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COMPETITIVIDADE DE UM DESTINO TURÍSTICO INDUTOR NO SUL DO BRASIL COMPETITIVENESS OF AN INDUCTIVE TOURIST DESTINATION IN SOUTHERN BRAZIL

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Caderno Profissional de Marketing UNIMEP ISSN 2317-6466 Avaliação: Double Blind Review pelo SEER/OJS Submissão: 19/02/2018 Publicação: 23/12/2020

GINEZ, E. A.

V8 n3 Setembro – Novembro, 2020

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COMPETITIVIDADE DE UM DESTINO TURÍSTICO INDUTOR NO SUL DO BRASIL

Emanuela Alfieri Ginez, UNIVALI - manualfieri@outlook.com

Resumo

O Brasil, com seus atrativos naturais e culturais privilegiados que lhe atribuem a sua vocação turística, tem no Ministério do Turismo a definição das políticas para o setor. Com o objetivo de analisar de forma experimental a competitividade do destino turístico indutor de Balneário Camboriú - SC, realizou-se um estudo, de abrangência nacional, tendo como amostra os 65 destinos indutores turísticos do país – definidos pelo Ministério do Turismo (Mtur. 2015). Nesse contexto, situa-se o questionamento de pesquisa: Qual o grau de competitividade do destino indutor de turismo de Balneário Camboriú, frente aos demais destinos indutores de turismo do país? Para tanto foram analisados os documentos oficiais do Ministério do Turismo que registram treze indicadores de competitividade das localidades definidas como indutoras. Os resultados da análise de variância (Anova) referente os últimos quatro registros anuais indicam que seu índice geral de competitividade, se comparado com os demais do Brasil e dos outros indutores, não localizados em capitais de Estado, mostra que esta média é significativamente maior. Análises complementares, a partir de comparações pareadas, aplicadas pelo teste de Scheffé e pelo teste de normalidade de Shapiro-Wills, encontram-se descritos no decorrer da pesquisa. Contudo, a análise individual dos indicadores traz como resultado situações onde Balneário Camboriú apresenta as maiores médias em três das quatro dimensões, menores que aqueles divulgados nas capitais. Na análise da evolução do valor médio de todos os índices de competitividade do indutor estudado, constatou-se que houve um aumento significativo na competitividade de Balneário Camboriú desde 2010.

Palavras-Chave: Competitividade. Indutor turístico. Balneário Camboriú.

COMPETITIVENESS OF AN INDUCTIVE TOURIST DESTINATION IN SOUTHERN BRAZIL

ABSTRACT

Brazil, with its privileged natural and cultural attractions that give it its tourist vocation, has in the Ministry of Tourism the definition of policies for the sector. With the objective of analyzing in an experimental way the competitiveness of the tourist destination inducing Balneário Camboriú - SC, a study was carried out, of national scope, having as sample the 65 tourist inducing destinations of the country - defined by the Ministry of Tourism (Mtur. 2015 ). In this context, the research question arises: What is the degree of competitiveness of the tourist-inducing destination of Balneário Camboriú, compared to the other tourist-inducing destinations in the country? To this end, the official documents of the Ministry of Tourism were analyzed, which record thirteen competitiveness indicators for the locations defined as inducers. The results of the analysis of variance (ANOVA) referring to the last four annual records indicate that its general competitiveness index, when compared to the others in Brazil and other inductors, not located in state capitals, shows that this average is significantly higher. Complementary analyzes, based on paired comparisons, applied by the Scheffé test and by the Shapiro-Wills normality test, are described in the course of the research. However, the individual analysis of the indicators results in situations where Balneário Camboriú has the highest averages in three of the four dimensions, lower than those reported in the capitals. In the analysis of the evolution of the average value of all the indices of competitiveness of the studied inductor, it was found that there was a significant increase in the competitiveness of Balneário Camboriú since 2010.

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Introdução

O turismo atualmente, se constitui como uma atividade destacada no cenário mundial por tudo o que representa, gera e envolve. São aspectos naturais, sociais, econômicos e culturais, divisas geradas, capacidade de integrar culturas e fronteiras, de falar outras línguas e estar em contato com outros povos, promover empregos, direta e indiretamente, e melhorar a qualidade de vida da população residente na localidade visitada.

Como ressaltado por Ruschmann (2001) o turismo é o maior dos movimentos migratórios da história e caracteriza-se por sua taxa de crescimento constante. Este incremento pode-se associar a uma série de profundas necessidades do ser humano: espaço, movimento, bem-estar, expansão e repouso, longe das tarefas impostas pelo trabalho cotidiano.

Esses aspectos agregados a fatores geradores pela qualidade de vida fazem com que o turismo se destaque como o setor econômico que mais cresce no mundo. Já em 1999 a Organização Mundial do Turismo (OMT) constatava que:

[...] o turismo, na sua promoção e no seu desenvolvimento tem como fim contribuir para o crescimento econômico, para a compreensão internacional, para a paz e a prosperidade dos países, assim como para o respeito universal e para a observância dos direitos humanos e das liberdades fundamentais, sem distinção de raça, sexo, língua nem religião.

No ano de 2008, com a promulgação da Lei 11.711/08, regulamentou-se a sua garantia constitucional onde fica definido que “Considera-se como turismo as atividades realizadas por pessoas físicas durante viagens e estadas em lugares diferentes do seu entorno habitual, por um período inferior a 1 (um) ano, com a finalidade de lazer, negócios ou outras.”

Esta lei priorizou a qualidade, a eficiência e a prestação de serviços turísticos. Estabeleceu, ainda, como vantagem competitiva, a capacitação dos recursos humanos, determinando a criação de padrões e normas de qualidade na sua execução, no investimento dos equipamentos turísticos e da infraestrutura. Desde aquele ano começaram-se a registrar os indicadores de competitividade dos destinos indutores do turismo.

A Organização Mundial do Turismo ainda ressalta que deve ser dada prioridade ao setor nas políticas nacionais, devido à sua importância crescente como atividade geradora de renda e de empregos diretos e indiretos (OMT, 2012). Porém, para que o turismo amplie seu crescimento, ele precisa de um elenco de atividades distribuídas por toda a cadeia econômica, necessitando de investimentos em infraestrutura básica e de apoio, como rodovias, aeroportos, saneamento, educação, preservação ambiental, do patrimônio histórico e cultural, entre outros. Do mesmo modo, é preciso disponibilizar ao visitante um conjunto de serviços, como, por exemplo, transportes, hotelaria, alimentação, atrativos e agenciamento.

Os diversos países com vocação turística utilizam as metodologias sugeridas pela Organização Mundial de Turismo com a finalidade de elaborar seus estudos e estabelecer indicadores, e assim definir as políticas nacionais. No Brasil, tem-se promovido a descentralização e a regionalização do turismo e adotado a definição e o uso de cidades indutoras do desenvolvimento turístico regional. Nesse sentido, para o Ministério do Turismo (MTur), os destinos indutores no Brasil são aqueles que possuem infraestrutura básica e atrativos qualificados. Portanto, caracterizam-se como núcleos receptores e/ou distribuidores de fluxos turísticos e a partir do ano de 2008, o MTur definiu sessenta e cinco (65) cidades como destinos indutores do desenvolvimento turístico em suas respectivas regiões.

A fim de poder definir as estratégias de desenvolvimento no curto, médio e longo prazos, tanto no âmbito público como privado, levantam-se, anualmente, os dados de treze (13)

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147 dimensões naquelas localidades. Com tal conjunto de avaliações econômicas, sociais e ambientais é possível gerar os índices de competitividade e, com eles, realizar o planejamento estratégico da atividade turística e o monitoramento da evolução das ações no setor, seja nos destinos ou no País.

As questões consideradas em todas as dimensões que compõem o índice geral de competitividade do destino turístico mensuram ‘’[...] a capacidade crescente de um destino de gerar negócios nas atividades relacionadas com o setor de turismo, de forma sustentável, proporcionando ao turista uma experiência positiva” (MTur, 2014). Os treze atributos que se avaliam para aferir a competitividade são: infraestrutura geral, acesso, serviços e equipamentos turísticos, atrativos turísticos, marketing e promoção do destino, políticas públicas, cooperação regional, monitoramento, economia local, capacidade empresarial, aspectos sociais, aspectos ambientais e aspectos culturais.

A partir de 2013, o índice de competitividade passou a integrar o Plano Nacional de Turismo 2013-2016, constituindo-se em um dos instrumentos para medir a evolução da competitividade dos destinos turísticos. Nele estão descritos os parâmetros que direcionam o desenvolvimento do turismo brasileiro, dentre os quais a regionalização se posiciona como uma abordagem territorial e institucional para o planejamento. Desde então, todas as Unidades Federativas brasileiras implantaram, em maior ou em menor grau, o processo de regionalização e de desenvolvimento descentralizado do turismo em seus territórios.

No Estado de Santa Catarina foram definidos três municípios indutores, Florianópolis, Balneário Camboriú e São Joaquim. Para tanto, neste estudo buscou-se obter a resposta à seguinte pergunta de pesquisa: O destino indutor turístico Balneário Camboriú é competitivo perante os demais?

Para responder a esse questionamento foi proposto avaliar a competitividade do indutor de forma experimental analisando sua competitividade como destino turístico indutor em Balneário Camboriú – SC, a partir dos seguintes passos: 1) compilar os registros documentais dos dados levantados pelo MTur do índice geral e das treze dimensões; 2) avaliar comparativamente os índices comparando-os dos demais destinos indutores do Brasil – aqueles situados nas capitais dos Estados e os dos outros indutores não localizados em capitais.

Após esta introdução, a segunda seção trata sobre o marketing, oferta e demanda turística no Brasil, seguida da conceituação da competitividade destinos turísticos, a escolha do objeto de estudo e da metodologia aplicada. A quinta seção traz a análise dos dados e resultados obtidos e, por conseguinte são apresentadas as considerações finais da pesquisa e as lacunas de pesquisa para trabalhos futuros relacionados ao tema.

1. Marketing, Oferta e Demanda Turística no Brasil

O marketing, como uma ciência, teve seus fundamentos na América do Norte no final do século XIX, início do século XX, contudo, apenas após a 2ª guerra mundial veio a tomar corpo mais amplamente difundido na Europa e Ásia. No Brasil, os primeiros conceitos sobre marketing estão datados a partir de meados da década de 50 com o surgimento dos primeiros cursos de Administração de Empresas (RICHERS, 2000).

Sua evolução ao longo dos anos adveio de diversas fases, com diferentes conceitos e conotações. Miranda e Arruda (2004) em um trabalho organizado sobre a evolução do pensamento de marketing destacaram que foi a partir da década de 50 que se passou a considerar o comportamento do consumidor, onde a perspectiva do marketing deixou de ser uma ação estrita entre consumidor e fornecedor, para uma relação incluindo consumidores e sociedade. A indústria do Turismo representa boa parte desses serviços que incluem os restaurantes, hotéis,

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148 transportes, lazer, entre outros. Podemos dizer que muitas vezes este tipo de mercado promove ao consumidor em um mix entre serviços e produtos.

O conceito de marketing de serviços passou a ter destaque e ser mais estudado e aprofundado no início da década de 70, onde muitos autores a partir da influência que o setor de serviços apresentou na economia dos países enxergaram a necessidade de se criar uma teoria específica para esta área do marketing. Autores como Grönroos, desde meados da década de 80 vêm desenvolvendo estudos e aperfeiçoando a teoria relacionada ao marketing de serviços.

Fazer marketing significa satisfazer as necessidades e os desejos dos clientes o que está diretamente relacionado à criação de valor. Para Grönroos (2010), o serviço é uma perspectiva sobre a criação de valor e o consumidor se torna co-criador deste valor, como parte integrante neste processo de construção, a partir do relacionamento fornecedor-consumidor. Onde tanto os fornecedores (oferecendo suporte para esta criação a partir de informações, bens e atividades de serviços), quanto os clientes (a partir de suas impressões sobre o valor em uso) tem seu papel bem definido neste processo.

O marketing no Turismo está diretamente relacionado ao marketing de serviços tendo no consumidor a peça fundamental na criação de valor de uso de bens e serviços turísticos. Para muitos autores ele atua como uma forma de gestão, em que as empresas ou organizações do setor turístico identificam as reais e potenciais dimensões da demanda turística (KULCSÁR, 2011). Este autor define que o setor do marketing turístico consiste em um mix de produto, preço, distribuição, promoção, pessoas, evidências físicas e processos, onde as especificidades do setor, refletem diretamente na sua implementação, com o cliente (através das suas percepções, aspirações, vontades, entre outros) como peça fundamental no desenvolvimento bem-sucedido das atividades do turismo.

Segundo Kotler e Armstrong (2003) os produtos variam quanto o grau em que podem ser diferenciados. Em um destino turístico, com a competividade aumentando, há necessidade de ampliar os diferenciais competitivos e, nesse aspecto, torna-se preciso ter clareza conceitual sobre o mercado turístico. Beni (1997, p. 149) define a estrutura do mercado turístico como “aquela parte da economia que estuda e analisa a realidade econômica do turismo baseada em um mercado onde confluem a oferta de produtos e serviços turísticos e a demanda que está interessada e motivada em consumi-los”.

Cabe descrever brevemente os principais conceitos relativos à oferta turística. E para tanto os fundamentos encontram-se na definição de infraestrutura turística de Barreto (2000, p. 48):

[...] abrange a infraestrutura de acesso, a infraestrutura urbana básica, os equipamentos e serviços turísticos, os equipamentos e serviços de apoio e os recursos turísticos. A soma e o inter-relacionamento desses elementos serão a infraestrutura que a cidade possui para o turismo. Já os equipamentos turísticos são aquelas instalações básicas para o turismo, sem as quais ele não existe. São construídas quase que exclusivamente por causa dele. Hotéis, alojamentos extra hoteleiros, transportadoras marítimas, aéreas ou terrestres, agências de viagens e de transportes, entre outros. Denominam-se serviços turísticos aqueles serviços que justificam a sua existência quase que exclusivamente em virtude do turismo. Podem requerer equipamento ou ser oferecidos por autônomos. São exemplos desses serviços, aqueles dos guias de turismo, de hospedagem, de transportes, de recreação e outros voltados às necessidades dos visitantes.

Os equipamentos de apoio são aquelas instalações que existem para atender a outras necessidades da comunidade, mas que são de muita utilidade e, em algumas circunstâncias, imprescindíveis para a competitividade da destinação turística. Postos de gasolina, rede gastronômica, rede de diversões, hospitais, farmácias, bancos, casas de câmbio, lojas de souvenires e de objetos afins do local (maiôs na praia, esquis na montanha). Já os serviços de

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149 apoio são aqueles que atendem a outros segmentos da sociedade, mas são também usados pelo turista, alimentação, assistência médica, serviços mecânicos e de socorro, expedição de documentos, bombeiros, telefones.

Além da oferta deve-se levar em conta a demanda, necessária ao funcionamento do sistema turístico. Pois ele depende da demanda e da decisão do turista pelo destino. Neste sentido, a definição de Cooper et al. (2001) deixa bem claro que o destino é composto pelas instalações e serviços dedicados a satisfazer as necessidades dos turistas. Ou, como pontuou Buhalis (2000), “um destino pode ser visto como uma amálgama de produtos de turismo, oferecendo uma experiência integrada para os consumidores”. Quanto à demanda é importante ressaltar que tão importante quanto captar novos mercados é manter os atuais e o equilíbrio entre a manutenção e a captação promove a sustentabilidade econômica para a destinação.

Em termos gerais, as cidades com potencial para o turismo buscam desenvolver atrativos que gerem competividade como destino turístico (BENI, 1997). Para tanto uma das ações básicas é ampliar sua infraestrutura e assim captar uma demanda cada vez mais exigente e com menos tempo para se afastar das obrigações laborais. Em contrapartida, as cidades consolidadas como destinações turísticas, têm o desafio de manter uma oferta adequada e de ampliar a demanda.

O melhoramento permanente da qualidade da oferta e a capacidade do setor de inovar são fundamentais para a competitividade de uma destinação turística. Contudo, a mesma se produz em âmbitos locais ou clusters. O cluster compete em diferentes segmentos ou mercados. A sustentação de mercados competitivos é alcançada por meio de cinco fatores: existência de concorrentes, existência de produtos substitutos, poder de comercializar a demanda, poder de negociar a oferta; produtividade das empresas (BENI, 1997).

2. Competitividade em Destinos Turísticos

Destino significa o lugar escolhido para o fim de uma viagem, isto é, uma área geográfica, seja um local, um resort, uma região, um país, por exemplo, onde o viajante tem a intenção de passar um tempo longe de casa (Manente, 2008). Pode ser ainda entendido, segundo Marujo e Cravidão (2012), como um aglomerado de lugares que produz experiências para os diferentes perfis de turistas. A competividade de destinos turísticos tem visões e modelos amplos e sistêmicos, que devem ser levadas em conta. Vários autores a estudam desde diferentes perspectivas, tais como a social, a econômica, a geográfica, dentre outras.

Rodrigues (2003) enfatiza que enquanto em outras atividades econômicas é o produto que vai até o mercado, no turismo é o consumidor que vai até o produto. Para que o consumo efetivo do produto turístico aconteça deve haver o deslocamento até o destino. Na visão de Scott e Lodge (1985) a competitividade dos destinos turísticos é determinada pela capacidade de criar, produzir, distribuir e/ou fornecer produtos em mercados para a obtenção de retornos crescentes, nacionais ou internacionais, sobre os seus recursos. Para Silva (2004) a competitividade turística encontra-se no âmbito do destino local, estando sua manutenção ou melhoria constante ligada à capacidade de inovação que ele tenha. Porém, as unidades básicas de competitividade se localizam dentro dos conjuntos turísticos, que são inter-relacionados com a concorrência nacional ou internacional e competem com outros conjuntos turísticos. Desde a ótica de Dwyer e Kim (2003) a competitividade de um destino turístico se refere a capacidade de ele fornece bens e serviços melhor do que outros.

Para Malakauskaite e Navickas (2010) a competitividade dos destinos turísticos não pode ser dissociada do desenvolvimento harmonioso e sustentável, deve ter um desenvolvimento

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150 sustentável não só economicamente, mas também em termos sociopolíticos, tecnológicos, naturais, ecológicos e culturais (Crouch e Ritchie, 1999, Malakauskaite e Navickas, 2010).

Dentre os principais modelos que se utilizam no estudo e nos quais se pode enquadrar a análise dos destinos turísticos encontram-se o de Porter (1990), o de Esser et al. (1994), o de Crouch e Ritchie (1999), o de Dwyer e Kim (2003) e o de Heath (2003).

Porter (1990) enfatiza que são as empresas e não os países que competem no mercado internacional e ressalta que o sucesso das empresas é diretamente relacionado com ambiente econômico, instituições e com as políticas governamentais. Para o autor a avaliação deve ser sobre indústrias turísticas ou segmentos e não na economia como um todo, pois nem todas as empresas possuem vantagem competitiva. A produtividade é o principal indicador de competitividade.

Esser et al. (1994), criaram um modelo sistêmico que, embora não fora desenvolvido para tratar dos destinos turísticos, tinha seu foco na produtividade. O modelo se baseia na tomada de decisões conjuntas, empregando procedimentos metodológicos com base no processo da competitividade de uma organização social que a partir de múltiplos parâmetros relevantes do sistema em interação gera vantagens competitivas. Ele é conformado por quatro níveis: a meta (sociedade civil), macro (estado, política econômica do mercado), meso (estado, políticas horizontais) e micro (empresa).

Com base no diamante da competitividade nacional de Porter (1990), onde o turismo está constantemente influenciado por uma ligação de forças globais, Crouch e Ritchie (1999) desenvolveram um modelo conceptual de competitividade turística, conhecido como modelo de Calgary. Esses autores usam a teoria da vantagem comparativa e vantagem competitiva. A vantagem competitiva é a capacidade do destino turístico para utilizar os seus recursos de forma eficiente a médio e longo prazo. Mesmo contando com grande variedade de recursos pode não ser tão competitivo como outro destino, que ainda tendo poucos recursos turísticos os emprega de forma mais eficiente.

Dwyer e Kim (2003) propõem um modelo integrado, que se a assemelha ao de Crouch e Ritchie (1999) ampliado com alguns pontos importantes. Os recursos herdados e os recursos naturais são os que brindam ao destino turístico atrativos para os visitantes, fornecendo a base de uma atividade turística eficaz e constituindo os alicerces de sua competitividade. A gestão do destino, as condições da procura e as estruturas locais, exercem uma influência positiva ou negativa sobre a competitividade. A finalidade mais importante é o bem-estar socioeconômico dos residentes.

Depois de ter desenvolvido o planejamento estratégico de uma localidade Heath (2003) elaborou um modelo de competitividade para a África do Sul que correntemente é apresentado com o formato de uma casa, associando seus diversos aspectos constituintes. Assim, os alicerces ou fundações fornecem o suporte essencial da competitividade. Ela está composta por atrativos-chave naturais ou criados; aspectos não negociáveis como a saúde e a segurança; os elementos que em conjunto possibilitam a experiência turística, como vias de acesso, aeroportos e a própria capacidade gerencial; os elementos que facilitam o turismo, como a capacidade de transporte e os canais de distribuição; elementos que melhoram a experiência, como a excelência em serviços ou na hospitalidade; e, os elementos que adicionam valor, como a localização e as ligações com outros destinos. Outro componente é o cimento, que representa a liga dos diversos enfoques da competitividade, enquanto as paredes simulariam dois grandes grupos de características: a política de desenvolvimento sustentável e a estratégia e marketing do destino. Tais grupos de características devem estar interligados por canais de interação e comunicação entre as organizações envolvidas na gestão do destino. Finalmente, e o teto inclui o capital humano, a população como parte integrante da competitividade do destino (HEATH,

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151 2003). Para este modelo não foram estabelecidos indicadores que permitam mensurar a competitividade dos destinos e fazer comparações. O modelo de competitividade de um destino turístico, no entender de Ferreira e Estevão (2009), resulta do conjunto das variáveis interligadas. É um sistema interativo de turismo com três componentes essenciais: o produto turístico (constituído pelos recursos e atrações), o destino turístico e o cluster turístico. Se o produto turístico e o destino forem eficientes, o cluster turístico é produtivo e, portanto, conquista a competitividade.

O modelo de competitividade de um destino turístico, no entender de Ferreira e Estevão (2009), resulta do conjunto das variáveis interligadas. É um sistema interativo de turismo com três componentes essenciais: o produto turístico (constituído pelos recursos e atrações), o destino turístico e o cluster turístico. Se o produto turístico e o destino forem eficientes, o cluster turístico é produtivo e, portanto, conquista a competitividade. Tendo isto em vista passa-se a considerar o objeto de estudo: o município de Balneário Camboriú, no Estado de Santa Catarina, Brasil.

3. O Destino Indutor Turístico de Balneário Camboriú

A Política Nacional de Turismo, definida pelo Ministério do Turismo, foi desenvolvida por meio de ações de descentralização e de regionalização de destinos e de atrativos, identificando os municípios indutores, que se caracterizam pela indução migratória para seu território e região. No Brasil, foram identificados 65 (sessenta e cinco) municípios indutores, caracterizados e monitorados por 13 (treze) dimensões especificadas para avaliar sua competitividade, que, mesmo que anteriormente citadas, se fazem obrigatórias nas destinações: infraestrutura geral, acesso, serviços e equipamentos turísticos, atrativos turísticos, marketing, políticas públicas, cooperação regional, monitoramento, economia local, capacidade empresarial, aspectos sociais, aspectos ambientais e aspectos culturais.

No Estado de Santa Catarina o Ministério do Turismo identificou três destinos como indutores: Florianópolis, a capital da unidade da federação; São Joaquim, associado ao turismo de inverno na serra catarinense; e Balneário Camboriú, na região litorânea. O território do Município de Balneário Camboriú é de 46 quilômetros quadrados e desde sua criação em 1964, vem direcionando suas políticas públicas no sentido de ampliar a sua infraestrutura geral, voltada ao setor do turismo. Em face da sua condição geográfica, a privilegiada beleza natural, notadamente de suas praias e do seu povo hospitaleiro, foi deflagrada o fortalecimento da economia local direcionada ao turismo de veraneio. Atualmente, o município também é reconhecido pelo seu alto índice de desenvolvimento humano.

A vocação turística do Município de Balneário Camboriú exige que seus agentes públicos tenham responsabilidade em pensar e conceber todas as operações do sistema de gestão dos espaços urbanos, para que os efeitos migratórios da atividade turística não influenciem negativamente a vida dos munícipes. Respeitam-se assim, de forma intransigente, seus direitos, preservando o futuro e a sustentabilidade da cidade e da sua população, sempre considerando a qualidade de vida dos moradores fixos e dos visitantes.

O Poder Público Municipal, objetivando garantir a competitividade do destino turístico, planejou sua vantagem competitiva através de projetos nos quais as alterações no ambiente físico para atender as atividades humanas não prejudiquem sua condição de município indutor turístico.

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4. Análise dos Dados de Competitividade

Para aferir os dados dos indicadores de competitividade, que são levantados e registrados

no Ministério de Turismo, utilizou-se a análise de variância (Anova)1. Segundo Harris (1975)

esse método é robusto aos desvios da normalidade e homocedasticidade quando só se tem uma variável dependente.

Inicialmente, se avaliou o índice geral de competitividade que leva em consideração as treze dimensões. As comparações se fizeram em relação com o índice geral nacional, aquele dos indutores que são capitais e com o índice dos demais municípios indutores que não são capitais das unidades federativas. Como se exibe na Figura 1 verifica-se que há diferenças na comparação simultânea, o que se confirma no resultado da Anova [F(3, 12) = 49,468, p = 0,00000].

Figura 1 – Anova do índice geral de competitividade dos destinos indutores.

Fonte: Dados da pesquisa.

Confirmada a diferença na comparação simultânea, cabe efetuar as comparações pareadas e, para tanto se escolheu utilizar o teste de Scheffé.2 Nos contrastes efetuados, como se apresenta na Tabela 1, confirma-se que a média de Balneário Camboriú é estatisticamente maior

1 O propósito geral da análise de variância (ANOVA) é testar se há diferenças significativas entre duas ou mais

médias. No caso de duas médias equivale ao teste t, mas para testar mais de duas médias numa comparação simultânea deve-se usar ANOVA.

2 Ao se constatar diferença na comparação simultânea de mais de duas médias na ANOVA é necessário dar continuidade testando as diferenças entre todos os possíveis pares. O teste de Scheffé serve para essa finalidade e leva em conta que as médias provêm de uma comparação múltipla.

Brasil Capitais Não Capitais Baln. Camboriú

48 50 52 54 56 58 60 62 64 66 68 70 72 Ín di ce G er al

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153 do que a do Brasil como um todo, isto é, incluindo as capitais, e que a dos outros indutores não capitais. Entretanto é estatisticamente igual aos indutores capitais.

Tabela 1 – Teste de Scheffé nos contrastes pareados das médias do índice geral de competitividade no Brasil, Capitais, não capitais e Balneário Camboriú.

Legenda: Significância de 5% (**); de 1% (***); ns = não significativo.

Para três dentre os treze indicadores de competitividade não há diferenças no valor das médias nas comparações simultâneas. São elas as médias dos atrativos turísticos, da cooperação regional, e dos aspectos ambientais. Porém, embora não haja diferença estatística (5%), a média de Balneário Camboriú (58,93) é maior do que a média das capitais (46,75) no quesito cooperação regional (10%) de significância (p=0,067).

Em outros três indicadores, o destino Balneário Camboriú tem médias menores do que aquelas das capitais, como se exibe na Tabela 2. Eles são os que medem a competitividade na economia local (73,18 > 49,53), na capacidade empresarial (84,90 > 64,98) e nos aspectos culturais (66,90 > 57,93). Os testes pareados feitos após verificar que na comparação simultânea houve diferenças, desenvolvido com o teste de Scheffé, mostraram ser significantes (5%). Tabela 2 – Comparações pareadas das médias pelo teste de Scheffé.

(a) Economia Local; (b) Capacidade Empresarial, e (c) Aspectos Culturais.

Legenda: Significância de 10% (*); de 5% (**); de 1% (***); ns = não significativo.

Por outro lado, também três indicadores de Balneário Camboriú têm médias maiores do que aquelas das capitais, como se pode observar na Tabela 3. Isto se constatou para o marketing (64,15 > 49,78); o monitoramento (67,65 > 44,00); e, os aspectos sociais (77,65 > 63,98). Tabela 3 – Comparações pareadas das médias pelo teste de Scheffé.

(a) Marketing e Promoção do Destino; (b) Monitoramento, e (c) Aspectos Sociais.

Legenda: Significância de 10% (*); de 5% (**); de 1% (***); ns = não significativo.

Nessas comparações, as médias ainda foram maiores que aquelas calculadas para o Brasil como um todo e para os destinos indutores - não capitais.

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154 Na Figura 2, se exibem as comparações simultâneas do Índice Geral de competitividade e dos dois indicadores no que Balneário Camboriú teve o melhor desempenho (Aspectos Sociais) e o pior (Economia Local). A diferença das categorias Brasil, Capitais e Não Capitais pode-se observar que para o indutor foco desta pesquisa as médias desses três indicadores se diferenciam estatisticamente entre si. Também é notória a maior variabilidade que houve para a economia local ao longo dos anos em que se fez a mensuração, que é refletida pelo intervalo de confiança mais largo para esse indicador.

Figura 2 – Comparação simultânea dos indicadores

Legenda: ; ;

As diversas constatações demonstram que o município de Balneário Camboriú possui alta competitividade dentre os indutores turísticos, notadamente em relação aos outros municípios que, como Balneário Camboriú, não são capitais de Estado. Entretanto é importante avaliar se esses indicadores têm um comportamento de crescimento, estagnação ou queda, se comparados através do tempo.

Para tanto se fez o teste de normalidade de Shapiro-Wilks3 com os valores dos treze indicadores e o índice geral para os anos em que havia dados, ou seja, para: 2010, 2011, 2013 e 2014. Ao se constatar que existia normalidade nas distribuições de todos esses anos se empregou o teste t de student para comparar a média de 2010 contra 2011 (Figura 3), 2013 (Figura 4) e 2014 (Figura 5).

3 É um teste usado para verificar a normalidade da distribuição de uma variável. Para tanto se postula como hipótese

de nulidade que ela é normal e se o valor p derivado da estatística W não for significante (p > α) se aceita que se está em presença de uma distribuição normal.

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155 Figura 3 – Comparação da média dos indicadores de competitividade para Balneário Camboriú entre os anos de 2010 e 2011.

Fonte: dados da pesquisa.

Como se observa na Figura 3, embora em 2011 a média tenha sido de quatro pontos a mais do que o ano anterior, os valores não apresentam diferenças significativas (p = 0,2524). Do mesmo modo, conforme se exibe na Figura 4, na comparação entre os valores médios de 2010 e 2013 se constata que eles são iguais estatisticamente (p = 0,1674).

Figura 4 – Comparação da média dos indicadores de competitividade para Balneário Camboriú entre os anos de 2010 e 2013.

Fonte: dados da pesquisa.

Por fim, como se exibe na Figura 5, na comparação das médias dos anos de 2010 com 2014, quando o valor calculado chegou a 69,41, verificou-se que existe diferença significativa (p = 0,0458). 2010 2011 54 56 58 60 62 64 66 68 70 72 74 MÉ D IA G ER A L 2010 2013 54 56 58 60 62 64 66 68 70 72 74 MÉ D IA G ER A L

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156 Figura 5 – Comparação da média dos indicadores de competitividade para Balneário Camboriú entre os anos de 2010 e 2014.

Fonte: dados da pesquisa.

As comparações efetuadas demonstram que o município tem conseguido aumentar sua competitividade ao longo desses anos. Os indicadores que mais cresceram no período foram: economia local (24,9), cooperação regional (24,7), aspectos culturais (14,4) e infraestrutura (12,6). Cabe ressaltar que os indicadores da economia local e dos aspectos culturais, embora tenham aumentado significativamente, continuam ainda sendo menores que aqueles que apresentam as capitais, como se apresenta na Tabela 2. Por outro lado, no período 2010 a 2014 o indicador do monitoramento, no qual Balneário Camboriú teve uma média significativamente maior do que em todas as outras condições (Tabela 3), diminuiu 8 pontos. Também diminuíram as políticas públicas (-5,6) e os atrativos (-1,4).

Considerações finais

O presente estudo foi desenvolvido com o intuito de avaliar a competitividade de um dos 65 destinos indutores do turismo que o Brasil reconhece no seu território - Balneário Camboriú – SC. Dentre os principais resultados alcançados assinala-se que o índice geral de competitividade, se comparado com o valor para o Brasil, incluindo as capitais, foi maior para Balneário Camboriú e, do mesmo modo, essa diferença a seu favor se confirma para a comparação com os indutores que não são capitais estaduais. Ficando no mesmo patamar que os indutores capitais.

Outro aspecto que deve ser salientado é que o município de Balneário Camboriú tem mostrado uma evolução positiva do valor médio de competitividade. Em particular, o crescimento tem sido muito evidente nos indicadores que mensuram a economia local e a cooperação regional. Contudo, outros aspectos medidos têm diminuído seu valor ao longo do tempo, por exemplo, o monitoramento e as políticas públicas. Esta realidade precisa ser corrigida para se manter como um indutor destacado.

Sem ter o intuito de contemplar definitivamente os estudos relacionados ao índice de competitividade do destino indutor do turismo de Balneário Camboriú, frente aos demais

2010 2014 54 56 58 60 62 64 66 68 70 72 74 76 78 M ÉD IA GE RAL

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157 destinos indutores do turismo do país ou esgotar o assunto, pretende-se com este estudo experimental, promover o interesse dos estudiosos e pesquisadores do turismo no sentido de ampliar as análises de competividade de destinos turísticos nacionais, uma vez que a concorrência entre eles é acirrada e também entre outros destinos do país e do exterior. A demanda está cada vez mais exigente e a aferição dos atributos e da competividade farão a diferença na opção por uma ou outra destinação por parte dos turistas.

Neste sentido o marketing e promoção do destino tem um papel importante a desempenhar, pois com base na análise comparativa dos indicadores se dispõe de subsídios para fazer a promoção de Balneário Camboriú, destacando os pontos em que o destino se sobressai dentre os indutores e desenvolvendo ações que permitam melhorar aqueles indicadores nos quais sua pontuação está mais baixa.

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