condicionado e aplicado o Dyract , apresentou a mais alta força de adesão.

A utilização de pedra pomes na profilaxia previamente à aplicação dos selantes foi estudada por alguns autores que concordam com a metodologia em empregada neste trabalho (SOUZA; PITTA, 1999).

Contudo, Hatibovic-Kofman et al. (1998) após a v a l i a r e m a c a p a c i d a d e d e p r e v e n ç ã o d e microinfiltração em selantes resinosos, utilizando o mesmo método de tratamento das fissuras prévio ao condicionamento ácido deste estudo, concluíram, baseando-se em dados da literatura, não ser eficaz na prevenção de microinfiltração; o que prejudicaria tanto o condicionamento ácido como a perfeita adaptação da resina no sulco, além de não exercer perfeita limpeza das fissuras. O que discorda dos resultados encontrados para ambos os grupos 1 e 2, após avaliação de três

®

examinadores, e principalmente no grupo 2 (Dyract ), onde não ocorreu a presença de microinfiltração em

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nenhum elemento dentário.

Este estudo in vitro, utilizou a mesma técnica de

ciclagem de desmineralização e remineralização, que simulava alto desafio cariogênico, por 14 dias, como utilizada por Vieira (1997) e Andrade (1998).

REFERÊNCIAS

1) Não foi encontrada diferença estatisticamente

® ®

significante entre os materiais (Fluorshield e Dyract );

2) Ambos materiais podem ser indicados como materiais

satisfatórios em opção para selamento de supefícies, embora o este estudo seja in vitro;

®

3) O Dyract não apresenta, in vitro, evidências de

microinfiltração quando utilizado como selante. Não devendo descartar a necessidade de estudos clínicos longitudinais que comprovem sua resistência e retentividade como resina e suas propriedades anticariogênicas como ionômero de vidro.

ANDRADE, J. P. Avaliação da microinfiltração em fóssulas e fissuras seladas com selante resinoso e cimento de ionômero de vidro. Estudo in vitro. 120f. Dissertação (Mestrado em Odontologia - Odontopediatria), Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 1998.

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Recebido para publicação: 15/08/06 Aceito para publicação: 03/10/06

Correspondência:

Dennis de Carvalho Ferreira Rua Riodades, 132 - Fonseca Niterói - RJ CEP: 24130-240 Teefonel.: (021) 2625-5084

E-mail.: Carvalhoferr@yahoo.com.br

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