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ROMA O GRANDE IMPÉRIO

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Academic year: 2021

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ROMA

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O GRANDE IMPÉRIO

Provavelmente você já viu ou ouviu falar da poderosa cidade que se impes como maior potência da antiguidade clássica. Ali concentrou-se poderes e riquezas nunca antes acumuladas. Lá varias famílias foram separadas em função da escravidão, milhares morreram em jogos públicos para agradar a plebe. Seus domínios se estendiam do estreito de Gibraltar até o golfo Pérsico, do norte da África até as ilhas da Bretanha, as fronteiras do império Romano delimitavam cerca de 90% do mundo por eles considerado civilizado. E Roma era centro desse mundo.Ali tudo e todos se curvavam diante do estandarte da Águia. O ditado dizia que “Todos os caminhos levavam a Roma” afinal Roma era praticamente a sede do mundo conhecido

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LOCALIZAÇÃO

A Itália é uma península localizada no sul da Europa, que avança sobre o mar Mediterrâneo dividindo-o em duas porções: o Mediterrâneo oriental e o Mediterrâneo

ocidental. A Itália possui uma região montanhosa ao norte, uma fértil planície na porção central (dividida pelos montes Apeninos em três vales distintos, ou seja, o do rio Pó, o do rio Tibre e o da Campânia), e é banhada a leste pelo mar Adriático e a oeste, pelo mar Tirreno. Foi na face centro-sul da planície central, na região do Lácio em terras banhadas pelo rio Tibre, que os latinos se fixaram por volta do ano 2200 a.C., ao lado de vários outros povos indo-europeus (sabinos, etruscos, equos, úmbrios, etc.) que se

espalharam ao longo da península.

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» Os romanos explicavam a origem de sua cidade através do mito de Rômulo e Remo. Segundo a mitologia romana, os gêmeos foram jogados no rio Tibre, na Itália. Resgatados por uma loba, que os amamentou, foram criados posteriormente por um casal de pastores. Adultos, retornam a cidade natal de Alba Longa e ganham terras para fundar uma nova cidade que seria Roma.

» Os irmãos teriam lutado pelo poder e Remo teria sido morto por Rômulo, que se tornou assim o primeiro rei de Roma. Entretanto, pesquisas arqueológicas mais recentes remetem à existência de uma pequena cidade já por volta do século X a.C., habitada por agricultores e pastores que mantinham um tímido comércio com outros povos da região

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UMA CIDADE PLURALISTA

Podemos dizer que a fundação de Roma resulta da mistura de três povos que foram habitar a região da península itálica : gregos, etruscos e italiotas. Desenvolveram na região uma economia baseada na agricultura e nas atividades pastoris. O sistema político era a monarquia, já que a cidade era governada por um rei de origem patrícia. A religião neste período era polite ísta, adotando deuses semelhantes aos dos gregos, porém com nomes diferentes. Nas artes destacava-se a pintura de afrescos, murais decorativos e esculturas com influências gregas. De qualquer maneira podemos dividir a História romana em três fases muito distintas:

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» Monarquia: da fundação até o ano de 509 a.C.

• República: do ano 509 a.C. até o ano de 30 a.C. • Império: do ano 30 a.C. até o ano 476 da Era Cristã

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A urbanização romana intensificou-se a partir do século VIII a.C. com a expansão do comércio a região, que favoreceu a abertura de várias rotas entre as colônias gregas da Magna Grécia e os territórios etruscos. E foi justamente essa situação estratégica que despertou a cobiça dos etruscos por Roma. De origem desconhecida, os etruscos teriam primeiramente vivido no litoral asiático do Egeu de onde migraram para o norte da península itálica depois da expansão grega, na Ásia Menor. No final do século VIII a.C., os etruscos conquistaram Roma e submeteram os latinos.

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MONARQUIA

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BUROCRACIA

A Roma monárquica era governada por um rei que era, ao mesmo tempo, juiz supremo, chefe militar e religioso. Esse rei era assistido pelo Senado, órgão constituído por anciãos, membros das famílias romanas mais importantes. Os cidadãos romanos – populus romanus – reuniam-se em assembléias por cúrias – reunião de comunidades gentílicas (da mesma origem familiar) –, responsáveis pelo referendo das decisões senatoriais. Além dessas instituições, a legislação romana previa a nomeação de um ditador – que recebia plenos poderes –, em tempos de guerra

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COMPOSIÇÃO SOCIAL

•Patrícios: ocupavam a posição mais elevada na pirâmide social; grandes proprietários de terras constituíam a aristocracia romana, detentora do poder político. •Plebeus: pequenos proprietários de terras eram impedidos de participação política e podiam ser escravizados por dívidas.

•Clientes: romanos empobrecidos que prestavam serviços aos patrícios e viviam como agregados em suas

propriedades, sem direito à participação política. •Escravos: prisioneiros de guerras ou plebeus

endividados, ocupavam a posição mais baixa na escala social e eram considerados como simples ferramentas de trabalho.

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FAMÍLIA

A família romana era patriarcal, isto é, o pai era o chefe supremo dentro de casa. As mulheres, embora devessem obediência ao marido e não tivessem participação política, eram muito respeitadas e a maternidade lhe conferia grande prestígio. As lendas dizem que Roma foi governada por sete reis que tinham poder absoluto

Ao final do século VI a.C., os patrícios comandaram uma revolta contra o domínio etrusco e depuseram o último dos reis romanos. A monarquia foi abolida e o Senado assumiu o controle político de Roma, implantando um regime de características oligárquicas. Daí em diante o Senado teria um papel fundamental no quadro das instituições romanas

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O poder continuou nas mãos dos patrícios e o Senado transformou-se no mais poderoso órgão do governo romano: além de manter suas funções legislativas, passou a controlar as finanças e todas as divisões administrativas. Os outros cargos no governo tinham funções definidas pelo Senado. Eram eles:

Cônsules: responsáveis pelo poder executivo, presidiam as reuniões do

Senado e das assembléias curiatas, comandavam o exército e detinham a prerrogativa de nomear os ditadores.

Pretores: constituíam o conjunto dos juízes, administradores das leis.

Questores: eram os encarregados das finanças e do tesouro público.

Censores: responsáveis pelos recenseamentos, isto é, a contagem da

população e da classificação social por faixas de riqueza e renda

Edis: compunham uma espécie de corpo municipal, responsável pela

segurança, pela gestão das obras e pela conservação dos monumentos e das vias públicas, no perímetro urbano.

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INSTITUIÇÕES REPUBLICANAS

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REVOLTAS DA PLEBE

»Apesar das novas instituições, as contradições políticas se exacerbaram, uma vez que a plebe continuou excluída do poder. As tensões entre patrícios e plebeus culminaram com uma série de revoltas populares que levaram a um processo gradativo de conquistas políticas por parte da plebe.

»No período entre os anos de 494 a.C. até 360 a.C., a plebe conquistou o direito de ser representada no Senado – tribunos da plebe – através do poder de veto; conseguiu que os patrícios elaborassem o primeiro código de leis escritas – Lei das Doze Tabuas – passou a escolher um dos cônsules e a ter direito sobre as terras conquistadas – Leis Licínias -; e adquiriu igualdade de direitos civis, com a Lei Canuléia, que permitia o casamento interclasses sociais.

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GUERRAS PÚNICAS

Durante o período republicano, Roma transformou-se de simples cidade-estado em um grande império, voltando-se inicialmente para a conquista da Itália e mais tarde para todo o mundo da orla do Mar Mediterrâneo.

Essa agressiva expansão territorial foi empreendida,

primeiramente, na península Itálica e estendida para todo o Mediterrâneo, que desde então passou a ser o Mare

Nostrum (Nosso Mar) romano. A conquista da península

desencadeou o enfrentamento militar contra Cartargo, prospera cidade fenícia no norte da África. Foram cento e vinte anos de guerras entre as duas cidades – as Guerras Púnicas -, movidas pela disputa do controle do comércio marítimo, que terminaram com a total destruição de Cartago e o poder absoluto de Roma no extenso litoral do

Mediterrâneo

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INSTABILIDADE SOCIAL

» Paralelamente à conquista do Mediterrâneo, engrossavam-se as fileiras do exército, crescia aceleradamente o número de escravos e processava-se uma intensa concentração de riquezas e terras nas mãos do patriciado.

» Os plebeus, que participavam por longo tempo das campanhas militares, viam suas terras serem engolidas pelos grandes latifúndios – pertencentes aos patrícios – por absoluta impossibilidade de concorrência com as grandes unidades de produção.

» A plebe desaparecia gradualmente dando lugar a um numeroso grupo de cidadãos urbanos empobrecidos e marginalizados, já que o trabalhos escravo se sistematizara com a expansão. Roma, a grande cidade, transformava -se em um verdadeiro barril de pólvora, devido às graves tensões sociais.

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MARIO

»Foi nesse contexto, que os irmãos Tibério e Caio Graco, tribuno da plebe, apresentaram uma proposta para amenizar a crise: a distribuição de terras, que poderia aliviar as pressões, resgatando as necessidades da plebe

empobrecida. A reforma agrária idealizada pelos Graco pressupunha a doação das terras do Estado (ager publicus), mas foi rejeitada pelos senadores avessos a qualquer tipo de mudanças que, imaginavam, abalariam seu poder. Tibério foi assassinado e Caio levado ao suicídio.

»A morte dos Graco funcionou como um estopim: a guerra civil explodiu, e o Senado foi obrigada a recorrer à implantação da ditadura. Mário, o primeiro ditador, era general, ligado à classe dos novos comerciantes que organizara um partido político – Partido Popular – aberto à ampla participação dos plebeus. »Mário fez algumas concessões a plebe, sobretudo aos soldados, instituindo os soldo militar e a doa ção de uma propriedade aos guerreiros que cumprissem 25 anos de servi ços prestados ao exército, além de determinar a distribuição gratuita de trigo à população pobre. Entretanto, ao tentar estender a cidadania romana a todos os habitantes da península, enfrentou a oposição dos patrícios e dos plebeus, sendo assassinado a mando do Partido Aristocrático.

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SILA

» Com a morte de Mario, Sila, general da velha aristocracia, assumiu a nova ditadura, afastando todos os seguidores de Mario e anulando parte das históricas conquistas da plebe. Porém, convenceu o Senado da necessidade de conceder a cidadania romana aos demais povos da península Itálica, desde que suas cidades se submetessem, sem restrições, às decisões romanas.

» As medidas elitistas tomadas por Sila acirraram ainda mais os ânimos da plebe, levaram o general a decretar a pena de morte para os inimigos da Republica, isto é, todos aqueles que discordassem de suas decisões. Milhares de pessoas foram vitimas da ditadura de Sila: o terror e a revolta dominaram as ruas de Roma. Em 79 a.C., o velho general desenvolveu o poder para um Senado impotente, ante a escalada da crise. As lutas entre as facções e partidos políticos tornavam-se mais agudas. Tais disputas na esfera do poder, que se davam e ntre a velha aristocracia e as novas elites comerciais, abriram espaço para a manifestação das massas e dos próprios escravos. Assim, no ano 70 a.C., Roma foi palco de uma gigantesca revolta de escravos liderada por Espártaco, o que aumentou o temor da aristocracia ante o avanço popular. O Senado dependia cada vez mais dos milhares para controlar a população.

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PRIMEIRO TRIUNVIRATO

» As ameaças representadas pela insatisfação das camadas mais pobres funcionaram como argumento definitivo para a composição entre as classes ricas, alinhadas nos partidos Aristocrático e Popular. Era o primeiro triunvirato, composto por três cônsules, os generais Crasso e Júlio César, ligados ao Partido Popular, e Pompeu, membro da aristocracia senatorial.

» No entanto, as divergências políticas, as ambições pessoais e o poder dos generais, que contavam com a fidelidade de suas tropas, transformaram o consulado em um espaço de contenda política. Coube a Júlio César, extremamente fortalecido, após a conquista das Gálias (a Franç a atual), a vitória nessa arena. Começava a terceira ditadura, agora com cunho nitidamente populista, com o qual César buscava o apoio do povo romano.

» A possibilidade aventada por Julio César de coroar-se imperador de Roma gerou uma conspiração no Senado, que culminou com o seu assassinato

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JÚLIO CÉSAR

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OTÁVIO AUGUSTO

» Novas disputas, desta vez, entre os que reivindicavam a herança política de César, lavaram à composição do segundo triunvirato: Lépido e Marco Antonio, militares leais a César, e Otávio Augusto, sobrinho de Júlio César; todos ligados ao Partido Popular

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IMPÉRIO

Com Antônio ausente no Egito e Lépido subjugado por suas manobras junto ao Senado, Otávio confirmou o apoio da aristocracia e de todas as províncias romanas ao seu projeto de centralização do poder. Isolado, Marco Antonio foi derrotado no Egito pelas tropas romanas.

A águia levantava vôo, sua sombra se fazia sentir em todo o Mediterrâneo. Nascia a Roma Imperial.

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