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2ª Médio Disciplina Professor Natureza Trimestre/Ano Data da entrega Valor

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Academic year: 2021

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Texto 1

DUAS VEZES FAVELA

Marginalizados pela exclusão social e idealizados no cinema e na música popular, morros do Rio vivem entre catástrofe e descaso do poder público

Boris Faust A imensa tragédia nos morros do Rio de Janeiro relembra o quanto as favelas cariocas fazem parte do imaginário dos brasileiros. Começando pela sua origem e por sua designação, elas têm uma história peculiar e centenária. Embora haja controvérsias a respeito, parecem ter surgido, por volta de 1897, como local de moradia, oferecido pelo governo aos soldados que regressavam da campanha de Canudos [na Bahia]. Não por acaso, a designação "favela" foi dada por esses soldados que, nas proximidades do arraial de Canudos, acamparam num morro, chamado de morro da Favela, em referência a um arbusto resistente, muito

conhecido nas zonas secas do Nordeste. (...) Com uma distância de 50 anos, o editorial da revista "Anhembi", de responsabilidade do escritor e jornalista Paulo Duarte, fala da vitória de Getúlio Vargas nas eleições

presidenciais de 3 de outubro de 1950, vinculando-a, no Rio de Janeiro, ao "meio milhão de miseráveis, analfabetos, mendigos famintos e andrajosos, espíritos recalcados e justamente ressentidos, indivíduos tornados pelo abandono homens boçais, maus e vingativos, que desceram os morros embalados pela cantiga da demagogia (...)".

Nome Nº Ano/Série Ensino Turma

2ª Médio

Disciplina Professor Natureza Trimestre/Ano Data da entrega Valor

Redação 2º/2016 5,0

Introdução:

Querido(a) aluno(a),

Este material foi elaborado para que você tenha a oportunidade de revisar os assuntos que serão avaliados na prova trimestral de agosto. Siga as orientações de estudo e refaça as questões trabalhadas em sala de aula. As questões complementares presentes nesse documento deverão ser entregues na data indicada, pois elas serão avaliadas e farão parte da sua nota de 2º trim.

Orientações para estudo

• Estabeleça um local agradável e adequado para estudar. Uma mesa e cadeira, com boa iluminação e longe de interferências externas.

• Estude a quantidade de horas necessárias para o entendimento da matéria.

• Reúna e analise as avaliações que tivemos neste 1º semestre. Após isso, faça o seguinte:

Observando seus acertos e erros, identifique os exercícios que você apresentou maiores dificuldades.

Busque, em seu material, anotações, exemplos, exercícios ou problemas referentes ao que você destacou como dúvida ou dificuldade.

• Participe efetivamente das aulas de revisão de agosto, aproveitando a presença do professor para sanar suas dúvidas.

• Apenas a visualização da resolução nos dá uma falsa ideia de entendimento. Portanto, não apenas acompanhe os exemplos e exercícios, copie-os, tente resolvê-los em seguida, faça a correção. Critérios de correção

Os seguintes aspectos serão considerados na correção desse material: 1. Organização, legibilidade e qualidades gerais do material entregue.

(2)

O reverso da demonização da favela veio pela mão do cinema e principalmente da música popular. No caso do cinema, uma referência lendária é o filme "Favela dos Meus Amores", de 1935, do qual, se não estou enganado, não sobrou uma só cópia. Dirigido por Humberto Mauro, com a colaboração de Henrique Pongetti, sua trilha musical era feita de canções e sambas de Ary Barroso, Custódio Mesquita e Orestes Barbosa, entre outros.

Milhares de sambas tematizaram a favela, em fases que têm a ver com a história do país, onde predominam ora a idealização romântica (as cabrochas, os barracos sem trinco, a proximidade do céu), ora a violência (dos marginais ou da polícia), ora o protesto contra as injustiças sociais. Isso foi muito bem mostrado por Jane Souto de Oliveira e Maria Hortense Marcier num ensaio intitulado "A Palavra É Favela", que se encontra no livro já citado de Zaluar e Alvito.

Curiosamente, Noel Rosa [1910-37], um dos grandes da música popular brasileira, tematizou quase todos esses aspectos, inclusive na célebre polêmica com Wilson Batista, respectivamente na defesa e na condenação do malandro.

Nos versos da música popular, encontramos às vezes um apelo para que a cidade enfrente o problema da favela e da habitação popular. É o caso de "Barracão", a célebre canção de Luiz Antonio e Oldemar Magalhães, que não eram compositores do morro, mas sabiam o que diziam: "Ai, barracão/ Pendurado no morro/ Vai pedindo socorro/ À cidade a seus pés".

Bela inversão, em que uma cidade, geograficamente submetida, tem, no entanto, socialmente, uma posição dominante com relação aos habitantes lá do alto.

Até que ponto o pedido de socorro, diante da catástrofe atual, será ouvido? Até que ponto o problema será enfrentado com um misto de humanidade e competência técnica, à margem da falsa dualidade "remoção ou urbanização", que percorre a história das favelas, como se todas as situações - na realidade, muito

diversas - fossem idênticas?

A folha corrida do poder público, onde consta o crime do esquecimento de tantas e tantas tragédias, não me permite ser otimista. Mas quem sabe – assim espero – eu esteja completamente enganado.

(www1.folha.uol.com.br/paywall/login.shtml?http://www1.folha.uol.com.Br/fsp/mais/fs1804201009.h m – acesso em 20/05/2015)

Texto 2

A Defensoria Pública em parceira com o “Polos de Cidadania” – programa de extensão da Faculdade de Direito da UFMG – promoveu, no dia 07 de novembro, a Roda de Conversa para debater sobre o tema Favela. O evento contou com a presença de defensores públicos, estudantes e moradores destas

comunidades. (...)

Outro tema abordado foi o estereótipo criado acerca da favela e dos seus moradores: a idealização, a visão romântica de que são pessoas alegres e unidas, que amam e se orgulham do lugar em que vivem, mesmo passando por muitas dificuldades. De acordo com eles, essa ideia, consumida massivamente pela sociedade principalmente por meio das novelas de televisão, acaba por gerar uma cristalização da posição social destas pessoas, pois, se tão contentes estão com a própria vida, não faz sentido quererem ascender socialmente ou usufruir os mesmos direitos que moradores de outras áreas das cidades.

“A Roda de Conversa foi realizada na data em que se comemora o dia estadual da Favela – disse a defensora pública Cleide Nepomuceno – o que nos faz questionar se há algo a ser comemorado, pois, se de um lado está a iniciativa, organização e coragem dos moradores em construir o seu próprio espaço em contraponto à inércia do Estado e a marginalização imposta pela sociedade, por outro lado existe uma gama de problemas a serem enfrentados”. (...)

De acordo com a coordenação, quando se pretende lidar com uma determinada realidade, há que se respeitá-la em sua autonomia e peculiaridade, ouvindo sua voz e sua história. “Trabalhar em uma favela, exige, antes de tudo, o reconhecimento daquele local e daquelas pessoas enquanto iguais e dotadas de vivências por nós desconhecidas, que demandam respeito e cuidado. A oportunidade de ter um diálogo horizontal com pessoas que vivenciam cotidianamente a luta pela moradia digna, a luta contra o racismo, contra a marginalização e criminalização da pobreza, dentre outras muitas, é uma forma também de combater os perniciosos estereótipos que são criados acerca do ambiente da favela e seus moradores”.

(3)

1. Faça uma breve resenha sobre o assunto dos textos 1 e 2. Se for necessário, pesquise mais sobre o tema, busque informações para complementar seu trabalho. Utilize os conhecimentos desenvolvidos na aula de TR para produzir uma boa resenha crítica:

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2. Instruções: leia os textos abaixo, eles servirão de base à sua produção textual:

1. (Unesp 2016)

TEXTO 1

Um dos traços característicos da vida moderna é oferecer inúmeras oportunidades de vermos (à distância, por meio de fotos e vídeos) horrores que acontecem no mundo inteiro. Mas o que a representação da crueldade provoca em nós? Nossa percepção do sofrimento humano terá sido desgastada pelo bombardeio diário dessas imagens?

Qual o sentido de se exibir essas fotos? Para despertar indignação? Para nos sentirmos “mal”, ou seja, para consternar e entristecer? Será mesmo necessário olhar para essas fotos? Tornamo-nos melhores por ver essas imagens? Será que elas, de fato, nos ensinam alguma coisa?

Muitos críticos argumentam que, em um mundo saturado de imagens, aquelas que deveriam ser importantes para nós têm seu efeito reduzido: tornamo-nos insensíveis. Inundados por imagens que, no passado, nos

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(Susan Sontag. Diante da dor dos outros, 2003. Adaptado.)

Texto 2

Quantas imagens de crianças mortas você precisa ver antes de entender que matar crianças é errado? Eu pergunto isso porque as mídias sociais estão inundadas com o sangue de inocentes. Em algum momento, as mídias terão de pensar cuidadosamente sobre a decisão de se publicar imagens como essas. No momento, há, no Twitter particularmente, incontáveis fotos de crianças mortas. Tais fotos são tuitadas e retuitadas para expressar o horror do que está acontecendo em várias partes do mundo. Isto é obsceno. Nenhuma dessas imagens me persuadiu a pensar diferentemente do modo como eu já pensava. Eu não preciso ver mais imagens de crianças mortas para querer um acordo político. Eu não preciso que você as tuite para me mostrar que você se importa. Um pequeno cadáver não é um símbolo de consumo público.

(Suzanne Moore. “Compartilhar imagens de cadáveres nas mídias sociais não é o modo de se chegar a um cessar-fogo”. www.theguardian.com, 21.07.2014. Adaptado.)

Texto 3

A morbidez deve ser evitada a todo custo, mas imagens fotográficas chocantes que podem servir a propósitos humanitários e ajudar a manter vivos na memória coletiva horrores inomináveis (dificultando, com isso, a ocorrência de horrores similares) devem ser publicadas.

(Carlos Eduardo Lins da Silva. “Muito além de Aylan Kurdi”. http://observatoriodaimprensa.com.br, 08.09.2015. Adaptado.)

Texto 4

Diretor da ONG Human Rights Watch, Peter Bouckaert publicou em seu Twitter a foto do menino sírio de 3 anos que se afogou. Ele explicou sua decisão: “Alguns dizem que a imagem é muito ofensiva para ser

divulgada. Mas ofensivo é aparecerem crianças afogadas em nossas praias quando muito mais pode ser feito para evitar suas mortes.”

(“Diretor de ONG explica publicação de foto de criança”. Folha de S.Paulo, 03.09.2015. Adaptado.)

PROPOSTA DE REDAÇÃO

Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva uma dissertação, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:

PUBLICAÇÂO DE IMAGENS TRÁGICAS: BANALIZAÇÃO DO SOFRIMENTO OU FORMA DE SENSIBILIZAÇÃO?

INSTRUÇÕES:

1. Seu texto deverá conter, no mínimo, 20 linhas; 2. Deverá possuir um título;

3. Deve ser escrito na norma padrão da língua culta;

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Título: ... 1. ______________________________________________________________________________________________ 2. ______________________________________________________________________________________________ 3. ______________________________________________________________________________________________ 4. ______________________________________________________________________________________________ 5. ______________________________________________________________________________________________ 6. ______________________________________________________________________________________________ 7. ______________________________________________________________________________________________ 8. ______________________________________________________________________________________________ 9. ______________________________________________________________________________________________ 10. ______________________________________________________________________________________________ 11. ______________________________________________________________________________________________ 12. ______________________________________________________________________________________________ 13. ______________________________________________________________________________________________ 14. ______________________________________________________________________________________________ 15. ______________________________________________________________________________________________ 16. ______________________________________________________________________________________________ 17. ______________________________________________________________________________________________ 18. ______________________________________________________________________________________________ 19. ______________________________________________________________________________________________ 20. ______________________________________________________________________________________________ 21. ______________________________________________________________________________________________ 22. ______________________________________________________________________________________________ 23. ______________________________________________________________________________________________ 24. ______________________________________________________________________________________________ 25. ______________________________________________________________________________________________ 26. ______________________________________________________________________________________________ 27. ______________________________________________________________________________________________ 28. ______________________________________________________________________________________________ 29. ______________________________________________________________________________________________ 30. ______________________________________________________________________________________________ 31. ______________________________________________________________________________________________ 32. ______________________________________________________________________________________________ 33. ______________________________________________________________________________________________ 34. ______________________________________________________________________________________________ 35. ______________________________________________________________________________________________ 36.___________________________________________________________________________________________

Referências

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