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Instrumentação em Imagiologia
Médica
Módulo 3. Imagiologia com Raios-X
Parte I. Radiografia
Leccionado por Vitaly Chepel,
Departamento de Física, Universidade de Coimbra
Ano lectivo 2010-2011
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Radiações ionizantes e não ionizantes
Radiação ionizante – a que tem energia suficiente para ionizar o meio
Escala de energias: >~10eV (por exemplo, 13.6 eV - potencial de ionização do átomo de hidrogénio)
Raios-X e raios gama usados em imagiologia médica: E ~ 50 keV a 500 keV são radiações ionizantes
Exemplos de radiações electromagnéticas não ionizantes: • Luz visível
• Infravermelhos • Microondas • Ondas de rádio
Os ultra-sons (ondas acústicas) e RMN (campo magnético) não produzem a ionização
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Ionização e excitação
ion
ex
I
I
<
excitação ionizaçãoRadiação ionizante também pode excitar os átomos
∗
→
+
energia
A
5
Raios-X e Raios
γ
Ambos são ondas electromagnéticas (fotões)
A escala de energias:
Raios-X: de ~1 keV até ~200 keV
Raios
γ
: de ~100 keV até ~1 MeV (em medicina) ou até∞
(em física)A diferênça não está na energia dos fotões mas sim nos processos físicos que estão na origem desses:
Os raios X são de origem atómica; são emitidos: pelas partículas carregadas sujeitas a aceleração
em resultado de transições entre os níveis de um átomo (em semelhança com transições ópticas, mas com energia muito superior)
Os raios
γγγγ
são de origem nuclear: são emitidas em resultado de transições entre diferentes níveis de energia de um núcleo – i.e. em resultado de um decaimento radioactivo6
Descoberta dos raios-X
Wilhelm Conrad Roentgen em 1895 ao estudar os raios catódicos observou que existia uma
luz fraca a ser emitida pela cartolina em que embrulhou a ampola. Isto levou a descoberta de:
Raios-X
Uma substância que emite luz visivel sob acção dos raios-X (i.e. ecrã fluorescente)
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Dois mecanismos de produção
de Raios-X
IIM 2010-2011
Bremsstrahlung
Em Alemão: bremsen - "to brake“ Strahlung - "radiation“
≈ braking radiation, deceleration radiation, stopping radiation
≈ radiação devida a desaceleração (aceleração), radiação de travagem
Transições atómicas
Ka Kb
(também: Raios-X Características)
Emissor – partícula acelerada
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Bremsstrahlung
Electromagnetismo: uma
carga acelerada emite
ondas electromagnéticas
e
-2 04
1
mr
e
Z
e
m
F
a
=
c=
⋅
⋅
effπε
Aceleração: Fc – força de Coulomb e – carga do elementar m - massa do electrãoZeffe – carga efectiva do átomo (i.e.a carga “vista” pelo electrão)
Átomo electrão
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Bremsstrahlung - 2
6 2 2 06
π
γ
µ
a
e
c
P
=
Potência emitida por uma partícula de carga
e
a mover-se com uma aceleraçãoa
:
onde 2
mc
E
=
γ
−6∝ m
P
O efeito é mais significativo para as partículas leves (electrões e positrões)
IIM 2010-2011
Bremsstrahlung é radiação electromagnética (raios X) emitida no processo de
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Espectro de Bremsstrahlung
Espectro de energia dos fotões emitidos neste processo:
0
0
,
1
E
E
E
dE
dn
≤
<
∝
(E0 – energia do electrão)Na medida que o electrão perde a energia o espectro de fotões torna-se mais “soft”
e -0
E
1E
E
20
dE
dn
E
0E
1E
2E
soma11
Raios-X característicos
Ionização
e
Uma vacância livre
e e
K
aK
b Transição com emissão de um fotãoK
aK
b E Espectro de energia dos fotões IIM 2010-201113
Ampola de Raios-X
vácuo
Água para arrefecer o ânodo (A)
Potencial de aceleração de electrões Ua ≈ 10 – 100 kV Energia de electrões incidentes ao ânodo
E
0=
eU
a14
Ampolas com ânodo rotativo
A temperatura do ânodo pode atingir ~1000ºC
Potência tipicamente P ~ 10 – 100 kW
Bremsstrahlung não é o único processo resultante da interacção de
electrões com o ânodo.
Outros processos no ânodo:
ionização e exitação dos átomos pelo electrões
absorção de raios-X no ânodo Calor (99% da energiados electrões)
Ânodo rotativo
Raios X Cátodo
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Espectro real
E
Absorção no ânodo e na janela Raios-X característicos do tungstâneo
Kb Ka
Espectro da bremsstrahlung
Espectro real = contínuo de Bremsstrahlung
+ linhas dos raios-X característicos - absorção no ânodo e na janela
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Exame radiológico
O sinal = atenuação do fluxo de raios X, emitidos pela ampôla, no corpo do paciente
Observação (detecção) do sinal = conversão de raios X que atravessaram o corpo ao luz visível (seja quais forem os passos intermédios esse é o
objectivo final – uma imagem visível)
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Interacção dos raios X com a materia
x
e
I
x
I
(
)
=
0 −µ 0I
xµ
– coeficiente linear de atenuação (cm-1)µ
é uma função de:1) número atómico do elemento Z, 2) densidade do meio,
ρ
ρ
ρ
ρ
Z
ρ
µ(Z,
ρ
)
Para desacoplar a dependência do
µ
da densidade,µ
é frequentamente exprimido em unidades de cm2/g e designado por µ´:ρ
µ
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Attenuação em água
Além de Z e
ρ
ρ
ρ
ρ
,
µ
é uma função da energia do fotão E
0.01 0.1 1 10 100 1000 1 10 100 1000 Gamma ray energy, keV
cm 2 /g
µ´
σ
´
τ
´
σ
τ
µ
′
=
′
+
′
τ´
– descreve atenuação por absorção fotoeléctricaσ´
– descreve atenuação por dispersão de ComptonH2O
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O sinal em radiografia
(
−
∑
∆
)
⋅
=
⋅
⋅
⋅
=
I
e
− ∆xe
− ∆xI
ix
ia
I
(
)
0 µ1 1 µ2 2...
0exp
µ
Mede-se
I(a)/I
0 temos accesso a∑
∆
→
∫
a i i
x
x
dx
0)
(
µ
µ
Como
µ
= f(
ρ
, Z)
, o sinal contém a informação sobre a densidade e o número atómico dos tecidos que o feixe de raios X atravessa, mas essa informação está na forma da soma (integral) das contribuições das diferentes partes do objecto ao longo do feixe .I0 I(a)
detector
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Detecção dos
Raios-X
Sistemas analógicos
Sistemas semi-digitais
Sistemas digitais
IIM 2010-201122
Detecção de raios-X em radiologia
- Ecrãs fluorescentes - Filme fotográfico
- ecrã fluorescente + filme fotográfico - digitalização (scan) do filme a posteriori - Paineis fosforescentes fotoestimulados - Detectores digitais “Semi-digital” RX sinal eléctrico di gi ta liza do r RX sinal eléctrico di gi ta liza do r
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De onde vem a luz ?
RX e
- ionização
excitação dos átomos e moléculas do meio
(simplificado – os processos envolvidos normalmente são muito mais complexos! )
fotões de-excitação
podem ser poucos ou fora da gama visível…
Energia depositada pela partícula = ionização + excitação + calor
existem sempre esses dois processos
Dependendo do meio, a de-excitação também pode ocorrer sem emissão de fotões, por exemplo em collisões entre os átomos calor em vez da luz
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Ecrãs fluorescente
O papel usado pelo Roentgen estava coberto com platinocyanide de bário.
Thomas Edison investigou a capacidade de materiais de emitirem a luz visível quando expostos aos raios-X e descobriu que o tungstanato de cálcio (CaWO4) é o mais eficáz
CaWO4 utiliza-se ainda hoje (mas há também outras substâncias com ainda maior eficiência)
Röntgen examines a patient. From a German popular scientific book of 1896. Mary Evans Picture Library
Suporte Camada reflectora Material fluorescente Filme protector 50 – 300 µm gránulas de 4-8 µm embebidas num matriz, plástico, por exemplo
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Materiais para ecrãs fluorescente
(fósforos - phosphors)
CaWO4 ,
Gd2SO2:Tb , LaOBr:Tm, YTaO4:Tm , YTaO4:Nb
(elementos do grupo de terras raras – rare earth elements)
Eficiência da conversão da energia dos RX em luz: Eficiência da absorção dos RX
RX in
E
E
=
ph ph outN
E
E
=
in outE
E
=
ε
phE
- energia dos fotões visíveisph RX ph
E
E
N
=
ε
O número de fotões visíveis emitidos na seguência de absorção de um RX:
Alguns características (para 60 keV)
onde e
13 51
Por exemplo, em CaWO4 1 fotão de 60 keV produz Nph ≈ 1000 fotões visíveis
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Coeficientes de atenuação de alguns
materiais usados em ecrãs fluorescentes
Z=74 BK= 69.5 keV Z=64 BK= 50.2 keV Z=57 BK= 38.9 keV Z=73 BK= 67.4 keV
CaWO4 , Gd2SO2:Tb , LaOBr:Tm, YTaO4:Tm
La, Gd – têm maior eficiência de absorção dos raios-X na gama de energias < 70 keV
W
Ta
Gd
La
Para Z ≥ 60 attenuação é
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Filme radiológico
Substância activa - AgBr (Z= 47, 35); gránulas de ~1 µm
O filme não se utiliza para detectar os raios X directamente devido a baixa eficiência de absorção desses (~2 a 6%) mas em cassettes em combinação com os ecrâs fluorescentes
Emulsão sensível aos raios-X (AgBr + gelatina), ~20 µm
Base ~200 µm Camada protectora
Camada adesiva
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Filme radiológico com ecrã fluorescente
como intesificador da imagem
Material fluorescente
Filme
Camada reflectora
RX
Probabilidade de interacção para RX No filme ~2%
No ecrã fluorscente ~50%
O ecrã absorve os raios X e emite luz com λ ≈ 400-500 nm;
O filme absorve essa luz, cria-se imagem latente que se torna visível depois
de ser revelado quimicamente (a semelhança com o filme fotográfico)
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Intensificador da imagem
(image intensifier)
Introduzidos pela Philips em 1955 fotocátodo
ecrã
fluorescente
luz fraca
Fotoelectrões acelerados no campo eléctrico até as energias ~100 keV
E e -luz intensa ecrã fluorescente 1 fotão ~102 fotões 1 fotão ~102 fotões O princípio de funcionamento Efeito fotoeléctrico: 1 fotão Q fotoelectrões
Q < 1 – eficiência quântica do fotocátodo
(tipicamente Q ~ 0.1 - 0.2)
1 electrão ~102 - 103 fotões
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Intensificadores da imagem
A imagem observa-se visualmente
Sinal electrónico
Um sistema de RX com
35
Métodos
semi-digitais
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Métodos semi-digitais
Scan do filme já revelado
adqirir a imagem num filme fotográfico e fazer um scan a posteriori com um scanner comum para processamento digital
“Revelar” imagem latente num material especial por fotoestimulação
usar um painel fosforescente em que se forme uma imagem latente que pode ser revelada por estimulação com um feixe fino de laser medindo simultaneamente a fosforescência em cada ponto – as vezes chama-se Computed Radiography (CR)
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Fluorescência vs fosforescência
Fotoluminescência - luminescência resultante da absorção de fotões. A luz re-emitida tem comprimento de onda diferente da luz absorvida
hv1 > hv2
λ
λ
λ
λ
1 <λ
λ
λ
λ
2 hv1excitação relaxação com emissão de
um fotão infravermelho ou transferência da energia à rede cristalina (vibração)
hv2
emissão
Fluorescência – re-emissão “instantânea”
Fosforescência – re-emissão lenta, prolongada no tempo; resulta da inibição de transição no sistema quântico por regras de selecção (de E2 para E1 e 0, no exemplo em cima).
0 E1 E2 E3 0 E1 E2 E3 0 E1 E2 E3 Fotoluminescência IIM 2010-2011
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Estimulação da fosforescência com luz
(fotoestimulação)
Transição E2 E3 Emissão (transição para o estado fundamental) 0 E1 E2 E3 0 E1 E2 E3 0 E1 E2 E3 Absorção do fotão emitido pelo laser0
E1 E2 E3
Imagem latente: átomos excitados
num estado metaestável (i.e. com o tempo de vida longo)
Laser Detector 0 E1 E2 E3 X Transição inibida
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Painel fosforescente fotoestimulado
Um painel com material fosforescente (normalmente BaFBr:Eu3+) é exposto aos
Raios X num procedimento habitual
A absorção dos Raios X resulta em formação da imagem latente (centros de excitação cuja transição para os níveis de energia mais baixa – de-excitação – são inibidos)
O painel é transportada para um scanner de laser infravermelho (He-Ne normalmente) com um feixe muito fino – de 50 µm a 200 µm.
Ao fazer o scan, a luz do laser estimula localmente a emissão da luz do material fosforescente nas zonas onde existem centros de excitação latentes.
Esta luz, na zona do visível, é detectada por um fotomultiplicador
A correlação do sinal do fotomultiplicador com o varrimento do feixe do laser permite reconstruir a imagem
laser
fosforescência
laser fotomultiplicador
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Paineis fosforescentes fotoestimulados
(optically stimulated phosphors)
Vantagens:
- Uma substituião fácil para o filme (mesmo tamanho, mesma cassette) - resolução comparáveil com a do filme
- gama dinâmica mais alargada
- corrente de escuro virtualmente ausente
Desvantagens:
- precisam manuseamento (tal como o filme)
- continuam precisar revelação da imagem tempo de espera - impossível efectuar os estudos dinâmicos
Tornam-se possíveis os estudos com exposições longas e fluxo de Raios-X muito reduzido
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Métodos digitais
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Detectores de raios-X digitais
Imagiologia “Semi-digital”
adqirir a imagem num filme fotográfico e fazer um scan a posteriori ou
usar um painel fosforescente com imagem latente e visulaliza-lo (digitalizar) por fotoestimulação
Imagiologia Digital
usar um detector que converte a energia dos raios-X em sinal eléctrico
Conversão directa Conversão indirecta
RX RX luz visível/UV carga scintilador detector de fotões di gi ta liz ad or di gi ta liz ad or carga Dois tipos
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Conversão directa
RX e --V 0 electrões lacunasSi ou Se amorfo - semicondutor puro não há (lê poucas) cargas livres metal
Pixeis (pads), em que a carga é recolhida, com leitura individual
(amorfo para conseguir grandes dimensões a um preço razoável; também pode ser
policristalino ou monocristalino (muito melhor!) mas é caro e difícil de fazer)
Em princípio, pode funcionar no modo de detecção de fotões um a um – o problema é ruído electrónico (100 keV ~30,000 e- ; o ruído de um amplificador símples > ~10,000 e-)
Em radiologia o fluxo dos RX é muito elevado podemos acumular a carga criada por muitos fotões durante a exposição e depois ler tudo de uma só vez (sinal/ruído ↑)
Leitura Tecnologia TFT (thin film transistor)
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TFT – Thin Film Transistor technology
Exemplo: TFT LCD
(Thin Film Transistor Liquid Cristal Display)Switch
(FET - field effect tranistor)
Glass base + thing film of silicon (amorphous, polycrystalline or crystalline)
pixel TFT
TFT
(a fotografia em baixo foi tirada com uma luz externa) Liquid crystal cells
Vgate
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Leitura de um detector de raios-X digital
elemento sensível (pixel)
TFT FET detector RX
i
i
exposição leituraQ
ADC Q V N∑
∝
∝
t RXE
Q
N
IIM 2010-201149
Conversão indirecta
Cristais de CsI(Tl) Detector de fotões Scintillator CsI(Tl) Si photodiodeRX
luz visível
conversão ao sinal eléctrico por efeito fotoeléctrico
RX
Em comparação com os detectores com conversão directa: têm uma efficiência maior
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Exemplo: Detectores de Trixell
(França)
TRIXELL flat-panel detectors are based on proven core technologies : a cesium iodide scintillator (CsI) and an active amorphous silicon array, controlled by custom-designed, ultra-low noise electronics.
http://www.trixell.com
Até 40x40 cm
J.P.Moy, NIM A442(2000)26 IIM 2010-2011
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Trixell Pixium 4600 detector digital
para radiogragia
9·106 pixels
143 µm pixel size resolução (semelhante a do filme)
gama dinâmica 14 bits (16,000 graduações na escala cinzenta)
tempo de exposição típicamente 0,5 s (pode ser até 3,5 s, se necessário) tempo de leitura da imagem 1.25 s
imagem disponível imediatamente
usa-se com tensão na ampola entre 40 kV e 150 kV (determina a energia dos RX)
40x40 cm
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Outras vantagens da radiografia
digital
Eficiência quântica mais alta (~3 times) a) menor dose ao paciente, b) tempo de aquisição mais curto
Gama dinâmica até 14 bits (16,000 graduações na escala cinzenta) apenas com uma exposição podem ser visualizadas detalhes com o nível de contraste muito diferente (o contraste pode ser ajustado diretamente na imagem)
Imagem na forma digital facilidade de armazenamento, consulta remota, processamento digital da imagem
Estudos dinâmicos tornam-se possíveis (até ~30 frames/s)
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Detecção de raios-X: resumo
Ecrãs fluorescentes: ainda se usam quando é necessário mover o paciente
durante o exame; a dose ao médico é muito elevada
Filme radiológico: alta resolução (~0.1 mm) mas baixa eficiência (~1%);
gama dinâmica bastante estreita; a imagem é latente – precisa de ser revelada; usa-se principalmente em cassetes com paineis fluorescentes
Paineis fluorescentes + filme radiológico: os paineis absorvem os raios-X
com eficiência de ~20-50%; a imagem é registada no filme; existe sempre tempo de espera entre a exposição e obtenção da imagem; estudos dinâmicos não são possíveis
Digitalização (scan) do filme a posteriori – tempo de espera, manuseamento Paineis fosforescentes fotoestimulados: reutilizáveis mas continuam ter
tempo de espera, necessitam manuseamento
Detectores digitais: é o futuro da radiologia, têm inúmeras vantagens (ver